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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CURSO DE ENFERMAGEM TATIANE INÁCIO DE SOUZA SILVA

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Academic year: 2018

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DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CURSO DE ENFERMAGEM

TATIANE INÁCIO DE SOUZA SILVA

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE EM PACIENTES NO PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE RENAL

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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE EM PACIENTES NO PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE RENAL

Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Isis Freire de Aguiar.

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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ANSIEDADE EM PACIENTES NO PRÉ E PÓS-TRANSPLANTE RENAL

Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: ___/___/____.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Maria Isis Freire de Aguiar

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_____________________________________________________ Prof.ª Dr.ªAndrea Bezerra Rodrigues

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_____________________________________________________ Enfa. Esp. Clébia Azevedo de Lima

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Agradeço imensamente à Deus, por ter me concedido saúde, força e disposição para fazer a faculdade e o trabalho de final de curso. Sem ele, nada disso seria possível. Também sou grato ao Senhor por ter dado saúde aos meus familiares e tranquilizado o meu espírito nos momentos mais difíceis da minha trajetória acadêmica.

Agradeço aos familiares que nunca negaram palavras de força, incentivo e otimismo ao longo da jornada acadêmica.

A todos os amigos que fiz nessa longa caminhada, especialmente Leandro Danúbio e Weslley Amora, meu muito obrigado de coração, vocês foram fundamentais para minha formação nesta etapa final de curso, por isso merecem o meu eterno agradecimento.

Sou grato a todos os professores que contribuíram com a minha trajetória acadêmica, especialmente a minha orientadora Professora Dra Maria Ísis Freire Aguiar, responsável pela valiosa orientação do meu projeto. Obrigado por esclarecer tantas dúvidas e ser tão atencioso e compreensível.

A Liga Acadêmica de Enfermagem no Transplante (LAET) e todas as companheiras dessa pesquisa em especial a Ana Carla e Camila Albuquerque que se dedicaram e foram essenciais na elaboração desse estudo.

As profissionais do Ambulatório de Transplante Renal do Hospital Universitário Walter Cantídio que deram o suporte necessário para a realização da pesquisa. Foram momentos fundamentais em nosso aprendizado.

A Professora Dra Andreia Bezerra Rodrigues e a Enfermeira Especialista Clébia Azevedo de Lima por aceitarem compor a banca examinadora dessa monografia. Obrigado pelas orientações, sugestões e ensinamentos.

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“Deixo minha visão ao homem que jamais viu o amanhecer nos braços da mulher amada.

Deixo meu coração à mulher que vive exclusivamente para fazer o coração de seus filhos felizes.

Deixo meus rins à pessoas que tiveram seus sonhos interrompidos, mas que ainda os cultivam.

Deixo o meu pulmão ao adolescente que quer gritar ao mundo mais uma vez eu te amo.

Deixo meu fígado para aqueles que não tinham esperança na recuperação.

Deixo ossos, pele, cada tecido meu à criança que ainda não descobriu o que é viver por inteiro.

Deixo a você o meu exemplo.

Deixo à minha família o desejo de ser um doador. Deixo para a vida, enfim, um recado: nós vencemos.”

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A doença renal crônica (DRC) é considerada um problema de saúde pública em todo o mundo, incluindo países em desenvolvimento, a prevalência da DRC tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Os pacientes com DRC que realizam terapia renal substitutiva (TRS) estão sujeitos a maior prevalência de distúrbios de humor, dentre eles a ansiedade, considerada distúrbio de humor muito prevalentes entre os pacientes que realizam TRS, logo, deve ser diagnosticada e tratada adequadamente, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DRC. Logo, o presente estudo busca comparar a ocorrência de ansiedade entre grupos de pacientes em terapia renal substitutiva que foram indicados para transplante renal e em pacientes submetidos ao transplante renal. Estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal e quantitativo, realizado no Ambulatório de Transplante Renal do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará – HUWC, que atende pacientes em acompanhamento ambulatorial no período de pré e pós-transplante renal. A amostra concentrou 172 pacientes, incluindo o grupo de pacientes listados para o transplante renal e o grupo de transplantados renais, tendo recrutamento por conveniência. Os critérios de inclusão foram: pacientes com 18 anos ou mais, em seguimento no período de pré e pós-transplante renal no ambulatório da pesquisa. Como critério de exclusão foram adotados: pacientes com distúrbios cognitivos graves e uso de psicotrópicos quando não seja possível responder às questões satisfatoriamente. Foi utilizado questionário sociodemográfico e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) que engloba duas escalas, sendo a IDATE-T para traço e IDATE-E para estado. A maioria se encontrava na idade entre 40 a 59 anos em ambos os grupos, predominando o sexo masculino, com 48,0% nos pacientes pré-transplante e 57,3% no pós-transplante. O grau de escolaridade predominante foi ensino fundamental (75,8%) pré e (62,9%) pós, recebendo auxílio governamental (78,3%) pré e (80,9%) pós, procedentes da região do Nordeste (81,9%) pré e (82,0%) pós-transplante. A maioria dos pacientes relacionou a hipertensão como a causa principal da perda da função renal. A IDATE-T evidenciou (69,9%) em pré-transplante e (64,1%) pós-transplante, ambos classificados com ansiedade moderada, sendo correlacionada com a IDATE-E foi observada em (56,6%) pré e (64,1%) pós-transplante, ambos classificados com nível de baixa ansiedade. A identificação de alterações psicológicas, como a ansiedade, é relevante para a melhoria da assistência adequada para os pacientes com o objetivo de garantir programas preventivos e intervenções adequadas às necessidades de cada indivíduo.

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Chronic kidney disease (CKD) is considered a public health problem worldwide, including developing countries, the prevalence of CKD has increased considerably in recent years. Patients with CKD who undergo renal replacement therapy (SRT) are susceptible to a higher prevalence of mood disorders, including anxiety. Anxiety is considered to be very prevalent mood disorder among patients who perform SRT, so they should be diagnosed and treated appropriately in order to improve the quality of life of patients with CKD. To compare the occurrence of anxiety among groups of patients in renal replacement therapy who were indicated for renal transplantation and in patients undergoing renal transplantation. An exploratory, descriptive, cross-sectional, and quantitative study was carried out at the Ambulatório de Transplante Renal do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará – HUWC which attends patients in outpatient follow-up in the pre- and post-renal transplant period. The sample consisted of 172 patients, including the group of patients listed for renal transplantation and the group of renal transplant recipients and they were recruited for convenience. Inclusion criteria were: patients 18 years of age or older, followed up in the pre- or post-renal transplant period at the outpatient clinic. As an exclusion criterion, patients with severe cognitive disorders and psychotropic use were used when it was not possible to answer the questions satisfactorily. A sociodemographic questionnaire was used, and the Trait-State Anxiety Inventory (IDATE), which encompasses two scales being the IDATE-T for trace and IDATE-E for the state. According to the scores obtained in the inventory, the majority were between 40 and 59 years of age in both groups, predominantly male (48.0%) in pre-transplant and (57.3%) patients post-transplant. Predatory education (75.8%) pre and (62.9%) post education, receiving government aid (78.3%) pre and (80.9%) post, coming from the Northeast region (81,9%) pre and (82.0%) powders. Most patients have reported hypertension as the main cause of loss of kidney function. The post-transplant (69.9%) and pre-transplant ID cards (69.9%), both classified with moderate anxiety, were correlated with IDATE-E (56.6%) pre-transplant and 64, 1%) post-transplant, both classified as low anxiety level. The identification of psychological changes, such as anxiety, is relevant to improving appropriate care for patients with the goal of ensuring preventive programs and interventions appropriate to the needs of each individual.

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ABTO Associação Brasileira de Transplante de Órgãos DRC Doença Renal Crônica

DRCT Doença Renal Crônica Terminal EFDR

FAV

Estágio Final da Doença Renal Fístula Arteriovenosa

HAD HLA

Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão Antígenos de Leucocitário Humano

HUWC IDATE

Hospital Universitário Walter Cantídio Inventário de Ansiedade Traço-Estado OMS Organização Mundial da Saúde

QV Qualidade de Vida

SNT Sistema Nacional de Transplante

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TFG Taxa de Filtração Glomerular

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2.1 Geral ... 16

2.2 Específicos ... 16

3 REVISÃO DA LITERATURA ... 17

4 METODOLOGIA ... 19

4.1 Tipos de estudo ... 19

4.2 População ... 19

4.3 Calculo da amostra ... 19

4.4 Instrumentos ... 20

4.5 Análise dos dados ... 20

4.6 Aspectos éticos ... 21

5 RESULTADOS ... 22

6 DISCUSSÃO ... 28

7 CONCLUSÃO ... 32

REFERÊNCIAS ... 33

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) ... 38

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO ... 40

ANEXO A – INVENTÁRIO DE ANSIEDADE-TRAÇO ... 42

ANEXO B – INVENTÁRIO DE ANSIEDADE-ESTADO ... 43

ANEXO C – PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA UFC. ... 44

ANEXO D – DECLARAÇÃO DE FIEL DEPOSITÁRIO ... 47

ANEXO E – TERMO DE ANUÊNCIA DO LOCAL DE PESQUISA ... 48

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1 INTRODUÇÃO

A Doença Renal Crônica (DRC) é classificada como um problema de saúde pública em todo o mundo, tendo sua prevalência aumentado consideravelmente nos últimos anos, sendo determinada pela lesão do parênquima renal com ou sem diminuição da filtração glomerular ou pela diminuição da função renal por um período de três meses ou mais. Quando a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) mostra-se inferior a 15 ml/min/1,73 m2, o paciente encontra-se em fase terminal ou dialítica, tendo como opção de tratamento a Terapia Renal Substitutiva (TRS), conhecida como diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal. (BASTOS, 2010).

Segundo Machado, Cherchiglia e Acúrcio (2011) há três categorias de terapias disponíveis para paciente renal crônico: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. A hemodiálise é o método de filtragem do sangue no circuito extracorpóreo e, na diálise peritoneal, a filtração ocorre por meio da cavidade abdominal.

De acordo com inquérito brasileiro de diálise crônica realizado em 2016, o número total estimado para pacientes em hemodiálise foi de 122.825 em todos os estados do Brasil, com 92% em hemodiálise e 8% em dialise peritoneal (SESSO et al., 2017).

As Terapias Renais Substitutivas têm ampliado a sobrevida dos pacientes, pois visam estabilizar as condições clínicas e metabólicas de forma satisfatória. Os pacientes dependentes de TRS apresentam limitações no seu cotidiano e vivenciam inúmeras perdas e mudanças biopsicossociais que interferem na sua Qualidade de Vida (QV). O tratamento da substituição renal traz aos pacientes renais repercussões nas áreas física, emocional e social de sua vida. O modo como cada paciente vive e se relaciona com a DRC é único e pessoal, já que é dependente de vários fatores como perfil psicológico, as condições ambientais, sociais e o apoio familiar dentre outras (FERREIRA; SILVA FILHO, 2011).

De acordo com Fountora (2012) o transplante é um procedimento recente que teve início em 1950 e provocou impacto tanto no âmbito médico e na sociedade, pois envolve aspectos relacionados ao avanço tecnológico da Medicina e a subjetividade humana. Esse tipo de procedimento estimula emoções e sentimentos devido à associação com a percepção de vida e morte.

Segundo Santos et al. (2018) O processo é importante tanto para o doador como

para o receptor, pois inclui questões psicossociais em ambos, como medo, receio, incerteza, tristeza, frustração, preocupação acerca da cirurgia, período pré e pós-cirúrgico.

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manutenção da vida e que justificam o número crescente de pacientes cadastrados em lista de espera por um transplante renal (TONELLI et al., 2011).

O transplante renal proporciona saúde com nível relativo de normalidade. Pacientes costumam percebê-lo como uma maneira de se libertar da obrigatoriedade da hemodiálise e sinaliza a possibilidade de resgate do cotidiano de vida. Além disso, muitos pacientes têm no transplante renal uma expectativa idealizada de cura. Essa idealização é um mecanismo de defesa necessário para lidar com a ansiedade e as fantasias de morte que lhe assaltam (ALENCAR, 2015).

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) (2018), em seu registro anual, o Ceará foi o oitavo estado que mais realizou transplante de rim no Brasil com o total de 224 transplantados no ano de 2017, incluídos doadores vivos ou falecidos. Apesar desses números, ainda se encontravam 621 pacientes na lista de espera para rim no estado, com oito óbitos durante o ano de 2017. Segundo dados do Serviço do ambulatório de transplante renal do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), em junho de 2018, haviam 256 pacientes listados para realização de transplante1.

Durante o período pré e pós-operatório para transplante renal, o paciente passa por conflitos interiores, preocupações que podem gerar grandes repercussões em sua vida. Os sentimentos vivenciados por pacientes nesses períodos são diversos, entre eles regressão, perda da autoestima, insegurança e aumento da ansiedade.

As respostas adaptativas ao processo de adoecimento são vivenciadas de forma individualizada e depende de fatores como personalidade, história de vida cotidiana, significado do processo de adoecimento e da forma como é aplicado o tratamento. A forma como esse período é vivenciado pelo paciente é um fator determinante em sua adesão ao tratamento, acarretado de forma positiva ou negativa na qualidade de vida dos mesmos (BARBOSA, 2016). Diversos fatores podem afetar a qualidade de vida dos pacientes transplantados, tais como: preocupação com a saúde física, rejeição do enxerto, mudança na imagem corporal decorrente dos efeitos da medicação imunossupressora, ansiedade sobre perspectivas futuras e preocupações com o trabalho (BARBOSA, 2016).

O transplante renal quando realizado com sucesso, tende a melhorar a expectativa e qualidade de vida dos pacientes. No entanto, os profissionais das equipes de transplante devem estar atentos ao surgimento de distúrbios psicológicos que podem aparecer no período

1 Informação disponibilizada pela equipe do ambulatório de nefrologia que oferece o serviço de transplante no

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operatório e após o transplante, tais como mudanças de humor, transtornos de ansiedade, depressão e alterações psicológicas e psicossociais que acarretam em uma piora da qualidade de vida do sujeito.

De acordo com Stasiak et al, (2014). A ansiedade é considerada distúrbio de humor

prevalente entre os pacientes que realizam TRS, por isso devem ser diagnosticados e tratados adequadamente, com o intuído de melhorar a qualidade de vida dos portadores de DRC.

Segundo o capítulo do 5º manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V) (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, p. 189), é definida ansiedade como “tensão, inquietação, dificuldade de concentração devido a uma preocupação, medo de que algo terrível possa acontecer e sensação de perda de controle sobre si mesmo, podendo ser caracterizado e identificado como transtornos depressivos”.

Em estudo de Sampaio e Guedes (2012), é atribuído papel da enfermagem facilitar estratégias de promoção e educação em saúde com intuído de auxiliar na pratica de autocuidado a serem elaboradas na busca pela melhor qualidade de vida dos pacientes com DRC. Logo, a ansiedade é conceituada dentro dos diagnósticos de enfermagem como

sentimento vago e incômodo de desconforto ou temor, acompanhado por resposta autonômica (a fonte é frequentemente não especifica ou desconhecida para o individuo); sentimento de apreensão causado pela antecipação de perigo. É um sinal de alerta que chama a atenção para um perigo iminente e permite ao individuo tomar medidas para lidar com as ameaça (NANDA-I, 2018)

A percepção da ansiedade tem predomínio cada vez maior na sociedade brasileira. O papel do enfermeiro é importante na análise comportamental do indivíduo de modo a reconhecer a ansiedade como diagnóstico de enfermagem. As intervenções de enfermagem visam diminuir a incidência da ansiedade e a promover estratégias de enfrentamento para que os doentes possam lidar com a doença, adequando-se às circunstâncias. É importante salientar o trabalho em equipe multidisciplinar para que se possam atingir resultados favoráveis para o doente (REBELO; CARVALHO, 2014).

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(17)

2 OBJETIVO 2.1 Geral

Analisar os níveis de ansiedade em pacientes no período pré e pós-operatório de transplante renal.

2.2 Específicos

- Verificar o nível de ansiedade entre grupos de pacientes em terapia renal substitutiva que foram indicados para o transplante renal e pacientes submetidos o transplante renal;

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3 REVISÃO DA LITERATURA

Noohi et al. (2007), ao fazerem uso da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão

(HAD) com 88 transplantados renais, estratificou sua amostra entre pacientes com ansiedade possível e improvável (escore maior ou menor que 11), dando início à pesquisa de qualidade de vida e bem-estar dos pacientes transplantados renais, levando em consideração diversos aspectos e cofatores que interferem da saúde mental desses participantes.

Já Karaminia et al. (2007) revelaram por meio da escala HAD em seu estudo por

caso controle, com 30 transplantados renais e 39 pacientes em hemodiálise, que o escore de ansiedade foi significativamente menor entre o grupo transplantado em relação ao em hemodiálise. No caso dos transplantados, a ansiedade foi mais grave para aqueles com histórico de rejeição de enxerto e que foram submetidos ao transplante renal antes dos 35 anos.

Pascazio et al. (2010) no estudo por caso-controle não revelou significância

estatística entre os grupos de 42 transplantados e 42 sujeitos controle em relação à ansiedade por meio da escala de ansiedade de auto avaliação de Zung. Em sua pesquisa demostrou que antes do transplante, 100% dos pacientes foram detectados como apresentando ansiedade total, comparado com 64,4% dos doadores. Após o transplante, não foram observadas diferenças significativas entre pacientes transplantados e controles em níveis de ansiedade e sintomas de depressão. Além disso, sintomas de ansiedade e depressão, separadamente e juntos, foram mais altos no grupo que realizava HD, média no grupo que realizava DP, e menor em pacientes transplantado.

Calia et al. (2011) apontam em seu estudo por meio da escala IDATE, com 78

pacientes nos quais foram submetidos ao transplante renal há mais de um ano, que a troca do regime dos imunossupressores tem efeito direto à ansiedade nos pacientes, tendo aumento desses níveis nos grupos em que houve alterações de droga por conta dos efeitos colaterais tolerados, como a diarreia por exemplo.

Os resultados de Silva et al. (2014) relatam uma prevalência de 56% dos pacientes

com sintomas de ansiedade, com os seguintes graus: 44% mínimo, 30% baixa, 10% moderada e 16% alta. O mais comum dos sintomas relatados foram incapacidade de relaxar, sensação de sufocamento, medo de morrer e sensação de taquicardia.

Junchotiku et al. (2015) no estudo em coorte com 232 pacientes demonstrou haver

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Segundo o estudo de Ozcana et al. (2015), depressão e ansiedade foram mais

prevalentes entre os pacientes que realizavam HD em comparação com os indivíduos que realizaram transplante renal. Foi identificado que o sucesso do transplante melhora o metabolismo renal, funções endócrinas e mentais e a qualidade de vida dos pacientes com IRC. Estudo de Ottaviani et al. (2016) observou uma relação na prevalência da ansiedade

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4 METODOLOGIA 4.1 Tipos de estudo

Estudo do tipo exploratório, descritivo, transversal e quantitativo, realizado no ambulatório do Serviço de Transplante Renal do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará – HUWC.

O ambulatório em questão atende pacientes de vários estados do Brasil, principalmente das regiões norte e nordeste. São ofertados os serviços de nefrologia clínica, enfermagem, nutrição, psicologia, fisioterapia, serviço social e farmácia, onde a equipe multiprofissional prepara o receptor para todas as fases do transplante.

4.2 População

A população concentrou pacientes de dois grupos distintos, sendo o primeiro composto pelos pacientes indicados para o transplante renal, totalizando 256 candidatos listados na fila de espera do Sistema Nacional de Transplante (SNT), e o segundo pelos transplantados renais no período de janeiro de 2008 a junho de 2018, totalizando 674 pacientes transplantados. O recrutamento dos participantes foi realizado por conveniência, considerando que o serviço atende pacientes de outras regiões, dificultando a aleatorização para aplicação dos instrumentos. Os critérios de inclusão foram: pacientes com 18 anos ou mais, indicados para avaliação do transplante renal até junho de 2018 e/ou submetidos ao transplante renal no serviço entre o período de 2008 a 2018, os quais estivessem sendo acompanhados no ambulatório de transplante. Como critério de exclusão, elegeu-se paciente com distúrbios cognitivos graves, e uso de psicotrópicos quando não fosse possível responder às questões satisfatoriamente. A amostra totalizou 172 participantes, sendo 83 pacientes em pré-transplante e 89 pacientes transplantados.

4.3 Calculo da amostra

A amostragem foi estimada através de cálculo para amostra finita, considerando nível de confiança de 95% (correspondente a dois desvios padrão) e um erro máximo de 4%, resultando numa amostra de 172 participantes, conforme cálculo abaixo:

n = α2.p.q.N

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Onde: n: Tamanho da amostra; α2: Coeficiente de confiança, expresso em desvio padrão; p: percentagem com a qual o fenômeno se verifica; q: percentagem complementar (100-p); N: Tamanho da população; e e² = Erro máximo permitido.

4.4 Instrumentos

Para a coleta de dados foi utilizada técnica de entrevista, por meio da aplicação de um questionário sociodemográfico e clínico (Apêndice A), e o Inventário de Ansiedade Traço -Estado (IDATE) (Anexo A) (Anexo B).

O Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) é um dos instrumentos mais utilizado para qualificar componentes subjetivos relacionados à ansiedade, sendo desenvolvido por Spielberger, Gorsuch e Lushenr em 1970 e adaptado para o Brasil por Biaggio e Natalício em 1979 (BORINE, 2011). A IDATE engloba duas escalas sendo a IDATE-T para traço e IDATE-E para estado, composta por 20 itens, com respostas baseadas numa escala de Likert que avalia frequência e quantidade dos sentimentos avaliados, com escores para item individual variando de 1 (absolutamente não) a 4 (muitíssimo), totalizando uma pontuação entre 20 a 80 pontos, considerando como ansiedade-traço-estado baixa, quando os valores encontram-se entre 20 e 34; moderada entre 35 e 49; elevada de 50 a 64 pontos; muito elevada de 65 a 80 pontos. Na aplicação do instrumento, os participantes foram informados de que as perguntas não possuem respostas certas ou erradas, e que as respostas devem estar de acordo com o que sentem (BORINE, 2011).

Para interpretação das respostas atribui-se pontuação para cada uma das perguntas. Os escores para as perguntas de caráter positivo são invertidos onde se a resposta for 4, atribui-se valor 1; atribui-se a resposta for 3, atribui-atribui-se valor 2, atribui-se a resposta for 2 atribui-atribui-se valor 3, atribui-se a resposta for 1 atribui-se o valor 4. No IDATE-T, as perguntas negativas são: 2, 3, 4, 5, 8, 9, 11, 12, 14, 15, 17, 18, 20; e as positivas, 1, 6, 7, 10, 16, 19. Para IDATE-E as perguntas negativas são: 3, 4, 6, 7, 9, 12, 13, 14, 17, 18, e as positivas: 1, 2, 5, 8, 10, 11, 15, 16, 19, 20. Em geral, as escalas poderão ser respondidas em média de 15 a 20 minutos.

4.5 Análise dos dados

A análise de dados foi realizada de forma descritiva e inferencial, sendo os dados processados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão

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Na análise estatística descritiva, foram consideradas frequência absoluta (n) e relativa (%), média e desvio padrão (DP) das variáveis. Para análise estatística inferencial, foi utilizado o teste do qui-quadrado para avaliar a associação entre variáveis qualitativas e análise multivariada por meio de testes complementares, quando indicado. As variáveis analisadas foram apresentadas em forma de tabelas, e discutidas à luz da literatura pertinente ao tema. 4.6 Aspectos éticos

(23)

5 RESULTADOS

De acordo com os resultados, verificou-se que dentre os 83 pacientes em pré-transplante, houve predomínio da faixa etária de 40 a 59 anos (48,0%), tendo 18 anos como mínimo e 73 como máximo, sendo alcançada média de idade entre 45,51 anos, sexo masculino (53,0%), casados (50,6%), afirmaram ter ensino fundamental (75,8%), se considerava de cor parda (54,2%), católicos (63,9%), renda familiar de até um salário mínimo por mês (85,1%), afirmaram receber auxílio do governo (78,3%), relataram não ter nenhuma ocupação profissional (81,9%) e eram provenientes da região nordeste (81,9%).

Enquanto os 89 pacientes transplantados encontravam-se em faixa etária de 40 a 59 anos (57,3%), tendo 18 anos como mínimo e 73 como máximo, sendo alcançada média de idade entre 45,39 anos, sexo masculino (51,7%), casados (58,4%), tinha ensino fundamental (62,9%), se considerava de cor parda (60,7%), católicos (61,8%), afirmaram ter renda familiar de até um salário mínimo (71,6%), recebe auxílio do governo (80,9%), afirmaram não ter nenhuma ocupação profissional (80,9%) e eram proveniente da região nordeste (82,0%).

Tabela 1 – Características sociodemográficas de pacientes renais em pré e pós-transplante, acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018.

Variáveis

Grupos

Pré-transplante Pós-transplante

n % n %

Idade

18 a 39 anos 30 36,1 26 28,7

40 a 59 anos 38 48,0 51 57,3

60 ou mais 13 15,6 10 11,0

Sexo

Feminino 39 47,0 43 48,3

Masculino 44 53,0 46 51,7

Total 83 100,0 89 100,0

Estado civil

Casado 42 50,6 52 58,4

Não casado 41 49,4 37 41,6

Total 83 100,0 89 100,0

Escolaridade

Analfabeto 3 3,6 4 4,5

Infantil

Alfabetização 6 7,3 13 14,6

Fundamental 31 75,8 56 62,9

Médio 11 13,3 11 12,4

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Tabela 1 – Características sociodemográficas de pacientes renais em pré e pós-transplante, acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018. Continuação.

Total 83 100,0 88 98,9

Ausente no Sistema

0 0 1 1,1

Cor

Parda 45 54,2 54 60,7

Negra 18 21,7 13 14,6

Branca 17 20,5 18 20,2

Amarela 3 3,6 4 4,5

Total 83 100,0 89 100,0

Religião

Católico 53 63,9 55 61,8

Evangélico 26 31,3 29 32,6

Agnóstico 1 1,2 3 3,4

Espirita 1 1,2 0 0

Outras 2 2,4 2 2,2

Total 83 100,0 89 100,0

Renda familiar Até 1 salário

mínimo 63 85,1 53 71,6

1.1 a 2 salários

mínimos 3 4,1 11 14,9

2,1 a 14,7 salários

mínimos 8 10,8 10 13,5

Total 74 100,0 74 100,0

Auxilio do governo

Sim 65 78,3 72 80,9

Não 17 20,5 7 7,9

Total 82 98,8 79 88,8

Ausente no

sistema 1 1,2 10 11,2

Total 83 100,0 81 100,0

Ocupação

Nenhuma 68 81,9 72 80,9

Ativo

profissionalmente

11 13,3 12 13,5

Estudante 4 4,8 4 4,5

Total 83 100,0 88 98,9

Ausente no

sistema 0 0,0 1 1,1

Total 83 100,0 89 100,0

Procedência por região

Nordeste 68 81,9 73 82,0

Norte 12 14,5 14 15,7

Sudeste 1 1,2 2 2,2

Centro oeste 2 2,4 0 0

Total 83 100,0 89 100,0

(25)

Consoante aos dados clínicos em paciente pré-transplante renal, houve prevalência na etiologia da doença renal para hipertensão arterial (43,4%), seguindo de outras causas (32,5%), afirmaram possuir Fístula Arteriovenosa (FAV) como acesso principal para hemodiálise (78,3%) e nenhuma internação hospitalar no último ano (54,2%).

No grupo de pacientes transplantados, os resultados demonstraram maior frequência para a hipertensão arterial (47,2%) como etiologia da doença renal, seguido também de outras causas (36,0%), afirmaram possuir FAV como principal acesso para hemodiálise (62,9%), nenhuma internação hospitalar (57,3%). Entretanto em ambos os grupos, os pacientes declaram desconhecer as causas da perda da função renal, suspeitando-se de processos agudos ocorridos em algum momento da vida. Questionados quanto ao tempo em fila de espera, os dois grupos estudados afirmaram esperar em média 482,02 dias em pré-transplante e 424,61 dias em pós-transplante. No entanto, 42,2% dos pacientes em pré-transplante não souberam responder ou ainda se encontravam coletando exames laboratoriais para serem listados em fila de espera.

Tabela 2 – Dados clínicos de pacientes renais em pré e pós-transplante acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018.

Grupos Pré-transplante Pós-transplante

Dados clínicos n % n %

Etiologia da doença

Hipertensão arterial 36 43,4 42 47,2

Diabetes 10 12,0 9 10,1

IRA 1 1,2 0 0

Glomerulonefrite 0 0 2 2,2

IRC 9 10,8 3 3,4

Outras causas 27 32,5 32 36,0

Ausente no sistema 0 0 1 1,1

Total 83 100,0 89 100,0

Vias de acesso para hemodiálise

FAV 65 78,3 56 62,9

PERMCATH¹ 7 8.4 3 3,4

CDL² 7 8,4 1 1,1

Não soube/ preemptivo 4 4,9 0 0,0

Total 83 100,0 60 67,4

Ausente no sistema 0 0,0 29 32,6

Total 83 100,0 89 100,0

Internação no último ano

Nenhuma 45 54,2 51 57,3

Uma 22 26,5 25 28,1

Duas ou mais 14 16,9 12 13,5

Não respondeu 2 2,4 0 0,0

Ausente no sistema 0 0 1 1,1

(26)

Tabela 2 – Dados clínicos de pacientes renais em pré e pós-transplante acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018. Continuação. Tempo de espera na fila

Responderam 48 57,8 88 98,9

Ausente no sistema 35 42,2 1 1,1

Total 83 100,0 89 100,0

Fonte: Elaborado pela Autora. ¹PERMCATH – Cateter duplo lúmen de longa permanência. ²CDL – Cateter Duplo Lúmen.

Quando ao histórico clínico para ansiedade em paciente pré-transplante houve predomínio para afirmação do histórico familiar (45,8%), apresentando sintomas ansiosos (61,4%), nunca buscaram auxilio psicológico alguma vez na vida (66,3%), nunca realizaram tratamento para combater a ansiedade (89,2%) e nunca fizeram uso de nenhuma medicação psicotrópica (88,0%).

Em relação aos pacientes transplantados, possuíam histórico familiar de ansiedade (47,2%), apresentaram sintomas ansiosos em algum momento da vida (59,6%), nunca buscaram auxilio psicológico (60,7%), relataram não realizar tratamento para ansiedade (91,0%), afirmaram não usar nenhum tipo de medicação psicotrópica para diminuir a ansiedade (78,7%).

Tabela 3 – Histórico clínico de pacientes renais em pré e pós-transplante, acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018.

Histórico clínico Pré-transplante n % Pós-transplante n % Histórico familiar

Sim 38 45,8 42 47,2

Não 45 54,2 47 52,8

Total 83 100,0 89 100,0

Apresentou sintomas ansiosos

Sim 51 61,4 53 59,6

Não 32 38.6 36 40,4

Total 83 100,0 89 100,0

Buscou auxílio psicológico

Sim 26 31,3 35 39,3

Não 55 66,3 54 60,7

Não respondeu 1 1,2 0 0

Total 82 98,8 89 100,0

Ausente no sistema 1 1,2 - -

Total 83 100,0 - -

Realiza algum tratamento para ansiedade

Sim 9 10,8 8 9,0

Não 74 89,2 81 91,0

Total 83 100,0 89 100,0

Faz uso de medicações psicotrópicas

Sim 10 12,0 19 21,3

Não 73 88,0 70 78,7

Total 83 100,0 89 100,0

(27)

Quanto às questões da escala IDATE-Traço, obtiveram-se as seguintes respostas: relataram sentir-se bem (52,4%), sentir-se descansado (41,5%), sentir-se calmo e ponderado (54,9%), sentir-se feliz (61,1%), estar satisfeito (54,9%), sentir-se uma pessoa estável (43,9%) utilizando a opção de “quase sempre” como resposta nas questões positivas. Afirmaram perder oportunidade por não tomar decisões rapidamente (41,5%), sentiam que as dificuldades se acumulavam e que não conseguiam resolver (50,0%), deixavam se afetar muito pelas coisas (47,6%), não se sentiam confiantes (47,6%), se sentiam deprimidos (59,8%), ficavam tensos e perturbados quando pensavam nos problemas do momento (42,2%), utilizando a opção de “quase nunca” como resposta nas questões negativas.

Quanto às questões da IDATE-Estado, obtiveram-se as seguintes respostas: Sentiam-se calmos (47,7%), a vontade (51,8%), confiantes (56,6%), satisfeitos (47,0%), alegres (56,6%), bem (60,2%), sendo usado mais frequentemente a opção de “Muitíssimo” como resposta nas questões positivas. Declararam-se sentir-se tensos (50,6%), estarem arrependidos (71,1%), perturbados (71,1%), sentiam-se ansiosos (45,8%), sentiam-se uma pilha de nervos (72,3%), agitados e confusos (69,9%), utilizando a opção de “Absolutamente não” como resposta predominante nas questões negativas.

Segundo escore obtido na escala IDATE no que consiste em níveis de ansiedade, constatou-se que dentre os pacientes em situações de pré-transplante, 27,7% dos entrevistados apresentaram ansiedade baixa, 69,9% moderada e 2,4 % elevada em IDATE-Traço, porém em IDATE-Estado 56,6% dos entrevistados apresentaram ansiedade baixa, 43,4% moderada e 0,0% elevada.

Entretanto, em pacientes transplantados, 34,8% dos entrevistados apresentaram ansiedade baixa, 64,1% moderada e 0,0 % elevada em Traço, enquanto em IDATE-Estado, 64,1% dos entrevistados apresentaram ansiedade baixa, 33,7% moderada e 1,1 % elevada. Nenhum dos entrevistados apresentou nível de ansiedade muito elevado.

Tabela 4 – Pacientes renais no pré e pós-transplante segundo níveis de ansiedade obtidas através de pontuação das escalas IDATE - TRAÇO e IDATE- ESTADO acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018.

Níveis de ansiedade

Pré-transplante Pós-transplante

Traço Estado Traço Estado

n % n % n % n %

Baixa 23 27,7 47 56,6 31 34,8 57 64,1

Moderada 58 69,9 36 43,4 57 64,1 30 33,7

Elevada 2 2,4 0 0,0 0 0,0 1 1,1

(28)

Tabela 4 – Pacientes renais no pré e pós-transplante segundo níveis de ansiedade obtidas através de pontuação das escalas IDATE – TRAÇO e IDATE – ESTADO acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC. 2018. Continuação.

Ausente no sistema

0 0 0 0,0 1 1,1 1 1,1

Total 83 100,0 83 100,0 89 100,0 89 100,0

(29)

6 DISCUSSÃO

Neste estudo as variáveis sociodemográficas, clínicas e histórico familiar foram similares em ambos os grupos de pacientes em pré e pós-transplante renal. Os níveis de ansiedade foram avaliados de acordo com a escala IDATE-Traço e IDATE-Estado.

A média de idade obtida pela amostra em pré-transplante foi de 45,51 anos e pós-transplante de 45,39 anos, considerados em meia idade, destacando-se a maioria no sexo masculino, casados e com ensino fundamental completo. Barros et al. (2018) em seu estudo

com 59 paciente em pré-transplante e 63 em pós-transplante, reunindo 122 paciente no total, afirmou que a média de idade se concentrava 39,3% em pré-transplante e 47,1% em pós-transplante, sexo masculino com 57,6% em pré-transplante e 55,6% em pós-pós-transplante, afirmaram ter o ensino fundamental com 50,8% em pré-transplante e 53,9% em pós-transplante. No presente estudo, afirmaram possuir religião, dentre eles em sua maioria católicos, com 63,9% em condições pré-transplante e 61,8% em pós-transplante, sendo em menor proporção evangélicos 31,3% em pré-transplante e 32,6% em pós-transplante. Estudo de Bravin et al. (2017), com 81 pacientes em situações de pós-transplante, realizado em São Paulo,

evidenciou a prevalência de 55,8% na religião católica e 42,3% evangélicos, ambos caracterizados com alto níveis de espiritualidade. O Brasil é um país que concentra 64,6% de pessoas que declaram ser da religião católica, e em segundo vem os que se declaram evangélicos com 22,2% da população (IBGE, 2010). Sendo assim o estudo coincidente com a realidade da população brasileira no caráter de religião que seguem. Nessa pesquisa, percebeu-se que a ligação com a religiosidade é predominante, ajudando o paciente a buscar respostas para suas indagações, constituindo como fator de proteção ou enfretamento diante das adversidades que a doença impõe, contribuindo para que o indivíduo descubra sentido na vida.

Interrogados a respeito da renda familiar, 78,4% afirmaram receber até 1 salário mínimo e 95,1% utilizavam o auxílio do governo garantido aos pacientes em situações de pré e pós-transplante renal. Costa e Nogueira (2014) em sua pesquisa com 147 pacientes de pré e pós-transplante renal em Teresina, revelou entre os entrevistados que 78,2% trabalhavam antes da realização do transplante, e 61,9% encontravam-se sem trabalho após o transplante, com renda familiar entre 1 e 3 salários mínimos e 8,8% recebiam auxilio governamental caracterizado como auxilio doença. Estudo de Birmelé et al. (2012) assegura que as condições

(30)

seguridade social, dificultando sua inserção no mercado de trabalho. No período de pré-transplante, os pacientes então em hemodiálise situação que interfere nas atividades cotidianas, trazendo vivencias, condições particulares, necessidade de acessa os serviços de saúde e atividade laboral restringida que leva a redução da sua participação no orçamento doméstico.

Constatou-se em nosso estudo que os indivíduos em situações pré e pós-transplante possuem implicações econômicas financeiras que influenciam a dependência do auxílio governamental e a saída antecipada do mercando de trabalho. No estudo aqui realizado, o tempo de espera por um rim viável dura em média 482,02 dias. Após o transplante o paciente ainda recebe auxílio do governo por dois anos, assegurando a manutenção de renda e a procura pelo retorno no mercado de trabalho (BRASIL, 1999).

No vigente estudo, a hipertensão arterial se mostrou como a principal causa de perda da função renal entre os grupos estudados: 43,4% em pré-transplante e 47,2% no pós-transplante. Outras situações, que incluem causas idiopáticas e motivos desconhecidos foram relatados entre os pacientes tendo uma proporção de 32,5% em pré-transplante e 36,0% em pós-transplante. Outro grupo em destaque foram os diabéticos, sendo uma prevalência de 12,0% em pré-transplante e 10,1% em pós-transplante.

Em concordância com a pesquisa de Moreno et al. (2016), elaborado em Bogotá

com 176 pacientes, revelou-se que a doença mais predominante causadora da DRC foi a hipertensão arterial com 31,2%, a despeito de 31,8% declarar não conhecer a razão da perda da função renal. Sesso et al. (2017) declarou em sua pesquisa que o Brasil evidenciou aumento

alarmante da HAS como causa da predominância das doenças crônicas renais; em suamostra, 34,0% apresentaram a hipertensão arterial como causa primária da doença renal crônica, sendo 30,0% diabéticos, 9,0% possuem glomerulonefrite e 11,0% indefinidos ou causas desconhecidas. Confrontando com estudo de Stasiak et al. (2014), alegou que os países em

desenvolvimento possuem fatores etiológicos como a Diabetes sendo a principal geradora de DRC. Esta pesquisa revelou que a HAS representa a doença de base que mais evolui para casos de DRC dependente de terapia renal substitutiva, estando presente em mais da metade da amostra populacional estudada.

Nesse estudo, o Inventário de ansiedade apontou que a maioria dos pacientes em pré-transplante (69,9%) e pós-transplante (64,1%) apresentaram níveis de ansiedade moderada na escala IDATE-T, semelhante ao encontrado no estudo de Valle et al. (2013), o qual

(31)

IDATE todos os pacientes apresentaram níveis de ansiedade com 66,0% moderada e 34% elevada.

Estudo realizado por Loosman et al. (2015) avaliou a prevalência de sintomas

depressivos e ansiosos em 100 pacientes holandeses com DRC pré-dialítica demostrando que 34% da amostra apresentou sintomas depressivos e 31% apresentaram sintomas de ansiedade. Em concordância com pesquisa de Gross et al. (2017) realizada com 55 pacientes com idade

entre 12 a 54 anos avaliados através da IDATE, e demostrou que os pacientes que aguardam o transplante de rim tendem a apresentar desde níveis baixos ou elevados de ansiedade, justificando sua amostra em 49,0% dos entrevistados.

Nessa pesquisa, o Inventário de ansiedade indicou que a maioria dos pacientes em pré-transplante (56,6%) e pós-transplante (64,1%) apresentaram níveis de ansiedade baixa na escala IDATE-E. Contudo, o estudo de Souza e Oliveira (2017) com 61 pacientes analisou sintomas depressivos e ansiosos com DRC em maiores de 18 anos que estavam em tratamento conservador, utilizando Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e identificou sintomas de ansiedade em cerca de 45,9% dos pacientes estudados.

Corroborando com a pesquisa realizada por Vorkapic e Rangé (2011) os transtornos de ansiedade vem aumentando na população adulta em geral, tendo crescimento em ritmo significativo. Entre os transtornos psiquiátricos, os de ansiedade estão entre os mais constantes, com predominância de 12,5% ao longo da vida e 7,6% no decorre do ano. Os sintomas ansiosos são os mais comuns, podendo ser encontrados em qualquer pessoa em diferentes momentos da vida. A ansiedade é julgada como as principais questões de saúde mental dos brasileiros, estando entre mais frequentes na população, afligindo e atingindo a qualidade de vida do indivíduo, referindo-se ser os transtornos mais incapacitantes (RAMOS, 2009).

No inventário de ansiedade-traço, as variáveis avaliadas como tensão, preocupações relativas à ocorrência de pensamentos fixos em problemas, cansaço e ideias persistentes sem real importância, que mantêm o indivíduo preocupado, foram as respostas menos frequentes para ambos os grupos. Enquanto no inventário de ansiedade-estado as respostas menos frequentes nos sentimentos de ansiedade foram não se sentir em casa, preocupação com adversidade e a falta de alegria.

Estudo de Ramirez et al. (2012) refere que a ansiedade em pacientes renais crônicos

(32)

raiva, culpa depressão e aceitação de diagnósticos de doenças renais que levam a transplantação.

A avaliação da ansiedade, depressão e qualidade de vida deveria ser parte das consultas médicas e pelos profissionais da psicologia do serviço, com adequado encaminhamento subsequente para profissionais de saúde mental. Considerando que HUWC possui equipe multiprofissional, sendo necessária a troca de experiência entre os profissionais com o intuito de traçar estratégias de intervenção para redução dos níveis de ansiedade.

(33)

7 CONCLUSÃO

O presente estudo demostrou, em ambos os grupos, com relação aos dados sociodemográficos, que a amostra convergiu na sua maioria em sexo masculino, casados, ensino fundamental completo, população dependente do auxílio do governo e renda familiar de até um salário mínimo, sendo a maioria dos entrevistados proveniente da região Nordeste.

Quanto aos dados clínicos apresentaram perda da função renal com etiologia da hipertensão arterial seguida de outras causas desconhecidas. A maioria dos entrevistados afirmaram que desconhecem as causas idiopáticas da perda da função renal, suspeitando ser de processos agudos ocorridos em algum momento da vida.

A utilização da IDATE demostrou pouca redução dos níveis ansiedade quando comparados os escores dos pacientes em pós-transplante com o grupo de pré-transplante, sendo evidenciado na IDATE-Traço o nível moderado com resultado significativo de 69,9%, demonstrando o maior impacto da doença na ansiedade no período pré-transplante, em virtude da espera por um rim na fila do Sistema Nacional de Transplante (SNT), além de outros procedimentos as quais o paciente é submetido.

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(39)

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado como participante da pesquisa intitulada: “DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM PACIENTES DE UM AMBULATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL”, cujos objetivos são verificar os níveis de depressão e ansiedade antes e após o transplante renal em grupos distintos de pacientes no Ambulatório de Transplante Renal do Hospital Universitário Walter Cantídio.

Você não deve participar contra a sua vontade. Leia atentamente as informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar, para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos.

Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder um instrumento sociodemográfico, que contém 24 questões, em conjunto com a escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), com 14 questões, e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), que contém 20 questões com respostas objetivas para avaliar depressão e outras 20 sobre ansiedade. O tempo estimado para responder aos questionários é de 15 a 20 minutos.

Os resultados contribuirão para identificação de ansiedade e depressão em pacientes atendidos no ambulatório de transplante renal, podendo facilitar o direcionamento de tratamento precoce. Os riscos de sua participação nesse estudo são mínimos e incluem possíveis desconfortos ou constrangimento durante as perguntas e o tempo necessário para participação. Você poderá recusar-se a responder alguma pergunta que não se sinta a vontade.

As informações serão utilizadas unicamente para esta pesquisa e as informações conseguidas através da sua participação não permitirão a identificação da sua pessoa, exceto aos responsáveis pela pesquisa. A divulgação das mencionadas informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto.

Gostaríamos de esclarecer ainda que:

- A qualquer momento você poderá recusar-se a continuar participando da pesquisa e que também poderá retirar o seu consentimento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo.

- Você não terá nenhuma despesa pessoal ao participar da pesquisa. - Você não receberá nenhum pagamento por participar da pesquisa.

- A qualquer momento você poderá ter acesso a informações referentes à pesquisa pelos telefones/endereço abaixo indicados.

Endereço da pesquisadora responsável pela pesquisa: Maria Isis Freire de Aguiar

Universidade Federal do Ceará

Endereço: Rua Alexandre Baraúna, 1115 (Sala 12), Rodolfo Teófilo, Fortaleza-CE. Telefone para contato: 3366 8461. E-mail: isis_aguiar@yahoo.com.br

Se você tiver alguma consideração ou dúvida, sobre sua participação na pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, localizado na Rua Coronel Nunes de Melo, 1000 – Rodolfo Teófilo, fone: 3366-8344/46. (Horário: 08:00 – 12:00 horas de segunda a sexta-feira). O CEP/UFC/PROPESQ é o órgão da Universidade Federal do Ceará responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres humanos.

(40)

Esclarecido e que, após sua leitura, tive a oportunidade de fazer perguntas sobre o seu conteúdo, como também sobre a pesquisa, e recebi explicações que responderam por completo minhas dúvidas. E declaro, ainda, estar recebendo uma via assinada deste termo.

Fortaleza, ____/____/___

Nome do participante da pesquisa Data: ____/____/_____ Assinatura: ____________________________________

Nome do pesquisador Data: ____/____/_____ Assinatura: ____________________________________

Nome da testemunha(se o voluntário não souber ler) Data: ____/____/_____ Assinatura: ____________________________________

(41)

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO

QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO 1. Nome:

2. Idade: 3. Sexo: 3.1. M( ) 3.2. F( ) 4. Estado civil: 4.1. Solteiro(a) ( ) 4.2. Casado(a) ( ) 4.3. Viúvo(a) ( ) 4.4. Divorciado(a) ( ) 5. Escolaridade:

5.1. Anos de estudo ______ 6. Cor:

6. 1. Branca ( ) 6. 2. Parda( ) 6. 3. Negra( ) 6. 4. Amarela( ) 6. 5. Indígena( ) 7. Religião: 7.1. Católica( ) 7.2. Evangélica( ) 7.3. Espírita( ) 7.4. Ateu( ) 7.5. Agnóstico( )

7.6 Outros ( ), qual:_______________ 8. Renda:

8.1. Renda individual:___________ R$ 8.2 Renda familiar:_____________ R$ 8.3.Auxílios do governo ( ),qual:_____________

8.4. Sem renda( ) 9. Ocupação: 9.1. Nenhuma ( ) 9.2. Estudante ( )

9.3. Ativo profissionalmente ( ) – Área:_______________________________ 10. Procedência:

10.1. Região norte ( ) 10.2. Região nordeste ( ) 10.3. Região centro-oeste ( ) 10.4. Região sudeste ( ) 10.5. Região sul ( ) 11. Estado de origem: 12. Etiologia da doença: 12.1. Hipertensão arterial ( ) 12.2. Diabetes ( )

12.3. IRA ( ) 12.4. IRC ( )

(42)

12.6. Outros ( ) Qual? _________________ 13. Comorbidades:

13.1. HAS( ) 13.2. DM( )

13.3. Hiperlipidemia( )

13.4. Outros ( ) Qual? _______________ 14. Tratamento atual?

14.1. Hemodiálise ( ) 14.2. Diálise peritoneal ( ) 14.3. Não( ) Preemptivo? Caso hemodiálise, qual via de acesso:

14.1.1. CDL( ) 14.1.2. FAV( )

14.1.3. PERMCATCH( ) 14.1.4. PTFE( )

15. Internações no último ano. 15.1. Nenhuma( )

15.2. Uma( )

15.3 Duas ou mais( )

16. Tempo de espera na fila única de transplante renal? _____anos______meses_____dias

17. Caso já tenha transplantado, quanto tempo esperou? _____anos______meses_____dias

18. Possui histórico familiar de depressão? 18.1. Sim( ) 18.2. Não( )

19. Possui histórico familiar de ansiedade? 19. 1. Sim( ) 19.2. Não( )

20. Já apresentou sintomas depressivos alguma vez na vida? 20.1. Sim( ) 20.2. Não( )

20.1.1 Em qual circunstância? ____________________________ 21. Já apresentou sintomas ansiosos alguma vez na vida?

21.1. Sim( ) 21.2. Não( )

21.1.1. Em qual circunstância? ___________________________ 22. Já buscou auxílio psicológico em algum momento da vida? 22.1. Sim( ) 22.2. Não( )

23.1 Realiza algum tratamento para ansiedade ou depressão?

23.1 Sim( ) 23.2. Não( ) Se sim, qual:________________________________ 24. Faz uso de medicações psicotrópicas?

(43)

ANEXO A – INVENTÁRIO DE ANSIEDADE-TRAÇO

Leia cada pergunta e faça um círculo em redor do número à direita que melhor indicar como você geralmente se sente.

Não gaste muito tempo numa única afirmação, mas tente dar a resposta que mais se aproximar de como você se sente geralmente.

Avaliação

Quase sempre...4 Às vezes...2 Frequentemente...3 Quase nunca...1

1 Sinto-me bem 1 2 3 4

2 Canso-me facilmente 1 2 3 4

3 Tenho vontade de chorar 1 2 3 4

4 Gostaria de poder ser tão feliz quanto os outros parecem ser 1 2 3 4 5 Perco oportunidades porque não consigo tomar

decisões rapidamente

1 2 3 4

6 Sinto-me descansado 1 2 3 4

7 Sou calmo, ponderado e senhor de mim mesmo 1 2 3 4 8 Sinto que as dificuldades estão se acumulando de tal forma

que não consigo resolver

1 2 3 4

9 Preocupo-me demais com coisas sem importância 1 2 3 4

10 Sou feliz 1 2 3 4

11 Deixo-me afetar muito pelas coisas 1 2 3 4

12 Não tenho muita confiança em mim mesmo 1 2 3 4

13 Sinto-me seguro 1 2 3 4

14 Evito ter que enfrentar crises ou problemas 1 2 3 4

15 Sinto-me deprimido 1 2 3 4

16 Estou satisfeito 1 2 3 4

17 Às vezes, idéias sem importância me entram na cabeça e ficam-me preocupando

1 2 3 4

18 Levo os desapontamentos tão a sério que não consigo tirá-los da cabeça

1 2 3 4

19 Sou uma pessoa estável 1 2 3 4

20 Fico tenso e perturbado quando penso em meus problemas do momento

(44)

ANEXO B – INVENTÁRIO DE ANSIEDADE-ESTADO

Leia cada pergunta e faça um círculo ao redor do número à direita da afirmação que melhor indicar como você se sente agora, neste momento.

Não gaste muito tempo em uma única afirmação, mas tente dar uma resposta que mais se aproxime de como você se sente neste momento.

Avaliação

Muitíssimo...4 Um pouco. ... 2 Bastante...3 Absolutamente não... 1

1 Sinto-me calmo 1 2 3 4

2 Sinto-me seguro 1 2 3 4

3 Estou tenso 1 2 3 4

4 Estou arrependido 1 2 3 4

5 Sinto-me a vontade 1 2 3 4

6 Sinto-me perturbado 1 2 3 4

7 Estou preocupado com possíveis problemas 1 2 3 4

8 Sinto-me descansado 1 2 3 4

9 Sinto-me ansioso 1 2 3 4

10 Sinto-me “em casa” 1 2 3 4

11 Sinto-me confiante 1 2 3 4

12 Sinto-me nervoso 1 2 3 4

13 Estou agitado 1 2 3 4

14 Sinto-me uma pilha de nervos 1 2 3 4

15 Estou descontraído 1 2 3 4

16 Sinto-me satisfeito 1 2 3 4

17 Estou preocupado 1 2 3 4

18 Sinto-me super-agitado e confuso 1 2 3 4

19 Sinto-me alegre 1 2 3 4

(45)
(46)
(47)
(48)
(49)
(50)
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Imagem

Tabela  1  –   Características  sociodemográficas  de  pacientes  renais  em  pré  e  pós- pós-transplante, acompanhados no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC,  2018
Tabela  1  –   Características  sociodemográficas  de  pacientes  renais  em  pré  e  pós- pós-transplante,  acompanhados  no  ambulatório  do  serviço  de  transplante  renal  do  HUWC, 2018
Tabela 2 – Dados clínicos de pacientes renais em pré e pós-transplante acompanhados no  ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018
Tabela 2  –  Dados clínicos de pacientes renais em pré e pós-transplante acompanhados  no ambulatório do serviço de transplante renal do HUWC, 2018
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