Estrutura e propriedades físicas de
compostos orgânicos
Introdução
Do ponto de vista histórico, o primeiro passo importante para o esclarecimento da estrutura geométrica das moléculas
orgânicas foi dado em 1858 por Kekulé, quando ele
estabeleceu alguns princípios fundamentais, dizendo: estabeleceu alguns princípios fundamentais, dizendo:
o carbono tem quatro valências (é tetravalente);
as quatro valências do carbono são iguais;
Estrutura planar
Durante boa parte do século XIX imaginava)se que as
quatro valências do carbono estariam situadas num
Estrutura tetraédrica
Em 1874, Le Bel e Van´t Hoff introduziram a idéia do
carbono tetraédrico, dizendo que:
O átomo de carbono ocupa o centro de um tetraedro regular
imaginário e dirige suas valências para os quatro vértices desse
Conseqüentemente, devemos pensar na molécula do metano como uma estrutura tridimensional, em que o átomo de carbono está no centro e os quatro átomos de hidrogênio
Ligações covalentes entre carbonos
Outro passo importante no esclarecimento da estrutura das
moléculas foi dado em 1916 por Lewis, quando ele introduziu
a teoria eletrônica da valência. Essa teoria explica os dois tipos mais importantes de ligação entre os átomos:
Geometria Molecular
A idéia do carbono tetraédrico trouxe, para a Química, a
preocupação com a geometria das moléculas (ou geometria
molecular), isto é, o estudo da arrumação tridimensional dos átomos no interior das moléculas. A maior parte das
moléculas é tridimensional. Com o passar do tempo, constatou)se moléculas é tridimensional. Com o passar do tempo, constatou)se também que a geometria das moléculas influi bastante nas
Teoria da Repulsão de Cargas
A explicação mais simples para a estrutura espacial das
moléculas foi dada pelo cientista Ronald J. Gillespie em sua
teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (também conhecida pela sigla VSEPR, do inglês
valência (também conhecida pela sigla VSEPR, do inglês
Ao redor do átomo central, os pares eletrônicos ligantes (que se
ligam aos outros átomos) e os não)ligantes (pares eletrônicos livres)
Com esse afastamento máximo, a repulsão entre os pares eletrônicos será mínima; portanto a estabilidade da
molécula como um todo será máxima.
Notaremos que os balões se orientam espontaneamente seguindo a forma
tetraédrica. Esta corresponde à disposição mais “cômoda” e mais “folgada”, ou seja, mais estável, dos balões no espaço. O
mesmo ocorre entre os pares eletrônicos de ligação e os correspondentes átomos de hidrogênio, ao redor do carbono no
Polaridade das ligações covalentes
Vamos imaginar uma ligação covalente formada por dois
átomos iguais, como, por exemplo, na molécula de
hidrogênio (H
2ou H – H). Nesse caso, o par eletrônico
fica
eqüidistante
dos dois átomos de hidrogênio, ou
fica
eqüidistante
dos dois átomos de hidrogênio, ou
seja, podemos dizer que os núcleos dos dois átomos
exercem a mesma atração sobre o par eletrônico.
Dizemos então que a ligação H – H é
não polar
ou é
Polaridade das ligações covalentes
Agora, no caso de uma molécula covalente, formada por dois
átomos diferentes, como, por exemplo, o HCl (H – Cl), o cloro
atrai (puxa) o par eletrônico para seu lado, ou seja, o núcleo do cloro exerce maior atração sobre o par eletrônico.
do cloro exerce maior atração sobre o par eletrônico.
Eletronegatividade
Momento dipolar
Para finalizar dizemos que a medida da polaridade das ligações (e das moléculas) é feita pelo chamado momento dipolar
(!).
Momento dipolar (R) é o produto do módulo da carga parcial (δ)
pela distância entre os dois extremos de um dipolo.
Polaridade das moléculas
Uma molécula com ligações covalentes polares
pode ser polar ou apolar
. Tudo irá depender da
geometria da molécula e da conseqüente soma
(resultante) de todos os
vetores momento dipolar
Exemplo: molécula de Água
A molécula de água tem a forma geométrica de V e as ligações O – H são polares. Somando os vetores momento dipolar R1 e R2, teremos, segundo o esquema abaixo, o vetor resultante (R). Conseqüentemente: a molécula de água é polar (R = 1,84 D); o “lado” onde estão os hidrogênios é o mais eletropositivo
Exemplo: molécula de tetracloreto de
metano
A molécula de tetracloreto de carbono (CCl
4) tem forma
tetraédrica. Ela possui quatro ligações polares, mas os
vetores se anulam; conseqüentemente, é apolar.
No entanto, bastaria trocar, por
exemplo, um átomo de cloro por um de hidrogênio, para que a nova
Forças ou ligações intermoleculares
Chamamos de forças ou ligações intermoleculares as
forças de atração existentes entre as moléculas. Elas
dependem da estrutura e da polaridade das próprias
moléculas. Há três casos mais importantes, que
moléculas. Há três casos mais importantes, que
explicaremos a seguir.
Dipolo)dipolo
Ligação Hidrogênio
a) Forças (ou ligações) dipolo*dipolo
Quando uma molécula é polar (como por exemplo o HCl), ela apresenta uma extremidade mais eletropositiva e outra mais
eletronegativa. Dizemos, então, que ela é um dipolo elétrico permanente, que pode ser representado como se ilustra abaixo. Evidentemente, o lado positivo de uma molécula atrai o lado
Evidentemente, o lado positivo de uma molécula atrai o lado
b) Ligação Hidrogênio (Pontes de hidrogênio)
Um caso extremo de atração dipolo(dipolo ocorre quando temos o hidrogênio ligado a átomos relativamente pequenos e extremamente eletronegativos, especialmente o flúor, o oxigênio e o nitrogênio (F, O, N).
oxigênio e o nitrogênio (F, O, N).
A forte atração que se estabelece entre o hidrogênio e esses
No esquema abaixo, representamos a estrutura da água no
estado líquido, na qual as pontes de hidrogênio estão indicadas
por linhas tracejadas. Por esse motivo, alguns químicos
c) Forças (ou Ligações) de Van der Waals (ou de London) ou dipolo*instantâneo dipolo*induzido
São as chamadas forças de Van der Waals ou forças de
dispersão de London, que são cerca de dez vezes mais
fracas que as forças dipolo)dipolo, e resultam do seguinte:
fracas que as forças dipolo)dipolo, e resultam do seguinte:
mesmo sendo apolar, a molécula é formada por
muitos elétrons, que se movimentam
Pode acontecer, num dado instante, de uma molécula estar com
mais elétrons de um lado que do outro; essa molécula estará, então, momentaneamente polarizada (dipolo momentâneo) e, por
indução elétrica, irá provocar a polarização de uma molécula vizinha (dipolo induzido), resultando uma atração fraca entre ambas, que constitui exatamente a força de Van der Waals ou força de London ou, ainda, o dipolo instantâneo(dipolo induzido.
Introdução
Vimos, a teoria do carbono tetraédrico de Le Bel e Van´t Hoff.
De acordo com essa teoria, a molécula do metano (CH4) é
tridimensional, estando o átomo de carbono no centro de um tetraedro regular imaginário e os quatro átomos de
Passemos agora do metano (CH4) para o homólogo seguinte: o etano (C2H6 ou CH3)CH3 ). Na concepção de Le Bel e Van´t Hoff, a forma da molécula do etano pode ser representada pela união de dois tetraedros por um vértice, como
mostramos na figura B. Nessa estrutura, admite(se que os tetraedros possam girar ao longo do eixo que passa pelos dois átomos de carbono.
Os modelos abaixo também nos dão uma boa idéia da
estrutura do etano:
Veja que, em virtude dos ângulos de 109°28’ existentes
entre as valências do carbono, as moléculas dos alcanos
superiores têm estrutura em ziguezague. É por esse
motivo que as moléculas dos alcanos são representadas,
simplificadamente, por meio de uma linha em ziguezague.
simplificadamente, por meio de uma linha em ziguezague.
Teoria de hibridação
Uma teoria moderna das ligações químicas é a chamada
teoria dos orbitais moleculares
. Segundo essa teoria,
teoria dos orbitais moleculares
. Segundo essa teoria,
a formação do metano (e também dos demais alcanos)
Orbitais híbridos sp
3Os quatro elétrons da camada de valência do carbono (camada 2
origem a quatro orbitais híbridos, denominados orbitais híbridos, denominados equivalentes entre si e
orientados para os vértices de um tetraedro regular imaginário, tal qual nos diz a teoria do carbono
Esses orbitais
! " (figura B), até
formarem os orbitais moleculares σ (σ é a letra grega minúscula chamada sigma),
conforme a figura C.
De maneira mais completa, devemos chamar esse orbital molecular de σ
# $
! %
Ao passarmos do metano para o etano (CH
3)CH
3)
teremos a situação representada na figura D para os
Introdução
Vamos comentar a estrutura do eteno (CH2=CH2), pois ela servirá para todas as demais ligações duplas.
No tocante à ligação dupla, é importante salientar que as duas ligações não são equivalentes entre si. De fato, comprova)se termodinamicamente que:
uma das ligações – chamada de ligação σ (sigma) – é mais “forte”,
uma vez que exige 348 kJ/mol para ser quebrada (no caso do eteno);
a outra ligação – chamada de ligação ̟ (pi) – é mais “fraca”, pois
exige apenas 267 kJ/mol para ser rompida (no caso do eteno). É
exatamente essa ligação ̟ que será quebrada com mais facilidade nas
reações de adição, que são as reações mais características dos
Outro fato importante a ser considerado é que, ao
contrário da ligação simples,
a ligação dupla não
permite a rotação dos dois átomos de carbono da
molécula em torno do eixo
que os une. Esse fato
também influi no comportamento dos alcenos, como
Orbitais híbridos sp
2A teoria dos orbitais moleculares explica a ligação dupla
C=C com as seguintes idéias:
Apenas três elétrons da camada de
valência do carbono (camada 2 valência do carbono (camada 2
rearrumam, dando
origem a três orbitais híbridos,
denominados
mesmo plano e separados
entre si por ângulos de 120° (daí o nome
& quarto elétron
permanece num orbital do tipo em
posição
perpendicular ao
plano dos três orbitais conforme figura B; conforme figura B;
A formação dos orbitais híbridos ' ocorre somente no instante da formação da ligação dupla. Nesse exato
momento, dois átomos de carbono assumem a hibridação
A ligação entre um orbital () ! ) % * o orbital molecular σ
# % +
A ligação do orbital () ! ) %
* ! molecular ̟ (figura D); o orbital ̟ se assemelha a uma nuvem eletrônica, situada “acima” e “abaixo” do plano da
ligação dupla (na figura D, que representa a molécula CH2=CH2, veja que há duas nuvens, que representam um único orbital ̟).
Observação
A ligação dupla C=O é muito importante na
Química Orgânica,pois aparece nos aldeídos, nas cetonas,
nos ácidos carboxílicos e seus derivados. Na ligação dupla
C=O ocorre fato idêntico ao que ocorreu na ligação dupla
C=C. O carbono também apresenta hibridação , - ! plana; no plano estão as ligações σ, separadas por ângulos de 120°; acima e abaixo
do plano está a ligação ̟.
Devido à maior eletronegatividade do oxigênio, a
carbonila está permanentemente polarizada, havendo então
maior densidade eletrônica sobre o oxigênio. Medidas do
momento dipolar revelam que os aldeídos e as cetonas têm uma
polaridade intermediária entre os álcoois (polares) e os éteres
Introdução
Conforme a distância que separa as duas ligações duplas,
os dienos classificam)se em:
1) Dienos acumulados ou
alênicos, quando as duas duplas
alênicos, quando as duas duplas ligações estão no mesmo
carbono; o caso mais simples é o
CH2=C=CH2 (nomenclatura IUPAC: propa)1,2)dieno;
2) Dienos conjugados ou eritrênicos, quando as ligações
duplas estão separadas por uma única ligação simples; o caso mais simples é o CH2=CH)CH=CH2 (nomenclatura IUPAC: buta)1,3)
3) Dienos isolados, quando as duas ligações duplas estão isoladas, isto é, separadas por duas ou mais ligações simples; o caso mais simples é o CH2=CH)CH2)CH=CH2 (nomenclatura
Os mais importantes são, sem dúvida, os
dienos
conjugados
, porque possuem maior
estabilidade
,
reatividade especial
e grande importância industrial.
Um fato importante a salientar nos dienos conjugados é a
distância entre seus átomos de carbono.
distância entre seus átomos de carbono.
De fato, quando se mede o comprimento de uma ligação
simples entre dois átomos de carbono, encontra) se o
valor 1,54 Å (1 Å = 1 angstrom = 10
)10metro); a ligação
Conseqüentemente no buta)1,3)dieno, deveríamos ter:
Entretanto, medidas feitas em laboratório nos revelam
Entretanto, medidas feitas em laboratório nos revelam
A explicação para esse fenômeno vem da mobilidade do
par de elétrons da ligação ̟, que sofre os seguintes
deslocamentos:
Como conseqüência, dizemos que as ligações duplas estão
deslocalizadas, isto é, distribuídas ao longo da molécula. Por esse motivo, costuma)se representar a molécula do buta)1,3)dieno pelo esquema abaixo:
Os orbitais moleculares nos dienos
conjugados
Vimos a formação dos orbitais moleculares σ e ̟, no etileno (CH2=CH2), cuja representação simplificada reproduzimos na figura A, ao lado.
figura A, ao lado.
No caso do buta)1,3)dieno (CH2=CH)CH=CH2), essa figura será duplicada,
A molécula CH
2=CH)CH=CH
2é
praticamente plana
,
com os átomos de carbono dispostos em ziguezague
formando ângulos de 120°, que são típicos das
hibridações
'
ligações ̟, que se
fazem presentes em toda a cadeia carbônica, situadas
fazem presentes em toda a cadeia carbônica, situadas
acima e abaixo do plano da molécula. Veja que essa
“dispersão” da ligação ̟, ao longo da molécula, está
Introdução
Vamos detalhar a estrutura do acetileno (H)C ≡ C)H), pois ela servirá de modelo para todos os compostos com ligações
triplas.
Segundo a concepção de Le Bel e Van’t Hoff, a estrutura
A figura B nos mostra o modelo de preenchimento
espacial do acetileno. Note que os dois modelos indicam
que, na molécula do acetileno, os quatro átomos estão
em linha reta.
Além disso, a medida dos comprimentos das ligações
carbono)carbono (distância entre dois átomos de
Assim como acontece com as ligações duplas, é
importante salientar que, nas ligações triplas,
as três
ligações não são equivalentes entre si
; há uma
ligação
σ
, mais “forte”, e duas ligações ̟, mais “fracas”;
estas serão “abertas” ou “quebradas” com maior
facilidade,
possibilitando inúmeras reações de
facilidade,
possibilitando inúmeras reações de
adição
.
Assim como as ligações duplas, as ligações triplas também
não permitem a rotação em torno do eixo que une os
Orbitais híbridos sp
A teoria dos orbitais moleculares explica a ligação tripla C ≡ C com as
seguintes idéias:
dois elétrons da camada de valência
do carbono (camada 2 #
do carbono (camada 2 #
abaixo, se rearrumam, dando
origem a dois orbitais híbridos
denominados entre si,
situados sobre a mesma reta e
Os dois elétrons restantes permanecem em orbitais do tipo
.
entre si e também entre si e também perpendiculares aos orbitais
A formação dos orbitais híbridos
(continuaremos com o exemplo do acetileno). Nesse instante, dois átomos de carbono assumem a
hibridação ' # #
Uma ligação σ, central, mais forte e formada pela interpenetração de
dois orbitais % cada carbono);
Uma ligação ̟, mais fraca, situada no “plano vertical”, “acima e
abaixo” da ligação σ;
Outra ligação ̟, também fraca, situada no “plano horizontal”, “na
Observação
Os orbitais híbridos
!
!
.
como acontece,
Introdução
Vamos considerar o caso dos cicloalcanos ou ciclanos, cujos
anéis são formados exclusivamente por ligações simples.
Até o século XIX se imaginava que os compostos cíclicos
Teoria da tensão do anel
Veja que os ângulos internos dessas figuras diferem do ângulo
normal (109°28’) formado entre as valências do carbono nas
ligações simples. Esta observação talvez justificasse o fato de a
série dos cicloalcanos apresentar certas propriedades químicas série dos cicloalcanos apresentar certas propriedades químicas diferentes das dos alcanos. Em 1885, Baeyer criou a teoria das
tensões nos anéis, que é resumidamente a seguinte:
Nos ciclanos, as valências devem ser entortadas ou flexionadas para
fechar o anel, e isso cria uma tensão que torna o anel instável (ou
Segundo Baeyer, o anel mais estável seria o do ciclopentano, que apresenta o valor
mínimo para o ângulo α. No ciclo)hexano, o valor negativo de α indica que as
valências deveriam ser flexionadas “para fora”; aqui recomeçaria a instabilidade dos
anéis, que iria aumentando para anéis com mais de seis carbonos. Baeyer acreditava,
inclusive, que anéis muito grandes nem poderiam existir, dada a grande instabilidade
Posteriormente, medidas termodinâmicas de estabilidade (por exemplo, entalpias de combustão e de hidrogenação)
revelaram que o ciclohexano é mais estável do que o ciclopentano.
Em 1890, Sachse e Mohr admitiram que os anéis de seis ou mais carbonos não seriam planos. Hoje sabemos que o ciclohexano apresenta duas configurações extremas:
Introdução
Kekulé propôs, em 1865, a idéia de um anel hexagonal, com um par de
estruturas em equilíbrio apresentando alternância das ligações duplas (ao lado).
A ligação dupla é formada por uma ligação σ, mais forte, e uma ligação ̟,
No entanto, nenhuma delas representa o benzeno satisfatoriamente. Na verdade, o benzeno é o híbrido (estado intermediário) dessa ressonância toda. É por esse motivo que se costuma dizer que, no anel benzênico, as ligações duplas não estão localizadas ou que são duplas deslocalizadas.
Introdução
O fenômeno da ressonância foi proposto por Linus Pauling, em 1930, e pode ser assim definido:
Ressonância é a existência de várias disposições dos elétrons dentro de uma
Medidas feitas por raios X demonstram que o anel do
benzeno é um hexágono plano e regular.
No benzeno, todas as ligações têm o mesmo comprimento
(1,39 Å), muito embora saibamos que o comprimento da
Estabilidade
A diferença entre o nível teórico de 360 kJ/mol e o nível real de 208 kJ/mol, exigido pela hidrogenação das três ligações duplas do das três ligações duplas do benzeno, isto é, 152 kJ/mol, é a chamada energia de ressonância do benzeno e reflete a grande
Os orbitais moleculares no anel benzênico
Os seis átomos de carbono do anel benzênico estão
ligados alternadamente por ligações simples e duplas;
Os seis átomos de carbono e os seis átomos de hidrogênio estão situados no mesmo plano; nesse plano, todas as ligações são do tipo σ (sigma). Os carbonos formam um hexágono
regular e, portanto, são eqüidistantes (1,39 Å) entre si. Os ângulos internos de um hexágono regular são iguais a 120° (exatamente o ângulo formado pelos orbitais 0
Os seis elétrons pertencentes aos orbitais
a ligação ̟, situada acima e abaixo do plano da molécula. Temos, assim, o que se
Desse modo, chegamos à representação do anel benzênico mostrada na figura.
Em resumo: o anel benzênico é plano, hexagonal, regular e apresenta por cima e por baixo duas “auréolas”, que são os
Definição
A temperatura de fusão, a de ebulição e o conseqüente
estado físico de um composto orgânico dependem
fundamentalmente de dois fatores:
das forças intermoleculares existentes entre as moléculas do composto;
A série homóloga dos alcanos representa um bom
exemplo de
família de compostos apolares
.
Unindo as moléculas dos alcanos umas às outras existem
apenas as
fracas forças de Van der Waals
. Devido à
pequena atração entre suas moléculas, os alcanos
pequena atração entre suas moléculas, os alcanos
apresentam pontos de fusão e de ebulição baixos
.
Como conseqüência, verifica)se que, nas condições
ambientes, os alcanos são: do CH
4ao C
4H
10, gasosos; do
Compostos apolares
Detalhando um pouco mais, podemos dizer que, nos alcanos de cadeia normal, as temperaturas de ebulição aumentam gradativamente, com o aumento de suas massas
Compostos polares ramificados
É interessante ainda notar que, dentre vários alcanos
isômeros, o ponto de ebulição, em geral, diminui com o
aumento de ramificações; assim, por exemplo, o hexano
normal (C
6H
14) ferve a 68,7 °C, enquanto o 2,2)dimetil)
Isso acontece porque,
entre cadeias normais, há mais
“pontos de atração”
(pontos de aplicação das forças
de Van der Waals) que facilitam a atração recíproca, ao
As temperaturas de fusão dos alcanos de cadeia normal
também aumentam com o aumento do tamanho das
As moléculas dos
haletos se atraem com mais força
(é a força dipolo)dipolo já vista), o que influi
consideravelmente nas propriedades físicas e químicas
dos haletos.
Evidentemente, o que acabamos de dizer sobre os haletos
Evidentemente, o que acabamos de dizer sobre os haletos
valerá também para outras funções, cujas
moléculas
sejam polares
, como, por exemplo, os aldeídos e as
Um bom exemplo deste caso é dado pela família dos
álcoois. As moléculas dos
álcoois unem(se entre si
por meio de pontes de hidrogênio
, que representam
as forças mais intensas que podem unir as moléculas
Solubilidade dos compostos
Solubilidade dos compostos
Introdução
A solubilidade de um sólido em um líquido ou a miscibilidade
entre líquidos depende principalmente das forças intermoleculares existentes. Daí a afirmação de que:
substâncias polares se dissolvem em líquidos polares; substâncias polares se dissolvem em líquidos polares;
substâncias apolares se dissolvem em líquidos apolares.