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OBRAS CONCLUÍDAS A Secretaria de Obras da Prefeitura de Piracicaba concluiu

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Academic year: 2021

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PINACOTECA

Compartilhado nas redes so- ciais um vídeo do deputado fede- ral Orlando Silva (PCdoB), defen- dendo a Pinacoteca de Piracica- ba. Orlando, discípulo de João Hermmann Netto, sabe a impor- tância da cultura como ninguém.

GOVERNADOR

O mesmo partido de Orlan- do Silva, o PCdoB, tem em Pira- cicaba o vice-presidente Francys Almeida, que já percorreu até agora mais de 50 cidades, pleite- ando a legenda como pré-candi- dato ao Governo do Estado de São Paulo. Questão interna.

PUBLICIDADE— I O prefeito Luciano Almeida sancionou a Lei n° 9.614, que au- toriza a exploração de publicida- de nas vans de transporte esco- lar privado no município. De autoria do vereador Antonio Sér- gio Rosa de Oliveira, o Sérgio da Van, a lei nasceu com o objetivo de proporcionar aos motoristas uma renda extra com a publici- dade, uma vez que eles sofreram muitos prejuízos com a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia da Covid-19. Ótimo.

PUBLICIDADE — II Nelia Maria Custódio da Silva, secretária de finanças da Associação dos Condutores Es- colares de Piracicaba (Acep), encara essa novidade como um avanço para a categoria. Para ela, os motoristas precisam aprender agora a como explorar melhor esta publicidade autorizada por lei. É um novo mercado para o setor de publicidade, além da impres- sa e dos meios eletrônicos.

VETADO

O nome do ex-presidente João Goulart foi vetado pelo pre- sidente Jair Messias Bolsonaro para ser o patrono de rodovia que liga o Rio Grande do Sul ao Pará.

Bolsonaro diz que “homenagens não pode ser inspiradas por práti- cas dissonantes das ambições de um Estado Democrático”. Difícil, mesmo, é ensinar História. O Ca- piau registra, do coração, uma ho- menagem especial à Érika Vallim Vicente, professora de História.

PRAZO?

Com mais de 120 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro parados há meses na Câmara dos Deputados, à es- pera de uma avaliação do presi- dente Arthur Lira, a oposição se mobiliza para tentar fazer com que o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleça um prazo para que os pedidos sejam analisados.

O Poder Judiciário não tem a atri- buição legal para tanto. É mole?

Vamos rever o livrinho, a CF.

PRAZO? — II

Segundo a jurista Jacqueline Valles, mestre em Direito Penal e professora de Direito, o Judiciá- rio não tem a atribuição legal de estabelecer prazos para a Câmara avaliar projetos e pedidos de im- pedimentos. “A separação entre os

onamento de Executivo, Legislati- vo e Judiciário. Além disso, o regi- mento interno da Câmara dá ao presidente da Casa amplos pode- res para pautar e avaliar as pau- tas que lhe são entregues”, expli- ca. Só em outra constituinte.

JUVENTUDE

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria de Gover- no, realizará chamamento público para a eleição dos membros do Conselho Municipal da Juventu- de em assembleia agendada para dia 29 de outubro, uma sexta-fei- ra, às 16h, no anfiteatro do Cen- tro Cívico. O evento é aberto aos membros de entidades civis sem fins lucrativos atuantes no seg- mento, além de entidades com efetiva atuação na comunida- de da defesa dos direitos da ju- ventude interessados em parti- cipar do processo eleitoral.

BELTRAME

O secretário de Governo, Car- los Beltrame, comentou sobre a importância do Conselho, lem- brando que ele representa um es- paço de participação da juventude junto ao poder público, no planeja- mento e acompanhamento da exe- cução das políticas públicas volta- das ao segmento. “Neste local, os cidadãos podem debater projetos, com possibilidade de inserir suges- tões na agenda do Executivo, daí a sua relevância”, frisou Beltrame.

MORAIS

Caso Marcos Abdala, ex-vere- ador, seja candidato, será mais uma pedra atrapalhando o depu- tado estadual Roberto Morais (ain- da no Cidadania). Abdalla sai pelo MDB, pelo jeito, ou PCdoB. Mas está difícil para sair a fumaça.

JANTAR

Uma das maiores lideranças nacionais da Igreja Evangélica Assembleia de Deus-Ministério de Madureira, pastor Dilmo dos Santos, esteve com o senador Re- nan Calheiros (MDB). Em pau- ta, o apoio da Igreja ao ex-presi- dente Lula em 2022. Dilmo diri- ge o PSD em Piracicaba, cuja le- genda está um pouco fraca.

CEZINHA

Com quase 4 mil votos em Piracicaba, o deputado federal Cezinha de Madureira deve ul- trapassar os 10 mil votos em 2022. Para isso, conta com a ar- ticulação do primeiro suplente de vereador do DEM (Democra- tas) Edilson de Madureira.

VILSON — I

Recuperando bem de uma ci- rurgia, o médico Vilson Dornelles, presidente do PCdoB na cidade, tem sido o nome da Comissão Exe- cutiva estadual do PCdoB para ser candidato a uma cadeira na Alesp.

VILSON — II

Enquanto isso, o vice-presi- dente do PCdoB local, Francys Al- meida, quer Vilson candidato ao Senado Federal e a Professora Mi- caele Bariotto a deputada estadu- al. A praça política quer entender aonde o militante Francys quer chegar com sua estratégia. Em tempo: saúde ao Doutor Vilson.

Edição: 24 Páginas

de consultas em especialidades

Atendimentos deste sábado serão no Centro de Especialidades Médicas e na Clínica de Olhos; se não puder comparecer, avise, solicita o secretário Filemon

A partir deste sábado (16), a Secretaria de Saúde, por meio da Coordenação da Atenção Secun- dária, dá início ao Mutirão de Con- sultas em Especialidades. A inten- ção é minimizar a espera por con- sultas nas áreas de urologia, orto- pedia, reumatologia, cardiologia, gastroenterologia, proctologia, ci- rurgia geral, dermatologia, oftal- mologia e otorrinolaringologia, dentre outras, cuja espera para agendamento está para 2022.

Para este sábado, foram agen- dadas 350 consultas nas especia- lidades de cirurgia vascular, proc- tologia, gastroenterologia, cardi- ologia pré-operatória, urologia, ortopedia e oftalmologia. As con- sultas acontecem no Centro de Especialidades Médicas (Postão - Travessa Professor Newton de Al- meida Mello, s/n, Centro) e na Clí- nica de Olhos (rua Alferes José Caetano, 1.453, Centro), das 7h às 13h. “Os mutirões vão acontecer sempre aos sábados até o mês de dezembro. O número de atendi- mentos pode ser igual ou superi- or ao da ação deste sábado de acordo com a adesão dos médi- cos da rede, que são convidados a participar dos mutirões”, des- taca Rafaela Mossarelli Penedo, coordenadora da Atenção Secun- dária à Saúde em Piracicaba.

CENTRUS — De acordo com a coordenação do mutirão, quem faz o agendamento é a Centrus, que agenda e avisa o usuário e a confirmação da vaga acontece pelo próprio usuário, no posto do seu bairro, onde receberá orienta- ções pertinentes à sua consulta.

Por iniciativa da deputada estadual Professora Bebel (PT), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou sessão solene ontem (15) em homenagem ao “Dia dos Professores”.

A cerimônia contou com a participação dos de- putados Maurici (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura, e Paulo Fiorilo (PT), e da deputada Leci Brandão (PCdoB). Foram en- tregues placas ''Professor Paulo Freire'' a pro- fessores de diversas regiões do Estado. Pro-

HOMENAGEM AOS PROFESSORES

fissionais da educação e de organizações es- tudantis discursaram sobre as dificuldades da profissão e falaram, emocionados, sobre suas atividades e reforçaram a importância da valo- rização docente. Vídeos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do ex-ministro da Educa- ção Fernando Haddad, do ex-secretário de Edu- cação do Ministério da Educação César Calle- gari, e de Ana Maria Saul, coordenadora cátedra Paulo Freire na PUC-SP, foram exibidos. A12

Divulgação

Divulgação/CCS

A Secretaria de Obras da Prefeitura de Piracicaba con- cluiu as obras para conten- ção de erosão em um trecho de 20 metros do canal da avenida 31 de Março, em frente ao Condomínio Na-

OBRAS CONCLUÍDAS

ções Unidas. Os serviços no local se concentraram na c o l o c a ç ã o d e c a m a d a d e pedra rachão (pedra britada), para melhor estabilização da fundação do canal e a exe- cução da concretagem. A7

Fotos: Filipe Paes/Studio47

Presidente da Unimed Pira- cicaba, Carlos Joussef, pres- tou homenagens no Dia da

SECRETÁRIAS

Secretária (30 de setembro).

À direita: Renata Rios, Aman- da Montanari e Evelyn Silva. A4

PEDRA FUNDA- MENTAL - O lançamento da pedra funda- mental do novo Pronto Socorro de Rio das Pe- dras, do Hospi- tal e Maternida- de São Vicente de Paulo, será dia 22 de outu- bro, às 14h, e não mais dia 19, terça-feira.

Divulgação

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Data da fundação: 01 de agosto de 1.974 (diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO - Gerente: Sidnei Borges

SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570 Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

Entre capitalismo e socialismo, uma possível terceira via

Armando A.

dos Santos

C

oncluamos hoje esta longa série de artigos a respeito de institui- ções legais da Anti- guidade que podem ser consideradas remotas antecipa- ções do moderno conceito de Justiça Social.

A legislação mosaica sobre o ano sabático e sobre o ano jubi- lar, que apresentamos nos últi- mos artigos, não deve ser julga- da, obviamente, com os critérios e os valores admitidos na mo- dernidade. Seria anacronismo fazê-lo. Considerando-se o mun- do antigo, com a mentalidade e os costumes vigentes na época, não se pode deixar de reconhe- cer que era uma legislação extra- ordinariamente benevolente e benéfica. É verdade que admitia a escravidão e reconhecia costu- mes que hoje nos chocam. Mas, mais uma vez, evitemos julga- mentos baseados em anacronis- mos: os tempos eram outros.

De acordo com essa legisla- ção, a terra não era uma propri- edade absoluta, no sentido ro- mano (“jus utendi, fruendi ac abutendi”, isto é, o direito de usar, de fruir e de dispor plena- mente), mas era uma proprie- dade relativa. Os homens eram, na verdade, usufrutuários e não proprietários da terra. Era, no fundo, um comodato que o Senhor dava, mediante condi- ções, a seu Povo. O direito so- bre a terra era verdadeiro e efi- caz, mas não era absoluto.

Essa legislação tinha al- guns efeitos muito salutares sobre a economia:

1) Protegia familiares e herdeiros contra a dilapida- ção dos bens da família por parte de proprietários perdu-

Não seria nos Não seria nosNão seria nos Não seria nosNão seria nos modelos da modelos damodelos da modelos damodelos da Antiguidade que Antiguidade queAntiguidade que Antiguidade queAntiguidade que se deveria buscar se deveria buscarse deveria buscar se deveria buscarse deveria buscar a inspiração para a inspiração paraa inspiração para a inspiração paraa inspiração para uma terceira via uma terceira viauma terceira via uma terceira viauma terceira via que evitasse o que evitasse oque evitasse o que evitasse oque evitasse o capitalismo capitalismocapitalismo capitalismocapitalismo desenfreado e a desenfreado e adesenfreado e a desenfreado e adesenfreado e a falsa alternativa falsa alternativafalsa alternativa falsa alternativafalsa alternativa socialista?

socialista?socialista?

socialista?socialista?

lários; e evitava a deca- dência irremediável das famílias em consequên- cia de eventuais maus administradores.

2) Impedia a espe- culação imobiliária e a improdutividade das terras. À medida que se aproximava o pró- ximo Jubileu, as ter- ras caíam de preço, uma vez que seria menor o pro- veito que delas extrairia o com- prador. Isso permitia, de modo equilibrado e bem achado, que não houvesse especulação imo- biliária propriamente dita. Nin- guém comprava terra para dei- xá-la inculta, esperando que se valorizasse. A terra se tornava, pelo sistema, altamente produti- va. Só um comprador louco não a faria render no tempo limitado em que pudesse dispor dela.

3) Incentivava à poupança de grãos, para haver o que co- mer nos anos em que a terra não podia ser trabalhada.

4) Incentivava ao plantio de árvores frutíferas que produzis- sem por si mesmas, independen- te de cultivo e cuidado, até mes- mo nos anos de repouso.

5) Proibia a usura entre os is- raelitas e, também, entre os estran- geiros que viviam com os israeli- tas. O dinheiro, portanto, não po- dia ser fonte de dinheiro; a única fonte de enriquecimento era o tra- balho – sem contar, naturalmen- te, os despojos tomados em guer- ra contra adversários externos.

6) Preservava a terra de seu esgotamento e, com isso, ajudava a conservar o meio ambiente.

Por fim, numa ótica religio- sa, essa legislação incentivava a confiança em Deus: o israelita se via impedido de trabalhar em cer- tos anos, mas o Senhor Se com- prometia a não deixar que nada lhe faltasse e até, no último ano de trabalho anterior ao ano jubi-

lar, prometia dar uma produ- ção triplicada para compensar.

Comparadas as duas legisla- ções, a mesopotâmica da Mîsha- rum e a mosaica do Jubileu, vemos que ambas, cada qual a seu modo, visavam ao bem comum e às con- veniências do organismo social como um todo. Ambas limitavam, por certo, o alcance do que hoje entendemos como direitos e prer- rogativas pessoais (especialmente no tocante à propriedade privada), mas asseguravam um benefício maior ao conjunto da sociedade.

Favoreciam, pois, ao bem comum mais do que ao bem individual.

A Mîsharum era declarada pelos soberanos babilônicos ape- nas se e quando estes julgavam oportuno fazê-lo. Já o ano jubi- lar tinha data marcada e se rea- lizava independente da vontade dos governantes; seus benefí- cios, a esse título, eram mais ga- rantidos, sólidos e permanen- tes do que os da Mîsharum.

Feitas essas considerações, podemos encerrar este artigo com algumas indagações.

O problema gigantesco cria- do pelo moderno sistema capita- lista, de um acúmulo desmedido de bens, acompanhado de bolsões de pobreza quase irremediável, não poderia ser evitado se nossas le- gislações contivessem dispositivos reguladores sábios, inspirados na Mîsharum e no Jubileu? A inflexi-

bilidade, a irretroatividade e a ex- cessiva rudeza de uma aplicação draconiana das leis do mercado, não poderiam ser corrigidas por uma legislação que, sem ilusões igualitárias e sem desestimular a livre iniciativa, moderassem sabi- amente a distribuição das fortu- nas no conjunto da sociedade?

O socialismo propõe uma so- ciedade igualitária, em que não haja ricos para não haver desi- gualdade; com isso, desestimula a produção e tem como efeito a miséria generalizada - como acon- teceu no passado, na finada União Soviética, e ocorre ainda hoje em nações como Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e outras mais. O capitalismo destemperado, enten- dido sem mecanismos controla- dores, produz riqueza e, de modo geral, tem como efeito a criação de uma imensa classe média que também é largamente benefici- ada, mas não resolve o proble- ma dos bolsões de pobreza.

Não seria no modelo da Mîsharum ou, mais ainda, no do Jubileu mosaico, que se de- veria buscar a inspiração para a procura de um “juste milieu”, de uma terceira via que evitasse os males do capitalismo desen- freado e, ao mesmo tempo, da falsa alternativa socialista?

Obviamente, isso somente se poderia realizar abolindo de todo o sistema bancário mo- derno, que nada produz e so- mente lucra com a usura. E aí começam as dificuldades...

———Armando Alexandre dos Santos, licenciado em História e em Filo- sofia, doutor na área de Filosofia e Letras, membro da Academia Portuguesa da Histó- ria e dos Institutos Históricos e Geográfi- cos do Brasil, de São Paulo e de Piracicaba

Ocorrem, nestas Ocorrem, nestas Ocorrem, nestas Ocorrem, nestas Ocorrem, nestas bandas da nossa bandas da nossa bandas da nossa bandas da nossa bandas da nossa Metrópole Caipira, Metrópole Caipira, Metrópole Caipira, Metrópole Caipira, Metrópole Caipira, com ilusionismo com ilusionismo com ilusionismo com ilusionismo com ilusionismo e muitas

e muitas e muitas e muitas e muitas

“fake news”

“fake news”

“fake news”

“fake news”

“fake news”

José Osmir Bertazzoni

M

inhas premo- nições neste artigo são car- tesianas, uma visão do futuro com fulcro em coisas que já, inci- pientemente, estão ocorrendo nestas bandas da nossa Me-

trópole Caipira e nas novas for- mas de se fazer política, com ilu- sionismo e muitas “fake news”.

Não é novidade aos estudio- sos de sociologia política que, des- de outros tempos, vindo da Me- sopotâmia a Babilônia ao Império Romano até o presente momen- to, os plebeus (nosso povo) são alvos do monopólio da elite finan- ceira no domínio da política.

Teleologicamente, isso pressu- põe a busca de uma harmonia so- cial, objetivos estes que, na maio- ria das vezes, impedem que che- guemos à verdade, abafando os questionamentos de forma a pre- venir revoltas e calar revoltados contra mandatários de plantão.

No Rio de Janeiro o prefeito cassado, Bispo evangélico Mar- celo Crivella, teria dito aos seus arrebanhados durante um culto

“...eu vos abençoo e vos protejo, e vocês me protegem...”. Aparen- temente temos uma linda men- sagem de união em que a doutri- na da fé é inquestionável!

Porém, como toda mensagem tem um emissor e um receptor, os dados que se completam são in- terpretados em conformidade com as “ondas” da transmissão que podem se derivar aos interesses midiáticos corporativos, foi exa- tamente o que aconteceu, nasce- ram “Os Guardiões do Crivella.”

A leitura foi rapidamente in- terpretada como um sinal de car- ta branca para que grupos fanáti- cos de apoiadores se deslocassem às unidades de saúde da Cidade Maravilhosa e construíssem uma blindagem que protegeria as irre- gularidades e barbáries que ocor- riam, em especial, nas que haviam sido terceirizadas para o coman- do de Organizações Sociais (OSS), onde o município contra- tava serviços e o povo era aban- donado à própria sorte, vez que os contratos fraudulentos eram descumpridos em prejuízo do povo submetido aos péssimos aten- dimentos, quando aconteciam.

Como desvendar e enten- der o modus operandi destas organizações criminosas tras- vestidas de organizações sociais e de grupo de apoio político?

Primeiro começam a aguçar interesses pessoais e financeiros com ganhos fáceis destinados aos políticos fracassados, os quais não conseguirão, em hipótese al- guma, se elegerem e vendem seus serviços de “informações” aos mandatários eleitos. Por sua vez, esses fracassados são contratados para montar mecanismos de in- formações via redes sociais e ini- ciam um trabalho de abafamento das notícias e produção de con- tracrítica, normalmente com ca- racterísticas difamatórias aos que, de forma democrática, usando da liberdade de expressão, apontam falhas e erros no governo.

Os personagens interessados e apegados ao poder, deputados, vereadores, prefeitos e aventurei- ros com capacidade financeira e econômica patrocinam a monta- gem de estúdios de transmissão via redes sociais, adquirem equi- pamentos de custos elevadíssimos, investimentos milionários, para produção de vídeos e memes com qualidade convincente e fortes para enganar a população.

Normalmente, são políticos incompetentes que já perderam várias eleições e fracassaram em outras cidades, assim, jogam com a sorte em outras urbes, possuem línguas afiadas e imple- mentam um clima de medo para fazer valer suas chantagens.

Para isso entram de forma dis- farçada no governo, angariam passe livre para circularem em todas as unidades do poder e, por consequência, iniciam um processo de fidelização de segui- dores, muitas vezes, ocupantes de cargos de comissão e outros ter- ceirizados cujo único objetivo é de manter seus subsídios e salários às custas do serviço público.

Notem que no caso dos organizadores, os

“capi” (cabeças), como se refere a máfia italia- na, além de políticos fracassados no voto, também o são financei- ramente — não traba- lham, não possuem ne- gócios, declaram-se isentos no Imposto de Renda e não são deten- tores de nenhum patrimônio pes- soal ou familiar. São os linhas de frente, “sobrevivem de racha- dinhas” de políticos inescrupu- losos eleitos pelo voto popular.

Eles não possuem rendas, mas pagam alugueres de apar- tamentos, escritórios, possuem segurança armada e particular, comem em restaurantes famo- sos na cidade e, normalmente, não pagam as contas, sempre protegidos pelos políticos que buscam proteção e reeleição.

Esta modalidade de organi- zação criminosa é notada, porém muitas vezes são acobertadas por pacto de silêncio, visto que elas imperam promovendo o medo nos opositores e vergonha aos cidadãos de bem que ousam atacar o grupo, utilizam-se de insinuações levianas, baixarias, além de agressões morais. Seus objetivos são de desmoralizar e ridicularizar os “atrevidos” que se contrapõem, em defesa da po- pulação, às ações antidemocrá- ticas e antirrepublicanas.

Não existem lugares para que esse evento criminoso se manifeste, mas é claro que po- demos notar que eles estão à nossa volta e são promovidos por pessoas desequilibradas, sem caráter, aventureiros políticos la- deados por seus seguidores.

Esta modalidade de crime

“lesa-cidadania” no Rio de Ja- neiro ficou conhecida como

“Guardiões do Crivella”, confor- me já mencionado alhures. Em Piracicaba como visualizá-la?

O Ministério Público já tem conhecimento dessas figuras circulando pela administração pública sem quaisquer vínculos com a municipalidade? Já bus- cou descobrir do que vivem e quanto gastam por mês para manter o sistema funcionando e ativo nas redes sociais?

Alguns quesitos também merecem esclarecimentos:

Quem são esses “Guardiões do Crivella na modalidade Caipira”?

Onde vivem?

Como vivem e como contra- tam alugueres e prestação de serviços?

Como pagam suas contas se não possuem rendimentos de- clarados?

Como compram caríssimos equipamentos de áudio visual de última tecnologia?

Como circulam por espaços restritos a servidores, aos edis e gestores eleitos ou concursados?

A Receita Federal conhece es- ses sobreviventes sem rendas e ri- cos na sua forma de viver e agir?

Quanto recebem por mês esses...?

Quem os pagam e a que tí- tulo?

Quais seus vínculos políticos?

Quem são políticos que os protegem e os mantêm?

Pois bem, são enigmas que em uma investigação minucio- sa pode ser revelado e espero neste artigo dar o primeiro pas- so para desenrolarmos os nove- los de lã e encontrarmos a ponta.

Ademais, agradecemos as in- formações que recebemos sobre o tema e nos colocamos à disposi- ção para quem possa ajudar a desmontar essa organização cri- minosa que extorque políticos, sobrevivem de estelionatos e ca- lotes em restaurantes, que agri- dem a moral de pessoas justas e honestas para garantirem seus privilégios; sugam como parasitas o povo sofrido das nossas cidades.

———José Osmir Bertazzoni, jornalista e advogado

Estelionato e extorsão às barbas do Poder

Gabriel Luiz

F

alar sobre a vi- olência contra a mulher no Bra- sil em pleno ano de 2021 é motivo de grande indignação.

É muito triste ob- servar a ascensão do comportamento, da mentalidade e da "cul-

tura" machista em nosso país, apoiada por ideologias políticas ultraconservadoras, que dimi- nuem as mulheres pelo simples fato de serem mulheres, trazen- do consequências severas no que se refere aos direitos, deveres, necessidades e espaço das mu- lheres na sociedade brasileira.

Recentemente assistimos a um triste episódio perpetrado pelo Governo Federal, quando o mes- mo vetou a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de pobreza menstrual.

As mulheres que seriam contempladas são estudantes de baixa renda, mulheres em situação de rua ou vulnerabi- lidade social extrema, recolhi- das em unidades do sistema penal e internadas em unida- des de medida socioeducativa.

O argumento utilizado pelo Governo Federal para justificar o veto é o não esclarecimento da fonte de custeio - embora o pro-

jeto deixe claro que pre- via o uso de verba des- tinada ao SUS (Siste- ma Único de Saúde) - e a dificuldade logística para distribuição.

Se pararmos para analisar, esse veto é um ato hediondo contra a saúde da mulher e con- tra a saúde pública.

Quando falamos da distribuição de absorventes para mulheres em situação de pobreza menstrual, estamos falando de um investimento, e não um gasto, - como é o auxílio paletó, no qual são gastos R$67 milhões ao ano e mais de R$1 bilhão em auxílio moradia para magistrados - por se tratar de uma medida sanitá- ria de prevenção de doenças. Ora, se é pra falar de economia, é mui- to mais barato investir na pre- venção do que no tratamento.

Quando nos deparamos com situações como essa ocorrendo no Brasil, não podemos deixar de pen- sar nos números da desigualdade e especialmente da violência con- tra a mulher em nosso país. E isso inclui travestis e mulheres trans.

Com o advento da pande- mia de Covid-19 em 2020 e as medidas de isolamento, os nú- meros da violência contra a mulher deram um salto.

Segundo um levantamento feito pelo Datafolha, uma em

"O que me

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preocupa não é o preocupa não é o preocupa não é o preocupa não é o preocupa não é o grito dos maus.

grito dos maus.

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É o silêncio dos É o silêncio dos É o silêncio dos É o silêncio dos É o silêncio dos bons.” (Martin bons.” (Martin bons.” (Martin bons.” (Martin bons.” (Martin Luther King) Luther King) Luther King) Luther King) Luther King)

cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido al- gum tipo de violência no últi- mo ano, ou seja, cerca de 17 milhões de mulheres (24,4%).

Em relação às travestis e mu- lheres transexuais, segundo a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), violên- cias contra pessoas trans do gêne- ro feminino representam 97% dos casos, e a maioria dos crimes ocor- re com requinte de crueldade.

Atualmente, no Brasil, te- mos cinco leis que buscam pro- teger as mulheres vítimas de violência. São elas:

- Lei Maria da Penha (11.340/2006): cria mecanismos para coibir a violência domésti- ca e familiar contra a mulher;

- Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012): dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos;

- Lei do Minuto Seguinte (12.845/2013): dispõe sobre o atendimento obrigatório e inte- gral de pessoas em situação de violência sexual;

- Lei Joanna Maranhão (12.650/2015): modifica as re- gras relativas à prescrição dos crimes praticados contra cri- anças e adolescentes;

- Lei do Feminicídio (13.104/

2015): inclui o feminicídio no rol dos crimes hediondos.

No Brasil também temos di- versas redes e serviços que pres- tam assistência às mulheres víti- mas de violência, tais como, dele- gacias especializadas, casas de aco- lhimento, juizados, núcleos, mas isso ainda não é suficiente por não contemplar todo o território nacional, o que dificulta que muitas mulheres consigam orien- tação adequada e medidas prote- tivas contra seus agressores.

Diante de fatos tão aterrori- zantes, não podemos deixar de re- fletir sobre essa questão da violên- cia contra a mulher no Brasil.

Não adianta conhecer os nú- meros da violência, - que são im- portantes, sim, para o rastreamen- to dos casos no país - as estatísti- cas e as leis, se como povo não nos posicionarmos firmemente para mudar essa realidade tão cruel.

Como dizia o saudoso Mar- tin Luther King: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

———G a b r i e l L u i z , v i c e - presidente PDT Diver- sidade Piracicaba

A violência contra a mulher no Brasil

No exercício No exercício No exercício No exercício No exercício da magistratura da magistratura da magistratura da magistratura da magistratura procurei pousar procurei pousar procurei pousar procurei pousar procurei pousar um olhar

um olhar um olhar um olhar um olhar

cuidadoso sobre a cuidadoso sobre a cuidadoso sobre a cuidadoso sobre a cuidadoso sobre a criança e a mulher criança e a mulher criança e a mulher criança e a mulher criança e a mulher

João Baptista Herkenhoff

N

o dia 18, segunda, celebra- remos o Dia Mundial da Alimentação. Vamos falar neste artigo sobre a falta de ali- mentação, ou seja, sobre a fome.O tormento da fome é o mais premente problema brasi- leiro. Fome não apenas de adul- tos, mas fome de crianças.

Crianças que atingidas pela fome contraem déficits físicos e intelectuais que não podem ter re- versão no futuro. Sáo “Infâncias Perdidas”, como denunciou, em livro profético, a capixaba Sônia Altoé. Fome de mulheres grávi- das, carências que violentam o feto, crianças que já nascem mar- cadas pela exclusão da mesa.

Quanta injustiça! Creio que as mulheres, sobretudo as mais so-

fridas, têm, bem mais que os ho- mens, aquela fome que o pão so- zinho não sacia, aquele apelo de compreensão que somente o sentimento mais profundo de fraternidade pode atender.

Na minha vida de juiz sen- ti muitas vezes este apelo. No exercício da magistratura pro- curei pousar um olhar cuida- doso (o olhar cuidadoso a que se refere Frei Leonardo Boff) sobre a criança e a mulher, es- pecialmente a mulher grávida.

Libertei Marislei e Telma que foram presas como vadias num dia de sábado, que é dia de ócio, como decretou Vinicius de Moraes. Aco- lhi o motivo de relevante valor moral no ato de um acusado que feriu o agressor de sua irmã Ana Célia, uma prostituta.

Libertei Maria Lúcia, meretriz,

Dia Mundial da Alimentação

acusada de suposta tentativa de homicídio contra um “cliente” que quis dela abusar, desrespeitando sua dignidade de pessoa humana.

Reconheci a condição de

“meretrizes radicadas no dis- trito da culpa”, para conceder liberdade provisória a mulhe- res envolvidas numa briga.

A jurisprudência de então de- feria esse direito em favor de “pes- soas que exerciam trabalho hones- to, radicadas no distrito da culpa”.

Libertei Neuza, uma empre-

gada doméstica que “furtou” 150 cruzeiros (moeda de então) dos seus patrões, a fim de comprar uma passagem de trem para vol- tar à casa materna em Governa- dor Valadares (MG), desajusta- da que estava em Vitória. Os pa- trões negaram-se a lhe pagar os dias que já havia trabalhado.

Neuza retirou de uma caixa, que continha mais dinheiro, apenas a quantia para adquirir a passagem.

Os patrões perceberam, cha- maram a Polícia e Neuza foi pre- sa na Estação Pedro Nolasco (da Estrada de Ferro Vitória – Mi- nas), pronta para embarcar.

———João Baptista Herke- nhoff, juiz de direi- to aposentado (ES) e e s c r i t o r ; e m a i l – jbpherkenhoff@gmail.com

Referências