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ANNY HELBA MARIANA DA SILVA DOURADO ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS SOBRE INOVAÇÃO PUBLICADOS EM PERIÓDICOS NACIONAIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO

DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

ANNY HELBA MARIANA DA SILVA DOURADO

ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS SOBRE INOVAÇÃO PUBLICADOS EM PERIÓDICOS NACIONAIS

FORTALEZA

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ANNY HELBA MARIANA DA SILVA DOURADO

ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS SOBRE INOVAÇÃO PUBLICADOS EM PERIÓDICOS NACIONAIS

FORTALEZA

2013

Artigo apresentado à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

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ANNY HELBA MARIANA DA SILVA DOURADO

ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS SOBRE INOVAÇÃO PUBLICADOS EM PERIÓDICOS NACIONAIS

Artigo apresentado ao Curso de Ciências Contábeis do Departamento de Contabilidade da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em: 06/06/2013

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________ Profª. Drª. Alessandra Carvalho de Vasconcelos (Orientadora)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

___________________________________________________ Profª. Drª. Márcia Martins Mendes De Luca

Universidade Federal do Ceará (UFC)

___________________________________________________ Profª. Me. Jeanne Marguerite Molina Moreira

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ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS SOBRE INOVAÇÃO PUBLICADOS EM PERIÓDICOS NACIONAIS

RESUMO

A inovação está associada ao crescimento das empresas e à vantagem competitiva, além de causar impacto na economia de um país. Dada a importância do tema, o presente estudo tem como objetivo investigar as características dos artigos sobre inovação publicados em periódicos nacionais qualificados pela área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo da CAPES no período de 2006 a 2010. A pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa dos dados, é realizada por meio da análise documental e bibliométrica. Os resultados demonstraram que a Universidade de São Paulo (USP) é a instituição que mais possui vínculo com autores que publicaram sobre inovação; o Sudeste é a região de maior origem dos artigos; e não houve cooperação entre as instituições na maior parte dos estudos. Quanto aos autores, constatou-se que o gênero masculino, a titulação doutor e a formação em administração prevaleceram. A maioria dos artigos possui dois autores e a maior parte dos autores publicaram apenas um artigo sobre inovação. Em linhas gerais, a análise realizada sinalizou que os artigos geralmente são empíricos, exploratórios, qualitativos, utilizam base de dados primária, adotam método survey e o setor mais representativo foi o multissetor

industrial. Concluiu-se que a inovação de processos e a inovação de produtos e/ou serviços e processos foram os tipos mais frequentes, a medida de inovação mais utilizada foi gastos com P&D e a teoria mais empregada foi a Teoria Institucional.

Palavras-chave: Inovação. Produção científica. Bibliometria.

1 INTRODUÇÃO

A inovação se torna relevante no contexto atual por ser um tema associado ao crescimento das empresas, à vantagem competitiva e por causar impacto na economia. Segundo Schumpeter (1961), é através da inovação que as empresas renovam sua base de ativos, oportunizando a sustentabilidade da sua competitividade econômica. Sendo assim, é necessário que as empresas invistam em inovação continuamente, a fim de que sobrevivam no mercado.

Considerando que a inovação empresarial constitui-se importante tema de discussão acadêmica na área de conhecimento Administração, Ciências Contábeis e Turismo da CAPES, surge a seguinte questão: Quais as características da produção acadêmica nacional que apresenta a inovação como tema de pesquisa?

Tendo em vista a importância dessa temática, o presente estudo teve como objetivo investigar as características dos artigos sobre inovação publicados em periódicos nacionais da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo da CAPES no período de 2006 a 2010. Para tanto, tem-se como objetivos específicos: (i) identificar a autoria e as características metodológicas de tais pesquisas; (ii) examinar a inovação como tema de pesquisa nos periódicos estudados.

A escolha do assunto se justifica pela crescente relevância da inovação tanto no contexto organizacional quanto no acadêmico. Dessa forma, o estudo oferece à academia científica uma sistematização das publicações nacionais sobre inovação da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo no ano de 2006 a 2010.

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pesquisas acadêmicas de forma estruturada, verificando a qualidade delas e quantificando o processo de comunicação escrita. Silva (2008) diz que esse tipo de estudo serve para organizar certas quantidades de informação que, de alguma forma, poderia permanecer desordenado e sem leitura, mesmo sendo considerado um material de qualidade pelos estudiosos.

Para a análise proposta foram coletados os artigos publicados no período de 2006 a 2010 em periódicos nacionais classificados como “A1, A2, B1, B2, B3, B4 e B5” da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo, segundo a lista do Qualis/CAPES, totalizando 80 periódicos.

O estudo está organizado na seguinte forma: primeiramente a apresentação o tema inovação nas pesquisas acadêmicas, abordando dez estudos empíricos e dez bibliométricos realizados sobre o tema. Logo depois o detalhamento da metodologia do trabalho, em seguida a análise dos resultados e, concluindo, as considerações finais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO: A INOVAÇÃO EM PESQUISAS ACADÊMICAS Por ser um assunto emergente, várias pesquisas acadêmicas investigaram a temática. Foram identificadas diversas matérias voltadas para o tema nos últimos anos. O Quadro 1 apresenta sinteticamente o objetivo geral e os principais resultados de alguns estudos empíricos sobre o tema inovação.

Quadro 1 – Estudos empíricos sobre inovação

Autoria (ano) Objetivo Principais resultados

Brandão, Muniz e Gonçalves

(2009)

Avaliar o fator inovação como intenção estratégica adotada por uma das maiores agências de propaganda do país

A empresa buscou constantemente a diferenciação para gerar valor aos clientes e maior participação nas fatias de mercado mediante forte compromisso de gestão.

Delgado e Cruz (2009)

Identificar e avaliar as inovações de uma cooperativa francesa do setor de laticínios no período de 1990 a 2005

Algumas inovações em produto e processo foram induzidas por fornecedores, além das inovações em gestão, por exigirem menores investimentos em tecnologia. A busca por maior qualidade e por produtos com apelo funcional e ligados à sustentabilidade também motivaram a implementação de inovações. Moretti,

Moysés Filho e Pereira

(2010)

Identificar o papel da inovação e as práticas sobre as quais se baseiam o Desenvolvimento e Lançamento de Novos Produtos na Laffriolée Sobremesas.

A empresa buscou ser inovadora desenvolvendo um produto que se relaciona a novos estilos de vida e práticas sociais, além de aproveitar os canais de distribuição já existentes, preços competitivos e sua própria força de vendas.

Vicenti e Machado (2010)

Verificar quais as características do ambiente propício à inovação nas organizações de software de Blumenau-SC

Existem características inovadoras no ambiente das empresas pesquisadas. Dezessete das vinte e nove dimensões possuem semelhança com a empresa-mãe e nove diferem significativamente.

Pacagnella Júnior e Porto

(2011)

Analisar os resultados obtidos pela indústria paulista quanto à inovação tecnológica e identificar os fatores que influenciam este fenômeno

(6)

humanos ligados a produção; as fontes de informação institucionais; e o salário médio.

Scarpin et al. (2011)

Verificar a percepção dos colaboradores e gestores no que se refere a ambientes propícios ao desenvolvimento de inovação em cinco escritórios contábeis da cidade de Gaspar, localizada no Vale do Itajaí, Santa Catarina.

As características que os funcionários dos escritórios contábeis percebem como influenciadores em um ambiente que promova a inovação estão ligados às dimensões: D1 - relacionamento interno; D2 - recursos; D3 - liderança e D4 - resolução de conflito.

Lübeck, Wittmann e Gomes (2012)

Analisar de que forma a gestão da informação pode proporcionar melhorias inovadoras em um grupo de empresas do setor de transporte coletivo urbano de passageiros da região metropolitana de Porto Alegre

O gerenciamento da informação ocorrido com a Bilhetagem Eletrônica, nas empresas de transporte coletivo urbano de passageiros da Região Metropolitana de Porto Alegre, possibilitou a redução de falhas operacionais, melhorias dos serviços e dos sistemas de controle e sustentabilidade da competitividade e lucratividade das empresas, além de constituir-se em processo inovador.

Tumelero, Santos, Plonski (2012)

Discutir a relação entre geração e ou aquisição de conhecimento e inovação tecnológica, a partir da visão baseada em recursos, considerando evidências empíricas de 475 empresas brasileiras intensivas na utilização de conhecimentos técnico e científico

Diferentes formas e intensidades de conhecimento podem ser aplicadas simultaneamente, inclusive de forma complementar, na implementação de inovações de produtos e ou processos. Geração e/ou aquisição de diferentes formas de conhecimento podem variar de forma significativa entre diferentes empresas e setores de alta tecnologia. Foram apresentados achados de que políticas governamentais de apoio à inovação, como incentivos fiscais, subvenção econômica e financiamentos, podem fortalecer a geração e ou aquisição de conhecimento em empresas de alta tecnologia, possibilitando que tais empresas dispendam investimentos em atividades inovativas para melhoria de seus acervos tecnológicos.

Santos, Basso e Kimura

(2012)

Identificar e verificar como são organizados os principais elementos que compõem a capacidade de inovar de empresas brasileiras com base nas informações extraídas da PINTEC/IBGE realizadas nos anos 2000, 2003 e 2005, Gazeta Mercantil e SERASA

Os esforços das firmas para melhorar sua capacidade de inovar se estruturam em três eixos: Capital Humano, Capital Relacional e Capital Interno, expandindo assim, a organização proposta pelo IBI. A capacidade de inovar das firmas no Brasil é mais dependente do Capital Relacional.

Pinto e Maisonnavi

(2012)

Desvelar, com o emprego do método fenomenográfico, a percepção de gestores de P&D sobre a influência da busca por inovação no gerenciamento dos investimentos de pesquisa e desenvolvimento no Setor Elétrico Brasileiro

Apesar de a inovação permear todo o processo de gestão de P&D no Setor Elétrico - desde a prospecção de temas, o relacionamento com os atores do Sistema e a busca por resultados -, os responsáveis pelas áreas de P&D das empresas percebem que a busca da inovação influencia a gestão de P&D de maneiras distintas, categorizadas em quatro temas.

Fonte: Elaborado pela autora com base na revisão da literatura.

Como se pode ver, o Quadro 1 mostra que há diversas abordagens de estudos empíricos sobre inovação diante da amplitude da temática. A seguir, o Quadro 2 exibe alguns estudos bibliométricos que investigaram a temática.

Quadro 2 – Estudos bibliométricos sobre inovação

Autoria (ano) Objetivo Principais resultados

Gazda e Quandt (2010)

Analisar a produção científica na área de gestão da inovação por meio de um levantamento de coautoria dos artigos apresentados

(7)

no Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica (Sigitec) no período 1998 a 2008

trabalhos se concentraram nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Kneipp et al. (2010)

Avaliar a inserção e a utilização do termo inovação em 306 trabalhos dos eventos da Associação de Programas de Pós Graduação em Administração (ANPAD) no período de 1997 a 2009

Houve predominância de trabalhos de base empírica, com abordagem qualitativa e natureza exploratória. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) se destaca com o maior número de artigos publicados.

Gomes, Machado e Giotto (2010)

Analisar a produção científica na área de inovação dos Encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) de 1997 a 2009

A FEA/USP e a UFRJ se destacaram na produção de artigos escritos em sua maioria por dois autores. Um autor da UFRJ obteve o maior número de produções. A área com maior incidência de artigos é de Ciência, Tecnologia e Inovação. O tipo de inovação predominante é a tecnológica. Predominam os artigos de natureza descritiva.

Costa et al. (2011)

Analisar a produção cientifica publicada sobre Inovação e PI, de 2000 a 2010 extraídas das bases ISI e Scopus, traçando um panorama do

estado da arte na intersecção dos

dois campos de conhecimento

Houve uma tendência de crescimento da quantidade de trabalhos publicados por ano. Lichtenthaler, U foi o autor com mais publicações. O artigo de Zahra SA, George G (2002) foi o mais citado. Harvard Univ foi a instituição mais citada. Houve uma forte concentração de publicações dos Estados Unidos nos dois critérios.

Technology transfer foi a palavra-chave com maior

número de ocorrências.

Kneipp et al. (2011a)

Analisar as publicações científicas vinculadas ao tema inovação nos anais do EnANPAD e nos periódicos RAC, BAR e RAC-Eletrônica, no período de 1997 a 2010

Constatou-se um aumento considerável das publicações nos anos de 2006, 2007 e 2008. O tema esteve presente em todos os anos analisados no EnANPAD e a maioria das publicações concentra-se na RAC com 34 artigos. Os artigos analisados possuem no máximo seis autores. As instituições que mais se destacaram foram: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a Universidade da Bahia, a Universidade de São Paulo e a Universidade de Brasília. Os artigos analisados são em sua maioria empíricos, predominando a abordagem qualitativa, de natureza exploratória, utilizam o método estudo de caso e estão relacionados, principalmente, ao setor privado no que se refere à esfera organizacional abordada nas publicações.

Kneipp et al. (2011b)

Analisar as características das publicações sobre Inovação Sustentável, na base de dados Web of Science, no período de 2000 a

2010, e identificar quais tópicos em administração estudados junto a este tema estão sendo mais pesquisados e quais são mais relevantes.

Constatou-se aumento gradual da produção científica, em especial nas seguintes áreas temáticas: Gestão (Management), Ciências Ambientais (Environmental Sciences) e Negócio (Business). Evidenciou-se como hot topcis as combinações do tópico inovação

sustentável com: Development (Desenvolvimento), Management (Gestão) e Technology (Tecnologia).

Chen, Lima e Martins

(2012)

Compreender a evolução dos estudos relacionados à inovação sob a ótica dos elementos da organização nos artigos compreendidos entre 1990 a 2007 das duas revistas mais importantes na área de Estudos Organizacionais:

Administrative Science Quarterly e Organization Science

Observou-se uma tendência crescente em estudar a inovação com base em redes de conhecimento e alianças, assim como a manutenção da importância, ao longo do tempo, daqueles que abordaram a inovação e a organização como instrumento social.

Freitas,

(8)

Motta (2012) principais publicações sobre inovação e centros de pesquisa no âmbito internacional da base Web of Science (WoS) nos últimos 30

anos

instituição mais produtiva. 30,6% da produção mundial está concentrada nos EUA. Nos últimos 5 anos houve uma ascensão média de aproximadamente 7 novos trabalhos por ano, representando um aumento de 13% a cada ano.

Muylder (2012)

Analisar a relação dos termos inovação e arranjo produtivo local na academia brasileira, ressaltando quais as áreas e temas que envolveram estes dois termos nos últimos cinco anos de publicação científica ou estudos em construção que foram publicados no EnANPAD de 2007 a 2011

Os artigos com os termos APL, Arranjo produtivo local, Aglomerado e Cluster representaram 10,6% das publicações. Quando o foco foi substituído por cluster, houve um acréscimo de 12 artigos para 19 (0,41% do total). Os comitês que mais representaram os termos pesquisa foram: ESO com 11 ocorrências, GOL e ADI com 4 ocorrências cada, MKT e FIN com 2 ocorrências cada e APB, EOR, CON e GCT com apenas uma ocorrência.

Vicenti et al. (2012)

Identificar as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional nas bases PROQUEST, SIENCE DIRECT, SCOPUS de 1977 – 2012

O sucesso das inovações dentro das organizações depende do seu estágio de institucionalização. A teoria institucional, por sua vez, está suportando uma linha de pesquisas em inovação, como teoria de base e, em muitos estudos, não é evidenciada de forma explícita, mas as pesquisas adotam a expressão “institucionalização da inovação” ou de “novas práticas”, remetendo, portanto, ao processo de institucionalização.

Fonte: Elaborado pela autora com base na revisão da literatura.

De acordo com o Quadro 2, há diversas fontes de investigação dos estudos bibliométricos em inovação: Alguns analisam artigos no Sigitec (GAZDA; QUANDT, 2010), no EnANPAD (GOMES; MACHADO; GIOTTO, 2010; KNEIPP et al., 2010; KNEIPP; ROSA; BICHUETI, 2011; MUYLDER, 2012), no ISI e na Scopus ( COSTA et al., 2010), no Web of Science (KNEIPP et al., 2011; FREITAS; OLIVEIRA; MOTTA, 2012), na RAC, na

BAR e na RAC-Eletrônica (KNEIPP; ROSA; BICHUETI, 2011), nas revistas Administrative Science Quarterly e na Organization Science (CHEN; LIMA; MARTINS, 2012) e nas bases

de indexação do Proquest, na Sience Direct e na Scopus (VICENTI et al., 2012).

Os períodos de análise também são diferentes: 1998 – 2008 (GAZDA; QUANDT, 2010), 1997 – 2009 (GOMES; MACHADO; GIOTTO, 2010; KNEIPP et al., 2010), 2000 – 2010 (KNEIPP et al., 2010; COSTA et al., 2010; KNEIPP et al., 2011), 1997 – 2010 (KNEIPP; ROSA; BICHUETI, 2011), 1990 – 2007 (CHEN; LIMA; MARTINS, 2012), 2007 – 2011 (MUYLDER, 2012), 1982 – 2012 (FREITAS; OLIVEIRA; MOTTA, 2012) e 1977 – 2012 (VICENTI et al., 2012).

O presente estudo se diferencia dos demais apresentados por buscar identificar, no período de 2006 a 2010, os autores que mais produziram sobre o tema, bem como sua caracterização (gênero, formação acadêmica e titulação), origem institucional e região geográfica desses autores. Além disso, busca descrever as características metodológicas mais utilizadas e as referências mais utilizadas nos artigos sobre o tema. A base de dados também é diferente dos outros artigos: todos os periódicos nacionais classificados como “A1, A2, B1, B2, B3, B4 e B5” segundo a lista do Qualis/CAPES.

3 METODOLOGIA

(9)

obtidos por meio da busca eletrônica e participaram da amostra apenas aqueles que estavam disponíveis via internet até o mês de maio de 2011. Ao todo 43 periódicos continham 191

artigos sobre o tema inovação e os mesmos foram selecionados para análise.

Para a coleta dos artigos, inicialmente foram adotadas três palavras-chave – Inovação, Desempenho Inovador, e P&D – e suas respectivas traduções e termos derivados, que serviram como base de seleção dos artigos a serem analisados na pesquisa; e verificou-se a existência dessas palavras-chave no título e/ou no resumo do artigo.

No estudo bibliométrico, inicialmente buscou-se verificar a quantidade de autores por artigo, gênero, formação acadêmica e titulação na data de publicação dos artigos. Em seguida, identificou-se a instituição (IES) de vínculo dos autores, as regiões onde as IES estão localizadas e se houve cooperação entre elas ou não. Depois se averiguou os dados das pesquisas, como o tipo de pesquisa (descritiva e/ou exploratória), abordagem (qualitativa e/ou quantitativa), modalidade (teórica e/ou empírica), procedimento adotado (estudo de caso único, estudo de caso múltiplo ou survey), base de dados utilizada (primária, secundária e/ou

bibliográfica) e tipo de inovação (de produto e/ou serviço, de marketing, de processo ou

organizacional). Verificou-se também se os artigos apresentam alguma medida de mensuração ou métrica para a inovação, ou ainda se foi mencionado algum modelo ou teoria base da investigação. Buscou-se observar, ainda, as referências utilizadas que apresentassem uma das palavras-chave descritas anteriormente, como dissertações, teses e obras nacionais e estrangeiras.

Na presente pesquisa adota-se a classificação da inovação proposta pelo Manual de Oslo (OECD, 2005), a saber: inovação de produto ou serviço é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas, componentes e materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras características funcionais. Uma inovação de processo é a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares. Uma inovação de marketing é a implementação de um novo

método de marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua

embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços. Inovações de marketing são voltadas para melhor atender as necessidades dos consumidores,

abrindo novos mercados, ou reposicionando o produto de uma empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas. Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas.

Buscou-se identificar nos 191 artigos objeto de análise a adoção de medidas de mensuração ou métricas de inovação indicadas pela OECD (2005) como: gastos com P&D, patentes, inovações significativas, pesquisas de inovação, anúncios de produtos, empregados devotados à inovação, julgamentos de experts, gastos com inovação ou atividades inovadoras

(P&D; design e engenharia; investimentos em ativos fixos; investimentos em marketing),

ênfase no processo de inovação (subjetivo), instalações de P&D, relação entre gastos com P&D interno e adquirido externamente, receita com licenciamento (gastos e receitas com licenciamento de patentes e outros licenciamentos), ênfase na variedade de linhas de novos produtos (subjetiva), ênfase na velocidade de introdução de novos produtos (subjetiva), número de inovações adotadas, cooperações e networking externo, percentual da receita

obtido com novos produtos.

(10)

Os resultados da análise realizada são apresentados em tabelas, gráficos e figuras para melhor sistematização dos mesmos.

A Tabela 1 apresenta a quantidade de artigos publicados por ano relacionados com o tema Inovação nos periódicos nacionais entre 2006 e 2010.

Tabela 1 – Quantidade de artigos analisados por ano e sua porcentagem em relação ao total Ano Total Número de artigos analisados Total (%)

2006 18 9,42%

2007 39 20,42%

2008 60 31,41%

2009 42 21,99%

2010 32 16,75%

Total 191 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que houve um aumento expressivo de, aproximadamente, 54% no número de publicações de 2006 para 2007. Em 2008, também houve um aumento e esse foi o ano mais expressivo de publicações, corroborando com Kneipp et al. (2010), que analisou a quantidade de artigos publicados sobre inovação de 1999 a 2009 nos eventos da Associação de Programas de Pós Graduação em Administração (ANPAD). Segundo eles, o pico de produção científica em 2008 se deve ao Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, que ocorre a cada biênio. Eles também explicam o aumento do número de artigos em virtude, de cada vez mais, a inovação estar relacionada à obtenção de vantagem competitiva. No ano de 2009 houve uma queda de 30% nas publicações, assim como em 2010, que obteve uma queda de 24% aproximadamente.

Gomes, Machado e Giotto (2010) estudaram os artigos dos Encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) de 1997 a 2009 que continham a palavra inovação no título, resumo e/ou palavras-chave. Eles encontraram em 2007 o maior número de publicações, o que não significa uma divergência do presente estudo, já que sua amostra foi diferente bem como a base de seleção, que incluiu somente os artigos que tivessem a palavra-chave no tema. O Gráfico 1 representa melhor a evolução do número de artigos sobre inovação, demonstrando os aumentos e diminuições ao longo dos últimos cinco anos. A ilustração ficou triangular, quase simétrica, com eixo em 2008.

Gráfico 1 – Evolução do número de artigos sobre Inovação de 2006 a 2010

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 2 mostra as instituições de vínculo mais frequentes entre os autores dos artigos sobre o tema inovação de 2006 a 2010.

Tabela 2 – Participação das Instituições de Ensino Superior (IES) de vínculo dos autores dos artigos analisados

IES Total Total (%)

(11)

Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) 16 6,40%

Fundação Getulio Vargas (FGV) 12 4,80%

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 12 4,80%

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 10 4,00%

Universidade de Campinas (UNICAMP) 9 3,60%

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 9 3,60%

Universidade Nove de Julho (UNINOVE) 8 3,20%

Universidade Federal do Paraná (UFPR) 8 3,20%

Universidade Regional de Blumenau (FURB) 8 3,20%

Universidade de Brasília (UnB) 6 2,40%

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 5 2,00%

Instituições de menor representatividade 116 46,40%

Instituições não identificadas 9 3,60%

Total 250 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que a IES que mais se destacou foi a USP, que aparece com 22 publicações, representando 8,8% do total de 250 participações. O número de participações é maior do que a quantidade de IES por causa dos artigos que em que houve cooperação, ou seja, autores de instituições diferentes fizeram parte de um mesmo artigo. Em seguida, vem a UPM, com 16 artigos (6,4%), a FGV e a UFRGS, com 12 publicações cada (4,8%) e a UFRJ, com 10 publicações (4%).

Kneipp et al. (2010) também fizeram um levantamento com as IES que possuem a partir de sete trabalhos relacionados ao tema inovação nos eventos da ANPAD no período de 1997 a 2009. Foram destacadas na análise a UFRGS, com 39 publicações, a USP, com 30, a UFBA, com 23, a FGV, com 20, a UNIVALI, com 17, a UnB e a UPM, com 16 cada uma.

Da mesma forma, Gomes, Machado e Giotto (2010) apresentaram o número de artigos por universidade dos EnANPAD de 1997 a 2009. Constataram que a FEA/USP e a UFRJ destacam-se com nove artigos cada, chegando, juntas, a quase um quarto de todos os artigos encontrados na pesquisa. A EAESP/FGV surge em segundo lugar com oito artigos, e em seguida vem a UFBA, com sete, e a Universidade Metodista Mackenzie com seis artigos. As demais universidades apresentam de um a quatro artigos.

Em 2011, os mesmos autores analisaram o número de artigos por universidades que produziram mais de oito artigos nos eventos do ALTEC, SIMPOI e EnANPAD de 2003 a 2007. Desta vez, a FEA/USP se destacou com 49 artigos, a Unicamp apareceu em segundo lugar com 22 artigos, a UFRJ em terceiro com 20 artigos; a FGV em quarto com 19 artigos e a UPM em quinto, com 17 artigos.

Continuando a análise das IES, considerou-se importante verificar as cooperações entre os autores vinculados a elas (Tabela 3).

Tabela 3 – Cooperação em produção científica entre IES nos artigos

Situação Total Total (%)

Não houve cooperação 133 69,63%

Cooperação entre duas IES 39 20,42%

Cooperação entre três ou mais IES 10 5,24%

IES não identificadas 9 4,71%

Total 191 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

(12)

construindo uma tabela com a evolução da colaboração interinstitucional entre as produções científicas na área de gestão da inovação apresentadas no Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica (Sigitec) no período 1998 a 2008. Em 2006, a porcentagem das colaborações foi de 31,1% em relação ao total de 244 artigos. Em 2008, a porcentagem foi de 21,4% dos 220 produções científicas apresentadas. Segundo os autores, “a coautoria entre instituições diferentes pode ser um instrumento importante de promoção do intercâmbio de conhecimentos diversificados e complementares, que são essenciais para o desenvolvimento de inovações”, ou seja, a cooperação pode aumentar a qualidade da pesquisa.

O Gráfico 2 ilustra o número de autores por artigo. Gráfico 2 – Número de autores por artigo

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que a menor expressão foi dos artigos que possuem quatro, cinco ou seis autores (19,37%). Aproximadamente 22% dos artigos foram desenvolvidos por apenas um autor, 24,61% foram elaborados por três autores. A maioria dos artigos analisados (34,03%) possuem dois autores, assim como foi verificado por Gomes, Machado e Giotto (2010) nas produções científicas do EnANPAD de 1997 a 2009 que constatou que 45 artigos foram escritos por dois autores, aproximadamente 61% do total. Vale ressaltar a opinião desses pesquisadores para a predominância de dois autores nos artigos. Segundo Gomes, Machado e Giotto (2010) esta preferência talvez se justifique pelos trabalhos em conjunto do tipo orientador-orientado, parceria entre professor e aluno, trabalhos muitas vezes originários de dissertações de mestrado ou teses de doutorado.

Analisando a distribuição de autores por artigo sobre inovação apresentados no Sigitec de 1998 a 2008, Gazda e Quandt (2010) também chegaram à conclusão de que os artigos com dois autores preponderaram de forma bastante consistente ao longo de todos os anos. Até 2004, o simpósio permitia a inscrição de até quatro autores por trabalho. Por esse motivo, trabalhos com cinco e seis autores apareceram somente em 2006 e 2008.

O Gráfico 3 ilustra a frequência em percentual do gênero dos autores dos artigos. Gráfico 3 – Gênero dos autores dos artigos

Fonte: Dados da pesquisa.

(13)

36,77% dos artigos analisados. Ou seja, durante o período analisado, do total de 411 autores, 265 são homens e 147 são mulheres.

O Gráfico 4 expõe a distribuição das regiões brasileiras das IES dos autores dos artigos analisados.

Gráfico 4 – Regiões brasileiras das IES de vínculo dos autores

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que a maioria dos artigos analisados teve autores de IES localizadas na região Sudeste, com 48,78% do total, sendo 28,78% dos artigos analisados de autoria de IES localizadas na região Sul, 4,39% na região Nordeste, 4,39% na região Centro-Oeste, 2,44% na região Norte. Ressalta-se que, dos artigos analisados, 5,37% deles tem autores de IES localizadas em regiões estrangeiras e 5,85% deles não apresentaram as IES dos seus autores.

Kneipp et al. (2011) elaborou uma figura representando a distribuição territorial das universidades nacionais que mais publicam sobre inovação nos anais do EnANPAD e nos periódicos RAC, BAR e RAC-Eletrônica, no período de 1997 a 2010. O estado de Minas Gerais destacou-se com a presença de sete instituições, seguido de São Paulo com seis e Rio de Janeiro com cinco, todos pertencentes à região Sudeste, concordando com o presente estudo. A região Sul também foi a segunda que mais publicou, sendo três no Rio Grande do Sul, duas em Santa Catarina e duas no Paraná.

Já Andrade e Muylder (2010), que distribuiu por Estado os artigos apresentados no 17º e 18º Congresso Brasileiro de Contabilidade (CBC), em 2004 e 2008 e nos Encontros da ANPAD de 2007 e 2008, na área específica de contabilidade, verificou que os estados das regiões Sul e Sudeste concentram 67,34% dos artigos selecionados na amostra, seguidos pela Região Nordeste (18,37%), Centro-Oeste (9,18%) e Norte (5,10%), com destaque para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que contribuíram com a publicação de 27 artigos dos 99 apresentados no 18º CBC.

A Tabela 4 apresenta a frequência numérica e em percentual da titulação dos autores dos artigos analisados.

Tabela 4 – Titulação dos autores dos artigos

Titulação Total Total (%)

Livre docência 18 4,38%

Doutor 188 45,74%

Doutorando 35 8,52%

Mestre 70 17,03%

Mestrando 24 5,84%

Especialista 3 0,73%

Graduado 28 6,81%

(14)

Não identificada 37 9,00%

Total 411 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Na Tabela 4 verifica-se que a titulação doutor se destaca dentre as demais, com 45,74% do total. Em seguida, a titulação mestre representa 17,03%. É necessário mencionar que 9% dos autores não apresentaram a titulação nos artigos. Pode-se verificar ainda que, 8,52% dos autores são doutorandos, 6,81% são graduados, 5,84% são mestrandos, 4,38% tem livre docência, 1,95% são graduandos e 0,73% são especialistas.

A Tabela 5 mostra o percentual de autores que com um, dois, três ou mais artigos. Tabela 5 – Quantidade de artigos publicados por cada autor

Quantidade de artigos publicados/autor Quantidade de autores correspondentes Total (%)

5 2 0,49%

4 1 0,24%

3 10 2,43%

2 35 8,52%

1 363 88,32%

Total 411 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

A maior parte dos autores publicou um artigo, representando 88,32% do total, ou seja, dos 411 autores, 363 publicaram um artigo. A quantidade de autores que publicaram dois ou mais artigos é menor, sendo que 8,52% (35) deles publicaram dois artigos, 2,43% (10) deles publicaram três artigos, 0,24% (1) deles publicaram quatro artigos e 0,49% (2) deles publicaram cinco artigos. Vale destacar que o autor que publicou quatro artigos foi Isak Kruglianskas, e os que publicaram cinco artigos foram Moises Ari Zilber e Denise Del Prá Netto Machado.

Gomes, Machado e Giotto (2010) analisaram a autoria dos artigos sobre inovação dos EnANPAD de 1997 a 2009 e observaram que o autor com a maior incidência é César G. Neto que foi autor de quatro artigos (2002, 2004, 2007 e 2009). Em segundo lugar, aparece Sérgio Lex com três artigos (2007 e 2009). Os demais autores apresentam dois artigos como sendo de sua autoria.

Craig Boardman ficou na primeira posição na obra de Freitas, Oliveira e Motta (2012), que apresentaram uma tabela com os 15 autores mais produtivos das publicações sobre inovação e centros de pesquisa no âmbito internacional da base Web of Science (WoS) de 1982 a 2012.

Saquetto et al. (2011) também consideraram importante verificar qual os autores com maior número de publicações sobre a temática Inovação Tecnológica dos periódicos de conceito “A” segundo avaliação do Qualis/CAPES no período de 2001 a 2001. Kuen-Hung Tsai se destacou com três publicações.

Para avaliar os autores mais relevantes, Costa et. al. (2011) fizeram uma listagem daqueles com a maior quantidade de artigos publicados sobre Inovação e Propriedade Intelectual, de 2000 a 2010 das bases ISI Web of Knowledge e Scopus. Chihiro Watanabe

publicou mais na Scopus, com 11 artigos e Ulrich Lichtenthaler na ISI, com 17 artigos.

A Tabela 6 expõe as fontes de referências mais citadas nos artigos analisados e suas respectivas frequências.

Tabela 6 – Livros, teses e dissertações mais citadas nos artigos

Frequência Obra Autoria (ano) Tipo de Obra

(15)

46 A study of innovative human resource development practices in Minnesota companies. ALIAGA (2005) Livro

46 “The nature of the innovative process”, in Dosi, G. et al., Technological change and economic theory. DOSI (1982, 1988) Livro

45 Innovation in services. SUNDBO; GALLOUJ (1998) Livro

44 Aprendizagem e inovação organizacional: as experiências de Japão, Coréia e Brasil. FLEURY; FLEURY (1995) Livro

43 Innovation in the making. DARSO (2001) Livro

43 Innovation sourcing strategy matters. JARVENPAA; LINDER;

DAVENPOR (2003) Livro 42 Inovação em serviços: estudo de casos em uma organização da indústria hoteleira brasileira. KLEMENT (2007) Tese

42 Towards a theory of service innovation: an inductive case study approach to evaluating the uniquess of services. MANSHARAMANI (2005) Dissertação

41 Managing advantage from change. technological innovation: competitive BETZ (1998) Livro

Fonte: Dados da pesquisa.

Percebe-se que o tipo de obra mais utilizada nos artigos analisados foi livro, destacando-se livros estrangeiros, em seguida, livros nacionais, tese nacional e dissertação estrangeira. Vale mencionar que a obra “Inovação: como vencer esse desafio empresarial”, publicada no ano de 2006, elaborada por Roberto Sbragia, foi a mais citada.

Freitas, Oliveira e Motta (2012) apresentaram análise semelhante com os vinte autores mais citados nas publicações sobre inovação e centros de pesquisa no âmbito internacional da base Web of Science (WoS) de 1982 a 2012. Os autores mostraram também seus volumes de

instâncias, isto é, a quantidade de citações feitas a um mesmo autor, independente do número de registros. Wesley M. Cohen teve o maior número de registros e Philip Cooke o maior número de instâncias.

Costa et al. (2011) fizeram uma relação das obras mais citadas dentro dos artigos publicados sobre Inovação e Propriedade Intelectual, de 2000 a 2010 das bases ISI Web of Knowledge e Scopus. Na Scopus, o artigo mais citado foi “Interorganizational alliances and the performance of firms: A study of growth and innovation rates in a high-technology industry” de Toby E. Stuart, aparecendo 244 vezes. Já no ISI foi o artigo “Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension” de Shaker A. Zahra e Gerard George,

com 568 citações.

Na Tabela 7 é expõe a frequência numérica e em percentual da área de formação dos autores dos artigos analisados.

Tabela 7 – Área de formação dos autores dos artigos

Formação Frequência Frequência (%)

Administração 178 43,31%

Economia 56 13,63%

Engenharia da Produção 48 11,68%

Engenharia Química 7 1,70%

Sociologia 6 1,46%

Tecnologia e Gestão da Inovação 5 1,22%

Ciências Contábeis 4 0,97%

Ciências Sociais 4 0,97%

Engenharia Industrial 4 0,97%

Formações de menor representatividade 59 14,36%

Não identificadas 40 9,73%

Total 411 100%

(16)

Nota-se que dos 411 autores, 178 são formados em Administração (43,31% do total), 56 são Economistas com 13,63% e 48 são formados em Engenharia de Produção com 11,68%. Vale destacar que Ciências Contábeis, Ciências Sociais e Engenharia Industrial são formações que tiveram apenas quatro autores. Além disso, outros 58 autores possuíam formação menos representativa e não foi possível identificar a formação de outros 40 autores.

A partir desse ponto da pesquisa apresenta-se os resultados da análise metodológica dos artigos analisados. A Tabela 8 exibe o tipo, a abordagem e a modalidade dos artigos. Tabela 8 – Dados da pesquisa quanto ao tipo, à abordagem e à modalidade dos artigos

Quanto ao tipo de pesquisa Total Total (%)

Descritiva 67 35,08%

Exploratória 103 53,93%

Descritiva / Exploratória 10 5,24%

Exploratória / Descritiva 5 2,62%

Descritiva/Explicativa 1 0,52%

Não identificados 5 2,62%

Total 191 100%

Quanto à abordagem da pesquisa Total Total (%)

Qualitativa 144 75,39%

Quantitativa 32 16,75%

Qualitativa / Quantitativa 11 5,76%

Quantitativa / Qualitativa 1 0,52%

Não identificadas 3 1,57%

Total 191 100%

Quanto à modalidade da pesquisa Total Total (%)

Empírico 133 69,63%

Teórico 56 29,32%

Não identificadas 2 1,05%

Total 191 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Segundo a Tabela 8 nota-se que 53,93% dos artigos são do tipo exploratório. A maioria dos artigos sobre inovação analisados por Kneipp et al. (2010) no ANPAD de 1999 a 2009 também é exploratória (72,22%), o que demonstra um interesse crescente em investigar o tema inovação.

Gomes, Machado e Giotto (2010), da mesma forma, distribuíram as pesquisas sobre inovação do EnANPAD de 1997 a 2009 de acordo com o tipo. Porém a pesquisa descritiva ficou em segundo lugar com 17 dos 74 artigos, pois a categoria mais expressiva foi a ausente, correspondendo a 39 artigos. Semelhantemente, no ano seguinte, os autores distribuíram de acordo com o tipo de pesquisa os artigos dos eventos do ALTEC, SIMPOI e EnANPAD de 2003 a 2007. E mais uma vez a pesquisa descritiva contou com a preferência de 25,4% dos autores contra 15,3% de pesquisas do tipo exploratória.

Quanto a abordagem, a predominância foi das pesquisas qualitativas (75,39%), concordando novamente com a pesquisa de Kneipp et al.(2010), que obteve 213 artigos qualitativos do total de 306, ou seja, 69,61% do total. De acordo com os autores, “esta característica demonstra que as pesquisas referentes à inovação buscam o estudo de um fenômeno sobre o qual ainda não se tem ideias bem definidas”(p.12).

A modalidade preponderante foi a pesquisa empírica (69,63%), que busca fundamentar bem suas constatações. A maior parte dos artigos (81,7%) investigados por Kneipp et al. (2010) também eram de cunho empírico.

(17)

no período entre 2000 e 2010. Foi possível observar que, dos 34 trabalhos, 29 eram empíricos e cinco teóricos. Das 29 pesquisas empíricas, 19 adotaram abordagens quantitativas, nove qualitativas e uma adotou a abordagem mista.

Kneipp et al. (2011) em sua análise das publicações científicas vinculadas ao tema inovação nos anais do EnANPAD e nos periódicos da RAC, da BAR e da RAC - Eletrônica, no período de 1997 a 2010, também constaram que a maioria dos artigos é de cunho empírico. Verificaram inclusive que a abordagem qualitativa prevaleceu. Segundo eles, isso “demonstra que as pesquisas relacionadas ao tema, em sua maioria, buscam analisar a temática com maior profundidade e menor amplitude” (p.19). Porém, diferente do presente estudo, a natureza que prevaleceu foi a exploratória.

A Tabela 9 mostra a frequência numérica e em percentual dos procedimentos, setor de atuação e base de dados utilizados nos artigos.

Tabela 9 – Enquadramento dos artigos quanto ao procedimento, ao setor de atuação investigado e à base de dados

Quanto ao procedimento Total Total (%)

Estudo de caso único 44 32,59%

Estudo de caso múltiplo 25 18,52%

Survey 53 39,26%

Não identificados ou não tem 13 9,63%

Total 135 100%

Quanto ao setor de atuação investigado Total Total (%)

Multissetores industriais 19 14,07%

Multissetorial 18 13,33%

Telecomunicações 11 8,15%

Equipamento e maquinaria 7 5,19%

Petróleo, gás e energia 7 5,19%

Tecnológico 6 4,44%

Automotivo 5 3,70%

Ensino e pesquisa 5 3,70%

Eletroeletrônico 4 2,96%

Financeiro 4 2,96%

Alimentício 3 2,22%

Construção 3 2,22%

Químico 3 2,22%

Setores de atuação de menor representatividade 30 22,22%

Não identificadas ou não tem 10 7,41%

Total 135 100%

Quanto à base de dados Total Total (%)

Primária (entrevista, questionário, observação, etc) 67 35,08%

Secundária (análise documental, pesquisa bibliográfica, etc) 53 27,75%

Primária e Secundária 37 19,37%

Não identificadas 34 17,80%

Total 191 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Quanto ao procedimento utilizado nos artigos, pode-se destacar que o Levantamento ou Survey e o Estudo de Caso Único foram os predominantes, representando 39,26% e

(18)

Levantamento ou Survey, 44 utilizaram o Estudo de Caso Único, 25 o Estudo de Caso Múltiplo e 13 não utilizaram ou não mencionaram nenhum procedimento.

Quanto ao setor de atuação, de acordo com a Tabela 9, os setores de menor representatividade foram os que mais se destacaram, com 22,22% do total. Em seguida, os que predominaram foram o Multissetores Industriais e o Multissetorial. Logo depois os que tiveram menor representatividade foram os setores de Telecomunicações, Equipamento e maquinaria, Petróleo, gás e energia, Tecnológico, Automotivo, Ensino e pesquisa, Eletroeletrônico, Financeiro, Alimentício, Construção e Químico. Vale ressaltar que, 7,41% dos artigos não utilizaram ou não identificaram os setores de atuação das companhias estudadas.

Quanto à base de dados, a Primária e a Secundária foram as mais utilizadas, com 35,08% e 27,75% do total respectivamente. Os artigos que utilizaram tanto a base Primária quanto a base Secundária representam 19,37%, e os que não identificaram a base de dados utilizada representam 17,80% do total.

No quadro elaborado por Brandão e Faria (2013) que continha os métodos de pesquisa da produção científica em periódicos nacionais e internacionais sobre inovação no setor público no período entre 2000 e 2010 também havia o procedimento e a base de dados dos trabalhos. Dos 29 empíricos, 19 realizaram apenas levantamento de dados (survey), cinco

fizeram estudos de caso (um utilizou entrevistas, pesquisa documental e observação, dois, apenas pesquisa documental, e dois, pesquisa documental e entrevista), três fizeram pesquisa documental, um utilizou apenas entrevistas e um realizou levantamento de dados (survey)

combinado a entrevistas semiestruturadas.

As publicações científicas vinculadas ao tema inovação nos anais do EnANPAD, da RAC, da BAR e da RAC - Eletrônica, de 1997 a 2010, analisadas por Kneipp et al. (2011), também utilizaram predominantemente o estudo de caso. Porém, na análise, os autores não separam os estudos de caso em “único” e “múltiplo”.

A Tabela 10 apresenta os tipos de inovação abordados nos artigos analisados. Tabela 10 – Tipos de inovação abordados nos artigos

Tipo de inovação Total Total (%)

Processos 47 24,61%

Produtos e/ou serviços e processos 47 24,61%

Produtos e/ou serviços 46 24,08%

Organizacional 34 17,80%

Marketing 5 2,62%

Processos e organizacional 3 1,57%

Produtos, processos e organizacional 2 1,05%

Não identificados 7 3,66%

Total 191 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

No que se refere aos tipos de inovação, foram verificados os seguintes tipos: produtos e/ou serviços, processo, organizacional e marketing, bem como as combinações entre eles que apareceram. A inovação de processos foi abordada por 47 artigos dos 191 analisados. A mesma quantidade de trabalhos abordou a inovação de produtos e/ou serviços juntamente com a inovação de processos. O número de artigos que evidenciaram a inovação de produtos e/ou serviços também foi expressivo, somando 46 artigos.

(19)

ocorrência de inovação tecnológica foi muito superior que as demais inovações, atingindo o percentual de 81% das ocorrências. A inovação em produto e a inovação processo/produtos surgiram em segundo (9%) e terceiro lugar (3%), respectivamente. Como se vê, apenas duas classes corroboram com os achados deste trabalho.

A Tabela 11 apresenta as medidas de mensuração ou métricas de inovação utilizadas nos artigos analisados.

Tabela 11 – Medidas de inovação utilizadas nos artigos

Medidas de inovação Comentários Frequência

Gastos com P&D: Coutinho et al. (2008); Cunha, Palma e Santos (2008); Viana (2008); Zimmermann, Cario e Rauen (2009); Campos, Ferreira e Silva (2009); Carvalho (2008); Cabral (2007); Aguiar (2007); Tanis e Cruz (2008); Coutinho e Bomtempo (2007); Muniz e Stringheta (2007); Botelho, Carrijo e Kamasaki (2009)

Investimentos e disponibilidade de funcionários

em pesquisa e desenvolvimento técnico. 12

Patentes: Aguiar (2007); Tanis e Cruz (2008); Pacagnella Júnior et al. (2010); Machado, Lehmann e Araújo (2008); Machado, Lehmann e Araújo (2008); Haase, Araújo e Dias (2007); Botelho, Carrijo e Kamasaki (2009)

Propriedade intelectual. 7

Inovações significativas: Balestrin (2006); Coutinho et al. (2008); Zancan e Vieira (2008); Cunha, Palma e Santos (2008); Viana (2008)

A inovação representa a incorporação de procedimentos de aprendizagem em nível individual ou de maneira compartilhada entre atores organizacionais, cujos resultados podem ser reproduzidos e difundidos dentro de um sistema social definido por meio de dimensões simbólicas e tecnológicas do contexto.

5

Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC): Simões, Cunha e Cruz (2007); Tatsch (2010); Rossi (2006); Rebouças (2008)

Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. É uma tentativa brasileira de mensurar o nível de atividades inovativas no país, trazendo resultados válidos para todo o universo da indústria no Brasil.

4

Ênfase no processo de inovação: Bignetti (2008); Zimmermann, Cario e Rauen (2009); Sellmann e Marcondes(2009)

Processo de inovação é tido como destinado a desenvolver a melhor tecnologia possível, que possa resultar em desenho dominante num mercado Meritocrático.

3

Ênfase na variedade de linhas de novos produtos: Cunha, Palma e Santos (2008); Zimmermann, Cario e Rauen (2009); Sellmann e Marcondes (2009)

Os produtos que as empresas inovadoras colocam no mercado são soluções tecnológicas que

contribuem para elevar a performance, seja

técnica, mercadológica, produtiva ou financeira, de seus clientes.

3

Fonte: Dados da pesquisa.

(20)

Nem todas as obras declararam ter utilizado as métricas. Em alguns casos, a autora precisou identificá-los no contexto da obra, usando como critério a obra de Brito E., Brito L. e Morganti (2009), que apresentaram um quadro com o resumo das abordagens encontradas na literatura sobre as métricas utilizadas para operacionalizar a inovação, a saber: gastos com P & D, patentes, inovações significativas, Pesquisas de inovação, anúncio de produtos, empregados devotados à inovação, julgamento de experts, gastos com inovação ou atividades inovadoras, ênfase no processo de inovação, Instalações de P & D, relação entre gastos com P & D interno e adquirido externamente, receita com licenciamento, ênfase na variedade de linhas de novos produtos, ênfase na velocidade de introdução de novos produtos, número de inovações adotadas, cooperações e networking externo e percentual da receita obtido com

novos produtos. São dezessete métricas ao todo. Dos tais, apenas cinco (gastos com P & D, patentes, inovações significativas, ênfase no processo de inovação, ênfase na variedade de linhas de novos produtos) foram encontrados nos trabalhos.

Outra obra em que a autora se baseou foi a de Borschiver (2007), que construiu uma tabela com os indicadores de Inovação comumente utilizados, dividindo-os em seis grupos: estatísticas de P&D, patentes, indicadores macroeconômicos, monitoração direta da inovação, indicadores bibliométricos e técnicas semi-quantitativas. Patentes foi o único dos grupos que foi identificado nos artigos.

A Tabela 12 apresenta as medidas de inovação utilizadas nos artigos analisados, seus significados, suas frequências e os autores que mais utilizaram.

Tabela 12 – Modelos e/ou Teorias utilizadas nos artigos sobre inovação

Modelos e/ou Teorias Breve descrição dos Modelos e/ou Teorias Frequência

Teoria Institucional:

Cabral (2007); Gomes e Guimaraes (2008); Quinello e Nascimento (2008); Barbieri et al. (2010)

Resulta da convergência de influência de corpos teóricos originários principalmente da ciência política, da sociologia e da economia. Na teoria institucional, os principais tópicos abordados são a difusão de inovações em campos organizacionais, respostas estratégicas às pressões coercitivas e os conceitos de legitimidade e isomorfismo. Mostra que, quando novos valores são institucionalizados na sociedade e se tornam “mitos” a serem seguidos em um determinado setor, as organizações respondem a essas pressões adotando esses modelos e as práticas tidas como as melhores em um dado sistema social.

4

Modelo Sistêmico de Inovação: Zancan e Vieira (2008); Rodrigues, Heringer e França (2010)

Entende que a inovação tecnológica ocorre por meio da interação de atores sociais e de forças ambientais situados em diferentes níveis de análises. Nesse modelo, parecem claros os efeitos positivos da inovação sobre o desempenho das empresas e sobre o crescimento econômico de nações. Mas para que isso aconteça, alertam os autores, é preciso conhecer e planejar, de forma ordenada, os processos de desenvolvimento e os canais de acesso à inovação.

2

Modelo da Tríplice Hélice: Bampi et al. (2008); Patias et al. (2009)

Consiste num modelo espiral de inovação, na qual cada hélice representa esfera institucional que é independente, mas trabalha em cooperação e interdependência com as demais esferas. Além disso, esta abordagem, segundo o mesmo autor, engloba as relações de reciprocidade em todos os estágios do processo de geração e disseminação de conhecimento.

2

Minnesota Innovation Survey (MIS): Machado (2007); Vicenti e Machado (2010)

Objetiva efetuar estudos minuciosos de diferentes inovações para investigar categorias ou variáveis que descrevem as inovações, como são incentivadas e que forças as influenciam.

2

Teoria Evolucionária da Mudança Econômica:

Marins (2007); Garcia (2007)

Reforça o papel da firma enquanto agente propulsor do desenvolvimento econômico. A inovação tecnológica, crucial para a firma manter-se “viva”, é viabilizada por meio de esforços intra-organizacionais, os quais estão diretamente relacionados às rotinas

(21)

organizacionais e às competências da firma.

Maturidade de Capabilidade para Software (CMM): Galine e Plonski (2007); Figueiredo (2008)

Rigoroso modelo de aferição da capacidade e maturidade de uma organização de desenvolvimento de software estabelecido pelo

SEI – Software Engineering Institute e identificação das práticas requeridas para o aumento de tal maturidade.

2

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com a Tabela 12, a teoria mais utilizada foi Teoria Institucional, com quatro aparições. Modelo Sistêmico de Inovação, Modelo da Tríplice Hélice, Minnesota Innovation Survey (MIS), Teoria Evolucionária da Mudança Econômica e Maturidade de Capabilidade para Software (CMM) foram empregados duas vezes. Os demais modelos aparecem apenas uma vez, e por isso não foram revelados na tabela.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente estudo consistiu em investigar as características dos artigos sobre inovação publicados em periódicos nacionais da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo da CAPES no período de 2006 a 2010. De modo mais específico, procurou-se identificar a autoria e as características metodológicas de tais pesquisas; e examinar a inovação como tema de pesquisa nos periódicos estudados.

No total foram analisados 191 artigos. Os resultados da pesquisa evidenciaram um expressivo aumento do número de artigos sobre o tema inovação de 2006 a 2008, mas em 2009 e 2010 a quantidade diminuiu.

No que concerne à participação das Instituições de Ensino Superior, percebeu-se que a USP foi a que mais participou de artigos sobre inovação. Sudeste foi a região que mais produziu sobre o tema. Além disso, verificou-se que não houve cooperação entre IES em 69,63% dos estudos.

Dentre os resultados obtidos sobre a autoria dos artigos, o gênero predominante foi masculino, a titulação mais frequente foi doutor e a formação prevalente foi administração. Destaca-se que a maioria dos artigos possui dois autores e a maior parte dos autores publicou apenas um artigo sobre inovação.

Em se tratando dos aspectos metodológicos das pesquisas, constatou-se que os artigos investigados são, em sua maioria, empíricos, de natureza exploratória, abordagem qualitativa, base de dados primária e método survey. Ressalta-se que, dentre os setores de atuação

estudados, o mais representativo foi o multissetor industrial.

Constatou-se também que a fonte de referência mais citada foi o livro intitulado “Inovação: como vencer esse desafio empresarial”, de Roberto Sbragia, publicado em 2006.

No que tange ao tipo de inovação abordado, a inovação de processos e a inovação de produtos e/ou serviços e processos foram mais frequentes. A medida de inovação mais utilizada foi gastos com P&D e a teoria mais empregada foi a Teoria Institucional.

(22)

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Gráfico 1 – Evolução do número de artigos sobre Inovação de 2006 a 2010
Tabela 3 – Cooperação em produção científica entre IES nos artigos
Gráfico 2 – Número de autores por artigo
Gráfico 4 – Regiões brasileiras das IES de vínculo dos autores
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Referências

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