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Disciplina: Planejamento e Práticas da Gestão Escolar. Autores: Esp. Elizabeth Nater. Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt

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1 Disciplina: Planejamento e Práticas da Gestão Escolar

Autores: Esp. Elizabeth Nater

Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso Ano: 2016

Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais.

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Elizabeth Nater

Planejamento e Práticas da Gestão Escolar

1ª Edição

2016 Curitiba, PR Editora São Braz

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3 FICHA CATALOGRÁFICA

NATHER, Elizabeth.

Planejamento e Práticas da Gestão Escolar / Elizabeth Nather. – Curitiba, 2016. 37 p.

Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt.

Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso.

Material didático da disciplina de Planejamento e Práticas da Gestão Escolar – Faculdade São Braz (FSB), 2016.

ISBN:

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4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO

Caro(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!

Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária.

A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania.

Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes.

Bons estudos e conte sempre conosco!

Faculdade São Braz

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5 APRESENTAÇÃO

Os assuntos abordados evidenciarão as concepções de planejamento, os planos educacionais e os planos de ação, na segunda aula, irá se abordar o Plano Nacional de Educação e sua relação com a Gestão Escolar.

Compondo o estudo da disciplina terá o planejamento coletivo como mecanismo de Gestão Escolar.

Para completar o material será desenvolvido o Projeto Político Pedagógico, Currículo, Planejamento e Organização da ação educativa e assim a quarta aula encerra a proposta estabelecida, cujo objetivo é contribuir para reflexões essenciais da Gestão Escolar.

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6 AULA 1 – As Concepções de Planejamento

Apresentação da Aula 1

Na aula serão abordadas as concepções de planejamento, como é entendida, tomando por base o passado e o presente. Também será abordado os planos educacionais e de ação, pois eles estão arraigados no planejamento.

1.1 Gestão Escolar

A gestão escolar é um dos elementos mais importantes para se desenvolver o nível de aprendizado em uma instituição de ensino. “Ela é responsável por estimular o ensino de qualidade, oferecer uma visão ampla do desenvolvimento da escola e, consequentemente, impulsionar seu desenvolvimento como um todo” (Disponível no site WPensar).

Portanto, é fundamental que o diretor perceba o seu papel e as suas funções a partir dos objetivos educacionais e dos projetos que a escola se propõe a desenvolver. O que não se pode conceber é uma administração que define prioridades com base em critérios internos da própria função, permitindo uma expansão desmedida desse setor em detrimento das atividades-fim da escola, quais sejam: o ensino e a aprendizagem (ALONSO, s/d, p. 5).

1.2 Planejamento

Sabe-se que há diversas interpretações sobre o que é o PLANEJAMENTO, porém todas elas mostram que é um ponto importante na construção de um propósito.

Vocabula rio

Planejamento é o processo de ações e procedimentos que visa atingir um determinado objetivo.

Disponível em: http://www.aulete.com.br/planejamento

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7 1.3 Histórico Educacional

Para mergulhar no estudo, precisa-se trazer a educação e sua história, pois informações do passado permitem compreender o presente e planejar o futuro.

A educação do Brasil tinha como alvo a extração das riquezas do país, isso esclarece o fato do ensino ter uma direção estabelecida de ensinar o que era liberado pela autoridade da época. A educação se valia de punições e repressão a todos os que não se convertessem aos seus conceitos e crenças.

(Catolicismo).

Próximo ao século XVIII a educação continua a atender os interesses, mas com pensamento liberal. Nesse período o ensino é dividido, atendendo ao estado e a sociedade privada.

Amplie Seus Estudos

Veja um trecho da entrevista de Celso dos Santos Vasconcellos para a revista Nova Escola:

“Como evitar que o tempo dedicado ao planejamento anual não seja desperdiçado?

VASCONCELLOS: Nas escolas, o coordenador pedagógico é o responsável por esse processo. É preciso prever momentos específicos para cada tipo de assunto e ser firme na coordenação. Às vezes, há uma tentação muito grande em ficar gastando tempo do planejamento com problemas menores, administrativos ou burocráticos. Então, é muito importante planejar o planejamento, reservando momentos específicos para cada assunto, e ser rigoroso no cumprimento dessa organização. Ele precisa ser um coordenador pedagógico forte, mas onde buscar apoio para se fortalecer? Em alguns casos, há o apoio da direção, mas é muito importante que ele faça parte de um grupo com outros profissionais no mesmo cargo para trocar experiências e sentir que não está sozinho nesse trabalho.”

Disponível em:

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/planejar-objetivos- 427809.shtml

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8 1.4 Concepção de escola

Então, no século seguinte surge a escola com um perfil diferenciado:

 Século XIX:

- Gratuito;

- Obrigatório;

- Universal;

- Laico.

 Século XX:

- Acesso à educação como direito de todos, previsto na constituição.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Saiba Mais

Na Constituição Federal a Educação ganha um capítulo próprio disponível no Capítulo III, Seção I DA EDUCAÇÃO, Art. 205 ao Art. 214.

Disponível em:

http://pactoensinomedio.mec.gov.br/images/pdf/constituicao _educacao.pdf

1.5 Planos Educacionais

Quando se fala em concepções, quer dizer possíveis interpretações que se tem sob algo, aqui referido ao planejamento, onde muitos desconsideram a sua habilidade e outros valorizam a sua importância nos resultados obtidos.

“Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve”. Lewis Carroll

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9

Ví deo

Assista a um vídeo que apresenta a frase apontada no texto acima, para enriquecer o seu aprendizado. Filme - Alice no País das Maravilhas.

Disponível em: https://youtu.be/ISt-Dx7nBNE

O ponto de vista de muitos sobre o planejamento tem sido crescente em perceber a sua importância na caminhada da educação. Sua utilização busca eficácia dos resultados, mas valoriza todo o projeto na sua elaboração e desenvolvimento.

1.6 Gestor Escolar

O Gestor Escolar é uma peça muito importante dentro da instituição escolar, ele é diariamente desafiado a planejar sua trajetória de ensino que atenda o ensino, o ensinamento e o ensinado, dessa forma, deve-se ter o planejamento, que irá anteceder as decisões, administrando, comandando, gerindo e governando, auxiliando o professor a elaborar a sua aula e manter a qualidade da mesma.

Os gestores, por sua vez, nada mais são do que educadores que, em dado momento, se tornaram responsáveis pela condução desse processo. Cabe-lhes, portanto, criar as condições necessárias para que ele se efetive, mas para tanto, é necessário que sejam parte desse processo e não apenas meros espectadores ou controladores da situação. (ALONSO, s/d, p. 7).

1.7 Níveis de Planejamento

O Planejamento escolar desafia professores e gestores para tornarem a escola ativa, fazendo o discurso ação/prática aceito pela comunidade inclusiva.

É uma ferramenta utilizada pelo gestor para gerir determinado propósito, e entender como chegar ao seu objetivo. Para se ter sua eficácia ele deverá ser elaborado por profissionais que saibam aplicar sua legislação de forma democrática, sem interesses pessoais.

Há, dessa forma, três níveis de planejamento (BEZERRA, 2014):

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10

Planejamento Estratégico: Ele tem a função facilitadora e contribui para o indivíduo desenvolver a sua potencialidade e sua produtividade, da mesma forma que a organização ganha com o planejamento estratégico.

Planejamento Tático: Enquanto o planejamento estratégico tem o seu foco em tempo maior (longo prazo) o planejamento tático tem seu foco em tempo menor (curto prazo). Sua função é atender os setores e alcançar suas metas.

Planejamento Operacional: Apresenta planos bem especificados com o tempo bem menor para ser alcançado que o planejamento tático. Esse planejamento conta com planos de ações.

Voltando a menção anteriormente feita que diz que o planejamento escolar auxilia o professor a manter a qualidade de ensino, pode-se compreender o valor do planejamento na construção de aulas e não somente na construção das mesmas, mas também que é de suma importância na qualidade da mesma.

Planejamento escolar é o momento que antecede as tomadas de decisões, cuja valorização será o pensar e como agir. O planejamento escolar desafia o professor e o gestor a tornarem a escola ativa, aceita pela comunidade, sendo também inclusiva. Ele precisa contar com profissionais que saibam aplicar a legislação em vigor de forma segura, democrática e sem interesses próprios que firam a escola e a sua proposta. Quando uma escola não possui um planejamento para conduzir sua caminhada, tem grande propensão para se desgastar. Com o planejamento há reflexão por parte dos envolvidos e também o comprometimento em assumir os “louros” dos acertos e as “cobranças” dos possíveis erros. Planejar é criar e recriar, é FLEXIBILIZAR.

Vocabula rio

Flexibilizar – Mudar de rumo, fazer ajustes, que está aberto às mudanças, tornar-se flexível.

Disponível em: http://www.aulete.com.br/flexibilizar

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11 1.8 Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo, como o próprio nome aponta, pode entender que se refere a um conjunto de ações, com um começo, meio e fim onde todos podem participar, como ao planejamento educativo os atores do contexto educacional participam das decisões. Quando o todo participa, maiores são as possibilidades das decisões atenderem os interesses comuns.

Muitos gestores se valem do planejamento participativo para nortear a gestão por eles assumida, o projeto pedagógico vira uma ferramenta na mão do gestor.

Não se tem uma fórmula pronta de gestão que possa ser aplicada e atenda as instituições, apesar de ser o mesmo problema que as instituições diferentes tenham, nem sempre a solução é a mesma. O planejamento dará condição de se refletir sobre a problemática e pensar em estratégias indicadas para cada instituição, levando em conta a identidade da mesma, o planejamento participativo conta com a voz do “todo” e consegue selecionar o perfil da instituição e agir com êxito nas estratégias.

Na visão de Vasconcelos (2011), há quatro fases do planejamento participativo, agora é preciso entender o que compõe cada passo:

PLANEJAR PREPARAR ACOMPANHAR REVISAR O que será feito Recursos e

colaboradores

Monitorar o desenvolvimento do planejamento

Investigar e alterar se necessário Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

O Planejamento Participativo é dividido com a equipe, pois ela participa do processo escolar, contribuindo com sugestões, observações, posições.

De acordo com Gandin (2004, p. 15) o Planejamento Participativo consagra a necessidade de um projeto político, mostra como estruturá-lo e como organizar um processo técnico que lhe seja coerente, além de estabelecer a participação como elemento chave de uso poder em todos os graus, organizando para realizá-la.

“Como seria executar uma atividade sem um plano de ação?” Apesar de esforços da equipe já é possível imaginar falhas no decorrer do processo, pois o

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12 plano de ação é um caminho a ser seguido. Com ele é possível esforçar-se por exatidão e precisão. Mas o que significa esforçar-se por exatidão e precisão?

Resumo da Aula 1

É necessário se ter as novas informações sobre o tema Concepções de Planejamentos, e estar ciente que problemas existem na escola entre os envolvidos e a gestão propriamente dita. Mas o pensamento de pessoa flexível conduz a superação dos problemas através da ação e criatividade.

O Planejamento vem colaborar para o surgimento da ação coletiva e ação democrática.

Um plano de ação estabelece tempo, delineia medidas, traça objetivo e foca nos resultados, mas acompanha o processo. Também avalia os resultados em busca de se ter melhores resultados ainda.

Aumentar a capacidade de uma instituição de ensino é crescer rumo a uma educação de qualidade e manter o aluno na escola e a equipe em atividade.

Atividade de Aprendizagem

Descreva o que cada fase do Planejamento Participativo Contempla (PLANEJAR; PREPARAR; ACOMPANHAR;

REVISAR.)

AULA 2 - Plano Nacional de Educação e sua Relação com a Gestão Escolar

Apresentação da Aula 2

Nesta aula será abordado sobre os planos de ações, assim como o PNE (Plano Nacional de Educação) e o quanto ele é importante no cenário educacional, as discussões voltadas para o tema e a expectativa diante da presença do plano.

2.1 Planejamento

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13 Na aula passada foi estudado que todo propósito tem um processo, e para seu desenvolvimento o planejamento deve estar alinhado com o objetivo educacional estabelecido pela escola, para então se adentrar nos planos de ações.

Fonte: Elaborado pelo DI (2016)

Já quando se abordou as fases do planejamento, se tinha que:

1) Planejar:

O que será feito.

2) Preparar:

Recursos e colaboradores.

3) Acompanhar:

Monitorar o desenvolvimento do planejamento.

4) Revisar:

Investigar e alterar se necessário.

2.2 Planos de Ação

É preciso compreender que é necessário ter um plano específico com direção objetiva, destino para atender a área educacional e alcançar o propósito estabelecido pelo plano de ação.

Por quê?

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14 O Plano de Ação é um caminho a ser seguido, definindo responsabilidades de cada membro da equipe.

Assim como o Planejamento Participativo, a equipe deve ser convocada para uma reunião onde seja estabelecido que o plano de ação irá contemplar.

Acompanhe o quadro abaixo, ele servirá como um exemplo para esclarecer o seu estudo.

Tarefa Responsável Status Comentários

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

TAREFA: Refere-se ao que será proposto para ser realizado, seu tema, tempo, tipo.

RESPONSÁVEL: Refere-se a quem irá realizar a tarefa, como irá encaminhar e acompanhar a tarefa.

STATUS: Refere-se ao acompanhamento “em si” da tarefa, levantamento do desenvolvimento da mesma.

COMENTÁRIOS: Refere-se aos registros da tarefa, elencando pontos positivos e negativos decorrentes do processo da mesma, durante o seu desenvolvimento e durante o seu final. Os comentários devem ser acompanhados para execução de próximas tarefas, com o objetivo de fornecer informações de assertividade.

2.3 Planos Educacionais

Quando se aborda sobre os planos educacionais, está se estabelecendo um propósito para a criação e elaboração de um planejamento.

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15 Todo propósito tem um processo, e para seu desenvolvimento, o planejamento deve estar alinhado com o objetivo educacional estabelecido pela escola.

O Plano Educacional é decorrente da existência de um problema e a busca de uma solução, assim, o PNE – Plano Nacional da Educação foi um grande avanço para a área educacional.

O PNE foi sancionado em 25/06 de 2014 e contou com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, sua contribuição foi significativa, pois tornou o texto mais extenso devido sua trajetória por todos os estados e com todos os partidos, visando a Qualidade de Ensino.

Plano Nacional da Educação

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Investir fortemente na educação infantil, conferindo centralidade no atendimento das crianças de 0 a 5 anos, é a tarefa e o grande desafio do município. Para isso, é essencial o levantamento detalhado da demanda por creche e pré-escola, de modo a materializar o planejamento da expansão, inclusive com os mecanismos de busca ativa de crianças em âmbito municipal, projetando o apoio do estado e da União para a expansão da rede física (no que se refere ao financiamento para reestruturação e aparelhagem da rede) e para a formação inicial e continuada dos profissionais da educação. É importante uma maior articulação dos municípios e estados

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

Disponível na íntegra e comentada em:

http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf

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16 A meta que causa grande confusão é a 20, pois trata do percentual do PIB que será investido em educação, 10% PIB – esta foi a grande chamada que ocorreu nos noticiário sobre o PNE, onde 10% do PIB (Produto Interno Bruto) será destinado gastos com creches que sejam conveniadas e com programas voltados aos estudantes no final do decênio.

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu em seu artigo 214 a formulação do PNE com metas para cada 10 anos, a política de estado do primeiro PNE de 2001 a 2010 não obteve avanços, um dos motivos foi pela participação da sociedade não ser considerada e ter o veto do presidente.

2.4 PNE e a Relação com a Gestão Escolar

O PNE foi um grande passo para a Educação, regulamentado pela lei 13005/14. Para se ter uma boa realização, é preciso a participação de todos, ou seja, poder contar com uma Sociedade Civil ativa, sendo que o governo deverá contribuir com os Estados e Municípios.

2.5. CONAE – Conferência Nacional de Educação

A CONAE foi realizada de 17 e 21 de fevereiro de 2014, em Brasília, com a finalidade de oferecer espaço para deliberações que possam resultar na elaboração de um conjunto de propostas que vai subsidiar a efetivação e a implementação do Plano Nacional de Educação.

É entendida como um espaço democrático para todos abordarem sobre assuntos que envolvam a educação. Ela terá como objetivo cobrar que o PNE seja cumprido.

A CONAE possibilita que a escola utilize os temas abordados nela para deliberar, como também alterar o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico. Trazendo a luz reflexões e ações de suma importância para a sua existência e manutenção de qualidade.

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Saiba Mais

No dia 12 de agosto de 2015, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em nome do Congresso Nacional, concedeu o prêmio Darcy Ribeiro a Daniel Cara, Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à educação.

Foi um reconhecimento ao trabalho de incidência da Campanha Nacional pelo direito à educação na Construção do Plano Nacional de Educação e na distribuição dos royaltes do petróleo e da metade do fundo social do pré-sal para a área e na inclusão do CAQI no PNE inicial.

2.6. Gestão Escolar

A Gestão Escolar precisa contar com todos os envolvidos no contexto educacional executando com responsabilidade e competência suas funções para que possam dividir conhecimentos entre si.

O ambiente de ensino é apropriado para que os indivíduos experenciem ações prol de uma sociedade mais justa através da forma como ensinam e vivem a própria vida. É na escola que muitos ensinamentos são passados, mas tem um principal que deve ser realizado diariamente, que é o ensino da reflexão, que deve ser estimulada, para que ocorra o ensino aprendizado efetivamente, atendendo a população. Quem aponta com clareza o acima mencionado é o gestor democrático, que chama para si a responsabilidade e convida a equipe para construir com ele uma gestão promissora para a instituição.

Nessa gestão o professor são coordenadores do processo educacional e os gestores irão auxiliá-los, buscando:

 Desenvolver (crescer) o potencial do aluno;

 Promover o conhecimento;

 Organização e disciplina;

 Interesse do aluno.

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Importante

Algumas atitudes dos alunos e dos colaboradores são gestadas pela própria instituição, sendo assim, é importante saber gerenciar.

“Por que é importante ser reflexivo?” Porque o indivíduo reflexivo encontra outras verdades, ou seja, partilha ideias e ações tornando-se colaborativo. Aceita sugestões e “governa” em busca do bem. Observe no quadro abaixo os conceitos de Gestão Escolar, Conhecimento e Competência:

GESTÃO ESCOLAR

Expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos.

Disponível em:

http://www.educabrasil.com.br/gestao-escolar/

CONHECIMENTO

Conhecimento é o conjunto das faculdades

sensoriais de uma pessoa na medida em que estão ativas; Faculdade humana de aprender,

compreender e raciocinar, ou seja, a inteligência.

Disponível em:

http://queconceito.com.br/conhecimento

COMPETÊNCIA

Para o sociólogo francês Philippe Zarifian, competência é “tomar a iniciativa e assumir a responsabilidade diante das situações profissionais com as quais nos deparamos. Consiste em um entendimento prático de situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que aumenta a diversidade de situações”.

Disponível em: http://www.catho.com.br/carreira- sucesso/colunistas/carlos-hilsdorf/o-que-e- competencia

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016).

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19 O Gestor tem sua caminhada em busca de uma educação diretiva, respeitando os direitos dos cidadãos, bem como a qualidade na educação.

É necessário que a empresa tenha condições de identificar a competência, validá-la e fazê-la evoluir constantemente.

(ZARIFIAN, 2001).

A Gestão Escolar precisa contar com profissionais competentes para desempenharem favoravelmente o que lhes foi atribuído. O que fazer precisa estar intimamente ligado com o porquê fazer, como fazer, a quem fazer e as consequências do seu feito. É importante uma visão ampla do ato fazer, para que a competência realizada pelo competente seja feita e alcance um resultado adequado.

2.7. Gestão Escolar Democrática

Deve-se pensar em uma gestão escolar democrática para a escola construir uma identidade que promova a harmonia dos seus integrantes, mas também a autonomia dos mesmos.

Gerir um estabelecimento com sucesso não é tão fácil quanto se pensa.

Emitir um discurso no verbal não significa representá-lo igualmente na prática. A prática muitas vezes diverge da teoria, e a má gestão é decorrente disso. Uma instituição de ensino tem o dever de agir com veracidade no processo educativo, assim, para sua eficácia, a gestão democrática deve conduzir o gestor a agir para a equidade da sociedade e dar oportunidade para todos os envolvidos, assim, a instituição deve caminhar pela verdade o tempo todo, para ser transparente em suas ações

Há tempos o ensino está sofrendo alterações. Os envolvidos apresentam posturas diferente no que esperar do ensino, no que aprender de ensino e no “como ensinar”. Esse último envolve a ação do professor e da gestão escolar com um todo. Enquanto a primeira postura refere-se a pais/sociedade, a segunda aos alunos e a terceira é muito ampla, porque conta com as inovações na educação e os anseios dos que a desfrutam.

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20 O professor conta com uma representação da gestão para dar voz às informações necessárias para cada ano escolar.

Atrelados a informações, conteúdos previstos, o professor imprime valores e conceitos para contribuir com a formação do seu aluno.

“Porém, quais são os valores e conceitos possíveis de serem repassados?” Essa resposta pode pautar-se na direção de não ferir a lei que diz sobre Direitos.

Entretanto, não é tão simples quanto se pode pensar. Manter um padrão de ensino é estar constantemente atento ao tempo “passado” “presente” e

“futuro”, usando de um diálogo entre os acontecimentos e suas consequências, entre o que aconteceu, acontece e acontecerá diante de uma ação ativa ou mesmo passiva.

A verdade é que o cenário globalizado e conectado impede uma segurança total nas informações lançadas e muitos se apropriam de conceitos nem sempre indicados, e agem por decorrência delas, ocasionando divergências, opiniões e conflitos.

O gestor precisa contar com a sua capacidade de avaliar os possíveis resultados antes dos mesmos acontecerem, pensar praticamente. A ele também é esperado que conduza sua equipe para a assertividade, através da comunicação eficaz.

Ví deo

Assista ao vídeo Gestão Escolar.wmv, que é uma animação para se fazer entenda toda dinâmica de atitudes que um gestor deve possuir para conduzir bem a sua equipe de trabalho.

Disponível em: http://youtu.be/mBluNKV2SWQ

2.8 Comunicação

Conforme a maneira habitual de se relacionar ou conceituar ações e situações, comunica-se com os que estão ao redor. A comunicação é necessária para os seres humanos buscarem se expressar, como pensam e como agem, pois a comunicação mostra como as pessoas são. Para que a comunicação não

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21 saia do trilho e atenda ao que se propõe é esperado que seja clara e direta, como também informe o receptor exatamente o que o emissor quer dizer. Esta observação leva ao questionamento: “Por que a comunicação é falha no âmbito escolar, ambiente de aprendizagem?” Dessa forma, nota-se que é porque há distorção de papel por parte dos membros e desvio de função muitas vezes.

Resumo da aula 2

Através de um plano de ação bem elaborado, cumprido na sua íntegra, é possível reduzir as mazelas educacionais. A assertividade é presente nos resultados e o contexto escolar é fortalecido por sua boa produtividade.

O estudo demonstrou que o PNE refere-se a um instrumento da política pública educacional. Evidenciou a sua eficácia, destacando-o como um instrumento de grande valia, pois conta com inúmeros envolvidos para ser elaborado e acompanhado, com o objetivo de contemplar “a pluralidade de vozes e olhares sobre a educação”.

Esclareceu-se os conceitos como Gestão Escolar, Conhecimento e Competência. Também chamou a sua atenção para a eficácia da Gestão Democrática, pois ela conduz o gestor a agir para a equidade da sociedade e oportunidade para todos os envolvidos.

Atividade de Aprendizagem

Para você, qual a importância do planejamento de ações dentro do contexto escolar?

AULA 3 - Gestão Escolar/Planejamento

Apresentação da aula 3

Essa aula visa a tratar sobre gestão, sua visão, missão, objetivos e princípios.

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22 Será falado sobre a importância da leitura, e o conhecimento na vida das pessoas. E por último irá abordar sobre o planejamento, suas características e etapas, e a importância do planejamento dentro do contexto. Escolar.

3.1 Missão da Gestão

A missão principal da Gestão é identificar qual a importância da sua existência (gestão/gerir) no cenário educacional. Ao identificar qual a importância de sua existência a gestão segue o caminho que levará a escola na realização de sua proposta de trabalho com seguridade. A oferta de ensino seguirá seus tramites unindo a missão a qualidade de ensino.

Ter uma missão em tempos atuais é ensinar apesar das dificuldades, dos obstáculos e da própria falta de credibilidade do ensino espalhada na sociedade.

Saiba Mais

Missão – Escola Básica e Secundária de Pinheiros

Prestar à comunidade um serviço educativo de excelência contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes dos seus deveres e direitos, capazes de atuar como agentes de mudança, num ambiente participativo, aberto e integrador, numa Escola reconhecida pelo seu humanismo e por elevados padrões de exigência e responsabilidade, que valoriza o conhecimento, como condição de acesso ao mundo do trabalho e ao prosseguimento de estudos.

Missão – Escola Crescimento

Atuar com exigência, profissionalismo e compromisso com a melhoria continua na formação de pessoas.

Missão – Escola Frida Reckgiesel

Oferecer ao aluno uma educação de qualidade através do resgate de valores e da construção do conhecimento, para que o aluno se torne um cidadão consciente e responsável, contribuindo para o desenvolvimento do meio em que vive.

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23 Com essa amostra consegue-se perceber que a missão aborda sobre compromissos expressivos esperados da instituição, mas que tornam-se vivos na ação do gestor. É o gestor que irá prestar serviço de qualidade, conduzindo a equipe para o mesmo fim. Também é de sua competência atuar com compromisso, resgatar valores em favor de uma sociedade.

“Qual é a necessidade básica que o órgão gestor pretende suprir?” A necessidade básica é o da oferta de ensino de qualidade, que se identifica através de alguns itens, conforme quadro expositivo abaixo:

GESTÃO/ENSINO DE QUALIDADE RECURSO MÍNIMO POR ALUNO

PROFESSOR CAPACITADO

ESTRUTURA DO AMBIENTE ESCOLAR SEGURO E LIMPO ENSINO BASICO CORRESPONDENTE A FAIXA ETÁRIA E PERÍODO ESCOLAR

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

3.2 Princípios da Gestão

Faz referência ao que deve ser seguido, independentemente das possíveis circunstâncias. O que fica subtendido que eles devem seguir ao que se tem estabelecido como prioritário em uma escola. Os princípios são considerados o diferencial de cada escola, pois apontam medidas claras sobre a forma de agir da gestão.

Em conformidade com a Lei as escolas procuram manterem-se firmes para sobreviverem à crise que constantemente assola o país, tanto quanto ao descaso por parte dos alunos. Mantendo os princípios muitas escolas sobrevivem e outras se destacam com a solidez de anos no mercado de trabalho.

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Atividade

Escreva 5 (cinco) princípios que você teria ao gerir uma escola.

Os princípios para a Gestão é como uma condição sine qua non, no direito, essa expressão é utilizada na forma completa conditio sine qua non, que se refere à circunstância indispensável para atingir determinado objetivo, ou seja, essa condição é necessária para tal fato acontecer, sem essa, o ato não é válido (Significados, 2016).

Muitas revistas comentam que os princípios de gestão fazem referência ao que deve ser seguido, independente das circunstâncias.

3.3 Valores da Gestão

Pode-se apontar inicialmente um exemplo para Valores de Gestão: A valorização do aprender e como aprender, onde conta com a presença de programas para a aplicação de tais valores.

A leitura do livro Relações do Ensinar de Rosana Pascale, em sua página 31, fala sobre o direito que o indivíduo tem quanto às escolhas da sua própria leitura e da emoção que fica ao saber que já se domina os fonemas, transformados em palavras e com significados: “Contar histórias é dar as mãos uns aos outros e ir ao encontro da fantasia, resgatando a própria infância.”

Falar de valores é pensar sobre quais valores um gestor escolar deverá assumir em sua prática pedagógica. Basta acompanhar as informações sobre atitudes de estudantes para entender que alguns valores estão se perdendo e prejudicando a aprendizagem, tanto quanto mudando a história, onde pais e filhos confundem os papéis, e pais e professores confundem as funções, sem esquecer que alunos e professores confundem o equilíbrio na hierarquia. A leitura é uma aliada a favor da reorganização perdida.

(25)

25

Ví deo

Assista uma cena do filme “O Substituto”, 2011, onde o professor fala sobre a importância na vida das pessoas de saber ler.

Disponível em: https://youtu.be/y9Zzd2sCUgk

3.4 Reflexão da Gestão - Trilema Estratégico

Segundo Michael Porter (1986), para a obtenção do sucesso duradouro em suas atividades, as organizações têm de se concentrar em apenas uma das três opções estratégicas a seguir:

1- Fornecimento de produtos e serviços de ponta;

2- Busca da excelência operacional e do estreitamento de seu relacionamento;

3- Intimidade com seus clientes.

Saiba Mais

Michael Porter, nasceu em 1947, é professor da Harvard Business School, autor de diversos livros e é considerado o mais acadêmico dos gurus e um dos maiores especialistas mundiais em estratégia. Considera a estratégia de valor significativo para alcançar os objetivos traçados.

3.5 Planejamento e Qualidade

O Planejamento estratégico alcança o resultado esperado quando consegue atender as diretrizes e as estratégias. Ele coloca a escola no seu lugar

(26)

26 de beneficiária da sociedade, também norteando o que foi programado pelo criador. Conta com estratégia para alinhar sua caminhada e alcançar a qualidade.

O planejamento estratégico serve como uma chave que abre a porta da trajetória do ensino. A postura do gestor na aplicação do planejamento estratégico também fará a diferença durante todo o processo. Sua eficácia decorre de tornar permanente as diretrizes e estratégias.

3.6 Implantação de Planejamento

O Planejamento de Ação Didática conta com os seguintes componentes (PILLETI, 2004):

 Objetivo;

 Conteúdos;

 Metodologias;

 Recursos;

 Avaliação.

Veja quadro abaixo a descrição de cada um desses componentes:

COMPOSIÇÃO DE UM PLANEJAMENTO

ETAPAS DESENVOLVIMENTO

OBJETIVO O professor precisa determinar de início o que o aluno será capaz de fazer ao final da

aprendizagem.

CONTEÚDOS Refere-se à organização do

conhecimento em si, com bases nas suas próprias regras.

O conteúdo é um instrumento básico para atingir os objetivos.

METODOLOGIAS A metodologia é um procedimento de ensino, com ações, processos ou comportamentos

(27)

27 planejados pelo professor para colocar o aluno

em contato direto com os fatos ou fenômenos.

RECURSOS O autor de referência aponta que os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a estimulação

para o aluno.

AVALIAÇÃO É o processo pelo qual determinam o grau e a quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto das condições

em que o trabalho foi desenvolvido.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

Resumo da aula 3

Partiu-se do conceito da veracidade no ato de gerenciar a escola, como também no planejar a caminhada da mesma, baseou-se no conceito de Michael Porter que revela em seus estudos o Trilema Estratégico e indica o uso de um deles, sem deixar de valorizar os demais. Segundo a frase de Michael, Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio. Pode-se entender que ela, a empresa, não sabe o caminho a seguir e poderá ter prejuízos. Se trazer para a gestão escolar uma escola sem estratégia, pode-se ter o insucesso.

Foi alertado também sobre o valor da leitura para agregar conhecimentos na vida do indivíduo e mudar conceitos falsos. Por fim, fechou- se com passos para o desenvolvimento de um Planejamento, ferramenta indispensável no cotidiano escolar.

Atividade de Aprendizagem

Para você, qual a importância do Conhecimento em sua vida?

Procure lembrar-se das sensações obtidas com novos conhecimentos.

(28)

28 AULA 4 – Projeto Político Pedagógico/ Currículo/Ação Educativa

Apresentação da aula 4

Será nessa aula abordado sobre um assunto o qual é evidenciado na mídia aos pais para a execução da matrícula escolar, o PPP, Projeto Político Pedagógico. Esse documento é conhecido com identidade da escola, e, portanto, é indicado aos pais conhecerem sobre onde seus filhos estudarão, também se falará sobre o currículo, sua importância e eixos.

4.1 Projeto Político Pedagógico

Entender o Projeto Político Pedagógico é saber onde está e o que é possível acontecer no espaço escolar. Assim como um mapa tem extrema importância para um navegador, o Projeto Político Pedagógico significa ter uma BÚSSOLA para o gestor/docente, mostrando quem é a escola, como age e norteia a instituição.

Vocabula rio

A bússola é um instrumento de navegação e orientação.

Sem dúvida um instrumento de navegação mais importante e é utilizada até hoje.

A ação educativa da escola é descrita no PPP, ele concentra além da ação educativa, os objetivos que antecedem a proposta ativa e os objetivos finais, como averiguação dos resultados.

Segundo o conceito de Libâneo (2004), é o documento que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando a síntese das exigências sociais e legais do sistema de ensino e os propósitos e expectativas da comunidade escolar.

(29)

29

Saiba Mais

José Carlos Libâneo, nasceu em 1945, graduou-se em Filosofia na PUC-SP, Mestre da Educação Escolar brasileira e Doutor em Educação.

Disponível em: http://www.estantevirtual.com.br/autor/jose- carlos-libaneo

O Projeto Político Pedagógico é uma necessidade prioritária apresentada e assegurada na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) de número 9394/96.

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

Estabelece as Diretrizes e bases da educação nacional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IV

Da Organização da Educação Nacional (...)

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;

II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;

VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;(Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem

(30)

30

quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes

princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

Disponível na íntegra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm

O Projeto Político Pedagógico diz quem a Escola é, como pensa, como agir, também norteia os caminhos da Instituição de Ensino, sendo que ele é:

 Projeto: Faz relação com o futuro, tomando por base o presente.

 Político: Busca a organicidade de projetos com a sociedade.

 Pedagógico: Busca a formação de um indivíduo crítico (político e participativo) através da ação educativa.

Segundo Gadotti (2000), não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso, todo projeto pedagógico da escola também é político.

O projeto pedagógico da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola.

Através das contribuições de Moacir Gadotti é possível entender que o Projeto Político Pedagógico está sempre em construção, não é fechado, as inserções são feitas conforme a necessidade da escola. Conta com a participação de toda a equipe pedagógica e periodicamente as escolhas estabelecidas entre os membros precisam de revisão e alteração. A construção

(31)

31 coletiva e participativa indica a união de ideias formalizando o procedimento democrático.

Curiosidade

O Projeto Político Pedagógico nasceu após a Constituição de 1988, para dar autonomia às escolas na elaboração da própria identidade. Esse projeto é referencial de quaisquer instituições de ensino. Regido pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação – 9394/96), sancionada em dezembro do mesmo ano, possui 92 artigos voltados para a educação.

A preocupação com o PPP por parte dos órgãos educacionais é medida eficaz para que o gestor, o professor e os demais membros da equipe escolar consigam alinhar o que fazer com a prática, entretanto, antes de estabelecer o que é necessário fazer, e nessa mesma direção caminha o currículo.

4.2 Currículo

“Qual a finalidade de um currículo?” São muitas as finalidades de um currículo escolar, acompanhe:

 O Currículo serve para dar um rumo as atividades educacionais;

 O Currículo indica como executar as atividades educacionais;

 O Currículo aborda informações pertinentes a aprendizagem;

 Deve abranger várias discussões, evitando com isso o esgotamento dos assuntos.

Quando se trata de aprendizagem é essencial toda instituição escolar ter a direção para seguir, com o objetivo de promover uma qualidade na aprendizagem, inserindo critérios confiáveis nos serviços prestados.

4.4 O Currículo e a sua Construção

(32)

32 A construção de um currículo deve contar com o envolvimento de todos para a sua formação. Mas quem faz parte? É preciso entender que se o currículo escolar tem sua elaboração a partir do Projeto Político Pedagógico, todos os envolvidos no PPP estão no Currículo também. O currículo precisa contar com uma teoria de orientação ao trabalho e ao próprio documento em si. Atenção ao quadro:

CURRÍCULO – O QUE ELE EXPRESSA INTENÇÃO DO ENSINO/ESCOLA

CONTEÚDOS TRABALHADOS METODOLOGIA APLICADA RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

SISTEMA AVALIATIVO RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR

Importante

Ainda sobre a construção curricular tornar-se necessário destacar que os assuntos não podem se esgotar, muito pelo contrário, eles precisam ter espaço para serem comentados e discutidos na escola.

Os interesses dos formadores do currículo devem atender os valores e os princípios da escola:

 VALORES: Seguimentos importantes para serem seguidos, por exemplo, tolerância.

 PRINCÍPIOS: Faz referência ao que deve ser seguido, independentemente das possíveis circunstâncias.

Através do currículo a escola poderá encontrar sucesso, o sucesso escolar é quando uma escola em seu funcionamento enfrenta inúmeras

(33)

33 situações corriqueiras, que merecem cuidado, apesar de já fazerem parte do cenário educacional, porém, também conta com situações atípicas e problemáticas. Para poder sair firme e forte diante das intempéries, utiliza-se de inúmeras ferramentas que conduzem ao ensino aprendizagem, mantendo o principal compromisso de ensinar. As ferramentas como planejamento, Projeto Político Pedagógico e o referido Currículo, são aliados em traçar uma escola que ensina, mas também que aprende. Tal aprendizagem a deixa mais apropriada em aplicar a democracia social, o bem coletivo, a formação do indivíduo crítico e ético.

Já o Currículo organizado busca a qualidade do ensino. A UNESCO conta com 195 países buscando melhorar a educação em seus territórios, educação essa que garanta educação de nove anos, como oferta sem custo e acompanhada de qualidade.

O Brasil está na busca para contemplar as metas, no período de 15 anos (2000 a 2015) já conseguiu algumas, segundo a Rebeca Otero, Coordenadora da UNESCO no Brasil, como a qualidade e o acesso à educação infantil.

É preciso entender também que muitas vezes as metas não são atingidas porque alguns países não possuem recursos, sobrevivem de doações ou têm uma política precária.

4.5 Eixos do Currículo

Os eixos de Currículo são dispostos por:

 Base Nacional Comum;

 Parte Diversificada.

A Base Nacional Comum é, portanto, uma dimensão obrigatória dos currículos nacionais e é definida pela UNIÃO. Já a Parte Diversificada apresenta os conteúdos complementares identificados na realidade regional e local, que devem ser escolhidos em cada sistema ou rede de ensino e em cada escola.

Para que tudo isso funcione, é necessário um planejamento, que é uma ferramenta essencial ao professor e ao gestor. Planejar é caminhar em situações realizáveis e eficientes, interligando as disciplinas como também a equipe.

(34)

34 O docente durante o seu período letivo tem um “fazer pedagógico”

expresso através de suas ações.

4.6 Ação Educativa

A ação educativa deve favorecer o aprendizado e inserir medidas e posturas indispensáveis, tais como:

 AFETO;

 ÉTICA;

 RESPEITO;

 CONFIANÇA;

 COLABORAÇÃO.

Ví deo

Desfrute deste vídeo sobre o Cotidiano Escolar e formule novos conceitos sobre a prática pedagógica, buscando entender a importância do aluno se identificar como participante do processo.

Disponível em: http://youtu.be/P5LRa8P6-Qk

É de suma importância ressaltar que a ação educativa deve trazer a vida para a teoria, cujo objetivo seja a ação na busca da transformação em prol do coletivo, na construção da história política e social. Ela também conduz os membros da escola a contribuírem com os indicadores de qualidade na educação.

Dessa forma, os projetos e experimentos pedagógicos vão: Promover, Articular, Finalizar, Favorecer e Estimular o ensino e o estudante, e como diz Paulo Freire: “Só desperta paixão por aprender, quem tem paixão por ensinar”.

(35)

35 Resumo da Aula 4

A aula 4 apresentou a presença das intempéries no cotidiano escolar, mas seu destaque voltou-se para as ferramentas que auxiliam a escola para sair com sucesso das situações difíceis, como a importância do PPP, do Currículo bem elaborado e ter planos de ação.

Atividade de Aprendizagem

Para você, qual a finalidade de se elaborar um bom PPP para o funcionamento da escola?

(36)

36 Resumo da Disciplina

Durante o módulo, se fez uma investigação minuciosa sobre cada um dos pontos envolvidos no cotidiano escolar, com o foco de assegurar ao Gestor Escolar que ele pode valer-se do uso de cada ferramenta em favor da instituição (Escola) e dos envolvidos (equipe pedagógica), alunos, pais e sociedade.

O Gestor Escolar desempenha uma função de grande responsabilidade no âmbito escolar, gerir pessoas e ideias requer um profissional consciente dos seus direitos e deveres, capaz de pensar coletivamente e não buscar seus interesses próprios por estar em um cargo de confiança.

Sua atuação será pautada pelos princípios e valores da instituição, sempre em conformidade com a legislação educacional.

A prática educativa será conduzir a instituição, alunos e professores para colaborarem com uma sociedade mais justa. Para tanto, contará com planejamento, estratégias, projeto político pedagógico e currículo.

As medidas sinalizadas no estudo trataram de evidenciar posturas indispensáveis na gestão escolar, como: afeto, ética, respeito, confiança e colaboração.

A ação educativa precisa da ação política para atingir a qualidade no ensino, o PNE (Plano Nacional de Educação) fará do Brasil um país de destaque, uma vez que ele cumpra as metas existentes.

A disciplina visou estimular o aluno a assumir um compromisso com a educação de qualidade, a qual a teoria é confirmada na prática, as questões escolares auxiliam para as soluções de problemas sociais.

(37)

37 Referência:

Administradores, Michael Porter, disponível em:

http://www.administradores.com.br/frases/michael-porter/

Aulete Digital, planejamento, disponível em:

http://www.aulete.com.br/planejamento

BRASIL, Constituição Federal, disponível em:

http://pactoensinomedio.mec.gov.br/images/pdf/constituicao_educacao.pdf BRASIL. LDB Lei Nº 9394, De 20 De Dezembro de 1996, disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm

Escola básica e fundamental de pinheiro, missão, visão e valores, disponível em:

http://ebspinheiro.net/cms/index.php?option=com_content&view=article&id=503

&Itemid=100047

Escola Crescimento, Missão e visão, disponível em:

http://www.crescimento.com.br/quem-somos/visao-e-missao/

Gestão Escolar e Tecnologias, Gestão escolar: revendo conceitos, disponível em:

http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto06.pdf MEC/SEF, Secretaria de Educação Fundamental, Referencial curricular nacional para a educação Infantil/Ministério de Educação e do Desporto.

Brasília: MEC/SEF, 1998.

PASCALE, R; LARA, W. Relações do Ensinar. São Paulo, Paulus, 2004.

PILETTI, C. Didática Geral. São Paulo, Ática 2007.

PACHECO, José. Dicionário de Valores. São Paulo, Edições SM.

Portal Administração, A Estratégia competitiva de Michael Porter, disponível em: http://www.portal-administracao.com/2014/02/a-estrategia-competitiva-de- porter.html

Portal Administração, Planejamento estratégico, tático e operacional, disponível em: http://www.portal-administracao.com/2014/07/planejamento- estrategico-tatico-operacional.html

Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros curriculares nacionais, Brasília: 1997.

Significados BR, Significado de Sine Qua Non, disponível em:

https://www.significadosbr.com.br/sine-qua-non

Referências

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