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ANÁLISE MULTITEMPORAL DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA SUB-REGIÃO HIDROGRÁFICA DO RIO FRESCO, ESTADO DO PARÁ

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---1 ANÁLISE MULTITEMPORAL DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA SUB-REGIÃO

HIDROGRÁFICA DO RIO FRESCO, ESTADO DO PARÁ

Paulo Eduardo Silva BEZERRA

Universidade Federal Rural da Amazônia

paulo-edu.1@hotmail.com

Adênio Miguel Silva da COSTA

Universidade Federal Rural da Amazônia

adenio.miguel@yahoo.com.br

Matheus Pereira FURTADO

Universidade Federal Rural da Amazônia

matheus_p_furtado@hotmail.com

Warisson Ramon Sousa da SILVA

Universidade Federal Rural da Amazônia

ramon_silva_18@hotmail.com

Resumo

As informações sobre as características do uso e cobertura do solo das bacias hidrográficas são de grande relevância para a análise e planejamento de ações no âmbito da Política Nacional de Recursos Hídricos e de seus instrumentos. No caso do estado do Pará, a Política Estadual de Recursos Hídricos dividiu seu território em regiões e sub-regiões hidrográficas, as quais devido as dimensões do estado são bacias que englobam muitos municípios, isso torna a gestão dessas áreas um desafio para o órgão gestor. Com isso, este trabalho objetivou analisar as modificações ocasionadas em uma dessas área nos últimos anos, a partir dos dados do Projeto TerraClass. Para tal, optou-se pela escolha da Sub-região Hidrográfica do Rio Fresco, em razão deste ser o principal afluente do Rio Xingu, apresentar poucas informações especificas quando as mudanças mais recentes da sua área geográfica e estar localizada na região sudeste do estado, onde o desmatamento e a atividade mineradora são intensos. Após o processamento das informações pode-se constatar algumas situações, como a diminuição da área florestal, além de outras discutidas nos resultados.

Palavras-Chave: Rio Fresco, uso do solo, TerraClass. Abstract

The informations on the characteristics of the use and covering of the ground of the hydrographic basins are of great relevance for the analysis and planning of actions in the scope of the National Politics of Hydric Resources and of his instruments. In the case of the state of the Pará, the State Politics of Hydric Resources divided his territory in regions and hydrographic sub-regions, which due the dimensions of the state are basins that include many counties, that makes the management of these areas a challenge for the organ gestor. Therewith this work aimed area analyzing the modifications caused in one of these areas in the last years, from the data of the Project TerraClass. For such, one opted for the choice of the Hydrographic Sub-region of the Fresh Rio, on account of this being the affluent main of the Rio Xingu, to present few informations specify when the most recent changes of his geographical area and being located in the south-east region of the state, where the deforestation and the activity mineradora are intense. After the processing of the informations can note some situations, like the reduction of the forest area, besides others discussed in the results.

Keywords: Fresco River, land use, TerraClass.

1. INTRODUÇÃO

A Política Estadual de Recursos Hídricos, Lei n. 6.381/2011, aliada a Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei n. 9.433/1997, promoveram a instituição dos instrumentos necessários para gestão dos recursos hídricos no estado do Pará. A partir disso se tornou um fato concreto que o

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---Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), (ISSN: 2359-0831 - on line), Belém, v. 02, n. 2 planejamento das ações a serem desenvolvidas no âmbito da gestão dos recursos hídricos deve ter como unidade de planejamento as bacias hidrográficas (BH). Com isso, o estado foi dividido em sete grandes regiões hidrográficas. Estas foram delimitadas baseados nos critérios de geomorfologia, geologia, hidrografia, tipos de solos e fatores climáticos (SEMA, 2014). Estas, por sua vez, são subdivididas e vinte e três Sub-regiões Hidrográficas, entre elas a área de estudo desta pesquisa, a Sub-região Hidrográfica do Rio Fresco (SHRF).

As BH são definidas como sistemas onde a precipitação que cai sobre sua área representa a entrada e o volume de água que escoa pelo seu exutório a saída, levando em consideração os demais componentes de perdas, como a evapotranspiração e a infiltração (TUCCI, 2012). Os processos que ocorrem nas BH têm grande influência sobre o ciclo hidrológico, nas suas diversas escalas, pois correspondem a sua fase terrestre. Devido a isso, tanto o uso e ocupação do solo quanto as características morfométricas desses sistemas apresentam grande relevância para o entendimento dos eventos hidrológicos que ocorrem nesses ambientes. A alteração superficial provocada pela ação antrópica tem efeito direto sobre o escoamento quando modifica a cobertura do solo, acarretando transformações ambientais locais, efeitos sobre as enchentes e alterações das vazões mínimas e médias (TUCCI e BRAGA, 2003).

Tundisi (2008) cita como principais problemas de influência nos ecossistemas aquáticos: aglomeração urbana, despejo de água e substâncias tóxicas, perda de biodiversidade, invasão de espécies exóticas, perda de qualidade das águas superficiais e subterrâneas, mudanças globais, serviços de lagos e reservatórios e os diferentes usos do solo. Sendo este último o foco do presente trabalho. Muitos dessas questões podem ser observadas no estado do Pará, devido suas dimensões territoriais a implementação dos instrumentos das políticas estadual e federal torna-se complexa. Muitos avançados foram alcançados nos últimos anos, como a criação do Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos do estado do Pará, em 2014. Porém, como exposto por Porto e Porto (2008), existem dificuldades a serem enfrentadas quando se lida com esses tipos de áreas, havendo a necessidade de uma gestão compartilhada com os diversos níveis da administração pública e da sociedade.

Este trabalho tem como objetivo principal contribuir para gestão das grandes BH do estado do Pará através da análise do uso e ocupação do solo em períodos distintos de tempo na SHRF, a partir das informações divulgados pelo Projeto TerraClass (TC) nos anos de 2008, 2010 e 2012. O curso d’água em questão foi selecionado através de dois critérios prioritários (i) é o principal afluente do Rio Xingu no estado do Pará e (ii) sua área está inserida em uma região da Amazônia Legal onde

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---3 ocorrem pressões dos mais diferentes níveis e tipos, como: mineração, queimadas e agropecuária. Além disso, optou-se por utilizar os dados do projeto citado por serem, atualmente, uma das fontes mais completas de informações sobre as mudanças de ocupação da terra na região amazônica. Estas informações foram coletadas, processadas e analisadas para a área de estudo em questão.

2. ÁREA DE ESTUDO

A Região Hidrográfica do Rio Xingu, uma das sete regiões hidrográficas que compõem o território paraense, é composta pelas sub-regiões do Rios Fresco, Iriri, Alto Xingu e Baixo Xingu. Representa 25,1 % do estado, cerca de 315 mil km2, onde estão inseridas as redes de drenagens dos rios Xingu, Irirí, Curuá, Bacajá, Caeté, Chiche, Ximxim, Carajás, Ribeirão da Paz, rio Fresco e Petita (SEMA, 2014).

Figura 1 – Localização da Sub-região Hidrográfica do Rio Fresco e das demais Sub-regiões que compõem a Região

Hidrográfica do Rio Xingu, no estado do Pará e dos municípios englobados por ela, além da Terra Indígena Kayapó.

Na Figura 1 são apresentadas a Sub-regiões Hidrográficas que fazem parte a Região Hidrográfica do Xingu. O Rio Fresco é o principal afluente do Rio Xingu, tem sua nascente no sul do estado, na região da serra do inajá, desagua no Xingu na altura do município de São Félix do Xingu e ocupa uma área de aproximadamente 44 mil km2. De acordo com informações do arquivo

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---Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), (ISSN: 2359-0831 - on line), Belém, v. 02, n. 4 vetorial da rede de drenagem da bacia pode-se identificar alguns dos principais tributários do Rio Fresco, esses incluem os rios: Branco, Vermelho, Trairão, da Ponte, Preto, Carapanã e Santo Antônio. Além dos municípios paraenses de São Félix do Xingu, Tucumã, Bannach, Ourilândia do Norte e Cumaru do Norte.

Quanto a dinâmica da paisagem da área de estudo, foram, basicamente, duas as variáveis que chamaram mais a atenção no que diz respeito a degradação ambiental em algumas partes da área de estudo. Em princípio temos o desmatamento, de acordo com Ferreira et al. (2005), no caso da Amazônia, o que também é valido para a SHRF, esse segue comumente um padrão, iniciando pela abertura de estradas, facilitando o surgimento de ocupações irregulares, ocasionando a remoção da vegetação, a área então é transformada em pastagem ou utilizada na agricultura, geralmente de cunho familiar. Em relação a produção mineral, dos municípios que estão inseridos na área da SHRF, destacam-se Ourilândia do Norte com a exploração do minério de níquel e São Félix do Xingu com a produção dos minérios de ferro, cobre e níquel (SANTOS et al., 2013). Além disso, uma grande parte da SHRF faz parte da Terra Indígena Kayapó (TIK), isto conteve o desmatamento nesta região, como será discutido a seguir.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização desta etapa foi utilizado como base de dados o projeto TC referentes ao ano de 2008, 2010 e 2012. Esse projeto, cujo objetivo é qualificar o mapeamento do uso e cobertura da terra da Amazônia legal, é desenvolvido e distribuído pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em parceria com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), através do Centro Regional da Amazônia (CRA), pelo sítio (http://www.inpe.br/cra/index.php).

O TC combina diferentes técnicas de classificação e produtos de sensoriamento remoto para a produção de mapas de uso e cobertura do solo. São doze as principais classes mapeadas: Agricultura anual; Regeneração; Regeneração com pasto; Pasto sujo; Pasto limpo; Pasto com solo exposto; Mineração; Reflorestamento; Área Urbana; Mosaico de Ocupações; Desflorestamento e Área não observada. Sendo que a classe Reflorestamento só esteve presente no ano de 2010 (ALMEIDA et al., 2014). As demais classes não citadas, totalizando dezessete, serão discutidas a seguir.

O tratamento e análise do conjunto de dados e informações georreferenciadas retiradas do TC foram conduzidas no programa ArcGis 10.2®. Primeiramente, para a realização da cobertura e uso do solo na área de estudo, foram selecionadas as seguintes órbitas-pontos TM/Landsat 224/64,

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---5 224/65, 224/66, 225/64, 225/65, 225/66 dos anos 2008, 2010, 2012 disponibilizadas pelo INPE, no sistema de projeção geográficas e no sistema geodésico de referência SAD 69 (South American

Datum 1969).

De posse de todas as órbitas-ponto, com o auxílio do ArcGis 10.2®, foi delimitada a área de estudo, para a aquisição das informações referentes às geoclasses. Após a coleta de amostras das classes, foi realizado um mapeamento da área em questão referentes aos anos de 2008, 2010 e 2012. Como base cartográfica foi utilizado o datum SIRGAS 2000 (Sistema Geocêntrica de Referência Para as Américas 2000) e o sistema de projeção UTM (Universal Transverse Mercator).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os dados gerados do projeto TC, percebeu-se a predominância de pastagem na área e um aumento significativo na mineração e de áreas urbanas na SHRF e uma redução na classe desflorestamento. De acordo com Townsend et al. (2012) as extensas áreas de pastagens são predominantes na região amazônica e com a intensificação deste processo, vastas áreas de florestas foram substituídas por pastagens, despertando uma preocupação com relação aos impactos econômicos, sociais e ambientais.

Pelo gráfico da Figura 3, pode-se perceber uma queda acentuada na classe Desflorestamento, que em 2008 apresentou uma área desmatada de 273,03 km², em 2010 apresentou 79,02 km² e no ano de 2012 teve um desmatamento equivalente a 71,44 km². Isso pode ser explicado pelo Plano Nacional sobre Mudança do Clima, criado em 2008, e a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei n. 12.187), aprovada em 2009 e regulamentada pelo Decreto n. 7.390/2010 que tem como umas das finalidades reduzir em 80% as áreas desmatadas até o ano de 2020 (PAVAN e CENAMO, 2012).

A classe Área Urbana teve um aumento significativo quando analisada do período de 2008 a 2012. Sendo que em 2008 apresentou 24,87 km² e em 2012 esse número foi quase quatro vezes maior com 97,46 km², um aumento de 0,06% para 0,21%. Outra classe que teve um aumento relevante foi a mineração, pois a mesma apresentou um crescimento de 30,5 km² em 2008 para 58,73 km² em 2010 e 61,61 km² no ano de 2012. Segundo Fearnside (2009) o aumento do desmatamento na região do Xingu e no estado do Pará pode ser explicado principalmente por dois motivos: a implantação de estradas, núcleo habitacional e o aumento populacional na área e pressão desta por recursos naturais, garimpo, agricultura e principalmente a pecuária, sendo o principal fator de desmatamento na região.

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---Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), (ISSN: 2359-0831 - on line), Belém, v. 02, n. 6 Em relação as classes Floresta e Não Floresta (áreas ocupadas por fitofisionomias não florestais, como campos e campinaranas), as mesmas ocupam mais de 60% do território da BH com 52,80 % para a classe Floresta e 11,61 % para a Não Floresta no ano de 2012. Isso pode ser explicado pelo fato de haver um território indígena localizado na área, a TIK. A mesma possui uma área total de aproximadamente 33 mil km2, sendo que 20,5 mil km2 estão localizados dentro da BHRF, correspondendo a aproximadamente 46% da área total da sub-região hidrográfica e a sua localização fica onde tem uma maior concentração de Floresta e Não Floresta, mais precisamente nos municípios de Cumaru do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, como mostrado na Figura 1. De acordo com Robert et al. (2012), a TIK é coberta por quase sua totalidade de florestas ombrófilas e nas últimas décadas vem sofrendo com o desmatamento devido principalmente à colonização agropecuária, exploração ilegal de madeira e conflitos fundiários.

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Figura 3 – Quantificação das classes apresentadas na Figura 3. Área em km2 (quadro no eixo x) e em porcentagem (linhas no eixo y) das classes processadas das informações do TC. Agricultura anual (AGR), Área não observada (ANO), Desflorestamento (DES), Floresta (FLO), Hidrografia (HID), Mineração (MIN), Mosaico de ocupações (MOS), Não floresta (NFL), Outros (OUT), Pasto com solo exposto (PSE), Pasto limpo (PLI), Pasto sujo (PSU), Regeneração com pasto (RPA), Vegetação secundária (VSE), Área urbana (URB), Reflorestamento (REF) e Floresta sob nuvem (FSN). As células em branco são dados não realizados naquele período.

De acordo com Adami et al. (2015) as classes do projeto TC exercem influência umas sobre as outras, por exemplo, 55% de desflorestamento se tornaram pastagem, 29% vegetação secundária e 0,4% agricultura. Em vista disso, o autor afirma que a pastagem está cedendo área para a agricultura e vegetação secundária; e que a dinâmica do uso e cobertura do solo está baseado na consolidação da agricultura e pecuária no estado paraense; o mesmo acontece para a área da bacia do Rio Fresco. De acordo com a figura 4, houve uma queda no desflorestamento, mencionado anteriormente, enquanto que a classe de pasto limpo teve um pequeno decréscimo, apresentou 24,8% em 2008, 22% em 2010 e 23,11% em 2012. A classe Pasto com solo exposto passou de 29,24 km² em 2008 para apenas 0,24 km² em 2010. No entanto, a classe Pasto Sujo e Regeneração com pasto apresentaram um acréscimo nesses quatro anos, de 2,73% para 4,92% e 1,19% para 1,56% respectivamente. A classe Vegetação Secundária teve um aumento de 4,54% em 2008 para 4,90% em 2012, enquanto que a classe Agricultura anual passou de 2,98 km² em 2010 para 2,57 km² em 2012.

As classes Floresta Sob Nuvem e Reflorestamento só estiveram presentes nos anos de 2008 e 2010 e possuíam somente 31,23 km² e 0,41 km², respectivamente. De acordo com Adami et al. (2015) há uma grande perda de dados com a classe Área Não Observada, devido ao alto percentual

AGR ANO DES FLO HID MIN MOS NFL OUT PSE PLI PSU RPA VSE URB REF FSN 2012 2.6 146.8 71.4 23493 34.7 61.6 0.8 5124 50.5 10276 2192 697.6 2215 97.5 2010 3.0 321.2 79.0 23642 34.7 58.7 0.5 5124 22.4 0.2 9727 1765 1307. 2024 35.6 0.4 2008 154.0 273.0 23770 34.7 30.5 5124 2.6 29.2 10940 1204 523.7 2002 24.9 31.2 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

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---Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), (ISSN: 2359-0831 - on line), Belém, v. 02, n. 8 de nuvens na região ocasionando uma perda áreas em algumas classes. No ano de 2010, apresentou 321,19 km² de Área não observada, diferentemente do ano de 2008 e 2012 que apresentaram 153,98 km² e 146,75 km², respectivamente.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As informações apresentadas neste trabalho vêm a contribuir com a gestão e o planejamento de ações em relação aos recursos hídricos na região onde está localizado o Rio Fresco. A necessidade de geração de dados sobre as características das diversas bacias que comportam a região amazônica e sobretudo o estado do Pará são urgentes. Neste contexto, o estudo da dinâmica da paisagem de uso e cobertura do solo é fundamental, sendo o ponto de partida para a avaliação da degradação ambiental exercida em um determinado ambiente.

Entre as fontes de informações sobre o meio ambiente na Amazônia, o projeto TC é uma excelente alternativa, pois proporciona a comparação das diversas classes de ocupação da terra em períodos distintos de tempo e espaço, favorecendo a adoção de critérios mais completos para análise das condições superficiais das BH e demais áreas de interesse. Especificamente no caso da SHRF os dados do TC são fundamentais, pois fornecem informações sobre os principais agentes modificadores de sua estrutura natural, que são a mineração e o desmatamento.

6. REFERÊNCIAS

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Imagem

Figura 1 –  Localização da Sub-região  Hidrográfica do  Rio Fresco e das demais Sub-regiões que  compõem a Região  Hidrográfica do Rio Xingu, no estado do Pará e dos municípios englobados por ela, além da Terra Indígena Kayapó
Figura 2 – Uso e cobertura do solo da SHRF nos anos de 2008, 2010 e 2012, processadas do Projeto TC
Figura  3  –  Quantificação  das  classes  apresentadas  na  Figura  3.  Área  em  km 2   (quadro  no  eixo  x)  e  em  porcentagem  (linhas  no  eixo  y)  das  classes  processadas  das  informações  do  TC

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