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SUMÁRIO. Introdução 03. Necessidades interpessoais e processo grupal 04. A influência da personalidade nas relações interpessoais 12

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SUMÁRIO

Introdução 03

Necessidades interpessoais e processo grupal 04 A influência da personalidade nas relações interpessoais 12 Fatores estressantes no trabalho gerando conflitos 16 O papel da comunicação nas relações interpessoais 18

Ética: conceito e história 25

Ética Profissional e Deontologia 28

Bibliografia 34

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Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.

Cada um que passa em nossa vida, Passa sozinho, Mas não vai só, Nem nos deixa sós;

Leva um pouco de nós mesmos, Deixa um pouco de si mesmo.

Há os que levam muito, Mas há os que não levam nada;

Há os que deixam muito Mas não há os que não deixam nada.

Essa é a maior responsabilidade de nossas vidas, E a prova evidente de que duas almas Não se encontram por acaso.

Antoine de Saint-Exupery

Nós não existe, mas é composto do Eu e Tu.

É uma fronteira sempre móvel onde duas pessoas se encontram.

E quando há encontro, então eu me transformo, e você também se transforma.

Frederick S. PERLS

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INTRODUÇÃO

onviver é “viver com”. Consiste em partilhar a vida, as atividades, com os outros. Em todo grupo humano existe a necessidade de conviver, de estar em relação com outros indivíduos. Além disso, a convivência é também formativa, pois ajuda no processo de reflexão, interiorização pessoal e auto-regulação do indivíduo.

C

O homem começa a ser pessoa quando é capaz de relacionar-se com os outros, quando se torna capaz de dar e receber e deixa o egocentrismo dar lugar ao alterocentrismo. A capacidade de estabelecer numerosas pontes de relacionamento interpessoal, é considerada pelos estudiosos do comportamento como um dos principais sinais de maturidade psíquica.

Pelo fato de vivermos em sociedade, oferecemos aos outros uma imagem de nós mesmos, assim como formamos conceito sobre cada uma das pessoas que conhecemos, ou seja, cada um de nós tem um conceito das pessoas que conhece e cada uma delas tem um conceito de nós. Assim como depositamos em cada pessoa conhecida um capital de estima maior ou menor, temos com ela também a nossa cota, de acordo com o nosso desempenho pessoal e social.

De acordo com Fritzen (1998), a sociabilidade e a socialidade são as duas formas básicas de estabelecer relação com o meio. A sociabilidade faz parte da natureza humana: é a necessidade de comunicação ativa e passiva que se manifesta no indivíduo desde o seu nascimento. A socialidade vai depender das circunstâncias, do ambiente, no nível de participação da pessoa em nível social.

Existem pessoas mais abertas e extrovertidas, que comunicam com

facilidade suas impressões e estão sempre dispostas a receber as mensagens

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dos outros. São as pessoas que consideramos comunicativas e sociáveis.

Outras pessoas são mais tímidas e introvertidas, propensas a reações de fechamento e de reserva, que sentem dificuldades na comunicação e podem mostrar-se inseguros até mesmo diante de suas próprias possibilidades. Há pessoas mais seletivas, que sentem dificuldade de extrapolar o círculo familiar, restringindo suas relações a pessoas próximas e em número reduzido; assim como existem pessoas que manifestam características de dominação, que gostam de impor sua vontade aos demais.

Enfim, pondera Fritzen, os estilos e formas de sociabilidade variam muito e também dependem das situações, sendo necessário, para a boa relação interpessoal, certa disposição de ânimo e interesse pelo outro: ver e ser visto, escutar e ser escutado, compreender e ser compreendido.

NECESSIDADES INTERPESSOAIS E PROCESSO GRUPAL

Um grupo é composto de pessoas, mas não equivale à soma dos indivíduos, possuindo uma realidade distinta e características peculiares. Neste são produzidos vários fenômenos psicossociais a partir de ações que os favorecem. Participar de um grupo não significa ter as mesmas idéias, mas participar de uma construção conjunta, consensual, pressupondo a necessidade de abertura às idéias alheias e capacidade de aceitação.

Todo indivíduo chega a um grupo com necessidades interpessoais específicas e identificadas, não consentindo em integrar-se até que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. Schutz (...) identifica três necessidades interpessoais básicas para esse processo de integração:

necessidade de inclusão, de controle e de afeição.

A necessidade de inclusão define-se pela ansiedade experimentada

pelo membro novo de um grupo quanto a se sentir aceito, integrado, valorizado

por aqueles aos quais se junta. Esta é uma fase importante para estabelecer

confiança e sentimento de “pertencer”, resultando em aumento da estima e

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confiança pessoal. Uma vez satisfeita esta necessidade de inclusão, a atenção do indivíduo se dirige para a influência e o controle, consistindo na definição, pelo próprio indivíduo, de suas responsabilidades no grupo e também as de cada um dos que o formam, ou seja, sentir-se responsável por aquilo que constitui o grupo, suas estruturas, suas atividades, seus objetivos, crescimento e progresso. Satisfeitas as primeiras necessidades, de inclusão e controle, o indivíduo confronta-se com as necessidades emocionais, de afeição, que consiste em obter provas de ser valorizado, estimado e respeitado pelo grupo, não apenas pelo que tem a oferecer, mas pelo que é, como ser humano.

A DINÂMICA DOS GRUPOS

1

O grupo se caracteriza pela reunião de um número variável de pessoas com um determinado objetivo, compartilhado pelos seus membros, que podem desempenhar diferentes papéis para a execução desse objetivo. No campo teórico pode-se definir o grupo como um todo dinâmico, o que significa que ele é mais que a soma de seus membros, e que a mudança no estado de qualquer sub-parte modifica o grupo como um todo.

Em nossa sociedade as pessoas vivem em campos institucionalizados e, em alguns casos, a institucionalização nos obriga a conviver com pessoas que não escolhemos. Essa forma de convívio que independe de nossa escolha é chamada de solidariedade mecânica, e o convívio escolhido é chamado de solidariedade orgânica.

Quando um grupo de estabelece, os fenômenos grupais passam a atuar sobre as pessoas individualmente e sobre o grupo, ao que chamamos de processo grupal. A fidelidade de seus membros, o grau de aderência às regras de manutenção do grupo, é chamada de coesão grupal. Grupos com baixo grau de coesão tendem a se dissolver.

1

Compilado de MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de Grupo – teorias e sistemas

e BOCK, Ana Maria et alii. Psicologias.

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Os motivos individuais são importantes para a adesão ao grupo, mas as diferenças individuais serão admitidas desde que não interfiram nos objetivos centrais do grupo ou suas características básicas. Os objetivos do grupo irão sempre prevalecer aos motivos individuais e, quanto mais o grupo precisar garantir sua coesão, mais ele impedirá manifestações individuais que não estejam de acordo com seus objetivos.

Para Minicucci o aprendizado do trabalho social de grupo é a primeira meta do trabalho grupal. O indivíduo tem de experimentar, errar, aprender, até que se comporte adequadamente e, para atingir esse desenvolvimento, conta com a colaboração dos outros.

Tipos de grupos

Alguns tipos de grupos podem ser caracterizados, de acordo com os objetivos de seus membros:

Grupo de Treinamento

- ênfase no aprimoramento das habilidades - assunto de discussão não definido

- é um processo de desenvolvimento - visa à aprendizagem

De maneira geral, um grupo de treinamento ou desenvolvimento visa auxiliar seus participantes a imprimir mudanças construtivas em seu “eu” social, através da análise das experiências presentes e imediatas.

Grupo de Terapia

- ênfase no trabalho interior

- membros com problemas de comportamento

- razões íntimas que analisam por que a pessoa age de certa maneira

- análise do porquê os problemas íntimos tolhem a atuação do indivíduo em

grupo.

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O grupo de terapia trabalha com indivíduos com problemas de ajustamento, levando-os a descobrir seu “eu” íntimo e trabalhando com aqueles problemas que inibem o comportamento normal do indivíduo em grupo.

Grupo de aprendizagem – motivado pela necessidade de aprender com os demais, de partilhar com os outros nossas idéias, sentimentos, de conseguir melhor entrosamento com as pessoas e com o mundo que nos rodeia. Objetivo

= superação individual. Ex: grupos de estudo, grupos de análise etc.

Grupo de ação – nasce da necessidade de colaboração com os outros nas decisões e no planejamento de certos tipos de trabalho que não podem ser executados individualmente. Objetivo = produtividade coletiva. Ex: grupos de mutirão, campanhas humanitárias etc.

De modo geral, os indivíduos entram em determinado grupo para satisfazer a duas classes básicas de necessidade: de aprender e de atuar com os outros. Embora haja predominância de uma ou outra necessidade, não é possível falar em grupos puros, seja de aprendizagem, seja de ação.

Grupo Operativo

Pichon-Rivière desenvolveu uma abordagem de trabalho em grupo denominada “grupos operativos”. Esse tipo de grupo caracteriza-se por estar centrado de forma explícita em uma tarefa específica. O grupo operativo configura-se como um modo de intervenção, organização e resolução de problemas grupais.

A técnica operatória (operativa) nasce, assim, para instrumentar a ação

grupal e caracteriza-se por estar centralizada na tarefa. O conjunto de

integrantes do grupo aborda as dificuldades que se apresentam em cada

momento da tarefa, logrando situações de esclarecimento. Sejam quais foram

os objetivos propostos aos grupos (diagnóstico institucional, aprendizagem,

planificação, criação etc), a finalidade é que seus integrantes aprendam a

pensar em uma co-participação do objeto do conhecimento, entendendo que

pensamento e conhecimento não são fatos individuais, mas produções sociais

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Grupo de Trabalho ou de Tarefa - ênfase na tarefa

- visa à solução de problemas - preocupa-se com a execução

- tem objetivos e metas finais definidos

Um grupo de treinamento visa mudar as maneiras de agir, os processos, a prática de seus membros, nunca realizar uma tarefa predeterminada, com objetivos estabelecidos e com a perspectiva de uma execução.

Quando se fala de grupo de trabalho ou de tarefa, se refere a grupos pequenos e restritos, destinados a resolver problemas ou a executar tarefas.

Há neste tipo de grupo comportamentos, atitudes, interações e motivações funcionais que o distinguem do grupo de formação. Para que o grupo funcione com a competência necessária para executar a tarefa, é preciso que seus elementos atinjam um mínimo de maturidade social, aptidão que os leve a se integrarem e capacidade de desenvolver comportamentos de lealdade para com seus companheiros de equipe.

Segundo Spector (2002), um grupo de trabalho é a união de duas ou mais pessoas que interagem umas com as outras e dividem algumas tarefas, visando objetivos interrelacionados. O conceito de papel subentende que nem todas as pessoas em um grupo têm a mesma função ou propósito; seus encargos e responsabilidades são diferentes.

Os papéis começam a ser delineados no grupo com a distribuição de tarefas e a assunção de papéis informais. Os papéis acentuam-se principalmente quando o indivíduo não é aceito pelo grupo, e utiliza mecanismo de regressão (agressivo, colaborador, mimado, chorão, resmungão, retardado, sonolento). À medida que esses papéis forem se diluindo com a interação, a atividade se dirigirá cada vez mais para a tarefa.

Quando se verifica a aceitação incondicional, recíproca e individual pelo

líder, o grupo começa a integrar-se e aparecem os chamados papéis sociais

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(reforçador, mediador, informador, opinador). O líder, oportunamente, exercerá cada um desses papéis e dará oportunidade para que cada um possa também desempenhá-los, estabelecendo um clima de grupo cooperativo e solidário.

Quaisquer que sejam os objetivos do grupo, ele não deve ser considerado um organismo fechado em si, pois está inserido em um contexto social com o qual mantém ligações. O grupo nunca pode esquecer a comunidade à qual está ligado, pois ela condiciona seu funcionamento e traça parte de suas características.

Existe uma crença sobre o desempenho do grupo ser superior ao individual em muitas tarefas, crença essa baseada na noção de que algo surge da interação entre as pessoas, possibilitando que o grupo seja melhor do que a soma de seus membros.

Crescimento do grupo

O desenvolvimento de um grupo de tarefa passa por fases em sua meta de integração, que acontece quando se constitui num todo (gestalt) na união de seus elementos. Há três fases a serem consideradas:

1. Individualista – no início os elementos do grupo tendem a se auto-afirmar como indivíduos, como decorrência da necessidade de aceitação. Quando as pessoas se conhecem melhor, passam a aceitar-se reciprocamente.

2. Identificação – nesta etapa o grupo começa a fragmentar-se em subgrupos, que surgem essencialmente nos momentos de decisão, reunindo pessoas que compartilham idéias, apreensões, etc.

3. Integração – quando os indivíduos se sentirem aceitos e tiverem certeza de

que suas decisões serão levadas em consideração, o grupo começará a

integrar-se, sendo alguns critérios são altamente significativos para a

integração: a) Comunicação autêntica – quando os membros já estabeleceram

uma linguagem comum. A comunicação hierarquizada, de subordinação, cria

no grupo bloqueios e filtragens, gerando mal-entendidos, conflitos de prestígio,

decorrendo daí uma integração artificial e comprometida. b) Alto grau de

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coesão – o grupo se torna coeso quando os elementos estão capacitados a participar integralmente das atividades do grupo, surgindo o sentimento de

“pertencer a”.

Quando o grupo desenvolve uma comunicação espontânea e adquire coesão, ele se torna de tal forma solidário em função da tarefa que a entrada ou saída de um elemento não alteram e não ameaçam a integridade do grupo.

A coesão expressa um sentimento de responsabilidade de grupo e amizade e entre os membros. As normas são mais observadas e fiscalizadas em grupos informais, e as pressões referentes às normas tendem a produzir acordo.

Grupos nas empresas

Dentro de uma organização, é a divisão do trabalho basicamente responsável pela formação de grupos. Entre as características básicas do grupo encontram-se metas, coesão, normas e acordo. A meta principal e formal do grupo será derivada de metas formais da organização; a participação no delineamento das dessas metas resulta em aumento de motivação.

a) Normas – regras informais ou padrões de conduta segundo os quais o grupo se desenvolve e aos quais se espera que os membros adiram.

b) Grupos formais – são os criados pela organização formal. Podem ser permanentes ou temporários.

c) Grupos informais – surgem espontaneamente. Podem ser verticais ou horizontais. Os verticais são alianças recíprocas entre pessoas formalmente desiguais e os horizontais cruzam as linhas departamentais.

As normas são regras de comportamento informais aceitas pelos

membros de um grupo de trabalho, podendo englobar desde a vestimenta até a

forma de falar e se comportar na organização. As normas podem ter grande

influência no comportamento individual, e a determinação de objetivos é uma

boa forma de fazer com que os grupos adotem normas consistentes com o

bom funcionamento da organização.

Referências

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