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A língua inglesa e as soft skills : desenvolvendo competências para um mundo global

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Academic year: 2022

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A língua inglesa e as “soft skills”:

desenvolvendo competências para um mundo global

Telma Gimenez

Universidade Estadual de Londrina www.uel.br/pessoal/tgimenez São Paulo, 11 de novembro de 2019

(2)

It is perhaps unnecessary to stress that having a common language

helps in the process of considering ourselves as human beings who live on the same planet and, therefore, form one community. The value of knowing English is not so much to be able to access material things but the possibility it offers for creating respect and acceptance of diversity. English allows us to advance toward global exchange and solidarity among the institutions of civil society, extending citizen bonds far and wide across the globe.

Gimenez, T. ETs and ELT: teaching a world language. ELT Journal, v.55, n.3, 2001.

(3)

Expectativas

• Compreender por que o ensino-aprendizagem de língua

inglesa como lingua franca pode desenvolver competência (ou cidadania) global;

• Mundo global, cidadania global e glocalização

• Inglês como lingua franca x inglês como língua estrangeira

• Considerar os desafios para o ensino-aprendizagem de inglês na perspectiva de desenvolvimento da competência global.

(4)

Um mundo em transformação

Mundo do trabalho

4ª. Revolução Industrial (automação)

Demografia

movimentos migratórios Superdiversidade

multilinguismo Radicalização

extremismos

(5)

Novas capacidades

• Soft skills

• Habilidades/competências para o século 21

• Competência global

(6)

• Conhecimentos =

(7)

Habilidades brandas (soft skills)

Core Skills (British Council) Forbes

Pensamento crítico e resolução de problemas

Resiliência

Criatividade e imaginação Pensamento criativo Cidadania

Liderança Liderança

Colaboração e comunicação Comunicação eficaz Letramento digital

Ética no trabalho Empatia

(8)

Competência global (OECD Pisa framework)

• A capacidade de

examinar

questões locais, globais e

interculturais, para entender e apreciar as perspectivas e

visões de mundo dos outros, para se

engajar

em

interações abertas,

apropriadas e efetivas com pessoas de diferentes

culturas e para

agir

pelo bem-estar coletivo e

desenvolvimento sustentável.

(9)

Por quê?

• Para viver harmoniosamente em comunidades

multiculturais.

• Para ser bem-sucedido em um mercado de trabalho em transformação.

• Para usar plataformas de mídia eficiente e

responsavelmente.

• Para promover os objetivos do desenvolvimento

sustentável.

(10)

Educação para a cidadania global

• Inglês como uma

possibilidade de alcançar para além do local, não apenas porque permite

interlocução com pessoas de diferentes culturas e línguas maternas, como também permite acesso a diferentes visões de

mundo que se expressam em inglês, criando

possibilidades de ação.

(11)

Glocalização

• Como o local e o global se conectam?

• (Re) Estruturação do local com referência ao global e vice-versa.

• Línguas locais e estrangeiras

(12)

Cidadania global

A global citizen is someone who is aware of and understands the wider world - and their place in it. They take an active role in

their community, and work with others to make our planet more equal, fair and sustainable.

Fonte: Oxfam

https://www.oxfam.org.uk/education/who-we- are/what-is-global-citizenship

(13)

Inglês para competência global

Habilidade de estabelecer interações positivas com pessoas de diferentes origens nacionais, étnicas, religiosas, sociais, culturais ou de gênero.

Como estamos neste

quesito?

(14)

LÍNGUA ESTRANGEIRA OU LINGUA FRANCA?

(15)

Inglês como lingua franca

• Língua de contato entre falantes que não

partilham de uma língua comum. Algumas são

‘pidgins’ (não têm falantes nativos), enquanto outras são línguas naturais

usadas para fins de comunicação.

• Inglês como lingua franca = uma língua de contato entre falantes ou grupos de falantes quando pelo menos um deles a usa como segunda língua.

(Mauranen, 2018).

(16)

Inglês como lingua franca

• Uma das possibilidades de conceituar os usos do Inglês como língua associada à globalização.

• O rótulo “lingua franca” sinaliza o desejo de considerar os

eventos comunicativos nos quais o Inglês se desterritorializa e as interações se pautam por fluidez e variabilidade.

• ILF ao mesmo tempo que representa o reconhecimento de que a língua inglesa não se define por fronteiras nacionais, também é visto como um termo que invisibiliza a história e pressupõe neutralidade, ignorando as relações de poder envolvidas nas interações.

(17)

Inglês como lingua franca

• Meados anos 1990: constatação de que a expansão do Inglês no mundo tinha resultado em maior número de falantes não nativos do que de nativos;

• Proposta de rompimento com o ensino de inglês como língua estrangeira em contextos onde esta não era língua nativa;

• Premissa de que usuários do inglês para fins de comunicação intercultural não deveriam se ater a normas de falantes nativos;

• Início das pesquisas empíricas focalizaram “forma”, embora processos de acomodação também fossem reconhecidos.

(18)

Inglês como lingua franca

• Contexto de uso do inglês que exige flexibilidade e adaptabilidade

S1=Japanese S2= Korean

S1: what is (,) what is your future plan?

S2: ah(.) actually i want to be: translator or interpreter in the future if possible S1: yes (,) yeah @@@

S2: @@@ah: what about you?

S1: ah i want to be computer programmer ah and also i want to use english with another people

Fonte: Cogo & Dewey, 2012: 63

(19)

ELF EFL Paradigma de Global

Englishes

Paradigma de Língua estrangeira moderna Erros vistos na perspectiva de

potencial criatividade

Erros vistos na perspectiva de deficit

Metáforas de contato e evolução

Metáforas de fossilização e interferência

Code-switching e code-mixing como estratégias pragmáticas

Code-switching e code-mixing como falhas

Prioridade para eficácia comunicativa

Prioridade para “correção”

(20)

Ensino de inglês como língua estrangeira

• Objetivo é aprender a língua para comunicar-se de modo eficaz com os falantes nativos;

• Ensino de cultura fundamental para o aprendizado da língua;

• Parâmetros de proficiência definidos a partir do falante nativo;

• Todas as línguas competem igualmente pela inserção no currículo escolar;

(21)

Ensino de inglês como língua estrangeira

• Metodologias de ensino de línguas estrangeiras

independentes da língua que está sendo ensinada;

• Valorização do aprendizado de uma língua estrangeira em uma perspectiva humanística;

• Fortalecimento do plurilingüismo.

(22)

BNCC: Inglês como lingua franca

Trata-se, portanto, de definir a opção pelo ensino da língua inglesa como lingua franca, uma língua de comunicação internacional utilizada por falantes espalhados no mundo inteiro, com diferentes

repertórios linguísticos e culturais. Essa perspectiva permite questionar a visão de que o único inglês

correto – e a ser ensinado – é aquele falado por

estadunidenses ou britânicos, por exemplo. Desse modo, o tratamento do inglês como língua franca o desvincula da noção de pertencimento a um

determinado território e, consequentemente, a culturas típicas de comunidades específicas.

(23)

Inglês como lingua franca

Foco na inteligibilidade

Desenvolvimento de estratégias pragmáticas

Abertura para diversidade

Empatia (“let it pass”

principle)

Variabilidade linguística

(24)

Inglês como lingua franca

• Cada vez mais usado em contextos de CLIL ou EMI, especialmente na Ásia.

• Estudantes cada vez mais

expostos a usos do inglês por falantes não-nativos e,

portanto, a maior diversidade linguístico-cultural.

(25)

Como a perspectiva de inglês como lingua franca pode informar o desenvolvimento de

competência global?

(26)

Inglês para competência global

Abordagem temática:

Global issues

http://www.globalissues.org/

https://www.un.org/en/sections/i ssues-depth/global-issues-

overview/

(27)

Inglês para competência global

Human flow (Wei Wei) Capacidade de examinar

problemas e situações locais, globais e culturais significativas (por ex.,

pobreza,

interdependência

econômica, migração, desigualdade, riscos ambientais, conflitos, diferenças culturais e estereótipos).

https://www.youtube.com/watch?v=_jO9DqVztLQ

(28)

Inglês para competência global

Capacidade de entender e apreciar diferentes pespectivas e pontos de vista

(29)

Explorando inglês como lingua franca

• Estratégias pragmáticas

• Interações são co-construídas

• Definição mútua do que é aceitável ou adequado sem necessariamente se referir a normas de

falantes nativos

• Habilidade de usar estratégias comunicativas (e.g. auto-reparo, paráfrase, pedido de

esclarecimento) visando o entendimento mútuo

• Alinhamento à fala do interlocutor.

(30)

Efeitos do ensino na perspectiva de lingua franca

• Aumenta a confiança do

professor e do aluno em usar inglês

• Aumenta a motivação para falar inglês

• Contribui para a fluência, ao diminuir o receio de errar

• Torna a comunicação mais confortável

• Torna as interações mais naturais, mais livres

• Propicia um sentimento de

igualdade na interação uma vez que todos têm direitos iguais

• Fortalece o sentido de apropriação do inglês.

Fonte:Kemaloglu-Er, E. & Bayyurt, Y. (forthcoming). ELF-aware pre-service teacher education: Teaching practices and reflections from Turkey. In L. Cavalheiro (Ed.), Preparing English language teachers for today’s globalized world. Lisbon: University of Lisbon Centre for English Studies.

(31)

Para concluir,

O inglês tem sido cada vez mais usado como lingua franca ao redor do mundo, com tendência ao crescimento;

• Isto significa que usuários de inglês interagirão muito mais com falantes não-nativos do que nativos, em uma grande diversidade de contextos;

• Seu ensino pode contribuir para o desenvolvimento da

competência global ao desnaturalizar sua associação exclusiva com falantes nativos;

• Portanto, o aprendizado dessa competência depende não só de usar o inglês para discutir assuntos globais, mas também do

desenvolvimento de estratégias comunicacionais apropriadas

para interações mais imprevisíveis.

(32)

Referências

BAYYURT, Y.; AKCAN, S. (Eds). Current perspectives on pedagogy for ELF.De Gruyter Mouton. De Gruyter Mouton, 2015.

COGO, A. & DEWEY, M. (2012). Analysing English as a Lingua Franca – A Corpus-Driven Investigation. London and New York: Continuum.

GIMENEZ, T.; SHEEHAN, S. Global citizenship in the English classroom. The British Council.2008, Disponível em

<https://englishagenda.britishcouncil.org/continuing-professional-development/cpd-managers/global-citizenship-english-language-classroom>.

GIMENEZ, T., EL KADRI, M. ; CALVO, L. (eds) ELF in teacher education. A Brazilian perspective. Berlin: De Gruyter, 2018.

JENKINS, J. Accommodating (to) ELF in the international university. Journal of Pragmatics 43 (2011): 926–936

JENKINS, J. (2014). English as a lingua franca in the international university: The politics of academic English language policy. Abingdon: Routledge.

JENKINS, J. ; BAKER, W.; DEWEY, M. The Routledge Handbook of English as a Lingua Franca.Abingdon: Routledge, 2018.

MURATA, K. (ed.) (2018). English-Medium Instruction from an English as a Lingua Franca perspective – exploring the higher education context.

Abingdon: Routledge.

OECD. The OECD Pisa global competence framework. 2018. Disponível em < https://www.oecd.org/pisa/pisa-2018-global-competence.htm>

SEIDLHOFER, B. Understanding English as a lingua franca. Oxford: Oxford University Press, 2011.

SIFAKIS, N.C.; TSANTILA, N. (ed). (2019). English as a lingua franca for EFL contexts. Bristol: Multilingual Matters.

(33)

Obrigada pela atenção!

tgimenez@uel.br

Referências

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