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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Marcus Vinicius Arakaki Trigo

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC-SP

Marcus Vinicius Arakaki Trigo

O cenário do

m-learning

no mercado brasileiro

Mestrado em Tecnologias da Inteligência e

Design

Digital

São Paulo

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC-SP

Marcus Vinicius Arakaki Trigo

O cenário do

m-learning

no mercado brasileiro

Mestrado em Tecnologias da Inteligência e

Design

Digital

Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Tecnologias da Inteligência e Design Digital – Aprendizagem e Semiótica Cognitiva, sob a orientação do Professor Doutor Alexandre Campos Silva.

São Paulo

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AGRADECIMENTOS

Ao chegar ao fim deste percurso, expresso o meu agradecimento primeiro à minha mãe, que sempre me apoiou e incentivou meus estudos e ao meu avô Antônio, pelo exemplo que exerce em minha vida.

Às minhas tias e tios pelo apoio prestado e por contribuir com a minha educação e formação.

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RESUMO

Perante o crescimento constante da utilização de dispositivos móveis como smartphones e tablets em diversas tarefas do nosso cotidiano e a rápida evolução das tecnologias de informação e comunicação (TIC) que potencializam os processos de ensino e de aprendizagem, esta dissertação pesquisou as iniciativas de m-learning no cenário brasileiro de educação on-line. Durante a pesquisa foram analisadas bibliograficamente as experiências de utilização das tecnologias móveis no processo de ensino-aprendizagem e foi realizada uma pesquisa de campo com vinte e cinco instituições dos segmentos: farmacêutico, acadêmico, automobilístico, saúde, seguradora e financeiro, visando identificar como se deu a implementação, entender os perfis dos alunos (público-alvo), como o m-learning está sendo utilizado, quais as dificuldades encontradas, os resultados obtidos e os investimentos para implementar e manter os projetos m-learning. Também foi analisado um grande projeto de m-learning implementado com sucesso por uma empresa multinacional no mercado corporativo brasileiro.

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ABSTRACT

Due to the steady growth in use of mobile devices, such as smartphones

and tablets, in people’s everyday tasks and the development of information and

communication technologies (ICT) that potentiate the teaching and learning processes, this dissertation has researched the initiatives of m-learning in the Brazilian distance education on-line scenario. During the research the use of mobile technologies experiences were bibliographically examined in teaching and learning process. Also, a field survey was carried out with twenty five institutions from the pharmaceutical, academic, automotive, health, insurance and financial segments to identify how was its implementation, understand the profiles of learners (target audience), how m-learning is being applied, what difficulties are encountered, the results obtained and the investments to implement and maintain the m-learning projects. A great project of m-learning successfully implemented by a multinational company in the Brazilian corporate market was also reviewed.

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LISTA DE FIGURAS

Imagem 1 – Elementos que constituem as modalidades e-learning,

m-learning e u-learning...43

Imagem 2 – Evolução das tecnologias relacionadas à computação ubíqua...49

Imagem 3 Página web do questionário utilizado para a pesquisa quantitativa...57

Imagem 4 – Utilização de m-learning...59

Imagem 5 – Motivos para não utilizar m-learning...59

Imagem 6 – Início da utilização de m-learning...61

Imagem 7 – Idade dos alunos...62

Imagem 8 – Dispositivos móveis utilizados para estudar...63

Imagem 9 – Inibidor para implementar m-learning...64

Imagem 10 – Continuação do projeto m-learning...65

Imagem 11 – Investimento projetado...66

Imagem 12 – Tipos de cursos utilizados no projeto Escola do Varejo...69

Imagem 13 – Tablet utilizado no projeto Escola do Varejo...70

Imagem 14 Logomarca da Eluxcity...71

Imagem 15 – Ilustração do AVA Eluxcity...72

Imagem 16 – Ilustração do ambiente de acesso aos cursos...72

Imagem 17 Equipe para desenvolver os cursos m-learning...74

Imagem 18 – Tela do curso m-learning...78

Imagem 19 – Tela de Ajuda do curso m-learning...78

Imagem 20 – Tela interativa do curso m-learning...79

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipos de aprendizagem...17

Tabela 2 - Comparação das terminologias entre e-learning e m-learning...18

Tabela 3 - Evolução do ensino a distância...28

Tabela 4 - Gerações da Educação a Distância...31

Tabela 5 - Modelos de Educação a Distância...32

Tabela 6 - Benefícios e limitações do m-learning...40

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LISTA DE SIGLAS

ADDIE – Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation. AIA - Ambiente Informatizado de Aprendizagem.

AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem. EAD – Educação a Distância.

LDB - Lei de Diretrizes e Bases. LMS - Learning Management System. NUCC – Núcleo de Computação Científica. PDA - Personal Digital Assistants.

PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. SCORM - Sharable Content Object Reference Model. SGA - Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem. SMS - Short Message Service.

SWF - Shockwave Flash.

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação.

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SUMÁRIO

Resumo...i

Abstract...ii

Lista de Figuras...ii

Lista de Tabelas...iv

Lista de Siglas...v

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO...01

1.1 - Introdução...01

1.2 - Estado da arte...04

1.3 - Justificativa...08

1.4 - Objetivos...09

1.4.1. Objetivo Geral...09

1.4.2. Objetivos específicos...09

1.5 - Hipóteses...10

1.5.1 Hipótese primária...10

1.5.2 Hipóteses secundárias...10

1.6 - Fundamentação teórica...11

1.7 – Metodologia...13

CAPÍTULO 2 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO...15

2.1 - Introdução...15

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2.3 - TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação...24

2.4 - E-Learning– Educação virtual...29

2.5 - M-Learning– Educação com dispositivos móveis...36

2.6 - U-Learning– Educação em qualquer hora e local...41

2.7 - AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem...49

CAPÍTULO 3 UTILIZAÇÃO DE M-LEARNING NO MERCADO BRASILEIRO...56

3.1 – Introdução...56

3.2 - Metodologia de pesquisa...56

3.3 – Procedimento...57

3.4 - Resultados da pesquisa...58

3.4.1 Implementação...60

3.4.2 - Público-alvo...61

3.4.3 – Utilização...62

3.4.4 – Dificuldades...63

3.4.5 – Resultados...64

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CAPÍTULO 4 ANÁLISE DE PROJETO EM M-LEARNING...68

4.1 Introdução...68

4.2 - Projeto: Escola do Varejo...68

4.3 – Desenvolvimento...73

4.4 – Resultados...80

CAPÍTULO 5 CONCLUSÃO...82

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...86

APÊNDICES...95

Apêndice A...95

Apêndice B...107

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CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

Tudo começou no ano de 2001, quando iniciei meus estudos no curso de graduação em Tecnologia e Mídias Digitais na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Nessa época, aconteceu a popularização do acesso à internet com banda larga que substituiu a conexão discada da década anterior. A internet com banda larga possibilitou que as pessoas permanecessem mais tempo navegando, não somente acessando informações em textos e imagens, como também em vídeos, áudios e programas de computador. Também permitiu a interação entre pessoas com mais facilidade e rapidez. Desta forma, os cursos virtuais, que eram desenvolvidos e disponibilizados em disquete e logo depois em CD-ROM para os alunos estudarem, foram substituídos pela educação a distância por meio do computador com acesso à internet.

No primeiro ano do curso de graduação comecei a estagiar no Núcleo de Computação Científica (NuCC-Internet) da PUC-SP, onde me interessei pelas tecnologias educacionais. No terceiro ano do curso, especializei-me em educação a distância (EAD) e troquei de estágio para uma empresa especializada em desenvolvimento de e-learning para educação corporativa. A partir deste momento, meu trabalho profissional, cursos de aperfeiçoamento e formação acadêmica foram voltados à área de tecnologias para educação.

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Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e de pós-graduação lato-sensu em Design Instrucional para Cursos On-line pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Neste período, trabalhei em empresas de e-learning que são referências no mercado brasileiro, inicialmente como designer instrucional e depois como consultor para soluções educacionais em e-learning. No ano de 2007, fundei a empresa A+ Tecnologia Interativa que desenvolveu cursos on-line para clientes como Bradesco, Peugeot, CPFL, Pfizer, Ticket, Mitsubishi, Contax, Nestlé, Roche e Mapfre.

Após vários projetos implementados nas principais universidades corporativas do Brasil, comecei a desenvolver programas de computador para ensino-aprendizagem, como uma ferramenta de autoria de cursos virtuais, em que o próprio usuário pode desenvolver seus cursos em formato SWF (Adobe Flash) no padrão SCORM, além de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que possibilita diversos relatórios estatísticos sobre as interações dos alunos com outras pessoas conectadas e com os conteúdos disponibilizados no curso. No ano de 2010, a empresa TAEX - Tácito em Explícito foi criada como o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas e educacionais criativas, inovadoras e eficazes.

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videoconferência, m-learning e software de autoria para desenvolver cursos

on-line.

Com a experiência adquirida atuando no mercado de e-learning, na administração de empresas e em cursos acadêmicos concluídos na área de educação e tecnologia, pretendo pesquisar as iniciativas de m-learning no mercado brasileiro e identificar os métodos, as etapas, as implementações de soluções educacionais em dispositivos móveis para o ensino-aprendizagem on-line. Esta pesquisa poderá aperfeiçoar as práticas de m-learning já existentes e contribuir para desenvolver outras iniciativas na área de implementação e desenvolvimento de conteúdo multimídia para m-learning, à qual sua utilização traz benefícios significativos para a aprendizagem formal e informal.

Para a elaboração deste trabalho, além da revisão bibliográfica, foram realizados uma pesquisa exploratória e estudo de caso de sucesso relacionado a um projeto de m-learning no mercado brasileiro. A pesquisa foi realizada em universidades corporativas e acadêmicas, colégios de ensino fundamental e médio e setores de recursos humanos que são responsáveis pela capacitação dos funcionários de grandes empresas.

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1.2. Estado da arte

Atualmente, contamos com o acesso cada vez mais veloz às informações e notamos a relevância das novas tecnologias em contextos educacionais. Assim, devemos pensar em ações educativas que considerem as necessidades dos aprendizes numa sociedade insaciável por conhecimento e em constante mudança, em que o tradicional ensino presencial isoladamente já não supre as necessidades e não contribui para um processo de ensino-aprendizagem em sua totalidade.

Com a evolução constante das tecnologias de informação e comunicação (TIC), as formas de ensinar e aprender também se alteraram profundamente, colaborando para facilitar o acesso ao ensino por meio dos recursos tecnológicos.

Além dos cursos presenciais, hoje em dia é muito comum os alunos aprenderem por meio de cursos virtuais (e-learning) e mistos (blended-learning). A modalidade virtual vem ganhando espaço e conquistando adeptos pelas vantagens e benefícios que o e-learning propicia como redução de custos logísticos e administrativos, registro do acompanhamento detalhado da participação dos alunos, rápida atualização dos materiais e personalização dos conteúdos abordados.

Educação on-line é uma modalidade de educação a distância

realizada via internet, cuja comunicação ocorre de forma síncrona ou assíncrona. Tanto pode utilizar a internet para distribuir rapidamente as informações como pode fazer uso da interatividade propiciada pela internet para concretizar a interação entre as pessoas, cuja comunicação pode se dar de acordo com distintas modalidades comunicativas. (ALMEIDA, 2003, p. 332)

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o mercado de e-learning gerou receita de 1,4 bilhão de dólares. A previsão para 2016 é de 2,2 bilhões de dólares de faturamento, com taxa de 14,6% de crescimento anual. O país que mais cresce no segmento é o Brasil com 21,5% ao ano, seguido por Colômbia (18,69%) e Bolívia (17,8%).

A grande maioria dos cursos no formato e-learning utilizados atualmente foi desenvolvida para acesso via computador pessoal (desktop) que se limita a um lugar fixo, não sendo possível sua mobilidade com facilidade. Os diversos cursos e-learning utilizados por instituições de ensino e empresas não se adaptam aos dispositivos móveis. A maior parte deles foi desenvolvida com resolução de tela para monitores sem tecnologia touch screen (tela sensível ao toque) de computadores desktop com os padrões de resolução de tela em 800 por 600 ou 1024 por 769 pixels e com a tecnologia Flash da empresa Adobe Systems. Os dispositivos móveis mais utilizados como smartphones e tablets têm monitores menores com o recurso touch screen e não aceitam a tecnologia Flash. Portanto, os cursos e-learning desenvolvidos no mercado brasileiro são incompatíveis com os dispositivos móveis.

A expansão dos dispositivos móveis não para de crescer. Segundo os dados publicados pela empresa IDC (2014), o mercado de smartphones já apresenta crescimento de quase 30% em 2014. A expectativa da IDC é que o total de celulares disponíveis nas lojas ao longo de 2014 ultrapasse a marca de 1,2 bilhão.

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com os estudos publicados pela UNESCO (2013), existem no mundo mais de 3.200 milhões de usuários de dispositivos móveis, tornando esta modalidade de TIC a mais utilizada no planeta. LEMOS (2005) nos mostra que a popularização das tecnologias móveis sem fio tem contribuído para transformações no modo de produzir e ter acesso a informações, assim como para mudanças nas práticas sociais.

Existem muitos estudos que destacam as possibilidades e os benefícios da utilização das tecnologias móveis como smartphones, telefones celulares, e-readers e tablets para proporcionar e facilitar a aprendizagem em qualquer lugar e momento (Tarouco 2004; Traxter 2005; Valentim 2009). Conforme afirma Yamin (2004), a educação a distância começa a ingressar na chamada terceira onda tecnológica, denominada Mobile Learning, caracterizada pela mobilidade global do usuário, conectividade ubíqua, independência de dispositivo e ambiente computacional do usuário disponível em qualquer lugar, a qualquer tempo.

O m-learning é considerado um e-learning que utiliza dispositivos móveis permitindo o acesso à internet, à integração com outras tecnologias digitais, à mobilidade e à flexibilidade dos usuários que podem estar fisicamente e geograficamente distantes ou no mesmo lugar para estudar.

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De acordo com as Diretrizes para as Políticas de Aprendizagem Móvel (UNESCO, 2013), as tecnologias móveis estão presentes até mesmo em lugares onde escolas, livros e computares são escassos. Dentre as principais potencialidades oferecidas pelos dispositivos móveis para o ensino-aprendizagem, destacam-se a ampliação do acesso a recursos didáticos, a possibilidade de criação de comunidades de aprendizagem ativa, interativa e colaborativa, proporcionando um intercâmbio multicultural a partir da interconexão entre diferentes pessoas e culturas, potencializando a construção do conhecimento dentro e fora da sala de aula.

Neste contexto, o m-learning facilita o acesso aos recursos pedagógicos, atendendo as necessidades de aprendizagem imediatas com flexibilidade, interatividade e mobilidade. O m-learning é um segmento da educação a distância on-line com mobilidade para atender as necessidades de aprendizagem em qualquer hora e lugar.

Segundo Traxler (2009, p. 103), o m-learning algumas vezes é visto como uma extensão do e-learning (educação a distância baseada em internet), ou seja, como o e-learning realizado por meio de dispositivos móveis.

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dissertação de mestrado apresentar os dados coletados por meio de pesquisa exploratória, realizada com 25 instituições de diversos segmentos e de um estudo de caso de um projeto de m-learning implementado no mercado brasileiro com sucesso.

1.3. Justificativa

Com a rápida mudança que o mundo vive hoje, precisamos cada vez mais de novos conhecimentos e formas de aprendizagem. Utilizando novas tecnologias de informação e comunicação em dispositivos móveis, podemos adquirir novos conhecimentos e aprender em qualquer tempo e lugar.

A pesquisa proposta neste trabalho analisa as iniciativas do m-learning no mercado brasileiro de EAD on-line para identificar como as instituições de ensino e empresas de grande porte estão utilizando os recursos disponíveis na modalidade m-learning para o ensino-aprendizagem.

Atualmente, as instituições de ensino e as empresas disponibilizam aos seus aprendizes a modalidade e-learning para o processo de ensino-aprendizagem, porém o formato em que os cursos on-line foram desenvolvidos não se adequa aos dispositivos móveis por diversos fatores como tamanho da resolução da tela, linguagem de programação, usabilidade e interatividade.

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usuários. Segundo dados revelados pelo instituto, 2,5 bilhões de aparelhos serão colocados no mercado da seguinte forma: 1,9 bilhão de aparelhos portáteis e 600 mil desktops ou notebooks. A diferença é grande devido ao crescimento dos ultramobiles, que são os dispositivos móveis com telas grandes, que muitas vezes substituem os computadores pessoais para os usuários.

Analisando este contexto, pretendo neste projeto de pesquisa de mestrado identificar como o mercado brasileiro de EAD on-line está utilizando os recursos do m-learning.

1.4. Objetivos

1.4.1. Objetivo Geral

Pesquisar as iniciativas de m-learning no cenário brasileiro de educação on-line.

1.4.2. Objetivos específicos

 Definir o conceito de m-learning.

 Demostrar os resultados obtidos na pesquisa sobre a utilização de

m-learning no mercado brasileiro de EAD on-line.

 Analisar por meio de pesquisa bibliográfica as experiências de uso das

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 Analisar um projeto m-learning implementado com sucesso no mercado

corporativo brasileiro.

1.5. Hipóteses

1.5.1 Hipótese primária

As tecnologias de informação e comunicação disponíveis para m-learning potencializam os processos de ensino e de aprendizagem facilitando a construção do conhecimento dos aprendizes com os recursos da mobilidade.

1.5.2 Hipóteses secundárias

 A utilização de dispositivos móveis não para de crescer e,

consequentemente, a modalidade m-learning vai acompanhar essa expansão.

 O m-learning facilita o acesso aos recursos pedagógicos, atendendo as

necessidades de aprendizagem imediatas com flexibilidade, interatividade e mobilidade.

 A modalidade m-learning permite ao aprendiz estudar em qualquer hora

e local, o que possibilita a aprendizagem contínua.

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1.6. Fundamentação teórica

A sociedade contemporânea é altamente competitiva, dinâmica, veloz e tecnológica. Para acompanhar as mudanças da sociedade em que vivemos devemos estar constantemente aprendendo.

O advento das novas tecnologias de informação e comunicação modificou a organização da sociedade de maneira geral e ampliou os espaços de aprendizagem. Os alunos, paulatinamente, estão saindo das quatro paredes das salas de aula tradicionais e entrando no universo on-line, em que uma infinidade de portas e janelas se abre a cada clique do mouse (CASTELLS, 2007).

Como as mudanças acontecem com muita velocidade e dinamismo, o tempo para a aprendizagem está cada vez mais escasso. O tempo tornou-se um fator valioso. Parece que nunca temos prazo suficiente para estudar e realizar todas as atividades diárias. Acabamos realizando as atividades que nos parecem prioritárias, mas nos esquecemos de que a capacitação é primordial para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Para sanar os problemas de falta de estudo por causa de tempo, os dispositivos móveis têm um papel fundamental neste processo. O m-learning possibilita acesso às tecnologias de informação e comunicação em qualquer momento e lugar.

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não somente acessar recursos ou materiais como também capturar dados e realizar observações, e ainda carregar conteúdo de forma móvel e ubíqua. Tudo isso pode ser compartilhado em tempo real e também armazenado para análises posteriores (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).

Uma reflexão sobre a didática do m-learning é um mergulho na forma pela qual as características únicas e específicas deste devem ser aproveitadas para a construção do conhecimento. (VALENTIM, 2009, p. 51).

Na educação a tendência é que a adoção de estratégias e metodologias de ensino seja centrada nas necessidades dos consumidores, de forma que facilitem sua vida, que os orientem na resolução de seus problemas, que não os façam perder tempo e que, de preferência, estejam em todo lugar, possam ser acessadas de todo lugar, a qualquer hora (RICARDO, 2005).

Segundo Masetto, Moran e Behrens (2006):

O planejamento do processo de aprendizagem precisa ser feito em sua totalidade de tal forma que as várias atividades integrem-se em busca dos objetivos pretendidos e que as várias técnicas sejam escolhidas, planejadas e integradas de modo a colaborar para que as atividades sejam realizadas e a aprendizagem aconteça. (Masetto, Moran, Behrens, 2006, p.139)

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1.7. Metodologia

Esta dissertação visa identificar como o mercado brasileiro de educação on-line está utilizando os recursos de m-learning para o ensino-aprendizagem.

Para o desenvolvimento deste projeto de pesquisa foram implementadas algumas estratégias de investigação como levantamento de material bibliográfico, questionário para coletar dados quantitativos, análise dos recursos tecnológicos disponíveis para dispositivos móveis que podem ser utilizados para o ensino-aprendizagem e, também, o estudo de um caso de sucesso em m-learning.

A pesquisa de campo quantitativa foi realizada em faculdades, universidades corporativas, colégios de ensino fundamental e médio e setores de recursos humanos que são responsáveis pela capacitação dos funcionários de grandes empresas que atuam no mercado brasileiro.

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exploratória para identificar como a educação em dispositivos móveis está sendo empregada no mercado brasileiro de educação a distância.

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CAPÍTULO 2 TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

2.1. Introdução

Atualmente, com o desenvolvimento, a evolução e a propagação de novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), muitos estudos têm sido realizados sobre como as pessoas usam as tecnologias na educação como ferramentas de ensino-aprendizagem e o seu desenvolvimento e utilização na sociedade. Diversas instituições de ensino já utilizam tecnologias para a educação, como realidade virtual e aumentada, aplicativo para smartphone e tablet, game, lousa interativa, livro multimídia, etc. Na rápida evolução do uso das TIC na educação, podemos destacar o progresso das tecnologias móveis. Nesta era da mobilidade, as novas tecnologias se encontram em ampla evolução e parecem destinadas a se tornar o novo protótipo dominante da computação (Myers et al., 2003).

Além da evolução das TIC, a expansão e a acessibilidade da internet tornam possível a utilização de novos instrumentos e estratégias para apoiar a educação a distância (EAD), gerando novas possibilidades para o processo de ensino-aprendizagem. Com isso, as primeiras formas de EAD, como a educação por meio de correspondência, via rádio e televisão, foram trocadas pela EAD on-line, ou e-learning. Desta maneira, a EAD on-line proporcionou maiores possibilidades para essa forma de ensino pelo uso de novos instrumentos baseados na tecnologia da informação, compreendendo diferentes plataformas de hardware e software.

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e-learning com a utilização de dispositivos móveis tais como tablets, palmtops e smartphones. O uso desses recursos alterou a dinâmica da EAD e das estratégias e do empenho de alunos e professores nessa nova metodologia, permitindo o acesso síncrono ou assíncrono. Com esses novos recursos e ferramentas o e-learning pode abranger um público maior, formando com qualidade alunos de diversas regiões, que podem acessar os recursos disponíveis a qualquer momento, independentemente de onde estiverem.

O m-learning é uma área emergente da EAD. Para alguns autores (Laouris & Eteokleous, 2005; Sharples, 2006; Traxler, 2005, 2007) o e-learning está se transformando pela internet e pelo poder das tecnologias sem fio no m-learning. A ubiquidade dos dispositivos móveis tornou o m-learning um importante meio para fornecer educação e formação (Rheingold, 2003). Enquanto o e-learning mantém o foco no computador e no fornecimento de cursos on-line em casa e no local de trabalho, o m-learning tira proveito do poder ubíquo dos dispositivos móveis para possibilitar aprender em qualquer lugar e a qualquer hora.

Para Attewell (2008) o m-learning apresenta várias vantagens e benefícios essenciais, entre eles o suporte aos alunos para:

 Melhorar as competências de alfabetização e cálculo;

 Reconhecer as suas aptidões;

 Desenvolver experiências de aprendizagem individual e colaborativa;

 Identificar em que precisam de ajuda e apoio;

 Superar a exclusão digital;

 Realizar aprendizagem informal;

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 Aumentar a autoestima e a autoconfiança.

Outros autores consideram que o m-learning melhora o processo de ensino-aprendizagem ao aumentar o acesso à informação e ao apoiar diferentes tipos de aprendizagem (Naismith et al.,2004). Significativos avanços das tecnologias móveis estão tornando possível usá-las na aprendizagem formal, não formal e informal.

Tipos de aprendizagem

Aprendizagem Descrição

Formal

Acontece em instituições de ensino e de formação, é reconhecida por autoridades nacionais e conduz a diplomas e qualificações. A aprendizagem formal é estruturada de acordo com a organização educacional, como currículos, qualificações e exigências de ensino-aprendizagem.

Não formal

Adquirida em conjunto ou em alternativa com a aprendizagem formal. Ela geralmente ocorre fora da sala de aula, mas está sempre ligada a ações intencionais com assistência do professor e o

currículo organizado.

Informal

Ocorre na vida diária, na família, no trabalho, nas comunidades e através de interesses e atividades dos indivíduos. Em alguns casos, a aprendizagem experiencial é um termo usado para se referir à aprendizagem informal que se concentra em

aprender com a experiência.

Tabela 1 - Tipos de aprendizagem, UNESCO guidelines (2012).

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tecnologias móveis, podem fornecer aos alunos conteúdos a qualquer hora. Os alunos podem se beneficiar desses dispositivos para acessar conteúdos disciplinares quando necessário. Também facilita o processo de aprendizagem pela comodidade e rapidez de acesso à informação, por se tratar de um dispositivo pessoal com grande acolhimento e por estar sempre à mão. Apesar das vantagens apresentadas, esta abordagem educacional enfrenta ainda algumas dificuldades tecnológicas e debilidades para um uso generalizado em contexto educativo.

O quadro abaixo apresenta a comparação terminológica entre e-learning e m-learning, de acordo com Laouris & Eteokleous (2005).

E-Learning M-Learning

Computador Dispositivo móvel

Banda larga GPRS, 3G, Bluetooth

Multimídia Objetos

Interativo Espontâneo

Hiperligado Conectado

Colaborativo Em rede

Media-rich Leve

Educação a distância Aprendizagem situada

Formal Informal

Situação simulada Situação real

Hiperaprendizagem Construtivismo, Colaborativo

Tabela 2 - Comparação das terminologias entre e-learning e m-learning

(Laouris & Eteokleous, 2005).

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hoje em dia, ele é praticamente indispensável no dia a dia das pessoas. No entanto, apesar do celular existir há três décadas, ainda está sendo descoberto como ferramenta de aprendizagem.

A educação está passando por uma profunda mudança, um conjunto de transformações que conduzem a olhar para um futuro em que a relação ensino-aprendizagem se tornará um objeto de estudo, visando a evolução constante de conteúdos e valores para adaptar-se às novas tecnologias disponíveis para transmissão de conhecimento e construção da aprendizagem. Nos próximos tópicos deste capítulo, vamos discutir como essas tecnologias são aplicadas no m-learning.

2.2. Sociedade da Informação

Segundo Takahashi (2002), o termo “sociedade da informação” surgiu

na década de 70, principalmente nos países Japão e EUA, em estudos sobre a sociedade pós-industrial e suas principais características. Naquela época, percebeu-se que a informação estava ganhando maior importância em diversos setores como econômicos, sociais, culturais e políticos e o número de trabalhadores da área de informação, de serviços e de produtos inteligentes estava aumentando rapidamente.

A sociedade da informação iniciou-se em um mundo pós-moderno e informatizado, onde cada vez mais as informações estão disponíveis aos indivíduos por meio dos recursos tecnológicos decorrentes da evolução dos meios de comunicação em massa.

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aumento prodigioso de capacidade de memória e sua aplicação em todo e qualquer lugar, a partir da convergência e imbricação da computação e das telecomunicações. (GIANNASI, 1999, p.21)

Assmann (2000) afirma que “a mera disponibilização crescente da

informação não basta para caracterizar uma sociedade da informação. O mais importante é o desencadeamento de um vasto e continuado processo de

aprendizagem”.

De acordo com as informações contidas no Livro Verde (2000, p. 3), três fenômenos inter-relacionados estão na origem da sociedade de informação:

1) Convergência da base tecnológica, ou seja, a possibilidade de representar e processar a informação numa única forma, a digital;

2) Dinâmica da indústria, que diante de tal impulso tem proporcionado a queda nos preços dos computadores, tornando-os mais acessíveis às classes populares;

3) Explosão da internet, como consequência dos dois primeiros fenômenos.

A sociedade da informação é um acontecimento que ocorre no mundo inteiro. Sua evolução pode ser mais avançada em algumas regiões do que em outras e, através dela, percebe-se uma profunda mudança social e econômica, além de transmitir as informações por meio de diferentes ambientes e das ferramentas de informação e comunicação (TIC).

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A sociedade da informação, fenômeno característico do final deste milênio, baseia-se em um modelo de sociedade onde a informação encontra-se presente, de maneira intensa, na vida social dos povos de todos os países, independente do seu nível de desenvolvimento, tamanho, ou filosofia política, desempenhando um papel central na atividade econômica e na criação de riqueza. Porém, um dos mais importantes aspectos dessa realidade é a educação. (FURTADO, 2001, p.1)

Dantas (1998) explica que a sociedade da informação caracteriza uma etapa alcançada pelo desenvolvimento capitalista contemporâneo, no qual as atividades humanas determinantes para a vida econômica e social organizam-se em torno da produção, processamento e disorganizam-seminação da informação através das tecnologias eletrônicas.

As transformações ocorridas na sociedade da informação contribuíram para o crescimento global, reduzindo a distância entre as pessoas e aumentando a democratização do acesso à informação, facilitando a construção do conhecimento e consequentemente a capacitação da mão de obra especializada em diversas áreas.

Sem dúvida, a habilidade ou inabilidade de as sociedades dominarem a tecnologia e, em especial, aquelas tecnologias que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, traça seu destino a ponto de podermos dizer que, embora não determine a evolução histórica e a transformação social, a tecnologia (ou sua falta) incorpora a capacidade de transformação das sociedades, bem como os usos que as sociedades, sempre em um processo conflituoso, decidem dar ao seu potencial tecnológico. (CASTELLS, 2002, p.44)

Takahashi (2000, p. 5) cita que “a sociedade da informação não é um

modismo. Representa uma profunda mudança na organização da sociedade e da economia, havendo quem a considere um novo paradigma

técnico-econômico”.

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social estimulando o acesso à informação, à aprendizagem, à cultura e ao lazer.

A velocidade das alterações no campo das ciências, as novas possibilidades de acesso às informações e as reorganizações e reestruturação permanentes em todas as áreas do conhecimento – a partir do acesso e do uso das tecnologias de informação e comunicação – repercutem amplamente na sociedade. Estamos vivenciando um momento de transição social que se reflete em mudanças significativas na forma de pensar e de fazer educação. (Kenski, 2003, p. 91)

A educação é o elemento fundamental para a construção da sociedade da informação. Esta, por sua vez, necessita de educação continuada que

possibilite ao indivíduo inovar, ou seja, “é preciso competência para transformar

informação em conhecimento” (TAKAHASHI, 2000, p.46).

Para viver em um mundo baseado na informação, no conhecimento e no aprendizado, a educação se torna fundamental. Novas formas de pensar e de fazer educação são essenciais na sociedade da informação. O acesso rápido e fácil às informações e o disseminado uso das novas tecnologias de informação e comunicação condicionam à atualização de currículos, dos formatos de gestão e das metodologias utilizadas na prática educacional visando à construção do conhecimento.

De acordo com Takahashi, (2000):

Educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação afetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para ‘aprender a aprender’, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica. (Takahashi, 2000, p. 45)

(36)

tecnologias de informação no dia a dia das pessoas e no funcionamento e transformação da sociedade. Em âmbito geográfico, a penetrabilidade é medida principalmente pelo número de usuários da internet em uma determinada população.

Na sociedade da informação, a comunicação e a informação tendem a permear as atividades e os processos de decisão nas diferentes esferas da sociedade, incluindo a superestrutura política, o governo federal, estaduais e municipais, a cultura e as artes, a ciência e a tecnologia, a educação em todas as suas instâncias, a saúde, a indústria, as finanças, o comércio e a agricultura, a proteção do meio ambiente, as associações comunitárias, as sociedades profissionais, sindicatos, as manifestações populares, as minorias, as religiões, os esportes, lazer, hobbies, etc. A sociedade passa progressivamente a funcionar em rede. O fenômeno que melhor caracteriza esse novo funcionamento em rede é a convergência progressiva que ocorre entre produtores, intermediários e usuários em torno a recursos, produtos e serviços de informação afins. Os recursos, produtos e serviços de informação são identificados na Internet com o nome genérico de conteúdos. (MIRANDA, 2000, p. 66)

A internet e as TIC possibilitaram a qualquer pessoa acessar, produzir e modificar conteúdos e, de acordo com Miranda (2000), a sociedade atual caminhará em direção à sociedade da informação operando as redes de conteúdo, de forma individual e coletiva. Assim, podemos entender que na sociedade da informação os conteúdos são parte fundamental na gestão da informação, do conhecimento e do aprendizado.

(37)

desigualdades sociais, pois pode encurtar o distanciamento cognitivo entre os indivíduos, diminuindo as diferenças entre ricos e pobres.

2.3. TIC Tecnologias da Informação e Comunicação

Segundo Shaff (1990), as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) surgiram na década de 1970, mas somente após a década de 1990 foram incorporadas ao cotidiano das pessoas, sendo utilizadas de diversas maneiras e em vários ramos de atividades. A partir de 2005, com a assinatura do Decreto nº 5.622, as TIC foram incorporadas à definição de EAD que se caracteriza como:

[...] modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

Após o ano de 2005, as TIC surgiram com muita rapidez e provocaram diversas mudanças, provavelmente, em todas as áreas do conhecimento. Elas se difundiram e atualmente estão presentes no cotidiano de muitas pessoas que utilizam seus benefícios para se comunicar, publicar conteúdo, interagir com outras pessoas e acessar diversos materiais por meio da internet. Seus recursos diminuem a distância e conectam as pessoas. De acordo com

Formiga (2009), “os novos modelos de aprendizagem utilizam intensamente as

TIC e coincidem com a inovação em todos os níveis da vida humana”.

As TIC, segundo Costa (2005), podem ser definidas como “um conjunto

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processamento da informação”. Para Ramos (2008), as TIC possuem três

áreas de aplicação:

1) Computador: desempenha cálculos e operações lógicas com facilidade, rapidez e fiabilidade;

2) Comunicação: ocorre transmissão e recepção de informação;

3) Controle/automação: consiste em mecanismos, processos e equipamentos industriais.

Em sistemas de EAD on-line as TIC são muito utilizadas, principalmente em m-learning, que possui uma infinidade de aplicativos disponíveis para download. Para usufruir seus benefícios, os alunos e principalmente os professores precisam conhecer um pouco as TIC para aproveitar seus recursos. Para Pozo (2008), os principais desafios na EAD consistem na competência para converter a informação em conhecimento. Para isso, é necessário modificar a concepção de ensino e desenvolver novos caminhos,

“muito além de uma simples mudança de tecnologias e de comunicação e

informação” (Ibid., p. 2). Outro importante desafio apresentado pelo autor é

“colocar a maneira presencial de aprender em interação com a maneira de

aprender a distância [...], já que as TIC [...] estão mais presentes na vida das

pessoas [...] e isto é um fato incontestável” (Ibid., p. 13).

A evolução das tecnologias de informação e comunicação trouxeram mudanças significativas tanto no tratamento quanto na disseminação da informação. Seu uso proporciona cada vez mais a facilidade de disseminação das informações, tornando possível integrar usuários da rede e novas fontes, possibilitando, assim, a geração de novos conhecimentos. (MIRANDA et al, 2006, p.13)

(39)

e professores de um curso, visando facilitar a construção coletiva da aprendizagem. Segundo Mendonça (2013), a EAD depende significativamente das TIC para encurtar as diferenças de tempo e espaço.Já para Perry, Timm e Ferreira (2006), os desafios da gestão na EAD on-line consistem em compreender adequadamente a oposição que existe entre a transmissão e a construção de conhecimento. Isso pode auxiliar para o desenvolvimento de estratégias didáticas e pedagógicas condizentes com a educação a distância utilizando as TIC adequadamente.

As TIC estão largamente disseminadas no cotidiano das pessoas, impulsionadas pela interação entre indivíduos de diferentes regiões do mundo. Porém, a realidade é que elas ainda não foram incorporadas o bastante nos sistemas educacionais. A EAD que é promovida com sua utilização muitas vezes reproduz na prática o modelo de transmissão unilateral, adotado pelo ensino presencial em que o professor é o centro das atenções e detentor único do conhecimento.

A disposição interativa permite ao usuário ser ator e autor, fazendo da comunicação não apenas o trabalho da emissão, mas cocriação da própria mensagem e da comunicação. Permite a participação entendida como troca de ações, controle sobre acontecimentos e modificação de conteúdo. O usuário pode ouvir, ver, ler, gravar, vol-tar, ir adiante, selecionar, tratar e enviar qualquer tipo de mensagem para qualquer lugar. Em suma, a interatividade permite ultrapassar a condição de espectador passivo para a condição de sujeito operativo. (SILVA, 2010)

(40)

configuram-se como elementos norteadores da aprendizagem, potencializando

a integração entre os sujeitos envolvidos e o conhecimento desejado”.

A EAD on-line e consequentemente o m-learning dependem das TIC para democratizar o acesso às informações, facilitar o relacionamento entre os alunos e professores, diminuir o espaço físico e a barreira temporal. Segundo Moran (2004), existe um antes e um depois das TIC na EAD:

[...] antes o professor só se preocupava: com o aluno em sala de aula. Agora, continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria e a prática). Antes o professor se restringia: ao espaço da sala de aula. Agora precisa aprender a gerenciar também atividades a distância, visitas técnicas, orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem. (Moran,2004, p. 3)

Neste sentido, nos estudos realizados por Levy (1999), as novas TIC e a internet transformaram metodologicamente a educação da sociedade contemporânea. Elas possibilitaram à organização social uma maior liberdade, em que o sincronismo e tempo real substituíram o espaço e a interconexão substituiu praticamente a questão do tempo. Para Barbosa (2012), as TIC trouxeram novo sentido à EAD, por meio de trocas sociais na proposta pedagógica.

Como afirma Corrêa (2005), “[...] afinal, mais que artefatos, os recursos

tecnológicos podem e devem contribuir para a melhoria do indivíduo, neste caso, em especial, para o processo ensino-aprendizagem da sociedade

contemporânea”. Deste modo, as TIC são o elo fundamental para educação a

(41)

devemos potencializar o uso dos recursos das TIC para enriquecer e promover o processo de ensino-aprendizagem como já vem acontecendo há três gerações.

Veja no quadro abaixo como aconteceu a transformação no processo de ensino-aprendizagem em EAD através das gerações.

1ª Geração: textual 2ª Geração: analógica 3ª Geração: digital

Livro

Apostila

Revista

Artigo em anais

Carta (correio tradicional)

Imagem (foto, desenho, etc.)

Jogos Televisão Vídeo Rádio Telefone Fax

Áudio (fita K7, etc.)

Hipertexto

Multimídia, CD-Rom

Software educacional

Editor (texto, imagem, etc.)

Realidade virtual

Simulador

Correio-eletrônico – e-mail

Lista de discussão – chat, bate-papo

Videoconferência

Jogos

Tabela 3 – Evolução do ensino a distância - Pimentel (1999 apud CAMPOS, 2007, p.13).

Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho e a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagens são capturados por uma informática cada vez mais avançada. (LÉVY, 1998, p. 7)

(42)

contribuir para que exista de fato uma transformação radical no processo de ensino-aprendizagem na EAD on-line. Portanto, as TIC devem ser bem utilizadas pelos alunos e docentes para enriquecer o processo educacional e não para substituir a didática do professor.

2.4. E-Learning– Educação virtual

A definição de e-learning ouensino eletrônico, segundo Rosenberg (2008), é o uso de tecnologias da internet para criar e proporcionar um rico ambiente de aprendizado que inclui uma gama extensa de recursos e de soluções instrucionais e informacionais, cujo objetivo é melhorar o desempenho individual e organizacional.

Neste sentido, o e-learning pode ser considerado uma modalidade de educação a distância (EAD) on-line. O autor apresenta os três critérios fundamentais em que a modalidade e-learning está baseada:

1. Transmissão em rede, que possibilita atualização instantânea, arquivamento, distribuição e compartilhamento de instruções e informações;

2. Disponibilização via computador, utilizando os padrões de tecnologia da internet;

3. Foco em uma visão ampla de aprendizado, soluções que vão além dos paradigmas tradicionais de treinamento.

(43)

isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação (BRASIL, 1998, p. 1).

Para Filatro (2004), a educação on-line é uma ação sistemática de uso de tecnologias, abrangendo hipertexto e redes de comunicação interativa, para distribuição de conteúdo educacional e promoção da aprendizagem, sem limitação de tempo e lugar. Sua principal caraterística é a mediação tecnológica pela conexão em rede. A autora ressalta que é importante diferenciar a educação on-line da educação a distância (EAD), que supõe a separação espacial e temporal entre professor e aluno. A maior parte da comunicação entre professor e aluno é indireta, mediada por recursos tecnológicos, mas não depende exclusivamente da comunicação on-line, como, por exemplo, a tradição do ensino por correspondência baseado apenas em mídia impressa. Filatro também nos ajuda a distinguir a educação on-line do chamado e-learning (electronic e-learning):

[...] cuja mediação eletrônica pode ou não incluir conexão em rede. Um exemplo de e-learning off-line são os pacotes multimídia

configurados para uso individual e independente de conexão em rede. A melhor educação on-line é a que faz uso das potencialidades

da internet, seguindo a lógica das redes hipertextuais e interativas: livre exploração de recursos, conexão um-a-um, um-a-muitos, muitos-a-muitos, metamorfose dinâmica e descentralização de inteligência e de recursos. (Filatro, 2004, p. 48)

Na EAD on-line, utilizando os recursos das TIC que os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) oferecem, é possível interagir com outros alunos e professores e colaborar para a construção da aprendizagem por meio de processos de comunicação síncronos e assíncronos.

Segundo Pimentel e Santos (2003),

O e-learning é a forma de entregar conteúdos via todo tipo de mídia

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eletrônicas e CD-Rom, visando o treinamento baseado em computador e na Web. (Pimentel e Santos, 2003, p. 02)

Com base nas pesquisas realizadas e nas definições apresentadas acima, o e-learning, ou a EAD on-line, é o uso de tecnologias digitais de informação e comunicação para o processo de ensino-aprendizagem que pode ser utilizado nas modalidades presencial ou virtual, independentemente do modelo pedagógico adotado.

Para ter sucesso em um projeto e-elarning, é importante escolher corretamente as tecnologias de suporte e a forma de disponibilização. A definição da modalidade deve ser definida em função das características, das necessidades e dos objetivos específicos de cada curso. Neste sentido, segundo Silva (2010), é essencial que o projeto educacional do curso on-line considere as potencialidades do hipertexto, da interatividade e da simulação nestes novos espaços do saber. Potencialidades estas que não são excludentes entre si e que não são conceitos emergentes da cibercultura, mas são por ela potencializados.

Foi a partir do século XIX, com a evolução dos meios tecnológicos, que cursos a distância passaram a ser oferecidos. Os pesquisadores Moore e Kearsley (1996), apresentam um histórico da EAD subdivido em três gerações, conforme apresentado no quadro abaixo:

Gerações da Educação a Distância

Geração Período Características

1ª Até 1970 Estudo por correspondência, no qual o principal meio de

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2ª 1970 Surgem as primeiras universidades abertas, utilizando, além do

material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio, fitas de

áudio e vídeo, com interação por telefone, satélite e TV a cabo.

3ª 1990 É a geração baseada em redes de computadores e estações de

trabalho multimídia.

Tabela 4 - Fonte: adaptado de Moore e Kearsley (1996).

De acordo com Taylor (2003), a evolução da educação a distância pode ser estruturada em cinco gerações: (1) Modelo Correspondência baseado na tecnologia impressa; (2) Modelo Multimídia, baseado nas tecnologias impressa, áudio e vídeo; (3) Modelo Teleducação, baseado em tecnologias de telecomunicações que proporcionam oportunidades para a comunicação síncrona; (4) Modelo de Aprendizagem Flexível, baseado na entrega on-line via internet; (5) Modelo Inteligente de Aprendizagem Flexível, que começa a surgir a partir da geração anterior, buscando maximizar a utilização de recursos da internet e da web.

A tabela abaixo mostra algumas características de cada tecnologia utilizada nas cinco gerações, incluindo a flexibilidade, a interatividade e um indicador relacionado com a variação do custo variável em função do aumento do volume de atividades.

Modelos de Educação a Distância – Uma Estrutura Conceitual

Modelos de Educação a Distância e Tecnologias Associadas.

Características da Tecnologia

Flexibilidade Materiais

Sofistica-dos Alta Intertivi-dade Custo Institucio-nal

Tempo Espaço Ritmo

1ª Geração

Modelo Correspondência

(46)

2ª Geração Modelo Multimídia

 Impresso

 Fita cassete

 Fita de vídeo

 Aprendizagem através do computador

 Vídeo interativo

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não Não Não Não 3ª Geração Modelo Teleducação

 Teleconferência com áudio

 Videoconferência

 Comunicação através de imagem e áudio

 Programação de TV, rádio e teleconferência Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não 4ª Geração

Modelo de Aprendizagem Flexível

 Multimídia interativa on-line

 Acesso aos recursos da internet

 Comunicação baseada por computador Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não 5ª Geração

Modelo Inteligente de Aprendizagem Flexível

 Multimídia interativa on-line

 Acesso aos recursos da internet

 Comunicação baseada por computador, utilizando sistemas de resposta automática

 Acesso aos processos e recursos institucionais através do portal da universidade Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Tabela 5 - Fonte: TAYLOR (2003, p. 3).

(47)

profissional é chamado de “conteudista”), mas também de profissionais da área

de instrução/educação on-line (designer instrucional), que organizam os materiais de acordo com os objetivos educacionais, as tecnologias e a teorias de aprendizagem utilizadas no curso virtual.

Na elaboração de cursos on-line, é fundamental a composição de uma equipe multidisciplinar com profissionais especializados que atuam em três áreas: design instrucional, design gráfico e programação, como o designer instrucional, o conteudista, o designer gráfico, o programador, o tutor, entre outros. Com a equipe de produção do curso virtual adequada, podemos desenvolver materiais eficazes para o processo de ensino-aprendizagem e também de suporte e acompanhamento das atividades propostas pelo professor, visando a construção do aprendizado dos alunos.

Os benefícios de um curso on-line eficaz que respeita o estilo de aprendizagem dos alunos são muitos. Para Rosenberg (2002, p. 27-28) os benefícios do e-learning (alguns com foco no ambiente corporativo) são:

• Diminui os custos: minimiza custos com viagens, diminui o tempo para

treinamento, reduz a necessidade de infraestrutura;

• Melhora o nível de resposta do negócio: possibilita a comunicação ilimitada de

pessoas virtualmente e simultaneamente;

• Mensagens consistentes ou customizadas, dependendo da necessidade: as

pessoas recebem o mesmo conteúdo, apresentado da mesma forma. Além disso, os programas podem ser customizados de acordo com as necessidades das diferentes audiências;

(48)

• Aprender 24 horas por dia e 7 dias por semana: acesso de qualquer lugar em

qualquer horário;

• Usuários familiarizados com internet não terão dificuldades para acessar o

curso;

• Universalidade: aproveitamento dos protocolos e browsers da Internet, que

são universais;

• Construção de comunidades: a internet permite construir comunidades para

compartilhar conhecimentos e insights após o curso;

• Escala: possibilidade de aumentar o número de alunos com um pequeno

esforço e custo incremental;

• Aproveita investimentos realizados com as intranets corporativas;

• Aumento do serviço ao cliente: o e-learning pode ajudar o consumidor a tirar

maior proveito do site da organização.

(49)

2.5. M-Learning – Educação com dispositivos móveis

Atualmente a maioria dos jovens e adultos possui smartphones e, segundo Ferreira (2009), o uso dos celulares para fins pedagógicos possibilita o desenvolvimento de competências na utilização de conteúdos digitais e na realização de tarefas colaborativas, necessárias na era digital.

A utilização dos dispositivos móveis pelos aprendizes é um caminho sem volta, portanto as instituições de ensino e universidades corporativas devem criar oportunidades para utilizar estes dispositivos em prol das suas práticas de ensino e aprendizagem. Segundo o relatório Panorama Tecnológico NMC 2014 das Universidades Brasileiras publicado pela Horizon Report, as instituições brasileiras de ensino estão adotando aplicativos em seus currículos e modificando sites, materiais educacionais, recursos e ferramentas para que eles estejam otimizados para dispositivos móveis.

A origem do conceito mobile learning (m-learning), ou da aprendizagem móvel, foi em junho de 1999. De acordo com Bulcão (2009):

[...] ministros da educação de 29 países que então compunham a Comunidade Europeia firmaram a Declaração de Bolonha. Esse documento estabeleceu dois conceitos que nortearam as ações da Comunidade Europeia, no sentido de facilitar a integração nos aspectos educacionais. O primeiro conceito foi a necessidade de estabelecer critérios e parâmetros para que os sistemas educacionais dos países da Comunidade permitissem a mobilidade dos cidadãos a fim de facilitar o reconhecimento de seus diplomas em todo o território europeu. O segundo conceito permitia o deslocamento de estudantes para aprendizagem e treinamento, e também de professores e burocratas. Foram esses dois parâmetros que deram origem ao conceito de mobile learning (m-learning) - literalmente, -

aprendizagem móvel, ou aprendizagem em movimento. (Bulcão, 2009, pág. 81)

(50)

estavam focadas em tecnologias, relacionando esta modalidade à aprendizagem com o uso de dispositivos móveis. Conforme a evolução do m-learning no ambiente acadêmico e corporativo, muitas práticas distintas passaram a ser relacionadas a essa modalidade de ensino-aprendizagem.

Podemos citar algumas práticas como: o e-learning portátil, que por meio de dispositivos móveis facilita o acesso a um ambiente virtual de aprendizagem que já existe; a aprendizagem em sala de aula apoiada por tecnologias móveis e sem fio para o aluno não ficar restrito a um notebook ou outra mobilidade restrita; treinamento de pessoas em movimento, que facilita o ensino e aprendizagem de pessoas trabalhando.

De acordo com Moura (2008), m-learning é um termo didático-pedagógico que define como ocorre o processo de ensino e aprendizagem mediado pelo uso de dispositivos móveis, tendo como principal característica a portabilidade dos dispositivos e a mobilidade dos aprendizes.

Moura (2010) cita como uma das características do m-learning o aproveitamento dos dispositivos que os aprendizes já utilizam e que, por considerarem fáceis de usar, levam para todos os lugares e usam em todos os momentos, em diversas situações.

(51)

Podemos considerar os benefícios da tecnologia móvel também no ensino presencial, visto que algumas universidades exigem que os novos alunos possuam um notebook para o melhor acompanhamento das aulas, e outras privadas que, no momento da matrícula, entregam um notebook ao aluno, segundo Saccol e Barbosa (2010).

A intenção dessas universidades citadas é não limitar os alunos a um espaço fixo ou formal de aprendizagem, como a sala de aula, pois na medida em que se deslocam, os alunos têm acesso a elementos que podem enriquecer a sua aprendizagem em contato com seu próprio mundo. Assim, afirma Saccol e Barbosa (2010), “um vasto conjunto de recursos digitais pode

ser vinculado a diferentes espaços físicos e eventos de forma sincronizada,

potencializando a aprendizagem”.

Com o uso de tecnologias móveis, os alunos enriquecem o processo de ensino-aprendizagem, pois podem, além de acessar conteúdos, realizar observações, gerar e compartilhar conteúdo de forma móvel e em tempo real. Além disso, tem a possibilidade de registrar para consultas futuras, seja num ambiente formal ou informal de aprendizagem.

Com tantas atividades relacionadas à aprendizagem com mobilidade, Saccol e Barbosa (2010) apontam ser um equívoco afirmar que o m-learning seja mera extensão do e-learning, podendo os dispositivos móveis também ser utilizados como suporte para potencializar a aprendizagem presencial (por exemplo, estudo ou capacitação e treinamento em campo, em que professores e colegas estão presentes fisicamente).

(52)

aprendizes já haviam utilizado o telefone celular para atividades pedagógicas e, destes, 100% considerava positiva a utilização, reconhecendo a sua potencialidade como ferramenta de aprendizagem.

Como constatado por Moura (2008), acreditamos que os aprendizes compreenderam que o dispositivo móvel diminui as barreiras da sala de aula e a aprendizagem pode ocorrer a todo momento.

Saccol e Barbosa (2010) reforçam a importância de caracterizar o m-learning por aquilo que o diferencia do e-learning, como possibilitar aprendizagem no local, no horário e condições que o aluno considerar melhor, manter a continuidade e conectividade enquanto está em movimento, ter melhor aproveitamento do tempo e espaço, aprendendo de forma espontânea e conforme suas necessidades e interesses.

Ressaltam, ainda, a importância do conceito de mobilidade adicionado à aprendizagem e que se desdobra em diferentes tipos de mobilidade:

● Mobilidade física: enquanto se deslocam, as pessoas aproveitam a

oportunidade para aprender, seja na fila do banco ou no transporte.

● Mobilidade tecnológica: diversos dispositivos móveis podem ser

utilizados pela pessoa que está em movimento, como um smartphone ou tablet.

● Mobilidade conceitual: quando estamos em movimento, encontramos

oportunidades e novas necessidades de aprendizagem.

● Mobilidade sociointeracional: em movimento, interagimos com diversos

grupos sociais ao utilizar tecnologias como o smartphone.

● Mobilidade temporal: com as novas tecnologias é possível aprender em

(53)

lacunas durante o dia e aprender nos intervalos de outras atividades, sendo uma vantagem aproveitar os tempos ociosos. Em contrapartida, é comprovado que realizar diversas atividades simultaneamente pode gerar sobrecarga.

Segundo Saccol e Barbosa (2010), o m-learning, além dos benefícios já descritos, também apresenta alguns percalços, como a limitação de tempo e conteúdo das atividades de aprendizagem, a instabilidade que a tecnologia móvel pode apresentar e a habilidade que todos os atores envolvidos no processo devem ter para utilização das TIMS.

Benefícios e limitações do m-learning

Benefícios Limitações

 Flexibilidade (aprendizagem em

qualquer local e horário)  O tempo de duração das atividades de aprendizagem e a quantidade de conteúdo (quando essas forem dirigidas) podem ser limitados.

 Aprendizagem situada (em qualquer lugar) estimula a exploração de diferentes ambientes e recursos e aumenta a sensação de “liberdade de movimento” por parte dos aprendizes.

 Barreiras ergonômicas dos

dispositivos móveis limitam o uso de determinados recursos (ex.: texto).

 Aprendizagem centrada no aprendiz, personalizada. Pode colaborar para uma maior autonomia do indivíduo.

 Deve-se ter cuidado para manter relacionamento e colaboração com outros aprendizes ou facilitadores, instrutores, professores, etc., evitando o isolamento.

 Rapidez no acesso a informação e interação (em tempo real em qualquer local).

 Interações rápidas e superficiais

podem trazer prejuízos a

necessidade de aprendizagem

elaboradas e também a atividades que demandam colaboração de forma intensiva.

 Aproveitamento em “tempos mortos” para atividades educacionais.

 A atenção do aprendiz pode ser

prejudicada devido a outras

atividades ou estímulos ambientais paralelos (ex.: barulho, interrupções, etc.), lembrando que na sociedade atual em que vivemos, cada vez mais existem menos “tempos mortos” disponíveis.

 Aproveitamento de tecnologias largamente difundidas na sociedade (ex.: celular) como ferramentas

Imagem

Tabela 1 - Tipos de aprendizagem, UNESCO guidelines (2012).
Tabela 2 - Comparação das terminologias entre e-learning e m-learning   (Laouris & Eteokleous, 2005).
Tabela 3 – Evolução do ensino a distância - Pimentel (1999 apud CAMPOS, 2007, p.13).
Tabela 4 - Fonte: adaptado de Moore e Kearsley (1996).
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