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(1)

GIGLIOLA SCHUMACKER GRECHAKI

PRODUCAO POR ENCOMI;NQA:

~STU

DO EM UMA

GR-AFICA

DO EST ADO DO ' . PARANA

Monografia · apresentada ao Departamento de Contabilidade do Setor ~ de. Ciemcias Sociais Aplicadas . da· · Unlversiciade Federal do Parana, como requisite para obtenc;ao do titulo de Especialista em Contabilidade e Financ;as.

Prof. Orientador: Prof. Dr. Romualdo Douglas Colauto.

CURITIBA 2010

(2)

i

"A cada vit6ria, o reconhecimento devido ao meu Deus, pais s6 Ele

e

digno de toda honra, gloria e louvor".

Senhor, obrigada pelo fim de mais uma etapa.

Agrade~o carinhosamente ao meu esposo e aos meus filhos, que de forma especial me deram for~a e coragem, me apoiando nos mementos de dificuldades e iluminaram de maneira especial os meus pensamentos me levando a buscar mais conhecimentos.

Em especial ao Prof. Dr. Romualdo Douglas Colauto, pela orienta~ao prestada no desenvolvimento deste trabalho, com muita dedica~ao, paciencia e comprometimento, onde transmite seus ensinamentos com muita clareza.

A empresa pesquisa pela oportunidade e auxflio oferecidos na coleta dos dados.

A todos os colegas e amigos, pelo apoio e incentive constantes.

Agrade~o a todos aqueles que me ajudaram, de uma forma ou outra, a realizar uma travessia como esta. Sao pessoas especiais que nao precise indicar seus names, pais elas sabem quem sao.

(3)

"Sabio

e

aquele que conhece os limites da propria ignorancia".

Socrates

(4)

utilizagao da capacidade instalada da empresa, de modo a obter o melhor retorno possivel. A metodologia utilizada foi o estudo de caso. Dentre os problemas encontrados na empresa, destacam-se a falta de controles, altos custos e despesas fixas, alta sazonalidade, e alta concentragao do faturamento e da margem de contribuigao. Para alcangar os objetivos deste estudo, buscaram-se literaturas existentes sabre contabilidade de custos e contabilidade gerencial, a base te6rica do metoda do custeio variavel, da analise das margens de contribuigao e do ponto de equilibria e suas consequencias no desempenho empresarial. 0 caso estudado trata dos servigos prestados par uma industria grafica no Parana, a qual tem pouco conhecimento dos custos, despesas fixas e variaveis que incidem sob o prego, sendo assim seus pregos sao calculados somente pela aplicagao de urn percentual sabre o custo da materia-prima e devido ao pouco conhecimento e a sazonalidade do setor, a empresa apura prejuizos. A conclusao a que se chega e que a alta concorrencia e a exigencia de alguns clientes estao pressionando para baixa dos valores, com isso ha redugao da margem de contribuigao, e par consequencia lucratividade. Porem, ainda assim, esses clientes trazem uma margem de contribuigao positiva e contribuem expressivamente para o pagamento dos custos e despesas fixas, tendo inclusive durante o estudo a empresa ter apurado Iuera.

Palavras-chaves: Grafica, Contabilidade Gerencial, Custos, Custeio Variavel, Margem de Contribuigao, Ponto de Equilibria.

(5)

ABSTRACT

In this study, we seek to apply the cost method for analysis of variable capacity utilization of the company in order to obtain the best possible return. The methodology is case study. Among the problems found in the company, we highlight the lack of controls, high costs and fixed costs, high seasonality, and high concentration of revenue and contribution margin. To achieve the objectives of this study was sought on existing literature on cost accounting and managerial accounting, the theoretical basis of the method of variable costing, the analysis of the contribution margins and the equilibrium point and its consequences on company performance. The case study deals with the services of a printing industry in Parana, which has little knowledge of costs, fixed costs and variables that affect on the price, so their prices are only calculated by applying a percentage of the cost of raw material and due to poor knowledge and seasonality of the industry, the company refines losses. The conclusion reached is that the high competition and demand from some customers are pushing for lower values, thus there is reduction of the contribution margin, and consequently profitability. But even so, these customers bring a positive contribution margin and significantly contribute towards the payment of fixed costs and expenses, including taking the company during the study have established income.

Keywords: Printing, Managerial Accounting, Costs, Variable Costing, Contribution Margin, Point of Balance.

(6)

Figura 1 - Esquema Basi co do Custeio Variavel. ... .. .. ... .... .. .. ... .. .. ... ... 17

Figura 2 -Demonstra~ao grafica do ponto de equilibria... 20

Figura 3 - Ordem dos Principais Processos de Neg6cios... ... .. ... ... .. .. .. .. ... 23

Figura 4 - Fluxo Produtivo.. ... .. ... .. .. ... .. ... .. .. .. ... ... ... .. ... 27

Figura 5 - Sistema de custeio variavel. .. . . .. . . . .. .. . . .. .. . . .. . . .. .. . 32

(7)

LIST AS DE QUADROS

Quadro 1 - Fontes de Risco em uma Analise de Ponto de Equilibria... 21

Quadro 2- Custos Diretos e lndiretos... 29

Quadro 3 - Custos Fixes e Variaveis.. ... .. ... .. ... ... ... ... .. .. .. ... 30

Quadro 4 - Custos Diretos. .. ... .. ... .. .. ... ... ... .... ... ... ... . ... .... 30

Quadro 5- Despesas fixas e variaveis ... 31

Quadro 6 - Margem de Contribui<;ao... ... .... ... ... .... .. .. ... ... .. ... ... 33

Quadro 7 - ORE - Demonstra<;ao do Resultado do Exercicio... ... .. . .. .. .. .. .. .. .. .. 34

Quadro 8 - Calculo do Ponto de Equilibria Mix em Unidades da Empresa Pesquisada... 35

(8)

AGRADECI ME NT OS RESUMO

LIST A DE FIGURAS LIST A DE QUADROS

1 INTRODUCAO ... 1 0

1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA ... 10

1.2 OBJETIVOS ... 11

1.2.1 Objetivo Geral ... 11

1.2.2 Objetivos Especificos ... 11

1.3 JUSTIFICATIVAS DO ESTUDO ... 11

1.4 ORGANIZA<;OES DO CONTEUDO ... 12

2 REFERENCIAIS TEORICOS ... 13

2.1 CARACTERIZA<;OES DOS CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS ... 13

2.2 CUSTOS FIXOS E VARIAVEIS ... 15

2.3 A FORMA<;AO DO CUSTO PELO METODO DO CUSTEIO VARIA VEL ... 16

2.4 MARGENS DE CONTRIBUI<;AO E PONTO DE EQUILiBRI0 ... 18

2.5 PRODU<;OES POR ENCOMENDA ... 22

3 METODOLOGIAS DA PESQUISA ... 24

4 DESCRICOES DOS DAD OS ... 25

4.1 DESCRI<;OES DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO ... 25

4.2 IDENTIFICA<;AO DOS CUSTOS ... 28

4.2.1 Custos diretos e indiretos de fabricagao ... 28

4.2.2 Custos fixos e variaveis ... 29

4.2.3 Despesas fixas e variaveis ... 31

4.2.4 Custo da produgao de acordo com o custeio variavel ... 32

4.2.5 Demonstragao do Resultado do Exercicio na abordagem do custeio variavel ... 34

4.2.6 Ponto de equilibria ... 35

5 CONCLUSOES E RECOMENDACOES ... 37

5.1 CONCLUSQES ... 37

5.2 RECOMENDA<;OES ... 38

REFERENCIAS ... ... 39

(9)

1 INTRODUCAO

Este capitulo permite uma visualizagao ampla sabre a produgao por encomenda, o custeio variavel e o ponto de equilibria, bern como do tema e problema de pesquisa, dos objetivos gerais e especfficos do estudo, da justificativa da dissertagao e organizagao do conteudo.

1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA

Devido

a

globalizagao, o crescimento da concorrencia ocorre em todos os setores da economia, a qual obriga os gestores a tomarem decisoes conscientes e coerentes para as empresas. Dentre essas decisoes, a que mais se destaca e formagao de prego pela sua importancia estrategica e tatica para competitividade, no entanto, o processo de formagao de prego e considerado complexo por alguns gestores devido a sua complexidade prover da variedade de fatores que deve ser avaliado para correta precificagao.

Kaplan e Cooper (1998) afirmam que a gestao de custos habitualmente se torna fundamental para a sustentagao da competitividade de muitas empresas. Nesse ambiente de mercado, a determinagao de pregos de venda e uma questao fundamental para a sobrevivencia e o crescimento das empresas,

independentemente de seus partes e de suas areas de atuagao (WERNKE, 2005).

Para empresas com produgao por encomenda, o processo da formagao de prego e mais complexo, pois a elaboragao dos produtos segue especificagoes dos clientes.

As empresas utilizam os custos de produgao com base para sua formagao de prego, tornando o processo de estimativa de custo essencial para formagao de prego. De acordo com Megliorini (2003, p.16), "a estimativa de custos do produto constitui-se em relevante informagao para o gestor responsavel pela formagao do prego de vend a". Assim, a pesquisa pretende-se responder a seguinte questao-problema:

Quais sao os custos diretos e indiretos envolvidos na produc;ao por encomenda de Folders, Revistas e Mala Direta de acordo com o metodo do custeio variavel?

(10)

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

0 objetivo geral do trabalho consiste em acompanhar o desempenho de custos da produgao por encomenda em uma grafica do Estado do Parana utilizando o metodo do custeio variavel.

1.2.2 Objetivos Especificos

• Mapear os custos diretos e indiretos incorridos nas atividades de produtivas desenvolvidas em uma grafica em 201 0;

• ldentificar os custos fixos e variaveis envolvidas nas atividades graficas;

• ldentificar os custos envolvidos nas atividades de produgao de Folders, Revistas e Mala Direta e volume de vendas necessario para atingir o ponto de equilibrio;

1.3 JUSTIFICATIVAS DO ESTUDO

Antes da Revolugao industrial nao existia urn controle eficiente referente aos custos.

Com o passar dos tempos o homem sentiu que seria precise aprimorar e intensificar os controles que facilitariam o processo produtivo, onde se verificou que essa contabilidade existente, nao era mais suficiente para suprir suas necessidades.

Diante de processes dinamicos de transformagoes sociais, politicos e econ6micos, devidos principalmente ao processo de globalizagao, no qual os conceitos de administragao voltam-se do particular para o global e em decorrencia deste cenario, a rapidez das mudangas esta cada vez maior, visto que, com urn mercado maior, conseqOentemente havera urn maior numero de empresas disputando o mesmo mercado, cada qual buscando gerar produtos de melhor qualidade a urn custo mais baixo.

(11)

12

Neste contexto, justifica-se este estudo, pelo fato de que a competitividade se constitui em fator de aceleragao do desenvolvimento industrial, o qual obriga os empresarios a um constante empenho na busca de melhores resultados. Nesse sentido, a gerencia de produgao torna-se uma atividade estrategica, na qual poderao ser definidos caminhos para o sucesso ou fracasso.

1.4 ORGANIZACOES DO CONTEUDO

No desenvolvimento deste trabalho procurou-se colocar no primeiro capitulo as informagoes necessarias para dar inicio

a

pesquisa, o qual tern as seguintes abordagens: formulagao do problema, justificativa para realizagao, objetivos gerais e especificos e aspectos a serem avaliados para obter informagoes suficientes para a elaboragao deste trabalho.

No capitulo 2, tern se a fundamentagao te6rica do trabalho, abordando conceitos sobre custos diretos e indiretos; fixos e variaveis, margem de contribuigao e ponto de equilibria, na sequencia a formagao do custo pelo metodo do custeio variavel e ap6s produgao por encomenda.

Em seguida, no capitulo 3, sao apresentados os aspectos metodol6gicos da pesquisa explicando seu tipo e como foi realizada a coleta de dados para a exemplificagao dos objetivos especificados.

0 estudo de caso e descrito no capitulo 4, abordando informagoes sobre o setor onde foi desenvolvido este trabalho, assim como a descrigao dos metodos e intervengoes para implantagao do custo pela produgao por encomenda por meio do metodo do custeio variavel, e encerrando, no capitulo 5 encontram-se as conclusoes alcangadas e as recomendagoes que podem servir como fonte para outros trabalhos da mesma linha de pesquisa.

(12)

2 REFERENCIAIS TEORICOS

Neste capitulo apresenta-se o levantamento bibliografico dos principais itens de estudo, onde inicialmente explora-se a caracterizar;ao dos custos diretos e indiretos, fixos e variaveis, os metodos de custeios utilizados, ou seja, custeio por absorr;ao, variavel, margem de contribuigao, ponto de equilibria e a produgao por encomenda.

Por fim, expoe-se o processo de formar;ao de prer;os pelo metoda do custeio varia vel.

2.1 CARACTERIZAyOES DOS CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS

Na contabilidade, o sentido da palavra custo se refere ao gasto relativo a bens e servigos utilizados na produr;ao de outros e despesas, aos gastos sao relativos a bens ou servigos consumidos de forma direta ou indiretamente para a obtenr;ao de receita. Martins (1998, p.56) define para custos Diretos e lndiretos no seguinte aspecto:

Relacionamento entre o custo e o produto feito: os primeiros sao facil, objetiva e diretamente apropriaveis ao produto feito, e os indiretos precisam de esquemas especiais para a alocagao, tais como bases de rateios, estimativas etc.

Nem todos os custos das atividades de uma empresa sao facilmente identificaveis no esforr;o para o aprer;amento de seus produtos ou servir;os. Os custos indiretos sao marcados pela inexistencia de urn vinculo direto com os produtos e necessitam de algum criteria de rateio.

Os custos diretos, segundo Leone (2000b, p. 58), representam os itens de custo identificados naturalmente ao objeto do custeio. Nota-se que se trata de uma definigao simples, mas objetiva. Horngren, Foster e Datar (2000, p. 67) explicam que custos diretos "sao custos que estao relacionados com urn determinado objeto de custo e podem ser identificados com este de maneira economicamente viavel".

Os custos diretos sao objetivos e diretamente apropriaveis ao produto acabado, ou seja, sao aqueles que se pode identificar como pertencendo a este ou aquele produto. Alguns exemplos de Custos Direitos: (1) Materia-prima, pela facilidade de

(13)

14

sua identificac;ao no uso diretamente a uma unidade do produto; (2) Mao-de-obra direta pela facilidade da apropriac;ao direta ao produto das horas de trabalho empregadas na sua execuc;ao; (3) Materiais de embalagens utilizados no acondicionamento dos produtos acabados; (4) Depreciac;ao de equipamento quando utilizados na produc;ao de urn unico tipo de produto; Energia eletrica: consumida pelas maquinas na operac;ao direta a cada produto (MARTINS, 1998) 0 custo direto s6 existe em relac;ao ao produto, e o uso da expressao direta e indireta em relac;ao a departamentos pode provocar duvidas e o mesmo deve ser evitado, pois a definic;ao de direto e indireto diz respeito somente ao produto. Os custos indiretos referem-se aos gastos que sao debitados ao processo produtivo, sem que haja a possibilidade de apropriac;ao direta aos produtos e para Atkinson et al. (2000, p. 128), os custos indiretos "sao custos incorridos para fornecer os recursos necessaries para realizar diversas atividades que dao apoio

a

produc;ao de diversos produtos". Horngren, Foster e Datar (2000, p. 67) definem o custo indireto como:

Os custos que estao relacionados com um determinado objeto de custo, mas nao podem ser identificados com este de maneira economicamente viavel. Os custos indiretos sao alocados ao objeto de custo atraves de um metodo de locac;ao de custo denominados rateios.

Os custos indiretos sao custos necessaries ao processo produtivo e sua existencia surge, principalmente, das atividades de apoio

a

produc;ao. Ou seja, sao recursos aplicados, mas que nao participam de forma direta na formac;ao dos bens e/ou servic;os. Alguns exemplos sao: (1) Depreciac;ao de equipamento quando utilizados na fabricac;ao de mais de urn produto; Salarios: dos chefes de supervisao e de equipes de produc;ao; (2) Aluguel do predio ou galpao da fabrica; (3) Gastos com limpeza da fabrica; (4) Energia-eletrica consumida pela unidade fabril que nao possa ser associada diretamente a urn produto. (SANTOS, ano).

0 rateio desses custos indiretos implica em estudar maneira mais racional para a distribuic;ao entre os produtos fabricados. Neste momenta deve-se atentar para a qualidade de sistemas que se pretende utilizar. A importancia do rateio esta convencionando a manutenc;ao ou uniformidade em sua aplicac;ao, caso haja mudanc;a no criteria utilizado, o valor do custo de produc;ao sera alterado, e isso ocasionara uma consequente influencia no resultado da empresa.

(14)

2.2 CUSTOS FIXOS E VARIAVEIS

Maher (2001) explica que muitas decisoes administrativas exigem que os custos de produgao sejam separados em seus componentes fixos e variaveis. Assim, os custos fixos e variaveis sao uma classificagao aplicavel as despesas enquanto diretos e indiretos se dao somente aos custos, o qual nao leva em consideragao o produto, e sim o relacionamento entre o total do custo em determinado periodo e o volume de produgao. A classificagao entre custos fixos e variaveis e tratada da seguinte forma par Martins (1998, p. 56):

Sao uma classifica<;ao que nao leva em considera<;ao o produto, e sim o relacionamento entre o valor total do custo num periodo e o volume de produ<;ao.

Fixos, sao os que num periodo tem seu montante fixado nao em fun<;ao de oscila<;6es na atividade, e Variaveis os que tem seu valor determinado em fun<;ao dessa oscila<;ao.

Os custos fixos sao aqueles cujos valores presumivelmente permanecerao no mesmo nivel, independentemente do nivel de atividade da empresa.

E

evidente que nenhum custo e totalmente fixo para sempre, sem se considerar os niveis de produgao. Mas, para fins orgamentarios e apregamento de produtos ou servigos, urn custo sera chamado fixo se nao mudar automaticamente e com relativa rapidez, de acordo coma variagao dos niveis de produgao da empresa. Sao exemplos de custos fixos: (1) Aluguel da fabrica independents do volume de produgao seu valor, a curta prazo, e invariavel; (2) depreciagao de equipamentos: pelo metoda linear, sua depreciagao e constants sem vinculo como volume de produgao (MARTINS, 1998).

Os custos variaveis sao aqueles cujos valores presumivelmente permanecerao no mesmo nivel, independentemente do nivel de atividade da empresa, e para Ludicibus (1991, p. 129), custos variaveis sao os custos que "variam na mesma proporgao das variagoes ocorridas no volume de produgao ou outra medida de atividade". 0 conceito do autor esta diretamente relacionado a quantidade de bens e/ou servigos gerados pela empresa.

Martins (2003) identifica no metoda do custeio variavel uma maior capacidade informativa, par possuir meios gerenciais capazes de estabelecer relagoes custo- volume-lucro e do ponto de equilibria. Sao exemplos de custos variaveis: (1)

(15)

16

Materia-prima consumida, pois varia de maneira diretamente proporcional

a

produgao; (2) Materiais de embalagem que tambem e proporcional

a

produgao. Em qualquer processo produtivo o custo fixo total e o custo variavel unitario tern sempre urn comportamento em relagao ao nfvel de produgao, ate a capacidade total da fabrica.

Ap6s o compreendimento dos conceitos apresentados, entende-se que os custos variaveis sao aqueles custos que variam quando ha uma ocorrencia de varia<;ao nas unidades produzidas.

2.3 A FORMA<;AO DO GUSTO PELO METODO DO CUSTEIO VARIA VEL

Segundo Eidt (2006), uma vez que existe uma constante demanda por componentes de custos nas empresas, necessita-se de metodos de custeio eficazes e eficientes para sua gestao e de controles durante os processes e as atividades da empresa.

Para Horgren, Charles T.; Foster, George; Datar, Srikant M.(2004), dizem que a estimativa de custos e uma tentativa de mensurar a relagao entre os custos passados e o respective nfvel de atividade.

Pode-se dizer em relagao aos metodos de custeio que esses estao relacionados

a

maneira pela quais os custos sao atribufdos aos produtos e a outros objetos. Dentre os metodos de custeio, Heitger L.; Ogan P.; Matulich S. (1992) destaca os mais comumente empregados nas empresas: (a) custeio por absorgao; (b) custeio variavel; e (c) custeio baseado em atividade (Activity Based Costing- ABC).

No custeio variavel, sao apropriados apenas os custos variaveis (exemplo a materia- prima), aos produtos ou servigos. Nos custos fixos (exemplo a depreciagao e a supervisao), sao tratados como despesas no perfodo e, assim, afetam diretamente o resultado (BERTO, 2004).

0 custeio variavel pode ser considerado urn do mais afeto a contabilidade gerencial dada

a

possibilidade de aferigao da margem de contribuigao, o que possibilita ao administrador identificar o produto que propicia maior capacidade de geragao de recursos necessaries

a

cobertura dos custos fixos. Leone (1997, p.322) menciona que "o custeio variavel e muito util para intervir no processo de planejamento e de

(16)

tomada de decisao, ate porque uma de suas potencialidades esta centrada na analise da variabilidade das despesas e dos custos".

Maher (2001) evidencia que ao se utilizar o custeio variavel, aumentos e diminui96es do estoque de produtos acabados e do estoque de produtos em fabricavao se alteram pouco porque esses estoques nao incluem custos de produtos fixes.

Na Figura 1 mostra-se o esquema basico do custeio variavel. Esse sistema baseia- se na divisao existents entre gastos variaveis e fixos, isto e, os que variam com o nivel de atividade da empresa e os que se mantem constantes dentro de certos niveis de atividade.

Figura 1 - Esquema Basico do Custeio Variavel

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Gusto Variavel com Analise de Resultados por Margem de Contribui9ao Fonte: Costa (1998, p.68)

Na prepara9ao da ORE pelo metoda do custeio variavel, consideram-se no calculo do custo das vendas todos os gastos variaveis, sejam eles custos variaveis de operavao (materia-prima, material de venda) ou despesas variaveis de vendas como impastos incidentes sabre as vendas e outras despesas que sejam proporcionais as vendas (comissoes).

(17)

18

A diferenga entre a receita bruta e o custo das vendas calculado pelo metoda do custeio variavel na ORE, representa a margem de contribuigao, ou seja, quanta se dispoe para pagar os custos fixes, assim o que restar e o lucre operacional.

2.4 MARGENS DE CONTRIBUICAO E PONTO DE EQUILiBRIO

0 custeio variavel permite conhecer a margem de contribuigao do preduto e margem de contribuigao global da empresa. Martins (1998, p. 195) destaca a importancia da exploragao dos valores que efetivamente fazem parte da formagao do produto, manifestando-se da seguinte forma:

Margem de contribuigao por unidade

e

a diferenga entre receita e o custo variavel de cada produto;

e

o valor que cada unidade efetivamente traz

a

empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro.

Para determinar a margem de contribuigao de qualquer segmento, atividade ou preduto e necessaria identificar seus custos diretos e eleger o parametro representative e classificar os custos fixes e variaveis diante deste parametro. A margem de contribuigao unitaria representa a unidade vendida para pagamento dos gastos fixes e para formagao do lucre.

A diferenga entre o prego liquido de venda e o custo unitario variavel e denominado Margem de Contribuigao, que devera contribuir tanto para absorgao dos custos e despesas fixas como para a obtengao do lucre total da empresa. Segundo Leone (2000b, p. 380):

A contribuigao marginal (margem de contribuigao)

e

a diferenga entre as receitas e os custos diretos e variaveis identificados a um produto, linha de produtos, servigos, processes, segmentos, enfim, a cada um dos objetos em que se dividir a atividade de uma empresa.

Por meio de uma equagao matematica, Horngren, Foster e Datar (2000, p.45) definem a Margem de Contribuigao da seguinte forma: "a margem de contribuigao e igual as receitas menos os custos dos predutos ou servigos, que variam em fungao do nivel de atividade".

(18)

Entre os autores, nao ha divergencias em relagao

a

margem de contribuigao e a caracterizagao do conceito, que para se obter a margem de contribuigao, devem ser descontados das receitas os custos e as despesas variaveis. Para tanto, a Margem de Contribuigao representa o quanta a venda de cada produto ou servigo contribui para cobrir as despesas e os custos fixos, e a obtengao dessa margem e o resultado de uma equagao matematica, ou seja, a subtragao do prego de venda, os custos e as despesas variaveis.

Ponto de equilibria e o momenta em que o produto nao apresenta nem Iuera nem prejufzo, isto e, ha um equilibria entre os custos totais e as receitas totais, tambem sao conhecidas como Ponto de Ruptura ou Ponto de Nivelamento, sendo a conjugagao dos custos totais com as receitas totais. Neste contexto, os custos e despesas fixas seriam totalmente absorvidos para que a empresa possa iniciar o retorno do investimento com a obtengao de Iuera.

Para Martins (2003, p. 257-262), "o ponto de equilibria indica a capacidade minima que a empresa deve operar para nao ter prejuizo". Portanto e a relagao entre o volume de vendas e a lucratividade, o qual determina o nivel de vendas necessaria . para cobrir os custos operacionais, mostrando o ponto em que a empresa se

equilibra. Para Padovese (2000, p. 267), o ponto de equilibria:

Evidencia em termos quantitativos, qual e o volume que a empresa precisa produzir ou vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, alem dos custos e despesas variaveis que ela tern que necessariamente incorrer, para fabricar/vendar o produto.

Para Vanderbeck e Nagy (2001, p. 415), o ponto de equilibria "pode ser definido como o ponto no qual a receita de vendas e adequada para cobrir todos os custos de manufatura e vender o produto, mas sem obter Iuera".

(19)

20

Figura 2 - Demonstragao grafica do ponto de equilibria

Vendas totals

Area d<~ iucro

Ponto de <~quilibtlo

--···-[~~-• ~ kaa dP. prajut:zo

~-... Custos fixes Eilto X"' Volume de ventlas

Fonte: adaptado de Vanderbeck e Nagy (2001, pA 17)

Na Figura 2 demonstram-se os conceitos relacionados ao ponto de equilibria, segundo Vanderbeck e Nagy (2001 ). Com base no exposto cabe destacar os seguintes aspectos: a) a linha horizontal (Eixo X) representa o volume das vendas;

b) a linha vertical (Eixo Y) representa o montante de recursos gastos na produgao (custos), bern como os ingressos de recursos (receitas) auferidos nas vendas; c) a linha dos custos fixos, paralela ao eixo X, representa os custos fixos da unidade fabril, sao os valores que existem independentes da produgao; d) a linha das vendas surge da intersecgao do eixo X e eixo Y, ate urn ponto indeterminado, que e o montante das vend as da companhia; e) a linha de custos totais e desenhada a partir do eixo Y e a linha dos custos fixos, que esta acima do eixo X, ate o ponto dos custos totais; f) nota-se que ocorre a intersecgao da linha dos custos totais com a linha das vendas totais e e nesse ponto que ocorre o ponto de equilibria; g) a area de prejuizo pode ser identificada

a

esquerda superior do ponto de equilibria, em que as vendas sao menor que os custos totais; h) a area de Iuera e identificada

a

direita superior do ponto de equilibria que demonstra que as vendas estao superiores aos custos totais da companhia.

0 ponto de equilibria e uma ferramenta de gerenciamento e controle sabre o prego de venda, custos e quantidades produzidas pela empresa, ele identifica quanta

a

empresa necessita vender para nao ter prejuizo, ou seja, qual e o montante necessaria de receita para que possa cobrir todos os seus custos e despesas.

(20)

0 Ponto de Equilibria e representado pela formula: PE

=

CF I MC sendo MC

=

P -

CV ou PE

=

CF I (P - CV). A analise do Ponto de Equilibria tern seu Iugar de destaque para as considerac;oes preliminares sobre o custo, o volume de produc;ao e os lucros projetados da entidade quando do planejamento e esta analise deve permitir compreender como o lucre pede ser afetado pelas variac;oes nos elementos que integram as receitas de vendas e os custos e as despesas totais.

No Quadro 1 sintetizam-se as variaveis envolvidas no calculo do Ponto de Equilibria, levando em considerac;ao algumas das possiveis fontes de risco.

Quadro 1 - Fontes de Risco em uma Analise de Ponto de Equilibria

Componentes do PE Custos e

Despesas Fixos Pre<;o de Venda Custos e

Despesas Variciveis

Fontes de Risco

End6genas

l

Eleva<;ao de sahtrios

Ex6genas

Eleva<;ao de encargos e tarifas publicas

Mudan<;a de mercadologica

estrategia Preferencia dos consumidores Novos entrantes

Sinistralidade em estoques Sucesso/lnsucesso de programa de qualidade

Eleva<;ao no custo de aquisi<;ao de materias-primas

Custo Op011unidade

de Eleva<;ao da Taxa iv1inima de Atratividade

V aria<;oes express i vas na conjuntura economica do pais Deprecia<;ao Sinistralidade e uso inadequado

dos equipamentos Fonte: Martins (2003, p.254)

Obsolescencia tecnok)gica

Diferentemente da margem de contribuic;ao, que analisa somente os custos e despesas variaveis, demonstrando qual o produto ou a linha de produtos que mais contribui para suportar os custos e as despesas fixas, o ponte de equilibria demonstra qual o volume e os prec;os minimos que a empresa pede praticar para que nao tenha prejuizo.

Convem ressaltar que a analise do ponte de equilibria tambem e conhecida como Ponto de Equilibria "Financeiro" e o Ponto de Equilibria "Economico".

No case do Ponto de Equilibria Financeiro, calculam-se o nivel de atividades suficiente para pagar os custos e despesas variaveis, os custos fixes ( excetuada a depreciac;ao) e outras dividas vincendas no periodo (como emprestimos ou

(21)

22

financiamentos bancarios). Para calcula-lo, e necessaria acrescentar aos custos fixos o valor das dfvidas que se almeja saldar no perfodo e deduzir o valor relativo as depreciag6es (que nao representam desembolso ).

No que tange ao Ponto de Equilibria Econ6mico, determina-se a quantidade de vendas necessarias para alcangar o lucro desejado para certo perfodo. Em termos de alterag6es na formula do ponto de equilibria, somente e necessaria acrescentar ao valor dos custos fixos o montante desejado de lucro para o perfodo em questao, ou outros itens que se deseje inserir (como o custo do capital proprio ou de terceiros, por exemplo ).

2.5 PRODUCOES POR ENCOMENDA

Nas empresas de produgao por encomenda, a gestao de custos e, normalmente, ainda mais relevante para o processo decisorio dos gestores, pois as informag6es de custos, de maneira geral, dao suporte a decis6es fundamentais para a competitividade dessas empresas (KINGSMAN, HENDRY, 2002; MEGLIORINI, 2003; CAMPOS, 2003).

A produgao por encomenda geralmente esta em empresas que possuem sistemas de produgao flexfveis, que atendem pedidos muito diferenciados, sendo cada urn deles bastante especificados pelo cliente (Palomino, 2001; Campos, 2003). Assim, pode-se dizer que a produgao por encomenda nao possui homogeneidade, em virtude de seus produtos serem altamente customizados (EIDT, 2006).

0 processo produtivo intermitente por encomenda segue as especificag6es do cliente, assim todas as operag6es sao iniciadas apos ter sido vendido o produto.

Consequentemente, os produtos serao diferentes e a sequencia de operag6es de fabricagao variara de produto para produto. 0 fluxo de materiais sera variavel com o produto e por isso prefere-se agrupar as maquinas de acordo com sua fungao.

Observa-se que empresas prestadoras de servigos, tambem sao classificadas como empresas de produgao por encomenda. Hansen e Mowen (2006) citam, como exemplos dessas empresas, as graficas, a qual e o foco deste estudo, as fabricas de moveis, as construtoras, entre outras.

(22)

Urn fator importante, para as empresas que trabalham com a produgao por encomenda conquistarem clientes, e que precisam oferecer pregos mais competitivos que os oferecidos pelos seus concorrentes.

E

necessaria tambem observar a lucratividade proporcionada por seus produtos, principalmente sua estrutura operacional, caso contrario, pode-se nao atingir seus equilibrios operacionais e vir a comprometer a sua sobrevivemcia no mercado.

A execugao da produgao por encomenda se da ap6s a venda do produto, ou seja, produz-se mediante pedidos firmados em carteira, significando que o processo de neg6cio vender antecede o processo produzir. A ordem natural dos principais processes de neg6cios nessa estrategia, conforme ilustra Figura 3, geralmente e vender, planejar, produzir e entregar (PIRES, 2004).

Figura 3 - Ordem dos Principais Processes de Neg6cios

Vender P!anejar

Produ~ao

Fonte: adaptado de Pires (2004)

Produzir

>

Entrog><

>

Para Krajewski & Ritzman (1996), nessa estrategia a operagao produz produtos conforme especificagoes dos clientes, ou seja, possui urn alto grau de customizagao, logo o processo de produgao precisa ser flexivel para acomodar as variedades. Para Pires (2004 ), o que vai ser produzido sob encomenda pode variar desde urn produto inedito, produzido de forma customizada para o cliente, ou urn produto escolhido entre urn conjunto de opgoes.

(23)

24

3 METODOLOGIAS DA PESQUISA

Os procedimentos na pesquisa cientifica referem-se

a

maneira pela qual se conduz o estudo e, portanto, se obtem os dados (BEUREN, 2003, p.65). A pesquisa caracteriza-se como explorat6ria e qualitativa. Utiliza-se tambem urn estudo de caso.

0 estudo esta focado em uma industria grafica no Estado do Parana.

A vantagem do estudo de caso e que ele permite ao pesquisador concentrar-se em urn aspecto ou situagao especifica e identificar os diversos processes que interagem no contexto estudado.

A coleta de dados sera por meio uma pesquisa documental em relat6rios administrativos financeiros e demais documentos da empresa, relacionados com a formac;ao do custo e prego do produto referente 2010 serao organizados e analisados. Em especifico os custos diretos e indiretos incorridos nas atividades produtivas desenvolvidas na empresa serao segmentados em custos fixos e variaveis para identificar o custo de produgao de Folders, Revistas e Mala Direta.

Ap6s deseja-se calcular e evidenciar os custos na empresa objeto deste estudo, utilizando o metodo do Custeio Variavel, proporcionando assim informac;oes mais apuradas para a gestao e redugao dos seus custos.

Para o desenvolvimento desta pesquisa buscaram-se informagoes e a analise dos procedimentos adotados pela empresa, utilizando a avaliagao do controle interno existente na empresa; observac;ao direta dos procedimentos operacionais internos;

consulta a diversos documentos fiscais e de suporte (relat6rios financeiros, notas fiscais, controle estoque, fichas tecnicas, etc.).

Esta pesquisa limita-se a tratar urn caso especifico cujos componentes sao dos custos sobre servigos prestados, em especial os custos diretos, e como base utilizou-se os dados da empresa no ano de 2010. Assim, o resultado obtido nao podera ser utilizado para todas as empresas, pois cada entidade possui suas pr6prias particularidades.

(24)

4 DESCRICAO DOS DADOS

Este capitulo tern o objetivo apresentar a empresa onde foi desenvolvido o trabalho e a caracteriza<;ao da produ<;ao par encomenda levando em considera<;ao o metoda do custeio variavel. Ap6s descrevem-se os achados e apresenta a analise geral da situa<;ao da empresa.

4.1 DESCRI<;OES DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO

0 processo produtivo da Gratica no Estado no Parana da-se pela sua caracteristica descontinua de produ<;ao em produtos nao padronizados, o que torna a atividade de contabilidade de custos um pouco complexa. Motivo pelo qual, o registro detalhado de suas atividades constitui o primeiro e o mais importante passo para a forma<;ao de um banco de dados que alimentara um sistema de custeamento, gerador de informa<;5es tais como: custos, gastos, pre<;os, Iuera, proporcionando

a

administra<;ao parametres para a tomada de decisoes gerenciais.

A Grafica foi fundada em ha mais de 20 anos e e constituida como sociedade empresa limitada. lniciou suas atividades no ramo de industria grafico e solidificou- se no mercado par sua excelencia em servi<;os graficos de qualidade. Sua motiva<;ao em termos de gestao esta na busca constante de novas tecnologias, capacita<;ao dos profissionais e supera<;ao tecnica nos impresses tipograticos para industria, comercio e propaganda.

No inicio das atividades contava com quadro reduzido de funcionarios, composto pelo impressor, tip6grafo e as tarefas de acabamento eram divididos entre eles conforme a demanda de suas atividades especificas. Os proprietaries realizavam as atividades comerciais, financeira e entrega dos servi<;os prontos aos clientes. Com o crescimento e a divulga<;ao realizada pelos proprietaries, a grafica precisou de mais investimento como a aquisi<;ao de algumas maquinas que viessem a completar seu ciclo produtivo, como tambem mais funcionarios para que houvesse uma melhor demanda em rela<;ao aos seus produtos.

Em meados 1996 a empresa buscou uma nova reestrutura<;ao em seu processo produtivo, onde o sistema tipografico, no qual as chapas eram montadas

(25)

26

manualmente, caiu em desuso eo mercado tendia fortemente para o sistema onde as matrizes eram elaboradas com a utilizac;ao de programas de computac;ao grafica.

Em 1997 iniciou o Bureau de Fotolitos, para atender as necessidades em pre- impressao. Diante da demanda do mercado o Grupo investiu tambem em acabamentos graficos. Assim, os custos com a tipografia aumentaram, principalmente pela lentidao no processo de montagem das chapas, as quais precisavam tambem de fotolito e a adaptac;ao era imperiosa devido

a

vantagem competitiva do novo sistema.

A transic;ao na Grafica pesquisada, aconteceu em 1996 com a compra de sua impressora em 4 cores - Hildenberg, a qual proporcionou melhor desenvolvimento grafico e aproveitamento nas impressoes, baixando assim o desperdicio de materia- prima. Atualmente, a Grafica tern uma produc;ao bastante diversificada, tern uma carteira acirrada de clientes que buscam em seus servic;os impressao de notas fiscais, folhetos, folders, revistas, mala direta, enfim todo tipo de impressao grafica. A Grafica vern fazendo investimentos no sentido de aprimorar seus equipamentos visando agilizar seu processo produtivo, e esses investimentos visam

a

execuc;ao

dos seus servic;os, e seus servic;os sao de excelente qualidade, sobretudo pela criatividade e born gosto em sua produc;ao de arte.

Atualmente, a produc;ao grafica ocorre a partir de pedidos de clientes e a empresa nao mantem estoque de produtos acabados. Em relac;ao ao processo de produc;ao, a elaborac;ao de urn impressa grafico percorre uma sequencia de atividade, conforme apresentado na Figura 4.

(26)

lmpres;ao Pcrtf.oiic (fonm;tc. tipo, papel,

Figura 4 -Fluxo Produtivo

Almoxar:fadc

Armazenamento

0 principal enfoque e o relacionamento entre grafica e cliente, onde a grafica apresenta a elaborac;ao de formulario racional para organizac;ao dos dados do cliente; apos a empresa apresenta seu portfolio para visualizac;ao das impressoes e artes ja realizadas para impressionar positivamente seus clientes.

Esse processo de planejar e discutir com seus clientes gera os seguintes passos de pre-impressao: (1) Criac;ao e elaborac;ao da arte final; (2) lmpressao de prova para analise e aprovac;ao, conforme especificac;oes do cliente; (3) Modificac;oes e/ou correc;oes na arte final conforme necessidade; (4) lmpressao do fotolito (matriz utilizada para gravac;ao conforme anexo 1) apos aprovac;ao final do cliente; (5) Gravac;ao e revelac;ao das impressoes. Apos realizac;ao e aprovac;ao da pre- impressao, da-se inicio para execuc;ao da Ordem de Servic;o (OS) para proxima fase.

Depois o portfolio e encaminhado para a impressao, com seguintes especificac;oes:

formato e tipo papel, cores e quantidade.

Na fase de acabamento seguem-se as recomendac;oes de cada cliente quanta a:

picotac;ao, intercalac;ao, blocagem, dobras, grampeac;ao, refilamento, numerac;ao e embalagem.

(27)

28

Quanto as atividades Administrativas, diferentemente das organizac;oes de produc;ao por processo que visam a qualidade de produtos para satisfac;ao maxima do cliente, as organizac;oes com produc;ao por encomenda priorizam os clientes. Desse modo, as atividades na grafica resumem-se no atendimento a clientes e fornecedores;

orc;amentos; emissao OSs; emissao notas fiscais e boletos de cobranc;a; entrega dos produtos; monitoramento e pagamento de contas; gestao das questoes fiscais e recursos humanos e gestao de recursos de investimentos e aplicac;oes.

4.2 IDENTIFICAc;Ao DOS CUSTOS

A apurac;ao de custos consiste na acumulac;ao de cada tipo de unidade ou func;ao diferente de acumulac;ao de custo, cujo valor se deseja conhecer, e neste capitulo sera apresentada a caracterizac;ao da produc;ao por encomenda levando em considerac;ao o metodo do custeio variavel.

4.2.1 Custos diretos e indiretos de fabrica<;ao

Os custos diretos representam os insumos relatives

a

materia-prima, utilizac;ao de bens representados pelas horas de maquinas e mao-de-obra. Esses custos sao mensurados com maior facilidade devidos sua relac;ao direta com o produto final. Os custos referentes a pre-impressao decorrem da impressao da arte final, e seu custo e calculado inicialmente pela depreciac;ao dos equipamentos eletronicos, acrescentando neste, o valor do custo horario da mao-de-obra e materia is de consumo (papel, chapa, tinta).

Os custos indiretos nao tern relac;ao direta com o produto e necessitam de alguma forma serem associados para que gerem receita suficiente sao considerado como custos indiretos salario supervisores, IPTU, energia eletrica, agua, entre outros, conforme apresentado no Quadro 2.

(28)

Quadro 2 -Custos Diretos e lndiretos Custos Diretos

* Mao-de-obra Direta

* Materia-prima utilizada na produc;:ao

* Alimentac;ao dos Funcionarios de Producao

* 13a Salario do Funcionario da Produc;:ao

* Materiais Diversos de Embalagem do Processo Produtivo

* Material Secundario de Produc;ao Custos lndiretos

* Salario do Supervisor da Produc;:ao

* Fatura de EnerQia Eletrica da Producao

* Agua Industrial Consumida no Periodo

* Materiais lndustriais lndiretos Diversos

* IPTU da Empresa

* Farias dos Supervisores lndustriais

4.2.2 Custos fixos e variaveis

A principal materia-prima da empresa e o papel, chapas, fotolitos, tintas, reveladores, grampos, colas para blocagem e produtos especificos para limpeza. 0 consumo de materia-prima em formulas matematicas pode ser simplificado com a elabora<;ao do uso relevante e mensuravel. Os diversos materiais podem ser alocados aos produtos por criteria de rateio, conforme Quadro 3.

(29)

30

Quadro 3 - Custos Fixos e Variaveis

Custos Variaveis com materiais Revistas Folders Mala Direta

5.000 7.000 10.000

Papel Prova 1.793,61 35,59 17,71

Chapa 1.500,20 135,04 67,96

Papel Final 6.947,88 695,97 523,80

Tinta 811 ,07 45,24 17,99

Verniz 28,58 239,46 14,40

Embalagem 464,87 32,48 24,36

Outros 956,85 262,26 -

Subtotal 12.503,06 1.446,04 666,22

Custos Fixos com mio-de-obra 22,73% 31,82% 45,45%

Aux. lmpressor 1.995,45 2.793,64 3.990,91

1m pressor 6.736,78 9.431,50 13.473,57

Cortador 2.063,06 2.888,29 4.126,12

Operador de Dobradeira 1.318,16 1.845,43 2.636,32

Operador de CorteNinco 806,82 1.129,55 1.613,64

Operador de Alceadeira 840,91 1.177,27 1.681,82

Acabamento 2.149,02 3.008,63 4.298,04

Auxiliar de Produc;:ao 4.845,45 6.783,64 9.690,91

Verniz- Acab 1.806,82 2.529,55 3.613,64

Subtotal 22.562,48 31.587,47 45.124,96

Custo Total 35.065,53 33.033,51 45.791,18

No Quadro 3 os custos variaveis e os custos fixos foram rateados conforme o produto e a quantidade produzida, pais os pre<;os para aquisi<;ao dos materiais variam de acordo com a quantidade adquirida, sendo assim observa-se que para produ<;ao de 10.000 malas diretas utiliza-se 45,54°/o, para 7.000 folders 31 ,82°/o e 5.000 revistas 22, 73°/o da mao-de-obra direta. Os custos diretos aplicados nos servi<;os realizados foram os seguintes conforme demonstrado no Quadro 4.

Energia Eletrica (iluminac;:ao) IPTU

Agua

Depreciac;:ao Equipamentos Frete Contratado

Svs. Terceiros

Salarios diretores industriais Salario Administrac;:ao

'i:' -~- ··':( .•.; ·-.·

,pusto Total x,t.cc;. · " .

Quadro 4 - Custos Diretos Revtstas·'

,,, ,,:;·

993,47 298,33 69,77 385,50 862,66 4.156,73 2.050,22 587,68 9.404,,3$ .v

'Folders _Mala Direta

496,74 331 '16 9,94 298,33

34,88 23,26

192,75 128,50 431,33 287,55 2.078,37 1.385,58 1.025,11 683,41

293,84 195,89

,,

. 4.56~,95 3.333,67

(30)

Como se observa no Quadro 4, a empresa teve um custo direto total de R$ 9.404,35 para produ<;ao de 5.000 revistas, R$ 4.562,95 para 7.000 folders e de R$ 3.333,67 para 10.000 malas diretas.

4.2.3 Despesas fixas e variaveis

Sao os gastos incorridos para obten<;ao de receitas, normalmente identificadas nas atividades administrativas e marketing, cujos valores sao absorvidos pelas atividades produtivas pelo criteria de rateio proporcional a mao-de-obra direta como op<;ao material de escrit6rio, impastos e taxas, pr6-labores, entre outras despesas administrativas, conforme demonstrado no Quadro 5.

Quadro 5-Despesas fixas e variaveis

Algumas das despesas fixas e variaveis no quadro 5 estao demonstradas mensalmente, e observa-se que essas despesas sao 133°/o maior em rela<;ao as despesas variaveis.

(31)

32

4.2.4 Custo da produc;ao de acordo com o custeio variavel

Nos custos variaveis, os custos fixos sao transferidos

a

conta de resultados junto com as despesas independente do volume de prodU<;ao. A figura 5 demonstra o sistema de custeio variavel.

Des.pe::;43$ ve;r;.3·¥"eis r>ac de proo~~3o

Cvn.os fixos lndtreto:; :e

o;..:tr~5 custo-s {rnjiretc.s

Figura 5 - Sistema de custeio variavel

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Fonte: Stark (ano 2007 p_168)_

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Observa-se na figura que os custos do produto sao custos de produc;ao e a margem de contribuic;ao e considerada na medida da referencia para cobertura dos custos indiretos, assim o custeio variavel e utilizado como tomada de decisao para empresa devida ser simples e mais direto do que o sistema de absorc;ao.

0 metodo do custeio variavel nos custos dos produtos acabados e destinado ao estoque, considerando apenas custo variavel sua produc;ao, ou seja, seu custo do produto

=

custo de venda, sendo assim o custo do produto sera somado nas despesas variaveis (CPV = CV + DV), fazendo com que o redutor da receita resulte na margem de contribuic;ao.

(32)

Com custeio variavel e posslvel utilizar a margem de contribui<_;:ao para mostrar a diferen<_;:a entre o total da receita e a soma de custos e despesas variaveis, tornando- se assim vislvel o potencial de cada produto para absorver custos e proporcionar lucro. No Quadro 6 demonstra-se a margem de contribui<_;:ao.

Quadro 6- Margem de Contribui<_;:ao

Prec;o MC

Item Qtde Custo unit Custo Total Unit Faturamento Unit MC Total Revistas 5000 4,57 22.832,28 6,40 31.990,00 3,84 19.209,15

Folders 7000 1,04 7.303,74 0,71 4.970,00 0,45 3.135,07

Mala Direta 10000 0,58 5.849,24 0,25 2.500,00 0,13 1.278,32

Total 22.ooo;oo I 6,19 35~985,27 7,3~ 39.460,00 4,42 23.622,54

No quadro 06 observa-se o faturamento referente a cada servi<_;:o prestado, e confrontando-o com o seu custo direto, obtem-se assim a margem de contribui<_;:ao total de cada servi<_;:o. Pode-se observar que do faturamento de R$ 39.460,00 a empresa obteve uma margem de contribui<_;:ao total de R$ 23.622,54.

Alem disso, observa-se tambem que as revistas geraram uma margem de contribuigao de R$ 19.209,15 para um faturamento de R$ 31.990,00, os folders R$

3.135,07 para um faturamento de R$ 4.970,00 e as malas diretas R$ 1.278,32 para um faturamento de R$ 2.500,00.

Observa-se ainda que a soma da margem de contribui<_;:ao dos servi<_;:os, representa 59,86°/o da parte obtida pela empresa e que os servi<_;:os em geral merecem uma aten<_;:ao especial, pois deles dependem grande parte o lucro ou prejulzo do neg6cio.

(33)

4.2.5 Demonstrac;ao do Resultado do Exercicio na abordagem do custeio variavel

A demonstragao do resultado do exercicio foi calculada pelo metodo do custeio variavel, o qual foi realizado produto por produto, conforme Quadro 7.

Quadro 7 - ORE - Demonstragao do Resultado do Exercicio

RECEITA BRUT A 39.460,00 100%

Revista 31.990,00 81,07%

Folders 4.970,00 12,60%

Mala Direta 2.500,00 6,34%

(-) lmposto s/ venda 9.075,80 23%

ICMS 18% 7.102,80 18,00%

ISS5% 1.973,00 5,00%

(=) Receita Liquida 30.384,20 77,00%

( -) Custos Variaveis 14.615,32 48,10%

MP Revista 12.503,06 41 '15%

MP Folders 1.446,04 4,76%

MP Mala Direta 666,22 2,19%

(=) Margem Contribui~ao 15.768,88 51,90%

(-)Custos Fixos 17.300,97 56,94%

Revista 9.404,35 30,95%

Folders 4.562,95 15,02%

Mala Direta 3.333,67 10,97%

(=) LUCRO/PREJUIZO BRUTO (1.532,09) -9,72%

(-) Despesas Variaveis 1.222,15 4,02%

Revista 277,79 0,91%

Folders 388,89 1,28%

Mala Direta 555,47 1,83%

(=) RESUL TADO OPERACIO~AL (309,94) 20,23%

(-) Despesas Fixas 2.846,84 9,37%

Revista 647,09 2,13%

Folders 905,86 2,98%

Mala Direta 1.293,89 4,26%

34

Observa-se que a empresa obteve urn lucro de R$ 2.536,90, equivalente a 8,35°/o do faturamento. A margem de contribuigao e bastante alta, chegando a quase 51 ,90°/o

(34)

do faturamento. Porem, os custos e despesas fixas da empresa tambem sao altos, em especial os custos fixos de produc;ao.

4.2.6 Ponto de equilfbrio

Para determinac;ao do ponto de equilfbrio em urn "mix" de produtos e necessaria encontrar o ponto de equilfbrio total, sendo assim as variaveis envolvidas na referida formula sao os custos fixos onde se considera os gastos que nao variam em func;ao do volume produzido da empresa no perfodo abrangido. Considerando os dados coletados, o PE Unid Mix foi calculado conforme a Quadro 8.

Quadro 8- Calculo do Ponto de Equilibria Mix em Unidades da Empresa Pesquisada Revista Folders Mala Direta Total Mix

;tl~b . Desc~.~ti ,,,... r~'·

./

$';;;;· .. ,'$ . ' .w ., .. .'iii; ' ... f $

Gastos Fixos Totais 22.832,29 4.562,95 2.039,78 29.435,02

Gasto Variavel Unitario 2,56 0,15 0,07 2,78

Preco de Venda Unitario 6,40 0,71 0,25 7,36

Vendas atuais (qtde) 5.000 7.000 10.000 22.000

lntervalo do orafico 1000 1000 1000 3000

Ponto de Equilibria

Ponto de Equilibria (q) 5.940 8.148 11.332 25.420

Ponto de Equilibria($) 38.015,90 5.785,17 2.833,03 46.634,10 Margem Seguranca

Margem Seguranca (Qtde) (939,98) (1.148,13) (1.332,11) (3.420,22) Margem Sequranca ($) (6.015,90) (815,17) (333,03) (7.164,10)

Maroem Sequranca (%) 19% 16% 13% 49%

Depois de realizado levantamento na empresa dos custos fixos, evidenciou-se que ela gasta em media para produc;ao dos tres produtos o montante de R$ R$

29.435,02, valores estes oriundos de salarios, pr6-labore, energia eletrica, agua, telefone, combustfveis, IPTU, entre outros; ap6s verifica-se que o gasto variavel unitario para os produtos e de R$ 2, 78 e a media de prec;o de vend a fica em R$

7,36.

(35)

400.000,00 350.000,00 300.000,00 250.000,00 200.000,00 150.000,00 100.000,00 50.000,00

36

Grafico 1 - Grafico do Ponto de Equilibria Mix

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

0 grafico demonstra que a empresa possui para o mix de 22.000 produtos, uma receita de R$ 161.920,00, a qual em relagao ao gasto total tern percentual de 56°/o e em relagao ao lucre percentual de 62°/o, demonstrando assim urn resultado equilibrado.

Ressalta-se que a analise do ponto de equilibria pode ser realizada conforme o interesse de cada administrador, desde que o modele original seja adaptado para obtengao de outras informagoes gerenciais requisitadas.

(36)

5 CONCLUSOES E RECOMENDACOES

Neste capitulo serao abordadas as conclusoes e recomendagoes do presente estudo.

5.1 CONCLUSOES

0 trabalho foi desenvolvido em tres segmentos: fundamentagao te6rica, procedimentos metodol6gicos e descrigao dos dados, com isso descreveram-se as caracteristicas basicas de uma industria grafica, onde foi levantado e classificado os custos e despesas que compoem a atividade sob produgao por encomenda, testando a aplicabilidade do custeio variavel para fazer analise dos resultados obtidos.

Por meio da metodologia do custeio variavel, fica claro que a empresa tern urn ponto de equilibria muito proximo da sua capacidade de produgao, devido ao custo fixo expressive.

Sendo assim buscou-se que os principais componentes dos custos fixos sao: a mao- de-obra, representada por gastos de pessoal com vinculo empregaticio, pessoal terceirizado para atender a demanda em epocas de pico, depreciagao; energia eletrica; servigos de manutengao e conservagao; seguros. Com relagao as despesas, percebe•se que 9,37% sao despesas fixas e 4,02% restante sao despesas variaveis. As principais despesas variaveis sao: fretes sobre vendas;

comiss6es de vendas. As despesas fixas relacionadas sao: gastos com pessoal (servigos terceirizados); servigos de manutengao e conservagao; depreciagao;

propaganda e seguros.

Durante seus anos de existencia, a empresa pesquisada praticou pregos compativeis com o mercado nao tendo nogao dos custos, despesas fixas e variaveis que incidem sob o prego, com isso seus pregos eram calculados somente pela aplicagao de urn percentual sobre o custo da materia-prima.

Como o mercado atual e sazonal, a empresa nao tern como diminuir sua capacidade de produgao, tendo que arcar com prejuizos em alguns meses do ano. Segundo informagoes dos proprietaries, foram realizadas tentativas de terceirizar alguns

(37)

38

setores, porem os resultados nao foram satisfat6rios, no que se refere

a

qualidade dos servic;os aos prazos de entrega.

Conforme demonstrado no trabalho, a empresa obtem lucro diversificado, dependendo a epoca do ano, isso devido trabalhar com valores abaixo do mercado e margens de lucro diversificado, se faz necessaria um apurado sistema de custos, e para essa estrategia ser adotado pela empresa, o metodo mais adequado e do custeio variavel.

5.2 RECOMENDA<;OES

a) realizar estudo em outras empresas do ramo grafico, tendo como base de pesquisa a metodologia do custeio integral, comparando os custos achados pelo metodo do custeio variavel;

b) aplicar o metodo de custeio baseado em atividades - ABC, testando a sua aplicabilidade e, conseqOentemente, comparando os resultados, com definic;ao de direcionadores de custos mais aperfeic;oados;

c) verificar o comportamento dos custos, com a aplicac;ao dos metodos dos custeios estudados, em outras bases de dados em que os custos fixos sejam mais representatives;

(38)

REFERENCIAS

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