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Análise da marcação imunohistoquímica do fator induzido por hipóxia1α em carcinoma epidermóide oral e em lesões malignas

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

FILIPE NOBRE CHAVES

ANÁLISE DA MARCAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DO FATOR INDUZIDO POR HIPÓXIA-1α EM CARCINOMA EPIDERMÓIDE ORAL E EM LESÕES

POTENCIALMENTE MALIGNAS.

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FILIPE NOBRE CHAVES

ANÁLISE DA MARCAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DO FATOR INDUZIDO POR HIPÓXIA-1α EM CARCINOMA EPIDERMÓIDE ORAL E EM LESÕES

POTENCIALMENTE MALIGNAS.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como um dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Odontologia.

Área de Concentração: Clínica Odontológica Orientadora: Profa. Dra. Karuza Maria Alves Pereira

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca de Ciências da Saúde

C438a Chaves, Filipe Nobre.

Análise da marcação imunohistoquímica do fator induzido por hipóxia-1α em carcinoma epidermóide oral e em lesões potencialmente malignas. / Filipe Nobre Chaves. – 2013.

78 f. : il. color., enc. ; 30 cm.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem. Programa de Pós -Graduação em Odontologia, Fortaleza, 2013.

Área de Concentração: Clínica Odontológica. Orientação: Profa. Dra. Karuza Maria Alves Pereira.

1. Subunidade alfa do Fator 1 Induzível por Hipóxia. 2. Neoplasias Bucais . 3. Lesões Pré-Cancerosas. 4. Carcinoma de células escamosas . I. Título.

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FILIPE NOBRE CHAVES

ANÁLISE DA MARCAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DO FATOR INDUZIDO POR HIPÓXIA-1α EM CARCINOMA EPIDERMÓIDE ORAL E EM LESÕES

POTENCIALMENTE MALIGNAS.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia.

Aprovada em: 26 de dezembro 2013

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________ Prof. Dr. Karuza Maria Alves Pereira (Orientadora) Universidade Federal do Ceará – UFC campus Sobral

________________________________________________ Prof. Dr. Fábio Wildson Gurgel Costa

Universidade Federal do Ceará – UFC

__________________________________________________ Profa. Dra. Roberta Barroso Cavalcante

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A Deus e a Nossa Senhora , que tem a cada

dia renovado minha força para vencer os

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Rosangela e Hélder, pela dedicação à nossa família e por demonstrarem, a cada dia, o valor do trabalho.

À minha noiva Vilminha, que está comigo em todos os desafios, me fortalecendo e ajudando a vencê-los, além do amor incondicional.

Ao meu irmão, Samir, um verdadeiro amigo e confidente.

Aos meus familiares, por me darem uma base de pedra perante os ventos da vida,

Ao meu amigo Paulim, pela ajuda intelectual, estatística e pessoal durante o desenrolar do estudo.

À minha orientadora, Professora Karuza, pelos grandes ensinamentos científicos, pessoais e morais transmitidos. Sou imensamente grato pela sua disponibilidade, palavras de incentivo e ajuda profissional.

Ao Professor Fábio, ao qual devo grande parte da minha formação profissional e pessoal. Obrigado pela confiança, oportunidades, além de me dar oportunidade de conhecer cada vez mais essa grande pessoa que você é, um ser humano impecavelmente inteligente, simples e acessível, não medindo esforços para transmitir toda a sua sabedoria.

Ao meu “irmão” Samuel, um verdadeiro amigo, pronto para mover montanhas.

À Professora Ana Paula e ao professor Fabrício Bitu, por investir e confiar neste projeto, bem como pelo nosso trabalho diário, formando um forte vínculo entre Laboratório de Patologia Bucodental e Universidade Federal do Ceará campus Sobral.

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À bolsista Sthefane pela ajuda e disponibilidade interminável.

Aos colegas e amigos do Laboratório de Patologia Bucodental Artur, Clarissa, Thales, Malena, Carol, Ealber, Mariana, Laryssa, Camila e Erasmo pela amizade, companhia e troca de experiências.

Aos bolsistas de iniciação científica Khalil, Larissa e Laís. Sem seu esforço esse trabalho não seria possível. Obrigado por transformar todos os momentos de trabalho de bancada em instantes de alegria e descontração.

Ao Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFC, Clínica de Métodos Diagnóstico I e II e ao Laboratório de Patologia Bucodental, por me permitir fazer parte e ajudar no crescimento e reconhecimento do serviço.

Ao programa REUNI, pela concessão da bolsa de estudos.

A Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, pelo apoio financeiro e por acreditar em nossa pesquisa.

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RESUMO

Introdução: Hipóxia constitui em uma característica comum de tumores sólidos, como em cânceres de cabeça e pescoço, e nessas condições, uma via de sinalização envolvendo um regulador de resposta a oxigênio, chamado de Fator Induzido por Hipóxia-1 (HIF-1) tem-se destacado, na tentativa de permitir uma melhor compreensão sobre a biologia tumoral do câncer. Objetivo: Investigar o papel do HIF-1 em carcinoma epidermóide oral (CEO) e em lesões potencialmente malignas que apresentam displasia epitelial oral (DEO). Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal, através do diagnóstico e análise imuno-molecular de lesões malignas e potencialmente malignas. Foram incluídos 10 casos biopsiados com diagnóstico histopatológico de CEO e 10 casos de DEO. Utilizou-se a técnica imunohistoquímica da Estreptoavitina-Biotina com o anticorpo HIF-1 (marca Abcam, diluição 1:200, 60 minutos, recuperação antigênica com citrato pH6 Pascal), analisando 05 campos de cada caso no aumento de 400X. O número de células em cada um dos cinco campos foi somado e considerou-se como unidade amostral o percentual de células imuno-positivas para HIF-1α conforme marcação nuclear e citoplasmática, bem como intensidade desta última. Os resultados foram obtidos e comparados entre grupos por meio dos testes t de Student e ANOVA multifatorial, seguido do pós-teste de Bonferroni, tomando como base os níveis de significância de 5%. Resultados: Foi observado uma expressão citoplasmática de HIF-1α em 58.4±6.0% das células epiteliais das DEO e em 77.8±3.9% das células dos CEO, com diferença significante (p=0.022). O percentual de células positivas para HIF-1α com marcação nuclear também mostrou diferença significante (p=0.021) entre DEO (0.2±0.1%) e CEO (2.4±0.8). Não houve diferença significante entre o percentual de células com imunomarcação positiva fraca em citoplasma entre DEO e CEO (p=0.337), no entanto, houve aumento significante no percentual de células com marcação citoplasmática moderada (p=0.029) e forte (p=0.031) entre DEO e CEO. Conclusão: Foi observada uma aumento da expressão, nuclear e citoplasmática, de HIF-1α de DEO para CEO, sugerindo seu envolvimento em estágios iniciais da carcinogênese oral. Relevância Clínica: Buscar o entendimento das complexas vias de sinalização, bem como do microambiente tumoral, e diferentes comportamentos biológicos no câncer oral.

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ABSTRACT

Introduction: Hypoxia is a common feature in solid tumors, such as head and neck cancers, and in these conditions a signaling pathway involving a response regulator oxygen, called hypoxia-inducible factor-1 (HIF-1) we have highlighted in an attempt to provide a better understanding of tumor biology of cancer. Objective: To investigate the role of HIF-1 in oral squamous cell carcinoma and premalignant lesions presenting oral epithelial dysplasia. Methods : Observational, analytical and cross through the diagnosis and immuno- molecular analysis of malignant and premalignant lesions. 10 biopsied cases with histopathological diagnosis of the CEO and DEO 10 cases were included. It was used the technique of immunohistochemistry Estreptoavitina-Biotin with HIF-1 antibody (Abcam mark, 1:200 dilution, 60 min pH6 citrate antigen retrieval Pascal) analysis of 05 fields each case at 400X magnification. The number of cells in each of five fields was added and the sample was considered as a unit the percentage of positive cells immuno-HIF-1α nuclear and cytoplasmic as well as intensity thereof. The results were obtained and compared between groups by the Student and multifactor ANOVA followed by Bonferroni post-test t test, based on the significance levels of 5%. Results: Cytoplasmic expression of HIF-1α was observed in 58.4 ± 6.0% of the epithelial cells of the DEO and 77.8 ± 3.9% of the cells of the CEO, with a significant difference (p = 0.022). The percentage of cells positive for HIF-1α nuclear staining also showed significant difference (p = 0.021) between DEO (0.2 ± 0.1%) and CEO (2.4 ± 0.8). There was no significant difference between the percentage of cells with weak positive immunostaining in the cytoplasm between DEO and CEO (p = 0.337), however, a significant increase in the percentage of cells with moderate cytoplasm staining (p = 0.029) and strong (p = 0.031) between DEO and CEO. Conclusion: One increasing the expression, nuclear and cytoplasmic HIF-1α DEO to CEO was observed, suggesting their involvement in the early stages of oral carcinogenesis. Clinical Relevance: Seek understanding of the complex signaling pathways, as well as the tumor microenvironment, and different biological behaviors in oral cancer.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - Mecanismo de ação do fator induzido por hipóxia-1 (HIF-1) em ambientes normóxico e hipóxico... 18 FIGURA 2 - Percentual de Células Epiteliais Imuno- marcadas por HIF-1α em

Citoplasma... 43 FIGURA 3 - Percentual de Células Epiteliais Imuno- marcadas por HIF-1α em

núcleo... 44 FIGURA 4 - Percentual de Células Epiteliais Imuno- marcadas Qualitativamente

por HIF-1α em Citoplasma... 45 FIGURA 5 - Percentual de Células Epiteliais Imuno- marcadas por HIF-1α em

Citoplasma por Gênero... 46 FIGURA 6 - Percentual de Células Epiteliais Imuno- marcadas Qualitativamente

por HIF-1α em Citoplasma por Gênero...... 47 FIGURA 7 - Percentual de Células Epiteliais Imuno- marcadas por HIF-1α em

Nucleo por Gênero... 48 FIGURA 8 - Detecção da expressão do Fator Induzido por Hipóxia-1 (HIF-1α) em

espécimes de displasia epitelial oral (DEO)... 49 FIGURA 9 - Detecção da expressão do Fator Induzido por Hipóxia-1 (HIF-1α) em

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE ABREVIATURAS

ARNT Arylhidrocarbon-receptor translocador nuclease

bHLH Basic helix-loop-helix

CEO Carcinoma epidermóide oral CSC Células tronco cancerígenas DEO Displasia epitelial oral DNA Ácido desoxirribonucleico

EPO Eritropoietina

GLUT-1 Transportador de glicose - 1 HIF Fator induzido por hipóxia

HPV Papilomavirus Humano

HRE Complexo de resposta a hipóxia INCA Instrituto Nacional de Câncer LPM Lesões potencialmente malignas PCNA Antígeno de proliferação nuclear

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL... 13

1.1 Fator Induzido por Hipóxia (HIF) 15 2 PROPOSIÇÃO... 20

2.1 Objetivo Geral... 20

2.2 Objetivos Específicos... 20

3 CAPÍTULOS... 21

3.1 CAPÍTULO 1: Análise da marcação imunohistoquímica do Fator Induzido por Hipóxia-1α em carcinoma epidermóide oral e em lesões potencialme nte malignas... 22

4 CONCLUSÃO GERAL... 51

5 REFERÊNCIAS... 52

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1 INTRODUÇÃO GERAL

Câncer tem sido grande alvo de estudos e investigações científicas por ser uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo mundo, sendo, atualmente, considerado como a segunda maior causa de morte no mundo, atrás de mortalidades relacionadas a doenças coronarianas; por isso os fatores relacionados ao câncer apresentam grande relevância em pesquisas científicas. (SCULLY, 2005). Cânceres orais continuam sendo uma doença letal para mais de 50% dos casos diagnosticados anualmente e, em grande parte, isso se deve ao fato de a maioria dos casos serem diagnosticados em estágios avançados da doença (WARNAKULASURIYA, 2009).

O CEO representa o sexto câncer mais frequente no mundo, abrangendo uma ampla variação geográfica. Em países de alto risco (Sri Lanka, Índia e Paquistão), câncer oral pode ser a neoplasia maligna mais comum entre homens e contribuir com até 25% de todos os novos casos de câncer (WARNAKULASURIYA, 2010). França, Austrália, Hungria, Espanha, Canadá e Brasil também apresentam altas taxas de incidência de tumores em cavidade oral (WARNAKULASURIYA, 2009).

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer do Brasil (INCA), em previsão para o ano de 2012, estimou-se 9.990 novos casos de câncer oral em homens e 4.180 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 10 novos casos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100 mil mulheres, sendo essa predileção pelo sexo masculino observada na maioria dos países. No Nordeste, excluindo os tumores da pele (não melanoma), o câncer da cavidade oral é o quarto mais comum entre homens (6 casos/100 mil homens) e oitavo mais comum entre mulheres (3 casos/100 mil mulheres). No Ceará, estimam-se 430 novos casos para 2012, estando entre os três estados com maior incidência da região Nordeste, atrás apenas de Bahia e Pernambuco (INCA, 2012a; INCA, 2012b).

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de divisão da célula, favorecendo uma instabilidade genética (NAGPAL, 2003).

Normalmente, o prognóstico do câncer de boca no Brasil é considerado ruim. Embora a cavidade oral seja facilmente acessível à exploração, o que torna mais fácil a detecção de lesões incipientes, o diagnóstico do câncer oral, em estágio assintomático é incomum (NEVILLE et al., 2009; CARVALHO et al., 2011).

CEO apresenta um prognóstico bastante oneroso, sendo observado severas sequelas terapêuticas em decorrência dos tratamentos tardios associados a graves comprometime ntos psíquicos desses pacientes, encorajando pesquisas adicionais sobre fatores que podem modificar a evolução da doença (MASSANO et al., 2006). Apesar dos grandes avanços e descobertas, o prognóstico desse tipo de câncer ainda é pobre, com taxa de sobrevida estimada de 56% em cinco anos (KADEMANI et al., 2005).

Desordens potencialmente malignas também estão associadas a carcinogênese oral, sendo que CEOs têm sido documentados em associação ou precedidos por uma lesão potencialmente maligna (LPM). Leucoplasia, eritroplasia, eritroleucoplasia e queilite actínica são as principais desordens envolvidas no surgimento de lesões malignas intraorais (BARNES et al., 2005; WARNAKULASURIYA, 2007). Quando o desfecho de um grande número de lesões potencialmente malignas é revisto, a freqüência de transfor mação em lesão maligna é maior do que o risco associado a uma mucosa normal ou não-alterada, ressaltando a importância do diagnóstico precoce dessas lesões para o correto tratamento e acompanhamento dessas patologias (WARNAKULASURIYA, 2008).

LPMs podem apresentar alterações morfológicas e citológicas que caracterizam um quadro histopatológico de displasia epitelial oral (DEO), o qual demonstra um maior potencial de transformação maligna para CEO quando comparado com o tecido epitelial normal (WARNAKULASURIYA, 2007; SILVEIRA et al., 2009). Histologicamente, as células epiteliais malignas invadem a lâmina própria subjacente, organizadas em ninhos, cordões e/ou lençóis, ou isoladamente. Estas células exibem atipias, tais como: pleomorfismo celular, aumento da relação núcleo/citoplasma, hipercromatismo nuclear, formação de pérolas de ceratina, dentre outras (SCULLY, 2005). Assim, o diagnóstico histopatológico de DEO é considerado um importante indicativo de transformação para CEO ( BARNES et al., 2005; BRENNAN et al., 2007; WARNAKULASURIYA, 2007).

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nas células epiteliais da mucosa oral, desenvolvimento de lesões potencialmente malignas e, posteriormente, ao carcinoma invasivo. Muitos estudos tem revelado o importante papel desempenhado por proto-oncogenes e genes supressores tumorais durante o curso de evolução do câncer oral (JADOTTE; SCHWARTZ, 2012).

Anormalidades afetando proteínas relacionadas à proliferação celular, angiogênese e metástase também tem sido reportadas e relacionadas com o prognóstico do tumor (BRINKMAN; WONG 2006; JADOTTE; SCHWARTZ, 2012).

Na prática clínica, o planejamento do tratamento e avaliação do prognóstico para CEO é principalmente baseado no estadiamento tumoral (sistema TNM). No entanto, essa classificação fornece informações limitadas sobre a resposta do tratamento à agressividade biológica e prognóstico (HEO et al., 2012). Portanto, novos marcadores moleculares que buscam prever o prognóstico e a agressividade tumoral devem ser estudados de forma individualizada, procurando estabelecer e definir prognóstico e, assim, buscar alternativas ao tratamento do câncer oral.

Esforços tem sido direcionados tanto à descoberta de proteínas e moléculas que funcionam como alvos terapêuticos quanto ao melhor entendimento das vias de sinalização moleculares funcionantes durante a inicialização e progressão tumoral. Estudos recentes evidenciam novos achados sobre câncer de cabeça e pescoço, conduzindo a uma melhor compreensão das características biológicas desses tumores, bem como fornecendo mais opções de tratamento, como novos agentes terapêutico s dirigidos contra múltiplos alvos moleculares (HADDAD et al., 2008). Nesse contexto uma das vias que já vem sendo estudada, inclusive para o CEO, é do Fator Induzido por Hipóxia.

1.1 Fator Induzido por Hipóxia (HIF)

O comportamento biológico das neoplasias malignas, incluindo o CEO, é complexo, pois o crescimento e a disseminação do câncer dependem não só da proliferação celular neoplásica, mas também das respostas dos tecidos normais do hospedeiro. É necessário, para tal, que uma variedade de interações ocorra entre as células tumorais, a rede vascular, o sistema imune e o tecido conjuntivo (NAGPAL, 2003). Mais recentemente, tem-se destacado o estudo sobre o metabolismo enérgico das células tumorais, buscando uma melhor compreensão sobre a biologia tumoral do câncer (MORENO-SÁNCHEZ et al., 2007).

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evolução e progressão do carcinoma oral são promovidas por múltiplas alterações celulares e moleculares no epitélio oral. Proteínas geneticamente alteradas podem exercer efeitos importantes nas neoplasias malignas. Mais recentemente, têm-se destacado as proteínas do metabolismo celular (STRYER, TYMOCZO, JEREMY 2004; DEMASI et al., 2010).

Hipóxia é uma situação comum nos cânceres, importante nos tumores localmente agressivos, pois com o crescimento tumoral, a lesão rapidamente ultrapassa sua vascularização, gerando déficit de nutrientes e oxigênio, principalmente em tumores sólidos. Lembrando que todas as células do nosso organismo necessitam de oxigênio para exercer sua função metabólica normal, incluindo a fosforilação oxidativa, a capacidade das células cancerosas de adaptação à hipóxia, transitória ou extensa, é essencial para a sobrevivência tumoral (BRAHIMI-HORN; POUYSSÉGUR 2006; RYU et al., 2010; PEREZ-SAYANS et al., 2011; OLIVEIRA; RIBEIRO-SILVA, 2011). CEO é caracteristicamente uma neoplasia localmente agressiva com rápida progressão; nesses tumores, a concentração de oxigênio (O2) é significantemente reduzida. Sugere-se que o caráter invasivo e metastático do CEO esteja relacionado a uma consequência de sua adaptação ao microambiente hipóxico (RYU et al., 2010; ECKERT et al., 2011; PEREIRA et al., 2013).

Resposta celular aos níveis de oxigênio é monitorada, em parte, pela atividade transcricional dos fatores induzidos por hipóxia. Nessas condições, uma via de sinalização envolvendo um regulador da resposta ao oxigênio, chamado de Fator Induzido por Hipóxia (HIF), é ativada (BRAHIMI-HORN et al., 2006; HEDDLESTON et al., 2010; SUN et al., 2012). HIF é um fator de transcrição que, em hipóxia, coordena a indução e repressão de vários genes que controlam múltiplas funções celulares tais como angiogênese, metabolismo, invasão/metástase e apoptose/sobrevida celular (BRAHIMI-HORN et al., 2006). O HIF-1 é um fator transcricional que exerce um papel essencial na resposta adaptativa das células em meio à baixa concentração de oxigênio (BRENNAN et al., 2005). Em alguns cânceres, a superexpressão de HIF-1 é associada ao aumento da mortalidade (BRENNAN et al., 2005, ECKERT et al., 2011). Recentemente descoberto, o complexo molecular do HIF-1 consiste em uma base, hélice-alça- hélice-PAS, heterodímera composta de duas subunidades, uma alfa

(α) e beta (β), a subunidade α não é constitutiva e é sensível ao oxigênio, já a subunidade β,

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ECKERT et al., 2012; PEREIRA et al., 2013).

O Fator induzido por hipóxia-1α (HIF-1 α) é um fator de transcrição que exerce um papel na homeostase celular em resposta a hipóxia, desempenhando papel relevante na carcinogênese (HEDDLESTON et al., 2010; KEITH, B. et al., 2011; SUN et al., 2012; PEREIRA et al., 2013), através da sobre regulação de mais de 100 genes envolvidos na adaptação tumoral como no transporte glicolítico, alterando o microambiente tumoral, estabilização de pH, angiogênese e agindo sobre células-troncos cancerígenas (ECKERT et al., 2012; PEREIRA et al., 2013). Tem sido relatado que certos fatores de crescimento (como fator de crescimento endotelial), citocinas (como prostraglandinas E2), e sobre-expressão da proteína ra s podem aumentar a expressão de HIF-1α em células tumorais, bem com perda do gene supressor tumoral p53. Além disso, HIF-1α pode controlar a expressão de genes da VEGF e EPO, que possuem capacidade de proliferação e migração de células endoteliais, resultando na promoção da angiogênese e EPO, promovendo o aumento da proliferação e crescimento tumoral. Assim expressão de HIF-1α pode aumentar a progressão câncer bucal através da promoção da angiogênese tumoral e estimulação direta do crescimento de célula tumoral (LIN et al., 2008; PEREIRA et al., 2013).

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Figura 1: Mecanismo de ação do fator induzido por hipóxia-1 (HIF-1) em ambientes normóxico e hipóxico.

PHD, do mín io hidro xilase prolil; PRO 402, prolina 402; p VHL, von Hippel -Lindau supressor de tumor; E3UB, E3 ubiqu itina ligase; HRE, e le mento de resposta a hipóxia; CA IX, an idrase carbônica IX; VEGF, fator de crescimento endotelial vascular; PDGF-β , derivado de plaquetas growth factor-β; GLUT 1, transportador de glicose 1; CSC, de células -tronco do câncer.

Fonte: (PEREIRA et al., 2013).

Os HIFs também têm a atividade basal aumentada no compartimento neoplásico. Porém, esse nível de reforço da atividade transcricional ainda não é completamente entendido. O fluxo de tensão de oxigênio utilizado pelas células neoplásicas é consequência de algumas características do meio tumoral, como vascularidade, difusão do oxigênio deficiente em virtude da expansão tumoral e fluxo sanguíneo irregular. Tem sido descrito, também que ciclo constante de hipóxia no tumor permite o reforço do potencial metastático e atividade transcricional do HIF (HEDDLESTON et al., 2010; PEREIRA et al., 2013).

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et al., 2007; PEREIRA et al., 2013).

Observa-se que o oxigênio é uma molécula essencial para muitos processos biológicos, como metabolismo, proliferação e sobrevida celular. Hipóxia também está associada com resistência a radioterapia e quimioterapia, e também contribui para manutenção das células-troncos cancerígenas, bem como promove o estado indiferenciado destas (HEDDLESTON et al., 2010; SUN et al., 2012). Células neoplásicas necessitam e fazem uso da sensibilidade ao oxigênio das proteínas induzidas por hipóxia, representadas pelo HIF, que também mostra uma atividade basal aumentada no compartimento neoplásico. Porém, esse nível de reforço da atividade transcricional ainda não é completamente entendido.

Considerando o papel da hipóxia na progressão tumoral e a escassez de estudos utilizando esses marcadores para estes eventos biológicos em DEO e CEO, o propósito desse estudo foi analisar a imunoexpressão do HIF-1α em casos de DOE e CEO, visando contribuir para o entendimento do comportamento biológico do câncer oral, além da busca por marcadores de prognóstico para esta neoplasia.

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2 PROPOSIÇÃO

2.1 Objetivo Geral

Analisar a participação do fator induzido por hipóxia-1α (HIF-1α) em casos de carcinomas epidermóides orais, bem como em lesões potencialmente malignas associadas a displasia epitelial oral.

2.2 Objetivos Específicos

 Avaliar a expressão imunohistoquímica da proteína HIF-1α em carcinomas epidermóides orais;

 Avaliar a expressão imunohistoquímica da proteína HIF-1α em displasias epiteliais orais;

 Comparar a expressão imunohistoquímica da proteína HIF-1α entre os casos de displasias epiteliais orais e carcinoma epidermóide oral;

 Correlacionar a imunoexpressão do HIF-1α segundo sexo, idade e localização;

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3 CAPÍTULO

Esta dissertação está baseada no Artigo 46 do Regimento Interno do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal do Ceará, que regulamenta o formato alternativo para dissertações de Mestrado e teses de Doutorado, e permite a inserção de artigos científicos de autoria ou coautoria do candidato (Anexo A).

O projeto de pesquisa foi submetido a apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa Universidade Federal do Ceará / PROPESQ do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará sob o número do parecer 137.019, sendo aprovado em 01/11/12 sob o CAAE: 06720312.3.0000.5054 (Anexo B).

O participante da pesquisa é convidado como voluntário e esclarecido sobre as informações dos dados e objeto de estudo do referido projeto. Em caso de aceite, é assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo C), que está em duas vias. Uma delas será entregue ao pesquisado e a outra pertence ao pesquisador responsável. Foi ressaltado que em caso de recusa não haverá penalizações nem alteração no plano de tratamento. Foi também fornecido o telefone, para dúvidas, do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará pelo telefone.

Assim sendo, esta dissertação é composta por um capítulo contendo um artigo científico que será submetido para publicação no periódico “Oral Oncology” (Anexo D), conforme descrito abaixo:

Immunohistochemistry analysis of hypoxia induced factor-1α in oral squamous cell carcinoma and potentially malignant lesions.

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3.1 CAPÍTULO 1: Análise da marcação imunohistoquímica do Fator Induzido por Hipóxia-1α em carcinoma epidermóide oral e em lesões potencialmente malignas. Este artigo seguiu as normas de publicação do periódico Oral Oncology (ISSN 1368-8375)

Autores:

Filipe Nobre Chaves

Grau acadêmico: Bacharel em Odontologia Posição: Estudante de Mestrado em Odontologia

Afiliação institucional: Departamento de Clínica Odontológica, Setor de Diagnóstico Oral, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil.

Karuza Maria Alves Pereira

Grau acadêmico: Bacharel em Odontologia, Mestre em Patologia Oral; Doutora em Patologia Oral

Posição: Professora Adjunta II da Universidade Federal do Ceará- Campus Sobral

Afiliação institucional: Departamento de Clínica Odontológica, Setor de Patologia Oral, Universidade Federal do Ceará campus Sobral, Sobral, Brasil.

Autor de Correspondência: Filipe Nobre Chaves

Endereço: Rua Ministro Joaquim Bastos, Fátima – Fortaleza, Ceará, Brasil. CEP: 60415-040 Telefone Residencial: 55-85-9922-1498

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Title page

Immunohistochemistry analysis of hypoxia induced factor-1α in oral squamous cell carcinoma and potentially malignant lesions.

Filipe Nobre Chaves DDSa*; Karuza Maria Alves Pereira DDS, MSc, PhDb

a

Postgraduate Student, School of Dentistry, Department of Clinical Dentistry, Federal University of Ceará, Fortaleza, Brazil.

b

Adjunct Professor, Division of Oral Pathology, School of Dentistry, Federal University of Ceará – campus Sobral, Sobral, Brazil

Competing interests: None declared

Funding: None

*Corresponding author.: Filipe Nobre Chaves

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RESUMO

Objetivos: Investigar o papel do HIF-1 em carcinoma epidermóide oral (CEO) e em lesões potencialmente malignas que apresentam displasia epitelial oral (DEO). Materiais e Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal, através do diagnóstico e análise imuno- molecular de lesões malignas e potencialmente malignas. Foram incluídos 10 casos biopsiados com diagnóstico histopatológico de CEO e 10 casos de DEO. Realizou estudo imunohistoquímico com anticorpo anti-HIF-1α, analisando 05 campos de cada caso no aumento de 400X. O número de células em cada um dos cinco campos foi somado e considerou-se como unidade amostral o percentual de células imuno-positivas para HIF-1α conforme marcação nuclear e citoplasmática, bem como intensidade desta última. Os resultados foram obtidos e comparados entre grupos por meio dos testes t de Student e ANOVA multifatorial, seguido do pós-teste de Bonferroni, tomando como base os níveis de significância de 5%. Resultados: Foi observado uma expressão citoplasmática de HIF-1α em 58.4±6.0% das células epiteliais das DEO e em 77.8±3.9% das células dos CEO, com diferença significante (p=0.022). O percentual de células positivas para HIF-1α com marcação nuclear também mostrou diferença significante (p=0.021) entre DEO (0.2±0.1%) e CEO (2.4±0.8). Não houve diferença significante entre o percentual de células com imunomarcação positiva fraca em citoplasma entre DEO e CEO (p=0.337), no entanto, houve aumento significante no percentual de células com marcação citoplasmática moderada (p=0.029) e forte (p=0.031) entre DEO e CEO. Conclusão: Foi observada uma aumento da expressão, nuclear e citoplasmática, de HIF-1α de DEO para CEO, sugerindo seu envolvimento em estágios iniciais da carcinogênese oral.

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INTRODUÇÃO

O comportamento biológico das neoplasias malignas é complexo, pois o crescimento e a disseminação do câncer dependem não só da proliferação celular neoplásica, mas também das respostas dos tecidos normais do hospedeiro. É necessário, para tal, que uma variedade de interações ocorra entre as células tumorais, a rede vascular, o sistema imune e o tecido conjuntivo [1]. Mais recentemente, tem-se destacado o estudo sobre o metabolismo enérgico das células tumorais, buscando uma melhor compreensão sobre a biologia tumoral do câncer [2].

Hipóxia focal é encontrada na maioria dos tumores sólidos, devido às alterações quantitativas e qualitativas na vasculatura do tumor, que promovem a uma redução local da disponibilidade de oxigênio. Isso constitui uma característica comum de tumores sólidos em câncer de cabeça e pescoço e outros tipos de câncer. Esse meio hipóxico é relevante em tumores localmente agressivos, que apresentam rápido crescimento tumoral que geralmente não são acompanhados pela vascularização ou neoformação vascular e, frequentemente, as células tumorais necessitam de suplementação de nutrientes e oxigênio para realizar seu metabolismo normal [3,4]. Essa baixa concentração de oxigênio estimula uma cascata de vias moleculares, resultando em angiogênese, glicólise e mudanças no ciclo celular. Nestas condições, uma via de sinalização envolvendo um regulador de resposta a oxigênio, chamado de Fator Induzido por Hipóxia (HIF), é ativada [3,5,6].

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marcador de prognóstico tumoral para CEOs [7].

Diante da escassez de estudos evidenciando o papel do HIF-1 na biologia tumoral do câncer de boca, o presente estudo busca analisar a participação do HIF-1α em Carcinomas Epidermóides Orais, bem como em Lesões Potencialmente Malignas que apresentam graus histopatológicas com característica de Displasias Epiteliais Orais, visa ndo contribuir para o melhor entendimento da carcinogênese oral.

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho consistiu em um estudo observacional e prospectivo, analítico e transversal, através do diagnóstico e análise imuno- molecular de lesões malignas e potencialmente malignas. A população do estudo envolveu todos os espécimes cirúrgicos oriundos de lesões malignas (carcinomas epidermóides orais) e potencialmente malignas (que apresentem graus histopatológicos de displasias epiteliais) d e pacientes atendidos no Ambulatório de Estomatologia / Métodos de Diagnóstico da Universidade Federal do Ceará -

Campus Sobral durante o período de dezembro de 2012 a dezembro de 2013.

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Dados prévios [7], [8], [9] e [10] foram utilizados, e para que tais requisitos sejam satisfeitos, o tamanho da amostra foi calculado em 10 casos de CEO e 10 casos de DEO. A esse valor, já foi avaliado 20% para suprir eventuais perdas, de modo que o tamanho final da amostra foi estimado em 20 pacientes. Amostra pode ser elevada em virtudo do número de casos observdaos na população do ESTUDO (do período já mencionado - 12/11 a 12/13)

Essa pesquisa foi submetida à apreciação e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Universidade Federal do Ceará / PROPESQ do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará.

Análise Imunohistoquímica

Parte do tecido coletado emblocado em parafina foi utilizado para a confecção de lâminas, referentes aos casos selecionados. Estas foram avaliadas à microscopia de luz através

de cortes histológicos de 5μm de espessura, corados pela técnica de Hematoxilina/Eosina

(H/E), para o diagnóstico histopatológico e imuno- histoquímico. Após a confirmação diagnóstica, os espécimes foram novamente submetidos a cortes 5 μm de espessura e montados em lâminas de vidro previamente preparadas com adesivo à base de organosilano (3- aminopropyltriethoxi-silano, Sigma Chemical Co®, St Louis, MO, USA).

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MA, USA) por 60 minutos à Temperatura Ambiente (TA), na diluição de 1:200, e, posteriormente, lavadas com solução de tampão fosfato-salino, PBS (phosphate buffered saline).

As amostras foram incubadas com o anticorpo secundário LSAB Kit (DAKO®, Carpinteria, CA, USA) por 10 minutos à TA. Em seguida, foi feita a incubação em solução cromógena preparada com DAB, durante 10 minutos em câmara escura (DAKO®, Carpinteria, CA, USA). Posteriormente, os espécimes foram lavados em água corrente e, em seguida, com água destilada. A contracoloração foi realizada com hematoxilina e depois foram desidratados em álcool e diafanizadas em xilol.

Por fim, foi realizado a montagem em lâminas de vidro, as quais foram examinadas em microscópio óptico NIKON® Eclipse E200. Como controle positivo, utilizaram-se carcinomas de fígado e pulmão, paralelamente ao controle interno por linfócitos, paralelamente às secções incubadas, foi realizado o controle negativo, excluindo-se a aplicação do anticorpo primário.

Análise do padrão de marcação imunohistoquímica e de marcação quantitativa

O parâmetro de positividade da marcação imunohistoquímica do antígeno em todos os espécimes incluídos na amostra consistiu nas células que exibiram coloração acastanhada em núcleo ou citoplasma, independentemente da intensidade da imunomarcação. Foram selecionados aleatoriamente cinco campos, no aumento de 400x, visualizando-se através do microscópio óptico supracitado, e fotografados em câmera digital SONY® Cyber-shot DSC-H10 de 8,1 megapixeis, com zoom óptico 10x em máxima resolução.

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por um único observador, previamente calibrado, em momentos distintos, através do programa Image J (Image and Processing Analysis in Java – Rasband, W.S., ImageJ, National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, USA, http://rsb.info.nih.gov/ij/, 1997-2004).

Na avaliação da qualidade de imunomarcação, foram atribuídos escores de acordo com o padrão de marcação imuno- histoquímico positivo, sendo o valor atribuído de acordo com a razão média entre a quantidade de células imunopositivas sobre o total de células contadas, modificado de [11], na qual a intensidade da imunomarcação foi descrita e dividida em: fraca imunomarcação (1), moderada (2) e intensa imunomarcação (3).

O número de células em cada um dos cinco microcampos foi somado e considerou-se como unidade amostral o percentual de células imunopositivas para HIF-1α conforme marcação nuclear e citoplasmática, bem como intensidade desta última.

Análise estatística

Os dados categóricos (sexo) foram analisados por meio do teste Exato de Fisher e os dados quantitativos foram submetidos ao teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, expressos em forma de média ± erro-padrão da média (dados paramétricos) e comparados entre grupos por meio dos testes t de Student e ANOVA multifatorial seguido do pós-teste de Bonferroni.

Adotou-se índice de significância p < 0.05 para todas as avaliações, realizadas no

software GraphPad Prism versão 5.0 para Windows®.

RESULTADOS

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média de idade geral foi de 63.1±2.8 anos, sem diferença significante entre os dois grupos de estudo (DEO: 61.7±4.0 e CEO: 64.9±3.9 anos, p=0.585).

Com relação ao perfil de imuno- marcação para HIF-1α, pôde-se observar que 58.4±6.0% das células epiteliais das displasias e 77.8±3.9% das células dos CEO avaliados mostraram imuno-marcação citoplasmática positiva, com diferença significante entre os dois grupos de estudo (p=0.022) (Figura 2). O percentual de células positivas para HIF-1α com marcação nuclear também mostrou diferença significante entre os grupos de DEO (0.2±0.1%) e CEO (2.4±0.8) (p=0.021) (Figura 3).

Não houve diferença significante entre o percentual de células com imunomarcação positiva fraca em citoplasma entre DEO (34.5±2.1%) e os CEOs (30.5±3.6%) (p=0.337); no entanto, houve aumento significante no percentual de células marcadas com intensidade moderada no CEO (31.5±3.8%) em relação às displasias (17.7±4.2%) (p=0.029), bem como com intensidade forte (17.3±4.6% e 5.4±2.3%, respectivamente ) (p=0.031) (Figura 4).

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apresentaram uma imunomarcação de 6.2±4.0% e 9.7±4.2% em displasias e carcinomas respectivamente (Figura 6).

Por outro lado, o percentual de imunomarcação nuclear para HIF-1α em homens mostrou aumento significante nos CEO (5.5±1.6%) em relação às DEO (0.1±0.1%) quando comparado ao aumento da imunomarcação nuclear nos CEO (1.2±0.5%) em relação às displasias (0.2±0.2%) de mulheres (p=0.003) (Figura 7).

Com relação ao perfil de imunomarcação mediante localização topográfica, os dados se encontram dispostos na Tabela 1.

DISCUSSÃO

O Fator Induzido por Hipóxia-1 (HIF-1) é um fator transcricional que exerce um papel essencial na resposta adaptativa das células em meio à baixa concentração de oxigênio. Consiste em um complexo heterodimérico de transcrição que funciona como um regulador-mestre da homeostase de oxigênio e é passível de sofrer mudanças conformacionais em resposta a diferentes concentrações de oxigênio [3,6,12].

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Normalmente em células bem oxigenadas, HIF-1α é hidroxilada através da enzima

prolil hidroxila se em resíduos de prolina 402 (Pro-402) e prolina 564 (Pro-564) [12,14]. Após hidroxilação, os resíduos de HIF-1α ligam-se a proteína supressora tumoral, o ligante von Hippel- Lindau (pVHL), que promove sua degradação através do complexo enzimático da E3-ubiquitina [12,15]. Outra possibilidade de inibição do HIF-1α é através do fator de inibição do HIF-1, que hidroxila Asparagina 803 por meio de domínio de transativação e consequentemente bloqueia a ligação de co-ativadores de p300 e CBP [14].

Em resposta à hipóxia tumoral, HIF-1α é ativado e translocado para o núcleo celular, onde dimeriza com HIF-β, recrutas co-ativadores p300/CBP e induz a expressão dos seus alvos transcricionais através da ligação a elementos que formam um complexo de resposta a hipóxia (HRE), que estão presentes no promotor ou regiões potenciadoras do H IF-1 genes alvo [12,13,16].

O papel do HIF-1α na cacinogênese se dá pelo transporte da mensagem de hipóxia ao núcleo celular, que promove uma resposta ao estresse hipóxico ao atuar no controle de mais de 100 genes envolvidos na adaptação tumoral, como o transpor te glicolítico e relacionados à alteração do microambiente tumoral, por meio da ação na estabilização de pH e angiogênese [12,17,18,19].

A expressão/superexpressão de HIF-1α é comumente encontrada numa variedade de neoplasias malignas, incluindo várias neoplasias extra-gnáticas, como no carcinoma renal [20], de bexiga [21], em trato digestivo [22], câncer de mama [23], em ovário [24], do endométrio [25], do colo do útero [26], e em câncer de cabeça e pescoço [27]. Assim, o HIF-1α pode consistir em um biomarcador de certos tipos de malignidades humanas e pode desempenhar um papel importante na carcinogênese humana.

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expressão dessas proteínas, além de sugerirem que uma superexpressão de HIF-1 possa estar associada a um pior prognóstico, implicando que HIF-1 possa ser utilizada como marcador de prognóstico tumoral.

A análise imunohistoquímica do presente estudo demonstrou imunomarcação de HIF-1α em todos os casos de CEO e de DEO, condizente com alguns trabalhos que obtiveram 100% de expressão positiva em todos os casos de CEO analisados, como no estudo de [17] e [28], e diferindo do trabalho de [7] no qual não foi observada imunomarcação em 13,4% dos espécimes, mesmo assim, ainda persistindo em uma porcentagem significante dos casos, indicando que o HIF-1α está envolvido no processo da carcinogênese.

A imunoexpressão de HIF-1α em CEO foi de 77.8%, um valor próximo ao encontrado em estudos semelhantes, como o estudo de [7] (86,6%) e [8] (63,5%). Já a Imunoexpressão de HIF-1α em DEO foi de 58.4%, valor próximo ao de [17], onde 67% das células apresentaram imunomarcação. Ressaltamos que poucos estudos, apenas o estudo de [17], avaliam a expressão de HIF-1α em DEO e CEO, dificultando a comparação entre os dados.

O presente estudo apresenta uma análise diferente da expressão de HIF-1α, na qual a imunoexpressão é observada quantitativamente e qualitativamente no citoplasma e no núcleo célular. Na literatura, encontramos trabalhos com metodologias diferentes, como o trabalho de Eckert et al. [7] que avaliou apenas a imunomarcação citoplasmática , enquanto Lin et al. [17] considerou apenas a contagem da imunomarcação nuclear. Dessa forma, este estudo procura fornecer mais informações sobre a participação do HIF-1α nos estágios iniciais da progressão tumoral.

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displasias [7,8,17]. Neste estudo, os resultados seguiram o que a literatura relata, sendo evidenciada uma maior imunoexpressão nuclear e citoplasmática (moderada a forte) de HIF-1α em carcinomas, quando comparados a displasias.

Quanto à expressão nuclear do HIF-1α, o presente estudo observou diferença significativa na imunoexpressao entre CEO e DEO (p=0.021), sendo observado um aumento gradual e significativo na expressão nuclear de HIF-1α de DEO para CEO, corroborando com o estudo de Lin et al. [17], que encontrou imunoexpressão nuclear significativamente diferente entre DEO severa e DEO moderada com CEO. Esse significativo aumento da expressão de nuclear displasias para carcinomas sugere que o HIF-1α tenha papel importante em eventos precoces da carcinogênese oral [17]. Contudo, a porcentagem de células com expressão nuclear de HIF-1α foi bem pequena, apenas 2.4±0.8% dos carcinomas e raros casos de displasias (0.2±0.1%), mas corroboram com o trabalho de Koukourakis et al. [29], que também observou uma marcação nuclear em 6% dos casos.

Em DEO, a imunomarcação de HIF-1α não se restringiu ao terço médio do epitélio, mas também está presente na camada basal e superficia l do epitélio (Figura 8). A expressão nuclear de HIF-1α em amostras de CEO mostrou-se focal ou difusa. Q uando focal, a imunomarcação nuclear concentrou-se em áreas circundantes de regiões necróticas, em células tumorais com elevada produção de ceratina e na borda infiltrante tumoral (Figura 9). Essa imunoexpressão de HIF-1α foi mais forte em células adjacentes a áreas de necrose das células tumorais e sugerem a presença de tecido neoplásico induzido por HIF-1α em carcinomas [7].

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proliferação [7,8].

Ressalta-se neste estudo uma diferença significativa (p=0.003) de imunomarcação nuclear de HIF-1α em carcinomas quanto ao sexo, onde o sexo masculino apresentou uma imunomarcação significativamente maior quando comparado ao sexo feminino, possivelmente em virtude da maior incidência de CEO e de fatores de risco associados a esse grupo.

Na atual pesquisa, imunomarcação citoplasmática foi diferente entre CEO e DEO, onde foi observado um maior expressão de HIF-1α em carcinomas, semelhantes ao trabalho de Eckert et al. [7]. No presente estudo foram observados que em 77.8±3.9% das células dos CEO apresentavam imuno- marcação citoplasmática positiva, corroborando com Fillies et al. [8], na qual níveis detectáveis de HIF-1α foram encontrados em 63,5%.

No presente estudo, a imunoexpressão citoplasmática do HIF-1α foi significativamente diferente entre CEO e DEO (p=0.022). Em CEO a imunoexpressão citoplasmática foi de 77,8%, corroborando com o estudo de Eckert et al. (2011) onde apresentou 86,6% marcação citoplasmática, bem maior que observado no estudo de Koukourakis et al. [29], onde 36% das células tiveram expressão positiva, e de Fillies et al. [8], onde 15,5% das células apresentavam marcação citoplasmática em CEOs.

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Tem sido relatado que certos fatores de crescimento (como fator de crescimento endotelial - VEGF), citocinas (como prostraglandinas E2), e sobre-expressão da proteína ra s

podem aumentar a expressão de HIF-1α em células tumorais, bem com perda do gene supressor tumoral p53. Além disso, HIF-1α pode controlar a expressão de genes da VEGF e EPO, que possuem capacidade de proliferação e migração de células endoteliais, resultando na promoção da angiogênese e EPO, promovendo o aumento da proliferação e crescimento tumoral. Assim, expressão de HIF-1α pode aumentar a progressão do câncer bucal através da promoção da angiogênese tumoral e estimulação direta do crescimento de célula tumoral [17].

A expressão de HIF-1α exerce efeito significativo na progressão tumoral, e pacientes com elevada expressão de HIF-1α apresentaram uma taxa de sobrevida 3,49 vezes menor quando comparada a neoplasias orais com pouca expressão dessa proteína [18]. Beasley et al. [30] e Fillies et al. [8] propuseram a forte expressão do HIF-1α como um marcador independente para taxa de sobrevida em pacientes com carcinomas de cabeça e pescoço de células escamosas. Santos et al. [4] sugerem a utilização da expressão da proteína HIF-1α como um marcador tumoral de carcinoma de células escamosas para avaliar melhor as opções terapêuticas à mão, especialmente na decisão do tratamento radioterápico pós-operatório e ao estabelecimento de um correto prognóstico afim de evitar recidivas e necessidades de novas intervenções terapêuticas.

Adicionalmente, no presente estudo, DEO apresentaram uma rara, mas presente, marcação nuclear, além de elevada imunoexpressão citoplasmática de HIF-1α. Esses achados podem refletir o envolvimento da HIF-1 nos estágios iniciais da carcinogênese [7,8,17]. De acordo com o alto índice de marcação observado no CEO e em DEO, acredita-se que a expressão do HIF-1 possa ser um determinante para o fenótipo tumoral e, portanto, sugere-se que seja um indício de fenótipo maligno com maior potencial de agressividade [7].

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displasias epiteliais orais e observaram que os casos mais agressivos de CEO tiveram maior expressão do HIF-1α, com correlação significativa entre a elevada expressão nuclear dessa proteína com o tamanho do tumor e metástase para linfonodos regionais. Além disso, a imunoexpressão aumentava entre os casos de displasias para os CEO. Assim, acredita-se que a expressão do HIF-1α pode ser considerada um evento inicial na carcinogênese oral.

Em 2009, Uehara et al. [31] estudaram a expressão do HIF-1α e do antígeno de proliferação nuclear (PCNA) em casos de carcinomas orais, encontrando maior índice de marcação do HIF-1α (12,1%) nos pacientes com pior prognóstico e com metástase nos linfonodos regionais. Nesse mesmo estudo, não observaram correlação entre HIF-1 e PCNA. Com base nesses resultados, os autores sugerem que o HIF-1 parece exercer um importante papel nas metástases em linfonodos regionais e pior prognóstico para pacientes com CEO.

Um dos papéis do HIF-1α é na carcinogênese e progressão tumoral. Koukourakis et al. [29] observaram que uma superexpressão do HIF-1α está associada a um comportamento mais agressivo de carcinomas orais e a uma elevada resistência ao tratamento radioterápico. Já Keith et al. [19], em análise univariada, observaram que o aumento da expressão de HIF-1α esteve correlacionado a um prognóstico ruim para casos de CEC orais.

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como um marcador que pode contribuir para a identificação de novos prognósticos e fatores preditivos permitindo a adaptação de cirurgia e terapia adjuvante.

CONCLUSÃO

Como conclusão do estudo, verificou-se que há uma maior expressão, nuclear e citoplasmática, do HIF-1α em carcinomas do que em displasias, sugerindo que a expressão do HIF-1α desempenha um papel importante na carcinogênese oral. Essa proteína pode ser elencada como um possível marcador de progressão tumoral e estar correlacionada com o prognóstico do câncer de cavidade oral. Portanto, sugere-se que a superexpressão dessa proteína seja um indício de malignidade e da apresentação de um prognóstico mais agressivo. No entanto, ainda necessita-se de mais estudos que comprovem essa real associação.

RELEVÂNCIA CLÍNICA

O Fator Induzido por Hipóxia consiste em um regulador-chave da resposta celular à hipóxia celular e presumivelmente desempenha um papel central no controle do crescimento do tumor. Polimorfismos ou mutações foram recentemente identificado s, podendo promover sua maior expressão.

A taxa de sobrevida do carcinoma epidermóide oral não mudou significativamente ao longo das últimas décadas. Assim, compreender o desenvolvimento e progressão deste tipo tumoral é fundamental para uma bem-sucedida intervenção terapêutica. Um melhor conhecimento da sua biologia poderia contribuir para a identificação de novos prognósticos e fatores preditivos permitindo a adaptação de cirurgia e terapia adjuvante.

Assim, estudos com HIF-1a ajudam a reflectir na adaptação de células tumorais ao meio hipoxico e na sua contribuição para invasão tumoral.

AGRADECIMENTOS

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Ceará campus Sobral pela colaboração técnica e estrutural para o desenvolvimento dessa pesquisa, e à Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), pelo auxílio na realização deste trabalho e concessão de bolsa de estudo ao estudante de pós-graduação.

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TABELAS

Tabela I: Perfil de Imunomarcação por HIF-1α mediante caracterização por localização topográfica da peça de biópsia.

Percentual de Células imuno-positivas para HIF-1α Citoplasma Núcleo

Citoplasma Marcado Levemente

Citoplasma Marcado Moderadamente

Citoplasma Marcado Fortemente CEO

Gengiva (n=1) 67.7 3.7 32.1 30.9 4.6

Palato (n=1) 90.3 0.1 17.5 31.5 41.2

Mucosa Jugal (n=2) 78.6±12.7 3.15±2.5 20.7±1.2 32.7±14.5 25.25±0.6 Língua (n=3) 57.6±13.8 1.3±0.9 30.9±10.5 17.5±8.2 9.2±7.0 DEO

Lábio (n=5) 58.2±9.6 0.1±0.1 33.8±2.8 16.4±7.2 7.9±3.8

Assoalho bucal (n=1) 67.4 1.0 30.7 14.6 22.1

Língua (n=1) 74.6 0.1 40.1 29.4 5.1

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FIGURAS

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Figura 6 - Percentual de Células Epiteliais Imuno-marcadas Qualitativamente por HIF-1α em Citoplasma por Gênero:

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4 CONCLUSÃO GERAL

Da avaliação dos resultados obtidos, pode-se concluir que:

 A imunomarcação citoplasmática para HIF-1α em CEO e DEO apresentou diferença significante entre esses dois grupos de estudo, com aumento da imunomarcação em CEO;  A imunomarcação nuclear para HIF-1α em CEO e DEO apresentou diferença significante

entre esses dois grupos de estudo, com aumento da imuno- marcação em CEO;

 Não houve diferença significante entre o percentual de células com imunomarcação positiva fraca em citoplasma entre CEO e DEO;

 Houve aumento significante na imuno marcação citoplasmática moderada e forte de CEO em relação às DEO;

 O percentual de imunomarcação citoplasmática para HIF-1α não mostrou associação entre os sexos;

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