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Que desígnios ou ambições para a nossa terra?

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Academic year: 2021

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BASE LOCAL

Conferência RECURSOS E ECONOMIA

Painel 2 Território e Recursos

Tema

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Fernando Pau-Preto fernando@paupreto.net www.paupreto.net

4 de Fevereiro de 2012

Guimarães de Tavares

Que desígnios ou ambições para a nossa terra ?

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DESENVOLVIMENTO

Áreas de atuação:

• Mobilização do potencial endógeno

• Aproveitamento de fatores exógenos

• Organização dos sistemas urbanos Limites conceptuais são pouco nítidos…

Henriques (1990)

D E S E N V O L V I M E N T O E N D Ó G E N O

Pode ser caracterizado como um “processo de diversificação e de enriquecimento das atividades económicas e sociais sobre um território, a partir da mobilização e da coordenação dos seus recursos e das suas energias.

Será produto de esforços da sua população e pressuporá a

existência de um projeto de desenvolvimento integrando as suas componentes económicas, sociais e culturais”

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D E S E N V O L V I M E N T O S U S T E N T Á V E L

Um processo de desenvolvimento “económico, social e político de forma a assegurar a satisfação das necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas"

World Commission for the Environment and Development (1987)

Fidelis (2001)

Resultante da

interação das suas três vertentes:

• a ambiental

• a económica

• a social

DESENVOLVIMENTO

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A noção de património tem-se alargado como conceito, possuindo atualmente uma tripla extensão:

tipológica

cronológica

geográfica Choay (1999)

PATRIMÓNIO

Vocação expansiva da classificação patrimonial, que se

reflete na crescente diversificação dos objetos classificados

Complexo de Noé A consciência da preservação dos valores, sejam eles patrimoniais ou ambientais, tem evoluído imenso

Surgimento de programas de intenção política, não só no que diz respeito à defesa da memória coletiva, como à própria salvaguarda do bem-estar e do direito à cultura da fruição

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A PRESERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO

Valor Científico Raridade

Significado

Carácter didáctico

Valor Estético Espetacularidade Luz | Forma | Cor

Valor Cultural

Tradição de uma região Identidade de um povo

Valor Económico Utilizável

Explorável

Valor de Investigação Valor Educativo Molinero (2001)

Para se converter em recurso do desenvolvimento, o património terá intrinsecamente que possuir os seguintes valores :

Conjunto de ensinamentos para que um investimento a larga escala, alicerçado no património, deve ter em linha de conta para a obtenção de sucesso:

• É imprescindível explicar bem uma história;

• A história a narrar aos visitantes tem que ser documentada rigorosamente, devendo ser original e coerente com os recursos que se dispõe;

• É crucial definir uma estrutura física do parque;

• As iniciativas coroadas de êxito surgiram das bases.

Sabaté (2003)

(6)

“Investigação particularmente delicada e difícil de levar a cabo, atendendo à multiplicidade dos atores intervenientes e dos

fatores a tomar em consideração” Madiot (1993)

Deve ser: Democrático Global Funcional Prospetivo Oliveira (2002b)

Os planos de ordenamento do território são os instrumentos do processo de desenvolvimento e/ou planeamento que, após a sua entrada em vigor, são os documentos de referência

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

As funções dos planos territoriais podem ser classificadas em quatro grandes grupos:

• inventariação da realidade existente

• conformação do território

• conformação do direito de propriedade do solo

• gestão do território

A concretização destas funções só ganha sentido na articulação entre a escolha dos cenários realistas e a definição dos

instrumentos de regulação e de gestão para a sua viabilização

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Transportes Comunicações

Energia e Recursos Geológicos Educação e Formação Saúde Cultura

Turismo

Comércio e Indústria Agricultura Habitação

Florestas Instrumentos de

POLÍTICA SECTORIAL

Rede Natura 2000 Ambiente

LEI DE BASES DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO URBANISMO

Lei n.º 48/98 | + de 10 diplomas até ao D.L. N.º 46/2009

Apenas os PMOTs e os PEOTs

vinculam

entidades públicas e particulares, e definem

modalidades e intensidades de utilização do espaço

Fonte: Adaptado de WWW.ICN.PT

PLANOS com incidência territorial nos domínios de:

Instrumentos de

NATUREZA ESPECIAL PLANO DE ORDENAMENTO DE ALBUFEIRAS DE ÁGUAS PÚBLICAS (POAAP) PLANO DE ORDENAMENTO DE ÁREAS PROTEGIDAS (POAP)

PLANO DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA (POOC)

P.E.O.T.

INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL

Instrumentos de

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

PROGRAMA NACIONAL DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO (PNPOT) PLANOS REGIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO ( PROT)

PLANOS INTERMUNICIPAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO (PIOT)

Instrumentos de

PLANEAMENTO TERRITORIAL

PLANO DIRECTOR MUNICIPAL (PDM)

PLANO DE URBANIZAÇÃO (PU) PLANO DE PORMENOR (PP)

P.M.O.T.

Fonte: Adaptado de WWW.ICN.PT

PLANO DE ORDENAMENTO DE ESTUÁRIOS (POE)

PLANO DE ORDENAMENTO DE PARQUES ARQUEOLÓGICOS (POPA)

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ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Porque correram mal os PDM ?

– Conceito de gestão reativa do plano por parte do município, dependente da iniciativa dos particulares, devido à ausência de uma política de solos e alheamento da estrutura cadastral;

– Desarticulação entre atores públicos, residindo a falta de esforço de coordenação no receio de perda de liderança ou protagonismo;

– Ausência de um fio condutor para a ação, deixando que a dinâmica espontânea do sistema territorial se imponha, não procurando as actuações que, em cada momento, mais concorram para levar a bom termo as transformações desejadas;

Pereira, 2003

A revisão de um PDM demora em média 7 a 8 anos  2 mandatos

– Finalmente, por deficiências ao nível:

a) do processo técnico de elaboração (pouca experiência equipas que o desenvolveram; dificuldade de gerir o caráter multidisciplinar do PDM,...);

b) do processo de acompanhamento (administração com pouca experiência e com quadros técnicos limitados)

c) do processo de participação pública (limitada à fase final do Plano – inquérito público).

(10)

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Avaliação efetuada pelo MAOT (2000), permitiu concluir que:

– a iniciativa de elaborar e de pôr em prática um plano estratégico não resulta de uma motivação interna, mas da existência de um programa de investimentos que, para ser tangível, obriga à execução daquele plano;

– os municípios foram os destinatários quase exclusivos dos financiamentos, afastando outras entidades e limitando a participação dos actores locais;

Porque correram mal os Planos Estratégicos?

– a urgência revelada pelas autarquias em candidatar-se ao PROSIURB, fez com que os planos fossem elaborados em períodos demasiado curtos, para permitirem uma adequada auscultação e participação dos actores privados;

– na maioria dos casos, não houve projectos de cidades, mas sim ações pontuais, focalizadas, sem que tenha existido uma articulação entre si;

– os planos estratégicos foram confinados a verbas relativamente diminutas;

(11)

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Porque correram mal os Planos Estratégicos?

Avaliação efectuada pelo MAOT (2000), permitiu concluir que:

– a legislação de suporte foi uma espécie de molde que se aplicou a todas as cidades, razão pela qual, no final, se obteve documentos muito idênticos;

– a legislação pôs o acento tónico na competitividade interurbana e na afirmação exterior, escamoteando a coesão social e a sustentabilidade dos recursos;

– o diploma previa o desaparecimento legal dos Gabinetes de Cidade após a aprovação dos planos, o que constitui um forte revés à metodologia do planeamento estratégico onde aquele órgão detém um papel central na participação e discussão dos objetivos estratégicos, na concertação das medidas comungadas e no acompanhamento da sua formalização.

EXEMPLOS

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(13)

Estrutura do PMP 2003/2005

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(15)
(16)

5 AMBIÇÕES

QUADRO ESTRATÉGICO DE INTERVENÇÃO MUNICIPAL

2006 - 2009

(17)

B - Porto, cidade com qualidade urbanística e ambiental

(18)

B - Porto, cidade com qualidade urbanística e ambiental B1 – Revitalização do Centro

B1.1. – Reabilitar o edificado

I43 | Programa de valorização “Porto com Pinta”

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APLICAÇÕES

Orçamentos municipais Bolsa de projetos para o QREN

(20)

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Inovar nas Abordagens ao Ordenamento do Território

PR U

RUCI

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL: Instrumentos de Política

(21)

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Inovar nas Abordagens ao Ordenamento do Território

Necessidade de diferenciação, a identificação de DESÍGNIO / AMBIÇÃO para o nosso concelho: OPORTUNIDADES

- Fileira do automóvel: Citroën + carros antigos - Lanifícios e confeção + modistas e alfaiates - Recursos naturais / geológicos

- Fileira agroalimentar: vinho / maçã / frutos secos - Espaço público: outro tratamento…

Não ao Síndrome TAPA – panaceia das estratégias de desenvolvimento dos territórios do interior

T – Turismo A – Ambiente P – Património

A – Artesanato Aires Ferreira / Ricardo Magalhães

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ESPAÇO PÚBLICO E se…

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ESPAÇO PÚBLICO

C. LOPES

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ESPAÇO PÚBLICO

• Criar um corredor verde a partir do centro da cidade;

• Tornar um jardim histórico, como um espaço público identificador da cidade;

• Os elementos matriciais do espaço deverão ser mantidos e reinterpretados à luz das novas exigências do espaço, mantendo, no entanto, o carácter produtivo existente, mas criando uma estrutura de percursos que permitam a sua fruição;

• Criar um espaço complementar recuperando uma das entradas da cidade, com a implantação de um anfiteatro ao ar livre que permitirá receber eventos ao ar livre. C. LOPES

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Futuro do planeamento do território?

Um novo olhar sobre o “território”: mais que um espaço físico de suporte, interessa perceber a “espessura relacional”

direcionada para novas formas de valorização de recursos.

Artur Rosa Pires, 2007

Fernando Pau-Preto | fernando@paupreto.net | BASE LOCAL Conferência: Recursos e Economia | Guimarães de Tavares | 04 FEV. 2012

A valorização da “comunidade”, com o objetivo duplo de a mobilizar e de qualificar as suas opções de desenvolvimento.

• Estabelecer uma “agenda positiva”:

- com novas ideias;

- novos conceitos;

- novas imagens.

Articular com redes nacionais e internacionais de partilha de interesses e objetivos comuns (“qualificar a globalização”)

Referências

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