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Caminhos para o Agronegócio Sustentável. 13 de abril de 2010 Brasília (DF)

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(1)

REALIZAÇÃO PARCERIA

Caminhos para o Agronegócio Sustentável

(2)

O Focus | Visão Brasil (Financiamento e Oportunidades de Conservação e Uso Sustentável) é uma iniciativa do Funbio (Fundo Brasileiro para a

Biodiversidade) em colaboração com o Instituto Arapyaú de Educação e Desenvolvimento Sustentável.

Sua meta é estimular um diálogo sobre o desafio de tornar o agronegócio brasileiro mais sustentável – considerando critérios econômicos, sociais e ambientais.

O Focus | Visão Brasil utilizou dados secundários para a construção do perfil econômico, social e ecológico de quatro setores do agronegócio: pecuária, soja, cana de açúcar e florestas plantadas – por sua relevância nas

(3)

Um novo cenário para o agronegócio

Em busca da sustentabilidade econômica, social e ambiental

A atividade agropecuária é de grande importância para a economia brasileira, especialmente para a geração de divisas.

Propostas em direção a uma produção sustentável devem preservar estas qualidades e incorporar

(4)

Rumo à sustentabilidade

Principais desafios no caminho

Preservar os recursos naturais, dos quais depende, e produzir reduzindo emissões de gases do efeito

estufa.

Desenvolver uma produção diferenciada capaz de valorizar a “Marca Brasil” dos bens exportados.

(5)

Setores analisados em profundidade

2,4 2,9 4,2 6,0 7,7 14,2 21,6 199,0 0 50 100 150 200 TRIGO ARROZ FEIJÃO FLORESTAS PLANTADAS CANA MILHO SOJA GADO

Quatro setores respondem por mais de 80% da área ocupada pela produção agropecuária:

pecuária, soja, cana de açúcar e florestas plantadas.

Fontes: IBGE, Conab e Abraf (2008)

(6)

Setores analisados em profundidade

Fibras e Produtos

Texteis 2% Sucos de Fruta 3%

Cereais, Farinhas e Preparações 3% Fumo e seus Produtos 4% Café 7% Demais Produtos 8% Complexo Sucroalcooleiro 11% Produtos Florestais 13% Couros 4% Carnes 20% Complexo Soja 25%

Principais Produtos Exportados

Fontes: AgroStat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC Elaboração: CGOE / DPI / SRI / MAPA

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Cana-de-açúcar

Más condições de trabalho e trabalho escravo

Capital brasileiro

Mecanização recente

Destaque na cadeia produtiva: usinas

Pecuária

Atividade “secundária” Capital brasileiro e multinacional

Produção extensiva permanece Destaque na cadeia produtiva: pecuaristas / frigoríficos

Histórico: anos 1500 | 1ª Geração - Descobrimento

(8)
(9)

AMAZÔNIA CAATINGA CERRADO MATA ATLÂNTICA PAMPA PANTANAL

Gado bovino – Expansão territorial

(10)

Como chegamos até aqui

Soja

Presença de capital internacional, desde o início.

Alta tecnologia de produção. Liderança das traders

(que não cultivam soja).

Permanência da agricultura familiar. Modelo de produção integrada.

Florestas plantadas

Presença de capital internacional, desde o início.

Alta tecnologia de produção.

Liderança das empresas de papel-celulose e siderurgia.

Modelo de produção em expansão: fomento florestal.

Metade da produção do carvão vegetal vem da queima de madeira nativa.

(11)

AMAZÔNIA CAATINGA CERRADO MATA ATLÂNTICA PAMPA PANTANAL

Soja – Expansão territorial

(12)

AMAZÔNIA CAATINGA CERRADO MATA ATLÂNTICA PAMPA PANTANAL

Florestas plantadas – Expansão territorial

(13)

Substituição dos combustíveis fósseis, a partir das gerações anteriores: cana-de-açúcar, eucalipto, soja, sebo bovino. Presença do capital financeiro internacional (etanol).

Desafio de conciliar

desenvolvimento de monoculturas com combate ao aquecimento global.

Histórico: anos 2000 | 3ª Geração - Agroenergias

(14)

Financiamento da agropecuária

0 2 4 6 8 10 12 14 16 Bancos Oficiais Federais Bancos Oficiais Estaduais Bancos Privados Cooperativa de Crédito Rural Agrícola Pecuária

Fonte: Banco Central (2007)

(15)

Financiamento da soja no Mato Grosso

Produtor 6% Tradings 52% Bancos 13% Ind. Agrotóxicos 19% Ind. Sementes 3% Ind. Fertilizantes 7%

(16)

Financiamento da pecuária

Participação do BNDES no capital

dos maiores frigoríficos do país

EMPRESA % SOBRE O CAPITAL

JBS- Bertin

22,4

(*)

Marfrig

14,6

Independência

13,9

Fonte: BNDES. Demonstrações Contábeis Individuais e Consolidadas, de 31 de dezembro de 2008

(17)

Produção e mercados

Variação média da produção, exportação, importação e consumo de produtos agrícolas selecionados X PIB

27,6% 70,4% -5,2% 13,5% 5,5% -20% 0% 20% 40% 60% 80%

Produção Exportação Importação Consumo PIB per capita

Fonte:Embrapa (2008)

(18)

2004 2005 2006 2007 2008 AGRONEGÓCIO 28,28 25,83 23,92 24,74 26,46 Insumos 3,16 2,72 2,44 2,64 3,12 Agropecuária 7,22 6,24 5,63 6,05 6,96 Indústria 8,78 8,42 7,98 7,99 8,00 Distribuição 9,12 8,45 7,87 8,06 8,38 AGRICULTURA 20,12 18,16 17,18 17,59 18,66 Insumos 2,00 1,63 1,48 1,62 1,98 Agricultura 4,27 3,46 3,18 3,42 4,01 Indústria 7,47 7,20 6,90 6,87 6,85 Distribuição 6,38 5,88 5,62 5,68 5,82 PECUÁRIA 8,16 7,67 6,74 7,15 7,80 Insumos 1,16 1,09 0,96 1,02 1,14 Pecuária 2,95 2,78 2,45 2,63 2,94 Indústria 1,31 1,23 1,08 1,11 1,15 Distribuição 2,75 2,57 2,25 2,38 2,57

Fonte: Cepea – USP/CNA

(19)

Com todo o crescimento da produção

agropecuária, o número total de

pessoas ocupadas apresentou redução

de 7,2% entre os censos agropecuários

de 1995-96 e 2006.

(20)

A participação da agricultura familiar

A participação da agricultura familiar é significativa em

termos de geração de empregos no campo

(21)

Agropecuária – Quem mais emprega

ATIVIDADE N° DE EMPREGOS Tomate 245 Uva 113 Fumo 70 Cebola 52 Café 49 Mandioca 38 Cacau 37 Batata 29 Algodão 24 Mamona 24

2000 - Equivalente homem/ano em

100 hectares

Fonte: Fundação Seade/Sensor Rural, citados por Sachs (2004)

(22)

Valor da produção X Área ocupada

Lavouras e pastagens

Estabelecimentos Brasil

Valor da produção

Animal 20,7% Vegetal 77,1% Agroindústria 2,2% Lavoura 27,0% Pastagem 73,0%

Área ocupada

(23)

Gado , soja e a disputa pelo território

(24)

Gado , soja e a disputa pelo território

(25)
(26)

Florestas plantadas – ocupação territorial

Carvão

Madeira para celulose e papel

(27)

Cana de açúcar – ocupação territorial

Fonte: Zoneamento Agroecológico da Cana, MAPA, 2009 Fonte: NIPE-Unicamp,

IBGE e CTC (2008)

(28)

Padrão de ocupação do território

pela agropecuária

2006

1995 - 1996

Fonte: IBGE, Censos Agropecuários 1995-1996 e 2006

Especialização em lavoura Domínio de lavoura Predomínio de lavoura

Lavoura com predomínio de mata/floresta natural Predomínio de pastagem e lavoura

Especialização em pastagem Domínio de pastagem

Pastagem com predomínio de mata/floresta natural Domínio de mata/floresta natural

(29)

Existe uma disputa por território, e também

por recursos naturais, entre os setores

(30)

A valorização das terras no Centro-Sul, principalmente

por conta da cana-de-açúcar para a produção de etanol,

desloca outras atividades (como a pecuária) que

dependem menos da proximidade dos grandes centros

consumidores para serem viáveis.

(31)

Emissões globais de GEEs

Participação dos diferentes setores

nas emissões de GEE, 2004 (em carbono equivalente)

Oferta/Produção de Energia 26% Indústria 19% Desmatamento + Queimada 17% Agricultura 14% Transporte 13% Construções Comerc./Resid. 8% Resíduos/esgotos 3%

(32)

Emissões brasileiras de GEEs

Percentual das emissões brasileiras de GEE por

setores a partir do Inventário de Emissões de 1994

Mudanças no uso da terra e florestas 55% Agropecuária 25% Energia 17% Outros 3%

Fonte: MCT e MMA, in Nobre (2008)

80% das emissões brasileiras de GEEs são resultantes das atividades

(33)

Agronegócio e mudanças climáticas

Emissões totais das principais atividades econômicas

no Brasil em mil Gg de CO

2

equivalente

(*)

0 50 100 150 200 250

Fonte: FERREIRA e ROCHA (2004) com dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (2004): Inventário de emissões 1994.

(34)

Consumo por área plantada das principais culturas

PRINCIPAIS ESTADOS CONSUMIDORES ÁREA PLANTADA DAS PRINCIPAIS CULTURAS (ha) PARTICIPAÇÃO % SOBRE O TOTAL CONSUMO (ton. de ingrediente ativo)

PARTICIPAÇÃO % SOBRE O TOTAL

São Paulo 7.208.946 11 54.916,80 27

Mato Grosso 9.007.531 14 32,112,50 16

Paraná 9.422.506 15 25.810,00 12

Rio Grande do Sul 8.088.940 13 23.130,60 11

Minas Gerais 5.042.212 8 15.704,70 8

Goiás 4.370.723 7 14.807,60 7

SUBTOTAL 43.140.858 67 166.482,00 81

Demais Estados 21.358.707 33 40.110,00 19

BRASIL 64.499.565 100 206.591,80 100

Consumo de agrotóxicos e afins

(35)

Vendas de agrotóxicos no Brasil

Soja 45% Milho 13% Cana 10% Algodão 8% HFF4% Café 4% Citros 4% Trigo 3% Demais 2% Feijão 2% Arroz 2% Pastagens 2% Batata 1%

Fonte: Adaptado de ANDEF (2008)

(36)

Pressão sobre Recursos Hídricos

Irrigação 69% Animal 12% Industrial 7% Rural 2% Urbano 10% Fonte: ANA (2009)

Distribuição do consumo de água

(37)

Pressão sobre recursos hídricos

Fonte: ANA (2009) TOCANTINS ATLÂNTICO NE ORIENTAL ATLÂNTICO NE OCIDENTAL AMAZÔNIA PARAGUAI PARNAÍBA SÃO FRANCISCO ATLÂNTICO LESTE ATLÂNTICO SUDESTE PARANÁ URUGUAI ATLÂNTICO SUL

Predomínio da irrigação e urbano Predomínio da irrigação

Predomínio da irrigação, indústria e urbano Predomínio do uso animal.

Em segundo plano irrigação e urbano

Predomínio urbano

Predomínio do uso animal e irrigação

Perfil das regiões hidrográficas em

(38)

Previsão

para produção de soja

Cenário com

mudanças climáticas

25,8 36,5 35,1 44,4 60,1 80,9 0 15 30 45 60 75 90 PRODUÇÃO CONSUMO EXPORTAÇÃO Fonte: AGE/MAPA (2008) 2020: perda de R$ 3,9 a R$ 4,3 bilhões, redução de área com baixo risco de 21,62% a 23,59%; 2050: área apta entre 29,6% e 34,1% menor que a atual;

2070: -34,86% a -41,39 de área favorável, chegando a R$ 7,6 bilhões a perda de receita;

Isso equivale a metade das perdas que a agricultura brasileira deve ter nesta ocasião.

Fonte: Embrapa-Unicamp (2008)

Previsões e planejamento

(39)

Boas práticas agrícolas - FAO

Garantia da sanidade e qualidade do produto ao longo da cadeia produtiva do alimento.

Criação de novas oportunidades comerciais, melhorando as interrelações dos elos da cadeia produtiva.

Melhorias no uso dos recursos naturais, na saúde dos trabalhadores e nas condições de trabalho.

Criação de novas oportunidades de mercado para

(40)

Boas práticas, na prática

Integração lavoura-pecuária

Aumento da produtividade, expansão sem a utilização de novas áreas; redução das emissões de GEEs; redução do uso de agrotóxicos. Redução de custos. Padrões de produção com integração vertical limitam a geração de renda para produtor.

Confinamento

Redução da área ocupada.

Problemas com manejo de resíduos, contaminação das águas, emissões e bem estar animal.

Zoneamento da Cana

Exclusão da Amazônia e Pantanal; proibição de novos desmatamentos; condicionantes agroecológicas para o financiamento.

(41)

Boas práticas, na prática

Fomento florestal

Menor imobilização do capital, renda para o pequeno produtor.

Risco de substituição de florestas nativas e outras conseqüências gerais da produção integrada.

Carvão vegetal para a siderurgia

Fim do uso de madeira de florestas nativas.

Aumento de áreas de monocultivo e necessidade de melhores práticas socioambientais.

Iniciativas setoriais

Experiência como RTRS, Better Sugarcane Initiative, Pecuária Sustentável, Diálogos Florestais e Soja Plus discutem sustentabilidade.

(42)

Barreiras sociais

Porcentagem de produtores sem nenhum ano de estudo sobre o total

Até 10% 10,01 a 25% 25,01 a 50% 50,01 a 75% 75,01 a 100%

Não declarado ou não informou Área edificada

Porcentagem de produtores com orientação técnica sobre o total

Até 10% 10,01 a 255% 25,01 a 50% 50,01 a 75% 75,01 a 100%

Não declarado ou não informou Área edificada

(43)

Ações prioritárias

• Evitar ocupação de áreas prioritárias para

conservação da biodiversidade e ecossistemas. O Cerrado precisa ser considerado.

• Resguardar áreas estratégicas para a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar. • Orientar o financiamento público de acordo com

as decisões do zoneamento.

Promover

zoneamento

integrado para

expansão da

agropecuária.

• Investir em medidas de difusão, capacitação e financiamento para a sua adoção.

Priorizar a

integração

(44)

Ações estratégicas

Associar concessão de empréstimo ao cumprimento da

legislação ambiental e trabalhista, com controle direto pelas instituições financiadoras.

Desenvolver incentivos econômicos que integrem propostas de REDD+ com a manutenção e recuperação das Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente.

(45)

Ações estratégicas

Investir em ciência e tecnologia, para incrementar a produção em pequenas propriedades, como a mecanização em pequena escala, e também a conservação ambiental.

Desenvolver um sistema nacional integrado para controlar prescrições e volume de agrotóxicos por Estado, com a participação efetiva da sociedade.

Monitorar com estudos sistemáticos os temas: saúde, meio ambiente e uso de agrotóxicos; disponibilidade de recursos hídricos; produção de outros alimentos e relação com

(46)

Essa apresentação foi utilizada por Sergio Schlesinger, consultor de estudos setoriais do Focus | Visão Brasil, para apresentação de resultados durante seminário realizado no dia 13 de abril de 2010, em Brasília (DF).

Contato Focus | Visão Brasil Daniela Lerda - Funbio

danielal@funbio.org.br (21) 2123 5337

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