EMPRESA:
_____________________________________________________________________________ ALUNO:______________________________________________________DATA__/___/_____ INSTRUTOR:___________________________________________________________________
CIPA
MANUAL DE PREVENÇÃO DE
2 APRESENTAÇÃO
Nas minhas conversas com empregados, com colegas e apresentações de consultoria aos empresários digo sempre que, se fosse eu sócio, diretor ou administrador de uma sociedade empresarial não teria uma CIPA em meu estabelecimento.
Teria duas.
Diante do espanto causado por tamanha audácia, frente aqueles que abominam a comissão de prevenção de acidentes, esclareço minha idéia, um tanto absurda, que teria mais de uma comissão de prevenção de acidentes em minha empresa, considerando que nessa comissão disponho de vários empregados, todos com os olhos voltados para a organização dos locais de trabalho, dos processos de produção; um grupo, literalmente de “colaboradores”, dispostos a proceder uma série de fiscalizações e inspeções nos atos inseguros cometidos pelos colegas e das condições de insegurança que possam causar um acidente ou uma doença no trabalho.
Indo além nesse raciocínio, digo que esses processos de fiscalização e inspeção dos atos e condições inseguras são prevencionistas de passivos trabalhistas, aqueles gerados por infortúnios laborais e dos atos de fiscalização dos agentes de inspeção do trabalho.
Uma Comissão de Prevenção de Acidentes que cuida dos meus negócios sem exigir nenhum adicional salarial, tão somente pelo desejo de participar, em conjunto com outros colegas de trabalho, na atenção e cuidado com seus semelhantes.
E com isso ganham os empregados, suas famílias, a empresa e a sociedade de uma forma geral quando, com as ações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, o local de trabalho seja também um lugar de vida.
Que esse trabalho na elaboração desse material para enriquecer os cursos de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho seja de utilidade para todos.
A todos os empregados que, voluntariamente participam das ações prevencionistas da CIPA, meus respeito e admiração.
Um forte abraço fraternal e amigo.
Do autor
3 ÍNDICE
O Acidente de Trabalho Histórico
No Brasil – Estatísticas
Conseqüências dos Acidentes do Trabalho A PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A LEGISLAÇÃO - O MINISTÉRIO DO TRABALHO A CIPA
Conceito –– Estruturação - Exercícios – Atribuições Funcionamento
O SEESMT
O ACIDENTE DO TRABALHO
Exercício. Conceito de Acidentes do Trabalho
Conceito Legal de Acidente e Doença do Trabalho - quadro Causas dos Acidentes – Fatores das causas
Formulário de Exercício prático RISCOS OCUPACIONAIS
INSALUBRIDADE PERICULOSIDADE E.P.I.
MAPA DE RISCOS
ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
AIDS - DST
PRIMEIROS SOCORROS
4
HISTÓRIA SOBRE A ORIGEM DA CIPA
A idéia da criação de um grupo de funcionários que, além de terem suas atribuições normais, se preocupassem também com a Prevenção de Acidentes foi desenvolvida pela OIT - Organização Internacional do Trabalho.
A OIT, fundada em 1919, com sede em Genebra, na Suíça, tem por objetivo fazer recomendações buscando a solução de problemas relacionados com o trabalho. Como não poderia deixar de ser, o ACIDENTE DE TRABALHO, tendo-se em vista os altos índices já registrados na época, levou a OIT a preocupar-se com o fato a ponto de, em 1921, surgir a idéia de criar os Comitês de Segurança nas empresas com pelo menos 25 empregados. A idéia ficou em estudo durante 2 (dois) anos, sendo recomendada ao mundo em 1923.
No Brasil, essa recomendação foi atendida parcialmente por meio do Art.82 do Decreto-Lei nº 7036, de 10/11/44, que determinava que todas as empresas com 100 (cem) ou mais empregados deveriam providenciar em seus estabelecimentos a organização de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes.
Posteriormente, esse Decreto-Lei foi sendo aperfeiçoado por meio de Portarias Ministeriais que o regulamentam até os dias atuais, conforme se seguem:
1ª) Portaria nº 229, de 19/06/45: evidenciou melhor o caráter obrigatório da implantação das Comissões nas empresas com 100 ou mais empregados.
5 3ª) Portaria nº 32, de 29/11/68: além de manter o limite de 100 empregados, passou a distribuir as empresas por categorias econômicas. Limitou a obrigatoriedade das CIPAs às empresas vinculadas à CNI, a CNC (1º atacadista; 2º grupo-armazenador), à CNT marítimos, fluviais e aéreos e à CNT terrestres. Deixou de mencionar a CIPA CENTRAL e aboliu a recomendação das CIPAs constituídas espontaneamente.
4ª) Portaria nº 3456, de 03/08/77: reduziu de 100 para 50 o número-limite de empregados que obrigava as empresas a constituírem CIPAs.
5ª) Portaria nº 3214-NR.5, de 08/06/78: manteve o limite de 50 empregados e criou a obrigatoriedade de treinamento dos membros da CIPA com carga horária mínima de 12 horas. Criou a estabilidade para o membro titular dos empregados na CIPA.
6ª) Portaria nº 33, de 27/10/83: criou um quadro que, com base no grau de risco e no número mínimo de empregados. Cita também a obrigatoriedade de o empregador indicar um responsável pela segurança na empresa, caso não precise ter a CIPA. Ampliou de 12 horas para 18 horas a carga horária do Treinamento em Prevenção de Acidentes de Trabalho para componentes da CIPA.
6 LEGISLAÇÃO
Para que os profissionais TSTs, Tecnólogos ou Engenheiros de Segurança no Trabalho possam desenvolver com eficiência o treinamento dos novos membros da CIPA, conforme o disposto no item 5.33 da NR-05, é preciso conhecimentos nas áreas de Legislação Trabalhistas e Previdenciária.
A Constituição Federal, A CLT, a Lei 6.514,77 que alterou o Capítulo V da CLT – da Saúde e Segurança no Trabalho – regulamentada pela Portaria 3.214/78 e a Lei Previdenciária – Lei 8213/91 – que regulamenta os Benefícios da Previdência, são as leis que os profissionais de Segurança do Trabalho devem conhecer com relativa profundidade pára estarem capacitados em ministrar o Treinamento em Saúde e Segurança do Trabalho para os novos membros da CIPA.
A NR-05 no item 5.33 menciona que deverá ser abordado no treinamento noções sobre legislação trabalhista e previdenciária relativas à saúde e segurança do trabalho.
Dessa forma procuramos trazer aos profissionais da área de segurança de saúde um resumo da legislação trabalhista e previdenciária necessária para o desenvolvimento do curso e orientação aos membros da CIPA naquilo que é importante.
Iniciamos citando alguns incisos da Constituição Federal que fazem a previsão de trabalho seguro como sendo direito dos trabalhadores urbanos e rurais e outros direitos que são abordados nos tópicos seguintes, continuamos com abordagem da CLT no capítulo V nos artigos 154 a 201 que tratam da saúde e segurança do trabalhador
7 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
A Constituição Federal, a lei magna do país, a mãe de todas as leis faz uma previsão ao direito de condições de trabalho seguras para os trabalhadores urbanos e rurais.
Esses preceitos constitucionais são utilizados com freqüências pelos advogados nas ações trabalhistas com pedidos de adicionais de insalubridade e nas ações de indenização por acidentes e ou doenças do trabalho.
Vejamos.
O Artigo 7° da CF garante aos trabalhadores rurais e urbanos um desfile de direito nos seus incisos.
O primeiro mandamento da Constituição na matéria de segurança do trabalho está exposto no Inciso XXII:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
De uma forma simples e objetiva a Constituição Federal faz a previsão expressa, afirmando que o trabalhador urbano e rural tem o direito a redução dos riscos do trabalho através da aplicação das normas de saúde, higiene e segurança no trabalho.
Logo a seguir no Inciso XXIII a norma constitucional estabelece o direito ao adicional de insalubridade e periculosidade, aqueles mesmos dispostos nas NRs 15 e 16 da Portaria 3.214/78.
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
De todas as previsões constitucionais dos direitos e garantias de trabalho seguro, o Inciso XXVIII é o mais importante de todos os demais.
8 O Inciso XXVII do artigo 7° da CF garante ao trabalhador dois direitos ao mesmo tempo:
a) O Direito ao Seguro contra Acidentes do Trabalho. Aquele seguro acidentário que todas as empresas recolhem mensalmente, calculado sobre a soma dos salários de todos os empregados constante na folha de pagamento com alíquotas que variam de 1% até 12% conforme o caso, dependendo do grau de risco da atividade do empregado e as condições de trabalho insalubre que garantem ao trabalhador o direito a aposentadoria especial;
b) Mais importante nessa norma constitucional é a obrigação a indenização que o empregador está obrigado a pagar ao empregado, nos casos de acidentes ou doenças do trabalho, quando incorrer em dolo ou culpa.
Esse inciso é muito utilizado pelos advogados nas ações trabalhistas com pedidos de indenização por acidentes ou doenças do trabalho nos casos em que esta caracterizada a culpa do empregador no acidente ou doença.
Continuando, a Constituição no seu inciso trinta e três protege o trabalhador fazendo a previsão de proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre para menores de dezoito anos.
9 A CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)1 é a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. É um mito que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália.
Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
Foi assinada em pleno Estádio de São Januário (Club de Regatas Vasco da Gama), que estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT.
Veja abaixo a transcrição do art. 1º da CLT.
Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.
O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser utilizado para denominar o indivíduo que trabalha com registro em carteira de trabalho e previdência social.
Em oposição a CLT, existem funcionários que são regidos por outras normas legislativas do trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa jurídica (PJ), profissional autônomo, ou ainda como servidor público pelo regime jurídico estatutário federal.3
A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939.
O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente necessárias. Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do trabalho Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras idéias sobre a
1
10 necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A idéia primária foi de criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social".
Foram convidados para fazer parte da empreitada os juristas José de Segadas Viana, Oscar Saraiva, Luís Augusto Rego Monteiro, Dorval Marcenal de Lacerda e Arnaldo Lopes Süssekind.
Na primeira reunião ficou definido que a comissão seria dividida em Trabalho e Previdência e que seriam criadas duas consolidações diferentes. As fontes materiais da CLT foram, em primeiro lugar, as conclusões do 1° Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em maio de 1941, em São Paulo, para festejar o cinqüentenário da Encíclica Rerum Novarum, organizado pelo professor Antonio Ferreira Cesarino Júnior e pelo advogado e professor Rui de Azevedo Sodré. A segunda fonte foram as convenções internacionais do trabalho. A terceira foi a própria Encíclica Rerum Novarum e, finalmente, os pareceres dos consultores jurídicos Oliveira Viana e Oscar Saraiva, aprovados pelo ministro do Trabalho.
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O CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DO TRABALHO
A PORTARIA 3.214/78 e a C.L.T.
No ano seguinte após a promulgação da Lei 6.514/77, em 08 de Junho de 1978 seguiu-se a Portaria 3.214/78 regulamentando aquelas modificações que foram efetuadas no Capítulo V da CLT.
Quadro I: A CLT foi modificada pela Lei 6.514/77 que foi regulamentada pela Portaria 3.214/78
Na prática da militância na Justiça do Trabalho, atuando ora como procurador nas Ações Trabalhistas e ora como assistente técnico nas pericias judiciais do trabalho, surpreendentemente denotamos o desconhecimento da legislação trabalhista e prevencionista por parte de profissionais do direito e dos profissionais das áreas de segurança do trabalho.
Os profissionais do direito teimam em não considerar a Portaria 3.214/78 na condição de Direito do Trabalho, talvez pela complexidade técnica contida na sua árdua tarefa de regulamentar a Lei 6.514/77 que modificou o Capítulo V da CLT nos assuntos de Segurança e Saúde do Trabalho.
LEI 6.514/77
Alterando o Capítulo V da CLT Segurança e Saúde no Trabalho artigos
12 Essa teimosia dos advogados em reconhecer as normas técnicas contidas na Portaria 3.214/78 vem dos bancos escolares que absolutamente nada do seu conteúdo é ensinado nas faculdades de direito, com certeza exatamente pela sua complexidade, o que necessitaria de docentes conhecedores do assunto e considerando que somente advogados, por forca de lei, podem ministrar aulas no curso de direito, torna-se praticamente impraticável o ensino daquelas matérias nos cursos de direito.
Em relação aos profissionais das áreas de segurança do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho técnicos e tecnólogos em segurança do trabalho, a carência dos conhecimentos técnicos e legais contidos na Portaria 3.214/78 advém de falha nos conteúdos ensinados no cursos formadores daqueles profissionais.
As NORMAS REGULAMENTADORAS
No site do Ministério do Trabalho e emprego – www.mte.gov.br – no Link de LEGISLAÇÃO – Normas Regulamentadoras, podemos denotar
13 Atualmente são 36 normas Regulamentadoras:
Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações
Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Norma Regulamentadora Nº 11 Anexo I, - Regulamento Técnico de Procedimentos para Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras Rochas Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
Norma Regulamentadora Nº 17 Anexo I - Trabalho dos Operadores de Checkouts - Norma Regulamentadora Nº 17 Anexo II - Trabalho em Teleatendimento / Telemarketing Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Ind Construção Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios
Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM- Fiscalização e Penalidades Norma Regulamentadora Nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
Norma Regulamentadora Nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário Norma Regulamentadora Nº 30 - Anexo I - Pesca Comercial e Industrial-
Norma Regulamentadora Nº 30 - Anexo II - Plataformas e Instalações de Apoio -
Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Est de Saúde
Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.
Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura.
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A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
A principal composição das leis Previdenciária é formada pelas Leis 8.212/91 e 8.213/91; as Instruções Normativas do INSS e os Decretos, completadas com outros dispositivos legais que regulamentam todas as atividades, financiamentos e benefícios da Previdência Social Brasileira.
A Lei 8.212/91 normatiza as fontes de arrecadação da previdência
A Lei 8.213/91 normatiza os benefícios da Previdência em favor dos trabalhadores assegurados.
LEI 8.213/91 – CONCEITO DE ACIDENTE E DOENÇA DO TRABALHO
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
15 § 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
16 b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.
17 § 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo
§ 2o A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social
Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5o A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)
18 O ACIDENTE DO TRABALHO
No Brasil – Estatísticas
19 PARTES DO CORPO MAIS ATINGIDAS
20 As Conseqüências dos Acidentes do Trabalho
Para o Trabalhador
É a principal vítima, sofre com as dores e as demais conseqüências do acidente, afeta a auto estima, reduz a capacidade laboral
Para a família do acidentado
A família sofre as conseqüências diretamente com o acidente do trabalhador, na falta do pai, na diminuição da capacidade financeira, dos gastos e das preocupações com o acidentado
Para a Empresa O Acidente afeta o sistema de produção, causa gastos com treinamento de substitutos, gastos nos acidentes com máquinas; indenizações pelo passivo trabalhista causado pelo acidente
21
A CIPA - Conceito
22
CIPA
RELATA
DIRETORIA
SEESMT
ENCARREGADO
MEIOS DE
COMUNICAÇÃO
VERBAL
ESCRITO
COMUNICAÇÃO INTERNA
ATA DA CIPA
CIPA
OBSERVA
ATOS INSEGUROS
CONDIÇÕES INSEGURAS
23
COMPOSIÇÃO DA CIPA DA EMPRESA
Preencher os Quadros
MEMBROS
REPRESENTANTES
EMPRESA
REPRESENTANTES
EMPREGADOS
TITULARES
SUPLENTES
PRESIDENTE DA CIPA
VICE PRESIDENTE DA
CIPA
24
ELEIÇÕES DA CIPA
ATO ELEITORAL ITEM NR QUANDO FAZER
Convocação das Eleições pelo empregador
5.38
60 dias antes do término do mandato em curso
Constituição da Comissão Eleitoral
5.39
55 dias antes do término do mandato em curso
Publicação e Divulgação do Edital 5.40 “a” 45 dias antes do final do mandato em curso
Realização da Eleição 5.40 “e” 30 dias antes do final do mandato em curso
Treinamento dos novos membros Antes da posse
Posse No último dia do mandato
25 DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral –
CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver;
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral;
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;
26
DAS ATRIBUIÇÕES DA CIPA
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos Trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
27 l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
REUNIÃO DA CIPA
–
ATA DE REUNIÕES
A NR-05 no seu item 5.23 estabelece que a Comissão deve reunir-se mensalmente de acordo com um calendário anual pré estabelecido. Essas Reuniões ordinárias – resultantes de uma ordem cronológica e pré estabelecida – deverão ser realizadas durante o horário de expediente normal da empresa em local apropriado.
Nas Reuniões da CIPA devem participar, obrigatoriamente os membros titulares, representantes dos empregados e dos empregadores.
O horário de início da reunião e o local devem estar estabelecidos no calendário anual e o seu tempo de duração será de acordo com as necessidades das discussões dos temas relacionados na ordem do dia.
28 Das observações realizadas pelos membros da Comissão, trazidas para discussão em reunião, deverá haver uma proposta de prevenção.
Na reunião a Comissão deve também analisar e investigar os acidentes ocorridos com a emissão de recomendações prevencionistas à empresa, aos encarregados dos setores, ao SEESMT e a todos os empregados.
Todos os assuntos debatidos em reunião, das recomendações e observações feitas pela comissão, deve ser lavrada uma ata, um registro por escrito, assinada por todos os membros, devendo ser arquivado, em papel ou meio eletrônico, ficando a disposição do empregador, dos empregados e das autoridades.
29
SIPAT
A realização da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes é uma das atribuições da CIPA e deve ser realizada anualmente, em conjunto com o SEESMT, quando houver e atingir o maior número possível de funcionários através dos eventos programados naquela semana.
NR-05 – Item 5.16
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
A NR-05 não estabelece nenhuma forma de realização da SIPAT, ficando a critério da Comissão os eventos e formas de abordagem dos assuntos programados.
Na realização da SIPAT devem ser abordados todos os assuntos de prevenção de Saúde e Segurança do Trabalho através:
- Palestras
- Filmes
- Debates
- Campanhas Internas
- Concursos
Para a realização dos eventos, a Comissão pode convidar profissionais de todas as áreas prevencionistas: Médicos, Engenheiros, Técnicos de Segurança, Tecnólogos, Fisioterapeutas, Bombeiros e tantos outros para a explanação das diversas formas de prevenção de acidentes e doenças no trabalho.
Previamente a direção da empresa deve ser comunicada da realização da SIPAT e os eventos relacionados, ficando a empresa obrigada a permitir a participação dos eventos programados naquela semana de prevenção.
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O SEESMT
Dependendo do Grau de Risco da atividade da empresa e o n° de empregados, fica obrigada a constituir um SEESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA E SEGURANÇA DO TRABALHO conforme determina a NR 04.
4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
4.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta NR.
Os profissionais que compõe o SEESMT são:
- TÉCNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
- MÉDICO DO TRABALHO
- ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
- ENFERMEIRO DO TRABALHO
- AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO
Cada um desses profissionais tem a sua atribuição definida de acordo com a sua profissão nos termos na NR-04
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O ACIDENTE DO TRABALHO
Exercício. Conceito de Acidentes do Trabalho 1. MANOCRÉU, no horário do almoço jogando futebol no campo
da empresa quebrou a perna e deve ficar afastado por trinta dias
[ ] SIM [ ] NÃO
2. ANTONIO BELO, que reside no Sitio Cercado, trabalha na CIC, ao final do expediente, indo para casa, acidentou-se na Santa Cândida.
[ ] SIM [ ] NÃO
3. PEDRINO PACO acidentou-se no banheiro depois de meia
hora em que estava “matando o tempo” lendo uma
revistinha.
[ ] SIM [ ] NÃO
4. GEREMUNDA, durante o expediente, brigou com sua colega IRMANACILDA disputando as graças do colega MANOCRÉU. IRMACILDA teve o braço quebrado e deve ficar afastada trinta dias.
[ ] SIM [ ] NÃO
5. ESTUDANILDO DA SILVA, mora no Bairro Alto e estuda no centro da cidade. Voltando da aula as 23h00min acidentou-se e deve ser afastado.
[ ] SIM [ ] NÃO
6. PREGONILDO dos Santos, durante o expediente fincou um prego no pé. Não tomou a injeção recomendada, teve tétano e perdeu o pé.
[ ] SIM [ ] NÃO
7. VIAJANDINO DA SILVA viajou a serviço da empresa. Durante a noite foi visitar algumas casas noturnas e sofreu um acidente.
[ ] SIM [ ] NÃO
8. GASTRÔNCIO das Neves, passeando em frente da empresa no domingo percebeu um incêndio. Entrou para ajudar a apagar o fogo e se acidentou.
[ ] SIM [ ] NÃO
9. GASTORINA de Souza comeu a maionese estragada que serviram no almoço e teve um grave problema intestinal, foi internada e deve ficar afastada por vinte dias
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CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DO TRABALHO
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho
ACIDENTES DO TRABALHO
EXERCÍCIO DO TRABALHO
SERVIÇO DA EMPRESA
PROVOCANDO
PERTURBAÇÃO FUNCIONAL LESÃO CORPORAL
CAUSANDO
MORTE
PERDA DA
CAPACIDADE PARA TRABALHO
TEMPORÁRIA
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DOENÇA DO TRABALHO
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
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CAUSA DOS ACIDENTES DO TRABALHO
ATO INSEGURO: Comportamento inadequado do trabalhador que causa um
acidente. Também denominado de “falha humana” ou “comportamento inadequado” pode ser causado por três principais razões:
IMPERÍCIA: Falta de conhecimento técnico ou prático na função ou tarefa desenvolvida.
Exemplo: Empregado designado para executar um trabalho em altura sem treinamento.
IMPRUDENCIA: Desrespeito a uma determinada norma de segurança que causa o acidente.
Exemplo: Empregado que não utilizada o EPI recomendado
NEGLIGÊNCIA: Deixar de observar situações de potencial perigo que pode causar um acidente.
Exemplo: Abandonar uma empilhadeira sem os freios acionados em local de declive.
FATORES CAUSADORES DOS ATOS/COMPORTAMENTOS INSEGUROS
a) Problemas Sociológicos: Os problemas de ordens sociais, financeiros e de relacionamento com família, parentes, vizinhanças, colegas de trabalho, etc., é próprio do ser humano. Esses problemas afetam o trabalhador na concentração de suas atividades, na profissão ou no exercício da sua atividade laboral. A falta de atenção é grande causador de Acidentes no Trabalho
36 c) Problemas de Saúde: Exercer as atividades laborais com algum sintoma de doença, tais como febre, dor de cabeça, resfriados ou outros sintomas, pode ocasionar acidentes no trabalho.
d) Gerenciamento Inadequado: O gerenciamento inadequado, cobrança excessiva de produção, supervisão rígida ou tratamento áspero podem causar acidentes do trabalho
CONDIÇÃO INSEGURA: Todas as condições perigosas presentes no ambiente de trabalho que podem causar um acidente do trabalho.
MÁQUINAS PERIGOSAS EQUIPAMENTOS PERIGOSOS FERRAMENTAS COM DEFEITOS
PROCESSO DE PRODUÇÃO PERIGOSO PISO ESBURACADO
ESCADAS COM DEFEITOS ELETRICIDADE
INCÊNDIO
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EXERCÍCIO
PRÁTICO
MEMBROS DA CIPA
Analise com calma e olhar crítico o desenho na página seguinte, veja todos os atos praticados pelos empregados e as condições existentes no local de trabalho:
Agora você vai marcar, fazendo uma anotação simples dos:
ATOS INSEGUROS– marque com as letras
AT
38
39
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA
Dentre os vários benefícios da Previdência Social destinado ao trabalhador contribuinte, destacam-se dois:
1. SEGURO CONTRA ACIDENTES DO TRABALHO
Todos os trabalhadores têm o direito ao SEGURO CONTRA ACIDENTES DO TRABALHO – SAT – em caso de sofre um Acidente do Trabalho ou ficar doente em decorrência de uma doença do trabalho. As empresas recolhem ao INSS, para pagamento do SAT – Seguro contra Acidentes do Trabalho, valores correspondente a 1%, 2%, 3% e 4% sobre os salários dos trabalhadores, dependendo do grau de riscos da atividade da empresa que trabalham, para garantir ao trabalhador o recebimento do seu salário, quase que integral, em caso de acidente ou doença do trabalho.
2. AUXILIO DOENÇA
40 Dos Salários pagos no afastamento
A diferença de maior importância no recebimento desses benefícios são os valores pagos pela previdência social.
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FÍSICOS QUIMICOS BIOLÓGICOS ACIDENTES ERGONÔMICOS
RUÍDO – acima de 85 Db FRIO CALOR UMIDADE VIBRAÇÕES RADIAÇÕES NÃO IÔNICAS RADIAÇÕES IONIZANTES
PRODUTOS QUÍMICOS -SÓLIDOS - LIQUIDOS - GASOSOS POEIRA NÉVOAS NEBLINAS VIRUS FUNGOS BACTÉRIAS
MAQUINAS PERIGOSAS EQUIPAMENTOS
FERRAMENTAS ARRANJO FÍSICO ELETRICIDADE INCENDIO
POSTURAS INADEQUDAS MOVIMENTOS REPETITIVOS ESFORÇOS FISICOS STRESS TRABALHO EM TURNO
TRABALHO NOTURNO
DOENÇAS CAUSADAS SURDEZ
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS CEGUEIRA DOENÇAS
CIRCULATÓRIAS
INTOXICAÇÕES CÂNCER PROBLEMAS DE PELE
CONTAMINAÇÃO POR AGENTES INFECTO CONTAGIOSOS
ACIDENTE COM PÉS –
MÃOS - CABEÇA - OLHOS
D.O.R.T.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PROTETOR AURICULAR
PROTETOR FACIAL ROUPAS ESPECIAIS
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA LUVAS ROUPAS
ESPECIAIS
PROTETOR RESPIRATÓRIO PROTETOR FACIAL LUVAS
ROUPAS ESPECIAIS
CAPACETE - CALÇADO LUVAS - ÓCULOS AVENTAL
42 1. OS RISCOS FÍSICOS
RUÍDOS Entende-se por ruído um barulho ou som indesejável freqüentemente produzido por máquinas, equipamentos ou processos, cujos efeitos no organismo são:
- Distúrbios gastrointestinais
- Irritabilidade
- Vertigens
- Nervosismo
- Aceleração de pulso
- Elevação de pressão arterial
VIBRAÇÕES
São oscilações, balanços, tremores, movimentos vibratórios e trepidações produzidas por máquinas e equipamentos motorizados quando em funcionamento.
Caso a exposição seja por tempo prolongado as vibrações podem produzir danos físicos ao organismo, tais como:
- Alterações musculares e ósseas
- Problemas Nervosos
- Patologias ortopédicas
- Problemas em articulações
- Distúrbios na articulação motora
- Enjôo e náuseas
43 CALOR
Os trabalhadores expostos a trabalhos com calor podem apresentar problemas como insolação, câimbras e problemas com o cristalino do glóbulo ocular devido à exposição excessiva ao calor
FRIO
Efeitos do frio: Os casos que se destacam pela ação do frio, mais comuns são: Queimaduras, gripes, inflamações das amígdalas, resfriados, algumas alergias, congelamento dos pés e mãos e problemas circulatórios.
PRESSÕES ANORMAIS
Entre as atividades que expõe o Homem à condição de pressão superior a uma atm (1 Kg/cm2).
Os riscos à saúde são:
- Barotrauma - Incapacidade de equilíbrio de pressões interna e externa.
- Embolia Gasosa - Consequência de rápida subida à tona
- Intoxicação por dióxido de carbono
RADIAÇÕES
1 NÃO IONIZANTE
Apresenta importância visto que seus efeitos sobre a saúde podem implicar em lesões e doenças. Esta radiação é do tipo eletromagnética e apresenta-se na forma de raios infravermelhos, ultravioletas , microondas e laser
São observadas nos trabalhos em siderurgia, fusão de metais, processos de solda, caldeiras, fornalhas, fornos, etc.
44 2 IONIZANTES
São do tipo alfa, beta, gama, raios x e não podem ser detectadas pelo ser humano, mesmo quando atravessam seu corpo. A exposição a essas radiações pode resultar em: queda de cabelos, lesões na córnea e cristalina, perda de imunidade biológica, câncer e até mutações genéticas em longo prazo, com efeitos em gerações futuras.
Podem ser encontrados em clínicas de radiologias, hospitais, consultórios odontológicos, na indústria e em laboratórios de pesquisas.
UMIDADE
45 2 OS RISCOS QUÍMICOS
São agentes ambientais em potencial de doenças profissionais devido à sua ação sobre o organismo humano.
Grande parte dessas substâncias possui características tóxicas e constituem uma ameaça à saúde do trabalhador e podem ser encontradas sob estados físicos da matéria : sólido, líquido e gasoso
POEIRA
São partículas sólidas em suspensão no ar, originadas de operações tais como:
- esmerilhamento - trituração - lixamento
- impacto
- em outros processos ou manejo de variedade de materiais tais como:
- metais, madeira, grãos, minerais e outros
NEBLINA
São partículas finas suspensas no ar, produzidas pela condensação de vapores.
46 FUMOS
São partículas sólidas suspensas no ar, geradas pelo processo de condensação de vapores metálicos, produzidos pela sublimação (passagem direta do sólido para o gasoso) de um metal. Geralmente é produto da reação de vapores metálicos com o oxigênio do ar. Os fumos são produzidos em operações como : Fundição, corte de metais com oxigênio, desbaste de esmeril e solda.
Os principais metais que apresentam risco para a saúde são: Antimônio, arsênio, manganês, mercúrio ,selênio, telúrio, tálio, urânio, cobre, berílio, cádmio, cromo, cobalto, ferro, chumbo e outros.
O chumbo é contaminante de grande toxidade. Os sintomas aparecem no corpo somente após a acumulação de uma quantidade expressiva. Pode-se passar meses para que níveis tóxicos de chumbo desenvolvam-se no organismo, porém os sintomas de envenenamento podem surgir da noite para o dia.
Os fumos metálicos do zinco e seus óxidos se inalados podem provocar uma enfermidade chamada febre de fumo metálico; os sintomas geralmente desaparecem dentro de um dia.
Os fumos metálicos de magnésio, cobre e de outros elementos também, podem provocar a mesma síndrome.
As fontes de zinco são, principalmente, a solda e o corte de latão, zinco ou outros metais galvanizados e a limpeza abrasiva de superfícies galvanizadas.
FUMAÇA
São partículas combinadas com gases que se originam das combustões incompletas de materiais orgânicos podendo ser sólidas ou líquidas.
Ex.: queima de madeiras - carvão - produtos derivados de petróleo líquidos inflamáveis, vegetais, etc.
47 GASES
São substâncias que em condições normais de temperatura e pressão estão no estado gasoso.
Ex: hidrogênio, nitrogênio, ar, argônio, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, GLP, amônia, etc.
É importante conhecer as características particulares dos gases a serem manipulados, a fim de evitar danos à saúde. Podem ser corrosivos, tóxicos, asfixiantes
VAPORES
É a fase gasosa de uma substância que normalmente é sólida ou líquida em condições normais de temperatura e pressão.
Pode-se encontrar concentrações de vapores quando se empregam solventes orgânicos, diluentes de tintas, agentes de limpeza, alcool, xileno, tetracloreto de carbono, benzeno, tolueno, cloreto de etila, gasolina, etc.
PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS
Podem englobar qualquer uma das formas de agentes químicos apresentadas anteriormente, bem como, os produtos usados diariamente nas empresas.
Ex.: Soda cáustica, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, carbonatos de sódio e cálcio e uma infinidade de produtos sob as mais diversas marcas comerciais.
OS PRODUTOS QUÍMICOS PODEM SER:
IRRITANTES: Aqueles que devido a uma ação química ou corrosiva tenham a propriedade de produzir inflamação nos tecidos
ASFIXIANTES: Estas substâncias tem a capacidade de deslocar o oxigênio do ambiente. Provocam asfixia.
48 Classificam-se em:
PROTOZOÁRIOS: Causam doenças como a desinteria amebiana e giardíase
FUNGOS: Causam mofos e bolores, deterioram alimentos, podem produzir toxinas no homem, além de causar micoses.
BACTÉRIAS: Causam pneumonia, infecções alimentares, cólera, leptosporiose e toxiplasmose
BACILOS: São bactérias em formas de bastonetes que causam, por exemplo, a tuberculose.
VIRUS :Causam no homem doenças como a gipe, hepatite, herpes (genital e labial), hidrofobias, AIDS, etc.
Estão sujeitos aos agentes biológicos os trabalhadores de hospitais, laboratórios. cortumes, tratamento de água e esgoto, açougue, Frigoríficos, coleta de lixo, etc.
3. RISCOS BIOLÓGICOS
São caracterizados pela presença de microorganismos invisíveis a olho nu, presentes no ambiente de trabalho capazes de causar doenças, deteriorização de produtos alimentícios, de madeiras, de couros, mau cheiro, interrupção de processos industriais, etc. Por apresentarem muita facilidade de reproduzir-se, além de contar com diversos
mecanismos para transmissão ou
49 4. RISCOS DE ACIDENTES
Caracterizam-se pela presença e ou contato do homem com máquinas, objetos cortantes, escoriantes, abrasivos e perfurantes, explosivos, inflamáveis, choques elétricos e outros capazes de causar danos físicos à saúde do trabalhador.
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO: Disposição irracional de máquinas e equipamentos e processos do ambiente de trabalho.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Sem proteção, defeituosas e sem sinalização
FERRAMENTAS: Inadequadas, perigosas, defeituosas, impróprias.
ELETRICIDADE: Contato com linha viva, falta de aterramento e improvisações
SINALIZAÇÃO: Ausência de indicação de riscos.
PROBABILIDADE DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO: Risco com produtos inflamáveis, armazenagem, sobrecarga elétrica, etc.
TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS: Batida contra, Batida por, choque contra, queda de objetos, esmagamento, etc.
EDIFICAÇÕES: Pisos inadequados, canaletas, rampas, escadas impróprias ausência de espaço físico.
ILUMINAÇÃO: A determinação de iluminação necessária a um ambiente de trabalho tem por finalidade adequar os níveis de iluminamento às atividades desenvolvidas. Como o homem necessita de boa iluminação para perceber pequenos objetos e detalhes, o ambiente de trabalho deve proporcionar uma iluminação adequada às características individuais e da atividade.
50 5 RISCOS ERGONÔMICOS
O estudo dos agentes ergonômicos visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho.
As condições de trabalho relacionados com ergonomia, incluem aspectos ligados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições de postos de trabalho e a própria organização do trabalho.
Na avaliação dos agentes ergonômicos, a preocupação deve ser com as pessoas do ambiente de trabalho para atender às relações complexas entre trabalhadores, máquinas, demandas e métodos de trabalho.
Todo o trabalho, independente de sua natureza, produz uma tensão tanto física como mental no indivíduo que a executa. Enquanto essas tensões forem mantidas dentro de limites razoáveis, o desempenho do trabalhador será satisfatório e a sua saúde e bem-estar serão mantidos. Caso as tensões sejam excessivas, haverá resultados não desejados manifestados em forma de erros e acidentes, causando lesões, danos à saúde, danos materiais e afetando a qualidade dos serviços.
51 RISCOS ERGONÔMICOS
Esforço físico intenso.
Levantamento e transporte manual de pesos
Exigência de posturas inadequadas
Controle rígido de produtividade
Imposição de ritmos excessivos
Trabalho em turno e noturno
Jornada de trabalho prolongada
Monotonia e repetitividade
Outras situações causadoras de stress físico e psicológico
EFEITOS DOS RISCOS ERGONÔMICOS
- Dores nas articulações - Dores nas costas - Dores de Cabeça
- Problemas circulatórios - Ardência dos olhos - Nervosismo
52 INSALUBRIDADE – NR-15
São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas desenvolvidas em algumas situações onde os riscos ocupacionais estão acima do LIMITE DE TOLERÃNCIA definida na lei.
Exemplos:
RISCOS FÍSICOS
Ruído Acima de 85 dB
Calor– Acima do limite e Definido por Laudo Técnico Frio– Em condições estabelecidas por Laudo Técnico RISCOS BIOLÓGICOS
Nas atividades exposição a doenças e doentes infecto contagiosas; na manipulação de lixo e esgoto urbano e outras situações de exposição demonstrada em Laudo Técnico
RISCOS QUÍMICOS
Na exposição ou manipulação de algum produto químico relacionado na nos anexos 11 e 12 da NR15 comprovados através de Laudo Técnico
PERICULOSIDADE – NR 16
TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEIS
EXPLOSIVOS
ELETRICIDADE
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E.P.I.
NR-06
Direitos e Deveres
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
1.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
54
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)
1.7 Responsabilidades do trabalhador.
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.9 Certificado de Aprovação - CA
6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no
âmbito do SINMETRO;
56
OS E.P.Is E A PARTE DO CORPO PROTEGIDA
CABEÇA
57 OLHOS
OUVIDOS
RESPIRAÇÃO
58 LUVAS
60
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES
A Análise e Investigação de acidentes ou doenças do trabalho é uma atividade obrigatória da CIPA em conjunto com o SESMT da empresa, quando houver.
O item 5.16da NR-05 esclarece assim:
5.16 A CIPA terá por atribuição:
...
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
Por sua vez, a NR-04 estabelece o seguinte:
1.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
...
61 ATIVIDADE PRÁTICA – ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE
“Manocréu trabalha no setor de Manutenção. Admitido na
empresa há trinta dias, sem experiência.
Certo dia foi mandado instalar um Extintor de Incêndio na sala da contabilidade.
Manocréu foi até o local com os seguintes equipamentos: - Uma furadeira elétrica
- Uma escada
Iniciou os trabalhos com a furação da parede. A escada tinha um degrau quebrado.
62
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE de AT
EMPRESA:
1. DADOS DO ACIDENTADO
NOME: FUNÇÃO:
SETOR: ADMISSÃO: ___/___/___ NO SETOR DESDE: ___/___/___
2. DESCRIÇÃO DO ACIDENTE
3. PARTE DO CORPO ATINGIDA
( ) Cabeça ( ) Tronco ( ) Mão ( ) Braço ( ) Pé ( ) Perna ( ) olhos ( ) outra parte do corpo
AFASTAMENTO:____ dias
( ) ACIDENTE TÍPICO ( ) ACIDENTE DE TRAJETO 4. DECLARAÇÃO DO ACIDENTADO
5. TESTEMUNHAS – Declarações
6. CONCLUSÃO DA COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO
7. RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO ASSINATURAS
Local de Data ___/___/___
COMISSÃO INVESTIGAÇÃO NOME:
63 Podemos Classificar as Inspeções da seguinte forma:
1. Quanto ao agente de fiscalização
a) Pela Autoridade – Fiscalização de um órgão oficial do município, do estado ou da união
b) Pela Empresa:
2. Quanto ao local
a) Geral – em todas as instalações da empresa
b) Localizada - em um determinado setor da empresa
c) Condições – Proteção Máquinas – EPI – Prevenção Incêndio – ferramentas – Pisos – Escadas – etc.
3. Quanto aos Modos
a) Planejadas – Pela CIPA ou SEESMT da empresa quando houver b) Não planejadas
A CIPA deve elaborar um programa de inspeções nos diversos locais de trabalho na empresa.
Essa programação pode ser setorizada e dentro de um cronograma de ações que poderão estar previstas no PPRA.
As Inspeções devem sempre ser comunicadas à direção da empresa.
INSPEÇÕES DE SEGURANÇA
As inspeções de segurança são mecanismos de gerenciamento e monitoramento dos Riscos Ambientais que tem como OBJETIVO a PREVENÇÃO DE ACIDENTES identificando as CONDIÇÕES PERIGOSAS que possam causar ACIDENTES nos ambientes de trabalho
64
MAPA DE RISCOS
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
Conceito: O mapa de riscos é uma demonstração gráfica dos RISCOS AMBIENTAIS existentes nos locais de trabalho.
65 OS RISCOS AMBIENTAIS.
Os Riscos Ambientais serão demonstrados por CIRCULOS coloridos e os TAMANHOS desses círculos representam a intensidade (tamanho) desses Riscos.
Veja:
As Cores e os Riscos
A Intensidade – Tamanho dos Riscos
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AIDS - DST
A AIDS
é uma doença que surgiu em meados de 1982 na Cidade de São Francisco nos Estados Unidos e ataca o sistema imunológico do individuo.Carregada de preconceitos e sem cura, considerada uma doença contraída por homosexuais e drogados, vitimou centenas de milhares de pessoas na medida em que se espalhou pelo mundo.
Em 1985 uma portaria emitida pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério do Trabalho, atribuiu às CIPAs da empresas a tarefa de realizar uma campanha, no âmbito interno das empresas, de prevenção da AIDS.
Desde então essa campanha vem sendo desenvolvida pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes nas empresas através de palestras, aulas e outras formas que buscam a conscientização de todos em relação ao uso de preservativos nas relações sexuais e cuidados com uso comum de seringas descartáveis para aqueles que usam drogas injetáveis.
Trinta anos se passaram e ainda não existe cura para a AIDS. A mortalidade daqueles que contraíram a doença diminuiu consideravelmente em razão de tratamentos desenvolvidos nessas décadas de existência da doença sem uma cura definitiva da doença.
Inobstante haver diminuído as mortes em decorrência da AIDS, a obrigatoriedade das campanhas no âmbito do trabalho, através das CIPAS, continua conforme descreve o item 5.16, “p” da NR-05