Universidade de São Paulo
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública ERM 0202 e ERM 0211 - Epidemiologia
Medidas de
Morbidade
RECAPITULANDO...
Dinâmica de transmissão das doenças:
– Direto: pessoa a pessoa – Indireto:
• Veículo comum
• Vetor Hospedeiro
Vetor
RECAPITULANDO...
RECAPITULANDO...
História natural da doença
TEMPO Hospedeiro suscetível Infecção Não infecção Doença Clínica Morte Recuperação Cronicidade Exposição Início Período de Incubação Infecciosidade Período não infeccioso Latência
Fonte: Gordis, 2017.
RECAPITULANDO...
História natural da doença
Coronavírus – 1 a 14 dias, mais comum por volta do 5º dia
• Interesse da epidemiologia: medir saúde e doença nas populações;
• Conceito de saúde e doença;
• Investigar doenças recorrentes, novas e riscos para sua ocorrência;
• Vigilância em saúde
• Endemia • Epidemia • Pandemia INTRODUÇÃO QUEM? INVESTIGAÇÃO QUANDO? ONDE?
EVENTO
• Termo utilizado em epidemiologia para: – Ocorrência de uma doença;
– Complicação (recidiva, morte);
– Outras naturezas de desfecho (cura, abandono)
• Ocorrência de eventos pode ser medida de várias formas:
– Frequência absoluta (contagem);
– Interpretação – relação com a população
100 pessoas adoeceram de cólera (frequência absoluta)
Em uma cidade com 5.000.000 de habitantes, 100 pessoas adoeceram de cólera
Em uma cidade com 1000 de habitantes, 100 pessoas adoeceram de cólera
Em 1850, em uma cidade de 1.000 de habitantes, 100 pessoas adoeceram de cólera
Em 2017, em uma cidade com 5.000.000 de habitantes, 100 pessoas adoeceram de cólera
No mês de julho de 2017, numa cidade de 5.000.000 de habitantes, 100 crianças menores de 2 anos de um mesmo bairro adoeceram de cólera.
QUEM
QUANDO
• Ocorrência de doenças e agravos;
• A distribuição das doenças pode ser medida usando taxas ou proporções
MEDIDAS DE MORBIDADE
TAXA
Mostra com que rapidez a doença está ocorrendo na população
PROPORÇÃO
• Quando o numerador está incluído no denominador e não há a inclusão da noção de um período de tempo neste denominador;
• A proporção se refere a uma fração da população que está afetada pelo evento
PROPORÇÃO
Proporção de cura de tuberculose:
Número de casos de TB encerrados por cura por data de diagnóstico Número de casos de TB notificados por data de diagnóstico
• Quando o numerador está incluído no denominador e há a inclusão da noção de um período de tempo neste denominador;
• Indica como a doença está ocorrendo na população
TAXA ou COEFICIENTE
Taxa de incidência, taxa de prevalência
O denominador representa o total do grupo de referência (usualmente uma população em risco), dentro da qual os desfechos podem ou não ocorrer, no mesmo período
O numerador contém o número de sujeitos que sofreram algum tipo de evento (desfecho, doença) em determinado período
X constante
• Quando o numerador não está incluído no denominador;
• Exemplo: razão de mortalidade materna
RAZÃO (Ratio)
• Total de pessoas em risco para o desenvolvimento da doença ou desfecho;
• Pessoas potencialmente suscetíveis
PREVALÊNCIA
• Número de pessoas afetadas (casos novos e
antigos) em uma população em um período
específico de tempo;
• Pode ser pontual (fotografia) ou retratar um intervalo de tempo;
• Função para avaliar o peso (carga) da doença na comunidade.
• Nem sempre os dados da população em risco estão disponíveis – usar população total;
• Não considera quando a doença se desenvolveu; • Não mede risco
• Fatores que determinam a prevalência:
– Severidade da doença; – Duração da doença;
– Número de casos novos
INCIDÊNCIA
• Número de casos novos de um determinado evento que ocorrem durante um período específico de tempo (tempo de exposição) em uma população em risco de desenvolver o evento
INCIDÊNCIA
Número de casos novos de um evento que ocorrem durante um período de tempo específico em uma população de risco
Para o cálculo da incidência, precisamos saber como definir corretamente o numerador e o denominador.
Numerador: definição de caso novo e o registro da ocorrência de casos novos em um
período de tempo
Denominador: é a população em risco de desenvolver a doença.
POPULAÇÃO
DEFINIDA NÃO TÊM A DOENÇA TÊM A DOENÇA
NÃO TÊM A
DOENÇA DESENVOLVERAM A NÃO DOENÇA DESENVOLVERAM A DOENÇA TEMPO 1 ANO Casos prevalentes Casos incidentes Adaptado de GORDIS, 2017
Quantos casos novos no período de jan. a dez.?
Quantos casos
prevalentes no período de jan. a dez. (período de prevalência)?
Quantos casos
prevalentes no mês de
setembro (ponto de
• A Incidência e a Prevalência são medidas distintas, entretanto existe uma importante relação entre ambas
• Se as taxas não se alteram e a entrada e saída de casos é equivalente:
𝑃𝑟𝑒𝑣𝑎𝑙
ê𝑛𝑐𝑖𝑎
=𝐼𝑛𝑐𝑖𝑑
ê𝑛𝑐𝑖𝑎
×𝐷𝑢𝑟𝑎
çã𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛
ç𝑎
Relação prevalência e incidência
Como a prevalência de uma doença em uma população aumenta?
Como a prevalência de uma doença em uma população diminui?
Se a prevalência de uma
doença aumenta, isso é ruim? Se a prevalência de uma
POPULAÇÃO TOTAL DOENTES PROCURAM ATENDIMENTO HOSPITALIZADOS MORTES Adaptado de GORDIS, 2017
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, L.B.S.P. Epidemiologia aplicada nos serviços de saúde. São Paulo: Martinari. 2012
BENSENOR, I. M. ; LOTUFO, P.A. Epidemiologia, abordagem prática. São Paulo: Sarvier. 2011. 400p.
BONITA, R. Epidemiologia básica. 2ª ed. São Paulo: Santos. 2010. 213 p.
GORDIS, L. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Thieme Revinter Publicações, 2017. p. 404.
Rouquayrol ZM, Almeida-Filho N. Epidemiologia e Saúde. Guanabara Koogan. 2009. 6ª Edição.
PEREIRA, MG. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
OLIVEIRA-FILHO, P.F. Epidemiologia e Bioestatística: