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Paz e ciência na terra desconhecida

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Academic year: 2021

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GAZETA DO POVO –

Vida e

Cidadania

Continente frio e pouco conhecido: 89 graus negativos – a menor temperatura do planeta – chegaram a ser medidos nos termômetros instalados perto do Pólo Sul

MEIO AMBIENTE

Paz e ciência na terra

desconhecida

Equipe da RPC-TV acompanha o trabalho dos

pesquisadores brasileiros na Antártica. Dois paranaenses

fazem parte do grupo. Os estudos realizados podem

ajudar, por exemplo, no desenvolvimento de

medicamentos

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Antártica - Enquanto assistimos estarrecidos às cenas da enchente arrasando a casa do vizinho e vemos nosso terreno ser varrido por vendavais e tempestades de granizo, a 3 mil quilômetros daqui um grupo de brasileiros esforça-se por conhecer melhor o continente aonde surgem as frentes frias que atingem o Sul do Brasil e afetam diretamente o clima e a agricultura no Paraná. A Antártica não é só o mais inóspito e o mais frio dos continentes (a menor temperatura do planeta, 89 graus negativos, foi medida nos termômetros instalados perto do Pólo Sul). É também o mais desconhecido. Embora a história registre a chegada de aventureiros por lá desde o século XIX, os primeiros pesquisadores mesmo começaram a freqüentar o continente gelado nos anos 40. E como o clima é muito instável, sujeito a nevascas repentinas e ventos que facilmente ultrapassam os 100 km/hora, qualquer atividade exploratória leva anos para produzir resultados consistentes.

1 - estudo dos animais ajuda na preservação das espécies 2 - Divonsir Gonçalves e Cristina Graeml: equipe fez parte do grupo de jornalistas que esteve na Antártica no fim de novembro

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está entre eles por realizar pesquisas consideradas substanciais na região.

As atividades de pesquisa do Programa Antártico Brasileiro – Proantar – iniciaram-se durante a Operação Antártica I, realizada a bordo do navio de apoio oceanográfico Barão de Teffé, da Marinha do Brasil, e do navio oceanográfico Professor W. Besnard, da Universidade de São Paulo, no verão austral de 1982/83. Nessa expedição foi escolhido o local para a sede das pesquisas brasileiras no continente gelado: a Ilha Rei George, arquipélago das Shetlands do Sul, ao norte do continente. Em fevereiro de 1983 foram instalados os primeiros módulos da EACF, Estação Antártica Comandante Ferraz, batizada assim para homenagear um maranhense, natural de São Luís, até então o maior explorador brasileiro da Antártica.

Nesses 25 anos o Paraná tem marcado presença na Estação. Os laboratórios de biologia marinha foram projetados na Universidade Federal do Paraná. Os professores Metry Bacila e Edith Fanta (falecida em maio deste ano) ajudaram na elaboração do projeto dos laboratórios e estiveram na inauguração. Deram a largada para uma importante história paranaense no continente de temperaturas quase sempre negativas. Até hoje pesquisadores da UFPR e da PUC, em parceria com a Universidade de Taubaté, revezam-se nas atividades de coleta de peixes antárticos para posterior análise nos laboratórios das universidades em Curitiba e no interior de São Paulo. As pesquisas andam avançadas e o professor Metry Bacila, ainda ativo aos 86 anos, começa a visualizar o interesse da medicina e da indústria farmacêutica em descobertas como o fluido anticongelante no organismo dos peixes, estudado pelo grupo.

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Pelo Tratado, os países com atividade na Antártica consultam-se sobre o uso do continente, com o compromisso de não torná-lo objeto de discórdia internacional. Muitos ainda têm pretensões territorialistas, entre eles a Argentina e o Chile, que mantêm até uma vila de moradores junto à sua estação de pesquisas, com famílias inteiras, crianças pequenas inclusive, vivendo no meio do gelo. E há equipes imensas, como a dos Estados Unidos, que chega a ter 2 mil pesquisadores e militares espalhados pelo continente ao mesmo tempo, levantando certa suspeita sobre as reais intenções da exploração antártica. Mas o acordo vem sendo respeitado à risca e, espera-se, siga assim até o ano de 2048, quando está prevista uma revisão dos itens que regem toda e qualquer ação na área ao Sul do paralelo 60, que delimita a região polar.

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* * * * * Serviço

Para saber mais detalhes sobre a presença paranaense na Antártica não deixe de assistir, na Revista RPC deste domingo, à reportagem especial que a RPC-TV fez na Antártica. A Revista RPC começa depois dos programas Fantástico e Faça Sua História. O assunto também será tema de uma série de reportagem no Paraná TV 1ª edição, que começa a ser veiculada amanhã. O telejornal começa ao meio-dia.

Referências

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