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Desempenho e qualidade de carcaça em ovinos cruzados no Distrito Federal.

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA. DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARCAÇA EM OVINOS CRUZADOS NO DISTRITO FEDERAL. ALINE VIEIRA LANDIM. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS. BRASÍLIA/DF DEZEMBRO/2005.

(2) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA. DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARCAÇA EM OVINOS CRUZADOS NO DISTRITO FEDERAL. ALINE VIEIRA LANDIM. ORIENTADOR: ARTHUR DA SILVA MARIANTE CO-ORIENTADORA: CONCEPTA MARGARET MCMANUS PIMENTEL. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS. PUBLICAÇÃO: 208/2005. BRASÍLIA/DF DEZEMBRO/2005.

(3) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA. DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARCAÇA EM OVINOS CRUZADOS NO DISTRITO FEDERAL. ALINE VIEIRA LANDIM. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA À FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS NA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE DISCIPLINAS DE PRODUÇÃO ANIMAL. APROVADA POR:. ___________________________________________ Arthur da Silva Mariante, PhD (Embrapa Cenargen) (ORIENTADOR) CPF: 123.483.920-20 E-mail : mariante@cenargen.embrapa.br. ___________________________________________ Concepta Margaret McManus Pimentel, PhD (Universidade de Brasília) (CO-ORIENTADORA) CPF: 688.272.881/04, E-mail: concepta@unb.br. ___________________________________________ Guilherme Soares Filho, Dr. (Faculdade da Terra de Brasília - FTB) (EXAMINADOR EXTERNO) CPF: 262593114-00 E-mail: guilherme@ftb.br. ___________________________________________ José Américo Soares Garcia, Dr. (Universidade de Brasília). (EXAMINADOR INTERNO) CPF: 674.280.106-91 E-mail: jasgarcia@unb.br. BRASÍLIA/DF, 02 de DEZEMBRO de 2005. ii.

(4) FICHA CATALOGRÁFICA Landim, Aline Vieira Desempenho e Qualidade de Carcaças em Ovinos Cruzados no Distrito Federal. / Aline Vieira Landim; orientação de Arthur da Silva Mariante – Brasília, 2005. 81p : il. Dissertação de Mestrado (M) – Universidade de Brasília/ Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2005. 1. Cortes. 2. Mensurações. 3. Músculo 4. Rendimentos I. Mariante, A. II. PhD.. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. LANDIM, A.V. Desempenho e Qualidade de Carcaça em Ovinos Cruzados no Distrito Federal. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, 2005, 81 p. Dissertação de Mestrado. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Aline Vieira Landim TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Desempenho e Qualidade de Carcaça em Ovinos Cruzados no Distrito Federal. GRAU: Mestre ANO: 2005 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor.. _______________________________ Aline Vieira Landim CPF: 841190043 - 68 Rua Inácio Rodrigues Lima n° 22 - Junco 62030-210 – Sobral/CE - Brasil (088)6141086 / (061) 96811240 E-mail:alinelandim@yahoo.com.br. iii.

(5) “De tudo ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que é preciso continuar, a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto devemos: Fazer da interrupção um novo caminho, da queda um passo mais firme, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro”. Fernando Pessoa. iv.

(6) DEDICO Ao meu querido pai Gilson que continua abrindo mão de seus sonhos para que eu possa realizar os meus.. A minha querida mãe Sandra, pela dedicação infinita e que sempre esteve comigo nas minhas decisões, sendo a maior incentivadora nesta fase.. Ao meu irmão Márcio e a minha cunhada Evilânia, pelo carinho e pela torcida.. A minha sobrinha Maria Eduarda e o meu afilhado João Pedro que tornaram os meus dias muito mais felizes, mesmo distante deles.. Aos meus avós maternos Luiz e Cleonice que sempre me apoiaram e me amaram.. v.

(7) AGRADECIMENTOS A Deus por caminhar sempre comigo permitindo mais esta conquista e pelo constante cuidado, ajudando-me a vencer os obstáculos; À Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAV/UnB, por disponibilizar os recursos necessários para minha formação e realização deste trabalho; À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP, pela concessão da bolsa e pelo imensurável apoio à pesquisa brasileira; Ao Orientador Dr. Arthur da Silva Mariante, pelos ensinamentos, orientação e confiança na realização deste trabalho, os quais contribuíram em muito para meu crescimento profissional; À Co-orientadora e professora Dra. Concepta McManus Pimentel, pela significativa orientação, sem a qual teria sido impossível a realização deste trabalho e acima de tudo por sua amizade, confiança e incentivo ao aprendizado; Aos Professores Dr. Hélder Louvandini e Dr. José Américo Soares Garcia pela colaboração na execução do projeto;. Aos mestres e amigos da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA: Professores Adalberto Gadêlha, Gabrimar Araújo, Marcos Pinheiro, Ângela Vasconcelos e Tereza Lacerda, pelas palavras de incentivo amizade e confiança sempre depositada em minha pessoa; Aos grandes e inesquecíveis colaboradores Professor Dr. Petrônio Timbó, Dr. Liduíno e Dr. José Vitorino de Souza pela preciosa ajuda para que eu pudesse concretizar o meu sonho de pesquisa;. vi.

(8) Aos estudantes de Medicina Veterinária que me ajudaram na realização desta pesquisa, Alva, Ananda, André, Bruno, Eduardo, Érica, Luís, Pablo, Priscila, Samuel, Vanessa, e em especial a Rosilene Gugel pela amizade, companheirismo e valiosa ajuda neste trabalho; Aos animais experimentais, sob nosso controle, eles crescem, dependem e confiam. Respeito haja, enquanto vivos, pois não será em vão seu sacrifício (Sampaio,1998);. A Yuri Yamaguchi, Veterinária do Laboratório de Nutrição Animal, pela amizade e preciosa ajuda nas análises laboratoriais;. Aos funcionários do Centro de Manejo de Ovinos, Sr. Elias e Sr. Zequinha, pela boa vontade com que colaboraram na condução do experimento; Ao meu namorado, Normandes Vieira (Teco) pelo carinho e dedicação, me proporcionando momentos agradáveis em meio a tanto estudo; Às minhas tias Eneida, Sílvia, Tereza e Zeneida pelo incentivo e carinho, sempre dispostas a colaborar; À amiga Eliandra Bianchini e sua filhota Katharine, pelos bons momentos durante todo o período do Curso e pela grande amizade que construímos; Às amigas Aline Marinho, Caroline Demo e Natalie Soter pelo carinho, amizade e por tornarem os meus dias mais felizes em Brasília; E a todos que direta ou indiretamente contribuíram e torceram para que este trabalho pudesse ser realizado, Muito Obrigada!. vii.

(9) ÍNDICE CAPÍTULO 1- CONSIDERAÇÕES GERAIS Página 1.Introdução. 1. 2.Revisão de Literatura. 3. 2.1.Histórico das raças ovinas. 3. 2.1.1.Raça Santa Inês. 4. 2.2.2.Raça Bergamácia. 5. 2.2.3.Raça Texel. 6. 2.2.Desempenho de cordeiros. 7. 2.3.Utilização da ultra-sonografia para predição de. 8. características da carcaça 2.4.Medidas corporais. 10. 2.5.Características quantitativas da carcaça. 11. 2.5.1.Rendimento da carcaça quente e fria e cortes. 11. cárneos 2.5.2.Perdas de peso ao resfriamento. 13. 2.5.3.Componentes da carcaça. 14. 2.5.4. Área de olho de lombo. 15. 3. Objetivos. 16. 4. Referência Bibliográfica. 17. viii.

(10) ÍNDICE CAPÍTULO 2 – DESENVOLVIMENTO DE OVINOS PUROS E CRUZADOS CRIADOS NO DISTRITO FEDERAL Página Resumo. 24. Abstract. 25. 1. Introdução. 26. 2. Material e Métodos. 28. 2.1. Local. 28. 2.2. Animais e instalações. 28. 2.3. Manejo alimentar. 28. 2.4. Ultra-sonografia. 29. 3. Delineamento experimental. 30. 4. Resultados e Discussão. 30. 5. Conclusões. 37. 6. Referências Bibliográficas. 38. ix.

(11) ÍNDICE CAPÍTULO 3 - CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS DA CARCAÇA E MEDIDAS MORFOMÉTRICAS DE DIFERENTES RAÇAS DE OVINO Página Resumo. 40. Abstract. 41. 1. Introdução. 42. 2. Material e Métodos. 44. 2.1. Local. 44. 2.2. Animais e instalações. 44. 2.3. Manejo alimentar. 45. 2.4. Medidas corporais. 45. 2.5. Procedimentos para abate e cálculos para rendimento. 47. 2.6. Procedimento das mensurações durante o abate. 47. 2.7. Obtenção da hemi - carcaça e de cortes comerciais. 48. 3. Delineamento experimental. 49. 4. Resultados e Discussão. 50. 5. Conclusões. 59. 6. Referências Bibliográficas. 60. x.

(12) ÍNDICE CAPÍTULO 4 - COMPONENTES FÍSICOS E QUÍMICOS DA 12ª COSTELA DE OVINOS DE DIFERENTES GRUPOS GENÉTICOS Página Resumo. 64. Abstract. 65. 1. Introdução. 66. 2. Material e Métodos. 68. 2.1. Local. 68. 2.2. Animais e instalações. 68. 2.3. Manejo alimentar. 68. 2.4. Procedimentos para abate e obtenção da hemi-carcaça. 69. 2.5. Dissecação e determinação da composição química da 12ª costela 70 3. Delineamento experimental. 71. 4. Resultados e Discussão. 72. 5. Conclusões. 77. 6. Referências Bibliográficas. 78. 7. Conclusão Geral. 81. xi.

(13) ÍNDICE DE FIGURAS Figura. Página Capítulo 1. 1– Ovinos da raça Santa Inês.. 4. 2 – Ovinos da raça Bergamácia.. 5. 3 – Ovinos da raça Texel.. 6. 4 – Imagem realizada na área de olho de lombo por ultra-som.. 8. 5 – Carcaça inteira dos ovinos experimentais.. 13. 6– Exemplares das 12ª costelas de ovinos puros e cruzados. 15. Capítulo 2 1 – Relações entre idade e características ultra-sonográficas observadas e estimadas usando regressões em ovinos (a) Medida diagonal transversal por ultra-som-MDTUS e (b) Medida diagonal longitudinal por ultra-som - MDLUS. 35. 2 – Relações entre idade e características ultra-sonográficas observadas e estimadas usando regressões em ovinos (a) Área de olho de lombo diagonal transversal por ultra-som-AOLTUS e (b) Área de olho de lombo longitudinal por ultra-som - AOLLUS. 35. 3 – Relação entre idade e espessura de cobertura de gordura(a) e (b) e relação entre idade e peso semanal. 36. Capítulo 3 1 – Cortes cárneos efetuados na meia carcaça dos animais 49 experimentais 2 – Representação gráfica dos dois primeiros autovetores. 58. Capítulo 4 1– Mensurações realizadas no músculo Longissimus dorsi. 70. 2 – Amostras da 12ª costela antes e após o processo de secagem na estufa. 71. xii.

(14) ÍNDICE DE TABELAS Tabela. Página Capítulo 2. 1 – Composição bromatológica das dietas experimentais. 29. 2 – Resumo da análise de variância de ovinos nas diferentes raças e cruzamentos por meio da avaliação ultra-sonográfica in vivo e desempenho ponderal. 31. 3 – Médias do desempenho ponderal e avaliação ultra-sonográfica in vivo das raças de ovinos puros e cruzados estudados e comparados pelo teste de Tukey a 5%, de acordo com as raças. 33. 4 – Correlações entre as características de ovinos de diferentes grupos genéticos. 34. Capítulo 3 1 – Composição bromatológica das dietas experimentais. 45. 2–Resumo da análise de variância das características de carcaça de ovinos puros e cruzados. 51. 3a– Média das características de carcaça de ovinos de diferentes genótipos estudados e comparados pelo teste de Tukey a 5%, de acordo com as raças. 52. 3b– Média das características de carcaça de ovinos de diferentes genótipos estudados e comparados pelo teste de Tukey a 5%, de acordo com as raças. 53. 4– Média dos cortes cárneos de ovinos puros e cruzados comparados pelo teste de Tukey a 5%. 54. 5– Média da espessura de pele usando adipômetro em ovinos comparados pelo teste de Tukey a 5%, de acordo com as raças. 55. 6– Níveis de significância das raças de ovinos por meio da avaliação de características morfométricas. 55. 7– Correlação entre as características de ovinos de diferentes grupos genéticos. 57. xiii.

(15) Capítulo 4 1 – Composição bromatológica das dietas experimentais. 74. 2 –Componentes da 12ª costela de ovinos de diferentes grupos genéticos estudados e comparados pelo teste Tukey a 5%. 78. 3 –Composição química (%) do músculo Longissimus dorsi de ovinos puros e cruzados comparados pelo teste Tukey a 5%. 79. 4 –Mensurações no músculo Longissimus dorsi de ovinos de puros e cruzados estudados e comparados pelo teste Tukey a 5%. 80. 3 –Correlação entre as características de ovinos de diferentes grupos genéticos. 82. xiv.

(16) DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARCAÇA EM OVINOS CRUZADOS NO DISTRITO FEDERAL RESUMO Foram estudadas as características de carcaça de 48 ovinos machos e inteiros, oriundos de quatro grupos genéticos diferentes, sendo 27 animais da raça Santa Inês, 10 da raça Bergamácia, 5 oriundos do cruzamento do Texel com ovelhas Santa Inês e 6 animais provenientes do cruzamento de um reprodutor Bergamácia com ovelhas Santa Inês. Os animais foram mantidos no pasto (Grupo 1) e em semiconfinamento (Grupo 2). Foram analisadas as características sobre desempenho ponderal,. avaliação. ultra-sonográfica. “in. vivo”,. medidas. morfométricas. e. características quantitativas da carcaça de ovinos. Os dados foram analisados usando o procedimento GLM (Análise de variância), CORR (Correlação), PRINCOMP (Componentes principais), REG (Regressão) e teste de médias (Tukey 5%) do programa estatístico SAS (Statistical Analysis System). Os animais que apresentaram pesos mais baixos, tendem a possuir menores valores nas características ultra-sonográficas., verificado através das correlações de baixa a média. Verificou-se que a correlação dos cortes comerciais com os pesos e rendimentos de carcaça quente e fria, respectivamente, foram de média a alta e positiva. Em geral a idade ao abate teve correlações baixas com as características da carcaça. Os componentes principais mostraram que os animais que apresentaram alto peso de abate tendem a obter altos pesos para as partes da carcaça. Os animais cruzados apresentaram em geral as maiores médias relacionadas às características analisadas.. Palavras-chave: crescimento, peso, ultra-som. xv.

(17) PERFORMANCE AND CARCASS QUALITY IN CROSSBRED SHEEP IN THE FEDERAL DISTRICT ABSTRACT Performance and carcass traits were studied on 48 male entire sheep from four genetic groups with 27 animals Santa Inês, 10 Bergamasca, 5 from a cross with Texel sire and Santa Inês dams and 6 from a cross with a Bergamasca sire and Santa Inês dams. Animals were reared at pasture (Group 1) and in semi-confinement (group 2). Data collected included growth traits, “in vivo” ultrasound measurements, morphological measurements and carcass quality traits.Data were analyzed using GLM procedures (Variance analysis), CORR (Correlation), PRINCOMP (Principal Component), REG (Regression) and means compared using Tukey test at 5% in the SAS ® program.Lighter animals tended to have low ultrasound measures. The correaltions between weights, output and commercial cuts was in general high to medium. Age at slaughter had low correlations with carcass traits. Principal components showed that heavier animals at slaughter had higher carcass cut weights. The crossed animals had in general presented the related average greaters to the analyzed characteristics.. Key words: growth, weight ,ultrasound. xvi.

(18) CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS. 1. Introdução. A ovinocultura sempre apresentou grande importância para a humanidade, pela produção de lã, pele, carne e leite. Sua produção está difundida em quase todas as regiões do mundo, ora como atividade de subsistência, ora como sistema de produção avançado (Alvarenga, 2003). As indústrias de carne vermelha têm que competir com outras fontes de proteína, especialmente suínos e aves. Esses têm mostrado um crescimento muito maior do que as carnes de bovinos e ovinos, em parte pela preocupação com a saúde, mas principalmente pela sua conveniência e o seu preço competitivo (Nogueira Filho, 2003). Além disto, países como Austrália, China e a Nova Zelândia, que concentram, respectivamente 28%, 14% e 9% do efetivo mundial são os maiores detentores de rebanhos ovinos no panorama mundial. Já os três maiores rebanhos de ovinos da América Latina são os da Argentina, Brasil e Peru, que juntos, representam 68,9% da população total de ovinos da região (Devendra, 2002). O mercado nacional de carne ovina tem sido abastecido, principalmente, com carcaças de animais velhos, pois a maioria dos produtores não fornecem ovinos com um padrão de carcaça para os abatedouros, os quais na sua maioria são ilegais, não garantindo qualidade do produto ao consumidor. De acordo com Silva Sobrinho (2001), o consumo per capita de carne ovina no Brasil não ultrapassa 30 g/habitante/ano, enquanto que na Austrália e Nova Zelândia, o consumo médio chega a 20 kg/habitante/ano, sendo, portanto um consumo brasileiro ainda muito pequeno. Segundo Barreto Neto (2003), na região Centro-oeste as estatísticas indicam uma tendência de crescimento dos rebanhos, devido principalmente, à inserção da ovinocultura nos sistemas integrados de produção de bovinos de corte. As perspectivas de incremento dos rebanhos na região permitem vislumbrar um cenário otimista para os próximos vinte anos, quando o efetivo deverá situar-se em torno de 20 milhões de cabeças.. 1.

(19) Na busca pela diminuição da idade ao abate e melhorias da qualidade de carcaça, têm-se introduzido raças de corte precoces, para a obtenção de cordeiros com pesos mais elevados em menor espaço de tempo, com altos rendimentos de carcaça, de modo que atendam as exigências crescentes do mercado consumidor por qualidade (Carvalho et al., 1980). O objetivo de melhorar as características de carcaças de ovinos Santa Inês, através de cruzamentos com raças lanadas, especializadas em carne, tem sido perseguido em algumas regiões do país, onde as condições de manejo e nutrição são melhores (Sousa et al., 2003). Os aspectos relacionados ao abate e à carcaça de animais especializados para corte devem ser conhecidos, para que estratégias de melhoramento sejam conduzidas, no sentido a aumentar a eficiência produtiva e a satisfação dos consumidores. A avaliação das medidas corporais dos animais produtores de carne é importante, pois as mesmas indicam o rendimento de carcaça e a capacidade digestiva e respiratória dos animais (Santana, 2001). A medição de animais vivos utilizando. a. ultra-sonografia. tem. como. objetivo. disponibilizar. informações. quantitativas precisas e objetivas da composição corporal de animais vivos. Essas informações visam à predição das diferenças genéticas entre os indivíduos e a identificação de reprodutores geneticamente superiores para características indicadoras de qualidade e produtividade de carcaça (Karsburg, 2003). As poucas informações relacionadas aos grupos genéticos no setor da ovinocultura motivam pesquisas que proporcionem características de melhor qualidade na carcaça para o mercado consumidor interessado por tal produto.. 2.

(20) 2. Revisão de Literatura. 2.1. Histórico das raças ovinas. Na. Europa,. a. revolução. industrial,. o. aumento. das. indústrias. de. beneficiamento e o crescimento da população urbana, foram responsáveis pelo maior poder de compra e consumo de carne. Devido a esta maior demanda, os ovinos passaram a ser uma fonte de carne de grande importância. Seguiu-se então, o desenvolvimento das raças para corte, tão conhecidas atualmente e difundidas em todo o mundo (Otto et al.,1997). Segundo Nogueira Filho (2005), os ovinos foram introduzidos no Brasil pelos colonizadores europeus e adaptaram-se muito bem às condições adversas da caatinga nordestina. Criados, inicialmente, em rebanhos fechados, adaptaram-se naturalmente às condições adversas possibilitando o aparecimento de novos tipos raciais com grande rusticidade, embora perdendo, obviamente, algumas de suas características produtivas. Algumas tentativas de melhoria do rebanho nacional foram feitas com a importação de animais europeus sem, no entanto, se atentar para a compatibilidade racial com os animais inicialmente trazidos para o Brasil. Esse fato, aliado às facilidades de deslocamento dos rebanhos entre fazendas e mesmo entre áreas criadoras distintas, resultantes da abertura de estradas, permitiu uma grande mistura racial, com o cruzamento indiscriminado entre tipos raciais distintos, a ponto de grande parte do rebanho ser hoje considerado sem raça definida – SRD (Kasprzykowski, 1982).. 3.

(21) 2.1.1. Santa Inês. Figura 1- Ovinos da raça Santa Inês Fonte: Arquivo pessoal. A Santa Inês é uma raça deslanada encontrada em todas as regiões do Brasil. Esta raça surgiu do cruzamento das raças Morada Nova, Crioula e Bergamácia, seguido de um período de seleção e/ou evolução para ausência de lã, sendo uma excelente alternativa para os criadores brasileiros que buscavam animais de grande porte, produtivos, de pêlo curto e perfeitamente adaptados às condições climáticas do Brasil (Mason,1980). Entre os animais deslanados do Nordeste, os da raça Santa Inês, juntamente com seus mestiços, apresentam-se como a principal alternativa no que se refere ao aumento da produtividade. Figueiredo & Fernandes (1990), citados por Silva et al. (1996), apontam a raça Santa Inês como melhoradora do rebanho ovino nordestino. Deve-se salientar que, juntamente com a elevação da produtividade aumentam as exigências no que se refere à adoção de medidas que tenham como base alterações na composição genética do rebanho e melhoria das condições de manejo. As ovelhas apresentam excelente capacidade leiteira para criar os cordeiros, boa prolificidade e, em condições favoráveis, podem ser férteis durante todo o ano (Oliveira, 2001). Os resultados de pesquisas realizadas no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras - MG (Furusho, 1995; Santos, 2000), a raça Santa Inês apresenta alta velocidade de crescimento e produz uma carcaça de boa qualidade, sendo uma raça de potencial para produção de meio sangue em cruzamentos industriais.. 4.

(22) O padrão da pelagem inclui o branco, o vermelho, o preto e o malhado. Em condições de pastejo, o peso de uma ovelha adulta varia de 40 a 60 kg e os machos podem atingir até 130 kg em sistema de confinamento (Sousa, 1987). Na Região Centro-oeste, são escassas as informações sobre o crescimento de ovinos deslanados. Daí a necessidade de que sejam desenvolvidas mais pesquisas, visando selecionar indivíduos precoces e estabelecer critérios mais adequados de seleção.. 2.1.2. Bergamácia. Figura 2. Ovinos da raça Bergamácia Fonte: Arquivo pessoal. A Bergamácia também conhecida como Bergamasca, Bergamasker ou Gigante de Bergamo, é originária da Itália. É uma raça fácil de ser manejada, devido ao seu temperamento dócil. Sua lã, de coloração branca e de espessura média, apresenta baixa qualidade e sua pele muitas vezes é exportada (Macedo,1996). É uma raça rústica, pouco exigente e que prospera, no Brasil, em áreas das regiões Sudeste e Nordeste. É um ovino de grande porte, com altura média de 80 cm e peso de 75 kg na fêmea e 120 kg no macho adulto (Arco, 2005). Nunes et al. (1997) relataram que os animais da raça Bergamácia, além da aptidão leiteira, apresentam condições para produção de carne. Além disso, esses autores consideram serem as fêmeas muito prolíferas, produzindo cordeiros com bom peso ao nascer, favorecendo, a produtividade do rebanho.. 5.

(23) Recomenda-se a raça para a formação de pequenos rebanhos em fazendas mistas e também para melhorar os ovinos brasileiros quanto às produções de carne e leite (Alzugaray, 1986).. 2.1.3. Texel. Figura 3. Ovinos da raça Texel Fonte: www.clubedofazendeiro.com.br. No Brasil, existe um grande interesse pelo estudo dos cruzamentos de raças freqüentemente usadas nos rebanhos ovinos, como é o caso de cruzamentos entre Bergamácia e Santa Inês, com raças especializadas, como a Texel. Esta raça é de origem holandesa, da ilha de Texel. Foi introduzida no Brasil por volta de 1972. Segundo O'Ferral & Tinon (1979) e Latif & Owen (1980) o Texel possui grande potencial para produção de carne magra, sendo viável a sua utilização como raça paterna em cruzamentos industriais. De acordo com Carvalho et al. (1980), essa raça é amplamente utilizada em diversos países, com esta finalidade. A raça Texel é uma das raças com bom potencial para produção de carne na região Centro-oeste, ao passo que os ovinos Santa Inês são predominantes e mais adaptados às condições edafoclimáticas dessa região. Sendo assim, o estudo do desempenho dessas raças em confinamentos na região Centro-oeste é importante para viabilizar a utilização dessas duas raças isoladas ou através de cruzamentos para explorar a complementaridade dessas raças.. 6.

(24) São animais precoces, caracterizando-se pela produção de carcaças de boa qualidade, com baixo teor de gordura e que apresentam também lã branca e, por isso, são muito utilizados no cruzamento industrial com matrizes laneiras ou mistas (Arco, 2005). Em condições de pastagem, os cordeiros machos têm ganhos de peso médio de 300 g e as fêmeas de 275 g, entre os 30 e 90 dias de idade. A raça Texel é considerada prolífera, produzindo carneiros com peso entre 110 a 120 kg e fêmeas adultas com 80 a 90 kg (Arco, 2005).. 2.2. Desempenho dos cordeiros. Os mecanismos de controle do crescimento e desenvolvimento dos ovinos de corte vêm sendo intensamente pesquisados nos últimos anos. Segundo Hammond (1971), o crescimento pode ser definido como o acúmulo de massa, enquanto o desenvolvimento refere-se às mudanças na forma e preenchimento das funções dos indivíduos. Quando se trabalha com animais destinados à produção de carne, faz-se necessário à determinação do peso ideal para abate. Essa determinação deve estar baseada nas exigências do mercado consumidor, já que, de um modo geral, o consumidor deseja uma carcaça com alta proporção de carne, adequada proporção de gordura e uma reduzida proporção de ossos (Santos, 1999). As atividades desenvolvidas por produtores dentro de um sistema de criação de ovinos buscam maximizar a eficiência no processo de desenvolvimento animal. O objetivo é superar os pontos atuais da curva de crescimento e diversos fatores genéticos e ambientais que podem, assim como, suas interações alterar a eficiência do crescimento, bem como a composição e a distribuição dos tecidos corporais. Entre os principais fatores, destacam-se raça, idade, sexo, nutrição e genética. A estimação do peso corporal poderia inclusive ser utilizada para seleção, uma vez que as despesas com mantença estão relacionadas com o peso dos animais e representam uma alta proporção das despesas com alimentação (Martins et al., 2003).. 7.

(25) 2.3. Utilização da ultra-sonografia para predição de características da carcaça. Figura 4. Imagem realizada na área de olho de lombo por ultra-som Fonte: Arquivo pessoal. A técnica de ultra-sonografia começou a ser utilizada inicialmente em bovino de corte na década de 50, pelo Dr. James Stouffer de Cornell University. Na época, os aparelhos eram primitivos, as medições eram difíceis, e os resultados não muito satisfatórios (Sainz et al., 2002). Segundo Thwaites (1984), a ultra-sonografia teve uma mudança significativa nos anos 80, onde o ultra-som, com um número maior de cristais dispostos linearmente possibilitou a geração e a recepção de sinais com maior rapidez. Atualmente os aparelhos são muito mais sofisticados, e os resultados podem ser excelentes (Stouffer,1991). Com o desenvolvimento da tecnologia de ultra-sonografia, tornou-se mais fácil, rápido e barato fazer as medições no animal in vivo. A ultra-sonografia apresenta muitas vantagens para a avaliação genética de qualidade de carcaça. Entretanto, variáveis importantes como o conhecimento e experiência do técnico com aparelho, tipo de fabricante do equipamento, sondas utilizadas, software de interpretação e o parâmetro da característica estudada são fundamentais para determinar a exatidão da técnica de ultra-sonografia (Busboom et al., 2000). A técnica de ultra-som tem sido utilizada em maior escala, principalmente na bovinocultura de corte (Hamlin et al., 1995) e na suinocultura (Liu & Stouffer, 1995),. 8.

(26) e em menor escala na ovinocultura (Stanford et al., 2001) e caprinocultura (Delfa et al., 1999). No Brasil a técnica poderia contribuir na determinação do ponto ideal de abate dos animais nos diferentes sistemas de produção, porém com enfoque bastante diferente, onde a prioridade seria a obtenção do mínimo de espessura de gordura de cobertura (EGC), indicado para prevenir a perda da qualidade da carcaça por resfriamento. Esta metodologia também poderia auxiliar a identificação de práticas de manejo e nutrição que otimizem a deposição de músculo e na seleção de animais de crescimento rápido e com bom rendimento de cortes cárneos (Leão, 2004). Atualmente a carcaça ovina tem se tornado importante objeto de estudo no contexto nacional e sua mensuração oferece grande oportunidade de melhorar a eficiência produtiva do rebanho. Assim, a ultra-sonografia, surge como uma técnica viável (Frost et al., 1997), acurada e de custo aceitável para esta função (Houghton & Turlington, 1992). Vários pesquisadores têm utilizado as medidas obtidas para estimar o desenvolvimento muscular e o grau de acabamento em animais in vivo como estimativa da composição de carcaça (Suguisawa, 2002), assim como, o rendimento de cortes cárneos comerciais antes do abate (May, 2000). Em ovinos são medidas a área de olho de lombo (AOL) e a espessura de gordura de cobertura (EGC) na secção do músculo Longissimus dorsi a partir de imagens tomadas entre a 12ª e a 13ª costelas. Estas estimativas, quando obtidas por técnicos experientes, têm apresentado alta repetibilidade, assim como são altas correlações com as medidas correspondentes tomadas na carcaça após o abate (Moser et al., 1998; Hassen et al., 1999). O conhecimento das medidas obtidas por esta técnica é importante, pois, os coeficientes de correlação são muito influenciados pela variação entre os animais. Assim, caso exista grande variação da característica estudada dentro do rebanho, torna-se imprescindível à utilização da ultra-sonografia em tempo real para estimar melhor as diferenças apresentadas (Busboom et al., 2000). O uso da ultra-sonografia para predizer a porcentagem de gordura intramuscular da carne, embora não muito convincente para alguns pesquisadores (Houghton & Turlington, 1992) está sendo cada vez mais pesquisada e vem demostrando resultados satisfatórios. É uma ferramenta poderosa que pode ajudar o. 9.

(27) Brasil a competir no mercado internacional, oferecendo a qualidade requerida por diferentes mercados consumidores (Hassen et al., 2001). Apesar das medidas de AOL e EGC feitas por ultra-sonografia utilizadas nas equações de predição da composição de carcaça serem acuradas (Silva, 2001), torna-se evidente a necessidade de mais estudos nesta área para obtenção de metodologias mais adequadas e de maior aplicação prática.. 2.4. Medidas corporais. Mensurações morfométricas fornecem informações suplementares em programas de melhoramento genético e são úteis para determinar tendências ao longo dos anos em uma raça (Magnabosco et al.,1996). O conhecimento sobre as medidas corporais de um grupamento genético apresenta notável contribuição para a definição deste grupo, principalmente no que se refere à definição de seu porte a aptidões (Sousa et al., 2003). De acordo com Santana (1996), a avaliação das medidas corporais em animais produtores de carne, como o comprimento do corpo, perímetro torácico, altura da cernelha e da garupa são importantes, pois as mesmas indicam o rendimento de carcaça e a capacidade digestiva e respiratória dos animais. As mensurações morfométricas têm se destacado como importante ferramenta auxiliar na avaliação do desempenho animal e quando analisada juntamente com outros índices zootécnicos, constitui uma importante base de dados para a avaliação individual dos animais e para determinar a evolução do sistema produtivo (Borges et al., 2004). Embora não substituam medidas de características de desempenho, é importante que mensurações sejam feitas para que possam estimar as respostas correlacionadas (Winkler et al.,1997). Apesar da relevante importância da ovinocultura no Brasil, ainda são escassos os dados morfométricos das raças de ovinos de corte. Dessa forma, e considerando-se os progressos na seleção e melhoramento destes animais faz-se necessária à obtenção de novas mensurações.. 10.

(28) Segundo Perez et al. (1996), animais provenientes do cruzamento entre as raças Texel e Bergamácia apresentaram valores maiores para perímetro de garupa, região onde há maior acúmulo de carne, enquanto que os animais da raça Santa Inês puros, obtiveram comprimento de carcaça maior do que os animais provenientes do cruzamento. De acordo com Gregory citado por Hedrick (1983), escores e estimativas subjetivas explicam apenas 20 a 25% da variação nas características de carcaça, que afetam o valor quantitativo e qualitativo das mesmas. Jones et al. (1999), encontraram correlações genéticas entre os escores de conformação e proporções dos tecidos que não foram significativamente diferentes de zero e, portanto, de pequeno valor na predição da composição da carcaça.. 2.5. Características quantitativas da carcaça. 2.5.1 Rendimento de carcaça quente e fria e cortes cárneos. O rendimento é um dos principais fatores que está diretamente relacionado com a qualidade da carcaça. De acordo com Sousa (1993), fatores como idade do animal, raça, sexo, idade ao abate, velocidade de crescimento, sistema de alimentação e cruzamento são importantes na estimativa do rendimento dos diversos tecidos da carcaça. Segundo Pérez (1995), o rendimento é que determina o maior ou menor custo da carne para o consumidor, motivo relevante para despertar o interesse para esse parâmetro, sendo um incentivo para os criadores que investem nessa atividade. A valorização da carcaça ovina depende da relação entre peso vivo e idade, sendo que a meta é a busca de animais que atinjam maiores pesos a menores idades. Atualmente considera-se peso vivo de abate de 30 - 32 kg para os machos, com rendimentos de carcaça que variam de 40 a 50%, levando-se em consideração a conformação da carcaça, que envolve o desenvolvimento e perfil das massas musculares e a quantidade e distribuição da gordura de cobertura (Silva Sobrinho, 2001).. 11.

(29) Segundo Zeola (2002), existem variações no rendimento de carcaça entre sexos. Machos inteiros crescem mais rapidamente do que fêmeas, enquanto machos castrados exibem características intermediárias. Se estes fossem abatidos à mesma idade, os machos produziriam carcaças mais pesadas que a dos machos castrados, que por sua vez pesariam mais do que as das fêmeas. Considerando tais diferenças, o conteúdo de gordura tende a ser maior nas fêmeas, seguido dos machos castrados e menor nos machos inteiros. Yeates (1967), relatou que quando se utilizou o peso da carcaça quente para calcular o rendimento, ocorreu erro de 2 a 3% em decorrência da diferença entre peso da carcaça quente (após o abate) e peso da carcaça frio (24 horas em câmara de refrigeração a 2 - 4C° ), denominado rendimento comercial, que se constitui em um importante indicador da disponibilidade de carne ao consumidor. Para se estimar o rendimento de cortes comerciais, como as proporções de músculos e de tecido adiposo na carcaça, tem sido amplamente utilizados a área transversal do músculo Longissimus dorsi, que é um músculo de maturidade tardia e de fácil mensuração (Veloso, 2002). As carcaças podem ser comercializadas inteiras ou sob a forma de cortes. Os cortes cárneos em peças individualizadas associados à apresentação do produto são fatores importantes na comercialização. A padronização dos cortes a serem comercializados é definida pelo mercado consumidor, que determina pesos mínimos e máximos de acordo com os costumes regionais. O peso ideal para cada corte é aquele em que a sua valorização é máxima tanto para o produtor como para o consumidor. Os cortes possuem valores econômicos diferentes, e a proporção de cada um é importante na avaliação comercial da carcaça (Huidobro & Cañeque, 1993). De acordo com Santos & Pérez (2000a), o sistema de cortes deve respeitar aspectos como quantidades relativas de músculo, gordura e osso; facilidade de realização pelo operador e versatilidade, ou seja, facilidade de uso pelo consumidor.. 12.

(30) Figura 5. Carcaça inteira dos ovinos experimentais Fonte: Arquivo pessoal. 2.5.2. Perdas de peso ao resfriamento. A perda de peso pelo resfriamento ocorre devido à perda de umidade da carcaça na câmara fria durante o processo de resfriamento (Kirton, 1986). Essas dependem da quantidade de gordura de cobertura da carcaça (a qual forma uma camada protetora, que de acordo com sua espessura, determina maior ou menor porcentagem de perda) e da umidade relativa da câmara fria, que deve ser controlada visando menores perdas (Yeates citado por Garcia, 1998). A espessura de gordura subcutânea tem papel relevante na comercialização da carne, sendo fundamental no processo de resfriamento da carcaça. A falta de gordura de cobertura permite uma perda excessiva de água, ocasionando, além da perda de peso, o escurecimento da carne durante o período de resfriamento. De acordo com Silva Sobrinho (2001), os valores mais encontrados na literatura para perdas de peso ao resfriamento estão em torno de 4%, porém essa porcentagem pode variar em função do peso ao abate do animal e do grau de cobertura da carcaça. Carneiro (2001), avaliando características de carcaça de ovinos da raça Texel encontraram o valor médio de 2,7% para as perdas de peso ao resfriamento. Santos & Pérez (1999), não encontraram diferença significativa pelo teste de Tukey (P>0,05) para as raças Santa Inês e Bergamácia.. 13.

(31) 2.5.3. Componentes da carcaça. Segundo Macedo et al. (2000), em relação às características quantitativas das carcaças, o componente de maior importância na carcaça é o músculo, uma vez que este constitui a carne magra, comestível e disponível para venda. Os músculos de maturidade tardia são indicados para representar o índice mais confiável do desenvolvimento e tamanho do tecido muscular, assim o Longissimus dorsi é o mais indicado, pois, além da maturidade tardia, é de fácil mensuração. De acordo com a idade e o sexo do animal, observa-se diferentes proporções de músculo, gordura e osso. Para maiores idades, há diminuição da porcentagem de músculo e aumento na de gordura, tendo variações em sua amplitude os ossos menores (Silva Sobrinho, 2001). A composição tecidual baseia-se na dissecação da carcaça, quando são separados gordura, músculo e osso. A dissecação completa da carcaça, ou da meia carcaça, apenas se justifica em casos especiais, por ser um trabalho lento e oneroso. O mais comum e viável é a utilização de uma parte representativa da carcaça (Osório, 1992). Segundo Galvão et al. (1991), os tecidos, muscular, adiposo e ósseo são os de maior interesse na comparação de carcaças de ovinos. O osso é o tecido de desenvolvimento mais precoce e o músculo, o mais importante na valorização da carcaça, enquanto que o adiposo é o que mais interfere na composição tecidual. A utilização de medidas que possam ser correlacionadas com as composições da carcaça é de grande valia para se evitar o processo oneroso da dessecação total da mesma. Neste contexto, a 12ª costela tem sido apontada como o corte que melhor expressa a proporção de músculo, gordura e osso (Silva & Pires, 2000).. 14.

(32) 2.5.4. Área de olho de lombo. Figura 6. Exemplares das 12ª costelas de ovinos puros e cruzados Fonte: Arquivo pessoal. A área do músculo Longissimus dorsi ou área de olho de lombo é considerada medida representativa da quantidade e distribuição das massas musculares, assim como da qualidade da carcaça (Bonifacino et al.,1979). O lombo, apesar de ser pequeno, é um dos cortes com melhor proporção de músculo, além da facilidade de ser retirado o Longissimus dorsi, e de atingir bom valor no mercado. O músculo dorsal (Longissimus dorsi) possui maturidade tardia e de fácil mensuração, o que torna o músculo de preferência para este propósito. Crouse & Dikeman (1976), demonstraram uma relação positiva entre o músculo dorsal na 12ª costela (Área de olho de lombo) e várias medidas de rendimento da carcaça.. 15.

(33) 3. Objetivos. Os objetivos desse trabalho foram: ♦ Avaliar o desenvolvimento ponderal e a acurácia do método ultra-sonográfico na determinação da área de olho de lombo e da espessura de gordura de cobertura na carcaça de animais resultantes de diferentes grupos genéticos; ♦ Avaliar a influência das raças Santa Inês, Bergamácia, Texel e seus cruzamentos, nas características quantitativas da carcaça e as medidas corporais; ♦ Análise da composição tecidual e mensurações no músculo Longissimus dorsi, na altura da 12ª costela de ovinos de diferentes grupos genéticos.. 16.

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(41) DESEMPENHO DE OVINOS PUROS E CRUZADOS CRIADOS NO DISTRITO FEDERAL RESUMO Foram estudadas as características de carcaça de 48 ovinos machos e inteiros, oriundos de quatro grupos genéticos diferentes, sendo 27 animais da raça Santa Inês, 10 da raça Bergamácia, 5 oriundos do cruzamento do Texel com ovelhas Santa Inês e 6 animais provenientes do cruzamento de um reprodutor Bergamácia com ovelhas Santa Inês. Os animais foram mantidos no pasto (Grupo 1) e em semiconfinamento (Grupo 2). Foram analisadas as características sobre desempenho ponderal e avaliação ultra-sonográfica “in vivo”. Os dados foram analisados usando o procedimento GLM (Análise de variância), CORR (Correlação), REG (Regressão) e teste de médias (Tukey 5%) do programa estatístico SAS (Statistical Analysis System). As correlações entre peso vivo e características ultra-sonográficas mostraram que animais com pesos mais baixos, tendem a possuir menores valores nas características medidas por ultra-som. A correlação entre área de olho de lombo e espessura de cobertura de gordura foi média e positiva, indicando um aumento da espessura de cobertura de gordura. O grupo genético Texel x Santa Inês apresentou maior média para característica de peso semanal. Enquanto que os animais da raça Bergamácia. apresentaram. menores. médias. para. as. características. ultra-. sonográficas, embora ela só tenha diferido do grupo genético Texel x Santa Inês, que apresentou as maiores médias para essas características.. Palavras-chave: aol, medidas, cruzamento. 24.

(42) PERFORMANCE IN PURE AND CROSSBRED SHEEP IN THE FEDERAL DISTRICT ABSTRACT Performance and carcass traits were studied on 48 male entire sheep from four genetic groups with 27 animals Santa Inês, 10 Bergamasca, 5 from a cross with Texel sire and Santa Inês dams and 6 from a cross with a Bergamasca sire and Santa Inês dams. Animals were reared at pasture (Group 1) and in semi-confinement (Group 2). Performance traits and ultra-sound evaluations were taken on the animals. Data were analyzed using the GLM (General Linear Model) procedure of SAS ®, as well as CORR (Correlation), REG (Regression and means compared using Tukey (5%). Correlations between weights and ultrasound traits showed that lighter animals had lower ultrasound measures. The correlation between eye muscle área and fat cover was medium and positive, indicating that an increase in depth was associated with an increase in fat cover. The Texel x Santa Inês group showed higher growth rates and the Bergamasca lowest ultrasound measures and these were only significantly different from the Texel x Santa Inês, which had the highest values for these traits.. Key words: aol, measures, crossing. 25.

(43) CAPÍTULO 2 – DESEMPENHO DE OVINOS PUROS E CRUZADOS CRIADOS NO DISTRITO FEDERAL. 1. INTRODUÇÃO. O Brasil é o nono maior produtor de ovinos do mundo. A população de ovinos é de aproximadamente 14.731.000 milhões de cabeças, sendo que o maior rebanho encontra-se na região Nordeste com 8.030.000 cabeças, das quais 3.024.169 estão na Bahia, sendo o estado com maior rebanho. As regiões Sul e Sudeste contam com, respectivamente, 4.357.000 e 434.054 cabeças (Anualpec, 2004). Na região Centro-oeste a criação de ovinos de corte é desenvolvida principalmente em sistema extensivo, com pouca tecnologia e baixo investimento em infra-estrutura, o que inviabiliza o controle de desempenho a partir da pesagem periódica dos animais e mensurações no animal vivo que permitam predizer características quantitativas da carcaça, rendimento e proporção de cortes. A avaliação das medidas corporais dos animais produtores de carne como comprimento do corpo, altura da cernelha e garupa, perímetro torácico e do pernil, entre outros, poderão influenciar o preço de venda do produto, modificando a percepção visual do consumidor e favorecendo o consumo de carne ovina (Santana, 2001). Os ovinos deslanados são utilizados para a produção de carne e pele. Estes animais destacam-se, sobretudo, pela rusticidade, fator que os faz obter bom desempenho produtivo. A raça Santa Inês apresenta tamanho corporal superior às demais raças de ovinos deslanados (Araújo,1997). A raça Texel surge como uma alternativa em cruzamentos industriais, sendo viável a sua utilização como raça paterna, pois possui grande potencial de carne magra (Latif & Owen, 1980). A demanda por carne ovina, verificada nos últimos anos, tem proporcionado um crescimento da ovinocultura em várias regiões do mundo. Este fato, associado à maior eficiência de produção e comercialização do produto, resultará em uma oferta de carne de qualidade, oriundas de animais jovens com quantidades adequadas de músculo e gordura na carcaça (Kempster et al.,1987). No entanto, os sistemas tradicionais de produção não conseguem abastecer esse crescente mercado, parte. 26.

(44) devido ao uso de grupos genéticos não apropriados para as respectivas regiões de exploração (Sousa et al, 2003). A forma mais rotineira de se medir o crescimento é pelo aumento de peso em um determinado período de tempo, ou seja, a velocidade de crescimento pode ser determinada pelo ganho de peso diário. O peso vivo é, geralmente, a medida mais segura do rendimento de carne do animal. As medidas corporais, no entanto, podem servir como indicadores do peso vivo e de rendimento de carcaça. Vários trabalhos têm destacado a importância do conhecimento da correlação entre tamanho corporal e peso vivo no estabelecimento de critérios de seleção (Bathaei, 1995). Ovinocultores com visão empresarial buscam adequar seus sistemas de produção para melhorar a eficiência produtiva do rebanho, tentando associar a rusticidade de algumas raças à utilização de instrumentos de alta tecnologia que permitem medições precisas de componentes do tecido animal e composição da carcaça, as quais são difíceis de serem obtidas por inspeção visual ou palpação no animal vivo (Miller, 2001). Assim, a ultra-sonografia, surge como uma técnica viável para estimar a espessura de gordura de cobertura (EGC) e área de olho de lombo (AOL) a partir de imagens tomadas nos animais vivos. Desta forma, o objetivo do trabalho foi o de verificar o efeito de diferentes grupos genéticos sobre o desempenho ponderal e obter medidas de área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea, utilizando a tecnologia de ultra-sonografia real time.. 27.

(45) 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Local Este experimento foi desenvolvido no período de 2004 e 2005 no Centro de Manejo de Ovinos na Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília - UnB, localizado junto à cidade de Brasília - DF. O clima da região é do tipo AW pela classificação de Köppen, com temperatura média anual de 21,1° C, tendo 16° C e 34° C como mínima e máxima absolutas, respectivamente. A precipitação anual média é de 1.578,5 mm e a média anual de umidade relativa do ar, é de 68%.. 2.2. Animais e instalações Foram utilizados 48 ovinos machos , de parto simples e gemelares, oriundos de quatro grupos genéticos diferentes, sendo 27 animais da raça Santa Inês (SI), 10 da raça Bergamácia (B), 5 oriundos do cruzamento do Texel com ovelhas Santa Inês (TE x SI) e 6 animais provenientes do cruzamento de um reprodutor Bergamácia com ovelhas Santa Inês (B x SI). Ao nascer os cordeiros foram identificados individualmente com coleiras de metal e permaneceram junto de suas respectivas mães, até atingirem 15 kg, peso determinado para o desmame. Os animais no final da tarde eram recolhidos em baias localizadas em galpão com piso de concreto e cobertos com telhas de zinco. Em média, os animais do primeiro lote tinham 1 ano e os do segundo e tinham entre 5 a 10 meses de idade. As pesagens dos cordeiros e as medidas ultra-sonográficas, foram realizadas a cada 7 e 30 dias, respectivamente, com a finalidade de monitorar o desenvolvimento ponderal dos mesmos, até a data estabelecida para o abate.. 2.3. Manejo alimentar Os animais do primeiro lote, nascidos entre março e maio de 2004, foram mantidos em regime semi-extensivo, numa pastagem de Andropogon gayanus, recebendo suplementação de concentrado de 300 g/cab/dia no final da tarde. O fornecimento de sais minerais foi feito à vontade. Já os animais do segundo lote. 28.

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