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História. O Governo Jânio Quadros (1961) Teoria. Instabilidade política e eleições em 1960

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O Governo Jânio Quadros (1961)

Objetivo

Vamos compreender a carreira política meteórica de Jânio Quadros, sua renúncia da presidência da república e a consequente crise política no país.

Se liga

Para mandar bem nesse conteúdo, é essencial que você tenha visto a aula sobre o processo de redemocratização pós Estado Novo e os materiais sobre os governos de Dutra, Vargas (segundo governo) e Juscelino Kubistchek.

Curiosidade

Vários autores apontam que Jânio colocava talco no seu terno para simular que tinha caspa e parecer mais próximo da população de classes mais baixas. Além disso, dizem que ele gostava de andar com um pão com mortadela para fazer aquele lanchinho na frente do povo e parecer mais gente como a gente. O pobre não tem um minuto de paz, né não?!

Teoria

Instabilidade política e eleições em 1960

Após um breve período de mínima estabilidade política, durante 1956 e 1961, com J.K., o Brasil voltou a experimentar as oscilações. Nas eleições de 1960, PSD e PTB lançaram uma chapa com o General Lott candidato à presidência e João Goulart (Jango) como vice. O PSP tentou a candidatura de Ademar de Barros, antiga figura do cenário político, enquanto a UDN, por sua vez, apoiou um político paulista independente, de carreira meteórica, chamado Jânio Quadros.

Jânio durante a década de 1950 havia feito toda sua carreira em São Paulo, sendo vereador, prefeito, governador e deputado federal. Em seus mandatos atuou sempre como uma figura polêmica e conservadora, lançando discursos frequentes de combate à corrupção. Na própria candidatura de 1960, Jânio conquistou muitos eleitores construindo uma imagem distante da política tradicional, como um homem simples, humilde e atrapalhado.

Nesta campanha, o símbolo de sua candidatura foi a vassoura, pois prometia “varrer a corrupção do Brasil”.

Com essa imagem e discurso, Jânio conquistou 6 milhões de eleitores, totalizando 45% dos votos, contra 32%

de Lott e 20% de Ademar. Em uma época que ainda era permitido a eleição do vice-presidente de forma

separada, João Goulart também foi eleito, apesar de ter formado aliança com Lott. Assim, entre 1961 e 1964,

Jânio Quadros e João Goulart foram presidentes, mas não chegaram a concluir seus mandatos. Enquanto o

primeiro renunciou, o segundo foi interrompido com um golpe de Estado.

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O governo de Jânio Quadros (1961)

A transição do governo J.K para o mandato de Jânio Quadros foi conturbada no sentido econômico. O presidente anterior havia deixado um crescente índice de inflação e uma maior dívida internacional. Os números não eram bons e, de fato, Jânio não possuía um projeto político consistente sobre como lidar com a crise. E, apesar de seus discursos focarem no combate à corrupção, ele não havia deixado claro como o faria.

Visto isso, sem um grande projeto político, o perfil conservador de Jânio Quadros inicialmente também se repetiu na presidência, preocupando-se com pequenos problemas para mostrar atividade. Logo, Jânio tomou uma série de medidas consideradas polêmicas no período, como:

● Proibição das brigas de galo.

● Proibição do lança-perfume.

● Proibição do uso de biquínis nas praias.

● Restrição à participação de menores de 18 anos em programas de rádio e televisão.

● Proibição das corridas de cavalos em dias de semana.

Ainda no plano político, Jânio rompeu com a UDN e teve dificuldades em se relacionar com os outros poderes, principalmente o legislativo. Ficou conhecido pelos “bilhetinhos”, dando ordens aos ministros sem qualquer negociação com deputados ou senadores.

Assim, Jânio buscou uma alternativa que acreditava que poderia melhorar a sua governabilidade: se distanciar dos antigos partidos políticos e da “politicagem”, como ele afirmava, que estava alastrada no país. Além disso, instalou uma corrida contra a corrupção dentro do governo, denunciando políticos independentemente de partidarismo. Contudo, suas medidas causaram exatamente o efeito oposto, levando a um descontentamento por parte dos partidos políticos com sua “caça às bruxas”. Essa relação se tornou ainda mais conflituosa quando iniciou alguns polêmicos movimentos internacionais.

No âmbito diplomático, em plena Guerra Fria, Jânio Quadros se declarou favorável a uma política externa independente. Apesar de ter estabelecido uma política de não alinhamento, Jânio tentou se aproximar da

Santinho distribuído durante as eleições de 1960.

Disponível em: estadao.com.br/infograficos/politica,janio-quadros-o-prefeito-que-tinha-

uma-vassoura-como-simbolo-e-que-concluiu-o-parque-do-ibirapuera,1117681

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Vale ressaltar que a política externa desenvolvida por Jânio, na verdade, tinha a intenção de dar alguma autonomia ao Brasil no âmbito econômico, visando a formação de novas parcerias comerciais.

Pega a visão: chama na contextualização histórica e lembra que a revolução cubana havia acontecido há pouco tempo e os Estados Unidos estavam desesperados para barrar a expansão do socialismo no continente americano. Portanto, as ações diplomáticas de Jânio se apresentavam como um perigo ao domínio norte- americano na região.

Enfim, se no plano político o cenário era conturbado, no econômico não era melhor. Como falamos lá em cima, quando assumiu o poder, Jânio se deparou com o endividamento do Estado, herança dos tempos do governo JK. Para tentar contornar essa situação, adotou medidas impopulares, como o congelamento dos salários, a restrição ao crédito, desvalorização da moeda nacional e a retirada de subsídios para o petróleo e outras áreas.

Porém, a economia não demonstrava recuperação, a inflação continuava a crescer e os cortes nos gastos do governo não demonstravam respostas positivas. A popularidade de Jânio em pouco tempo desapareceu, mesmo o presidente ainda acreditando ter o apoio do povo. Assim, neste cenário, no dia 25 de agosto de 1961, alegando que “forças estranhas” se levantavam contra ele, Jânio Quadros renunciou à Presidência da República.

Segue trechos da carta que o presidente enviou ao Congresso no dia da renúncia:

"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.

Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior.

Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.

Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranqüilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.

Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.

Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um.

Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria."

Brasília, 25 de agosto de 1961.

Jânio Quadros

Será que é um golpe?

Dentro do contexto de intensa oposição, pouca governabilidade, proposições polêmicas e forte crise

econômica, Jânio Quadros renunciou ao cargo de chefe do executivo do país após cerca de sete meses de

governo. Sua saída aprofundou a crise política que o país vivia, uma vez que Jango representava um perigo

para os conservadores e para boa parte das Forças Armadas.

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Ainda no período da renúncia de Jânio, ocorreram boatos de que, na verdade, sua ação não teria passado de uma estratégia para permanecer no poder e ampliar seus poderes. Lembra que Jango havia viajado para a China em uma visita diplomática? A saída do então presidente se deu exatamente nesse contexto, o que ajuda a corroborar algumas das teorias de que Jânio queria promover um autogolpe e retomar a presidência nos braços do povo.

Jânio sabia que havia uma grande resistência à figura de seu vice e que a presença dele na China só piorava sua imagem frente aos militares e a vários partidos políticos, como a UDN. Em um cenário de disputa entre bloco capitalista e bloco socialista, a figura de João Goulart, que era muito próximo dos sindicatos, se apresentava como um perigo a ordem e aos bons costumes com sua suposta tendência ao comunismo.

Porém, a suposta tentativa de Jânio Quadros de permanecer no poder foi frustrada pelo Congresso, que

aceitou de primeira a sua renúncia, e pelo povo, que não chegou a fazer nenhum tipo de manifestação pela

sua permanência. Mesmo assim, o seu movimento colocou fogo no barril de pólvora que já estava a política

brasileira do período. Mas, essas são as cenas do próximo capítulo. Segura ai!

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Exercícios de fixação

1. Qual partido de grande destaque apoiou a candidatura de Jânio Quadros em 1960?

a) PTB b) PSDB c) PSD d) UDN

2. Dentre as medidas conservadoras tomadas por Jânio, podemos citar:

a) Proibição do uso de biquinis nas praias b) Proibição das corridas de cavalo c) Incentivo ao uso do lança-perfume d) Distribuição de vassouras

3. Jânio usava a vassoura como um símbolo da sua campanha eleitoral para a) apontar sua proximidade com as tarefas domésticas

b) incentivar a implantação de saneamento básico c) afirmar o combate a corrupção

d) incentivar a higiene da população

4. Onde estava o vice-presidente, João Goulart, no momento da renúncia de Jânio?

a) no Brasil, para assumir a presidência b) em uma visita diplomática na China c) exilado no Paraguai

d) em uma negociação com a URSS

5. A crise econômica do governo Jânio foi herdada, principalmente, do (a) a) nacionalismo do segundo governo Vargas

b) planificação da economia com Dutra c) modelo desenvolvimentista de JK

d) intervenção norte-americana no governo Jango

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Exercícios de vestibulares

1. (Cesmac 2016) Com o slogan “Varre, varre vassourinha. Varre, varre a bandalheira”, Jânio Quadros venceu as eleições para presidente do Brasil, assumindo o cargo em janeiro de 1961, e tendo o mandato se encerrado em agosto do mesmo ano. Essa saída do governo de Jânio Quadros se deu por meio de a) um golpe militar, em vista da reaproximação diplomática do seu governo com a antiga URSS, União

Soviética.

b) sua renúncia ao poder, anunciada por uma carta ao Congresso, cujo texto ressaltava a existência de “forças ocultas” a conspirarem contra ele.

c) golpe civil desferido contra seu governo através do Congresso, sob a alegação de prática de crime contra o tesouro nacional.

d) impeachment ao seu governo através do Supremo Tribunal Federal (STF), por entender que Jânio teria ferido a Constituição Federal em vigor.

e) sua renúncia ao cargo, minutos antes de se iniciar a votação pela Câmara dos deputados do pedido de impeachment do seu governo.

2. (Fip/Moc 2020) O discurso de posse de Jânio Quadros foi uma denúncia das condições em que recebia o governo: “sacamos contra o futuro muito mais do que a imaginação ousa arriscar (...) cumpre agora saldar amargamente”.

Fonte: RICUPERO, Rubens – A diplomação na construção do Brasil – 1750-2016. Versal Editora, 2017.

A situação descrita é justificada pelo:

a) perdão dos credores europeus e americanos, das dívidas significativas contraídas pelo Brasil, no chamado “Funding-loan”.

b) crescimento da taxa inflacionária e do déficit orçamentário, no período final do governo de Juscelino Kubitschek.

c) desastre da política de valorização dos Mil Réis, resultando em uma balança comercial desfavorável aos interesses nacionais.

d) de 100% do salário mínimo, proposto por João Goulart, Ministro da Economia, no segundo Governo Vargas.

e) término do chamado “Milagre Econômico”, resultante da desvalorização do dólar, moeda da cota

de petróleo.

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3. (Etec 2014) Além de anunciar produtos e empresas, os profissionais de marketing também atuam em campanhas políticas, divulgando candidatos e seus respectivos planos de governo durante os períodos eleitorais.

Baseando-se na imagem, pode-se concluir corretamente que a campanha do candidato Jânio Quadros à presidência, em 1960,

a) criticava o nacionalismo e pretendia varrer do Brasil as empresas multinacionais.

b) tinha como principal compromisso a organização de uma revolução socialista.

c) pretendia moralizar o país por meio do combate à corrupção e à sujeira na política.

d) ostentava sua relação com as oligarquias cafeeiras e se afastava da classe trabalhadora.

e) combatia a inflação e era dirigida sobretudo às mulheres (donas de casa), por isso, o símbolo da vassoura.

4. (Udesc 2019) Ao se observar o panorama político brasileiro, no século XX, Jânio Quadros, presidente do Brasil entre 31 de janeiro e 25 de agosto de 1961, emerge como uma personalidade extravagante.

Seu governo foi marcado por contradições e polêmicas, deambulando entre esquerda e direita política.

Dentre as atitudes polêmicas, que marcaram seu curto governo, citam-se:

a) O fechamento do congresso e a instauração do parlamentarismo.

b) A proibição da prática do Skate e a tentativa de assassinato de João Goulart.

c) O rompimento de relações democráticas com os EUA e a instauração do comunismo.

d) A instauração do bipartidarismo e o estreitamento de laços com a Rússia.

e) A proibição do uso de biguínis nas praias e a condecoração de Che Guevara.

Disponível em: <https://www.tse.jus.br/imagens/imagens/santinho-de-janio-

quadros-eleicoes-de-1960>

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5. (USS 2017)

Na charge de 1960, estão representados os presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros.

Nela é ironizada a seguinte expectativa que cercava o presidente eleito:

a) revogação do ajuste fiscal

b) implementação da reforma agrária c) adoção de políticas de austeridade d) promoção de medidas heterodoxas e) ampliação do Plano de Metas

6. (FGV 2012) A eleição de Jânio Quadros, em 1960, significou certa alteração de rumos da política brasileira com relação ao período iniciado em 1945. Tal alteração baseou-se:

a) No apoio que os comunistas emprestaram à candidatura de Jânio em troca da legalização do PCB, que ocorreria em 1961.

b) Na primeira vitória das forças trabalhistas em pleitos nacionais e no fortalecimento de novas lideranças sindicais.

c) No rompimento da hegemonia paulista e no descontentamento militar provocado pelas propostas eleitorais janistas.

d) Na vitória de uma candidatura da UDN, que interrompeu a série de vitórias do PSD e do PTB, em arranjo político orquestrado por Getúlio Vargas.

e) Na inauguração de um novo estilo político baseado na valorização das estruturas partidárias e na

definição clara de propostas políticas programáticas.

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7. (UFS 2013) Jânio da Silva Quadros utilizou a vassoura como símbolo para promover sua campanha eleitoral. Antes das eleições já mostrava seu estilo diferente, isto é, apresentava ao mesmo tempo um caráter populista e conservador.

Após assumir a presidência, adotou uma série de medidas que despertaram violenta oposição ao seu governo,

a) quando adotou medidas severas no combate à inflação e à ineficiência da burocracia, do ponto de vista da política interna.

b) quando decretou as Reformas de Base (Reformas Agrária, Universitária, Bancária e Tributária), que afetavam empresários, fazendeiros e militares.

c) no momento em que cortou as relações diplomáticas com a União Soviética, irritando os setores de esquerda.

d) quando apoiou o AI - 5 (Ato Institucional n.°5), que ceifava as liberdades básicas da população brasileira.

e) no instante em que apoiou o envio de lucro das multinacionais para o exterior, favorecendo amplamente os projetos de privatização realizados por ele.

8. (IF MG 2013) Leia o texto a seguir:

“Carismático e performático, um espanto com o qual os eleitores jamais haviam se deparado, Jânio Quadros (1917-1992) foi eleito presidente do Brasil em 1960, depois de uma disputa acirrada com o marechal Henrique Teixeira Lott (1894-1984). Afora São Paulo, o país pouco sabia sobre ele, mas logo prestou atenção em peculiaridades de sua personalidade num cenário de confronto entre getulistas e antigetulistas, ambos com projetos diferentes para o Brasil.

A vassoura, emblema principal da campanha janista, representava uma pregação moralista que tinha como principal conteúdo críticas ao que Jânio chamou de corrupção desenfreada do governo JK, quando da execução de seu projeto desenvolvimentista. A pregação de Quadros conquistou contingentes da classe média e mobilizou o apoio da União Democrática Nacional (UDN) à sua candidatura.”

DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. A breve faxina. In Revista de História do Brasil da Biblioteca Nacional. Ano 7, nº 74, novembro 2011, p. 58-59.

Sobre o texto apresentado, podemos afirmar que:

a) o apoio da UDN a Jânio Quadros se deve em função da sustentação que dava ao projeto político do vice-presidente eleito, João Goulart, para o próximo pleito eleitoral.

b) a ascensão de Jânio Quadros no cenário político e seu posicionamento crítico em relação a governos anteriores garantiu-lhe o apoio da UDN, que já tentava chegar ao poder há alguns anos.

c) a UDN se perpetuava no poder desde o segundo governo Vargas e, mesmo com um político inexpressivo como era Jânio Quadros, continuava no poder.

d) no “cenário de getulistas e antigetulistas,” podemos elencar, ao lado dos “getulistas”, a UDN e os integralistas e, ao lado dos “antigetulistas”, temos os comunistas e trabalhistas.

e) embora tenha permanecido muito pouco tempo no poder, Jânio Quadros intensificou seu projeto

populista implantando reformas sociais e trabalhistas, como foi o caso do Fundo de Garantia por

Tempo de Serviço (FGTS) e a criação do Ministério da Previdência Social.

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9. (UPF 2010) Em 1961 o governo Jânio Quadros lançou, em discurso, a “Política Externa Independente”, cujo conteúdo dizia respeito a:

a) uma cooperação maior com os Estados Unidos no combate ao comunismo.

b) maior autonomia do Executivo em relação ao Legislativo e à sociedade na formulação e implementação da política externa.

c) uma atuação internacional independente das posições dos países vizinhos, especialmente da Argentina.

d) uma atuação internacional menos ideológica e mais pragmática e nacionalista.

e) uma ruptura radical em relação à “Operação Pan- Americana”, proposta no governo Kubitschek.

10. (FAMECA 2012) Leia o trecho.

O grau de intimidade das relações do Brasil com os países vizinhos do Continente e com as nações afro-asiáticas, embora baseado em motivos diferentes, tende para o mesmo fim. Entre esses, na maioria dos casos, estão motivos históricos, geográficos e culturais. O fato comum a todos eles é o de que nossa situação econômica coincide com o dever de formar uma frente unida na batalha contra o subdesenvolvimento e todas as formas de opressão.

Jânio Quadros, Nova política externa do Brasil, Revista Brasileira de Política Internacional No fragmento, é possível reconhecer uma das características fundamentais do breve governo do presidente Jânio Quadros. Trata-se da

a) prática de uma política econômica socialista, com a criação de um mercado comum entre a América e a África.

b) defesa do colonialismo do Brasil em relação às nações afro-asiáticas, com o intuito de evitar o avanço do socialismo.

c) opção pelo desenvolvimentismo capitalista intervencionista, a partir da planificação econômica.

d) alternativa de desenvolvimento por meio da internacionalização das economias do Terceiro Mundo.

e) luta pelo desenvolvimento econômico autônomo associada a uma política externa independente.

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Gabaritos

Exercícios de fixação 1. D

Visando barrar a continuidade do getulismo, que era representado pela figura do marechal Lott e João Goulart, a UDN decide apoiar a candidatura de Jânio nas eleições de 1960.

2. A

Ao ocupar o cargo de chefe do Executivo, Jânio já começou aplicando uma série de medidas conservadoras, como a proibição do uso de biquinis nas praias, das corridas de cavalo nos dias de semana e do lança-perfume.

3. C

Jânio se elegeu com uma propaganda eleitoral focada no combate a corrupção e a velha politicagem e, para tal, utilizou como símbolo da sua campanha a figura de uma vassoura.

4. B

Quando Jânio renunciou ao cargo de presidente, Jango estava na China em uma visita diplomática, o que, em um contexto de Guerra Fria, desagradava profundamente os setores conservadores e os militares brasileiros.

5. C

Ao assumir o governo, Jânio herdou uma crise econômica que eclodiu nos últimos anos do mandato de JK e que foi proporcionada pelo modelo desenvolvimentista aplicado pelo presidente anterior.

Exercícios de vestibulares

1. B

A saída de Jânio da presidência se deu através de uma carta enviada ao Congresso Nacional. Sem dar maiores detalhes sobre a motivação da sua abdicação, afirmou apenas que “forças terríveis”

conspiravam contra ele.

2. B

A crítica de Jânio Quadros evidencia que o projeto econômico desenvolvimentista de Juscelino Kubistchek cobrou um alto valor no mandato do seu sucessor, uma vez que havia um enorme déficit nos cofres públicos, um endividamento externo absurdo e os índices de inflação estavam cada vez mais altos.

3. C

Durante a corrida eleitoral, a propaganda de Jânio Quadros focou no combate a corrupção, por isso a

imagem da vassoura, e na defesa de valores conservadores.

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4. E

Logo que assumiu o seu mandato, Jânio colocou em pratica uma série de medidas conservadoras e impopulares, como a proibição do uso de biquinis nas praias, proibição do lança perfume e das brigas de galos.

5. C

Para tentar sanar a crise econômica do país deixada pelo governo anterior, Jânio lançou mão de medidas de austeridade visando controlar a inflação. Tais medidas incluíam: o congelamento dos salários, a restrição ao crédito e a desvalorização da moeda nacional.

6. D

A vitória de Jânio Quadros, com apoio da UDN, representou a quebra da predominância política dos partidos PTB e PSD e, consequentemente, a quebra da continuidade do “getulismo”.

7. A

Na política interna, Jânio promoveu um controle dos gastos públicos, o congelamento dos salários, a restrição ao crédito, a desvalorização da moeda nacional e a retirada de investimentos em alguns setores estratégicos. Além disso, o então presidente ainda promoveu uma caça aos políticos e funcionários corruptos.

8. B

O estilo conservador de Jânio, somado aos discursos contra os governos anteriores levou a UDN a apoiar a sua candidatura com a intenção de barrar um candidato, Henrique Teixeira Lott, que era visto como a continuidade dos projetos nacional-desenvolvimentistas.

9. D

Em um contexto de Guerra Fria, marcado pela disputa ideológica entre o bloco capitalista e o bloco socialista, o governo de Jânio procurou manter uma política externa independente e de não alinhamento automático com nenhum dos blocos.

10. E

Em seu discurso, Jânio faz referência aos princípios estabelecidos na Conferência de Bandung, como a

luta contra a opressão e o auxílio mútuo para o desenvolvimento do Terceiro-Mundo, evidenciando a sua

política externa independente.

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