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Desafios e Potencias da Acessibilidade Cultural na Política Pública de Cultura e pessoa com deficiência

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Academic year: 2022

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Desafios e Potencias da

Acessibilidade Cultural na

Política Pública

de Cultura

e pessoa com deficiência

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Apoiada na perspectiva dos Direitos Humanos e da Diversidade da Expressão Cultural que encontro “potencialidades infinitas” para percorrer com práticas acessíveis e esperançosa por mudanças geracionais.

Penso que através da disseminação e construção de consciência coletiva pelo respeito ao outro que poderemos alcançar maneiras de

“melhorar a qualidade de vida” de forma ampla e extensiva.

Acredito que seja através do entendimento do sensível que promoveremos mudanças ao desenvolvimento da pessoa humana, perpassando pelo reconhecimento do “respeito em si” e “por si” para construir a importância do significado do outro.

Vejo no campo da Acessibilidade Cultural uma estratégia que acesse

valores, que ao meu ver é o nosso principal objetivo.

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Para uma breve reflexão selecionei dois pensamentos diferentes:

ƒ “cultura refere-se tanto ao modo de vida total de um povo – isso inclui tudo aquilo que é socialmente aprendido e transmitido, quanto ao processo de cultivo e desenvolvimento mental, subjetivo e espiritual, através de práticas e subjetividades específicas, comumente chamadas de manifestações artísticas”

José Márcio Barros (2007)

ƒ “a cultura reflete o modo de vida de uma sociedade, além de interferir em seu modo de pensar e agir, sendo fator de fortalecimento da identidade de um povo e indubitavelmente de desenvolvimento humano”. Bernardo Novais da Mata Machado (2007)

Desse modo, para ter como perspectiva o “humano”, repensando a sociedade que habitamos e estimular-nos a encontrar modos culturais para reinventar o social. É neste sentido que acredito nas práticas cênicas por uma via de Políticas Públicas de Cultura e de Arte.

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É através desse recorte que repenso sistematicamente a minha prática de bailarina, interprete-criadora, como de coordenadora pedagógica, gestora, curadora -, sem esquecer da participação como fruidora, como público de dança, teatro, circo, ópera.

Participei do Programa Artes Sem Barreiras/VSA do Brasil/Funarte/MinC – como Consultora do Núcleo de Artes Cênica e coordenadora do Comitê Estadual do Rio de Janeiro, foi quando me aproximei das formulação de política pública de cultura para pessoa com deficiência, seja como artista ou como público.

Realizamos inúmeros Encontros, Festivais, Congressos, Oficinas de Capacitação – promovemos cerca de 2.000 artistas, pessoas com deficiência pelo Brasil e exterior, como também 3.000 de pesquisadores, arte-educadores, profissionais da área.

Por conta do Plano Nacional de Cultura atuamos como consultores para a realização da Oficina Nacional de indicação de políticas públicas culturais para a inclusão de pessoa com deficiência/2008 e difundimos a mesma Oficina para pessoas em sofrimento mental e em situações de risco social/2007.

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Artes Cênicas

e as dimensões de acessibilidade cultural:

uma abordagem de política cultural

Desafios sem discriminação

O paradigma da inclusão social é alcançado quando há interesse na convivência e no reconhecimento das diferenças de modo a evitar qualquer tipo de exclusão e de preconceitos.

Preconiza a equiparação de oportunidades pela participação e pela tomada de decisão da pessoa com deficiência na sociedade, de maneira emancipada e autônoma.

Sem dúvida, uma das potencias do século XXI perspectivada pelo século passado de modo a despertar novas mentalidades. Trata-se de uma conquista histórica da população pessoa com deficiência ao ultrapassar o padrão de segregação/isolamento

e o da integração/adaptação.

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Acessibilidade Cultural vem sendo associada as estratégias ou “políticas”

para a pessoa com deficiência e prioritariamente no que tange a fruição estética, ou seja, o entendimento de “público alvo”.

Sabemos que a falta de acesso não é um problema exclusivo das pessoas com deficiências. Grande parte da população brasileira enfrenta dificuldade de acesso à cultura e em de diferente situação, podendo esta ser econômica, educacional, territorial e até mesmo de

“ausência” ao interesse cultural, entre outras perspectivas sociais.

Aqui a discussão se dará em relação à participação da pessoa com deficiência nas artes cênicas pela perspectiva da cadeia produtiva, não apenas como público, mas também enquanto artista, criador ou profissional que desenvolve uma oficina, uma atividade técnica no Teatro. Seria possível?

Acessibilidade Cultural

como política de acesso e não exclusiva para

pessoa com deficiência.

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Essa reflexão se dá pela compreensão do acesso amplo ao Direito da Cultural no que preconiza a valorização e a difusão das manifestações culturais de todos. E aqui, incluímos não só o direito a fruição cultural, mas a participação profissional da pessoa com deficiência no Setor Cultural e Artístico.

Nossa proposta é para entendermos os Desafios e as Potencias da Acessibilidade Cultural e das Políticas Púbicas de Cultura visto que cabe aos equipamentos culturais atender aos requisitos legais de acessibilidade e desenvolver ações de promoção da fruição cultural por parte das pessoas com deficiência (Meta 29/PNC).

Ou seja, garantir que as pessoas com deficiência possam ter acesso aos espaços culturais, seus acervos e atividades.

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Por isso fui convidada para produzir pensamento e com vocês discutir esse tema, quero lhes ouvir e entender quais são os desafios que vocês estão encontrando, como lhes perguntar se é possível consolidar esse pensamento para além da visão de público e estender a produção cultural ou artística nas Unidades do Sesc? Vocês tem mapeado esses artistas, pessoas com deficiência em sua Cidade ou Estado?

Acessibilidade Cultural – promove o direito à cultura e utiliza-se de ferramentas para erradicar a exclusão de quaisquer pessoa incluindo-a na participação cultural, de modo a criar autônoma individual equiparando oportunidades. Portanto, estende-se ao segmento populacional de pessoa com deficiência, que corresponde a 45 milhões, segundo o IBGE 2010. Esta população que se encontra “desassistida” nesse campo seja pelo Estado, Setor Privado ou pela Sociedade Brasileira, já que essencialmente falta entendimento e regularidade de investimento nas experiências realizadas diante aos frutos das boas práticas existentes.

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Sendo assim, entre os desafios é preciso conhecer o público e suas necessidades específicas, o que significa mapear os serviços existentes de acessibilidade comunicacional e suas distinções frente as diferentes deficiências; como mapear o artista através de suas produções de obras criadas/repertório, como habilidades em ministrar cursos/oficinas, acessibilidade artística e inclui-los na programação do Sesc circulação- difusão/fomento/patrimônio/formação, sem que haja discriminação a esse elo da cadeia produtiva no setor cultural e artístico.

E como potencia identificar experiência local e regional; profissionais da unidade com perfil para a inserção dessa perspectiva; planejamento;

capacitação; formação; programa para familiares dos comerciantes;

(alguns critérios podem ser observados no texto encaminhando para leitura prévia)

Diante a essa contextualização gostaria de pensar como vocês sobre as diferentes dimensões da Acessibilidade Cultural e uma revisão nas Políticas Públicas de Cultura.

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O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a

valorização e a difusão das manifestações culturais. (Art.215)

§ 1.º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

§ 2.º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.”

Constituição Federal|1988

“Contribuir para facilitar, a todos, os meios para o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exercício dos direitos culturais” (Art.1º)

Programa Nacional de Apoio à Cultura|PRONAC Lei Rouanet|Nº8.313/1991

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É preciso considerar que até o momento/2015 encontra-se em tramitação no Congresso Nacional o substitutivo do deputado Pedro Eugênio, mas sem prioridade é o PROCULTURA, trata da Política de Estado de Cultura.

ƒ O Procultura promoverá o desenvolvimento cultural e artístico, o exercício dos direitos culturais e o fortalecimento das atividades culturais componentes da economia criativa e de suas cadeias produtivas. (Art. 3º) Projeto Lei Nº1.139/2007

Que alinha-se com a Convenção sobre a proteção e promoção da Diversidade das Expressões Culturais - ratificado pelo Brasil por meio do Decreto Legislativo 485/2006.

ƒ Os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para que as pessoas com deficiência tenham a oportunidade de desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual, não somente em benefício próprio, mas também para o enriquecimento da sociedade. (Art. 30 – inciso 2 DEC 6.949/2009) Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.

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Cerca de 2.000 artistas envolvidos e 3.000 profissionais atuantes no

campo da pessoa com deficiência

Dezenas de comitês municipais e

estaduais pelo Brasil, com articulação Internacional nos cinco continentes

Arte sem Barreiras

– Comitê Nacional Very Special Arts do Brasil

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REFERÊNCIA

BARROS, José Márcio. “Diversidade Cultural e Desenvolvimento Humano – Curso de Gestão e Desenvolvimento Cultural Pensar e Agir com Cultura, Cultura e Desenvolvimento Local 2007″.

BRASIL. Constituição (1988). “Constituição da República Federativa do Brasil”. 05/10/1988.

CHIESORIN, Andrea. MODO DE PRODUÇÃO DE TRABALHOS EM ARTE COREOGRÁFICA. Campocorpo: a dança como meio a consolidar Setor Artístico. Corpocampo: a dança como modo de corpodespadronizado.

http://www.medicina.ufrj.br/acessibilidadecultural/sitenovo/wp- content/uploads/2014/07/MODO-DE-Prod.pdf

MACHADO, Bernardo Novais da Mata. “Direitos Culturais e Políticas para a Cultura – Curso de Gestão e Desenvolvimento Cultural Pensar e Agir com Cultura, Cultura e Desenvolvimento Local 2007”

CONTATO: ANDREA CHIESORIN achiesorin@folha.com.br

www.portoacessivel.art.br

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