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Sobre Hhipersuperfícies compactas de N X R

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Academic year: 2018

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

MATEMÁTICA

Heloisa Frazão da Silva

S

OBRE

H-

HIPERSUPERFÍCIES

C

OMPACTAS

DE

N

×

R

(2)

Heloisa Frazão da Silva

S

OBRE

H-

HIPERSUPERFÍCIES

C

OMPACTAS DE

N

×

R

Dissertacão submetida à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Matemática, da Universidade Federal do Ceará, para a obtenção do grau de Mestre em Matemática.

Área de concentracão: Geometria

Orientador: Prof. Dr. Gregório Pacelli Feitosa Bessa

Fortaleza

(3)

Silva, Heloisa Frazão da

S58s Sobre H-hipersuperfícies Compactas deN×R/Heloisa Frazão da Silva. – Fortaleza, 2011.

82 f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Gregório Pacelli Feitosa Bessa

Área de concentração: Geometria

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará,

Centro de Ciências, Departamento de Matemática,Fortaleza,

2011.

1.Geometria diferencial. I. Bessa, Gregório Pacelli Feitosa

(Orient.)

(4)
(5)

Agradecimentos

(6)

Resumo

Consideraremos F(N×R) o conjunto das H-hipersuperfícies fechadas M tal que M N×R, onde N é uma variedade riemanniana simplesmente conexa com curvatura seccional limitada superiormente (KN≤ −k2 <0). A partir daí, com o auxílio do Teorema de Comparação do Hessiano mostraremos algumas desigualdades para estas subvariedades MN×Rcom curvatura média constanteHM.

(7)

Abstract

ConsiderF(N×R) the set of closed hypersurfacesMsuch that MN×RwhereN is a simply connected riemannian manifold with sectional curvature bounded above (KN≤ −k2< 0). Thereafter, with the aid of Hessian Comparison Theorem we show some inequalities for these submanifoldsMN×Rwith constant mean curvatureHM.

(8)

Sumário

1 Preliminares p. 4

1.1 Gradiente, Divergente, Hessiano e o Laplaciano de uma Função . . . p. 4

1.2 A segunda forma fundamental . . . p. 7

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco . . . p. 8

1.4 Fórmulas Auxiliares . . . p. 12

2 O Teorema de Comparação do Hessiano p. 15

2.1 O Hessiano da Função Distância . . . p. 15

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano . . . p. 18

3 Teorema Principal p. 22

3.1 Resultados Importantes . . . p. 22

3.2 Teorema Principal . . . p. 25

(9)

Introdução

Consideraremos F(N×R) o conjunto das H-hipersuperfícies fechadas M tal que M N×R, onde N é uma variedade riemanniana simplesmente conexa com curvatura seccional limitada superiormente (KN≤ −k2<0). A partir daí, com o auxílio do Teorema de Comparação do Hessiano mostraremos algumas desigualdades para estas subvariedades M N×R com curvatura média constanteHM.

Precisamos das definições e teoremas a seguir para a demonstração do Teorema principal.

Definição 0.1 . SejaF(N×R)o conjunto de todas as H-hipersuperfícies fechadas MN×R, onde N é uma variedade Riemanniana simplesmente conexa de dimensão n com curvatura

seccional KN≤ −k2. Então definimos o númeroh(N×R)por:

h(N×R) =infMF(N×R){|HM|}.

Definição 0.2 . Seja ϕ : M֒→N×R uma imersão de uma variedade m-dimensional M na variedade produto N×R onde N é uma variedade Riemanniana Completa com curvatura seccional KN ≤ c ≤ 0. Seja K ⊂ ϕ(M) um conjunto compacto conexo. Definimos o raio extrínseco por Rp1=raio(p1(K)), o raio do conjunto p1(K), isto é o raio da menor bola métrica

de N contendo p1(K), onde p1:N×RN é a projeção sobre o primeiro fator.

Definição 0.3 . Seja M uma variedade Riemanniana e ΩM um aberto conexo arbitrário. Definimos oTom Fundamentalλ∗(Ω)deΩpor:

λ∗(Ω) =inf{

R

Ω|∇f|2

R

Ωf2

,fH10(Ω)\{0}}=inf

(Ω),

onde ∑é o espectro e H10(Ω) é o completamento de C0∞(Ω) com respeito a norma kϕk2H1 0 =

R

Ωϕ2+

R

(10)

2

De acordo com isso, como Σ(Rn) = [0,∞) e Σ(Hn(−k2)) = [(n−1)

2k2

4 ,∞), temos que

λ∗(Rn) =0eλ(Hn(k2)) = (n−1)2k2

4 .

Teorema 0.1 (Fórmula de green). Seja f:MR uma função de classe C2(M), h:MR uma função de classe C1(M), pelo menos uma delas com suporte compacto. Então:

Z

M{

hf+hgradh,gradfi}dV=0.

Se ambas são de classe C2(M), então

Z

M{

hffh}dV=0.

Teorema 0.2 (Teorema de Comparação do Hessiano). Seja M uma variedade Riemanniana

Completa e sejaρ a função distância em M a partir de x0. Sejaγ uma geodésica minimizante

partindo de x0e suponha que a curvatura seccional radial de M ao longo deγ satisfaz Kγ≤k. Então o Hessiano deρ emγ(t)satisfaz:

Hessρ(x)(X,X)≥µ(ρ).kXk2,

ondeµ(ρ) = S’k

Sk

(ρ(x))

A demonstração do teorema principal deste trabalho depende de uma seqüência de resultados.

Para o que segue, seja p1:N×RNa projeção sobre o primeiro fator e para uma dada hipersuperfície fechadaMN×R, sejaRp1(M)o raio extrínseco do conjuntop1(M)N.

Teorema 0.3 Sejaϕ:M֒→N×Ruma imersão de uma hipersuperfície M fechada de dimensão

m com curvatura média limitada|HM| ≤H0, onde N é uma Variedade Riemanniana com um

polo x0e curvaturas seccionais radiais limitadas KN≤c eρN:N→Ra função distância em x0. Suponha que p1(M)⊂BN(2πk)se c=k2. Então:

n· |H0| ≥(n−1)·µ(Rp1(M)).

(11)

3

Teorema 0.4 . Seja N uma Variedade riemanniana completa de dimensão n com um polo e

curvatura seccional radial limitada superiormente KN≤ −k2<0(k>0). Seja M⊂N×Ruma imersão de uma hipersuperfície com curvatura média constante H. Então

|HM| ≥

(n1)·k n =

2 n

q

λ∗(Hn(k2)). Em particular,

h(N×R) (n−1)·k

n . Podemos agora enunciar o nosso resultado principal.

Teorema 0.5 . Seja N uma Variedade Riemanniana completa de dimensão n como um polo e

curvatura seccional radial limitada superiormente KN≤ −k2<0(k>0). Seja M⊂N×Ruma hipersuperfície imersa com curvatura média constante HM. Então:

Rp1(M) coth−1( n

(n1)·k· |HM|).

Em particular, se Mi ⊂ N×R é uma sequência de hipersuperfícies fechadas imersas com curvaturas médias constantes HMi→

(n−1)·k

(12)

Capítulo

1

Preliminares

Conteúdo

1.1 Gradiente , Divergente , Hessiano e o Laplaciano de uma Função . . . p.4

1.2 A segunda forma fundamental . . . p.7

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco . . . p.8

1.4 Fórmulas Auxiliares . . . p.12

1.1 Gradiente, Divergente, Hessiano e o Laplaciano de uma

Função

Nesta seção vamos relembrar alguns conceitos básicos da Geometria Riemanniana envolvendo Gradiente , Divergente , Hessiano e o Laplaciano de uma função real de classeC∞ definidos na variedade RiemannianaMdiferenciável com métricah., .ie conexão de Levi-Civita

∇. Denotaremos por X(M) o espaço dos campos vetoriais diferenciáveis em M. TpM vai denotar o espaço tangente aMno pontopM.

Definição 1.1 . Seja f:MRuma função diferenciável. O gradiente de f é o campo vetorial diferenciável,grad f, definido sobre M por:

(13)

1.1 Gradiente, Divergente, Hessiano e o Laplaciano de uma Função 5

para todo XTxM, x∈M.

Observação 1.1 . Veja que se f , g:MRsão funções diferenciáveis, então

(a)grad(f+g) =gradf+gradg

(b)grad(f.g) =ggradf+fgradg

De fato, seXé um campo diferenciável sobreMtemos

hgrad(f+g),Xi=X(f+g) =X(f) +X(g) =hgradf,Xi+hgradg,Xi=hgradf+gradg,Xi,

e

hgrad(f.g),Xi=X(f.g) =gX(f)+fX(g) =hg.gradf,Xi+hf.gradg,Xi=hg.gradf+f.gradg,Xi

Proposição 1.1 . Seja f:MR uma função diferenciável.Dados pM e vTpM, sejaγ :

(ε,ε)→M uma curva suave tal queγ(0) =p eγ′(0) =v. Então

hgradf,vip= d

dt(f◦γ)(t)|t=0.

Em particular, se p é ponto de máximo ou mínimo local para f, entãogradf(p) =0.

Prova: Para a primeira parte basta observar que, sendo X uma extensão local de γ′, temos

hgradf,vip=X(f) (p) = dtd(f◦γ)(t)|t=0.

Suponha agora que p é ponto de máximo local paraf (o outro caso é análogo). Então se existeUMvizinhança aberta deptal quef(p)f(q)para todoqU.

SevTpMeγ:(−ε,ε)→Ué como no enunciado, então(f◦γ):(−ε,ε)→Rtem um máximo local em 0, dondehgradf,vip=dtd(f◦γ)(t)|t=0=0.

Como a relação acima é válida para todovTpM, segue que gradf(p)=0.✷

Proposição 1.2 . Se f:MReϕ:RR são funções diferenciáveis, então grad(ϕf) =ϕ′(f)gradf.

Prova: Se pM, v∈TpM e γ :(−ε,ε)→M é uma curva diferenciável tal que γ(0) =p e

γ′(0) =v, então segue da proposição anterior que

hgrad(ϕf),vi = d

dt(ϕ◦f◦γ)(t)|t=0

= ϕ′(f(p))d

dt(f◦γ)(t)|t=0

(14)

1.1 Gradiente, Divergente, Hessiano e o Laplaciano de uma Função 6

Definição 1.2 . Seja f : M R uma função diferenciável. Dizemos que p M é um

ponto críticode f segradf(p) =0. Em particular, segue da proposição acima que todo ponto de

máximo ou mínimo local de f é um ponto crítico de f.

Definição 1.3 . Seja f:MR uma função diferenciável. O Hessiano de f em pM é o operador linear((Hessf)p:TpM→TpM definido para v∈TpM por

(Hessf)p(v) =∇vgradf.

Observação 1.2 . (Hessf)pode ser considerado como um tensor de ordem 2:

Hess,f(X,Y) =hHessf(X),Yi=h∇Xgradf,Yi.

Proposição 1.3 . Se f:MRé uma função diferenciável e pM, então(Hessf)p:TpM→ TpM é um operador linear auto-adjunto.

Prova. Sev,wTpMeV,Wdenotam respectivamente extensões dev,wa campos definidos em uma vizinhança depemM, então

h(Hessf)p(v),wi = h∇Vgradf,Wip

= (Vhgradf,Wi)(p)− hgradf,∇VWip

= (V(Wf))(p)− hgradf,∇WV+ [V,W]ip

= (W(Vf))(p) + ([V,W]f)(p)− hgradf,∇WV+ [V,W]ip

= (W(Vf))(p)− hgradf,∇WVip

= h(Hessf)p(w),vi.✷

Definição 1.4 . Seja X um campo vetorial diferenciável em M. Adivergência de X é a função

diferenciáveldivX:MR, dada para pM por

(divX)(p) =tr{v 7→(∇vX)(p)},

onde vTpM etrdenota o traço do operador linear acima.

Definição 1.5 . Seja f: M R uma função diferenciável. O Laplaciano de f é a função

△f:MRdada por

(15)

1.2 A segunda forma fundamental 7

Proposição 1.4 . Se f:MRé uma função diferenciável , então

△f=tr(Hessf).

Prova. É suficiente provar a igualdade do enunciado para cadapM. Considere entãoUM uma vizinhança deponde esteja definido um referencial móvel{e1, ...,en}.Então

tr(Hessf)p = h(Hessf)p(ei),eii

= heigradf,eiip

= div(gradf)(p)

= f.

1.2 A segunda forma fundamental

Seja(N,g)uma Variedade Riemanniana de dimensãoneϕ:M֒→Numa subvariedade deN de dimensão m onde emMconsideramos a métrica induzidah=ϕ∗g. ParapMidentificamos o subespaçodϕ(p)(TpM)deTpNe consideramos o seu complemento ortogonalTpM⊥. Assim obtemos a decomposição ortogonalTpN=TpM⊕TpM⊥. Parau∈TpNvamos denotar por u⊤ eu⊥ aTpM-componente e aTpM⊥- componente, respectivamente. Se∇Ndenota a conexão de Levi-Civita de(N,g). Então paraX∈X(M), lembremos que(∇NXY)(p),p ∈Mé determinado

por valores deYem uma curva em Mtangente aXp,e podemos decompor(∇NXY)(p)em duas componentes como um vetor deTpN=TpM⊕TpM⊥.

Podemos ver que a aplicação p 7→(∇N

XY)⊤(p) satisfaz todas as condições da conexão de Levi-Civita∇MdeMcom a métricah. Donde temos:

∇MXY= (∇NXY)⊤.

Agora temos por definição queα(X,Y):= (∇N

XY)⊤,que é um campo de tensores simétrico de ordem 2 em M e toma valores em TM⊥. De fato podemos checar diretamente que α é F(M)-linear com respeito aX,Y.

Veja queα é um tensor simétrico:

α(X,Y)−α(Y,X) = (∇NXY−∇NYX)⊥= [X,Y]⊥=0.

(16)

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco 8

M.

Definição 1.7 . Paraξ TpM⊥ definimos ooperador formaAξ :TpM→TpM por:

hAξx,yi:=−hα(X,Y),ξi,

ondeξ TpM⊥.

Veja queAξ é um tensor simétrico.

Os autovalores deAξ são chamados deCurvaturas PrincipaisdeMna direção normalξ.

Observação 1.3 . O operador forma pode ser obtido da seguinte maneira:

Extendendo ξ a um campo normal diferenciável em uma vizinhança de p em M,

consideramos a decomposição ortogonal(∇N

xξ) = (∇Nxξ)⊤+ (∇Nxξ)⊥ para x∈TpM. Então temos:

Aξx= (∇Nxξ)⊤.

De fato, para qualquer yTpM, obtemos

hAξx,yi=−hα(X,Y),ξi=−h∇NxY,ξi=hy,∇Nxξi=h(∇Nxξ)⊥,yi,

ondeX,Ysão campos de vetores emMcomXp=x,Yp=y, respectivamente.

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco

Definição 1.8 . Seja M uma Variedade Riemanianna. OComprimento de Arcode uma curva

diferenciável c:[a,b]M é, por definição L[c] =

Z b

a k

c’(t)kdt.

Vamos assumir que cé diferenciável, kc’(t)k 6=0, e sem perda de generalidade, podemos

assumir quecé parametrizada proporcionalmente ao comprimento de arco. Em outras palavras,

kc’(t)ké uma constante.

Definição 1.9 . Seja c : [a,b] → M uma curva diferenciável por partes na variedade

Riemanniana M. Uma Variação de c é uma aplicação contínua α : [a,b]×(−ε,ε) → M

(17)

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco 9

(a). α(t,0) =c(t);

(b). Existem a=t0<t1< ... <tk=b tais queα |[ti,ti+1]×(−ε,ε) é diferenciável para todo

0i<k.

Seja c : [a,b] M uma curva diferenciável por partes e α :[a,b]×(ε,ε)→ M uma variação dec. Desde ques7→α(t,s)é, para cada t∈[a,b], uma curva suave em M, fica bem

definido ao longo deco campo vetorialV= ddsα(t,0), denominado ocampo variacionaldeα.

Note queVé diferenciável por partes ao longo dec. Ascurvas da variaçãoαsão as curvas αs:[a,b]→Mdadas porαs(t) =α(t,s).

Observação 1.4 . A variaçãoα :[a,b]×(ε,ε)→M dada porα(t,s) =expc(t)(s)V(t) está bem definida e é diferenciável por partes. Veja que:

ds(t,0) = d(expc(t)(s)V(t))V(t)|(t,0)

= (expc(t)(0)V(t)) = V(t).

De modo que V é o campo variacional deα.

SejamT,Vcampos de vetores tangentes em[a,b]×(−ε,ε)correspondentes a primeira e a

segunda variáveis. Vamos identificar estes vetores com suas imagens no âmbito da diferencial deα : V=dα

ds(t,0), T= dα

dt(t,0).

Nosso objetivo é calcular a mudança no comprimento de arco sobre a família de curvas cs=α |[a,b]×{s}, onde−ε<s<ε.

Isto é dado por:

d

dsL[cs] = d ds

Z b

a h

c’s(t),c’s(t)i

1 2dt

=

Z b

a

VhT,Ti

1 2dt = 1 2 Z b a h

T,Ti−12VhT,Tidt

= 1

2

Z b

a h

T,Ti−122hVT,Tidt

=

Z b

a h T,Ti−

1

2hVT,Tidt.

(18)

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco 10

d

dsL[cs] =

Z b

a h

T,Ti−12hTV,Tidt.

Esta fórmula é conhecida como a fórmula daPrimeira Variação do Comprimento de Arco

Comokc′0k=l, podemos trabalhar um pouco mais com a fórmula acima:

d

dsL[cs]|s=0 = 1

l

Z b

a h

TV,Tidt

= 1

l

Z b

a (

ThV,Ti − hV,∇TTi)dt

= 1

l

Z b

a ( d

dthV,Ti − hV,∇TTi)dt

= 1

l(hV,Ti(b)− hV,Ti(a))− 1

l

Z b

a h

V,∇TTi. Se todas as curvascs=α|[a,b]×{s}têm os mesmos extremos temos que

cs(a) =expcs(a)(0) =expcs(a)(s·0)⇒ V(a) =0.

cs(b) =expcs(b)(0) =expcs(b)(s·0)⇒ V(b) =0.

Portanto

d

dsL[cs]|s=0=− 1

l

Z b

a h

V,∇TTi.

Observação 1.5 . Sec :[a,b]Mé uma geodésica, então :

c’c’=0.

Portanto,

c’hc’,c’i=2h∇c’c’,c’i=0.

Isto significa quehc’,c’ideve ser constante. Daí, dtdhc’,c’i=0.Podemos dizer quekc’k=k6=0

O comprimento de arco s deγ, a partir de uma origem fixa, digamos t=t0, é então dado por :

s(t) =

Z t

t0k

c’(t)kdt=k(tt0).

Portanto, o parâmetro de uma geodésica é proporcional ao comprimento de arco.

Quando o parâmetro é o próprio comprimento de arco, isto é k = 1, diremos que a geodésica c está normalizada :kc’(t)k=1.

(19)

1.3 Segunda Variação do Comprimento de Arco 11

SejamX=ddsα(t,0),T= ddtα(t,0)ecs=α |[a,b]×{s}. Então já vimos que

L′

X(0) = d

dsL[cs]|s=0=

Z b

a

h∇TX,Ti

kTk dt. Derivando novamente obtemos:

L′′

X(0) = d2 ds2L[cs]

= d

ds

Z b

a

h∇TX,Ti

kTk dt

=

Z b

a

XhTX,Ti

kTk dt

=

Z b

a

h∇XTX,Ti+h∇TX,∇XTi · kTk

kTk2 −

h∇TX,Ti · h∇XT,Ti

kTk3 dt

=

Z b

a h

XTX,Ti+h∇TX,∇XTi − h∇TX,Ti · h∇XT,Tidt

=

Z b

a h

XTX,Ti+h∇TX,∇TXi − h∇TX,Ti · h∇TX,Tidt

=

Z b

a h

R(X,T)X,Ti+hTXX,Ti+hTX,∇TXi − hTX,Ti · hTX,Tidt

=

Z b

a −h

R(X,T)T,Xi+ThXX,Ti+hTX,∇TXi − h∇TX,Ti · h∇TX,Tidt

= hXX,Ti|ba+

Z b

a h

TX,∇TXi − hR(X,T)T,Xi − h∇TX,∇TXi · hT,Tidt

= hXX,Ti(b)− h∇XX,Ti(a)−

Z b

a h

R(X,T)T,Xidt

= h∇XX,Ti(b)− h∇XX,Ti(a)−

Z b

a

K(T,X)dt.

OndeK(T,X)representa a curvatura seccional gerada pelo plano determinado pelos vetores T,X.

Proposição 1.5 . Sejam N e N duas variedades de M sem bordo, e seja γ :[0,t]→M uma

geodésica tal que γ(0) N, γ(t) N, γ a curva mais curta de N para N. Então γ′(0) é perpendicular a Nγ(0), eγ′(t)é perpendicular a Nγ(t).

Prova. Seγ′(0)não é perpendicular a N

γ(0), escolha x∈Nγ(0) tal que hγ′(0),xi>0, e sejac

uma curva emNpartindo deγ(0)tal quec′(0) =x.

Construa uma variação α :[0,t]×(−ε,ε) →M tal que α|[0,t]×{0} = γ, α(0,s) = c(s),

(20)

1.4 Fórmulas Auxiliares 12

comprimento de arco, temos que

d

dsL[γs]|s=0 = − 1

l(hc

(t),γ(t)i − hc(0),γ(0)i

= 1

lhγ

(0),xi

< 0.

Portanto, para todospequeno no intervalo(0,ε), L[γs]<L[γ], eγ não é mínima.✷

1.4 Fórmulas Auxiliares

Definição 1.10 . Seja γ :[0,a]M uma geodésica. Um campo diferenciável de vetores ao longo deγ é umcampo de Jacobise J satisfizer aequação de jacobi

D2J

dt2 +R(J,γ

)γ=0,t[0,a].

Aqui, salvo menção em contrário, iremos considerarhJ,γ′i=0.

Definição 1.11 . Sejaγ :[0,a]→M uma geodésica. O pontoγ(t0)éconjugadoaγ(0)ao longo

deγ, t0∈(0,a], se existe um campo de Jacobi J, não nulo, ao longo deγtal que J(t0) =J(0) =0.

O número máximo de tais campos linearmente independentes é a multiplicidade de γ(t0)(conjugado aγ(0)).

Definição 1.12 . Uma variedade Riemanniana M é (geodesicamente) completase para todo

pM, a aplicação exponencial expp, está definida para todo vTpM, isto é, se as geodésicas

γ(t) que partem de p estão definidas para todos os valores do parâmetro tR.

Definição 1.13 . Seja M uma variedade riemanniana, γ :[0,a]→M uma geodésica e ν o

espaço vetorial dos campos diferenciáveis por partes ao longo de γ. A forma do índice ao

longo deγ é a forma bilinear simétrica Ia:ν×ν→Rdada por

Ia(V,W) =

Z a

0 {hV

,Wi − hR(γ,V)γ,Wi}dt

onde V,W∈ν.

Teorema 1.1 (Lema do índice). Seja M uma variedade riemanniana e tal queγ :[0,a]→M

(21)

1.4 Fórmulas Auxiliares 13

um campo diferenciável por partes e J um campo de Jacobi ao longo deγ, com V(0) =J(0) =0 e V(t0) =J(t0)para algum0<t0≤a, então

It0(V,V)≥It0(J,J), ocorrendo a igualdade se e só se V(t) =J(t), para0tt0

Prova. Para uma prova, ver [CARMO 2008].

Vamos agora, calcular o Hessiano def=gϕcomo segue.

Seja ϕ : M ֒→ N uma imersão isométrica onde M e N são Variedades Riemannianas

Completas. Considere uma função diferenciávelg:NRe a composiçãof=gϕ :MR. IdentificandoXcomdϕq(X), ondeq∈Me para todoX∈TqM, temos que:

hgradf,Xi=X(f) =df(X) =d(gϕ)(X) =X(gϕ) =X(g) =hgradg,Xi.

pois

gradg=gradf+gradg⊥.

Consideremos agora∇MeNas conexões deMeNrespectivamente, e sejamα(q)(X,Y)e Hessf(q)(X,Y), respectivamente a segunda forma fundamental da imersão ϕ e o Hessiano def emq M, comX,YTqM. Temos então paraq∈Me para quaisquerX,Y∈TqMque:

HessMf(q)(X,Y) = h∇MXgradf,Yiq

= h(∇NX(gradg(gradg)⊥))⊤,Yiϕ(q)

= h(∇NXgradg)⊤,Yiϕ(q)− h(∇NX(gradg)⊥)⊤,Yiϕ(q)

= h(∇NXgradg)⊤,Yiϕ(q)

= Xhgradg,Yiϕ(q)− hgradg,(∇NXY)⊤iϕ(q)

= Xhgradg,Yiϕ(q)− hgradg,∇NXY−(∇NXY)⊥iϕ(q)

= Xhgradg,Yiϕ(q)− hgradg,∇NXYiϕ(q)+hgradg,(∇NXY)⊥iϕ(q)

= h∇NXgradg,Yiϕ(q)+hgradg,(∇NXY)⊥iϕ(q)

= HessNg(ϕ(q))(X,Y) +hgradg,α(X,Y)iϕ(q).

(22)

1.4 Fórmulas Auxiliares 14

obtemos que :

△f(q) =

m

i=1

Hessf(q)(ei,ei)

=

m

i=1

Hessg(ϕ(q))(ei,ei) +hgradg, m

i=1

(23)

Capítulo

2

O Teorema de Comparação do Hessiano

Conteúdo

2.1 O Hessiano da Função Distância. . . p.15

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano . . . p.18

2.1 O Hessiano da Função Distância

Definição 2.1 . Seja M uma variedade Riemanniana completa. Dados x M e v TxM unitário, sejaγv:[0,∞)→M o raio geodésico normalizadoγv(t) =expx(tv). Se o conjunto dos pontos t(0,∞) tais queγv é minimizante em [0,t] for um intervalo da forma [0,t0], dizemos

queγv(t0)é oponto de mínimode x na direção de v. Ocut locusCut(x) de x em M é definido

como o conjunto dos pontos mínimos de x em M(em alguma direção).

Definindo

Ex={v∈TxM;expx(tv)∈M\Cut(x),∀0≤t≤1} temos

Proposição 2.1 . expx:Ex→M\Cut(x)é um difeomorfismo.

(24)

2.1 O Hessiano da Função Distância 16

Observação 2.1 . Fixado x M denotaremos por ρM : M\(Cut(x)S{x}) →R∗+ a função

distância a partir de x, isto é,ρM(x0) =distM(x,x0)onde Cut(x)é o Cut Locus de x.

Proposição 2.2 . Sejaγ:[0,a]M\Cut(x)uma geodésica normalizada partindo de x. Então: gradρ(γ(t)) =γ′(t),∀0<t<a.

Em particular,|gradρ|=1.

Prova. Sejaγ(t) =expx(tv),0ta, ex=γ(t0). SewTxM,w⊥γ′(t0), segue da proposição

anterior e do Lema de Gauss a existência deWTv(TxM) tal que hW,vi=0 e dexpt0vW= w. Tomemos entãoα :(ε,ε)→Ex tal que |α(s)|=t0, α(0) =t0v eα′(0) =W. Segue da unicidade da geodésica minimizante que ligaexpx(α(s))axque

ρ(expx(α(s))) =t0,

e daí que

0=h∇ρ(x),(dexpx)t0vWi=h∇ρ(x),wi.

Como a igualdade acima é válida para todowγ′(t0), segue que∇ρ(x)é um mútiplo deγ′(t0).

Mas desde queρ(γ(t)) =tpara 0ta, temos:

h∇ρ(γ(t)),γ′(t)i=1,∀0<t≤a,

e daí∇ρ(γ(t)) =γ′(t)para 0<t≤a.

Agora fixemos um ponto x0∈M. Seja x∈M\Cut(x0) e consideremos γ uma geodésica

minimizanteγ :[0,ρ(x)]Mligando xa x0, parametrizada pela distância. SejaJ∈TxM tal quehJ,γ′i(x) =0. Comox não é ponto conjugado dex0, podemos estenderJa um campo de

jacobieJao longo deγ satisfazendoeJ(x0) =0,eJ(x) =Je[eJ,γ′] =0.

Pela proposição anterior temos que γ′ = gradρ e temos também que [eJ,gradρ] = 0.

Portanto

e

(25)

2.1 O Hessiano da Função Distância 17

Logo

Hessρ(x)(X,X) = h∇eJgradρ,eJi

= hgradρeJ,eJi

=

Z ρ

0

d

dth∇gradρeJ,eJidt

=

Z ρ

0 (h∇gradρeJ,∇gradρeJi+heJ,∇gradρ∇gradρeJi)dt

=

Z ρ

0 {|∇gradρeJ| 2+

heJ,∇gradρgradρeJi}dt ComoeJé um campo de jacobi, temos:

gradρgradρeJ+R(eJ,gradρ)gradρ =0.

Portanto temos que:

Hessρ(x)(X,X) =

Z ρ

0 (|∇gradρeJ| 2

− heJ,R(eJ,gradρ)gradρi)dt,

ondeR é a curvatura da Variedade Riemanniana Me o segundo membro acima é a forma do índice.

Podemos então escrever:

Hessρ(x)(X,X) =

Z ρ

0 (heJ

,eJ′i − hR(eJ,γ′),eJi)dt

Então reescrevendo de forma mais suscinta:

Observação 2.2 . Tomemos JTxM e extenda-o a um campo de jacobieJ ao longo deγ tal que

eJ(x0) =0,eJ(x) =J, comheJ,γ′i=0. Dessa forma o Hessiano deρM(x)é dado por Hessρ(x)(X,X) = Iρ(eJ,eJ)

=

Z ρ

0 (heJ

,eJ′i − hR(eJ,γ′)γ′,eJi)dt

=

Z ρ

0 (h∇γ′eJ,∇γ′eJi − hR(γ

,eJ)γ,eJi)dt

=

Z ρ

0 (|∇γ′eJ|

2− hR(γ,eJ)γ,eJidt.

(26)

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano 18

Riemannianas completas de curvatura seccionalk. Consideremos

Sk(t) =

           1

ksin(k.t),se SupK=k

2

t,se SupK=0

1

ksinh(k.t),se SupK=−k2 Definaf(t) = Sk(t)

Sk(ρ(x)). Veja quef satisfaz a equação de Jacobi

    

d2f

dt2+k·f=0

f(0) =0,f(ρ(x)) =1

Os campos de Jacobi ao longo deγ :[0,ρ(x)]→M, comheJ,γ′i=0 são dados por eJ(t) =f(t)·X(t)

ondeXé um campo de vetores paralelo ao longo deγtal quekX(t)k=1 ,X(0) =X. Substituindo o campoeJ(t) =f(t)·X(t)na equação obtida na observação 2.2, obtemos

Hessρ(x)(X,X) =

Z ρ

0 (heJ

,eJ′i − hR(eJ,γ′),eJi)dt

=

Z ρ

0 hf ’(t)X(t),f ’(t)X(t)i − hR(f(t)X(t),γ

)γ,f(t)X(t)idt

=

Z ρ

0 (kf ’(t)k 2

− hR(X(t),γ′)γ′,X(t)if2(t))dt

=

Z ρ

0 (kf ’(t)k 2

−K·f2(t))dt

=           

k·cot(k·ρ(x)),se SupK=k2

1

ρ(x),se SupK=0

k·coth(k·ρ(x)),se SupK=−k2

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano

Para a demonstração do Teorema de Comparação do Hessiano, precisaremos do Teorema abaixo:

Teorema 2.1 (Rauch). Sejam Mn eMfm, mn, variedades Riemannianas, γ :[0,a]→Mn e e

(27)

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano 19

i. γe(t)não é conjugado aγe(0), ao longo deγe,0<t≤a.

ii. KM(γ′(t),X)≤KMe(γe′(t),Xe),∀X∈Tγ(t)M,Xe∈Tγe(t)M, respectivamente perpendiculares ae

γ′(t)eγe′(t).

Então:

(a). |J(t)|

|eJ(t)| é uma função não-decrescente de t∈(0,a]

(b). hJ′,Ji ≥|J|2

|eJ|2hJ’e,eJi, t∈(0,a].

Prova. Ver [CARMO 2008].

Observação 2.3 . Veja que

Iρ(eJ,eJ) =

Z ρ

0 (heJ

,eJ′i − hR(eJ,γ′)γ′,eJi)dt

=

Z ρ

0 (heJ

,eJ′i − heJ′′,eJi)dt

=

Z ρ

0

d dtheJ

,eJidt

= heJ′,eJi|ρo.

Logo podemos escrever:

Hessρ(x)(X,X) = Iρ(eJ,eJ) = heJ′,eJi|ρo.

Podemos agora enunciar o Teorema de Comparação do Hessiano.

Teorema 2.2 (O Teorema de Comparação do Hessiano). Sejam Mn e Mfn variedades Riemannianas completas e γ :[0,a]→M e γe:[0,a]→M geodésicas normalizadas que nãoe

intersectam respectivamente Cut(γ(0))e Cut(γe(0)). Se

KM(γ′(t),X)≤KMe(γe′(t),Xe),

para todos t[0,a], XTγ(t)M eeXTγe(t)M, ortogonais respectivamente ae γ′(t)eγe(t), e ρ e

e

ρ denotam respectivamente as funções distância em M e emM a partir dee γ(0)eγe(0), então, para0<t≤a, tem-se:

(28)

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano 20

para quaisquer XTγ(t)M eXeTγe(t)M, unitários e ortogonais respectivamente ae γ′(t)eγe′(t).

Prova. Fixe 0<ta. Assim temos:

(Hessρ)γ(t0)(X,X) =hJ’,Ji(t0),

ondeJé o campo de jacobi ao longo deγ tal queJ(0) =0 eJ(t0) =X. Note que em particular

temos quehJ,γ′i=0 em[0,t0].

Analogamente,

(Hessρe)eγ(t0)(Xe,Xe) =hJ’e,eJi(t0),

ondeeJé o campo de jacobi ao longo deγetal queeJ(0) =0 eeJ(t0) =X, come heJ,eγ′i=0.

Agora, como γenão encontra Cut(γe(0)) em(0,t0], (γenão encontra o conjunto dos pontos

mínimos deeγ em(0,t0]), temos queγe(t)não é conjugado aeγ(0)ao longo deγe, para 0<t≤a.

Portanto, segue do Teorema de Rauch que

(Hessρ)γ(t0)(X,X) = hJ’,Ji(t0)

≥ |J|

2

|eJ|2hJ’e,eJi(t0)

= |X|

2

|Xe|2(Hessρe)γe(t0)(Xe,Xe)

= (Hessρe)eγ(t0)(Xe,Xe).

Para o que segue precisaremos da seguinte versão do Teorema de Comparação do Hessiano:

Corolário 2.1 . Seja M uma variedade Riemanniana Completa e sejaρ a função distância em

M a partir de x0. Sejaγ uma geodésica minimizante partindo de x0e suponha que a curvatura

seccional radial de M ao longo deγ satisfaz Kγ ≤k. Então o Hessiano deρ emγ(t)satisfaz: Hessρ(x)(X,X)≥µ(ρ).kXk2,

ondeµ(ρ) = S’k

Sk(ρ(x)).

Prova. Sejam XTγ(ρ)M e Xγ′(ρ). Denotemos por X(t) o campo de vetores obtido pela

extensão paralela deXao longo deγ.

(29)

2.2 O Teorema de Comparação do Hessiano 21

Sk(t) =

           1

ksin(k.t),se SupK=k

2

t,se SupK=0

1

ksinh(k.t),se SupK=−k

2

Os campos de jacobiXe(t)ao longo deγ:[0,ρ(x)]→McomXe(0) =0 ,eX(ρ) =XehXe,γ′i=

0 são dados por

e

X(t) =f(t)X(t),

ondef(t) = Sk(t)

Sk(ρ(x)). Veja quef satisfaz a equação de Jacobi

    

d2f

dt2+k·f=0

f(0) =0,f(ρ(x)) =1.

Seja {

∂ γ,X1, ...,Xn−1} uma base ortonormal de Tγ(ρ)M e paralela ao longo de γ. Então

substituindo o campo de jacobi Xei = f(t)Xi(t) com Xi(0) = 0, eXi(γ(ρ)) = Xi e |Xi|= 1 na expressão obtida na observação 2.2, temos que:

Hess(ρ)(Xi,Xi) =

Z ρ

0 (|

∂ ∂ γXei|

2

− hR(eXi,

∂ ∂ γ)

∂ γ,Xeii)dt

=

Z ρ

0 (|

∂ γ f(t)Xi|

2

−f(t)2hR(Xi,

∂ ∂ γ)

∂ γ,Xii)dt

=

Z ρ

0 (|

∂f(t)

∂t |

2

−Kγf(t)2)dt

=           

k·cot(k·ρ(x)),se Sup K=k2

1

ρ(x),se Sup K=0

k·coth(k·ρ(x)),se Sup K=k2

(30)

Capítulo

3

Teorema Principal

Conteúdo

3.1 Resultados Importantes . . . p.22

3.2 Teorema Principal . . . p.25

3.1 Resultados Importantes

Nesta sessão mostraremos notações e resultados que serão utilizados na demostração do teorema principal.

Teorema 3.1 (Fórmula de Green). Sejam f:MRuma função de classe C2(M)e h:MR uma função de classe C1(M), pelo menos uma delas com suporte compacto. Então:

Z

M{

hf+hgradh,gradfi}dV=0.

Se ambas são de classe C2(M), então

Z

M{

hffh}dV=0.

Prova: Para uma prova ver [SAKAI 1995].

(31)

3.1 Resultados Importantes 23

R, onde N é uma variedade riemanniana simplesmente conexa de dimensão n com curvatura seccional KN≤ −k2. Então definimos o númeroh(N×R)por:

h(N×R) =infMF(N×R){|HM|}.

Sejaϕ:M֒→Numa imersão própria de uma variedadem-dimensionalMem uma variedade

riemanniana completaN de dimensão n. Definimos a bola extrínseca de raio R centrada em p denotada por DR(p) como sendo a componente conexa diferenciável de ϕ(M)∩BN(R) =

{qϕ(M);dist(p,q)R}contendop, ondeBN(R)denota a bola geodésica emNcentrada em p=ϕ(p) sujeita a restrição de que R inf{iN(p),2√πk}, onde k é o supremo das curvaturas seccionais deNeiN(p) =inf d(p,Cut(p))é o raio de injetividade deNemp.

Observe queDR(p)é um domínio compacto e conexo emϕ(M).

Sejaϕ:M֒→N×Ruma imersão de uma variedadem-dimensionalMna variedade produto

N×RondeNé uma variedade riemanniana completa com curvatura seccionalKN≤c≤0. Seja Kϕ(M)um conjunto compacto conexo. Definimos o raio extrínseco porRp1 =raio(p1(K)),

o raio do conjunto p1(K), isto é o raio da menor bola métrica de N contendo p1(K), onde

p1:N×RNé a projeção sobre o primeiro fator.

Em [Frankel 1966], Frankel prova que para duas hipersuperfícies, uma fechada e a outra propriamente imersa em uma variedade riemanniana completa com curvatura de Ricci positiva se intersectam. Este resultado tem uma versão para N×R onde N tem curvatura seccional positiva. vejamos:

Teorema 3.2 . Seja N uma variedade riemanniana completa com curvatura seccional positiva.

Sejam M1e M2hipersuperfícies mínimas imersas em N×R, onde M1é fechada e M2é própria.

Então (por uma translação vertical)elas se intersectam, isto é, p1(M1)p1(M2)6= /0.

Prova. SejamM1 eM2 hipersuperfícies deN×R, ondeNtem curvatura de Ricci positiva,M1

é fechada eM2é própria.

Suponha que p1(M1)∩p1(M2) = /0, onde p1 :N×R→N é a projeção sobre o primeiro

fator.

Seja γ uma geodésica ligando a M1 a b ∈M2 de comprimento positivo realizando a

distâncialentreM1eM2.

Pela proposição (1.5), esta geodésica chega a M1 e a M2 perpendicularmente a a e b

(32)

3.1 Resultados Importantes 24

SejaX(0)TaM1um vetor unitário eX(t)seu transporte paralelo ao longo deγ. Este vetor dá origem a uma variação deγ mantendo os extremos fixos sobreM1eM2.

Pela fórmula da segunda variação do comprimento de arco, temos:

L′′X(0) =B2(X(l),X(l))B1(X(0),X(0))

Z l

0 K(X∧T)dt,

ondeB1eB2são os operadores forma deM1eM2respectivamente.

Tomando uma base ortonormal{X1, ...,Xn}deTaM1temos n

i=1

L′′Xi(0) =−

Z l

0 RicN×R(γ

(t)).

Veja queγ′(t) =γN′(t)+γR′(t)tem componente horizontalγN′(t)6=0 (poisγNé não constante) para cadatI,Iintervalo de medida positiva,I[0,l].

Calculando a curvatura de Ricci deN×Rna direção deγ′(t), obtemos:

RicN×R(γ′(t)) =

n

i=1h

R(γR′ +γN′,Xi)Xi,γR′ +γN′i

=

n

i=1h

R(γR′,Xi)Xi,γR′ +γN′i+hR(γN′,Xi)Xi,γR′ +γN′i

=

n

i=1h

R(γR′,XiN)XiNR′i+hR(γR′,XiN)XiNN′i+hR(γN′,XiN)XiNR′i+hR(γN′,XiN)XiNN′i

=

n

i=1h

R( γN′

N|,

XiN

|XiN|) XiN

|XiN|,

γ′

N

N|i · |γ

N|2· |XiN|2 Veja queγR′ eXiRsão múltiplos.

Portanto,

RicN×R(γ′(t)) =

n

i=1

KN[( XiN

|XiN|)∧(

γN

|γ′

N|

)]· |γN|2· |XNi|2>0,se KN>0.

Consequentemente, ∑ni=1L′′

Xi(0) < 0, contradizendo o fato de que γ tem comprimento mínimo.( Se ∑ni=1L′′

Xi(0)≥ 0, ∀i, então a geodésica γ é ponto de mínimo para o funcional

comprimento de arco).

(33)

3.2 Teorema Principal 25

3.2 Teorema Principal

A demonstração do teorema principal deste trabalho depende de uma sequencia de resultados.

Para o que segue, seja p1:N×RNa projeção sobre o primeiro fator e para uma dada hipersuperfície fechadaMN×R, sejaRp

1(M)o raio extrínseco do conjuntop1(M)⊂N.

Teorema 3.3 . Sejam ϕ : M֒→ N×R uma imersão de uma hipersuperfície M fechada de dimensão m com curvatura média limitada|HM| ≤H0, onde N é uma variedade riemanniana com um polo x0 e curvaturas seccionais radiais limitadas KN ≤ c e ρN : N→ R a função distância em x0. Suponha que p1(M)BN(2πk)se c=k2. Então:

n· |H0| ≥(n−1)·µ(Rp1(M)).

Prova. Seja ϕ :M֒→N×R uma imersão isométrica. Considere a função distância ρ(x) =

dist(x0,x)ao polox0∈N, g:N×R→Ruma função diferenciável dada por g(x,t) =ρN2(x)e

definaf=gϕ:MR. Veja quef0 é diferenciável sobreM. Pelo teorema de Green temos que:

Z

M

ff+|gradf|2dM=

Z

∂M f ∂f

∂ ν d(∂M) =0

( pois∂M= /0). ν := normal unitária exterior aMao longo de∂M.

Isto implica que existe um subconjunto /06=SMtal que para algum pontoxStemosf<0

(f0 ,|gradf|2>0).

Então se{e1, ...,en}é uma base ortonormal deTqMtemos que: 0>△f = tr(Hessf)(ei,ei)

=

n

i=1

Hessf(x)(ei,ei)

=

n

i=1

Hessg(ϕ(x))(ei,ei) +hgradg, n

i=1

α(ei,ei)i

Escolhamos agora uma base ortonormal{e1, ...,en}deTqMdo seguinte modo. Tomemos{e2, ...,en}tangentes a esfera∂BN(ρ(x))de raioρ(x) =ρN(ϕ(x)).

(34)

3.2 Teorema Principal 26 {gradρN,∂ θ2, ...,∂ θn}, temos que a escolha dessa base ortonormal emTqMé dada por:

    

e1=he1,tit+he1,gradρNigradρN ej=∂ θj,j=2, ...,m.

Calculando Hessgobtemos:

Hessg(X,X) = h∇Xgradg,Xi

= hX(ρNgradρN+ρNgradρN),Xi

= hX2ρNgradρN,Xi

= hX(2ρN)gradρN+2ρN∇XgradρN,Xi

= h2X(ρN)gradρN+2ρN∇XgradρN,Xi

= h2hgradρN,XigradρN+2ρN∇XgradρN,Xi

= 2hgradρN,Xi2+2ρNHessρN(X,X)

Donde temos

Hessg(ei,ei) =

    

2he1,gradρNi2,se i=1 2ρNHessρN(ei,ei),se i≥2 Temos também

hgradg,α(X,X)i=h2ρNgradρN,α(X,X)i=2ρNhgradρN,α(X,X)i. Portanto, parax6=x0∈Stemos que

0>△f(x) =

n

i=1

Hessg(ϕ(x))(ei,ei) +hgradg, n

i=1

α(ei,ei)i

≥ 2he1,gradρNi2+2(n−1)ρNHessρN(ei,ei) +2ρNhgradρN,n−→HMi

≥ 2he1,gradρNi2+2(n1)ρNHessρN(ei,ei) +2nρNhgradρN,−→HMi

≥ 2he1,gradρNi2+2(n−1)ρNHessρN(ei,ei) +2nρNhgradρN,−→HMi −2nρN|H0|

≥ 2he1,gradρNi2+2(n−1)ρNHessρN(ei,ei)−2nρN|H0|

≥ 2(n1)ρNµ(ρN)−2nρN|H0|

Assim, obtemos

(35)

3.2 Teorema Principal 27

Portanto

n|H0| ≥ (n1)µ(ρN)

≥ (n1)µ(Rp1(M)).

Seja M uma variedade riemanniana e ΩM um aberto conexo arbitrário. Definimos o

Tom Fundamentalλ∗(Ω)deΩpor:

λ∗(Ω) =inf{

R

Ω|∇f|2

R

Ωf2

,fH10(Ω)\{0}}=inf

(Ω),

ondeH10(Ω)é o completamento deC0∞(Ω)com respeito a normakϕk2H1 0=

R

Ωϕ2+

R

Ω|∇ϕ|2.

De acordo com isso, comoΣ(Rn) = [0,∞)eΣ(Hn(−k2)) = [(n−1)

2k2

4 ,∞),como podemos ver

em [BESSA & MONTENEGRO 2003] temos queλ∗(Rn) =0 eλ∗(Hn(k2)) =(n−14)2k2.

Segue dos trabalhos de Barbosa-Kenmotsu-Oshikiri em [BARBOSA, KENMOTSU & O. 1991] e Salavessa em [SALAVESSA 1989], que se um gráfico inteiro de uma função diferenciável f:HnR tem curvatura média constante H então |H| ≤ n−n1. Por outro lado, Bessa e Montenegro em [BESSA & MONTENEGRO 2007] mostraram com o teorema abaixo que hipersuperfícies compactas imersas em N×R, onde N é uma variedade Riemanniana n dimensional com polo e curvaturas seccionais radiaisKN≤ −k2<0, satisfaz|H| ≥ (n−n1)k :

Teorema 3.4 . Seja N uma variedade riemanniana completa de dimensão n com um polo e

curvatura seccional radial limitada superiormente KN≤ −k2<0(k>0). Seja M⊂N×Ruma imersão de uma hipersuperfície com curvatura média constante H. Então

|HM| ≥

(n1)·k n =

2 n

q

λ∗(Hn(k2)). Em particular,

h(N×R) (n−1)·k

n .

Prova. Pelo teorema anterior, temos que:

n|HM| ≥ (n−1)µ(Rp1(M))

= (n1)·k·coth(k·Rp1(M))

≥ (n1)k.

Portanto,

|HM| ≥

(36)

3.2 Teorema Principal 28

Veja agora que como h(N×R) =infMF(N×R){|HM|} , e (n−n1)k ≤ |HM| então segue da definição de ínfimo que

h(N×R) (n−1)k

n .✷ Podemos agora enunciar o nosso resultado principal.

Teorema 3.5 . Seja N uma variedade riemanniana completa de dimensão n com um polo e

curvatura seccional radial limitada superiormente KN≤ −k2<0(k>0). Seja M⊂N×Ruma hipersuperfície compacta imersa com curvatura média constante HM. Então:

Rp1(M) coth−1( n

(n1)·k· |HM|).

Em particular, se Mi ⊂ N×R é uma sequência de hipersuperfícies fechadas imersas com curvaturas médias constantes HMi→

(n−1)·k

n então o raio extrínseco Rp1(Mi)→∞.

Prova: Pelo teorema anterior temos que

n|HM| ≥ (n−1)·k coth(k·Rp1(M))

Assim temos:

coth(k·Rp1(M))≤

n· |HM|

(n1)·k. Comocoth−1é uma função decrescente temos que

k·Rp1(M)coth−1( n· |HM| (n1)·k) Portanto,

Rp1(M)1 kcoth

−1( n· |HM|

(n1)·k).

Agora, seMi⊂N×Ré uma sequência de hipersuperfícies fechadas imersas com curvaturas médias constantes, então temos:

Rp1(Mi) 1 kcoth

−1(n· |HMi|

(n1)k). Fazendo|HMi| →

(n−1)k

n , temos quecoth−

1(n·|HMi|

(n−1)k) =coth−

1(1) = +.

(37)

29

Referências Bibliográficas

BARBOSA, JOÃO LUCAS MARQUES; KENMOTSU, K.; O., OSHIKIRI. Foliations by hypersurfaces with constant mean curvature.Mathematische Zeitschrift, v. 207, p. 97–98,

1991.

BESSA, G. PACELLI; MONTENEGRO, J. FÁBIO. Eigenvalue estimates for submanifolds with locally bounded mean curvature.Annals of Global Analysis and Geometry, n. 24, p.

279–290, 2003.

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Referências

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