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J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.41 número6 en a01v41n6

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NOSSA CAPA

OUR JOURNAL COVER J Bras Patol Med Lab • Volume 41 • Número 6 • Dezembro 2005 ISSN 1676-2444

_________________________________________________________________________

Proced nº 041 disq Data de entrada: 17/01/06

Publicação: JBPCML Edição: 6/05

Seção: Nossa capa

Título: #####

Revisado por: Claudia Em: 17/01/06

Observações:

_________________________________________________________________________

Durante os 15 anos em que esteve no Brasil como membro da missão francesa incumbida de criar a Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, Jean Baptiste Debret foi um pintor absolutamente integrado às questões e aos relatos sociais brasileiros. Da mesma maneira que atendia à corte, produzindo gravuras que retratavam o cerimonial cotidiano dos nobres e atendendo pessoalmente a D. Pedro I, sentia-se intimamente ligado à vida da cidade, com seus escravos e senhores, hábitos, costumes e tradições.

Em aquarelas, gravuras e litogravuras, Debret foi precioso na descrição visual da vida urbana do Brasil do início do século XIX, revelando – sem pudor, mas sem exageros – a realidade da escravidão, os castigos aos

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negros já libertos em conviver com a alforria e os costumes da vida simples, porém repleta de ícones da vida imperial da corte portuguesa.

Na aquarela que ilustra a nossa capa, uma tela de Debret, datada de 1820-1830, intitulada Máscara que se

usa nos negros que têm o hábito de comer terra, um artifício que não impunha tortura física aos escravos,

mas limitações àqueles que traziam de sua origem miserável o hábito de enfrentar a fome com a ingestão de terra, o que lhes trazia doenças e não raramente a morte.

During 15 years that he was in Brazil, as a member of French mission —

charged with creating the Rio de Janeiro Imperial Academy of Fine Arts —,

Jean Baptiste Debret was a painter absolutely integrated to social reports

and questions of Brazilian people. In the same way that he served to the

court — producing gravures which portrayed the quotidian ceremonial of

nobles — and personally to D. Pedro I, he felt himself intimately joined to

city’s life, with its slaves, masters, habits, customs and traditions.

In watercolors, gravures and lithographies, Debret was precious in visual

description of Brazilian urban life of 19th century, revealing — without

modesty, but without exaggeration — the reality of slavery; punishment

to black people brought from Africa; the miscegenation that was just

beginning; and difficulties experimented by black people, already at liberty,

in cohabiting with enfranchisement and customs of simple life, but full of

icons of Portuguese court and its imperial life.

In watercolor that illustrates our Cover, we have a Debret’s picture dated

of 1820-1830, entitled “Mask used in black people with habit of eating

ground” an artifice that did not impose physical torture, but limitation to

whom brought from its miserable origin the habit of facing hungry with

ingestion of ground — which brought to them sickness and not rarely

death.

Masque de fer-blane que l'on fait porter aux nègres qui ont la passion de manger de la terra (Máscara que se usa nos negros que têm o hábito de comer terra).

Jean Baptiste Debret.

Durante os 15 anos em que esteve no Brasil como membro da missão francesa incumbida de

criar a Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, Jean Baptiste Debret foi um pintor

absolutamente integrado às questões e aos relatos sociais brasileiros. Da mesma maneira que

atendia à corte, produzindo gravuras que retratavam o cerimonial cotidiano dos nobres e atendendo

pessoalmente a D. Pedro I, sentia-se intimamente ligado à vida da cidade, com seus escravos e

senhores, hábitos, costumes e tradições.

Em aquarelas, gravuras e litogravuras, Debret foi precioso na descrição visual da vida urbana do

Brasil do início do século XIX, revelando – sem pudor, mas sem exageros – a realidade da escravidão,

os castigos aos negros trazidos da África, a miscigenação que se iniciava e até mesmo a dificuldade

experimentada pelos negros já libertos em conviver com a alforria e os costumes da vida simples,

porém repleta de ícones da vida imperial da corte portuguesa.

Na aquarela que ilustra a nossa capa, uma tela de Debret, datada de 1820-1830, intitulada

Máscara que se usa nos negros que têm o hábito de comer terra, um artifício que não impunha

tortura física aos escravos, mas limitações àqueles que traziam de sua origem miserável o hábito de

enfrentar a fome com a ingestão de terra, o que lhes trazia doenças e não raramente a morte.

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Foto cedida e reprodução autorizada por: Museu Castro Maya – IPHAN/MinC (id. MEA 330)

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