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Cultura

Revista de História e Teoria das Ideias

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Cultura – Revista de História e Teoria das Ideias (II Série) vol. 31 – 2013

Publicação semestral do Centro de História da Cultura

da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Referenciada no catálogo LATINDEX, no ERIH , no classifICS, no CAPES e na AERES.

Publicação interdisciplinar em que convergem as perspectivas da história, da fi losofi a, do pen- samento político e dos estudos literários. Trata ideias e práticas políticas, religiosas, científi cas, económicas, sociais, estéticas e fi losófi cas, nas suas formas de expressão e difusão, com destaque para a ligação entre o espaço português e o espaço ibérico, brasileiro e ibero-americano.

Fundador: J. S. da Silva Dias Director: José Esteves Pereira

Subdirector: Luís Manuel A. V. Bernardo Coordenador editorial: Adelino Cardoso

Conselho de Redacção: Adelino Cardoso; Ana Maria Martinho; António Camões Gouveia; Isabel Cluny; João Luís Lisboa; José Esteves Pereira; Luís Crespo de Andrade; Luís Manuel A. V. Bernardo;

Margarida Isaura Almeida Amoedo; Maria do Rosário Monteiro.

Comissão de acompanhamento científi co: Armando Savignano (Univ. Trieste, Itália); Claude Gilbert Dubois (Univ. Bordéus, França); Luís de Oliveira Ramos (Univ. Porto); Norberto Cunha (Univ.

Minho); Onésimo Teotónio de Almeida (Brown University, EUA); Roger Chartier (EHESS, Paris e Collège de France, França).

Referees deste número: André Barata (Universidade da Beira Interior); Alexander Schnell (Université Paris-Sorbonne, Paris IV); António Paim (Instituto Brasileiro de Filosofi a); Jean-François Robinet (Institut Eric Weil); Luiz Felipe Sahd (Universidade Federal do Ceará); Marco Filoni (Institut Eric Weil); Mª de Lourdes S. Ganho (Universidade Católica Portuguesa); Paula Cristina Pereira (Universidade do Porto);

Vani Terezinha de Rezende (Faculdade Católica de Uberlândia).

Capa: Cesare Ripa, Iconologia, ed. Pádua, 1618.

Direcção gráfi ca: Edições Húmus

Editor: Centro de História da Cultura da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa / Edições Húmus

Depósito legal n.º 97341/96 ISSN: 0870-4546 Preço deste número: 16,96 euros Assinatura: 26 euros

Correspondência relativa a colaboração de permutas e oferta de publicações deve ser dirigida a:

Centro de História da Cultura – FCSH da UNL, Av. de Berna, 26 C – 1069-061 LISBOA Fax: 217 939 228 E-mail: chc@fcsh.unl.pt

Para referência de números anteriores, consultar: www.fcsh.unl.pt/chc

Publicação subsidiada ao abrigo do PEst-OE/HIS/UIOOIS/2011 da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia).

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Cultura

Revista de História e Teoria das Ideias

Vol. 31 – 2013 / II Série

A Retomada na Filosofi a de Eric Weil

Coordenação Científi ca:

Luís Manuel A. V. Bernardo Patrice Canivez

Evanildo Coteski

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ÍNDICE

Introdução 09 Introduction 11 A RETOMADA NA FILOSOFIA DE ERIC WEIL

La notion de reprise et ses applications 15

Patrice Canivez

« Le début est dans la reprise » 31

Gilbert Kirscher

La reprise, Kant, Marx 47

Jean Quillien

La confrontation des trois premières catégories de la logique de la philosophie

d´Eric Weil avec la dialectique hégélienne 63

Michel Renaud

Reprises weiliennes et reprises dialectiques 71

André Stanguennec

Da Discussão ao Objeto. Platão retoma Sócrates? 89

Marcelo Perine

Filosofi a, retomada e sentido 109

Daniel da Fonseca Lins Júnior

Retomada e Sentido: a base da relação entre fi losofi a e história

da fi losofi a na Logique de la Philosophie de Eric Weil 123 Judikael Castelo Branco

Filosofi a e História em Weil 137

Marly Carvalho Soares

Sentimento, Fé e Reprise em Eric Weil 153

Evanildo Costeski

L’idée de Dieu dans la Logique de la Philosophie. Catégorie, reprises, compréhension 163 Francis Guibal

« La personnalité est Dieu » : La reprise de la catégorie de Dieu par la Personnalité 177 Roberto Saldías

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Sentido, sabedoria e cidadania em Eric Weil 185 Sérgio Siqueira Camargo

Ripresa, a priori storico, sistemi di pensiero. Tra Weil e Foucault 195 Giusi Strummiello

La reprise et l’innovation dans l’histoire de la philosophie 213 Mahamadé Savadogo

A hermenêutica de Paul Ricoeur e a retomada de Eric Weil 227 Francisco Valdério

Paul Ricœur et Eric Weil : Histoire, Vérité et Confl it des Interprétations 247 Gonçalo Marcelo

Schéma et reprise, transcendantal et historique 267

Andrea Vestrucci

Réfl exions sur la traduction. La Philosophie politique d’Eric Weil en roumain 287 Corneliu Bilba

Retomar: uma condição narratológica de textualidades comuns 301 Luís Manuel A. V. Bernardo

AS EDITORAS PORTUGUESAS E O SEU PATRIMÓNIO EM DEBATE – 2.º DOSSIÊ

Apresentação e depoimentos 321

Daniel Melo; Carlos da Veiga Ferreira; Fernando Paulouro Neves;

Francisco Pedro Lyon de Castro

VARIA

Miguel Reale, do integralismo ao liberalismo social, a defesa da liberdade 349 José Mauricio de Carvalho

A noção de progresso no pensamento de Richard Rorty 361

David Erlich

Autores 387

Auteurs 395

Resumos e palavras-chave 403

Résumés et mots clés 413

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Introdução

Este volume oferece o primeiro conjunto de artigos exclusivamente dedicados à noção de «retomada», tal como a entendeu Eric Weil (1904-1977), escritos por investigadores oriundos de Portugal, França, Brasil, Itália, Roménia, Burkina Faso e Chile. Nascido na Alemanha, Eric Weil foi discípulo de Ernst Cassirer que o orien- tou no estudo dos fi lósofos do Renascimento, como Pietro Pomponazzi e Marsílio Ficino. Naturalizado francês, após ter sido obrigado a abandonar o país de origem, contra o qual combateu na Segunda Guerra Mundial, desenvolve, na sua obra maior, intitulada Logique de la Philosophie (1950), uma refl exão original sobre as implica- ções da escolha do sentido, na linguagem e na acção, e, mais particularmente, da fi losofi a, entendida como ciência do sentido, contra as várias formas de violência, que constitui ao mesmo tempo uma ponderação do que defi ne a especifi cidade do discurso fi losófi co e o seu lugar na actualidade. Deste questionamento, resulta uma valorização de dois domínios fi losófi cos, a política e a moral, sobre os quais publica sucessivamente Philosophie politique (1956) e Philosophie morale (1961).

Por sua vez, essa constante procura do sentido do sentido, leva-o a estabelecer um diálogo vivo com os grandes autores da tradição fi losófi ca ocidental. Merecem destaque as interpretações que nos deixou de Aristóteles, de Kant e de Hegel, em vários volumes de ensaios e de conferências, em Hegel et l’Etat (1950) e Problèmes kantiens (1970), obras incontornáveis na bibliografi a dos estudos hegelianos e kantianos. Em Essais et conférences (1991), tratou de vários problemas cruciais da actualidade: a evolução da democracia moderna, o nacionalismo, as relações entre política e religião, a educação, etc. Interessou-se, igualmente, pelas obras dos seus contemporâneos, que recenseou sistematicamente na revista Critique de que foi co-fundador com Georges Bataille

(1)

.

O conceito de retomada constitui um dos contributos mais fecundos e originais de Eric Weil para a Filosofi a contemporânea, em geral, e para a Teoria do discurso

(1) Uma bibliografi a completa do autor e sobre o autor poderá ser consultada no site do Institut Eric Weil (Université de Lille 3): http://eric-weil.recherche.univ-lille3.fr. As obras principais estão traduzidas em Português na Editora É Realizações, sediada em São Paulo, Brasil.

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e da argumentação, em particular. Por um lado, permite compreender a enuncia- ção de todo o discurso coerente a partir de uma categoria central que subsume as outras categorias discursivas. Por outro lado, torna possível entender como é que um mesmo conteúdo de pensamento se afi gura susceptível de diferentes formu- lações, coerências e conceptualizações. O conceito de retomada tem, assim, um alcance ao mesmo tempo teórico e prático. No plano teórico, possibilita a análise dos textos e dos sistemas de pensamento por via do estudo da sua estrutura e pela detecção do modo como articulam uma certa forma do sentido. Do ponto de vista prático, permite investigar as condições de produção e de recepção dos discursos, na medida em que estas implicam fenómenos de retradução e de reformulação, que regulam o acesso destes discursos aos seus destinatários, e desse modo, deli- mitam a sua compreensão e a sua infl uência histórica. Em consequência, o con- ceito de retomada revela-se operatório, tanto no campo da fi losofi a e da história das ideias, quanto no da história social, cultural e política.

Os artigos que integram este volume seguem quatro orientações principais.

Um conjunto procura explicitar o signifi cado do conceito de retomada, estudando a maneira como é introduzido e formulado na Lógica da Filosofi a, ou seja, como contribui para a constituição de uma fi losofi a do sentido. Um outro grupo trata da análise concreta das retomadas que estão na origem das grandes fi guras do dis- curso fi losófi co, bem como dos discursos que agiram na história, fossem eles dis- cursos fi losófi cos – captados através de algumas das suas categorias constitutivas, como as do Objecto, da Personalidade ou da Acção – ou outros tipos de discurso, como o religioso, na sua relação com a categoria de Deus. Uma terceira série pro- põe estudos comparativos que permitem situar o conceito weiliano face a outros conceitos, como o de Schema (Kant), de Aufhebung (Hegel), de Epistémè (Foucault) ou de Confl ito de interpretações (Ricoeur). Um último agregado procura a elucida- ção do conceito de retomada por via de uma atenção especial à língua fi losófi ca de Weil, aos problemas de tradução que suscita e às inovações conceptuais que admite, insistindo sobre a relação estreita entre a perspectiva fi losófi ca do sentido e a questão da textualidade.

De um modo geral, une-os a tentativa de situar o contributo do pensamento

weiliano para a prática contemporânea da fi losofi a, em torno dos problemas da

história, da linguagem, da comunicação e do sentido, e de relacioná-lo com o

de outras perspectivas, fornecendo um quadro sufi cientemente amplo das suas

potencialidades, em grande medida, ainda por explorar.

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Introduction

Le volume que nous présentons ici est le résultat d’un travail collectif entrepris pour la première fois exclusivement sur la notion de reprise, telle que l’a proposée Eric Weil (1904-1977), par des chercheurs venus du Portugal, de France, du Brésil, d’Italie, de Roumanie, du Burkina Faso et du Chili. Né en Allemagne, Eric Weil a étu- dié avec Ernst Cassirer qui l’a dirigé sur des recherches concernant les philosophes de la Renaissance, comme Pietro Pomponazzi et Marsile Ficin. Naturalisé français, après avoir été obligé d’abandonner son pays d’origine contre lequel il a combattu au cours de la Seconde guerre mondiale, il développe, dans son ouvrage majeur, Logique de la Philosophie (1950), une réfl exion originale sur les implications du choix du sens, en ce qui concerne le langage et l’action, et plus particulièrement, du choix de la philosophie, comprise comme science du sens, contre les diverses formes de violence, qui constitue en même temps une pondération de ce qui fait la propriété du discours philosophique et de sa place dans l’actualité. Un tel ques- tionnement aboutit à une mise en valeur de deux domaines philosophiques, la politique et la morale, sur lesquels il publie successivement Philosophie politique (1956) et Philosophie morale (1961). Par ailleurs, cette recherche constante du sens du sens l’amène à établir un dialogue vivant avec les grands auteurs de la tradition philosophique occidentale. De ce travail se détachent en particulier les interpré- tations d’Aristote, de Kant, de Hegel, développées dans plusieurs volumes d’Essais et conférences, dans Hegel et l’Etat (1950) et Problèmes kantiens (1963), ouvrages incontournables dans la bibliographie des études hégéliennes et kantiennes. Dans ses Essais et conférences, il a également consacré de nombreux travaux à des pro- blèmes cruciaux du temps présent : l’évolution de la démocratie moderne, le natio- nalisme, les rapports entre politique et religion, l’éducation, etc. Enfi n, Eric Weil s’est intéressé aux travaux de ses contemporains qu’il a recensés systématiquement dans la revue Critique, dont il fut le co-fondateur avec Georges Bataille

(1)

.

Le concept de reprise est l’un des apports les plus féconds et les plus originaux d’Eric Weil à la philosophie contemporaine et, en particulier, à la théorie du dis-

(1) On trouvera la bibliographie complète d’Eric Weil ainsi qu’un état des travaux qui lui sont consacrés sur le site de l’Institut Eric Weil (Université Lille 3) : http://eric-weil.recherche.univ-lille3.fr

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cours et de l’argumentation. D’une part, ce concept permet de comprendre l’ar- ticulation de tout discours cohérent autour d’une catégorie centrale qui subsume les autres catégories du discours. D’autre part, il permet de saisir comment un même contenu de pensée peut être formulé dans diff érentes formes de discours, dans diff érentes formes de cohérence et de conceptualité. Ce concept de reprise a une signifi cation aussi bien théorique que pratique. Sur le plan théorique, il per- met d’analyser les textes et les systèmes de pensée en étudiant leur structure et la façon dont ils articulent une certaine saisie du sens. D’un point de vue pratique, il permet d’étudier les conditions de production et de réception des discours. Ces conditions impliquent des phénomènes de retraduction ou de reformulation qui conditionnent l’accessibilité de ces discours à leurs destinataires et, de ce fait, leur compréhensibilité et leur infl uence historique. Dès lors, le concept de reprise est opératoire dans le champ de la philosophie et de l’histoire des idées comme dans celui de l’histoire sociale, culturelle et politique.

Les articles qui composent ce volume portent sur quatre points essentiels. En pre- mier lieu, ils explicitent le concept de reprise en étudiant la manière dont il est intro- duit et formulé dans la Logique de la philosophie d’Eric Weil, comment il contribue à la constitution d’une philosophie du sens. En second lieu, ils portent sur l’analyse concrète des reprises qui sont au principe des grandes fi gures du discours philoso- phique et, d’une manière générale, des formes de discours qui ont agi dans l’histoire, qu’il s’agisse des discours philosophiques – saisis au travers de leurs catégories consti- tutives, comme les catégories de l’objet, de la personnalité ou de l’action – ou d’autres types de discours, comme le discours religieux et la catégorie de dieu. En troisième lieu, ils proposent des études comparatives qui permettent de situer le concept wei- lien de reprise par rapport à d’autres concepts, comme ceux de schème (Kant), de Aufhebung (Hegel), d’épistémé (Michel Foucault) ou de confl it des interprétations (Paul Ricoeur). Enfi n, ils cherchent à éclaircir le concept de reprise par une attention par- ticulière à la langue philosophique d’Eric Weil, aux problèmes de traduction qu’elle soulève et aux innovations conceptuelles qu’elle permet, en insistant sur le rapport étroit entre la visée philosophique du sens et la question de la textualité.

D’une manière générale, les diff érents articles s’eff orcent de situer l’apport de la

pensée weilienne à la pratique contemporaine de la philosophie, autour des pro-

blèmes de l’histoire, du langage, de la communication et du sens, et de le mettre

en rapport avec d’autres pensées, de façon à off rir une vision d’ensemble de son

potentiel toujours ouvert à l’approndissement.

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La notion de reprise et ses applications

Patrice Canivez*

La reprise est un concept fondamental de la philosophie d’Eric Weil. Conjoin- tement avec le couple attitude/catégorie de la Logique de la philosophie, il désigne l’acte même par lequel se constitue, pour Eric Weil, le discours philosophique. C’est aussi un concept opératoire par lequel il est possible d’appliquer les catégories philosophiques à l’analyse historique des discours humains dans leur complexité.

Il fait ainsi le lien entre logique et pratique de la philosophie, sous la forme d’une logique appliquée et d’une pratique du dialogue philosophique. Dans les pages qui suivent, je commencerai par situer la reprise par rapport aux concepts d’atti- tude et de catégorie (I). Puis, j’envisagerai certains usages du concept de reprise (II) avant de conclure en esquissant quelques orientations possibles de la recherche sur ce concept (III).

I. Le concept de reprise I.1. Attitudes, catégories, reprises

Tout discours philosophique est la saisie d’un sens concret dans l’unité d’un discours cohérent. Cette thèse est importante pour comprendre le rapport de Weil à Hegel : le discours philosophique peut être absolument cohérent, il n’est pas pour autant le discours de l’Absolu lui-même. A supposer qu’un discours absolument cohérent soit possible – possibilité qui ne peut être montrée que par sa réalisation –, ce discours ne démontre que sa propre possibilité. Et s’il ne démontre que sa propre possibilité, c’est qu’il n’est pas l’unique source du sens, la source du sens. Le discours ne fait donc que saisir, sous forme d’une explicitation cohérente, un sens originaire pré-discursif.

Dans le cadre de la Logique de la philosophie, cela donne la diff érence entre le sens vécu dans l’attitude et le sens pensé dans la catégorie. La Logique de la philosophie nous présente des types idéaux d’attitudes et de discours. L’attitude est une façon d’être au

* Université Lille 3 – Institut Eric Weil

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monde qui se révèle et se saisit, ou peut être saisie, dans un discours. Cependant, les attitudes qu’analyse le livre ont deux caractéristiques. En premier lieu, ce sont des attitudes « pures », au sens de non-composites. C’est cela qui les distingue : la plu- part du temps, les hommes vivent dans des attitudes ambivalentes et mélangées. En second lieu, les attitudes dont il s’agit sont des attitudes qui s’expriment (ou si elles ne le font pas elles-mêmes, qui peuvent être exprimées) dans un discours cohérent.

La catégorie est le concept organisateur de ce discours. Les catégories concrètes – correspondant aux diff érentes attitudes « pures » – sont donc des types idéaux de cohérence discursive.

La dualité attitude/catégorie est irréductible. Elle correspond au fait que le dis- cours ne produit pas son propre contenu. Ce contenu est un sens qui est d’abord concrètement vécu dans l’attitude, et ensuite seulement ressaisi dans un discours.

Il y a donc deux modalités du sens : le sens vécu et le sens ressaisi dans un concept.

D’un côté le sens vécu dans l’attitude ; de l’autre, le sens explicité dans la catégorie.

Le discours n’est pas son propre fondement. Il a son origine dans un sentiment du sens qui est pré-discursif, et qui correspond à l’attitude.

La dualité attitude/catégorie correspond à la dualité de la liberté et de la vérité.

Tout discours philosophique pense, dans la forme du concept, un sens qui se

dévoile dans et à la liberté de l’individu. Mais cette liberté est à la fois la possibi-

lité d’une présence au monde – ni les choses, ni les animaux ne sont présents au

monde en tant que tel – et une liberté créatrice. Le sens est à la fois le sens dans

lequel la réalité se donne et le sens que l’individu donne à la réalité. Dans les ter-

mes de la Critique de la faculté de juger, il relève à la fois du goût et du génie. D’un

côté, le rapport de l’individu au réel est une façon de sentir dans laquelle la réalité

est appréhendée comme totalité signifi ante. C’est là une thèse fondamentale de

Weil : le sens n’est pas un supplément d’âme qui s’ajoute à la réalité. Dès lors qu’elle

est appréhendée dans son ensemble, la réalité est ipso facto appréhendée comme

signifi ante. Même à l’individu qui éprouve la réalité comme absurde, cette réalité

est donnée avec une signifi cation, celle précisément d’être absurde. D’un autre

côté, le sentiment du sens est le sentiment d’une liberté créatrice, d’une liberté

productrice de signifi cations et de formes de vie. Sous ces deux versants, le sen-

timent du sens fait le contenu d’une attitude qui peut ou non s’énoncer dans un

discours. Dans la mesure où ce discours est organisé de manière cohérente autour

d’un concept central, l’attitude atteint sa catégorie.

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Cette thèse a une conséquence importante relative à la vérité du discours phi- losophique. La vérité de ce discours ne réside pas dans l’adéquation du discours et de son objet. L’adaequatio intellectus ad rem est un critère de vérité qui s’applique au rapport entre une proposition déterminée et un état de fait dans le monde – par exemple, entre la proposition «  la porte est ouverte  » et la porte qui est eff ecti- vement ouverte. Ce rapport est alors un rapport de connaissance. Mais lorsqu’il s’agit d’un discours qui porte sur la réalité dans son unité et sa totalité, il ne s’agit pas de connaissance mais de compréhension au sens propre, c’est-à-dire, de saisie d’ensemble. Dans ce cas, la vérité ne réside pas dans le rapport entre le discours et son objet, mais entre le discours et le sentiment qu’il exprime. Il ne s’agit plus d’énoncer une vérité objective sur un état de fait déterminé, il s’agit de compren- dre la réalité en explicitant le sens dans lequel elle se donne. La vérité se joue alors dans l’adéquation entre l’attitude et la catégorie, entre le sens tel qu’il est vécu dans l’attitude, et le concept à partir duquel il est possible d’énoncer ce sens dans un discours cohérent. La catégorie saisit le sens vécu dans l’attitude en l’explici- tant comme sens formel, en lui donnant la forme d’un discours cohérent organisé autour d’un concept qui saisit la réalité comme sensée, c’est-à-dire aussi, qui saisit la réalité du sens

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.

Dans la Logique de la philosophie, les attitudes-catégories sont ordonnées selon un ordre logique qui les fait apparaître a posteriori comme catégories du sens.

L’ordre d’exposition des catégories ne correspond qu’indirectement à l’ordre histo- rique. Certes, la discussion est le socle de la pensée et du monde antique, tandis que la condition est le sol sur lequel reposent les modes d’agir et de pensée du monde moderne. D’une manière générale, les attitudes et leurs catégories font époque.

Elles sont toutes présentes à chaque époque, c’est pourquoi elles défi nissent l’uni- versel de l’humain. Mais elles apparaissent comme attitudes-catégories explicites (pour le logicien de la philosophie) à une époque déterminée dans l’histoire du monde et de la pensée. L’ordre des catégories n’en est pas pour autant un décalque de l’ordre chronologique. En témoignent des inversions signifi catives, comme le fait que la catégorie correspondant au positivisme (condition) précède la catégorie dont le kantisme est une illustration (conscience) ou le fait que la catégorie qui per- met de penser le marxisme (action) est postérieure à celle sous laquelle est compris le projet heideggerien (fi ni).

(1) Cf. Problèmes kantiens, Paris, Vrin, 2002 (1963), ch. II, « Sens et fait ».

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La progression logique des catégories correspond à une universalisation crois- sante. Cette universalisation ne relève pas d’une déduction : le passage d’une caté- gorie à l’autre est un « saut », un pas qu’il faut librement franchir ; il n’est nécessaire que rétrospectivement, c’est-à-dire, du point de vue de celui qui a déjà eff ectué le passage. Mais le pas ainsi eff ectué n’en correspond pas moins à un progrès dans le sens de l’universalisation. Cette universalisation apparaît dans le fait que cha- que catégorie-attitude saisit quelque chose du réel, une dimension du sens qui échappait à la catégorie-attitude précédente. C’est ainsi que le discours se consti- tue jusqu’à la catégorie de l’Absolu, catégorie de la totalité pensée – de l’unité du réel pensée et présente à elle-même comme pensée – dans un discours absolu- ment cohérent. Mais le progrès des catégories se poursuit au-delà de l’Absolu en thématisant le rapport au discours, à la cohérence  discursive, soit comme rejet, soit comme destruction, soit comme réalisation de cette cohérence. A partir de l’Absolu, on peut distinguer entre catégories philosophiques (constitutives du dis- cours) et catégories de la philosophie (concernant le rapport au discours). Il devient alors possible de faire la distinction entre le système et la façon dont il s’interprète (dont il se rapporte à soi-même), interprétation qui tombe en dehors du système lui-même. Et il devient également possible de réinterpréter le discours absolument cohérent dans le cadre d’une philosophie du sens, celle que fonde la Logique de la philosophie.

L’action est la réalisation de l’universel. Elle est la réalisation d’un monde où l’universel du discours serait accessible à tout homme qui pense, mais aussi d’un monde où l’universalité des êtres humains pourrait réellement accéder à la pensée autonome, donnant eux-mêmes sens et orientation à leur existence. C’est pour- quoi l’action est réduction de la violence : réduction de la violence que l’individu subit en raison de son appartenance à un groupe ou une couche sociale, à une communauté historique, à une nation ou une minorité ; réduction de la violence que l’individu s’infl ige à lui-même sous la forme de la passion au sens auto-destruc- tif du terme. L’action est la dernière attitude concrète, la dernière attitude raisonna- blement possible pour le philosophe qui va librement jusqu’au bout de son choix, le choix de l’universel, parce qu’elle comble cette exigence d’universalité.

Au terme du livre, le lecteur comprend rétrospectivement l’ensemble du par-

cours eff ectué. De ce point de vue rétrospectif, les catégories précédentes ne corres-

pondent plus à une façon de vivre à laquelle le philosophe pourrait retourner, sauf

en ce qui concerne l’action pour la raison qu’on vient de voir. Mais l’ensemble du

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parcours est ressaisi sous deux catégories formelles, celles du sens et de la sagesse.

Sous la catégorie du sens, les diff érentes attitudes-catégories sont comprises comme autant de façons de vivre dans l’unité d’un sens. Sous la catégorie de la sagesse, le philosophe saisit la pluralité des formes possibles de sagesse – défi nie formellement comme unité de vie et de discours

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– dans la diversité des attitudes-catégories, tout en pensant cette forme spécifi que de sagesse qui se dévoile à la fi n du parcours, à savoir, la présence du sens dans le discours qui le ressaisit. Alors que le sens est pré- sence formelle du sens concret (ressaisie dans le discours du sens vécu), la sagesse est présence concrète du sens formel (présence concrète du sens dans la pensée qui le saisit formellement, dans la vie consacrée à cette compréhension du sens). « Le formel pensé comme formel se révèle dans sa pureté comme présence concrète qui ne serait pas pensée si elle n’était pas »

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I.2. La reprise d’une attitude nouvelle sous une catégorie ancienne

La reprise s’entend en premier lieu comme reprise d’une attitude nouvelle sous une catégorie dépassée

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. Cette défi nition réfère à l’ordre des catégories. L’attitude, c’est le sens concrètement vécu comme sentiment, comme manière d’être et d’agir dans le monde. C’est par l’intermédiaire de la reprise que ce sens s’organise dans la forme d’un discours. Ce que la reprise signifi e, c’est que le discours dans lequel ce sens est saisi n’est pas d’emblée le discours propre à l’attitude (le discours de sa propre catégorie), mais un discours emprunté, un discours correspondant à une attitude-catégorie dépassée. L’attitude ne parvient à sa catégorie que progressive- ment, par une reprise ou une série de reprises. Telle est la défi nition technique de la reprise. Il y a deux modalités de ce type de reprise. Weil appelle la première moda- lité reprise d’appréciation et la seconde reprise de justifi cation

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. Sous ces deux modalités, la reprise d’une attitude nouvelle sous une catégorie ancienne permet de comprendre, à la fois, la progression logique et le développement historique du discours. Elle permet de comprendre ce qui se passe quand une forme de discours est en train d’être dépassée.

La reprise d’appréciation est eff ectuée du point de vue de la catégorie qui est en train d’être dépassée. C’est la catégorie ancienne qui « reprend » la nouvelle atti-

(2) Logique de la philosophie, Paris, Vrin, 2000 (1950), p. 436-438.

(3) Ibid., p. 435.

(4) Ibid., pp. 82 et 430.

(5) Ibid., p. 366.

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tude. Cette reprise correspond à la manière dont la catégorie ancienne comprend la nouvelle attitude et porte sur elle un jugement d’appréciation. Dans la plupart des cas, cette compréhension et ce jugement sont faussés, précisément du fait que l’attitude est comprise – c’est-à-dire, reprise – dans le cadre d’un discours qui n’est pas le sien. Par exemple, la catégorie de l’Absolu comprend l’attitude de l’œuvre. La manière dont l’Absolu comprend l’œuvre apparaît dans l’analyse que Hegel fait de l’œuvre – das Werk – dans la section C du chapitre V de la Phénoménologie de l’Es- prit : « L’individualité qui est réelle en et pour soi-même ». Mais la Phénoménologie est «  science de l’expérience de la conscience  ». Elle voit dans l’œuvre l’une des modalités sous laquelle l’individu développe et affi rme sa conscience de soi. C’est pourquoi le passage consacré à l’œuvre est important pour la thématique de la reconnaissance. L’individu dont il s’agit est un individu qui cherche à se faire recon- naître par et dans son œuvre. Or, l’attitude pure de l’œuvre est beaucoup plus radi- cale. Comme le montre le cas du chef totalitaire, l’œuvre à l’état pur n’est pas une tentative de se faire reconnaître par les autres. Le chef totalitaire n’a pas d’alter ego, les autres pour lui ne sont que des instruments. L’œuvre à l’état pur n’est pas une modalité de la lutte pour la reconnaissance. Dans sa dimension politique, elle est pur exercice du pouvoir.

A l’inverse de la reprise d’appréciation, la reprise de justifi cation est eff ectuée du point de vue de la nouvelle attitude. Celle-ci s’exprime dans le langage d’autres atti- tudes et catégories pour s’expliquer et se justifi er au regard des autres. C’est ainsi que progresse la Logique de la philosophie. La nouvelle attitude s’exprime et prend conscience d’elle-même en s’opposant à son monde, c’est-à-dire, au monde dans lequel elle se trouve et qu’elle saisit dans le discours que ce monde a lui-même éla- boré. En d’autres termes, la nouvelle attitude commence par se formuler dans le langage propre au monde dont elle se détache. C’est progressivement qu’elle sera à même d’élaborer son discours dans un langage qui lui est adéquat, révélant ainsi en quoi sa propre catégorie est distincte de celle qui la précède. Mais la reprise de justi- fi cation est aussi une modalité de l’action. En s’exprimant dans un langage qui n’est pas le sien, mais celui de la société de son époque telle qu’elle la trouve, la nouvelle attitude essaie de se faire comprendre de ses interlocuteurs. Par là-même, elle cher- che à agir sur cette société où dominent des formes de langage et de discours qu’elle est en train de dépasser.

On voit que le concept de reprise a une signifi cation à la fois logique et prati-

que. Pour le logicien de la philosophie, le concept de reprise permet d’analyser les

(22)

discours concrets. Il est, dit Weil, le schéma (au sens kantien) qui permet d’appli- quer la catégorie à l’attitude

(6)

. Mais le concept de reprise a aussi une fonction pra- tique ou pragmatique. La reprise est une façon de s’adresser à un public et de s’en faire comprendre en traduisant sa pensée dans un langage qui la rend accessible à ce public. Cette fonction pragmatique ne concerne pas seulement les philosophes mais tout homme qui agit. D’une manière générale, le concept de reprise rend pos- sible une théorie de la réception et, par là-même, de l’action des diff érentes formes de discours.

I.3. Sens formel et sens concret, sens élargi du concept de reprise A la fi n de la Logique de la philosophie, dans le chapitre sur le sens, la reprise est défi nie par le fait que « toutes les autres catégories sont des reprises de celle du sens  »

(7)

. Elles « reprennent le sens dans l’une des époques qu’elles marquent  »

(8)

. Weil appelle « formelle » cette défi nition pour la distinguer de la première défi ni- tion, la reprise d’une attitude nouvelle sous une catégorie ancienne, cette première défi nition pouvant dès lors être vue comme une défi nition « concrète ». Il reste que toutes les catégories précédentes sont des reprises du sens. Cela s’entend toutefois de deux façons. D’une part, le sens est ce qui est repris : la catégorie du sens est formelle, tout discours concret sur le sens s’énonce dans le langage des catégories précédentes. Ce n’est pas ici une attitude nouvelle mais la catégorie du sens qui est reprise sous les catégories antérieures. Mais le sens est aussi ce qui reprend : la catégorie du sens unifi e les catégories sans réduire leur pluralité, elle est un prin- cipe d’unifi cation rétrospective. C’est la catégorie qui leur donne le statut formel de catégories du discours philosophique. D’une manière générale, c’est la catégo- rie sous laquelle les concepts de catégorie, d’attitude et de reprise reçoivent une signifi cation précise. En un mot, la catégorie du sens est à la fois ce qui est repris et ce qui reprend.

Arrivé à ce point, le lecteur saisit l’ensemble du parcours eff ectué. De ce point de vue rétrospectif, les catégories précédentes ne correspondent plus à une façon de vivre à laquelle le philosophe pourrait retourner. Ces catégories ont désormais une fonction herméneutique. Elles permettent de comprendre la diversité des atti-

(6) Ibid., p. 82.

(7) Ibid., p. 428-431.

(8) Ibid., p. 431.

(23)

tudes et des discours comme autant de façons de vivre dans l’unité d’un sens : d’un sens concrètement vécu dans l’attitude et, le cas échéant, explicitement formulé dans un discours. Les catégories rendent possible une pratique de la philosophie comme « science du sens », sachant que le sens ne se donne jamais dans l’unicité d’un seul discours, mais dans la diversité des discours et des formes de vie. De la même façon que l’Etre, pour Aristote, n’est pas susceptible d’une défi nition univo- que mais s’énonce dans la pluralité des catégories métaphysiques, le sens s’énonce dans la pluralité des catégories philosophiques, c’est-à-dire, dans les multiples façons de l’articuler dans un discours.

La Logique de la philosophie fonde une pratique de la philosophie qui relève de l’analyse des discours humains concrets et, plus généralement, du dialogue. Le concept de reprise n’a donc pas seulement une fonction systématique au sein de la Logique de la philosophie, il est le concept central de cette pratique de la phi- losophie – qui consiste, pour une part importante, en une logique appliquée de la philosophie. Tout discours humain concret est une reprise ou un complexe de reprises. Pour comprendre un discours donné, il faut mobiliser l’ensemble des caté- gories constitutives du discours en général. Ces catégories « sont les têtes de cha- pitre de l’analyse concrète »

(9)

, analyse qui doit identifi er les reprises dont l’agence- ment correspond à la structure du discours analysé. C’est en ce sens que la reprise est le «  schéma  » permettant d’appliquer les catégories aux discours humains.

Comprendre, c’est analyser les reprises. Mais pour donner toute son extension à ce schématisme de la reprise, il me semble qu’il faut entendre le concept de reprise en un sens élargi. En premier lieu, dès lors qu’il ne s’agit plus seulement de compren- dre l’enchaînement historique des attitudes et des catégories, mais la diversité des attitudes et des discours agissants dans le monde présent, la reprise ne peut plus être reprise d’une attitude nouvelle sous une catégorie dépassée. En tout cas, pas au sens où l’attitude serait à l’origine d’une nouvelle catégorie, puisque toutes les catégories sont désormais explicitées. Et plus au sens où la catégorie sous laquelle a lieu la reprise serait dépassée, car toutes les catégories sont désormais comprises comme catégories du discours. A ce titre, elles sont toutes actuelles et pertinentes, en tant que « têtes de chapitre de l’analyse », pour saisir le réel dans un discours philosophique. Dans la mesure où l’attitude est originale, ce n’est pas parce qu’elle est au principe d’une nouvelle catégorie, c’est parce qu’elle est complexe. C’est

(9) Ibid., p. 430.

(24)

parce qu’elle est une attitude composite qui s’exprime (si elle le fait) en articulant plusieurs formes de discours. Dès lors, elle ne se comprend qu’en croisant diff érents types idéaux d’attitudes et de discours, c’est-à-dire, diff érentes catégories. Au point de vue d’une pratique de la philosophie, il faut donc entendre la reprise en un sens élargi, comme application de l’ensemble des catégories à l’analyse des attitudes et des discours dans leur diversité. En second lieu, les reprises ne sont pas simplement reprises d’une attitude sous une catégorie, elles sont reprises sous une catégorie par l’intermédiaire d’autres catégories – par exemple, reprise d’une catégorie anti- que par l’intermédiaire de la catégorie de la condition. Cela signifi e que les catégo- ries se reprennent les unes les autres, se subordonnent les unes aux autres dans des reprises complexes. La reprise n’est pas seulement reprise d’une attitude sous une catégorie, ni reprise de la catégorie du sens par les diff érentes catégories, elle est aussi reprise des diff érentes catégories les unes sous les autres, dans une confi - guration à chaque fois particulière en fonction du discours qu’il s’agit de compren- dre. C’est à ce titre que la reprise – l’articulation de reprises complexes – permet de rendre compte de la structure interne des discours concrets. Le concept de reprise, pour le dire en un mot, permet de combiner l’approche herméneutique et l’appro- che structurale des discours humains concrets.

Ainsi entendu, le concept de reprise donne toute son extension à l’idée que la Logique de la philosophie fonde une analyse philosophique du langage. D’une manière générale, une catégorie défi nit une forme de discours au sein de laquelle les concepts prennent un sens déterminé. Par exemple, la signifi cation du concept d’Etre dépend des formes de langage (au sens d’interprétation des concepts) carac- téristiques des diff érentes catégories du discours (condition, conscience, fi ni, etc.).

C’est pourquoi il y a une pluralité d’ontologies possibles en fonction des diverses

catégories. Les concepts clés de la philosophie et de la pensée en général (être,

nature, liberté, etc.), prennent un sens diff érent en fonction des catégories au sein

desquelles ils sont employés, mais aussi en fonction des multiples combinaisons

catégoriales autorisées par la logique des reprises. La reprise d’une catégorie sous

une autre catégorie signifi e que la pensée qui s’énonce dans le « langage » d’une

catégorie est retraduite dans le « langage » d’une autre catégorie. D’une manière

générale, le concept de reprise exprime la traductibilité, avec des distorsions plus

ou moins importantes, des propositions énoncées dans le langage d’une catégo-

rie dans le langage d’une autre catégorie. Qu’une catégorie soit reprise sous une

autre, cela entraîne que les concepts et les propositions énoncés dans le langage

(25)

de la catégorie qui est reprise sont traduits dans le langage de la catégorie sous laquelle a lieu la reprise.

II. Usages de la reprise

La Logique de la philosophie fonde une pratique dialogique de la compréhen- sion. Cette «  science du sens  » n’est pas seulement une pratique de l’interpréta- tion des discours et des formes de vie. C’est en même temps un savoir de la réalité comme réalité sensée. Weil rejoint ici l’intuition kantienne de la Critique de la Faculté de Juger : il n’y a pas, d’un côté, la réalité, et de l’autre côté, le sens qu’il faudrait donner à cette réalité. On l’a vu, la réalité se manifeste comme signifi ante avant même d’être ressaisie dans un discours, ce qui veut dire que le discours ne fait que reprendre, dans la forme du concept, un sens qu’il ne produit pas lui-même. Le réel apparaît comme réalité sensée. Et de ce fait, il y une réalité du sens. La question est de savoir dans quel langage, dans quelle conceptualité philosophique exprimer cette réalité du sens

(10)

.

Le sens est réalité. Mais cette réalité du sens ne s’off re à l’homme que « diff rac- tée » dans la pluralité des discours et des formes de vie. La philosophie qui s’eff orce de comprendre cette pluralité est, par là-même, saisie de la réalité telle qu’elle se donne à l’être humain. La science porte sur des objets déterminés au sein du réel, mais il n’y a pas d’autre manière de connaître la réalité que de la com-prendre. Or, cette compréhension est impossible à totaliser une fois pour toutes dans l’unité d’un système. Elle est toujours à reprendre, toujours à approfondir dans le cadre d’une pratique dialogique de la philosophie. C’est cette pratique que rend possible la Logique de la philosophie, en explicitant les catégories du discours et en nous donnant, avec le concept de reprise, le concept opératoire qui permet de procéder à l’analyse.

II.1. L’application du concept de reprise à l’expression du sens dans le lan- gage de l’être

Le concept de reprise est donc central, non seulement pour saisir le progrès des catégories dans la Logique de la philosophie, mais aussi pour penser la pratique de la philosophie. Dans ce cadre général, on peut donner deux exemples d’appli- cation du concept de reprise aux auteurs. Le premier exemple nous est fourni par

(10) Cf. Problèmes kantiens, ch. II, op. cit.

(26)

les passages dans lesquels Weil explique que Kant et Hegel ont formulé dans le langage d’une philosophie de l’être ce qui relève d’une philosophie du sens. Voici, en eff et, ce que dit Weil de ces deux auteurs dans Problèmes kantiens :

« Si l’entreprise kantienne ne réussit pas (…), c’est parce que Kant parle un langage qui n’est pas adéquat, ni à sa solution, ni même au problème qu’il a été le premier, peut-être le seul, à poser : le problème du sens qui est, du sens existant. Son langage reste celui de la philosophie de l’être – et le sens n’est pas si être se réfère, fût-ce comme leur fon- dement, aux objets (…). Mais Kant n’ose pas passer explicitement d’une philosophie de l’être (dans laquelle retombera Hegel, après l’échec de la grande tentative fi chtéenne, qui voulait déduire et construire la réalité à partir du sens) à une philosophie du sens. Ou plutôt, car cette formule n’est pas suffi samment précise, il n’ose pas parler un langage qui puisse exprimer que fait et sens sont indissolublement unis : que tout fait est sensé, que tout sens est. Il parle le langage de son époque – probablement personne ne l’aurait compris s’il avait procédé autrement »(11).

Ce passage attribue à Kant la découverte de la réalité du sens, de l’idée d’une réalité sensée qui est l’« existence » même du sens. Cependant, Kant a exposé sa découverte dans le langage de l’être. Dans ce langage, le sens est interprété comme fi nalité : fi nalité subjective du beau et du sublime ; fi nalité objective des êtres dans le monde. Il y a de la fi nalité dans la nature. Bien plus, la nature elle-même a une fi nalité qui est la réalisation du règne des fi ns. Et pour rendre compte de cette fi na- lité, il faut rapporter cette nature sensible à un fondement suprasensible, à un Etre (Dieu) inconnaissable scientifi quement mais qu’on peut penser. Dans les termes de la Logique de la philosophie, nous avons là une reprise de justifi cation. Cette reprise permet à la pensée kantienne d’être compréhensible, d’abord pour Kant lui-même, ensuite pour les hommes de son temps qui pensent dans le langage de la science moderne à ses débuts et de l’ontologie classique (celle de Descartes, Spinoza, Leibniz, Wolff ), c’est-à-dire, dans la catégorie de l’Objet reprise sous la catégorie de Dieu et sous celle de la condition. Mais cette reprise de justifi cation obscurcit l’originalité de la découverte de Kant. Par le langage qu’il emploie, Kant recouvre ce qu’il a découvert.

(11) Problèmes kantiens, ch. II, op. cit., p. 105.

(27)

Un diagnostic comparable peut être fait à propos de Hegel, pour qui le monde et l’histoire sont l’autoréalisation de l’Esprit. L’Esprit est l’Etre qui s’explicite et s’avère comme concept  : concept qui se pose hors de lui-même comme nature et qui, en s’aff ranchissant de sa propre «  naturalité  », accède à la conscience de soi comme liberté. Ce devenir conscient de la liberté, c’est l’Esprit qui advient à soi- même comme Esprit subjectif dans le sentiment et la pensée de l’individu, comme Esprit objectif dans les institutions sociales et politiques, comme Esprit absolu dans les productions de l’art, de la religion, de la philosophie. Ici, le diagnostic de Weil est que Hegel est « retombé » dans le langage de l’être. Voici ce que dit la Logique de la philosophie du système hégélien :

«  Le système (= de Hegel) en lui-même est vrai  ; la façon dont il s’interprète ne l’est pas, parce que cette interprétation, tout en étant inévitable, tombe en dehors du sys- tème »(12).

Cette affi rmation est intéressante et en même temps étonnante. Elle est intéres- sante, parce qu’elle montre que la position de Weil à l’égard du système hégélien n’est ni une position d’acceptation, ni une position de rejet. Le système de Hegel peut être retenu et conservé, à condition d’être réinterprété. Le système est à la fois complètement vrai et complètement faux : vrai en lui-même, faux dans l’interpréta- tion qu’il donne de lui-même. Là encore, cette mésinterprétation est liée au fait que Hegel formule dans le langage de l’être ce qui relève du sens. S’agit-il, là aussi, d’une reprise de justifi cation? Il faudrait dire alors qu’il s’agit de la justifi cation du système non seulement pour les destinataires du discours hégélien, mais pour Hegel lui- même. Ce qui est sûr, c’est que la philosophie de Weil, tout en faisant place à la pen- sée et au sentiment religieux, est une pensée postchrétienne au sens où le chris- tianisme n’y est plus l’expression privilégiée, dans la forme de la représentation, de la vérité conceptuelle que saisit la philosophie. Par ailleurs, Weil n’utilise pas le vocabulaire hégélien de l’Esprit. On peut y voir un aff ranchissement de l’ontologie entendue comme reprise de la catégorie de l’Objet sous celle de Dieu, comme c’est peut-être le cas chez Hegel pour qui l’absolu (l’Objet) est sujet (Dieu). Ce n’est là qu’une hypothèse à vérifi er, mais qui engage toute une série de questions relatives à la textualité dans laquelle s’énonce le système hégélien.

(12) Logique de la philosophie, ch. XIII, « L’absolu », op. cit., p. 340.

(28)

II.2. Marx et l’action

L’action vise à réduire la violence sociale et politique qui atteint l’individu en tant que membre d’une couche sociale ou d’une communauté données, lui interdi- sant de mener une vie qui soit véritablement la sienne. L’action a donc pour but de transformer l’Etat et la société afi n que les conditions d’existence rendent possible, au lieu de l’empêcher, l’accès de tout individu à la liberté eff ective.

Or, l’illustration privilégiée de l’attitude de l’action, c’est Marx. Cela pose d’em- blée une question  : comment le «  matérialisme  » de Marx peut-il illustrer une conception de l’action qui est « idéaliste », au sens où elle vise la réalité de la liberté humaine ? Il y a là, semble-t-il, une contradiction que le concept de reprise va per- mettre de lever. Voyons ce que dit à ce sujet la Logique de la philosophie :

« Celui qui regarde l’action du dehors ne fait que la regarder et transpose le matérialisme inhérent à toute action et à toute activité sur le plan de la morale (de la conscience). Il ne faut pas qu’il compte de la part des représentants de l’action sur des éclaircissements (…)

; ils ne discutent pas, mais luttent, travaillent, organisent, éclairent : c’est dans la condi- tion, voulant être des hommes de la condition, qu’ils tâchent de supprimer la condition en l’achevant (…). Ce n’est donc pas un malentendu évitable qui s’installe ainsi entre l’homme de l’action et celui qui veut comprendre l’action. Certes, l’action peut se justifi er et se faire comprendre en ce qu’elle est vraiment ; mais c’est précisément ce qui l’intéresse le moins. Elle n’aurait aucune diffi culté à revenir à sa vérité de la reprise de la condition sous laquelle elle se présente : mais elle tient à cette reprise par laquelle elle agit »(13).

Le marxisme n’est pas une philosophie, c’est un discours qui se veut scientifi que.

Plus exactement, c’est une attitude – l’attitude de l’action – qui agit au moyen d’un discours scientifi que. Le matérialisme de Marx n’est pas une thèse métaphysique sur la nature ultime du réel. C’est le matérialisme inhérent à toute science et à toute tech- nique. D’un point de vue moral (catégorie de la conscience), on peut reprocher à ce matérialisme de nier la liberté humaine. La critique serait juste si le marxisme était une métaphysique. Mais ce n’est pas le cas et la critique fait un contresens. Pour Marx, il ne s’agit plus d’interpréter le monde, il s’agit de le transformer. Et pour le transfor- mer, il faut développer une science de la société. Le matérialisme de Marx est donc le matérialisme de toute science positive et de toute technique de transformation des

(13) Logique de la philosophie, ch. XVI, « L’action », p. 409.

(29)

conditions sociales. Dans les termes de la Logique de la philosophie, l’action agit non en développant sa propre catégorie – c’est-à-dire, en faisant un discours sur l’action – mais en parlant le langage de la condition (celui de la science et de la technique modernes). Le discours marxien est donc une reprise de l’action sous la condition. C’est par cette reprise que ce discours a agi eff ectivement sur le plan social et politique.

III. Questions

Voilà quelques exemples qui témoignent de l’importance et des applications possibles du concept de reprise. Mais il ne s’agit que d’exemples. En conclusion, je voudrais donc tâcher d’esquisser quelques orientations pour un questionnement systématique du concept de reprise.

Un premier groupe de questions porte sur le concept de reprise et sur l’analyse des diff érentes reprises dans la Logique de la philosophie. Il s’agit d’explorer le contenu et la méthode d’une « logique appliquée de la philosophie ». De ce point de vue, il y a lieu :

– d’approfondir l’analyse du concept de reprise, en reprenant l’ensemble des textes qui portent sur ce concept. Mais on peut également prolonger l’étude du concept de reprise en le comparant à d’autres concepts, comme par exemple le schème kantien, le concept hégélien d’Aufhebung, ou à partir d’une comparaison entre les catégories de Weil et les épistémès de Michel Foucault.

– de faire l’analyse des reprises dans la Logique de la philosophie, en s’appuyant sur ce qu’en dit Weil à la fi n de chaque chapitre.

– d’étudier comment Weil fait explicitement ou implicitement l’analyse des reprises dans ses textes sur les auteurs, c’est-à-dire, dans ses textes d’histoire de la philoso- phie.

– d’étudier la présence et le fonctionnement implicite ou explicite des reprises, non seulement dans la philosophie première de Weil (la Logique de la philosophie) mais aussi dans sa philosophie pratique, c’est-à-dire, dans la Philosophie morale et la Philosophie politique.

– d’une manière générale, l’historien de la philosophie peut utiliser le concept de reprise pour produire lui-même des analyses relatives aux textes et aux auteurs. De ce point de vue, le concept de reprise n’est pas seulement un objet d’étude, c’est aussi un concept opératoire.

(30)

Un deuxième groupe de questions porte sur la signifi cation logique et histori- que de la reprise. Dans cette perspective, il est important :

– d’analyser le rôle de la reprise dans l’enchaînement logique, mais aussi historique des attitudes et des catégories.

– et par là-même, d’examiner en quoi le concept de reprise permet de saisir les rap- ports entre logique et histoire, s’agissant notamment du décalage entre les deux.

Dans l’ordre logique, par exemple, la catégorie de la personnalité intervient avant celle de l’absolu. Mais la philosophie qui illustre la catégorie de la personnalité est la philosophie de Nietzsche, tandis que c’est l’hégélianisme qui illustre celle de l’ab- solu. L’ordre logique semble donc intervertir l’ordre historique, puisqu’il fait passer Nietzsche avant Hegel. Il fait de la philosophie de Nietzsche, d’une certaine façon, une philosophie pré-hégélienne.

– Enfi n, le concept de reprise est un concept particulièrement fécond pour la théorie de l’argumentation. Par exemple, il serait intéressant :

– d’explorer la question de la « contradiction catégoriale », qui correspond au fait qu’un discours ou une forme de pensée a non pas un, mais plusieurs centres organisateurs qui sont incompatibles entre eux, ou que certaines reprises introduisent des tensions internes dans la structure du discours.

Weil parle de contradiction catégoriale à propos du christianisme

(14)

. – d’une manière générale, de faire le lien entre le concept de reprise et la pra-

tique weilienne de l’argumentation philosophique. Dans le dialogue de Weil avec les philosophes, quelle est la fonction argumentative, démonstrative ou réfutative de l’analyse (de la « déconstruction ») des reprises ?

– de prolonger l’usage du concept de reprise dans l’analyse de l’argumenta- tion politique.

Ce n’est là qu’une esquisse non exhaustive des diff érents types de questions aux- quelles donne lieu le concept de reprise. Les diff érentes contributions de ce volume touchent à la plupart de ces questions et permettent à la fois de les préciser et de leur donner de la substance. D’une manière générale, le concept de reprise est une voie d’entrée féconde dans la Logique de la philosophie. C’est aussi un concept essen- tiel pour la théorie du dialogue et de la pratique de la philosophie.

(14) Ibid., p. 316

(31)
(32)

«  Le début est dans la reprise  »

Gilbert Kirscher*

1. «  Reprise  » : le concept et le mot

Dans la Logique de la Philosophie d’Eric Weil, le terme de «  reprise  » reçoit une signifi cation précise et originale. Il désigne un concept qui n’est pensable que par et dans son lien aux deux autres concepts fondamentaux d’  «    attitude    » et de

«  catégorie philosophique  ». Il importe donc de distinguer nettement la signifi - cation précise de ce concept philosophique et les signifi cations diverses que la langue usuelle (familière ou technique) donne au terme de « reprise » ou à sa forme verbale « reprendre ».

En son concept - concept pour et concept de la Logique de la Philosophie-, la

« reprise » est d’abord un acte interprétatif. Mais, si le sens verbal est fondamental, la « reprise » (en son concept comme dans les signifi cations courantes du terme) est à la fois acte et résultat de l’acte désignés par le verbe « reprendre ». La « com- préhension » correspond à l’acte de « comprendre » dont elle résulte, la « reprise » à l’acte de « reprendre » et au discours qui en résulte

(1)

.

Dans la reprise, l’interprétation s’applique à une « attitude » sans parvenir à sai- sir ce qu’il y a de radicalement nouveau en elle, sans s’élever à la catégorie phi- losophique encore impensée qui informe cette attitude et articule son sens. La reprise appréhende l’attitude « nouvelle » à l’aide d’une catégorie plus « ancienne » qu’elle « reprend » au sens courant de ce terme. Cependant, à proprement parler, ce n’est pas l’ancienne catégorie qui est «  reprise »: c’est la nouvelle attitude qui est

«  reprise sous » ou « reprise par » la catégorie ancienne. La reprise ne voit dans la fi gure nouvelle du sens, recouverte du voile du « déjà connu » et du « bien connu »,

* Université Lille 3 – Institut Eric Weil

(1) « Repréhension » aurait pu être à « compréhension », ce que « reprendre » est à « comprendre », mais le mot n’existe pas. Quant au terme de « répréhension » (dérivé de “reprehensio“, “reprise de ce qui est omis“, d’où “blâme, critique“ (Dict. histor. de la langue fr., Ed. Le Robert), il a une signifi cation réduite au domaine du jugement de valeur (« réprobation »).

(33)

qu’une fi gure plus ancienne. Ne voyant rien de neuf sous le soleil, elle ne reconnaît pas, mais méconnaît qu’elle a aff aire à une nouvelle fi gure du sens.

« Reprendre » une « forme de vie », ce n’est donc pas revenir à une forme de vie ancienne, comme semble l’indiquer le mot (« re-prendre », « prendre à nouveau »), mais interpréter ce que cette forme de vie exprime et affi rme d’elle-même et de son monde, c’est tenter de donner forme de discours cohérent et conscient de soi au langage qu’elle parle, c’est donc tenter de comprendre l’attitude qui se présente et qui suscite l’interprétation dans la mesure où elle étonne, trouble, heurte, inquiète.

L’interprétation tente d’éclairer ce qui apparaît et de trouver le sens essentiel de cette attitude. Elle tend vers l’explicitation et la formulation de ce sens qu’elle anti- cipe

(2)

tout en demeurant attachée à une manière établie, fi xée, de comprendre. Elle vise la catégorie philosophique dans laquelle l’attitude comprendrait son monde et se comprendrait elle-même. La pleine compréhension serait atteinte si le dis- cours philosophique parvenait à saisir, en son unité et en son unicité, ce sens essen- tiel de l’attitude, présent dans toutes ses expressions et dans toutes ses actions, qui distingue cette forme-là de la vie de toutes les autres: la catégorie de l’attitude, catégorie unique et non mixte de catégories, donc catégorie irréductible à toutes les autres, déterminant l’attitude correspondante comme « pure »

(3)

.

La « reprise » c’est l’acte par lequel une « forme de vie » est saisie, prise, com- prise, dans un discours qui ne discerne pas avec rigueur et laisse échapper ce qui est radicalement nouveau dans le sens essentiel et fondamental de cette forme de vie. « Reprendre » est une espèce du « prendre » et du « comprendre », de l’acte d’élever le langage d’une forme de vie au discours de son contenu signifi ant et d’en reconnaître la cohérence. Mais « cette compréhension d’une attitude (ou caté- gorie) nouvelle sous une catégorie précédente, compréhension réalisée dans et par [l’]attitude antérieure »

(4)

n’est que relative. Elle demeure aff ectée d’une cécité partielle qui fait qu’à la fois elle comprend et ne comprend pas: elle ne comprend qu’en se méprenant.

(2) E. Weil parle, lors de la soutenance de sa thèse, d’ «  anticipation  » (Philosophie et Réalité II, Paris, Beauchesne, 2003, p. 235) et, dans une note préparatoire, de « prolepsis » (préconception, préjugement) (Philosophie et Réalité II, op. cit., p. 229).

(3) Plus profonde encore, et achevée, serait la compréhension qui « com-prendrait » l’articulation de toutes les catégories irréductibles dans la catégorie de la philosophie qui se pense elle-même en rap- port avec son autre : la catégorie formelle du sens.

(4) Logique de la philosophie, Paris, Vrin, 2000 (1950), p. 98.

(34)

«  Reprise  » est aussi un terme du langage courant de la langue française qui véhicule un vaste réseau de signifi cations associées ou dérivant les unes des autres. Aussi faut-il prêter attention à la diff érence entre la signifi cation du concept de reprise et les acceptions diverses du terme de reprise, dans la langue française en l’occurrence. On peut toujours se demander si ces diverses signifi cations de la langue courante jouent dans l’usage du terme dans la Logique et si elles ne hantent pas son concept. Doit-on entendre, dans la reprise au sens de Weil, l’acte de prendre à nouveau ce que l’on avait laissé de côté, de rattraper ce qui avait été perdu, de retravailler un écrit délaissé, de revenir à une activité interrompue, de restaurer un ouvrage, de rapiécer un tissu déchiré, de répliquer sur scène ou de prendre à nouveau la parole, de répéter une fi gure verbale, de revivifi er une pensée oubliée, d’impulser une nouvelle énergie, de récupérer un bien donné, etc. ? Il se peut, selon les cas et les applications, mais il nous semble qu’il vaut mieux éviter de jouer avec ces signifi cations liées à une situation ou à un contexte particulier. Tenons-nous en donc, par principe de méthode, à la signifi cation conceptuelle propre à la Logique de la Philosophie et évitons d’utiliser les mots « reprise » et « reprendre » dans leurs signifi cations courantes lorsqu’il s’agit de l’analyse et de la discussion du concept de reprise et de ses applications dans la Logique de la Philosophie.

2. Possibilité et nécessité du concept de « reprise ».

Le concept de reprise se détermine seulement à partir des concepts de « caté- gorie philosophique » et d’« attitude », qui ont fonction de « catégories métaphy- siques »

(5)

dans la Logique de la Philosophie d’Eric Weil. Appelé par les deux premiers, mais aussi fondamental et constitutif qu’eux, il permet de les rapporter l’un à l’autre et ainsi d’appliquer le logique à la réalité historique.

Il n’y aurait pas de reprise(s) sans la distinction initiale de l’attitude et de la catégorie, distinction analogue à celle de l’intuition sensible et du concept de l’en- tendement chez Kant. «  La reprise est le schéma qui rend la catégorie applicable

(5) Cf. Logique de la Philosophie, 147-148, note 1: « Les catégories métaphysiques ... ce sont elles qu’on a d’ordinaire en vue quand on parle de catégories ... on comprend comme catégories des concepts fondamentaux déterminant des questions selon lesquelles il faut considérer ou analyser ou questionner tout ce qui est pour savoir ce qu’il en est ». « Attitude », « catégorie philosophique », « reprise » sont des concepts fondamentaux (ou « catégories métaphysiques ») dont la Logique de la Philosophie se sert pour l’analyse et la compréhension de ce qu’elle appelle les « catégories philosophiques », mais ce ne sont pas des « catégories philosophiques » au sens précis du terme. La catégorie philosophique de la Logique elle-même est le « sens ».

(35)

à la réalité et qui permet ainsi de réaliser concrètement l’unité de la philosophie et de l’histoire.    »

(6)

. L’analogie de la reprise weilienne et du schème kantien, du rapport attitude/catégorie et du rapport sensibilité/entendement n’est cependant qu’une analogie: elle rappelle la dualité de deux pôles, ou la tension entre deux limites, qui jamais ne peut être réduite sans qu’elle ressuscite aussitôt. La Logique de la Philosophie n’est ni une logique dogmatique qui construirait ou déduirait tous les discours à partir d’une catégorie initiale auto-posée, ni une récollection descriptive empirique d’attitudes données, apparues dans l’histoire, distinguées et choisies par le philosophe comme représentatives en fonction de critères empi- riques fi nalement arbitraires

(7)

. La Logique de la Philosophie vise à « retracer, non [à]

construire » [..] « un discours [.. ] qui comprenne tout et soi-même » et elle le fait en partant du « discours de l’homme vivant »

(8)

.

Ce discours est donc toujours d’abord, « naturellement », un discours de reprise, un discours d’entre-deux, pris entre les limites d’un langage qui exprime une atti- tude vécue sans conceptualisation ni réfl exion et celles d’un discours qui serait élevé à la saisie de sa catégorie pure et serait relevé en elle. «  L’homme vit dans une attitude, il constitue un monde dans son discours et un discours dans son monde »

(9)

. Discours et monde ne sont ni radicalement extérieurs l’un à l’autre, ni confondus: « Les deux aspects sont également importants: ce qui s’exprime dans un discours, c’est une attitude; mais l’attitude ne se voit que dans ce discours et ce n’est qu’en s’y voyant qu’elle arrive à s’expliciter complètement à elle-même, qu’elle se développe, qu’elle mûrit pour elle-même. Le centre autour duquel cette attitude s’organise en discours, nous l’appelons catégorie du discours »

(10)

.

La «  réalité  » dans laquelle nous vivons et agissons est toujours déjà saisie, exprimée, ordonnée dans le langage. L’analogie avec la phénoménalité telle que la conçoit Kant, comme mixte de donnée sensible et d’intelligibilité, est sans ambi- guïté, à condition qu’on n’oublie pas qu’il s’agit chez Kant de la possibilité de la connaissance scientifi que objective, chez Weil de la possibilité de la compréhen- sion philosophique des multiples langages et discours de l’homme. Mais, chez

(6) Ibid., p. 82.

(7) «  Pour l’homme concret, toutes les attitudes sont équivalentes, c’est à dire absurdes, sauf une, la sienne, qui ne ressortit à aucun tribunal, mais forme le tribunal dont tout est justiciable » (ibid., 70).

(8) Philosophie et réalité II, op. cit., p. 233.

(9) Ibid., p. 234.

(10) Ibid.

(36)

Weil comme chez Kant, en changeant ce qu’il faut changer, il s’agit de l’analyse possible de la réalité concrète. Cette analyse implique le jeu de deux pôles ou de deux limites qui ne seraient plus que des abstractions si on les isolait: donné sen- sible et fonction intellectuelle chez Kant, attitude seulement vécue (à la limite du silence) et discours entièrement élaboré chez Weil. La réalité concrète dont part l’analyse philosophique, c’est l’attitude de l’homme vivant, parlant, agissant, à qui son monde apparaît en tant qu’il vit, parle, agit, et qui peut - mais il ne le fait pas nécessairement - s’élever par la réfl exion, elle-même mue par l’inquiétude qui habite toute certitude, jusqu’au discours philosophique, qui sera ordinairement une reprise, rarement l’explicitation de sa propre catégorie.

Le concept de reprise suppose le concept de catégorie (le fait de la diversité des catégories) et le concept de catégorie ne peut être formé que si l’attitude peut s’élever à elle. « Ce sont les catégories qui déterminent les attitudes pures ; ce sont les attitudes qui produisent les catégories »

(11)

. L’affi rmation logique du concept de catégorie (qui permet l’affi rmation logique du concept d’attitude pure) repose sur la diversité des attitudes et sur le fait de l’élévation possible de l’attitude à la catégo- rie : la considération de l’ordre logique est inséparable de la considération de l’ordre historique et c’est le concept de reprise qui permet l’articulation de ces deux ordres.

En résumé: ce n’est pas simplement la distinction de l’attitude et de la catégorie qui doit être pensée pour que soit possible et nécessaire le concept de reprise, c’est encore la multiplicité des attitudes pures, chacune déterminée par sa catégorie propre, et la multiplicité des catégories, chacune irréductible aux autres. Le concept de reprise est intimement lié au fait que les catégories ne peuvent ni être ramenées à une catégorie unique et dernière dans l’ordre de l’analyse régressive (qui serait première dans l’ordre d’une éventuelle déduction constructive), ni être unifi ées par élévation dialectique à une catégorie totale, l’Idée absolue, qui les comprendrait comme ses moments.

Ainsi, les catégories de l’intelligence et de l’absolu, tout en ayant une position remarquable dans le parcours logique, ne sont pas capables de produire le concept de reprise.

La catégorie de l’intelligence découvre certes le concept d’attitude en recon- naissant la diversité des attitudes guidées par un intérêt particulier qui constitue le monde de chacune. Le concept de l’intérêt joue de cette manière, pour elle, le

(11) Logique de la philosophie, op. cit., p. 71.

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