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Perfil sociodemográfico e práticas de autocuidado desenvolvidas por pessoas com estomia intestinal de eliminação / Sociodemographic profile and self-care practices developed by people with intestinal elimination ostomy

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Academic year: 2020

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Perfil sociodemográfico e práticas de autocuidado desenvolvidas por pessoas

com estomia intestinal de eliminação

Sociodemographic profile and self-care practices developed by people with

intestinal elimination ostomy

DOI:10.34117/bjdv6n6-588

Recebimento dos originais: 08/05/2020 Aceitação para publicação: 26/06/2020

Carlos Alberto Davila Valau Júnior

Enfermeiro pela Universidade Federal do Pampa

Instituição: Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen

Endereço: Avenida Marcos Konder, 1111, Bairro Centro, CEP 88.301-303, Itajaí, SC, Brasil E-mail: car.carlos.valau@hotmail.com

Bruna Sodré Simon

Mestra em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Família e Cronicidade (NEFAC/UNIPAMPA).

Instituição: Universidade Federal do Pampa

Endereço: BR 472 - Km 585 - Caixa Postal 118, CEP 97501-970, Uruguaiana, RS, Brasil E-mail: brunasimon@unipampa.edu.br

Raquel Pötter Garcia

Doutora em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa. Líder do Núcleo de Estudos em Família e Cronicidade

(NEFAC/UNIPAMPA).

Instituição: Universidade Federal do Pampa

Endereço: BR 472 - Km 585 - Caixa Postal 118, CEP 97501-970, Uruguaiana, RS, Brasil E-mail: raquelgarcia@unipampa.edu.br

Angélica Dalmolin

Mestra em Enfermagem. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Membro do Núcleo de Estudos em Cuidado e Família

(NECFAM/UFSM).

Instituição: Universidade Federal de Santa Maria

Endereço: Avenida Roraima, 1000, Cidade Universitária, Bairro Camobi, CEP 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil

E-mail: angelica_dalmolin@hotmail.com

Bruna Stamm

Mestra em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vice-líder do Núcleo de Estudos em Família e Cronicidade (NEFAC/UNIPAMPA).

Instituição: Universidade Federal do Pampa

Endereço: BR 472 - Km 585 - Caixa Postal 118, CEP 97501-970, Uruguaiana, RS, Brasil E-mail: brunastamm@unipampa.edu.br

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Jenifer Harter

Doutora em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem da

Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul (GEPENF FORS /UNIPAMPA). Instituição: Universidade Federal do Pampa

Endereço: BR 472 - Km 585 - Caixa Postal 118, CEP 97501-970, Uruguaiana, RS, Brasil E-mail: jeniferharter@unipampa.edu.br

RESUMO

Estudo qualitativo, realizado em 2017, no domicílio de oito pessoas com estomia intestinal, por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise temática. Os objetivos foram identificar o perfil sociodemográfico e conhecer as práticas de autocuidado desenvolvidas por pessoas com estomia intestinal de eliminação residentes em um município da Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul. A maioria dos participantes foram homens, idosos, aposentados, casados, com baixa escolaridade e renda salarial. Todas estomias foram confeccionadas como terapêutica do câncer colorretal e eram do tipo definitiva. Identificou-se que a família é responsável por realizar os cuidados com a estomia e o equipamento coletor até que o familiar desenvolva as habilidades necessárias para cuidar-se. As práticas de autocuidado são desenvolvidas gradativamente, tendo suas ações direcionadas à higienização e troca da bolsa coletora, aos cuidados com a pele periestoma, aos hábitos alimentares e as mudanças relacionadas ao modo de vestir. As pessoas com estomia intestinal de eliminação tem ações particulares para realizar o autocuidado, desenvolvendo habilidades específicas para cada situação encontrada. No entanto, por mais que realizem o autocuidado, observou-se que existe precariedade de informações sobre como desenvolver os cuidados relacionados à estomia e a pele periestomal, o que pode dificultar o desenvolvimento da autonomia e postergar a reabilitação.

Palavras-chave: Autocuidado. Estomia. Enfermagem. ABSTRACT

Qualitative study, carried out in 2017, at the home of eigth people with intestinal ostomy, through semi-strutured interviiew. The data were submitted to thematic analysis. The objectives were to identify the sociodemographic profile and to learn about the self-care practices developed bu people with intestinal elimination ostomy residing in a municipality in the Fronteira-Oeste of Rio Grande do Sul. Most participants were men, elderly, retired, married, with low education and salary income. All ostomies were made as colorectal câncer therapy and were of the definitive type. Is was identified that the Family ir responsible for performing the care with the ostomy and the collecting equipment until the family member develops the necessary skills to take care of thrmselves. Self-care practices are developed gradually, with their actions directed to the hygiene and exchange of the collection bag, care for periestomal skin, eating habits and changes related to the way of dressing. People with intestinal elimination ostomy have particular actions to perform self-care, developing specigic skills for each situation encountered. However, no matter how much they perform self-care, ir was observed that there is a lack of information on how to develop care related to ostomy and peristomal skin, which can hinder the development of autonomy and postpone rehabilition.

Keywords: Self care. Ostomy. Nursing.

1 INTRODUÇÃO

No Brasil, para o biênio de 2018-2019, estimou-se 17.380 novos casos de neoplasia maligna de cólon e reto em homens e 18.890 em mulheres. Na Região Sul esse tipo de câncer corresponde ao terceiro mais frequente em homens (22,17%) e o segundo em mulheres (22,92%) (BRASIL, 2017).

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Pesquisas nacionais (BARBOSA, et al.,2014; ANDRADE, et al., 2017) e internacionais (NIEVES, et al., 2017; MIRANDA, et al., 2018) constataram que o câncer colorretal é a principal causa para a confecção cirúrgica de estomias intestinais de eliminação, sejam elas, colostomias ou ileostomias.

As estomias intestinais de eliminação podem ser temporárias, quando confeccionadas para proteger a anastomose e impedir que os efluentes fecais passem pelo local operado antes da sua cicatrização, ou, definitivas, visando substituir a função do órgão exteriorizado, não havendo possibilidade de reversão(SMELTZER & BARE, 2011). Independente do período de permanência haverá a necessidade do uso contínuo de um dispositivo coletor para fezes acoplado ao abdômen, além de outros produtos adjuvantes para o cuidado, tais como os limpadores, as películas, os cremes de barreira para sua manutenção, dentre outros (ARDIGO & AMANTE, 2013).

A pessoa com estomia intestinal de eliminação pode encontrar dificuldades em retomar suas atividades diárias de vida, o que por vezes, resulta na diminuição do seu bem-estar e reflete de forma negativa na sua qualidade de vida (COELHO, et al., 2015). Nesse sentido, as principais repercussões relacionadas ao cotidiano envolvem o desenvolvimento das atividades laborais, sexuais, o vestuário e a alimentação (MIRANDA, et al., 2018). Além disso, há uma redução significativa na realização de atividades físicas (CAMPOS, et al., 2017).

Ademais, ter e conviver com uma estomia intestinal de eliminação demanda cuidados específicos, no intento de facilitar o processo de adaptação aos dispositivos de manutenção, sendo necessário o desenvolvimento do autocuidado, o qual se constitui como um fator significativo no processo de reabilitação e melhora na qualidade de vida (MOTA, et al., 2016a). No entanto,

compreende-se que o autocuidado, na maioria das vezes, é realizado apenas mediante o processo de compreensão e de aceitação da estomia (MOTA, et al., 2016a).

Neste estudo, entende-se o autocuidado como uma ação que o indivíduo exerce sobre si, a fim de preservar e cultivar uma melhor qualidade de vida, de maneira responsável e autônoma. Ao exercer essa atividade a pessoa tem a possibilidade de perceber e de compreender seu estado físico, emocional e mental, podendo agir sobre eles de forma benéfica e saudável(MOTA, et al., 2016b).

Destacam-se como ações de autocuidado que podem ser desenvolvidas nesse contexto, a higienização da estomia e do equipamento coletor, os cuidados com a pele periestoma, a troca da bolsa coletora e as mudanças nos hábitos alimentares(ARDIGO & AMANTE, 2013).

Nessa perspectiva, as orientações de uma equipe multiprofissional são importantes para o desenvolvimento do autocuidado, favorecendo a independência e a adaptação da pessoa com estomia intestinal de eliminação (MOTA, et al., 2016b). Um estudo realizado com pessoas submetidas à confecção de estomia corrobora essa perspectiva, ao evidenciar que sessões de educação relativas ao

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gerenciamento da estomia durante o período de internação hospitalar são eficazes para efetivar o conhecimento sobre as práticas de autocuidado(SEO, 2019).

Destaca-se, nesse cenário de atenção e cuidado, o enfermeiro enquanto socializador de conhecimentos sobre a higienização da estomia intestinal, a troca da bolsa coletora e os hábitos alimentares(BRAZ, et al., 2017). A partir dessas ações educativas, ele pode atuar como incentivador e mediador do autocuidado, promovendo práticas que desenvolvam a independência dessas pessoas (FARIAS, et al., 2019).

Tendo em vista que o autocuidado pode impactar positivamente na qualidade de vida das pessoas com estomia intestinal de eliminação, considera-se pertinente identificar as características sociais e demográficas dessas pessoas, bem como compreender como desenvolvem as práticas de autocuidado, uma vez que são informações relevantes para o gerenciamento da assistência de enfermagem a essa população.

Dessa forma, este estudo buscou responder a seguinte questão: Qual o perfil sociodemográfico e como ocorre o autocuidado de pessoas com estomia intestinal de eliminação residentes em um município da Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul, Brasil? Para isso, propuseram-se como objetivos: Identificar o perfil sociodemográfico e conhecer as práticas de autocuidado desenvolvidas por pessoas com estomia intestinal de eliminação residentes em um município da Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul.

2 METODOLOGIA

Estudo qualitativo, com coleta de dados realizada no período de novembro a dezembro de 2017, a partir da técnica de entrevista semiestrutura, no domicílio de oito pessoas com estomia intestinal de eliminação residentes em um município da Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul.

O acesso inicial aos possíveis participantes deu-se via relatório do Gerenciamento de Usuários com Deficiência (GUD), nas fichas cadastrais dos usuários, com vistas a realizar o levantamento de informações como: nome, telefone de contato e endereço, sendo possível também, identificar a Estratégia de Saúde da Família (ESF) a qual estas pessoas estavam vinculadas. Assim, verificou-se que no município encontravam-se cadastradas 29 pessoas, sendo 22 com estomia intestinal de eliminação, quatro com incontinência urinária e três com incontinência fecal.

Os critérios de inclusão foram: ter estomia intestinal de eliminação e ser maior de 18 anos de idade. Excluíram-se as pessoas que residiam na zona rural, tendo em vista a extensão territorial do município e o difícil acesso a esses locais, bem como as que apresentavam ou referiam dependência total de terceiros para a realização dos cuidados com a estomia, pois almejava-se conhecer as práticas de autocuidado e para isso, a pessoa com estomia precisaria realizar algum cuidado.

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Considerando que o telefone de contato das pessoas cadastradas, em sua maioria, estava desatualizado, o que inviabilizou a aproximação inicial aos possíveis participantes, o pesquisador dirigiu-se pessoalmente a cada ESF, com vistas a conhecer o agente comunitário de saúde e localizar-se na área em que residia o possível participante, para então, posteriormente, dirigir-localizar-se até o domicílio das pessoas. Ao chegar à residência, o pesquisador identificava-se, apresentava os objetivos da visita e questionava se o participante não tinha conseguia realizar sozinho algum cuidado com sua estomia intestinal. Se sim, ele era convidado a participar do estudo, sendo esclarecidos os objetivos da pesquisa e realizada a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para na sequência, ser assinado em duas vias, ficando uma em posse do pesquisador e a outra com o participante. Ressalta-se que em alguns casos a coleta de dados acontecia neste primeiro dia, ou era reagendada para uma data de melhor conveniência para o participante.

Salienta-se que no período de coleta de dados, duas das 22 pessoas com estomia intestinal de eliminação cadastradas no GUD e que correspondiam aos critérios de inclusão realizaram a reversão cirúrgica da estomia, quatro eram moradores da zona rural, cinco não residiam no endereço informado na ficha cadastral e dois eram totalmente dependentes de cuidados. Também, houve uma recusa e um óbito.

Os questionamentos referentes aos dados sociodemográficos, tipo e localização da estomia foram preenchidos pelo pesquisador em um instrumento e, na sequência, foram realizadas as questões abertas “Conte-me como você realiza o autocuidado com a estomia?” e “Como tem sido para você ter/cuidar da estomia?”, gravadas em áudio por um gravador digital.

Os dados foram analisados segundo a análise temática operacionalizada em três etapas: pré-análise, a exploração do material e tratamento dos resultados obtidos e interpretação (MINAYO, 2010). Na fase de pré-análise, o pesquisador fez a leitura de cada entrevista, o que permitiu estabelecer contato inicial com os conteúdos dos depoimentos; logo após, seguindo as regras de exaustividade e representatividade, momento em que foram destacados com cores distintas nos arquivos de Word os depoimentos que respondiam ao objetivo do estudo e traziam expressões semelhantes; esses foram agrupados em outro arquivo de Word para construção do corpus da pesquisa. A segunda etapa compreende a exploração do material, a qual ocorreu mediante leitura exaustiva, a fim de identificar as expressões mais significativas dos depoimentos. Na última fase, foram analisados e interpretados os resultados, sendo sustentados teoricamente pela literatura científica e pela apropriação teórica do pesquisador relativa à temática.

O estudo respeitou os preceitos éticos relacionados à pesquisa com seres humanos conforme Resolução nº466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer número 2.371.466. Para preservar o anonimato os participantes foram

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identificados pelo sistema alfanumérico, utilizando-se a letra inicial da palavra participante seguida por uma ordem numérica aleatória (P1), (P2)... (P8).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados deste estudo estão divididos em duas categorias, sendo que a primeira é oriunda do levantamento sociodemográfico e clínico, e a segunda denominada “Práticas de autocuidado com a estomia intestinal de eliminação”.

3.1 CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DAS PESSOAS COM ESTOMIA INTESTINAL DE ELIMINAÇÃO

Para melhor visualização dos resultados acerca dos aspectos sociodemográficos elaborou-se a Tabela 1:

Tabela 1 – Aspectos sociodemográficos dos participantes entrevistados. N=08. Município da Fronteira-Oeste do Rio

Grande do Sul, 2017. Variáveis N Sexo Masculino Feminino Idade 50 até 59 anos 60 até 69 anos 70 até 79 anos 80 até 89 anos Estado civil Casado Divorciado Escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo

Reside com Familiares Sozinho Ocupação Aposentado Renda Até 1,5 salários 2 salários 3 salários 05 03 02 02 03 01 07 01 06 02 07 01 08 06 01 01

Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Em relação ao sexo dos participantes, cinco eram do sexo masculino e três feminino. O sexo masculino entre as pessoas com estomia, também prevaleceu em outras pesquisas brasileiras na região Sul (MOTA, et al., 2016b)e na região Norte (ANDRADE, et al., 2017), revelando um panorama a nível nacional.

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Esse dado pode ser relacionado com o item investigado referente às características da estomia, onde observou-se que a maioria das pessoas tinha como causa etiológica a neoplasia de reto. Esses resultados corroboram as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) (2019), em que a neoplasia de cólon e reto vem apresentando um aumento significativo de novos casos em homens. Ainda, a maior incidência do câncer colorretal em homens na região Sul pode estar relacionada aos hábitos de vida, onde há alto consumo de carnes vermelhas, a obesidade, o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas(BRASIL, 2017).

Quanto à idade, observa-se a predominância da faixa etária superior a 60 anos, com média de 67,1 anos. A faixa etária encontrada no estudo pode ser justificada ao se considerar o envelhecimento populacional brasileiro. Sendo assim, o impacto dessa nova ordem demográfica pode ser relevante, sobretudo, quando se observa o adoecimento por condições crônicas de saúde, a exemplo do câncer (BRASIL, 2017; MIRANDA, et al., 2018). Prova disso é um estudo sobre o perfil epidemiológico das pessoas com câncer no estado do Pará, que constatou que 60% dos pacientes atendidos em uma unidade de oncologia estavam na faixa etária acima de 60 anos (CANTÃO, et al. 2020).

Ressalta-se que a tendência crescente do número de pessoas idosas com estomia, tendo como causa etiológica o câncer, é também encontrada no contexto internacional (CUYLE, et al., 2018; BULKLEY, et al., 2018), confirmando e fortalecendo as evidências nacionais do INCA, em que as pessoas acima de 50 anos pertencem à faixa etária que tem maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal (BRASIL, 2019).

Verificou-se que a maioria dos participantes do estudo tinham ensino fundamental incompleto e renda de um salário mínimo. Logo, estes dados associam-se aos de outros estudos em que predominou a baixa escolaridade e a renda entre um e dois salários mínimos nas pessoas com estomia intestinal (ANDRADE, et al., 2017; COELHO, et al., 2015; BARBOSA, et al.,2014).

Quanto à situação ocupacional, todos os participantes encontravam-se aposentados. Este fato pode estar associado a dois fatores: a idade acima de 60 anos ou devido à classificação da estomia como deficiência física conforme o decreto de N° 5.296 de dezembro de 2004 que assegura o direito à aposentadoria por invalidez(BRASIL, 2004).

Em relação à situação conjugal, seis dos participantes eram casados. O fato de ter alguém que pertença ao seu núcleo familiar, pode representar um suporte a pessoa com estomia intestinal, uma vez que a presença do companheiro diante dessa condição crônica pode facilitar na adaptação e no enfrentamento da nova condição de vida(SILVA, et al., 2017).

Na Tabela 2 constam os resultados referentes às características clínicas relacionadas à estomia.

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Tabela 2 - Características clínicas relacionadas à estomia. N=8. N=08. Município da Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul, 2017. Características clínicas N Localização Cólon ascendente Cólon transverso Cólon descendente Tempo de confecção 1 à 3 meses 6 à 11 meses Permanência Temporária Definitiva Etiologia Neoplasia de cólon Neoplasia de colonsigmoide Neoplasia de reto 01 01 06 05 03 03 05 01 01 06

Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Quanto à permanência da estomia, a maioria dos participantes apresentaram estomia definitiva. No entanto, é válido destacar que o tempo em que a pessoa vai permanecer com a estomia pode provocar alterações e impactos negativos na vida, como por exemplo, o isolamento social, a não realização de atividades físicas e repercussões nas questões sexuais, independente dela ser temporária ou definitiva (CAMPOS, et al., 2017; SILVA, et al., 2017).

Constatou-se uma variação de um a 11 meses, no que se refere ao tempo de confecção. Esse fato demonstra que mesmo que a maioria dos participantes conviva há menos de seis meses com essa condição de vida, o tempo de confecção não foi preponderante para adotarem as práticas de autocuidado. Esse dado diverge de um estudo realizado com 89 pessoas com estomia, onde 79,8% tinham a estomia há mais de seis meses e isso foi relevante para a adaptação e desenvolvimento do autocuidado (ANDRADE, et al., 2017).

Portanto, ao relacionar as variáveis sociodemográficas e as características clínicas da estomia com o desenvolvimento das práticas de autocuidado, verifica-se a importância da prática educativa de enfermagem junto a esta população, haja vista seu potencial em informar e orientar, por meio de uma linguagem de fácil entendimento, tendo em vista que a maioria é idosa e com baixa escolaridade. Ainda, deve-se também direcionar a aprendizagem do cuidado com a estomia aos familiares e incentivar as pessoas a desenvolver o autocuidado, pois seis dos oito participantes eram casados, fator que pode ser um contribuinte na execução dos cuidados.

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3.2 PRÁTICAS DE AUTOCUIDADO COM A ESTOMIA INTESTINAL DE ELIMINAÇÃO Identificou-se que o desenvolvimento das práticas de autocuidado levou um período de tempo relativamente curto para serem realizadas, quando relacionado ao tempo de confecção da estomia em que o mínimo foi de um mês e o máximo de 11 meses. No entanto, antes de a pessoa com estomia efetuar o autocuidado, a família teve um importante papel, uma vez que foi ela quem assumiu os cuidados iniciais:

No início era a minha mulher que cuidava e agora sou eu que limpo. (P3)

Logo no começo era a minha filha que cuidava porque eu peguei uma fraqueza imensa [...] aí ela era que cuidava. (P4)

Embora esse estudo não buscasse identificar quem é a pessoa que oferta cuidados, sobressaiu-se nos depoimentos que a mulher desobressaiu-sempenha papel preponderante na execução de cuidados com a estomia intestinal. Uma pesquisa no Paraná conduzida com mulheres que vivenciaram os cuidados ao cônjuge com câncer, evidenciou o papel da mulher enquanto cuidadora, uma vez que essas se sentem na responsabilidade de desenvolver os cuidados (PIOLLI, 2016).

Desse modo, reitera-se a necessidade da família ser englobada nas orientações sobre os cuidados, pois é ela quem cuida da estomia em diversas circunstâncias, sejam elas pela idade avançada ou por a pessoa não ter aceitado ainda sua condição de saúde, aspectos dificultadores para o autocuidado (MOTA, et al., 2016b).Os dispositivos audiovisuais podem ser utilizados como recurso facilitador para a abordagem com famílias sobre os cuidados com a estomia intestinal, auxiliando em sua colaboração no cuidado ao familiar ou incentivando o seu autocuidado (DALMOLIN, et al., 2017).

Sendo assim, a família se faz importante para o processo de aprendizado do autocuidado, pois a mesma revigora estas pessoas diante da realidade de conviver com a presença da estomia no seu corpo. Pode-se dizer ainda, que a presença e o apoio dos membros familiares contribuem para as ações do autocuidado.

Quando as pessoas com estomia já se sentiam aptas para desenvolver o autocuidado, as práticas realizadas centravam-se na higienização e na troca da bolsa coletora:

Quando eu vou trocar a bolsa eu tomo banho e lavo bem o lugar (estomia) com sabonete antibacteriano. (P1)

É limpeza geral. Eu mesmo faço a limpeza da bolsa. (P3)

Eu tomo todo cuidado na higiene, não deixo a bolsa ficar suja. Troco ela quando tem que trocar. (P4)

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Tendo em vista que a bolsa coletora e a estomia começam a fazer parte da vida dessas pessoas após o procedimento cirúrgico, elas direcionam suas ações e atenção, principalmente, para este dispositivo de cuidado e manutenção, uma vez que a presença da estomia determina a perda do controle do intestino e a eliminação voluntária dos efluentes fecais. Assim, a bolsa fica constantemente com fezes, fazendo com que as pessoas mantenham hábitos regulares de higiene, com vistas a amenizar o aspecto de sujidade.

Diante da necessidade permanente de esvaziar os efluentes intestinais e higienizar a bolsa coletora, percebe-se que esta se torna a primeira ação efetiva de autocuidado realizada pela pessoa com estomia, o que estimula sua independência e autonomia (MOTA, et al., 2016a). Ao desenvolver o autocuidado, as pessoas com estomia conseguem reconhecer melhor as características dos dispositivos coletores, principalmente, em relação a sua durabilidade e tempo de saturação:

Tem que cuidar da bolsa (...) eu fico cuidando para ver quando ela começa a querer descolar no canto e antes que ela estoure eu vou e troco (...) quando ela fica muito velha, aquela parte da cola em roda dali onde está a estomia começa a se desmanchar de tanto a gente lavar né. Dura mais ou menos uns cinco dias. (P1)

(...) ela (bolsa coletora) suja muito, vai até ficando com a cor diferente a parte do saquinho. Então é no máximo sete dias e tem que trocar. (P2)

Quando a parte que fica grudada no abdômen descola, eu já sei que é porque está terminando a validade, dura cinco dias, às vezes sete. (P4)

Percebe-se que os participantes identificam alterações nas características da bolsa, sinalizando singularidades relativas ao tempo de permanência do equipamento coletor, como o tempo médio de duração que varia de cinco a sete dias. Assim, observam os sinais como: a perda da aderência da placa de resina na pele periestomal e a alteração da coloração no plástico coletor como indícios do fim da validade da bolsa coletora.

A pessoa com estomia intestinal precisa ter como uma das ações de cuidado a troca da bolsa coletora como sendo fundamental para a manutenção adequada da estomia, a higiene e o conforto. Estudodesenvolvido por Coelho et al., (2015) identificou que em 55,76% dos 52 participantes com estomia intestinal, o prazo de duração da bolsa foi de três à quatro dias, e apenas 36,53% conseguiam fazer com que o dispositivo coletor durasse aderido ao abdômen ao tempo de permanência encontrado nesta pesquisa, de cinco a sete dias.

O modo que as pessoas aprendem a realizar alguns cuidados com a estomia é particular, sendo que cada uma revela suas singularidades e identifica como sente segurança para realizar o autocuidado:

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Tenho que por um espelho na frente da barriga para enxergar o local certo que está a estomia, porque senão eu não consigo ver ela e a pele ao redor, já que ela fica nesta parte mais embaixo da barriga. Aí fazer o cuidado com a pele às vezes fica mais demorado. (P5)

Observou-se que mediante o uso desses dispositivos, as pessoas desenvolvem algumas habilidades e estratégias que auxiliam na adaptação ao seu uso e a execução do autocuidado. No entanto, a localização inadequada da estomia pode dificultar o desempenho das ações de cuidar-se.

A realização do autocuidado caracteriza-se por práticas individuais, já que cada pessoa com o passar dos dias, percebe qual é a melhor maneira de desenvolver estas ações (ALBUQUERQUE, et al., 2016). Destaca-se que as estratégias de como melhor desenvolver os cuidados, podem ser abordadas nas atividades de educação em saúde a essa população, essencialmente, antes da alta hospitalar, a fim de minimizar as dificuldades quando retornam ao domicílio.

Nessa perspectiva, um estudo de revisão sistemática que objetivou identificar a efetividade das intervenções educativas às pessoas com estomia intestinal de eliminação em pós-operatório, revelou que as estratégias educativas são facilitadoras para o conhecimento sobre as práticas de autocuidado, pois favorecem a socialização de informações imprescindíveis para o cuidado da estomia (MONTEIRO, et al.,2020).

No que tange o autocuidado com a pele, os participantes citaram ter cuidados com a região periestoma:

Faço toda a limpeza e se tem que depilar ali, eu já passo um aparelho (lâmina) para a bolsa poder aderir bem em volta. (P3)

A gente tem que cuidar muito ali, a pele para ver se não está vermelha (...) às vezes fica meio irritada a pele na volta. Aí tem que passar uma pomadinha que protege bem (spray). (P8)

Esse aqui (spray) é para refazer a pele (...) quando faço a limpeza, aplico esse aqui. (P2)

O cuidado com a estomia intestinal envolve também a pele periestoma. Mediante os depoimentos identifica-se a importância desta região estar preparada e saudável para receber a bolsa coletora, por meio do uso de produtos específicos para favorecer a aderência do equipamento coletor. Essas evidências divergem dos resultados de uma pesquisa nacional realizada com 52 pessoas com colostomias, em que apenas 7% dos participantes referiram cuidar da pele periestomal (COELHO, et al., 2015).

No entanto, um dos participantes relatou o uso da lâmina para aparar o pelo do abdômen. Destaca-se que realizar esta prática pode culminar em microfissuras na pele e gerar uma porta de entrada para infecção. Entretanto, esse fato pode ser modificado por meio de orientação prévia sobre estas questões, visto que, muitas vezes, as práticas de autocuidado adotadas são consequência da precariedade de informações.

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Assim, percebe-se que o uso de tecnologias educativas escritas como apresentado no estudo de Carvalho et al. (2019) ou audiovisual utilizado na pesquisa de Dalmolin et al., (2017) são recursos que auxiliam na aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento das habilidades e na promoção da autonomia para o autocuidado dessas pessoas.

Os participantes verbalizaram que novos hábitos alimentares, tornam-se uma prática de autocuidado, uma vez que a alimentação interfere no funcionamento da estomia:

Tem vários alimentos que eu não posso comer porque me trancam o intestino (...). (P1)

Não é toda alimentação que eu posso fazer (...) feijão não como mais porque me causa gases. (P5) Tem que ter cuidado com os alimentos, as comidas já não são mais aquelas refeições que eu fazia antes de ter a estomia. (P8)

Os participantes entendem a necessidade de abdicar de certos alimentos, pois alguns ocasionam maior produção de fezes, odores e gases. Sendo assim, passam a adotar e manter novos hábitos alimentares, ao reconhecer que a nova realidade de vida não permite que tenham a mesma alimentação anterior à confecção da estomia, revelando um importante fator para o ajustamento a nova condição de vida e que pode ser identificado como uma ação de autocuidado.

Por isso, a dieta quando elaborada de forma consciente pode vir a reduzir preocupações da pessoa com estomia intestinal, tais como, odores e ruídos, levando assim ao bom funcionamento da estomia e menor possibilidade de desconfortos (NIEVES, et al., 2017). Desse modo, um suporte especializado e progressivo que respeite as capacidades e as singularidades dessas pessoas, pode auxiliá-las no autogerenciamento dessa condição de vida e, consequentemente, promover a realização do autocuidado (MARTINS, et al., 2015).

Além da alimentação, outra prática de autocuidado se refere à maneira de vestir-se como forma de esconder e evitar complicações com a estomia, entre elas o edema, prolapso, hérnias:

Eu gostava de usar bermuda jeans. Isso aí já não dá mais. Agora é só bermuda com elástico e roupa frouxa. (P1)

Ah, roupa apertada não. Calça apertada eu não uso mais, bermuda, não posso usar essas roupas porque elas me prejudicam. Até inclusive saiu uma hérnia do lado da barriga. (P2)

Roupa mesmo eu já não consigo usar qualquer tipo, tenho que cuidar se não vai ficar apertando a estomia ou a bolsa e pode ficar inchado. (P3)

As mudanças na forma de se vestir ocorrem, pois, algumas peças de roupas atrapalham e inviabilizam o bom funcionamento da estomia. Ainda, subentende-se que deixam de usar roupas mais justas, para poder disfarçar a bolsa coletora.

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O significado da estomia intestinal para a pessoa interfere diretamente na sua autoimagem e, com essa distorcida, tende a esconder a estomia intestinal por meio de roupas mais largas(COELHO, et al., 2015). Para que os dispositivos fiquem ocultos, há necessidade de modificar os vestuários, evitando assim, o aparecimento do volume causado pela eliminação das fezes dentro da bolsa coletora (MOTA, et al., 2016).

Ainda, percebe-se que mediante a realização do autocuidado, a pessoa com estomia se sente responsável e independente, e isso faz com que ela consiga acompanhar a evolução da estomia e as possíveis complicações que podem ocorrer no seu cotidiano (MARTINS, et al., 2015).

4 CONCLUSÕES

A pesquisa identificou mais homens com estomia intestinal de eliminação, idosos, aposentados, casados e com baixa escolaridade e renda salarial. No que se refere às características das estomias, essas em sua maioria tiveram como causa etiológica o câncer colorretal, o tempo de confecção variando de um a 11 meses e eram do tipo definitivas.

A maioria dos participantes deste estudo precisou da ajuda de alguém, em especial de um membro da família para os cuidados no período inicial após a confecção da estomia. Portanto, o apoio e o suporte que recebem da família neste momento são fundamentais para encorajá-los no desempenho das atividades de autocuidado.

No que tange às práticas de autocuidado desenvolvidas, essas se referem, principalmente, a higienização e troca da bolsa coletora, aos cuidados com a pele periestoma, aos hábitos alimentares e as mudanças no modo de se vestir. As pessoas com estomia tem ações particulares de realizar o autocuidado, desenvolvendo habilidades especificas para cada situação encontrada. No entanto, por mais que façam o autocuidado, observou-se que existe a precariedade de informações sobre como melhor desenvolver os cuidados, tanto relacionados à estomia como a pele periestoma.

Sendo assim, infere-se a relevância da enfermagem enquanto educadora em saúde, de forma a fornecer orientações e esclarecimentos sobre os cuidados que necessitarão ter para melhor funcionamento da estomia intestinal e gerenciamento do autocuidado. Ainda, destaca-se a importância de uma assistência multiprofissional, tendo em vista os aspectos físicos, psicológicos e sociais que a confecção de uma estomia impõe.

Como limitações do estudo destaca-se a falta de atualização do GUD, no qual o endereço de muitas pessoas cadastradas não correspondia ao local de moradia. Tal fato impossibilitou que algumas pessoas pudessem ser encontradas, limitando a amostra.

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Sugerem-se novas pesquisas a fim de identificar as dificuldades encontradas pelas famílias, pois embora a pessoa com estomia intestinal possua certa autonomia, ainda assim, precisa do suporte familiar para ter melhor qualidade de vida.

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Tabela  1  –  Aspectos  sociodemográficos  dos  participantes entrevistados.  N=08.  Município da  Fronteira-Oeste  do  Rio  Grande do Sul, 2017
Tabela 2 - Características clínicas relacionadas à estomia. N=8. N=08. Município da Fronteira-Oeste do Rio Grande do  Sul, 2017

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