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Cristianismo em Ação

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Academic year: 2021

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LIÇÃO 9

"A PRIMEIRA VIAGEM EVANGELÍSTICA DE PAULO" (continuação) ANTES DE COMEÇAR ESTA LIÇÃO LEIA CUIDADOSAMENTE ATOS 14.1-28-15.1-35

ACONTECIMENTOS EM ICÔNIO

(Ler Atos 14.1-7.) Ao serem expulsos de Antioquia pelos inimigos da verdade, Paulo e Barnabé partiram para Icônio.

Nessa cidade, os dois apóstolos "falaram de tal modo" que muitos passaram a crer.

A pregação deles confirmava tão bem a doutrina que anunciavam e era feita sem dúvida com tanta sinceridade que inúmeras pessoas se converteram.

Nem todos se tornaram cristãos em Icônio, como já acontecera em outros lugares.

Alguns judeus aceitaram a verdade, enquanto outros a rejeitaram. Os que se recusaram a crer tornaram-se inimigos dos pregadores de Deus. Os judeus incrédulos envenenaram a mente dos gentios contra Paulo e Barnabé.

A oposição deles não deteve os evangelistas, pois "demoraram-se ali muito tempo".

Não sabemos o período exato. Durante a sua permanência naquele lugar, Deus operou milagres através deles, confirmando assim que sua pregação era divinamente inspirada.

Os habitantes de Icônio se dividiram: "uns eram pelos judeus; outros pelos apóstolos". Paulo e Barnabé descobriram um plano feito para apedrejá-los (não se sabe como) e fugiram da cidade com o intuito de salvarem suas vidas.

OBRAS E RESULTADOS EM LISTRA

(Ler Atos 14.8-20.) A etapa seguinte da viagem levou ambos a 60 km ao sul até Listra.

Paulo curou um coxo em Listra e isso teve conseqüências completamente inesperadas para ele e seu companheiro. O homem, coxo de nascença, achava-se sentado, ouvindo a pregação. Paulo, "vendo que (ele) possuía fé para ser curado", ordenou-lhe que ficasse em pé. O homem imediatamente ficou de pé, andou e pulou, dando provas de que se operara um milagre, pois nunca pudera andar antes.

Ao testemunhar esse milagre, o povo chegou à conclusão de que dois de seus deuses haviam tomado a forma humana.

Touros foram rapidamente levados para serem oferecidos em sacrifício a Paulo e Barnabé. Os apóstolos, cheios de espanto, rasgaram suas vestes, protestando:

"Senhores, por que fazeis isto? Nós somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos..." Com essas palavras colocaram-se na posição de simples homens (ver At 10.26). Mesmo nestes nossos dias bastante esclarecidos, muitos ainda não aprenderam que os pregadores do evangelho não passam de homens.

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Nenhum deles deve ser elevado acima dos outros cristãos; só irá destacar-se se a sua vida for melhor. Na verdade, todo cristão é um "sacerdote de Deus" (1Pe 2.5,9). A prática de colocar o pregador num pedestal, para ser honrado e adorado indevidamente por todos, deve ser abolida.

Paulo e Barnabé recusaram então ser adorados, confirmando não ser outra coisa senão apenas homens. Isto esclarece a atitude de Jesus. Enquanto os apóstolos rejeitavam o culto prestado a eles, Cristo não só aceitou como aprovou aqueles que lhe rendiam culto. Quando Tomé exclamou: "Meu Senhor e meu Deus!", o Salvador não o reprovou por essas palavras (Jo 20.28,29; ver Mt 14.33 e Jo 9.35-38). Como explicar essa diferença, exceto por Jesus ser divino? Será que Ele aceitaria ser adorado como um ente divino se não passasse de homem?

Ao procurar convencer os adoradores, os evangelistas declararam ao povo que não eram deuses em forma humana, mas "vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo..." (vs. 15-16). Eles procuraram fazer com que os habitantes de Listra deixassem de servir a ídolos mortos (Júpiter e Mercúrio) e servissem o "Deus vivo". É interessante notar a semelhança entre essas palavras e a afirmação de Paulo aos tessalonicenses: "deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro" (1Ts 1.9).

"Contudo não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo..." Mesmo não sendo deuses, Paulo e Barnabé eram mensageiros do Deus único e verdadeiro, apresentado por eles ao povo de Listra. As estações chuvosas e as frutíferas foram dadas como testemunho da existência de Deus, a fim de convencer os ouvintes do poder divino. Todas as coisas feitas por Deus são testemunhas indiscutíveis de que Ele vive (Sl 19.1; Rm 1.20).

"Foi ainda com dificuldade" que impediram o povo de lhes oferecer sacrifícios, apesar dos seus protestos justos contra a atitude deles.

Os inimigos dos servos de Deus, de Icônio e de Antioquia, viajaram nessa época para Listra, provavelmente por terem sido informados do insucesso do povo em oferecer sacrifícios a Paulo e Barnabé.

A seguir, os inimigos de Paulo o apedrejaram até ficar como morto e então ele foi arrastado para fora da cidade, como um animal.

"... os discípulos o rodearam..." Não ficamos sabendo quanto tempo ficaram à sua volta, nem quais os pensamentos que surgiram em sua mente. Imagine, porém, a alegria deles ao verem Paulo abrir os olhos. O fato de prosseguir viagem no dia seguinte mostra que mãos carinhosas trataram dele a noite inteira.

Os eventos de Listra são um testemunho claro da volubilidade do homem! No início, o povo estava disposto a oferecer sacrifícios a Paulo e Barnabé, julgando-os deuses; pouco depois apedrejaram Paulo, até ser dado como morto. Não se deve medir a "popularidade" de uma doutrina ou prática, considerando-a uma evidência de sua origem divina. O que hoje é popular pode vir a ser rejeitado amanhã.

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SUCESSO EM DERBE E VOLTA A ANTIOQUIA

(Ler Atos 14.21-28.) Quais os sentimentos de Paulo e Barnabé ao se aproximarem de Derbe? Seriam também maltratados como nas outras cidades? Eles foram para outro centro de paganismo, em vista de seu desejo de ver a igreja de Cristo implantada ali, apesar da ameaça de perseguição. Lucas menciona apenas "que fizeram muitos discípulos", com relação aos seus trabalhos em Derbe.

Paulo não estava longe da cidade de Tarso, onde nascera, quando chegou a Derbe (ver o mapa na lição 8). Se quisesse abandonar seu ministério e visitar a família, teria seguido para lá.

Ele pensou, porém nos discípulos de Cristo que fizera e compreendeu que a perseguição que o expulsara de cidade em cidade, seria agora dirigida contra os novos convertidos. Com o propósito de "fortalecer" os discípulos, ele e Barnabé retrocederam sobre os seus passos.

A responsabilidade em relação a uma pessoa não acaba quando ela aceita Jesus.

Aquele que ensina e batiza os perdidos, deve então ocupar-se "ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado..." (Mt 28.20), conforme as instruções de Cristo. Ensinar os novos cristãos é um dever imposto por Cristo.

Quando Paulo voltou às várias cidades, "fortalecendo" os discípulos, cumpria as ordens de Jesus, "ensinando-os a guardar todas as coisas..."

A confirmação bíblica ocorre depois que a pessoa já está salva e foi acrescentada à igreja. O indivíduo não se torna membro da igreja através de um processo, mas é Deus que faz o acréscimo. Paulo confirmou os novos cristãos, encorajando-os a continuarem na fé.

"E, promovendo-lhes em cada igreja a eleição dos presbíteros..." (v. 23). Como se pode notar, "presbíteros" é plural. Eles foram indicados para cada "igreja"

(singular). Colocar um presbítero (ou bispo) com autoridade sobre várias congregações é contrário à ordem dada por Deus. Em 1Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9 encontramos as qualificações para os homens escolhidos e nomeados como presbíteros.

Depois de completar o trabalho de visitar novamente e encorajar as novas congregações, aqueles grandes pregadores voltaram para a igreja de Antioquia.

Paulo e Barnabé relataram "quantas coisas fizera Deus com eles". Esses homens de espírito humilde não contaram o que tinham feito a favor de Deus, mas o que Deus fizera com eles; considerando-se assim simples instrumentos de Deus, usados por Ele para executar seus propósitos.

O FIM DE UMA POLÊMICA.

A QUESTÀO DA CIRCUNCISÃO É TRATADA EM ANTIOQUIA

(Ler Atos 15.1-5.) A opinião que provocou problemas, foi expressa da seguinte maneira por seus defensores: "Se não forem circuncidados segundo Moisés, não podem ser salvos".

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A lei de Moisés exigia que todos os judeus do sexo masculino fossem circuncidados (Gn 17.9-14) e eles queriam que os gentios também obedecessem a essa lei, depois de convertidos. Os irmãos que defendiam esse ponto de vista em Antioquia tinham vindo "da Judéia", onde o evangelho fora pregado em primeiro lugar e os apóstolos tinham ensinado.

Paulo e Barnabé não aceitaram a prática. A fim de resolver o difícil problema, os irmãos resolveram enviar Paulo, Barnabé e outros a Jerusalém, a fim de discutirem nessa cidade o assunto da circuncisão com os apóstolos e presbíteros. Desde que (1) Paulo recebera o evangelho por revelação divina, direta (Gl 1.11-12) e estava, portanto certo de sua posição, e (2) desde que sua ida a Jerusalém envolvia a idéia de que ele não possuía tanta autoridade quanto os apóstolos e presbíteros que ali se achavam, é provável que se recusasse a ir, se isso não fosse expressamente ordenado pelo Senhor (ver Gl 2.2). O plano divino não era unicamente resolver a questão da igreja de Antioquia nesse terreno, mas de todo o mundo, em todas as épocas.

A igreja de Jerusalém recebeu alegremente os irmãos de Antioquia. Paulo e Barnabé relataram tudo o que Deus fizera com eles em terras pagãs. Mas, alguns dos irmãos (fariseus que se tinham tornado cristãos), afirmaram que Paulo e seu companheiro deixaram de ensinar aos gentios convertidos um mandamento da maior importância: serem circuncidados e guardarem a lei de Moisés.

DISCUSSÃO DA POLÊMICA SOBRE A CIRCUNCISÃO (Ler Atos 15.6-21.)

Houve "muitas contendas" quando os irmãos se reuniram para discutir o caso da circuncisão. Alguns discursos feitos pelos irmãos mais proeminentes foram preservados para nosso conhecimento.

Discurso de Pedro (ler At 15.7-11).

Os seguintes fatos importantes foram apresentados à assembléia: Primeiro, Pedro lembrou aos irmãos que ele pregara inicialmente aos gentios, mencionando os acontecimentos ocorridos na sua visita à casa de Cornélio (At 10). Segundo, Deus confirmara a sinceridade da conversão deles, derramando o seu Espírito Santo sobre os mesmos. Terceiro, Deus não fez distinção entre judeu e gentio, pois ambos foram purificados da mesma maneira (pela fé). Já que Deus não fazia essa distinção, por que os homens deveriam fazê-la? Deus aceitara os gentios, não os obrigando a serem circuncidados nem seguirem a lei de Moisés. Os judeus se haviam colocado na posição ridícula de rejeitar aqueles que o próprio Senhor aceitara. Quarto, os professores judeus estavam impondo um jugo aos gentios convertidos, cujo peso os próprios judeus não conseguiram suportar. Quinto, Pedro declarou sua convicção (indicada pela palavra "cremos"), de que tanto os judeus como os gentios foram salvos pela graça de Cristo. Isto envolve necessariamente a idéia de que eles não foram salvos pela circuncisão nem por obedecer à lei de Moisés.

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Discurso de Barnabé e Paulo (ler At 15.12).

Os dois relataram os milagres operados por Deus entre os gentios (não circuncidados) através deles. Esses milagres mostraram que Deus aprovava os gentios, apesar de não serem circuncidados nem guardarem a lei de Moisés.

Discurso de Tiago (ler At 15.13-21).

Ele reportou-se aos profetas do Antigo Testamento, provando que haviam anunciado exatamente aquilo que Pedro já dissera em seu discurso.

Tiago concluiu, declarando que os gentios convertidos a Deus não deviam ser

"perturbados"; isto é, obrigados à circuncisão e obediência à lei de Moisés. Propôs também que escrevessem uma carta, exortando os gentios a se absterem (1) das contaminações dos ídolos, (2) da incontinência da carne, (3) de comerem animais sufocados e (4) do sangue.

RESULTADO DA REUNIÃO

(Ler Atos 15.22-29.) Os discursos pronunciados por Pedro, Barnabé, Paulo e Tiago fizeram tal impacto que silenciaram os partidários do judaísmo.

A decisão de adotar a sugestão de Tiago foi unânime, pois agradou "aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, para enviá- los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos".

A carta dos irmãos de Jerusalém negou toda responsabilidade pelo que havia sido ensinado por aqueles que deram início às divisões na igreja de Antioquia por causa da circuncisão. A carta menciona em seguida os irmãos escolhidos para acompanhar "nossos amados Barnabé e Paulo", terminando com a exortação aos gentios feita no discurso de Tiago.

Esta reunião em Jerusalém dá apoio à prática moderna da realização de convênios, assembléias e conselhos com o propósito de ditar leis para a igreja? Ao responder, pedimos notar o seguinte:

1. O conselho era formado de representantes das congregações de um distrito, sem importar o seu tamanho. A igreja de Antioquia simplesmente enviou os irmãos a Jerusalém para consultarem os apóstolos e presbíteros.

2. A questão foi decidida por homens inspirados. A carta de Jerusalém declarava formalmente a sua inspiração, usando as seguintes palavras: "Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós..." (v. 28).

As circunstâncias especiais em que foi realizada distinguem a reunião de Jerusalém de todos os conselhos, assembléias e órgãos legislativos da igreja de hoje e de todas as épocas. É preciso ensinar aos homens que a igreja é um reino (Cl 1.13) sobre o qual Cristo reina como Rei (1Tm 6.13-15). Na sua qualidade de Rei, ele faz todas as leis da igreja.

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A igreja de hoje não tem necessidade de assembléias para propor as suas leis, pois o nosso Rei já nos deu a sua Palavra, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Tm 3.16-17).

A PAZ É RESTAURADA EM ANTIOQUIA

(Ler Atos 15.30-35.) Quando Paulo, Barnabé, Judas e Silas chegaram a Antioquia, a igreja reuniu-se para ouvir a leitura da carta enviada pela igreja de Jerusalém. O conteúdo da mesma causou muita alegria entre os cristãos daquela cidade.

PAULO ESCREVE SOBRE A REUNIÃO

O apóstolo escreveu mais tarde a respeito dessa reunião (ver Gl 2.1-10), relatando que os apóstolos o apoiaram e "nada me acrescentaram", como certamente fariam se fossem a favor da circuncisão e da obediência à lei de Moisés. Tito, gentio não- circuncidado, serviu de exemplo. Paulo recusou terminantemente mandar circuncidá-lo, apesar de alguns terem dito que isso era essencial para a sua salvação. Quando Tito foi finalmente aceito, ficou então provado que a circuncisão e a obediência à lei mosaica não eram elementos essenciais da salvação.

QUAL A LARGURA DESTA PÁGINA?

Ela tem quinze ou dezesseis centímetros? As opiniões podem variar, mas para ter certeza basta medi-la com um metro.

A palavra de Deus é o nosso "metro" em religião. Toda polêmica ou dúvida pode ser resolvida através dela (ls 8.20, 2Tm 3.16-17). Desse modo, "se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus..." (1Pe 4.11; ver 2Jo 9). É preciso aprender a falar quando a Bíblia fala e calar quando ela se cala, fazer coisas bíblicas do modo bíblico e chamar as coisas bíblicas por nomes bíblicos. Em resumo, a palavra de Deus deve ser a nossa única medida de fé e prática (Gl 6.16).

Quando os homens voltarem à Bíblia, o "metro" de Deus, deixarão de ser governados por (1) opiniões ou palpites, (2) leis preparadas por conselhos e assembléias de homens, (3) credos e manuais humanos, (4) livros de autores modernos que pretendem ser inspirados, e (5) preceitos de líderes religiosos humanos.

Referências

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