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O usuário da Biblioteca Pública Estadual Presidente Castelo Branco :: Brapci ::

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(1)

w • .~

I

BIBLIOTECA

Biblioteca de CIências Humanas e Educaçao ,

'...r__

da

_" ,"

UFP~ ,

.

o

USUÁRIO DA BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL

PRESIDENTE CASTELO BRANCO

Fernanda Ivo Neves *

RESUMO

Estudo do usuário da Biblioteca Pública Pre·

sidente Castelo Branco, procurando-se

ca-racterizar os diversos grupos e avaliar a ade-quação dos serviços da ,biblioteca às neces-sidades da clientela. Os resultados indicam deficiência nos serviços. sugerindo-se dire· ,trizes para o planejamento futuro de

servi-ços.

Palavras-chave: Usuário

Biblioteca Pública

1. INTRODUÇÃO

A importância da Biblioteca Pública para a vida da comunidade é reconhecida por todos os estudiosos do as-sunto. A própria UNESCO enfatiza no seu Manifesto sobre a Bibl=oteca Públ!ca que ela .. é uma demonstração prática

de fé da democracia na educação universal considerada

como um processo contínuo ao longo de toda a vida" (7.6).

* Professor Adjunto do Departamento de BiblioteconomiajUFPE

(2)

C usuário, do ponto de vista da administração da

Bi-blioteca.

é

o cliente que procura ou usa uma informação

para atender a uma necessidade específica e que se satis-faz ou "ão.

Com os re~ultados da pesquisa tem-se um quadro

referencial para situar o leitor e discutir as possibilidades da Biblioteca em determinar as categorias de leitores

pre-ferenciais; podendo, assim, definir melhor o objetivo de

seus sr-:rviços e ter uma idéia mais clara da p0r>ulação que atende.

iii

1

I

127

I

BIBLIOTECA

2. A BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL BIblioteca de CiêncIas

PRESIDENTE CASTELO BRANCO (BPEPCB) Humanas e Educ8Çao

da UFPr.

'.~.'- ...

"""_...

,

Atualmente ligada administrativamente à Secretaria

de Educação, a BPEPCB fo; criada em 5 de maio de 1852

pela Lei Provincial n." 293, sendo governador da Província

Franr;is~o Antônio Ribeiro e teve como primeiro diretor o

Pe. Lina do Monte Carmelo Luna. Ao longo dos anos sua sede foi sendo mudôda e o acervo foi crescendo. Funcio-nou no Liceu Provincial, no Colégio das Artes, no Conven·

to

do Carmo, em prédio na Praça da República e na rua do

Imperador, no prédio da antiga Cadeia Pública.

Pelo Decreto n.o 2309, de 17 de fevereiro de 1971,

ganhou a denominação atual e teve sua estrutura organi-zacional modificada, adaptando-se às modernas normas de administração.

I. Direçã0

II. Divisão Administrativa

III. Divisão de Atendimento ao Público

IV. Divisão de Coleções Especiais

V. Divisão de Preparo Técnico e Distribuição VI. Divisão de Assistência às Bibliotecas

Através do Decreto n.o 11.596, de 1.° de Julho de 1986,

teve a sua estrutura administrativa novamente

reformu-lada, funcionanrlo, atu<llmente, com a seguinte caracteri-zação:

Em 1971, ano que pode ser visto como um marco

significativo de sua história, mudou-se para o prédio atual,

construído especialmente para abrigá-Ia e recebeu a

pri-meira squipe de bibliotecários que se encarregou de orga-I"'izar o acervo em moldes mais adequados ao seu tamanho e importância e ao papel que deve ocupar na comunidade.

Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

?or se tratar de uma pesquisa sobre o usuário, tra balhamos com a Divisão de Atendimento ao Público por

ser a clivisão que tem por objetivo manter atualizado o

Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

126

A Biblioteca Pública, como sistema de informação, para ser eficiente e atingir os seus objetivos, deve ser

or-ganizada em função das necessidades informacionais da

comunidade a que está vinculada. O usuário é, portanto, o ponto nevrálgico do sistema e não um mero dado numéri co na aval iação do desempenho do sistema. Toda a sua

organização deve ser orientada em função dessa

clien-tela.

De acordo com a perspectiva do Manifesto da UNES-CO elá é a instituição que deve servir gratuitamente a toda comunidade, sem quaisquer restrições, possibilitando, através do oferecimento da informação adequada, a for-mação de uma consciência crítica capaz de provocar mu-danças sociais, devendo também se tornar parte integran-te da comunidade exatamenintegran-te como a informação é parintegran-te integrante da vida do cidadão no mundo atual.

(3)

3. METODOLOGIA

I

,I

'Ii

"I

129

Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez:. 1989

Em cada dia da semana, foi escolhido um turno de

~uncionamento (manhã, tarde, noite) para a entrega do

questionário a todos os freqüentadores. Este trabalho foi executado pelo responsável pelo atendimento ao usuário no expediente.

A única seção que teve um tratamento diferente foi

a

Infanto-Juvenil, pelas características especiais da sua

clientel:l, composia. em grande parte, por crianças emfa· se de clfabe"lizaç50 ou recém-alfabetizadas. Neste caso, a coleta dos dados foi feita através de entrevistas, realiza· das pelas ,bibliotecárias da seção.

cial que modificasse a freqüência regular da Biblioteca e que desse uma idéia distorcida da mesma.

A BPEPCB não foge a esta regra. Sua localização

física racilita ainda 1l1ais esta ocorrência. Ela está cercadé'l

de escolas que n(;ío possuerr bibliotecas devidamente or-nanizadas e com pes30al adequado para atender aos estu·

dantes.

Da análise da Tabela 1. vemos que esta expectativa

foi confirmada, pois 67,6% dos entrevistados eram estu·

dantes. Este número poderá ainda crescer se

comparar-4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

UFPR -

BC/SA

BIBLIOTECA

[\Jo Blasil. as Dibliotecas não se acham integradas

80S p!é\nos nacionais ou setoriais de educação, pelo

con-ceito errôneo, qL:e ;:1inda persiste, de considerar a

bibl;iote-ca

son-:ente como um ponto de empréstimo de publicações

sem nenhum víncl!lo com a promoção da educação

indivi-duai ou de grupos. Esta postura tem acarretado a ausên':

cia de bibliotecas na maioria das escolas de 1·° e 2,° graus.:

Como conseqüência, as Bibliotecas Públicas no Brasrl

têm

funcior2do quase qU0 exclusivamente como Bibliotecas

Escolares, sem estarem, muitas vezes, preparadas para

tal, nem contarem com pessoal adequado,

Cétd. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

128

P8ra a colB'"a dos dados foi elaborado um questioná-rio ('118" modelo anexe) com os seguintes campos: identifi·

cação pessoal!, freqüência à biblioteca e nível de

satisfa-ção.

Por outro lado trabalhamos com a Seção de Periódi·

cas d3 Divisão d8 Col&Gôes EspeCiais por possuir um aten·

dimento de usuários significativo.

Para determinar a amostragem, foi escolhida uma se-mana em que não houvesse nenhuma comemoração'

espe-N3

elaboracão do questionário, houve a colaboração

d8

bi,bliotecários (esponsáveis por algumas das seções da

B~blioteca. Foi feito um pré-teste para verificar a adequa-ção do instrumento escolhido ao público alvo da pesquisa

Pela observação das estatísticas de freqüência, ve-ri ficou-se que era :mpossível aplicar o questionáve-rio a todos os usuários, devf;ndo-se fazer a coleta através de amostra-gem.

Não traba!~lamos com a Seção Braille por se achar em fase de mudanças no momento da pesquisa e com a

Seção de Pesquisa por não haver comparecido nenhum

usuário no período

ca

pesquisa.

acervo de referência ~Jeral e especial, atender e orientar

GS usu6rios na utilização dos recursos da Biblioteca e com·

9'reende as seguintes seções: Seção d8 Referência Seção dp- Pesquisa Seção Circuiante Seção Inrantc-Juvenil Seção Brail!e

(4)

PROFISSÃO SIJUSUÁRIOS

Si

se

SP SIJ

SI

se

SP

Estudante 105 308 113 17 100. 8l,S 42[) 30.,3

Funcionário Público

-

12 21 9

-

3,2 7~ 16J)

Professor

-

17 20

- -

~ 7~

-Comerciário

-

13 15 7

-

3;. 5~ 12,5

Outras

-

20 43 20

-

5,3 15~ 3S;!

Não responderam

-

3 57 3

-

0/3

21.1

53

TOTAL 105 373 269 56 1OQ. 100. 100. 1Ou, mos as respostas d8das às questões 1 e 6 do

questioná-rio. Várias pessoas declaram exercer uma profissão, mas ao mesmo tempo declaram vir à ,biblioteca para" procurar livros para prep3!'"ar trabalhos escolares", o que denota a sua dupla condição de profissional e de estudante.

Tabela 1

USUÁRIOS SEGUNDO A PROPISSÃO

i

11;1

1

131

SEXO usuÁRIO %

Masculino 433 53,9

Feminino 356

44,3

Não responderam 14 1.7

TOTAL 803 100.0

Cad· Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

Tabela 3

A análise da freqüência dos usuários da BPEPCB por

50XO, mostra qlJe hi~ um certo equilíbrio, havendo uma

li·

geira predominância do sexo masculino (Tabela 3);

USUÁRIOS SEGUNDO O SEXO

Quando se analisa estes mesmos dados separada-mente por seção (Tabela 4), verificamos que o equilibrio

~~e man'(ém na Seção de Referência e Circulante, havendo

urna inversão na Seção Infanto·Juvenil e uma predomin~n·

cia maior dos homens na Seção de Periódicos.

Estas dife,.enç8s se justificam pela maneira como

as seções funconam e como são compostos os seus acer-vos· N8 Seção de Referência estão localizadas as enciclo-pédias e diciomílios, material mais usado pelos

estudan-tes de 1.° e 2.° grasu nas pesquisas pára preparação de

tra,balhos escolares. A Seção Circulante atrai um número alto de estudantes, mas se observarmos a Tabela 3, vere-mos que são universitários. Isto é justificado por ser esta

c1 única seçiJo CiU'3 permite o empréstimo domiciliar do

acer-VO, possibilitando um estudo mais profundo que a simples

consulta. A Seção de Periódicos

é

a que atrai menos

estu-dantes por não existir entre os mesmos a compreensão da riqueza de informações que podem ser coletadas nos f::6riódic:os.

SR - Seç de Referência SP - Seç de Periódico.

Cau.Bibliotecon., Recife, (11); 125·143 Dez. 1989

SIJ - Seç Infanta-Juvenil

se -

Seç Circulante

PROFISSÃO

USUÁUOS

%

Estudante

543

67,6

Funcionário Público

42

5,2

Professor

40

4,9

Comerciário

35

4,3

Outras

113

14,0

Não responderam

30

3.7

TOTAL

803

100.0

130

Quando anelisamos os dados referentes à profissão, não mais globalmente, mas por seções, vemos que estes números variam.

Na Seção !nfanto-Juvenil, 100% dos usuários são

estudantes; em seguida, vem a Seção de Referência, com

82%, a Seção Circulante, com 42%, e a Seção de Periódi·

cos. com 30% (Tabela 2).

Tabela 2

(5)

USUÁRIOS SEGUNDO A IDADE

ii

,

,:1

133

SR - Sec de Referência SP - Saç de Periódicos

USUÁRIOS SEGUNDO A IDADE E A sr::ç!o CONSULTArA

IDADE USUÁRIOS

SIJ SR

se

§LJL~R

I

se _2L

Até

14 anos 105 17 3 1 100.0 4,5t!,l ·'·.7·

15 - 24

-

268 134 28 - 71,8 49,8 50,3

25 - 34

-

53 62 17 - 14 • 2 23, 1 '3

d,

3

35 - 44

-

14 10 6

-

3,7 3,7 10,7

4S e mais

-

3 7 1

-

0,8 2,6 1,7

Não responderam

-

18 53 3

-

4 8 19.7 S.3

TOTAL 105}73

2b.tl-.~~O.D

100.0 100.0 100J) Tabela 6 .

Ta.bela 7

USUÁRIOS SEGUNDO A ESCOLARlDADE. _

ESCOLARIDADE USUhRIO;-}

%

19 grau incompleto

166l"~.6

19 grau completo 27 3,3

29 grau incompleto 185 23,7

29 grau completo 105 13,0

Universitário incompleto 248 30,8

Universitário completo 69 8,3

Não responderam _~~.~_3_

TOTAL

----1

803.Ll00l0

SIJ - Seç Infanto-Juvenil

SC - Sec Circulante

A Tabela 7 agrupa os usuários de acordo com o seu nível de escolaridade, e sua configuração está de acordo com o que já foi visto na Tabela 1, referente à profissão.

Cad. Bibliotecoll., Hecife, (11); 125-143 Dez. 1989

Da análise desta tabela verifica-se também a baixa freqüência dos usuários portadores de títulos universitá-rios. Este fato pode ser explicado pela maneira como as Bibliotecas Públicas vêm funcionando e sendo vistas pelo público, no Brasil, como prolongamento ou substítutas das

SR - Sec de Referência SP - Sec de Periódicos

IDADE

.

USUÁRIO

%

Até

14 anos

126

15,6

15 - 24

429

53,4

25 - 34

132

16,4

35 -

44

30

3,7

e mais

12

1,4

Não respond. 74

9.2

TOTAL 803 100.0

Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989 Tabela 5

USUÁRIOS SEGUNDO O SEXO E

A

SECÃO CONSULTADA

Tabela 4

SIJ - Seç Infanta-Juvenil

se -

Seç Circulante

SEXO

··:-usüIiro

SlJ

SR

se

SP SIJ

SR

se

SP

Masculino 49 183 150 47 46,6 49,0 55,7 83,9

Feminino 56 lS0 t06 8 53,3 48,2 39,4 14,2

Não

responderam

-

10 13 1

-

2,6 4,8 1, 7

TOTAL 105 373 269 56 100. 100. 100, 100,

132

Isto se repete em todas as seções, exceto na Infan· w-Juvenil, em razão do regulamento só facultar o uso da mesma a crianças até 14 anos (ver Tabela 6).

A freqüência, por idade, mostra que os usuários da BPEPCB são, em sua maioria (53,4%) jovens na faixa

eta-ria entre 15 e 24 anos (Tabela 5). Estes números eram

(6)

Tabela 8

Tabela 9

135 SR - Seç de Referência SP - Sec de Periódicos

Tabela 11

U~UAKl.U~ i:U:::.\;rUl'lUV A .I.· ..."lw ..., , - - - _..

--~---FREQU~NCIA PROFISSIONAL EST\JllÂNTEUSUÁIlIO

PROF.

%ESTUD.

Diariamente 41 70 23,4 14.6

Semanalmente 40 100 22,8 20,9

Quinzenalm. 40 77 22,8 16,1

Mensalmente 11 40 6,2 8,3

Raramente 31 148 17,7 30,9

Não respondo 12 43 6.8 8.9

TOTAL 175 478 100.0 100.0

Cad. Bi,bliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

Tabela 10

SIJ - Seç Infanta-Juvenil

se -

Sec Circulante

U~UAKIU~ ~LuUNUV ft r~~u~~~~n w n ~-v-- ---~-_

..

..

FREOU~NCIA SIJU UÁR.Si o.sSC SP SlJ SR % se SP

Diariamente 31 84 26 18 29,5 22,5 9,6 32,1 Semanalmente 27 72 67 19 25,7 19,3 24,9 33,9 Quinzenalmente 9 26 106 4 8,5 6,9 39,4 7,1 Mensalmente 21 31 26 4 20,2 8,3 9,6 7, 1 Raramente 17 153 32 11 16,1 41,2 11,8 19,6

Não responderam

-

7 7

-

-

1.8 2,6

-TOTAL 105 373 269 56 100. 100. 100. 100,

Se separarmos os usuanos de acordo com a

profis-8[:0 (Tabela 11), vemos que os profissionais são mais

as-'3íduos à Biblioteca que os estudantes, mesmo sendo me·

nos numerosos.

Ao decompormos estes números por seções, vemos que as seções Infanto-Juvenil e de Periódicos são aquelas que mantém urna freqüência mais constante, ficando no

cutiO extremo a Seçüo de Referência, com 41% dos seus

usuários freqüentando-a apenas raramente (ver Tabela 10).

sa - Sec d. R~ferênci.

Si - Seç de periódico.

AR...

_-'"

-

---

..

_--

-- -

--

---"---FREQUENCIA USUÁRIOs %

Diariamente 159 19,8

Semanalmente 186 23,1

Quinzenalmente 145 18,3

Mensalmente 82 10,2

Raramente 215 26,7

Nao

responderam 16 1.9

TOTAL 803 100.0

Cad. Bibliotecoll., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

134

SIJ - Sec Infanta-Juvenil

se -

Seç Circulante

USUÁRIOS SEGUNDO A ESCOLARIDADE E ASEI;Ao CONSULTADA

USUÁl lOS %

ESCOLARIDADE SIJ SR

se

SP SIJ SR

se

SP

19 grau incompleto 49 46 7 2 46,6 12,3 2,6 3,5 19 grau completo 28 8 17 2 26,7 2,1 6,3 3,5 29 grau incompleto 28 136 39 10 26,7 36,4 14,4 17,8 29 grau completo

-

38 54 13

-

10,1 20,2 23,2 Universitário incompleto

-

121 109 16

-

32,4 40,S 28,8 Universitário completo

-

21 35 13

-

5,6 13,1 23,2

Não responderam

-

3 B

-

_.

°

8 2 9

-TOTAL 105 373 269 56

lQQ....:...Lºº

100 100....

Na Tabela 9, encontramos a confirmação de que o

hábito de freqüentar bibliotecas não existe no Brasil. O

maior índice (26,7%) refere-se àqueles que freqüentam a Biblioteca raramente.

Na Tabela 3 vemos que a situação se mantém cons-t,mte em todos os serares, exceto na Seção de Periódicos. onde há uma elevação do número de usuários com o curso universitário conlpleto.

(7)

R~ZOES PARA USO DÁ BIBLIOTECA

....

.~'....

i'li

I,!

137 1"'~

BIBLIOTECA

1

Blblioteea de Ciências

I

Humanas e Educaç50

da UFPr.

Tabela 13

__

~L

TOTAL= [C2.ü4 JOO,O

--ASSUNTO

USUÁRIO

%

---Ficção 197 ló,3

Ciincias Naturai. 197 16,3

Sociologia 138 1 I,1+

Filosofia 123 10,2

Economia -

-

-

-Liv Didático8(19~

Estatística Psicologia Matemática Direito Outros

---ASSUNTOS KUS PROU'RADOS

Cad. Bibliotecon., Recife. (11); 125-143 Dez. 1989

übs.: estes números diferem do número de pessoas consultadas porque vá-rios assinalaram mais de uma alternltiva.

Na Seção de Periódicos a pergunta 7 do

questioná-rio foi modificad::l. Em vez de indagar-se qual o assuntC'

qL~e deseja encontrar, perguntou-se que tipo de material

deseja encontrar, li~tando-se os existentes na Seção. Os

resultados podem ser vistos na Tabela 14.

Se analisarmos estes dados isoladamente por

se-:;:ões, verificamos que estes números se mantêm numa

proporção constante, havendo uma ligeira modificação na Seção Circulante, onde as obras de ficção apresentam um

percentual mais alto: 35%.

Cad. Bibliotecoll., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

RAZOES USUÁRIO %

Preparar trabalhos escolare. 447 41,6

Ampliar conhecimento 425 39,5

Ocupar horas de lazer 202 18,9

TOTAL 1.074

_.-

100,0

136

Tabela 12

übs.: estes números diferem do número de pessoas consultadas porque vá-rios assinalaram mais de uma altern.1tiva.

As indicações feitas foram mais sobre a atualização

d2S obrJs existentes no acervo do que propriamente ~obre

algum 8ssunto específIco.

/l. seleção ca lista de assuntos que os usuários

de-sejavam encontrar fo! feita de acordo com os bibliotecá-rios, indcando-se aqueles em que a coleção era mais atue.-lizada e ceixando-se espaço para que se fizesse outras in-dicações.

Os números são confirmados quando analisamos os

dados referentes a cada seção, separadamente, havendo

modificações, ap:m2s na Seção Circulante, onde 48,60/

u

procuram a Biblioteca para ampliar seus conhecimentos c na Seção de Periódicos, 67,6% têm esta mesma motivação, QUantó 'às razões que motivaram o usuárío a procu

rár

a Biblioteca, não houve surpresa (Tabela 12). Se a

maio-ria dos freqüentadores

é

composta por estudantes, a

ra-zão preclominante foi a procura de livros para preparar tra-belhos escolares, seguindo-se de perto da necessidade de

ampliar conhecimen~lJs, ficando o lazer relegado ao

(8)

Tabela 14

,I

;.,i

139

SR -Sec de Referência SP -Seç de Periódico.

Tabela 16

•• - ... _ - - - _ _ .A..o.J6,.V""_ ~- ..oIono ...~n ... "'D~iJ""AUV i>M,wUJ"IUV I\. :>.r..~u

NtVEL DE OBTENÇÃO SE;OES

~IJ SR

se

SP SIJ SR

se

SP

Sempre 80 104 65 21 76,1 27,8 24,1 37,5

Às vezes 16 180 180 30 15,2 48,2 66,9 53,5

Raramente 9 5ó li 4 8,5 15,2 5,9 7,1

Nunca

-

12 2 1

-

3,2 0,7 1,7

Não responderam

-

21 6

-

-

5,6 2,2

-TOTAL 105 373 269 56 100, 100, 100, 100,

SIJ - Seç Infanta-Juvenil

se -

Seç Circulante

NtVEL DE OBTENÇÃO .lJSuÃl.o %

IL'rI.Jr ISTU

Sempre 53 125 30,3 26,0

As vezes 99 270 56,6 56,3

Raramente 13 62 7,5 12,9

Nunca 4 9 2,2 0,1

Não responderam 6 13 3.4 2.1

TOTAL 175 479 100.0 100,0

Tabela 17

NtVEL DE OBTENÇÃO DO MATERIAL DESEJADO SEGUNDO Â PRorISsio

o

nível de satisfação com a obtenção do matlSri~1

procurado mantém índices semelhantes quando analisa-mos os dados de cada seção, isoladamente. O índice mais

baixo é o da 8e~ão de Referência, com 76%, e o mais

alto o da 8eçãfJ In~anto-Juvenil, com 91,3% (ver Tabela

í6) .

88 agruparmos os usuários pela profissão, veremos

que esta situação não se altera (ver tabela 17). Os índices

continuam altos para os ítens IIsempreH e IIàs vezes",

embora na hora das sugestões rec'lamem da desatualiza. ção do acervo da Biblioteca.

Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

MATERUIS MA.IS PR.OCURADOS

CGd. Bibliotecoll., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

MATERIAL USUÁRIO %

Jornais diários 46 46

Revistas especializadas 33 33

Diários oficiais 11 1 1

Recortes de jornais 5 5

Almanaques 5 5

TOTAL 100 100

NfvEL DE OBTENÇÃO DO MJ.TEl.IAL DESEJADO NíVEL DE OBTENÇÃO USUÁRIO %

Sempre 270 33,6

Às vezes 407 50,6

Raramente 85 10,5

Nunca 13 1 ,6

Não responderam 28

3,4

TOTAL 803 100,0

Ob!!.: estes números diferem do número de pessoas consultadas porque vá. rios assinalaram mais de uma altern3.tiva.

Tabela 15

Verificamos que os recortes de jornais são multo

pouco utilizados (5%). A razão desta pouca utilização

tal-I/ez possa ser explicada por se tratar de um material pra.

p.3rado especialmente para servir de ajuda às pesquisas

escdlares dos alunos de 1.°e 2.° graus e se achar localizado

numa seção pouco freqüentada pelos estudantes (30,3%).

Mesmo te.,do declarado nas observações que o

acervo necessita ser atualizado, os usuários afirmam el1-contar com freqüência o que procuram, pois os itens,

sem-pre e às vezes, somam 84,2% contra 12,1 % dos que

afir-maram que raramente ou nunca obtém o que procuram

(ver Tabela 15).

(9)

Tabela 18

Tabela 19

,

\

141

ATENDIMENTO USUÁRIO %

-BIBLIOTECA

Ruim 9 1, 1

Razoável 145 18,2 BIblioteca de Ciências

Bom

334

47.8

Humanas e EducaçAo

Ótimo 256 31.8 da UFPr.

Não

respC'nderam 9 1.1

.

...

_,.,

...~ ..

,-,-,,~

..

TOTAL

-

a03 iC:J .'tO

j'"._---~-,--~~

...,..,;-.,.

3. CONCLUSÃO

SATISFACÃO COM O ATENDIMENTO

Cad. BilJUotecon., Recife,,(11); 125-143 Dez. 1989

Conclui-se que os serviços ao público precisam auaptar-se aos mode: nos padrões organizacionais, com um fhJxograma eficiente () que proporcione um melhor atendi-mento e uma pO!:tiC2 de divulgação mais eficiente.

Não existe UIT~ conhecimento correto por parte do

usuário das diversas seções de Biblioteca. O usuário da

Seção Circulante não conhece o acervo da Seção de Perió-dicos, po:- exemplo.

Tabela 20

Pelo alto número de usuários que declaram freqüen-tar a Biblioteca, raramente, verificamos que a expectativa dos mesmos quanto à possibilidade da mesma atender às

suas necessidades ir.formacionais

é

muito baixa.

A

análise dos dados permite concluir que a BPEPCB

não difere da maio!'iD das bibliotecas públicas brasileiras.

Oferece, apenas, serviços tradicionais que não atendem

satisfatoriamente às necessidades dos usuários que

apon-lam falhas, principalmente quanto ao acervo. Pelos

resul-tados obtidos na pesquisa, verifica-se que a clientela da

Biblioteca

é

composta, primordialmente, por estudante,

predominando em algumas seções os de 1.° e 2.° graus e, em outras, os universitários.

HORÁRIO USUÁRIO %

Bom

535

66,6

Deve ser ampliado

140

17,4

Não responderam 128

15.9

TOTAl, 803 100.0

-Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

NíVEL DE SATISFAÇÃO

COM

O HORÁRIO

SUGESTÕES DE ANPLIAÇ&\O DO HORÁRIO SUGESTÃO

I

USUÁRI~S

I

%

Sábado 35 25,2

Domingo 26 18,5

Começar

i.s

7h 3 2.1

Não responderam 7~. __L_.54t.2_

TOTAL 1/,,0

I

100,0

-_._-

'

.

140

Quanto ao hClrário de funcionamento da Bibliotec?,

q rnaior:a dos usuários (66,6%) o considerou bom (Tabe!a

19). Os usuários mais satisfeitos com o horário são os

dCl Seção CirculFlllte (85,5%) e da Seção de Periódicos

(82,1 %)

1.

O pedido de !3ugestões para ampliação do horár:a

foi pouco atendido, 54,2% dos que disseram que ele devi3 ser ampliado não re::.ponderam a esta questão.

O atendimento prestado pelos fU:1cionários foi con-fiderado bom por 47,8% dos usuários, sendo que 31,8%

() cOlls"dernin ótir~lo" Ao decompormos estes números PO(

(10)

6. RECOMENDAÇÕES

7. REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7.1. ALVARADO, R. U. & LIMA, N .A. de. Necessidades

de infoi'mação dos usuários do SESC. um estudo de adequação para as coleções. Revista de

Bi-blioteconOinia de Brasília, 10(2): 177-88, jul/dez

1982.

1

143

Cad. Bibliotecon .. Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

7.2. DI CHIARA, J. G. et alli. Estudo da comunidade

lon-drinense foce à demanda pelos serviços da Bi·

blioteca Pública Municipal de Londrina (BPML):

análise prl:1:iminar . ln: CONGRESSO BRASILEIRO

DE BIBLlOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO. 14.

Recife, 1987. Ansis. Recife, APBPE. 1987, v. 2,

p.

752-70

7.3. MELO, M. das G. de L. Interesse de leitura dos

usuáriDs dJ Seção Circulante da Biblioteca pú·

blica Estadual Presidente Castelo Branco. ln:

CONGRESSO BRASILEIRO DE

BIBLlOTECONO-MIA E DOCUMENTAÇÃO. 11. João Pessoa,

1982. Anais. João Pessoa. 1982, p. 482-92.

7.4. OLIVEIRA, S.1\,1. de. A satisfação do usuário como

medid3 de avaliação de serviços de biblioteca.

ln: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS

UNIVERSITÁRIAS, 4. Campinas, 1985. Anais.

Campiilas, UNICAMP, 1985. p. 357-75.

7.5. SOUZA, F. R. S. F. et alii. O usuário e a

caracteriza-ção de se~8 hábitos e interesses. ln: CONGRES·

SO BRASILEIRO DE BIBLlOTECONOMIA E

00-CUME~TAÇÃO. I. Belém, 1975. Anais. Rio de

Janeirt', IBICT, 1977, p. 173-99.

7.6. UNESCO. Manifesto sobre a Biblioteca Pública. ln:

IFLA. Normas para bibliotecas públicas. São

Paulo, Quirón; Brasília, INL, 1976. p. 1-6.

"'.7. WITTER, GP. Aspectos psicológicos no relaciona· mento bibliatecát io e usuário. Ciência da Infor.

mação. 15 (1): 32-38, jan/jun 1986.

Cad. Bibliotecon., Recife, (11); 125-143 Dez. 1989

142

al Reciclagem do pessoal técnico que atende ao público

para que se sensibilizem quanto às modificações admi-nistrativas que r"ecisam ser feitas e para a necessida-de do planeJamento necessida-de avaliações periódicas dos ser-viços;

b) Programas de treinamento dos usuários para que Po!-sam fazer uma melhor utilização dos recursos existen·· tes na Biblioteca;

c] Promoção de palestras em unidades educacionais com

a finalidade de orientar os estudantes no uso correto da Biblioteca;

d;

Publicação e distribuição de guias, descrevendo os ser·

viços existentes e orientando na utilização dos mesmo.

f:) Análise do acervo para uma melhor distribuição do

mesmo pelas diversas seções;

f

J

Elaboração de um estudo mais amplo, abrangendo não

só os usuários reais, mas toda e comunidade,

coletan-do-se os seguintes dados: faixa etária, sexo, estado

civil, atividade profissional, escolaridade, renda fami-liar, hábito de leitura e finalidade da mesma, conheci-mento da localiz&ção da Biblioteca e, dos serviços que ela oferece. Este estudo é necessário pela inexistên-cia de qualquer outro trabalho semelhante e da neces-sidade de da':ios para elaboração de um planejament·) de atividades coerente com as características da co-munidade em questpo.

Imagem

Tabela 8 Tabela 9 135SR - Seç de ReferênciaSP - Sec de PeriódicosTabela 11
Tabela 14 ,I ;.,i 139SR -Sec de ReferênciaSP -Seç de Periódico.Tabela16

Referências

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