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Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade: o caso de estudo da perceção da fileira da vinha

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Academic year: 2021

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(1)27. Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade: o caso de "012!,!-"/ "ýé,!Ɯ)"&/!3&+% CRISTINA BRANQUINHO 1 , VÂNIA PROENÇA 2 , FILIPA GRILO 1 , IDALINA DIAS SARDINHA 3 , MARGARIDA LIMA FARIA 4 , JOSÉ CARLOS FRANCO 5 , RUI FIGUEIRA 6 , MARIA MANUEL ROMEIRAS 7 , FILIPA MONTEIRO 1 , LUÍS F. GOULÃO 7 , MARGARIDA SANTOS-REIS 1 1. cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa.. 2. MARETEC, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa. 3. SOCIUS, ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa. 4. Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. 5. CEF, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. 6. CEABN/InBIO, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. 7. LEAF, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. Introdução. lação de pragas e doenças no fornecimento de bens do ecossistema, como alimentos, combusOs serviços dos ecossistemas são os benefícios 1ģ3") " Ɯ/0ǽ 01 )00" &+ )2& &+! , )&* "  proporcionados pelos ecossistemas que contriregulação de catástrofes. Os serviços de aprovibuem para tornar a vida humana possível e abransionamento manifestam-se em bens e benefícios $"*,0"+"#ģ &,01+$ģ3"&0"&+1+$ģ3"&0ǽțǾ que se obtêm dos ecossistemas, como alimentos 2014). Há três classes de serviços de ecossistema: "Ɯ/0Ǿ*!"&/,2&,*00+é,Ȓ)"+%,0Ǿ"ç$2 suporte e manutenção, de rios, lagos e aquíferos. As funções dos ecossistemas são aprovisionamento e cultuOs serviços culturais têm mais estáveis ao longo do tempo, em rais (Haines-Young e Potsorigem em locais onde os ecossistemas com níveis relativamente chin, 2011). Os serviços de seres humanos interagem elevados de biodiversidade. Em termos suporte e manutenção são "+1/" 0& " ,*  +12/"7Ǿ gerais, a análise de resultados de parte das estruturas, proem espécies ou habitats vários estudos sugere que o nível cessos e funções que caracicónicos ou carismáticos, e e a estabilidade dos serviços dos 1"/&7*,0" ,00&01"*0ǽ0 no conhecimento obtido a ecossistemas tende a melhorar com serviços de regulação são -/1&/!+12/"7ǽ o aumento da biodiversidade. A "51/"**"+1" !&3"/0&Ɯ dos e incluem os impac- biodiversidade é assim uma componente A biodiversidade – a varie1,0 ! -,)&+&7ýé, " /"$2chave dos ecossistemas multifuncionais. dade e variabilidade dos.

(2) 28 ͛ͬͨͩͭ͛ͨ͟͟͝͞͞Ͷͦͣͭͪͬͩͭͪͮͣ͟͟͟Ͱ͛ CULTIVAR. N.º 8. JUNHO 2017. 0&$+&Ɯ  .2"Ǿ -/ )ć* ! 02 #2+ýé, -/&*ç/&Ǿ organismos vivos e dos complexos ecológicos (i.e. ,+1/&2& 1*ć* -/ !"Ɯ+&/  -&0$"*Ǿ -/"0"/ecossistemas) que formam – está na base do funvar e gerir de forma sustentável os recursos natucionamento de todos os ecossistemas e, por conserais, incluindo a biodiversidade, e contribuir para guinte, está na base do fornecimento dos serviços a viabilidade socioeconómica de áreas rurais. Os dos ecossistemas. Todos os processos ecológicos ecossistemas agrícolas fornecem bens alimentares, são o produto e dependem da variedade e das bioenergia e outras matérias-primas para a indúsinterações entre diferentes grupos de organismos. tria e são essenciais para o bem-estar humano. As funções dos ecossistemas são mais estáveis ao 01"0 !"-"+!"* !,0 0"/3&ý,0 !,0 " ,00&01"*0 longo do tempo, em ecossistemas com níveis rela1&3*"+1" ")"3!,0 !" &,!&3"/0&!!" ț Ǿ #,/+" &!,0-")0ç/"0+12/&0Ǿ&+ )2&+!,-,)&+&7ǗǕǖǙȜǽ * 1"/*,0 $"/&0Ǿ  +ç)&0" !" /"02)1!,0 ção, controle biológico de pragas, manutenção da estrutura do solo e fertilidade, serviços de reciclade vários estudos sugere que o nível e a estabiligem de nutrientes e de água, etc. As avaliações predade dos serviços dos ecossistemas tende a melholiminares indicam que o valor (económico, social rar com o aumento da biodiversidade (Cardinale et e ecológico) destes servial., 2012). A biodiversidade Os ecossistemas agrícolas … dependem ços dos ecossistemas para é assim uma componente dos serviços dos ecossistemas fornecidos a agricultura é enorme e, chave dos ecossistemas pelas áreas naturais, incluindo *2&103"7"0Ǿ02"01&*!,ǽ multifuncionais. -,)&+&7ýé,Ǿ ,+1/,)"&,)Ń$& ,!" Os agroecossistemas tampragas, manutenção da estrutura do ć* -/,!27"* 2* 3/&"A relação entre os serviços dos ecossistemas e a bio- solo e fertilidade, serviços de reciclagem dade de serviços dos ecossistemas, como a regulação diversidade tem sido avade nutrientes e de água, etc. As da qualidade do solo e da liada, não apenas em teravaliações preliminares indicam que água, sequestro de carmos de espécies, mas o valor (económico, social e ecológico) bono, suporte à biodivertambém de genótipos, destes serviços dos ecossistemas para populações e grupos fun$/& 2)12/ć"+,/*""Ǿ*2&103"7"0Ǿ sidade e serviços culturais ț,4"/ǾǗǕǖǕȜǽ"-"+!"+!, &,+&0 țģ7 et al., 2006). subestimado. das práticas de gestão, a A diversidade funcional é a agricultura pode também ser fonte de inúmeros diversidade de atributos (i.e., características morfo&*- 1"0 +"$1&3,0 +, " ,00&01"* .2" /"!27"* )Ń$& 0ǾƜ0&,)Ń$& 0,2 ,*-,/1*"+1&0!0"0-ć 02 - &!!" !" -/,!27&/ 0"/3&ý,0 !" " ,0&"0Ȝ " "01 &+Ɲ2"+ & , #2+ &,+*"+1, !, " ,0sistema incluindo a perda de habitat, erosão dos sistema direta e indiretamente, o que em conjunto solos, emissões de gases com efeito de estufa, etc. determina os padrões de distribuição de espécies. Os trade-offs que podem ocorrer entre os serviços A diversidade funcional é uma das componentes de aprovisionamento e outros serviços de ecosmais importantes da biodiversidade que afeta os sistema devem ser avaliados a diferentes escalas 0"/3&ý,0 !,0 " ,00&01"*0 ț!" ")), et al., 2010). A espaciais e temporais e ainda através da capacianálise de atributos funcionais tem sido muito útil dade de restauro desses serviços. +&!"+1&Ɯ ýé,!")&$ýŅ"0"0-" ģƜ 0"+1/""0-ć&"0 " -/, "00,0 !,0 " ,00&01"*0 "Ǿ -,/ 02 3"7Ǿ Os serviços de ecossistema prestados pela biodientre os processos do ecossistema e a prestação de versidade, como a reciclagem de nutrientes, reguserviços dos ecossistemas (Lavorel, 2013). )ýé,!"-/$0"-,)&+&7ýé,Ǿ0201"+1*-/,!2tividade agrícola. A preservação da biodiversidade O valor da agricultura como setor multifuncional a " !0 -&0$"+0 !&3"/0&Ɯ !0 !, 1"//&1Ń/&, "2/,nível social, ambiental, patrimonial e económico.

(3) Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade. peu mantém-se uma componente incontornável e está entre os grandes objetivos da PAC pós-2020. A sustentabilidade da produção agrícola e a segurança alimentar e nutricional dependem da exploração sustentável dos parentes silvestres das espécies cultivadas, variedades autóctones, espécies +"$)&$"+ &!0 ,2 0221&)&7!0 " !, 20, ! &,diversidade local. Acresce o facto de que as alterações globais, tais como as alterações climáticas, têm o potencial de provocar grandes impactos nas #2+ýŅ"0Ȓ %3"Ǿ ,*, ,0 0"/3&ý,0 !" -,)&+&7ýé, e controle de pragas. Promover o funcionamento saudável dos ecossistemas garante a resiliência !$/& 2)12/Ǿæ*"!&!.2""010"&+1"+0&Ɯ !" forma a assegurar a crescente produção de alimentos. Por outro lado, a biodiversidade total de um ecossistema tem implicações diretas na produtivi!!" $/,Ɲ,/"01) -"), --") .2" *2&10 "0-ć &"0 !"0"*-"+%*Ǿ 1&0 ,*, *,!&Ɯ ýé, !0 -/,priedades do solo, distribuição de espécies disper0,/0 !" 0"*"+1"0Ǿ -,)&+&7!,/"0 " ,21/,0 25&)&res, distribuição e controlo biológico de pragas e doenças, ou presença de espécies invasoras. A biodiversidade existente nas explorações e na paisa$"* "+3,)3"+1" &+Ɲ2"+ &  /"0&)&Ĉ+ &  #1,/"0 !" -/"00é, " -,!" 1*ć* 0"/ 20! "* "/1&Ɯcação e como indicador de práticas sustentáveis e 0ů!" *&"+1)Ǿ 1/7"+!, 3),/ 0, &," ,+Ń*& ,ǽ "01#,/*Ǿ,$/+!"!"0Ɯ,ć-/,*,3"/&,!&versidade associada à agricultura – agrobiodiversidade – que irá reforçar a resiliência dos ecossistemas e mitigar alguns dos impactos que impedem os agroecossistemas de fornecer mais bens e serviços. &+ ,/-,/ýé,!"-/&+ ģ-&,0 &"+1ģƜ ,000, &!,0 à ecologia nas práticas agrícolas, tais como a agricultura de conservação, ou a gestão integrada de -/$0Ǿ *,01/,2 .2"  &+1"+0&Ɯ ýé, ! -/,!2ýé, pode ser melhorada através da gestão sustentável !,0 " ,00&01"*0 " ! 21&)&7ýé, !,0 0"/3&ý,0 !,0 ecossistemas em benefício da agricultura. A agrobiodiversidade engloba a variedade e variabilidade de animais, plantas e microrganismos necessários para suportar as principais funções do agroe-. Caixa 1 – A agrobiodiversidade associada aos precursores silvestres de plantas cultivadas As espécies selvagens ou precursores silvestres de plantas cultivadas (CWR) têm, frequentemente, resistência a fatores bióticos e abióticos e potencial para contribuir para a melhoria da segurança alimentar (Vincent et alǽǾ ǗǕǖǘȜǽ  / 1"/&7ýé, !" 0 &+"5-),/!,0 ć 2* ç/" &"+1ģƜ  "*  "+tuado desenvolvimento, pois estas espécies selvagens representam um importante reservatório de recursos genéticos para o melhoramento de cultivares (Romeiras et alǽǾ ǗǕǖǛȜǽ "+1/, !, Ȋ ,10-,1 !  & "!&1"//è+"ȋǾ ,/12$) -/"0"+1 2* ")"3! !&3"/0&!!" "+1/" ,0  ț")) et al., 2007): segundo o inventário Nacional de Recurso Genéti,0ț3"//"%*et alǽǗǕǕǝȜǾ#,/*&!"+1&Ɯ !,0ǗǘǖǞ taxa, dos quais 97,5% são CWR, sendo 6,1% espécies endémicas. "Ɯ/Ȓ0"Ǿ  1ģ12), !" "5"*-),Ǿ .2" ,0  "01é, adaptados a condições climáticas extremas, como é o caso de áreas costeiras fortemente expostas e 0" 0 ,2 7,+0 !" ")"3! 0)&+&!!" ț,+1"&/, et alǽǾǗǕǖǘȜǽ00&*Ǿ"5-),/ýé,!/&.2"7"+ "//! neste germoplasma constitui a base para a aplicação !"!&/"1/&7"0.2"-,&*,-)+"*"+1,! ,+0"/vação da biodiversidade, assim contribuindo para o progresso da preservação do ambiente e dos recur0,0+12/&0-/#7"/# "æ0)1"/ýŅ"0 )&*ç1& 0ǽ O conhecimento da diversidade dos recursos genéticos ligados a características adaptativas, como a secura ou salinidade, permitirá garantir que num futuro próximo seja feita uma gestão sustentável dos /" 2/0,0+12/&0+ &,+&0Ǿ/"!27&+!,!"01"*,!, vulnerabilidade das culturas agrícolas face às alterações climáticas.. cossistema, incluindo a sua estrutura e processos que apoiam a produção de alimentos e a segurança alimentar (FAO, 1999). A agrobiodiversidade -,!"0"/!"Ɯ+&!-/1&/!00"$2&+1"01&-,),$&0ǿ i) variedades de culturas, raças de gado, espécies de peixes e recursos não domesticados (selvagens), incluindo produtos de árvores, animais selvagens caçados para alimentos e em ecossistemas aquá1& ,0 ț-,/ "5"*-),Ǿ -"&5"0 0")3$"+0ȜȀ &&Ȝ "0-ć-. 29.

(4) 30 ͛ͬͨͩͭ͛ͨ͟͟͝͞͞Ͷͦͣͭͪͬͩͭͪͮͣ͟͟͟Ͱ͛ CULTIVAR. N.º 8. JUNHO 2017. cies não cultivadas que apoiam a produção agrí,)Ǿ &+ )2&+!, *& /,&,10 !" 0,),Ǿ -,)&+&7!,/"0 e outros insetos, como abelhas, borboletas, minho0Ǿ*,0 0Ǿ"1 ǽȀ"&&&Ȝ"0-ć &"0+é, 2)1&3!0-/"0"+1"0+*1/&7*&"+1)Ǿ.2"#,/**2*"01/2tura e paisagem que apoia os ecossistemas de produção de alimentos (funcionando como habitat !""0-ć &"025&)&/"0Ǿ ,*,7,+0!"/"*"!&ýé, de alguns impactes da agricultura, etc.).. Caixa 2 – Exemplo de agrobiodiversidade de espécies não cultivadas A regulação de populações de pragas agrícolas constitui um dos serviços de ecossistema com particu)/ /")"3è+ & +, è*&1, ! -/,1"ýé, Ɯ1,00+&1ç/& !0 2)12/0ǽ 01" 0"/3&ý, "01ç !"-"+!"+1" ! existência de adequada biodiversidade funcional, +, &+1"/&,/ " + 3&7&+%+ý !0 "5-),/ýŅ"0 $/ģ ,las, que garanta os recursos necessários à conservação das comunidades de inimigos naturais das pragas, nomeadamente parasitoides, predadores e patogénicos, responsáveis pela sua limitação natural (Franco et alǽ ǗǕǕǛȀ "$$ et al., 2016). A valoração da limitação natural de pragas possibilita uma melhor perceção da importância que este serviço de ecossistema tem na sustentabilidade dos sistemas agrícolas. No entanto, são relativamente escassos os estudos sobre esta temática. Referem-se seguida*"+1")$2+0"5"*-),0ǽ*1"/*,0$),&0Ǿ,3),/ deste serviço foi avaliado em 417 dólares por hec1/" ț,01+7 et alǽǾ ǖǞǞǜȜǽ ,0"6 ǔ 2$%+ țǗǕǕǛȜ estimaram que o valor da limitação natural das pra$0 !0 2)12/0Ǿ +,0 Ǿ ,//"0-,+!&  ǙǾǚ *&) milhões de dólares anuais. Segundo Naranjo et al. (2015), o custo evitado em tratamentos inseticidas, devido à limitação natural, varia entre 0 e 2 202 dólares por hectare, em função dos sistemas culturais. * "012!, /" "+1"Ǿ /")&7!, + )+!/"0 țć)$& ȜǾ em pomares de pereira, em produção biológica, estimou que para o setor, na região, o valor da limitação natural das populações de psila, Cacopsylla pyri L. (Hemiptera: Psyllidae), resultante da ação de três espécies de insetos predadores, representava cerca !"ǖǛǾǛ*&)%Ņ"0!""2/,0ț+&")0et al., 2017).. Contudo, para que os agricultores e os stakeholders "+3,)3&!,0 + !"& !" 3),/ !" !&#"/"+1"0 Ɯ)"&ras agrícolas possam usar a agrobiodiversidade de forma a potenciar os serviços de ecossistema, tem que haver conhecimento sobre a biodiversidade, as suas diferentes tipologias, as funções que exercem e como a podem usar em seu benefício. O conhecimento que os agricultores e outros stakeholders da cadeia de valor agroalimentar têm da biodiver0&!!" !" #,/* !&/"1 ,2 &+!&/"1 ć &+! &+02Ɯciente (Jackson et alǾ ǗǕǕǜȜǽ * -/1& 2)/Ǿ ć )&*&tado o conhecimento do efeito combinado das funções ecológicas e societais na agrobiodiversidade, assim como não está claro qual a sua contribuição para a produção de bens e serviços do ecossistema e o seu valor para a sociedade em geral. Por último, será importante saber quais as opções de gestão das práticas agrícolas mais sustentáveis .2" ,1&*&7*  ,+0"/3ýé, ! &,!&3"/0&!!"  diferentes escalas (Jackson et al., 2007). O conhecimento sobre a biodiversidade é uma limitação desta abordagem e requer, na sua base, informação sobre a ocorrência das espécies biológicas. 01&+#,/*ýé,1"*0&!,!"0!"0"*-/" ,*-&)!Ǿ Caixa 3 – A importância da agrobiodiversidade da matriz envolvente Os benefícios gerados pela agrobiodiversidade atuam a diferentes escalas. Por exemplo, enquanto a regulação da fertilidade do solo, feita por minho0",21/,0,/$+&0*,0!,0,),Ǿ"+"Ɯ &-/,!2ção agrícola no local, a retenção de sedimentos feita pela vegetação a montante contribui para a manutenção da qualidade da água a jusante, ou a manu1"+ýé, !" +ů )",0 ,* Ɲ,/"0 -/ 1/&/ -,)&+&7!,/"0+2* *-,$/ģ ,)Ǿ"+"Ɯ &1,!00ç/"0 circundantes dentro do raio de movimentação dos -,)&+&7!,/"0ǽ 00&*Ǿ  $"01é, ! $/,&,!&3"/0&dade deve ser pensada a diferentes escalas, sabendo que os benefícios usufruídos numa vinha, pomar ou campo de cultivo, dependem das práticas de gestão agrícola à escala da parcela e da propriedade, e também das opções de gestão da paisagem..

(5) Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade. embora de modo sistemático apenas nos últimos 1/Ĉ0 0ć 2),0Ǿ 1/3ć0 !" "012!,0 &"+1ģƜ ,0 " ,)"ções biológicas. Mais recentemente, as iniciativas !" &Ĉ+ & &!!éǾ *2&10 3"7"0 + 0".2Ĉ+ & ! 1&3&!!" !0 0, &"!!"0 &"+1ģƜ 0 " 00, &ýŅ"0 +12/)&010Ǿ!é,7,æ ,*-&)ýé,!"$/+!"03,)2*"0 !" !!,0ǽ 01 &+#,/*ýé, -,!" !"-,&0 0"/ !&0-,+&&)&7!!"#,/*)&3/""$/12&11/3ć0!" várias bases de dados entre elas o Global Biodiversity Information Facility ( 

(6) ȜǾ,/$+&7ýé,&+1"/$,vernamental onde Portugal participa desde a sua criação, em 2001..  0,!""012!,!-"/ "ýé,!Ɯ)"&/! vinha Foi objetivo deste artigo enquadrar os serviços dos ecossistemas na agricultura e como podem ser promovidos por via do conhecimento e gestão da agrobiodiversidade e, ainda, apresentar um caso de estudo prático que envolveu a consulta de diferentes stakeholders de um setor da agricultura muito dinâmico, como é o da vinha e do vinho, para conhecer as suas perceções sobre agrobiodiversidade e como esta pode contribuir para a promoção dos serviços dos ecossistemas e assim da sustentabilidade do setor.  Ɯ)"&/ !, 3&+%, " ! 3&+% 1"* ")"3!, &*- 1, económico, representando um dos produtos portugueses com maior taxa de exportação. Além disso, ć 2* Ɯ)"&/ .2" $/"$ 3),/"0 2)12/&0 " 0, &&0 reconhecidos, nomeadamente os associados à cultura alimentar regional e a formas de ecoturismo %,'" "* "5-+0é,ǽ , -,+1, !" 3&01 ! -/,1"ýé, *&"+1)ǾƜ)"&/ ,+1"* /"0 "+!, ,*-/,!2ýé,"**,!,&,)Ń$& ," ,*21&)&7ýé,!"&+0trumentos de avaliação da sustentabilidade pelas "*-/"00 ! Ɯ)"&/ țǾ ǗǕǖǜȜǽ Y 00&* 2* 0"1,/ 020 "1ģ3")!"0"/!"0Ɯ!,+,#212/,"*ç/"0.2" se podem relacionar com a agrobiodiversidade, por exemplo, na criação de sistemas de produção inovadores e sustentáveis, no aumento da produção com "/1&Ɯ ýé,&,)Ń$& Ǿ+!&*&+2&ýé,!-"$!!". /,+, !0 020 1&3&!!"0Ǿ "1 ǽ 01" -,!"/ç 0"/ um setor onde as empresas que aplicam princípios e práticas de gestão da sustentabilidade, por exemplo,  /,12)$"* "0-" ģƜ  " /"0-"1&3,0 !"0"*-"+%,0 socioambientais reconhecidos pelo setor, venham "+"Ɯ &/!"2**"/ !,!"&+3"01&!,/"0" ,+sumidores potencialmente mais responsável (Mas et alǽǗǕǖǛȀ"))"/0ǗǕǖǛȜǽ"01" 0,!""012!,Ǿ "+1/çmo-nos numa seleção de stakeholders!Ɯ)"&/! vinha e do vinho, proveniente de regiões vinícolas ,* &+Ɲ2Ĉ+ & $", )&*1,)Ń$&  ,*-/ç3") ț&0,")"!,"',")"+1"',Ȝ"&+!+2**1/&7 " ,)Ń$&  0"*")%+1" ț0&01"* $/,Ɲ,/"01) !, ,+1!,ȜǾ -/ %,*,$"+"&7/ , ,+1"51, *&"+1) " 00&* +2)/  &+Ɲ2Ĉ+ & .2" "01" 1"* 0,/" a produção de bens e serviços em interação com  &,!&3"/0&!!" ț*)" " /2 ("/Ǿ ǗǕǕǜȀ /3&0 et alǽǾǗǕǕǛȜǽ)ć*!&00,Ǿ,,+1!,ć.2)&Ɯ !,ț&+to-Correia et alǽǾ ǗǕǖǖȜ ,*, 9/" $/ģ ,) !" )"vado Valor Natural, onde a conservação da biodiversidade tem um valor acrescido.. Metodologia Metodologia dos focus-groups 01" 1/)%, #,& "#"12!, +, ,+1"51, !, -/,'"1, de capacitação Agrotraining – Comprovar o uso do GBIF em agrobiodiversidade através da avaliação de necessidades e formação. Interessa, por isso, promover o conhecimento dos stakeholders sobre o. 

(7) ",-,1"+ &).2"&01,/"-/"0"+1-/$"01é, sustentável da atividade agrícola, o que passa também por conhecer quais as necessidades e requisitos destes stakeholders. Para isso a sua seleção 0"$2&2 2* *"1,!,),$& !" "01/1&Ɯ ýé, "* 1/Ĉ0 1"$,/&0ǿ &Ȝ -/,!21,/"0Ȁ &&Ȝ /"$2)!,/"0ȜȀ &&&Ȝ &+3"01&$!,/"0ǽ1&)&7,2Ȓ0"2**,01/+é,Ȓ-/,&)ģ0tica, por conveniência, característica da metodologia de focus-groups. Foram convidadas a participar *&0 !" ǖǕǕ &+!&3ģ!2,0ȡ"+1&!!"0Ǿ 1"+!, ,+Ɯ/mado a sua participação 30 e participado efetivamente 24. A seleção dos produtores cingiu-se às /"$&Ņ"0 3&+ģ ,)0 !, )"+1"',Ǿ &5, )"+1"',Ǿ "7ģ-. 31.

(8) 32 ͛ͬͨͩͭ͛ͨ͟͟͝͞͞Ͷͦͣͭͪͬͩͭͪͮͣ͟͟͟Ͱ͛ CULTIVAR. N.º 8. JUNHO 2017. ria do Tejo, Alto Alentejo, Alentejo Central. A seleção dos outros grupos (reguladores e investigadores) foi feita à escala nacional. Na consulta aos stakeholders, foram analisadas as suas representações de agrobiodiversidade, incluindo as suas com-,+"+1"0Ǿ "  #,/* ,*, .2")0 &+Ɲ2"+ &* " 0é,&+Ɲ2"+ &!0-")-/,!2ýé,3&1&3&+ģ ,)ǽ. Análise aos serviços de ecossistema e às suas relações com a biodiversidade 2/+1",0focus-groups, envolvendo os três grupos de stakeholders (produtores, reguladores e investi$!,/"0ȜǾ-/, 2/,2Ȓ0"0"/.2)02!"Ɯ+&ýé,!" agrobiodiversidade, e quais as componentes desta que cada grupo associa à vitivinicultura. Foram analisados os discursos dos participantes durante a discussão nos focus-group0Ǿ1"+!,Ȓ0"&!"+1&Ɯ !, todos os elementos relativos a serviços dos ecos0&01"*0ǽ 00"0 ")"*"+1,0 #,/* )00&Ɯ !,0 "* diferentes tipologias de serviço, tendo sido quan1&Ɯ !, , +ů*"/, !" /"#"/Ĉ+ &0  ! 1&-,),$& ț-"+0 0" ,+1&)&7,2  -/&*"&/ 3"7 .2" , 0"/viço era referido numa sequência de discurso ou interação entre participantes para evitar duplicação de contagem). Para cada um dos três “tipos” de biodiversidade relacionados com a vinha – espécies cultivadas, espécies auxiliares, elementos da *1/&7"+3,)3"+1"æ3&+%ȔǾ#,/*&!"+1&Ɯ !,0,0 elementos que os participantes consideraram mais &*-,/1+1"0ǽ " 0"$2&!Ǿ 1/3ć0 ! +ç)&0" !0 1/+0 /&ýŅ"0Ǿ-/, "!"2Ȓ0"2* 1"$,/&7ýé,!"0ses elementos de acordo com os serviços de ecossistema por eles prestados (tendo sido considerados apenas os três mais relevantes).. Resultados e discussão !"Ɯ+&ýé,!"$/,&,!&3"/0&!!"-/-/,!21,res, reguladores e investigadores  !"Ɯ+&ýé, !" $/,&,!&3"/0&!!" 3/&,2 "+1/" ,0 três grupos: a dos produtores distinguiu-se das !"*&0 -") /"#"/Ĉ+ & .2" #7"* , 1"//&1Ń/&, + &+1"/ýé, ,**1/&7"+3,)3"+1"Ǿ1"+!,,0&01"*. agrícola como referência (“espécies que partilham 2* !!, "0-ý,ȋȀ Ȋ+2* !"1"/*&+!, "0-ý, ć  .2+1&!!"!&3"/0!""0-ć &"0ȋȀȊ0&01"*$/ģ ,) e sua envolvente”). Referem, ainda, a existência de uma interação sistémica entre a variedade de espécies e o seu aproveitamento na produção agrícola. "01" $/2-,Ǿ %ç &+! 2* /"#"/Ĉ+ & æ 21&)&7ýé, !$/,&,!&3"/0&!!"-/,1&*&7ýé,!0-/ç1& 0 $/ģ ,)0Ǿ+,0"+1&!,!023),/&7ýé," ,+Ń*& ǽ " ,+%" "*.2"%ç%,'"2*3),/&7ýé,!$/,biodiversidade por parte do consumidor, à qual o produtor tenta dar resposta. 0 /"$2)!,/"0Ǿ , !"Ɯ+&/"* $/,&,!&3"/0&!!"Ǿ também a associam a um ecossistema agrícola e sua envolvente, ainda que de forma mais abstrata. /1Ȓ0"Ǿ -,/ &00,Ǿ !" 2* !"Ɯ+&ýé, *&0 1"Ń/& Ǿ na qual sobressai a variedade de espécies agrícolas (variedades faunísticas e botânicas) e a sua interação com o meio. A ideia de diversidade é neste caso mais inclusiva, admitindo as diversidades de habitats, de relações ecológicas, relacionadas com outras práticas agrícolas e outras atividades produtivas (silvícolas e pecuárias). Assim, para além de mais &+ )20&3Ǿ  02 !"Ɯ+&ýé, &+ )2& 2* ,*-,+"+1" relacional, integrando a atividade humana e social. 0&+3"01&$!,/"0!"Ɯ+&/*$/,&,!&3"/0&!!"0"* qualquer referência territorial ou social. Referem a diversidade genética das videiras de castas e dentro de cada casta (diversidade intravarietal). Referem ainda a diversidade de espécies com potencial -/&+Ɲ2"+ &/-/,!2ýé,Ǿ-/,!27&+!,0"/3&ý,0!" " ,00&01"*-/$/& 2)12/ǽ"3")*!&Ɯ 2)!!" "* ,+0&!"//*1/&7"+3,)3"+1" ,*,$/,&,!&3"/0&!!"Ǿ!!02#, )&7ýé,"*0-"1,0*2&1, "0-" ģƜ ,0!1&3&!!"3&1&3&+ģ ,)ǽ * 02*Ǿ ,0 -/,!21,/"0 "+.2!/*  $/,&,diversidade na sua atividade agrícola, dentro da cadeia de valor (desde a produção ao consumo) e numa envolvente territorial, no seu espaço agrícola. Os reguladores têm uma visão espacial sobre a agrobiodiversidade mais focada no ecossistema.

(9) Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade. e nas suas funções ecológicas e socioeconómicas, /"Ɲ"1&+!,3&0é,*&0/+$"+1"!021&3&!!" reguladora e normativa. Os investigadores centram a agrobiodiversidade numa dimensão espacial limitada ao gene e à casta, num quadro funcional espeģƜ , 3&1&3&+ģ ,)Ǿ !"03),/&7+!, *&0 0 ,21/0 duas componentes. Assim, podemos concluir que  !"Ɯ+&ýé, !" $/,&,!&3"/0&!!" 3/&,2 "+1/" ,0 três grupos, de acordo com dimensões espaciais ou socioeconómicas, emergindo a essência da sua própria atividade.. Componentes de agrobiodiversidade no setor vitivinícola Os resultados mostram que todos os grupos (produtores, reguladores e investigadores) reconhecem a diversidade genética, de clones, castas, e variedades, como uma componente importante da agrobiodiversidade nos sistemas vitivinícolas, e todos reconhecem o papel da agrobiodiversidade + /"$2)ýé, !, -/, "00, -/,!21&3,ǽ * -/1& 2)/Ǿ 1,!,0 ,0 $/2-,0 #7"* /"#"/Ĉ+ &  #2+ýŅ"0 !" regulação da fertilidade e estrutura do solo, de controlo biológico (e impactos de pragas), e de manutenção de habitats para espécies de controlo biológico. Os resultados sugerem ainda diferenças entre os três grupos (Figura 1). Os produtores deram par1& 2)/1"+ýé,,--")/"$2)!,/!*1/&7"+3,)vente como habitat para espécies de controlo biológico, mas também espécies de pragas. Referem 3ç/&,0 "5"*-),0 !" "0-ć &"0 .2" #7"* ,+1/,), biológico, como as joaninhas, as aves de rapina, árvores de fruto para atrair estorninhos e afastá-los da vinha, e vegetação natural para evitar o esta")" &*"+1, !" &+30,/0ǽ 0 %&110 ! *1/&7 0é, 1*ć* 3),/&7!,0 -,/ )"/$/"* "0-ć &"0 0")3$"+0 -/ Ɯ+0 !" ,+0"/3ýé, ! &,!&3"/0&!!"ǽ 01" $/2-, 1*ć* /" ,+%" "2 , 3),/ 2)tural da agrobiodiversidade. O grupo dos regulado/"0,/!,2&$2)*"+1"2*)".2"!&3"/0&Ɯ !,!" componentes de agrobiodiversidade que podem ser associadas a serviços de ecossistema tendo, no entanto, apresentado um discurso mais distribuído entre serviços de produção, regulação e culturais.. Figura 1: Identificação dos serviços dos ecossistemas (serviços de aprovisionamento a verde, serviços de regulação a azul, serviços culturais a laranja/castanho) associados à agrobiodiversidade percecionados por 3 grupos de stakeholders (produtores, reguladores e investigadores) da fileira da vinha e do vinho. A área atribuída a cada serviço representa a sua importância relativa, quantificada a partir do número de vezes que foi referido durante o período de discussão do focusgroup (sem duplicações de contagem).. 33.

(10) 34 ͛ͬͨͩͭ͛ͨ͟͟͝͞͞Ͷͦͣͭͪͬͩͭͪͮͣ͟͟͟Ͱ͛ CULTIVAR. N.º 8. JUNHO 2017. Salientam-se as referências de serviços de ecossistema. Os resultados mostram que todos os ao valor da agrobiodiversiOs investigadores não refegrupos (produtores, reguladores e dade para efeitos de ecorem os serviços culturais, investigadores) reconhecem a diversidade turismo, para a produção e centrando-se sobretudo em genética, de clones, castas, e variedades, -2/&Ɯ ýé,!"ç$2Ǿ"/"$2aspetos associados à divercomo uma componente importante lação da estrutura do solo. sidade genética. Foram o da agrobiodiversidade nos sistemas Os investigadores focaram ů+& ,$/2-,!Ɯ)"&//"#"vitivinícolas, e todos reconhecem o papel o seu discurso na comporir a provisão de alimento da agrobiodiversidade na regulação do nente de diversidade genécomo um serviço de ecostica, de regulação de pragas sistema. Sugere-se que os processo produtivo. e de regulação da fertilioutros grupos têm obviadade do solo, tendo sido omissos no que respeita mente conhecimento deste facto, mas não o referia elementos da agrobiodiversidade com valor culram diretamente, eventualmente por ser um dado tural. $/+1&!,ǽ * $"/)Ǿ ,0 0"/3&ý,0 2)12/&0 ! $/,biodiversidade parecem estar mais associados às Tipologias de agrobiodiversidade e os serviços "0-ć &"0 2)1&3!0Ǿ-,/"010"01/"**2&103"7"0 de ecossistema por elas proporcionados associadas ao património regional ou local e isso Os resultados da Tabela 1 mostram que há uma "01/Ǿ-,/023"7Ǿ00, &!,æ&!"+1&Ɯ ýé,"&+!&grande variedade de elementos de biodiversidade vidualidade dos locais onde ocorrem. Os serviços auxiliar referida principalmente por parte dos regude aprovisionamento estão em geral mais relacioladores e produtores como associados à produção nados com as espécies cultivadas, e são os regulaTabela 1: Relação entre os elementos da biodiversidade, tanto cultivada como auxiliar à produção, ou da matriz envolvente à vinha, e os serviços de ecossistema por eles proporcionados, segundo cada focus-group (FG): P=Produtores; R=Reguladores e ONGs; I=Investigadores. Optou-se por apresentar apenas até três SE mencionados por cada FG para os elementos da biodiversidade por eles referidos * Foi referido por um FG como sendo biodiversidade auxiliar **Apesar de se tratar de espécies cultivadas, foi referido no sentido de haver policulturas na matriz envolvente.

(11) Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade. dores que mais referem estes tipos de agrobiodiver0&!!" 2)1&3!ǽ "01" 1/)%,Ǿ -,!"*,0 /"#"/&/ que em geral a biodiversidade auxiliar e a biodiver0&!!"!*1/&7"+3,)3"+1"+é,#,/*00, &!0 a serviços de aprovisionamento, nem a serviços cul12/&0ǽ "/&Ɯ ,2Ȓ0" .2"  &,!&3"/0&!!" ! *1/&7 envolvente se encontra sobretudo associada a vários serviços de regulação e suporte. Nesse caso, estes elementos estão a funcionar como uma biodiversidade auxiliar, mas que devido à não espe&Ɯ &!!" " æ !&01è+ & ! -/,-/&"!!" 0é, 3&01,0 pelos vários stakeholders como agrobiodiversidade !*1/&7"+3,)3"+1"ǽ. , )&7ýé, ! ,/&$"* " -/"01ýé, !,0 "+0 " serviços de ecossistema Na consulta que foi feita aos stakeholders do setor 3&1&3&+ģ ,)Ǿ&!"+1&Ɯ /*Ȓ0"3ç/&,00"/3&ý,0"*.2" a área de origem do serviço e a área de benefício +é, 0é, ,&+ &!"+1"0ǽ 0 "5"*-),0 &!"+1&Ɯ !,0 demonstram que os serviços de ecossistema que suportam a produção na vinha dependem das práticas de gestão à escala da vinha, como por exemplo, práticas de gestão do solo que afetam a estrutura e biodiversidade do solo, de opções de gestão da propriedade (i.e., sistema agrícola), como a Tabela 2: Áreas de origem de serviços dos ecossistemas desses serviços. Exemplos para a vinha. manutenção de policultura que pode contribuir para o controlo de pragas na vinha, e de opções de gestão da paisagem envolvente, como a gestão da cobertura de vegetação para regular a qualidade da água, ou a manutenção de habitats para espécies auxiliares à produção (Tabela 2).. Recomendações e futuras direções Propõe-se que, no âmbito da agrobiodiversidade e dos serviços de ecossistema, se passe de uma abordagem de diversidade taxonómica a uma abordagem de diversidade funcional. Uma mais intensa interação entre os conhecimentos de ecologia e os ,+%" &*"+1,0$/,+Ń*& ,0-"/*&1&/ç21&)&7ýé, dos atributos da agrobiodiversidade. Isso ajudará à criação de modelos mais preditivos de serviços de ecossistema e da forma como estes variam com as práticas agrícolas e o contexto ambiental (Wood et al., 2015). Ajudará ainda a desenvolver estratégias que possam ser implementadas pelos agricultores na gestão dos sistemas agrícolas, para fornecer múltiplos serviços de ecossistema e gerir os possíveis trade-offs existentes entre serviços. Propõe-se uma abordagem baseada em atributos, que deve medir mudanças nos valores dos atributos funcionais em gradiene áreas que beneficiam tes ambientais e sob diferentes cenários de gestão, bem como em níveis variá3"&0!" ,*-)"5&!!"ǽ010 abordagens baseiam-se em atributos das espécies que determinam a sua resposta e o seu impacto no meio ambiente. Por isso, é crucial o desenvolvimento e a !&0-,+&&)&7ýé, !" 0"0 de dados de espécies e dos seus atributos, para depois se poder prever de forma quantitativa os serviços de ecossistema, sabendo que espécies estão presen-. 35.

(12) 36 ͛ͬͨͩͭ͛ͨ͟͟͝͞͞Ͷͦͣͭͪͬͩͭͪͮͣ͟͟͟Ͱ͛ CULTIVAR. N.º 8. JUNHO 2017. 1"0ǽ00,/!$"*!"/"0,)2ýé,Ɯ+$"//ç2* compreensão mais mecanicista da agrobiodiversidade que pode ser usada para projetar estratégias de gestão necessárias para uma abordagem susten1ç3") !, $/," ,0&01"*ǽ "01" ,+1"51,Ǿ , 

(13)  ć uma base de dados que dá acesso a dados primários de biodiversidade, incluindo, entre outras informações, o nome da espécie, o local e data de ocor/Ĉ+ &ǽ01&+#,/*ýé,ć"00"+ &)-/3)&ýé, da agrobiodiversidade de uma região.. mento dos aquíferos ou a regulação climática. Se 2* !"Ɯ+&ýé, 0"! + ,+1&)&!!" #,/ -)&cada de forma muito estrita, existe o risco de que a avaliação dos serviços dos ecossistemas possa ser tendenciosa em direção a serviços que sejam facil*"+1".2+1&Ɯ ç3"&0ǽ,"+1+1,Ǿ*2&103"7"0Ǿ0é, os serviços de regulação aqueles que se podem tor+/*&0 /ģ1& ,0-/,"*Ȓ"01/%2*+,țǾ 2014). Assim, é necessário um maior investimento no desenvolvimento de metodologias, incluindo *,!")ýé,Ǿ-/.2+1&Ɯ /,00"/3&ý,0!"" ,00&0A gestão dos agroecossistemas deve ser feita a tema gerados numa dada área, considerando quer diferentes escalas, não só para potenciar o conas características biofísicas e ecológicas do sistributo que os processos ecológicos e as espé1"*Ǿ .2"/ 0 -/ç1& 0 !" $"01é,ǽ * 3"7 .2" ,0 cies podem ter na produserviços dos ecossistemas A gestão dos agroecossistemas deve ser ýé, $/ģ ,)Ǿ /"!27&+!, , 0é, !"Ɯ+&!,0 "* 1"/*,0 feita a diferentes escalas, não só para recurso a inputs externos, de benefícios para as pespotenciar o contributo que os processos como agroquímicos, e ressoas, deve-se reconhecer ecológicos e as espécies podem ter na petivos custos, mas tamque os serviços do ecossis-/,!2ýé,$/ģ ,)Ǿ/"!27&+!,,/" 2/0, bém para potenciar os tema são dependentes do a inputs externos, como agroquímicos, benefícios que os agroecoscontexto, ou seja, a mesma e respetivos custos, mas também sistemas podem gerar para característica de um ecospara potenciar os benefícios que os a sociedade (e.g., recarga sistema pode ser consideagroecossistemas podem gerar para a de aquíferos, regulação da rada um serviço do ecossociedade (e.g., recarga de aquíferos, qualidade da água, sequessistema por um grupo de tro de carbono, áreas de pessoas, mas não avaliada regulação da qualidade da água, /" /"&,Ǿ "1 ǽȜǽ 01"0 "+"como tal por outro grupo sequestro de carbono, áreas de recreio, fícios podem ser passí- etc.). Estes benefícios podem ser passíveis țǾǗǕǖǙȜǽ veis de remuneração, via de remuneração, via programas de programas de pagamento pagamento de serviços dos ecossistemas, Na ligação da ciência à de serviços dos ecossiste1/!27&+!,Ȓ0"00&*+2*#,+1"!& &,+) política, podemos identi*0Ǿ 1/!27&+!,Ȓ0" 00&* Ɯ / 3ç/&,0 &+01/2*"+1,0 de rendimento para os agricultores. numa fonte adicional de de promoção da agrobiorendimento para os agricultores. Uma das limitadiversidade na agricultura. Na arquitetura do proções ao desenvolvimento destes programas passa $/* ǗǕǗǕǾ  ýé, Ȋ*&"+1"Ǿ "Ɯ &Ĉ+ & +, -") - &!!"!".2+1&Ɯ /,00"/3&ý,0$"/!,0ǽ uso dos recursos e clima“ apresenta três medidas Alguns serviços de ecossistema (por exemplo, provique dependem da gestão sustentável da agrobio0é,!")&*"+1,0Ȝ-,!"*0"/.2+1&Ɯ !,0"*2+&diversidade, a saber, Agricultura e recursos natudades que sejam facilmente compreensíveis pelos rais, Proteção e reabilitação de povoamentos floformuladores de políticas e pelo público em geral, restais, e Manutenção da atividade agrícola em por exemplo, em valor monetário. Outros servizonas desfavorecidas. A condicionalidade, o greeços, por exemplo, aqueles que suportam e regulam ning e as medidas agroambientais e climáticas têm os níveis de produção de colheitas, são mais difísido instrumentos diferenciadores na produção de "&0!".2+1&Ɯ /Ǿ ,*,-,/"5"*-),,/" //"$bens públicos ambientais, proteção dos recursos.

(14) Como promover os serviços de ecossistema na agricultura usando a biodiversidade. naturais e compensação de custos ligados à segurança alimentar. As atuais recomendações incidem na promoção da sinergia e melhoria destes &+01/2*"+1,0Ǿ + &+1/,!2ýé, !" 2* *&,/ Ɲ"5&&lidade aos agricultores para a obtenção dos ganhos ambientais, na contratação por períodos mais 2/1,0Ǿ +, )/$*"+1, !,0 *,!"),0 !" "/1&Ɯ ção ambiental, ou na integração de objetivos nutricionais. Note-se que no modelo nacional, o pagamento greening representa atualmente 30% dos pagamentos diretos e, na preparação da PAC pósǗǕǗǕǾ  " ,),$&7ýé, ,+!& &,+) "* 0201&12&ýé, da condicionalidade e do greening é um dos oito princípios que estruturam o futuro dos pagamentos diretos. Na nova PAC, esta medida, que inclui manu1"+ýé,!,0-/!,0-"/*+"+1"0Ǿ7,+0!"&+1"/"00" " ,)Ń$& , ,2 !&3"/0&Ɯ ýé, !" 2)12/0Ǿ ć 1*ć* um dos três regimes obrigatórios de pagamento direto. Além destes apoios e instrumentos, algumas medidas de iniciativa política revelam preocupação com o uso da agrobiodiversidade como fator de competitividade da agricultura nacional. ,/ "5"*-),Ǿ , -/,'"1, Ȋ&,!&3"/0&!!" + $/& 2)tura” avaliou a adequabilidade e impacto da implementação de medidas de incremento da biodiversidade em explorações agrícolas do continente, o que é um exemplo que deve ser multiplicado (Rela1Ń/&, ),)Ȕ&,!&3"/0&!!"+$/& 2)12/ǾǗǕǖǘȜǽ A importância estruturante da agrobiodiversidade deve continuar nas agendas como instrumento de política agrícola e pilar do desenvolvimento rural.. Agradecimentos 01" 1/)%, 1"3" "+.2!/*"+1, +0 1&3&!!"0 do Colégio F3: Food, Farming and Forestry da Uni3"/0&!!" !" &0,Ǿ !, 

(15)  ,/12$) Ȕ Ń ,/12$2Ĉ0 !, 

(16)  ț

(17) +01&121, 2-"/&,/ !" $/,+,*&Ȝ " !, 

(18) ǽ Ȕ ,!,  &,+) !"

(19) +#,/* &Ń+ "+ &,!&3"/0&!!Ǿ ,* -,&, Ɯ++ "&/, !& &,+) !, -/,$/* Ȋ- &16 +%+ "*"+1 2--,/1 /,$/* ǗǕǖǛȋ ț 

(20)   ǗǕǖǛǕǕǜȜǾ 1/3ć0 !, -/,'"1,Ȋ$/,1/&+&+$ǿ/,,Ɯ+$ 

(21) 20",+$/,&,!&versity through needs assessment and training”.. Referências "$$Ǿ ǽǽǾ ,,(Ǿ ǽǽǾ 6"Ǿ ǽǾ "//+1"Ǿ ǽǾ /+ (Ǿ ǽǾ 3&$+"Ǿ ǽǾ țȁȜǾ &/ %Ǿ ǽǽǽ țǗǕǖǛȜǽ  #2+ 1&,+) ,3"/view of conservation biological control. Crop Protection, 97, 145–158 /"%*Ǿ ǽ ǽǾ 51"!Ǿ ǽǾ ,/!Ȓ),6!Ǿ ǽǽǾ /1&+0Ȓ,2ýé,Ǿ M.A. (2008). National inventories of crop wild relatives and wild harvested plants: case-study for Portugal. Genetic Resources and Crop Evolution, 55. 779 /!&+)"Ǿ ǽ ǽǾ 2ƛ6Ǿ ǽǽǾ ,+7)"7Ǿ ǽǾ ,,-"/Ǿ ǽǽǾ "//&+$0Ǿ ǽǾ "+&)Ǿ ǽǾ /4+&Ǿ ǽǾ  "Ǿ ǽǽǾ &)*+Ǿ ǽǾ /!)"ǾǽǽǾ&+7&$ǾǽǽǾțǗǕǖǗȜǽ&,!&3"/0&16),00+!&10 impact on humanity. Nature, 486(7401), p.59 ,01+7Ǿ ǽǾ ȉ/$"Ǿ ǽǾ /,,1Ǿ ǽ !"Ǿ /"/Ǿ ǽǾ /00,Ǿ ǽǾ ++,+ǾǽǾțȁȜǾ211,+ǾǽțǖǞǞǜȜǽ%"3)2",#1%"4,/)!ȉ0" ,0601"*0"/3& "0+!+12/) -&1)ǽNature, 387, 253–260 +&")0ǾǽǾ&11"/0ǾǽǾ")&Ċ+ǾǽǾ/+ ("+ǾǽǾ+$/,+03")!Ǿ J., Van Passel, S. (2017). Monetary Valuation of Natural /"!1,/0#,/&,),$& )"01,+1/,)&+"//,!2 1&,+ǽ Ecological Economics, 134, 160–173 " ")),Ǿ ǽǾ %2&))"/Ǿ ǽǾ "-ŢǾ ǽǾ %,)"/Ǿ ǽǾ )ć*"+1Ǿ ǽ ǽǾ Macek, P., (...), Lavorel, S. (2010). Partitioning of functional diversity reveals the scale and extent of trait convergence and divergence. Journal of Vegetation Science, 20(3), 475-486 ģ7Ǿ ǽǾ /$&,+"Ǿ ǽǾ %-&+

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Figura  1:  Identificação  dos  serviços  dos  ecossistemas  (serviços  de  aprovisionamento  a  verde,  serviços  de  regulação  a  azul,  serviços  culturais  a  laranja/castanho)  associados  à  agrobiodiversidade  percecionados  por  3  grupos  de  sta
Tabela  1:  Relação  entre  os  elementos  da  biodiversidade,  tanto  cultivada  como  auxiliar  à  produção,  ou  da  matriz  envolvente  à  vinha,  e  os  serviços  de  ecossistema  por  eles  proporcionados,  segundo  cada  focus-group  (FG):

Referências

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