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CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO EUROPEIA

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CARTA

(2)

CARTA

DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO EUROPEIA

Proclamada em Nice, em 7 de dezembro de 2000

(3)

SUMÁRIO

Preâmbulo ...

10

TÍTULO I - DIGNIDADE ...

18

Artigo 1 - Dignidade do ser humano ..

19

Artigo 2 - Direito à vida ...

19

Artigo 3 - Direito à integridade

do ser humano ...

20

Artigo 4 - Proibição da tortura e dos

tratos ou penas desumanos ou degradantes ...

22

Artigo 5 - Proibição da escravidão

e do trabalho forçado ...

23

TÍTULO II - LIBERDADES ...

24

(4)

44

Artigo 7 - Respeito pela vida privada e familiar ...

25

Artigo 8 - Proteção de dados

pessoais ...

26

Artigo 9 - Direito de contrair casamento

e de constituir família ...

28

Artigo 10 - Liberdade de pensamento,

de consciência

e de religião ...

29

Artigo 11 - Liberdade de expressão

e de informação ...

30

Artigo 12 - Liberdade de reunião e de

associação ...

32

Artigo 13 - Liberdade das artes e das

ciências ...

33

Artigo 14 - Direito à educação ...

34

e direito de trabalhar ...

35

Artigo 16 - Liberdade de empresa ...

37

Artigo 17 - Direito de propriedade ...

38

(5)

Artigo 18 - Direito de asilo ...

40

Artigo 19 - Proteção em caso de

afastamento, expulsão ou extradição ...

41

TÍTULO III - IGUALDADE ...

42

Artigo 20 - Igualdade perante a lei ....

43

Artigo 21 - Não discriminação ...

43

Artigo 22 - Diversidade cultural,

religiosa e linguística ...

45

Artigo 23 - Igualdade entre homens e

mulheres ...

45

Artigo 24 - Direitos das crianças ...

46

Artigo 25 - Direitos

das pessoas idosas ...

48

Artigo 26 - Integração das pessoas com

...

(6)

66

TÍTULO IV - SOLIDARIEDADE ..

50

Artigo 27- Direito à informação e à

consulta dos trabalhadores na empresa ...

51

Artigo 28 - Direito de negociação

e de ação coletiva ...

52

Artigo 29 - Direito de acesso aos

serviços de emprego ...

53

Artigo 30 - Proteção em caso de

despedimento sem justa causa ...

53

Artigo 31 - Condições de trabalho

justas e equitativas ...

54

Artigo 32 - Proibição do trabalho

infantil e proteção dos jovens no trabalho ...

55

Artigo 33 - Vida familiar e vida

...

57

Artigo 34 - Segurança social

e assistência social ...

58

(7)

Artigo 35 - Proteção da saúde ...

60

Artigo 36 - Acesso a serviços

de interesse

económico geral ...

61

Artigo 37 - Proteção do ambiente ...

62

Artigo 38 - Defesa dos consumidores

63

TÍTULO V - CIDADANIA ...

64

Artigo 39 - Direito de eleger e de ser

eleito nas eleições para o Parlamento Europeu ...

65

Artigo 40 - Direito de eleger

e de ser eleito

nas eleições municipais ....

66

Artigo 41 - Direito a uma boa

administração ...

67

Artigo 42 - Direito de acesso aos

(8)

88

Artigo 44 - Direito de petição ...

72

Artigo 45 - Liberdade de circulação

e de permanência ...

73

Artigo 46 - Proteção diplomática e

consular ...

74

TÍTULO VI - JUSTIÇA ...

76

Artigo 47 - Direito à ação e a um

tribunal imparcial ...

77

Artigo 48 - Presunção de inocência e

direitos de defesa ...

79

Artigo 49 - Princípios da legalidade e

da proporcionalidade dos

delitos e das penas ...

80

Artigo 50 - Direito a não ser julgado ou

punido penalmente mais do

que uma vez pelo mesmo

delito ...

82

(9)

TÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS QUE REGEM A INTERPRETAÇÃO E A

APLICAÇÃO DA CARTA ...

84

Artigo 51 - Âmbito de aplicação ...

85

Artigo 52 - Âmbito e interpretação dos

direitos e dos princípios ....

87

Artigo 53 - Nível de proteção ...

92

Artigo 54 - Proibição do abuso

de direito ...

93

(10)

PREÂMBULO

(11)

O Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão proclamam solenemente como Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia o texto a seguir reproduzido.

Os povos da Europa, estabelecendo entre si uma união cada vez mais estreita, decidiram partilhar um futuro de paz, assente em valores comuns.

Consciente do seu

património espiritual e

moral, a União baseia-se

(12)

1212

igualdade e da solidariedade;

assenta nos princípios da democracia e do Estado de direito. Ao instituir a cidadania da União e ao criar um espaço de liberdade, segurança e justiça, coloca o ser humano no cerne da sua ação.

A União contribui para

a preservação e o

desenvolvimento destes

valores comuns, no respeito

pela diversidade das

culturas e tradições dos

povos da Europa, bem como

da identidade nacional

dos Estados-Membros e

da organização dos seus

(13)

poderes públicos aos níveis nacional, regional e local; procura promover um desenvolvimento equilibrado e duradouro e assegura a livre circulação das pessoas, dos serviços, dos bens e dos capitais, bem como a liberdade de estabelecimento.

Para o efeito, é necessário,

conferindo-lhes maior

visibilidade por meio de uma

Carta, reforçar a proteção

dos direitos fundamentais,

à luz da evolução da

sociedade, do progresso

(14)

1414

no respeito pelas atribuições e competências da União e na observância do princípio da subsidiariedade, os direitos que decorrem, nomeadamente, das tradições constitucionais e das obrigações internacionais comuns aos Estados-

-Membros, da Convenção

Europeia para a Proteção dos

Direitos do Homem e das

Liberdades Fundamentais,

das Cartas Sociais aprovadas

pela União e pelo Conselho

da Europa, bem como da

jurisprudência do Tribunal

de Justiça da União Europeia

(15)

e do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Neste contexto, a Carta será interpretada pelos órgãos jurisdicionais da União e dos Estados-Membros tendo na devida conta as anotações elaboradas sob a autoridade do Praesidium da Convenção que redigiu a Carta e atualizadas sob a responsabilidade do Praesidium da Convenção Europeia.

O gozo destes direitos

implica responsabilidades

e deveres, tanto para

(16)

1616

consideradas, como para com a comunidade humana e as gerações futuras.

Assim sendo, a União

reconhece os direitos,

liberdades e princípios a

seguir enunciados.

(17)
(18)

TÍTULO I - DIGNIDADE

(19)

Artigo 1

DIGNIDADE DO SER HUMANO

A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida.

Artigo 2

DIREITO À VIDA

1. Todas as pessoas têm direito à vida.

2. Ninguém pode ser

condenado à pena de

morte, nem executado.

(20)

2020

Artigo 3

DIREITO À INTEGRIDADE DO SER HUMANO

1. Todas as pessoas têm direito ao respeito pela sua integridade física e mental.

2. No domínio da medicina e da biologia, devem ser respeitados, designadamente:

a) O consentimento

livre e esclarecido da

pessoa, nos termos da

lei;

(21)

b) A proibição das práticas eugénicas, nomeadamente das que têm por das pessoas;

c) A proibição de transformar o corpo humano ou as suas partes, enquanto tais, numa fonte de lucro;

d) A proibição

da clonagem

reprodutiva dos

seres humanos.

(22)

2222

Artigo 4

PROIBIÇÃO DA TORTURA E DOS TRATOS

OU PENAS DESUMANOS OU DEGRADANTES Ninguém pode ser

submetido a tortura, nem a

tratos ou penas desumanos

ou degradantes.

(23)

Artigo 5

PROIBIÇÃO DA ESCRAVIDÃO E DO TRABALHO FORÇADO

1. Ninguém pode ser sujeito a escravidão nem a servidão.

2. Ninguém pode ser constrangido a realizar trabalho forçado ou obrigatório.

seres humanos.

(24)

TÍTULO II - LIBERDADES

(25)

Artigo 6

DIREITO À LIBERDADE E À SEGURANÇA

Toda a pessoa tem direito à liberdade e segurança.

Artigo 7

RESPEITO PELA VIDA

PRIVADA E FAMILIAR

Todas as pessoas têm direito

ao respeito pela sua vida

privada e familiar, pelo

seu domicílio e pelas suas

comunicações.

(26)

2626

Artigo 8

PROTEÇÃO

DE DADOS PESSOAIS 1. Todas as pessoas têm

direito à proteção dos dados de caráter pessoal que lhes digam respeito.

2. Esses dados devem ser objeto de um tratamento e com o consenti mento da pessoa interessada ou com outro fundamento legítimo previsto por lei.

Todas as pessoas têm

o direito de aceder aos

dados coligidos que lhes

digam respeito e de obter

(27)

3. O cumprimento destas

!

uma autoridade indepen-

dente.

(28)

2828

Artigo 9

DIREITO DE CONTRAIR

CASAMENTO E DE

CONSTITUIR FAMÍLIA

O direito de contrair

casamento e o direito

de constituir família são

garantidos pelas legislações

nacionais que regem o

respetivo exercício.

(29)

Artigo 10

LIBERDADE DE PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE RELIGIÃO

1. Todas as pessoas têm

direito à liberdade

de pensamento, de

consciência e de

religião. Este direito

implica a liberdade de

mudar de religião ou de

convicção, bem como a

liberdade de mani festar

a sua religião ou a sua

convicção, individual ou

(30)

3030

do culto, do ensino, de práticas e da celebração de ritos.

2. O direito à objeção de consciência é reconhecido pelas legislações nacionais que regem o respetivo exercício.

Artigo 11

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE INFORMAÇÃO

1. Qualquer pessoa tem

direito à liberdade de

expressão. Este direito

compreende a liberdade

de opinião e a liberdade

de receber e de transmitir

(31)

informações ou ideias, sem que possa haver ingerência de quaisquer poderes públicos e sem consideração de fronteiras.

2. São respeitados a liberdade e o

pluralismo dos meios de

comunicação social.

(32)

3232

Artigo 12

LIBERDADE DE REUNIÃO E DE ASSOCIAÇÃO

1. Todas as pessoas têm direito à liberdade de "

liberdade de associação

a todos os níveis,

nomeadamente nos

domínios político, sindical

e cívico, o que implica o

direito de, com outrem,

fundarem sindicatos

para a defesa dos seus

interesses.

(33)

2. Os partidos políticos ao nível da União contribuem para a expressão da vontade política dos cidadãos da União.

Artigo 13

LIBERDADE DAS ARTES E DAS CIÊNCIAS

As artes e a investigação

É respeitada a liberdade

académica.

(34)

3434

Artigo 14

DIREITO À EDUCAÇÃO 1. Todas as pessoas têm

direito à educação, bem como ao acesso à

# contínua.

2. Este direito inclui a possibilidade de frequentar gratuitamente o ensino obrigatório.

3. São respeitados,

segundo as legislações

nacionais que regem o

respetivo exercício, a

liberdade de criação de

estabelecimentos de

ensino, no respeito pelos

princípios democráticos,

(35)

e o direito dos pais de assegurarem a educação $ de acordo com as suas convicções religiosas,

% %

Artigo 15

LIBERDADE PROFISSIONAL E DIREITO DE TRABALHAR

1. Todas as pessoas têm o direito de trabalhar e de &

livremente escolhida ou aceite.

2. Todos os cidadãos da

(36)

3636

lecer ou de prestar serviços em qualquer Estado-Membro.

3. Os nacionais de países

terceiros que sejam

autorizados a trabalhar

no território dos Estados-

-Membros têm direito a

condições de trabalho

equivalentes àquelas

'

cidadãos da União.

(37)

Artigo 16

LIBERDADE DE EMPRESA

É reconhecida a liberdade

de empresa, de acordo

com o direito da União e

as legislações e práticas

nacionais.

(38)

3838

Artigo 17

DIREITO DE PROPRIEDADE 1. Todas as pessoas

têm o direito de fruir

da propriedade dos

seus bens legalmente

adquiridos, de os utilizar,

de dispor deles e de os

transmitir em vida ou

por morte. Ninguém

pode ser privado da sua

propriedade, exceto

por razões de utilidade

pública, nos casos e

condições previstos

por lei e mediante justa

indemnização pela

respetiva perda, em

tempo útil. A utilização

(39)

dos bens pode ser regulamentada por lei na medida do necessário ao interesse geral.

2. É protegida a propriedade

intelectual.

(40)

4040

Artigo 18

DIREITO DE ASILO

É garantido o direito de asilo,

no quadro da Convenção de

Genebra de 28 de julho de

1951 e do Protocolo de 31

de janeiro de 1967, relativos

ao Estatuto dos Refugiados,

e nos termos do Tratado da

União Europeia e do Tratado

sobre o Funcionamento da

União Europeia (a seguir

designados «Tratados»).

(41)

Artigo 19

PROTEÇÃO EM CASO DE AFASTAMENTO,

EXPULSÃO OU EXTRADIÇÃO 1. São proibidas as

expulsões coletivas.

2. Ninguém pode ser

afastado, expulso ou

extraditado para um

Estado onde corra sério

risco de ser sujeito a

pena de morte, a tortura

ou a outros tratos ou

penas desumanos ou

degradantes.

(42)

TÍTULO III - IGUALDADE

(43)

Artigo 20

IGUALDADE PERANTE A LEI Todas as pessoas são iguais perante a lei.

Artigo 21

NÃO DISCRIMINAÇÃO 1. É proibida a

discriminação em razão,

designadamente, do sexo,

raça, cor ou origem étnica

ou social, características

genéticas, língua,

religião ou convicções,

opiniões políticas ou

(44)

4444

minoria nacional, riqueza, * idade ou orientação sexual.

2. No âmbito de aplicação

dos Tratados e sem

prejuízo das suas

+

é proibida toda a

discriminação em razão

da nacionalidade.

(45)

Artigo 22

DIVERSIDADE CULTURAL, RELIGIOSA E LINGUÍSTICA A União respeita a

diversidade cultural, religiosa e linguística.

Artigo 23

IGUALDADE ENTRE

HOMENS E MULHERES

Deve ser garantida a

igualdade entre homens

e mulheres em todos os

domínios, incluindo em

(46)

4646

O princípio da igualdade não obsta a que se mantenham ou adotem medidas que prevejam regalias # &

sub-representado.

Artigo 24

DIREITOS DAS CRIANÇAS 1. As crianças têm direito à

proteção e aos cuidados

necessários ao seu

bem-estar. Podem

exprimir livremente a sua

opinião, que será tomada

em consideração nos

assuntos que lhes digam

respeito, em função da

sua idade e maturidade.

(47)

2. Todos os atos relativos às crianças, quer praticados por entidades públicas, quer por instituições privadas, terão

primacialmente em conta o interesse superior da criança.

3. Todas as crianças têm

o direito de manter

regularmente relações

pessoais e contactos

diretos com ambos os

progenitores, exceto se

isso for contrário aos seus

interesses.

(48)

4848

Artigo 25

DIREITOS

DAS PESSOAS IDOSAS

A União reconhece e respeita

o direito das pessoas idosas

a uma existência condigna

e independente e à sua

participação na vida social e

cultural.

(49)

Artigo 26

INTEGRAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A União reconhece e respeita

o direito das pessoas com

*

de medidas destinadas a

assegurar a sua autonomia,

a sua integração social

participação na vida da

comunidade.

(50)

TÍTULO IV - SOLIDARIEDADE

(51)

Artigo 27

DIREITO À INFORMAÇÃO E À CONSULTA

DOS TRABALHADORES NA EMPRESA

Deve ser garantida aos

níveis apropriados, aos

trabalhadores ou aos seus

representantes, a informação

e consulta, em tempo útil,

nos casos e nas condições

previstos pelo direito da

União e pelas legislações e

práticas nacionais.

(52)

5252

Artigo 28

DIREITO DE NEGOCIAÇÃO

E DE AÇÃO COLETIVA

Os trabalhadores e as

entidades patronais, ou as

respetivas organizações,

têm, de acordo com o direito

da União e as legislações e

práticas nacionais, o direito

de negociar e de celebrar

convenções coletivas aos

níveis apropriados, bem

como de recorrer, em caso

/

a ações coletivas para a

defesa dos seus interesses,

incluindo a greve.

(53)

Artigo 29

DIREITO DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE EMPREGO Todas as pessoas têm direito de acesso gratuito a um serviço de emprego.

Artigo 30

PROTEÇÃO EM CASO DE DESPEDIMENTO SEM JUSTA CAUSA

Todos os trabalhadores têm

direito a proteção contra

os despedimentos sem

(54)

5454

Artigo 31

CONDIÇÕES DE TRABALHO JUSTAS E EQUITATIVAS

1. Todos os trabalhadores têm direito a condições de trabalho saudáveis, seguras e dignas.

2. Todos os trabalhadores

têm direito a uma

limitação da duração

máxima do trabalho e

a períodos de descanso

diário e semanal, bem

como a um período anual

de férias pagas.

(55)

Artigo 32

PROIBIÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E PROTEÇÃO DOS JOVENS NO TRABALHO É proibido o trabalho infantil.

A idade mínima de admissão

ao trabalho não pode ser

inferior à idade em que cessa

a escolaridade obrigatória,

sem prejuízo de disposições

mais favoráveis aos jovens

e salvo derrogações bem

delimitadas.

(56)

5656

Os jovens admitidos ao

$

de condições de trabalho

adaptadas à sua idade e de

proteção contra a exploração

económica e contra todas

as atividades suscetíveis de

prejudicar a sua segurança,

saúde ou desenvolvimento

físico, mental, moral ou

social, ou ainda de pôr em

causa a sua educação.

(57)

Artigo 33

VIDA FAMILIAR E VIDA PROFISSIONAL

1. É assegurada a proteção da família nos planos jurídico, económico e social.

4

conciliar a vida familiar

todas as pessoas têm

direito a proteção

contra o despedimento

por motivos ligados

à maternidade, bem

como a uma licença por

(58)

5858

Artigo 34

SEGURANÇA SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL

1. A União reconhece e

respeita o direito de

acesso às prestações

de segurança social e

aos serviços sociais que

concedem proteção

em casos como a

maternidade, doença,

acidentes de trabalho,

dependência ou velhice,

bem como em caso de

perda de emprego, de

acordo com o direito da

União e com as legislações

e práticas nacionais.

(59)

2. Todas as pessoas que residam e se desloquem legalmente no interior da União têm direito às prestações de segurança social e às regalias sociais nos termos do direito da União e das legislações e práticas nacionais.

a exclusão social e

a pobreza, a União

reconhece e respeita o

direito a uma assistência

social e a uma ajuda à

habitação destinadas a

assegurar uma existência

(60)

6060

acordo com o direito da União e com as legislações e práticas nacionais.

Artigo 35

PROTEÇÃO DA SAÚDE Todas as pessoas têm o direito de aceder à prevenção em matéria de

<

cuidados médicos, de acordo com as legislações e práticas

=

e execução de todas as

políticas e ações da União

é assegurado um elevado

nível de proteção da saúde

humana.

(61)

Artigo 36

ACESSO A SERVIÇOS DE INTERESSE ECONÓMICO GERAL

A União reconhece e respeita

o acesso a serviços de

interesse económico geral tal

como previsto nas legislações

e práticas nacionais, de

acordo com os Tratados, a

social e territorial da União.

(62)

6262

Artigo 37

PROTEÇÃO DO AMBIENTE

Todas as políticas da União

devem integrar um elevado

nível de proteção do

ambiente e a melhoria da

sua qualidade, e assegurá-los

de acordo com o princípio

do desenvolvimento

sustentável.

(63)

Artigo 38

DEFESA

DOS CONSUMIDORES

As políticas da União devem

assegurar um elevado nível

de defesa dos consumidores.

(64)

TÍTULO V - CIDADANIA

(65)

Artigo 39

DIREITO DE ELEGER E DE SER ELEITO NAS ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU

1. Todos os cidadãos da União gozam do direito de eleger e de serem eleitos para o Parlamento Europeu no Estado- -Membro de residência, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado.

2. Os membros do

Parlamento Europeu

(66)

6666

Artigo 40

DIREITO DE ELEGER

E DE SER ELEITO NAS

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Todos os cidadãos da União

gozam do direito de eleger e

de serem eleitos nas eleições

municipais do Estado-

-Membro de residência, nas

mesmas condições que os

nacionais desse Estado.

(67)

Artigo 41

DIREITO A UMA BOA ADMINISTRAÇÃO

1. Todas as pessoas têm direito a que os seus assuntos sejam tratados pelas instituições, órgãos e organismos da União de forma imparcial, equitativa e num prazo razoável.

2. Este direito compreende, nomeadamente:

a) O direito de

qualquer pessoa a

ser ouvida antes de

(68)

6868

tomada qualquer medida individual que a afete

desfavoravelmente;

b) O direito de qualquer pessoa a ter acesso aos processos que se

$ respeito pelos legítimos interesses e do segredo comercial;

c) A obrigação,

por parte da

administração, de

(69)

fundamentar as suas decisões.

3. Todas as pessoas têm direito à reparação, por parte da União, dos danos causados pelas suas instituições ou pelos seus agentes no exercício das respetivas funções, de acordo com os princípios gerais comuns às

legislações dos Estados- -Membros.

4. Todas as pessoas têm a

possibilidade de se dirigir

às instituições da União

(70)

7070

Artigo 42

DIREITO DE ACESSO

AOS DOCUMENTOS

Qualquer cidadão da União,

bem como qualquer pessoa

singular ou coletiva com

residência ou sede social

num Estado-Membro,

tem direito de acesso aos

documentos das instituições,

órgãos e orga nismos da

União, seja qual for o suporte

desses documentos.

(71)

Artigo 43

PROVEDOR

DE JUSTIÇA EUROPEU

Qualquer cidadão da União,

bem como qualquer pessoa

singular ou coletiva com

residência ou sede social

num Estado-Membro, tem

o direito de apresentar

petições ao Provedor de

Justiça Europeu, respeitantes

a casos de má administração

na atuação das instituições,

órgãos ou organismos

da União, com exceção

do Tribunal de Justiça da

(72)

7272

Artigo 44

DIREITO DE PETIÇÃO

Qualquer cidadão da União,

bem como qualquer pessoa

singular ou coletiva com

residência ou sede social

num Estado-Membro, goza

do direito de petição ao

Parlamento Europeu.

(73)

Artigo 45

LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO E DE PERMANÊNCIA

1. Qualquer cidadão da União goza do direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-Membros.

2. Pode ser concedida

liberdade de circulação

e de permanência, de

acordo com os Tratados,

aos nacionais de países

terceiros que residam

legalmente no território

de um Estado-Membro.

(74)

7474

Artigo 46

PROTEÇÃO DIPLOMÁTICA E CONSULAR

Todos os cidadãos da União

%

países terceiros em que o

Estado-Membro de que são

nacionais não se encontre

representado, de proteção

por parte das autoridades

diplomáticas e consulares de

qualquer Estado-Membro,

nas mesmas condições que

os nacionais desse Estado.

(75)
(76)

TÍTULO VI - JUSTIÇA

(77)

Artigo 47

DIREITO À AÇÃO E A UM TRIBUNAL IMPARCIAL Toda a pessoa cujos direitos e liberdades garantidos pelo direito da União tenham sido violados tem direito a uma ação perante um tribunal nos termos previstos no presente artigo.

Toda a pessoa tem direito

a que a sua causa seja

julgada de forma equitativa,

publicamente e num prazo

razoável, por um tribunal

(78)

7878

por lei. Toda a pessoa tem a possibilidade de se fazer aconselhar, defender e representar em juízo.

É concedida assistência

judiciária a quem não

disponha de recursos

que essa assistência seja

necessária para garantir

a efetividade do acesso à

justiça.

(79)

Artigo 48

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E DIREITOS DE DEFESA

1. Todo o arguido se presume inocente enquanto não tiver sido legalmente provada a sua culpa.

2. É garantido a todo o

arguido o respeito dos

direitos de defesa.

(80)

8080

Artigo 49

PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA PROPORCIONALIDADE DOS DELITOS E DAS PENAS

1. Ninguém pode ser condenado por uma ação ou por uma omissão que, no momento da sua prática, não constituía infração perante o direito nacional ou o direito internacional.

Igualmente não pode ser imposta uma pena mais grave do que a aplicável no momento em que a infração foi cometida.

Se, posteriormente à

(81)

infração, a lei previr uma pena mais leve, deve ser essa a pena aplicada.

2. O presente artigo não prejudica a sentença ou a pena a que uma pessoa tenha sido condenada por uma ação ou por uma omissão que, no momento da sua prática, constituía crime segundo os princípios gerais reconhecidos por todas as nações.

3. As penas não devem ser

desproporcionadas em

relação à infração.

(82)

8282

Artigo 50

DIREITO A NÃO SER JULGADO OU PUNIDO PENALMENTE MAIS DO QUE UMA VEZ PELO MESMO DELITO

Ninguém pode ser julgado

ou punido penalmente por

um delito do qual já tenha

sido absolvido ou pelo qual

já tenha sido condenado

na União por sentença

transitada em julgado, nos

termos da lei.

(83)
(84)

TÍTULO VII -

DISPOSIÇÕES GERAIS QUE

REGEM A INTERPRETAÇÃO

E A APLICAÇÃO DA CARTA

(85)

Artigo 51

ÂMBITO DE APLICAÇÃO 1. As disposições da

presente Carta têm

por destinatários as

instituições, órgãos e

organismos da União, na

observância do princípio

da subsidiariedade,

bem como os Estados-

-Membros, apenas

quando apliquem o

direito da União. Assim

sendo, devem respeitar

os direitos, observar os

princípios e promover

(86)

8686

competências e

observando os limites das competências conferidas à União pelos Tratados.

2. A presente Carta não torna o âmbito de aplicação do direito da União extensivo a competên cias que não sejam as da União, não cria quaisquer novas atribuições ou competências para a

? as atribuições e

*

pelos Tratados.

(87)

Artigo 52

ÂMBITO E INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOS

E DOS PRINCÍPIOS 1. Qualquer restrição ao

exercício dos direitos e

liberdades reconhecidos

pela presente Carta

deve ser prevista por lei

e respeitar o conteúdo

essencial desses

direitos e liberdades. Na

observância do princípio

da proporcionalidade,

essas restrições só

podem ser introduzidas

(88)

8888

efetivamente a objetivos de interesse geral reconhecidos pela União, ou à necessidade de proteção dos direitos e liberdades de terceiros.

2. Os direitos reconhecidos pela presente Carta que se regem por disposições constantes dos Tratados são exercidos de acordo com as condições e limites

3. Na medida em que a

presente Carta contenha

direitos correspondentes

aos direitos garantidos

pela Convenção Europeia

para a Proteção dos

(89)

Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, o sentido e o âmbito desses direitos são iguais aos conferidos por essa Convenção. Esta disposição não obsta a que o direito da União mais ampla.

4. Na medida em que a

presente Carta reconheça

direitos fundamentais

decorrentes das tradições

constitucionais comuns

aos Estados-Membros,

tais direitos devem

(90)

9090

5. As disposições da

presente Carta

que contenham

princípios podem ser

aplicadas através de

atos legislativos e

executivos tomados

pelas instituições,

órgãos e organismos

da União e por atos

dos Estados-Membros

quando estes apliquem

o direito da União, no

exercício das respetivas

competên cias. Só serão

invocadas perante o

juiz tendo em vista a

interpretação desses atos

!

legalidade.

(91)

6. As legislações e práticas nacionais devem ser plenamente tidas em conta tal como precisado na presente Carta.

7. Os órgãos jurisdicionais

da União e dos Estados-

-Membros têm em devida

conta as anotações

destinadas a orientar a

interpretação da presente

Carta.

(92)

9292

Artigo 53

NÍVEL DE PROTEÇÃO

Nenhuma disposição da

presente Carta deve ser

interpretada no sentido de

restringir ou lesar os direitos

do Homem e as liberdades

fundamentais reconhecidos,

nos respetivos âmbitos de

aplicação, pelo direito da

União, o direito internacional

e as Convenções internacionais

em que são Partes a União ou

todos os Estados-Membros,

nomeadamente a Convenção

Europeia para a Proteção dos

Direitos do Homem e das

Liberdades Fundamentais,

(93)

bem como pelas

Constituições dos Estados- -Membros.

Artigo 54

PROIBIÇÃO DO ABUSO DE DIREITO

Nenhuma disposição da

presente Carta deve ser

interpretada no sentido de

implicar qualquer direito

de exercer atividades ou

praticar atos que visem

a destruição dos direitos

ou liberdades por ela

reconhecidos ou restrições

(94)

Nice, em 7 de dezembro de 2000, pelos Presidentes do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão.

Tornou-se juridicamente vinculativa para a UE com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa em 1 de dezembro de 2009 e passa a ter o mesmo valor jurídico que os Tratados da UE.

!"#$%$#&'('$% ()'

(95)

L-2925 Luxemburgo

O Tribunal de Justiça na Internet: curia.europa.eu

Nem a instituição nem nenhuma pessoa atuando em nome da instituição é responsável pela utilização que possa ser feita das informações dadas acima.

Luxemburgo: Tribunal de Justiça da União Europeia/Direção da Comunicação — Unidade Publicações e Meios de Comunicação Eletrónicos

© União Europeia, 2020

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte.

'' ! # outros documentos de cujos direitos de autor a União Europeia não

(96)

Direção da Comunicação Unidade Publicações

e Meios de Comunicação Eletrónicos Janeiro de 2020

Impresso em papel ecológico

PT

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