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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂNEA RIO GRANDE DO NORTE DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO DO POTENGI

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Texto

(1)

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO

DE SÃO PAULO DO POTENGI

Setembro/2005

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL

RIO GRANDE DO NORTE

PROJETO CADASTRO

DE FONTES DE

ABASTECIMENTO POR

ÁGUA SUBTERRÂNEA

CPR M

Ser vi ço Geológi co do Brasi l Secret aria de Geologia, Mineração e Transfor mação Mineral Secretaria de Desenv olvi mento Ener géti co Mi nistério de Minas e Energi a

C PR M - SE RV I ÇO G E OLÓ GIC O DO BR ASI L

P ROD EE M -PRO G RAM A DE DESEN VOL VIM ENT O

(2)

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Silas Rondeau Cavalcante Silva

Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVA

Nelson José Hubner Moreira

Secretário Executivo

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E

DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO

Márcio Pereira Zimmermam

Secretário

SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO

E TRANSFORMAÇÃO MINERAL

Cláudio Scliar

Secretário

PROGRAMA LUZ PARA TODOS

Aur élio Pav ão

Diretor

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E

MUNICÍPIOS PRODEEM

Luiz Carlos Vieira

Diretor

SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM

Agamenon S érgio Lucas Dantas

Diretor-Presidente

Jos é Ribeiro Mendes

Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial

Manoel Barretto da Rocha Neto

Diretor de Geologia e Recursos Minerais

Álvaro Rog ério Alencar Silva

Diretor de Administra ção e Finan ças

Fernando Pereira de Carvalho

Diretor de Rela ções Institucionais e Desenvolvimento

Frederico Cl áudio Peixinho

Chefe do Departamento de Hidrologia

Fernando Antonio Carneiro Feitosa

Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção

Ivanaldo Vieira Gomes da Costa

Superintendente Regional de Salvador

Jos é Wilson de Castro Tem óteo

Superintendente Regional de Recife

H élbio Pereira

Superintendente Regional de Belo Horizonte

Darlan Filgueira Maciel

Chefe da Resid ência de Fortaleza

Francisco Batista Teixeira

(3)

Ministério de Minas e Energia

Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral

Programa Luz Para Todos

Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM

Serviço Geológico do Brasil - CPRM

Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR

ÁGUA SUBTERRÂNEA

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE SÃO PAULO DO

POTENGI

ORGANIZA ÇÃO DO TEXTO

Breno Augusto Beltrão Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha

João de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza Junior Saulo de Tarso Monteiro Pires Valdecí lio Galvão Duarte de Carvalho

Recife

Setembro/2005

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CPRM - Serviç o Geoló gico do Brasil

Projeto cadastro de fontes de abastecimento por á gua subterrâ nea. Diagnó stico do municí pio de Sã o Paulo do Potengi, estado do Rio Grande do Norte / Organizado [por] Joã o de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrã o, Luiz Carlos de Souza Junior, Saulo de Tarso Monteiro Pires, Dunaldson Eliezer Guedes Alcoforado da Rocha, Valdecí lio Galvã o Duarte de Carvalho. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.

11 p. + anexos

“ Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrâ nea, estado do Rio Grande do Norte.”

1. Hidrogeologia – Rio Grande do Norte - Cadastros. 2. Água subterrâ nea – Rio Grande do Norte - Cadastros. I. Mascarenhas, Joã o de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. Souza Jú nior, Luiz Carlos de org. IV. Pires, Saulo de Tarso Monteiro org. V. Rocha, Dunaldson Eliezer Guedes Alcoforado da org. VI. Carvalho, Valdecí lio Galvã o Duarte de org. VII. Tí tulo.

CDD 551.49098132

COORDENA ÇÃO GERAL Frederico Cláudio Peixinho - DEHID COORDENA ÇÃO T ÉCNICA Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA

Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP COORDENA ÇAO REGIONAL Jaime Quintas dos S. Colares - REFO Francisco C. Lages C. Filho - RESTE Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE Jos é Alberto Ribeiro - REFO

Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA Oderson A. de Souza Filho - REFO EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO SUREG-RE

Ari Teixeira de Oliveira Breno Augusto Beltr ão Cícero Alves Ferreira Cristiano de Andrade Amaral Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Franklin de Moraes

Frederico Jos é Campelo de Souza Jardo Caetano dos Santos Jo ão de Castro Mascarenhas Jorge Luiz Fortunato de Miranda Jos é W ilson de Castro Temoteo Luiz Carlos de Souza J únior Manoel Julio da Trindade G. Galv ão Saulo de Tarso Monteiro Pires S érgio Monthezuma Santoianni Guerra Simeones Néri Pereira

Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho Vanildo Almeida Mendes

SUREG-SA

Edmilson de Souza Rosas Edvaldo Lima Mota

Hermínio Brasil Vilaverde Lopes Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho Jos é Cl áudio Viegas Luis Henrique Monteiro Pereira Pedro Ant ônio de Almeida Couto V ânia Passos Borges SUREG-BH

Ang élica Garcia Soares Eduardo Jorge Machado Sim ões Ely Soares de Oliveira Haroldo Santos Viana

Reynaldo Murilo D. Alves de Brito REFO

Ân gelo Tr évia Vieira Felicíssimo Melo Francisco Alves Pessoa J áder Parente Filho

Jos é Roberto de Carvalho Gomes Liano Silva Veríssimo

Luiz da Silva Coelho Rob ério B ôto de Aguiar RESTE

Antonio Reinaldo Soares Filho Carlos Ant ônio Luz Cipriano Gomes Oliveira Heinz Alfredo Trein Ney Gonzaga de Souza EM DESTAQUE

Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO

RECENSEADORES Ac ácio Ferreira Júnior Adriana de Jesus Felipe Alerson Falieri Suarez Almir Gomes Freire – CPRM Ân gela Aparecida Pezzuti Antonio Celso R. de Melo - CPRM Antonio Edílson Pereira de Souza Antonio Jean Fontenele Menezes Antonio Manoel Marciano Souza Antonio Marques Honorato Armando Arruda C. Filho - CPRM Carlos A. G óes de Almeida - CPRM Celso Viana Marciel

Cícero Ren é de Souza Barbosa Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena Claudionor de Figueiredo Cleiton Pierre da Silva Viana Cristiano Alves da Silva Edivaldo Fateicha - CPRM Eduardo Benevides de Freitas Eduardo Fortes Cris óstomos Eliomar Coutinho Barreto Emanuelly de Almeida Le ão Emerson Garret Menor Emicles Pereira C. de Souza Ér ika Peconnick Ventura Erval Manoel Linden - CPRM Ewerton Torres de Melo F ábio de Andrade Lima F ábio de Souza Pereira F ábio Luiz Santos Faria Francisco Augusto A. Lima Francisco Edson Alves Rodrigues Francisco Ivanir Medeiros da Silva Francisco Jos é Vasconcelos Souza Francisco Lima Aguiar Junior Francisco Pereira da Silva - CPRM Frederico Antonio Araújo Meneses Geancarlo da Costa Viana Genivaldo Ferreira de Ara újo Gustavo Lira Meyer Haroldo Brito de Sá Henrique Cristiano C. Alencar Jamile de Souza Ferreira Jaqueline Almeida de Souza Jeft é Rocha Holanda Jo ão Carlos Fernandes Cunha Jo ão Luis Alves da Silva Joelza de Lima En éas Jorge Hamilton Quidute Goes Jos é Carlos Lopes - CPRM Joselito Santiago Lima Josemar Moura Bezerril Junior Julio Vale de Oliveira K ênia Nogueira Di ógenes Marcos Aurélio C. de G óis Filho Matheus Medeiros Mendes Carneiro Michel Pinheiro Rocha

Narcelya da Silva Ara újo Nic ácia D ébora da Silva Oscar Rodrigues Acioly Júnior Paula Francinete da Silveira Baia Paulo Eduardo Melo Costa Paulo Fernando Rodrigues Galindo Pedro Hermano Barreto Magalh ães Raimundo Correa da Silva Neto Ramiro Francisco Bezerra Santos Raul Frota Gon çalves

Saulo Moreira de Andrade -CPRM S érvulo Fernandez Cunha Thiago de Menezes Freire Valdirene Carneiro Albuquerque Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM Vilmar Souza Leal – CPRM Wagner Ricardo R. de Alkimim Walter Lopes de Moraes Junior TEXTO

ORGANIZA ÇÃO Breno Augusto Beltr ão

Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Jo ão de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza Junior Saulo de Tarso Monteiro Pires Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

Breno Augusto Beltr ão

Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Jo ão de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza J únior Saulo de Tarso Monteiro Pires Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho

ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS Breno Augusto Beltr ão

FIGURAS ILUSTRATIVAS Aloízio da Silva Leal

Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jaqueline Pontes de Lima

N úbia Chaves Guerra Waldir Duarte Costa Filho MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA Robson de Carlo Silva

Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino BANCO DE DADOS

Desenvolvimento dos Sistemas Josias Barbosa de Lima Ricardo C ésar Bustillos Villafan Coordena ção

Francisco Edson Mendonça Gomes Administra ção

Eriveldo da Silva Mendon ça EDITORA ÇÃO ELETR ÔN ICA Aline Oliveira de Lima

Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jaqueline Pontes de Lima

SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO Claudio Scheid

Jos é Pessoa Veiga Junior Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S Dalvanise da Rocha S. Bezerril

(5)

APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir

conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do

Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,

ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de

Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do

governo federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,

desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e

interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social

e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras

instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,

dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da

região nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de

Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que

engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,

Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com

múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do

PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de

receber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de

Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e

Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar

suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações

consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no

tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das

comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro Mendes

Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial

CPRM – Serviço Geológico do Brasil

(6)

SUMÁ RIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODU ÇÃO

1

2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA

1

3. METODOLOGIA

2

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍ PIO DE S ÃO PAULO DO POTENGI

2

4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO

2

4.2 - ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS

3

4.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS

3

4.4 - GEOLOGIA

4

5. RECURSOS HÍ DRICOS

5

5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS

5

5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

5

5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS

5

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

5

6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS

9

7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

10

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

11

ANEXOS

1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA

(7)

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi Estado do Rio Grande do Norte

1

1. INTRODU ÇÃO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espa ço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da hist ória do Brasil.

Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, atrav és de uma gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de conviv ência com a seca exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de água superficiais e subterr âneas.

Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os setores, tanto do n úmero quanto da situa ção das captações existentes, fato este agravado quando se observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo.

Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia.

Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km2 da regi ão Nordeste do Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.

2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA

A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi Estado do Rio Grande do Norte

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3. METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realiza ção desse projeto teve como base a experi ência da CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com sucesso em 1998 e 2001, respectivamente.

Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a 25.000 km2. Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.

O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterr ânea (po ço tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do

Global Positioning System (GPS) e obten ção de todas as informações passíveis de serem coletadas

atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situa ção da captação, dados operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrol ógicos).

Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia e Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto, cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e compreens ão acessível a diferentes usu ários.

Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites municipais foi cedida pelo IBGE.

H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos tra çados desses limites, seja pela pequena escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou, simplesmente, erro na obten ção das coordenadas.

Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção.

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE S ÃO PAULO DO POTENGI 4.1 - Localiza ção e Acesso

O município de S ão Paulo do Potengi situa-se na mesorregi ão Agreste Potiguar e na microrregi ão Agreste Potiguar, limitando-se com os municípios de Santa Maria, Riachuelo, Senador El ói de Souza, Serra Caiada, Lagoa de Velhos, S ão Pedro e Barcelona, abrangendo uma área de 221 km², inseridos nas folhas Jo ão C âmara (SB.25-V-C-IV) e S ão Jos é do Campestre (SB.25-Y-A-I), na escala 1:100.000, editadas pela SUDENE.

A sede do município tem uma altitude m édia de 91 m e coordenadas 05°53’42,0” de latitude sul e 35°45’46,8” de longitude oeste, distando da capital cerca de 69 km, sendo seu acesso, a partir de Natal, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-226 e RN-203.

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi Estado do Rio Grande do Norte

3 Paraíba Ceará Ceará Paraíba Paraíba Oceano A tlântico Escala Grá fica 0 16 32 48 64km Legenda Sede do município Rodovi a Federal Rodovi a Estadual Limite Municipal Limite Estadual N

Figura 2 - Mapa de acesso rodovi ário 4.2 - Aspectos Socioecon ômicos

O município de S ão Paulo do Potengi foi criado pela Lei nº 268, de 30/12/1943, desmembrado de Macaíba.

Segundo o censo de 2000, a popula ção total residente é de 13.822 habitantes, dos quais 6.870 do sexo masculino (49,70%) e 6.952 do sexo feminino (50,30%), sendo que 9.899 vivem na área urbana (71,60%) e 3.923 na área rural (28,40%). A popula ção atual estimada é de 15.133 habitantes (IBGE/2005). A densidade demogr áfica é 62,63 hab/km2.

A rede de sa úde disp õe de 01 Hospital, 01 Policlínica, 01 Unidade Mista, 02 Centros de Sa úde, 28 leitos. Na área educacional, o município possui 28 estabelecimentos de ensino, sendo 09 de ensino pr é-escolar, 17 de ensino Fundamental e 02 de ensino m édio. Da popula ção total, 68,90% s ão alfabetizados.

O município possui 3.275 domicílios permanentes, sendo 2.434 na área urbana e 841 na área rural. Existem ainda, 2.465 domicílios com abastecimento d’ água atrav és da rede geral, 318 atrav és de po ço ou nascente e 492 por outras fontes. Apenas 1.767 domicílios est ão ligados à rede de esgotos e 2.334 t êm coleta regular de lixo.

As principais atividades econ ômicas s ão: agropecu ária, extrativismo e com ércio.

Na infra-estrutura existem: 02 ag ências banc árias, 01 Ag ência dos Correios, 04 pousadas, 03 repetidoras de TV, 05 jornais em circula ção, 01 esta ção de r ádio, al ém de 159 empresas com CNPJ atuantes no com ércio varejista. (Fonte: IDEMA – 2001).

No ranking de desenvolvimento, S ão Paulo do Potengi est á em 61º lugar no estado (61/167 municípios) e em 3.889º lugar no Brasil (3.889/5.561 municípios) Fonte: (www.desenvolvimentomunicipal.com.br).

O IDH-M=0,642 (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – www. FJP.gov.br/produtos/cees/idh/Atlas_idh.php).

4.3 - Aspectos Fisiográficos Clima

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi Estado do Rio Grande do Norte

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Precipita ção Pluviom étrica Anual: normal: 562,1mm observada: 640,1mm desvio: 78,0mm Período Chuvoso: mar ço a junho

Temperaturas M édias Anuais: m áxima: 32,0 C° m édia: 27,2C° mínima: 21,0 C° Umidade Relativa M édia Anual: 70%

Horas de Insola ção: 2.700

Forma ção Vegetal

Caatinga Hiporxer ófila - vegeta ção de clima semi- árido, apresenta arbustos e árvores com espinhos e de aspecto menos agressivo do que a caatinga Hiperxer ófila. Entre outras esp écies destacam-se a catingueira, angico, bra úna, juazeiro, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.

Solos

Solos predominantes e características principais:

Planossolo Sol ódico - fertilidade natural alta, textura argilosa e arenosa, relevo suave ondulado, imperfeitamente drenados, rasos.

Uso: s ão utilizados, principalmente, com pecu ária e em pequenas áreas com algod ão, milho e feij ão consorciados al ém de palma forrageira, em alguns locais. Apresentam fortes limita ções ao uso agrícola pela falta d’ água (racham) e moderadas limita ções pelo excesso d’ água (encharcam), durante o período chuvoso. A irriga ção é problem ática, vez que são rasos, apresentam problemas de manejo e consider ável teor de sódio troc ável. Seu aproveitamento racional com pecu ária requer melhoramento de pastagens e intensificação da palma forrageira.

Aptid ão Agrícola: regular para pastagem plantada e aptas para culturas especiais de ciclo longo, tais como: algod ão arb óreo, sisao, caju e coco.

Sistema de Manejo: m édio nível tecnol ógico. As pr áticas agrícolas est ão condicionadas ao trabalho bra çal e a tra ção animal com implementos agrícolas simples.

Relevo

De 50 a 200 metros de altitude.

Depress ão sub-litor ânea - terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude. Ocorre entre os tabuleiros costeiros e o Planalto da Borborema.

4.4 - Geologia

O Município de S ão Paulo do Potengi, geologicamente inserido na Província Borborema, est á constituído por lit ótipos dos complexos Presidente Juscelino, Jo ão C âmara e Santa Cruz e por dep ósitos col úvio-eluviais, como mostra a Figura 3

O Complexo Presidente Juscelino(A23γj) encerra ortognaisses TTG, metaluminosos e peraluminosos migmatizados e migmatitos bandados.

O Complexo Jo ão C âmara(PP2γjc), por sua vez, é formado por migmatitos bandados e nebulíticos, com mesossoma granodiorítico, enquanto que o Complexo Santa Cruz(PP2γsc), compreende augen-gnaisses graníticos, leuco-ortognaisses-quartzo-monzoníticos a graníticos.

Os dep ósitos col úvio-eluviais(NQc), são predominantemente constituídos por sedimentos arenosos a areno-argilosos, por vezes conglomer áticos.

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi Estado do Rio Grande do Norte

5 35°42’ 35°44’ 35°46’ 35°48’ 35°50’ 5°52’ 5°54’ 5°56’ 5°58’ 6°00’ 5°52’ 5°54’ 5°56’ 5°58’ 6°00’ 35°42’ 35°44’ 35°46’ 35°48’ 35°50’ PP2 jc A3 es PP2 sc NQc A23 j RN203 RN120 RN120

São Paulo do Potengi N

Depósi tos co lúvio-elu viais : Se dimento areno so , areno-argiloso e conglomerático.

Complexo Presidente Juscelino: ortognai sse TTG, metalumin oso a peraluminoso migmatizado e migmatito bandado (3255 Ma U-Pb) Complexo Senador Elói de Souza: ortognaisse oligocl ási o com intercalações de metamáficas (3033 Ma U-Pb)

Complexo Santa Cruz: augen-gnaisse granítico, leuco-ort ognaisse quartzo monzonítico a granítico (2069 Ma U-Pb ) Complexo João Câmara: migmati to band ado e nebulítico com mesosso ma granodiorítico (2349 Ma U-Pb)

Cenozóico Paleopreterozóic o Mesoarqueano Paleoar queano NQc A23 j A3 es PP2 sc PP2 j c

Contato geol ógico

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

CONVENÇÕES GEOLÓGICAS

Lim ites In t erm un icipais Rios e riachos S ede M unicipal Rod ovias UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS Santa Maria Riachu elo Barcelona Lago a do s Ve lhos

Senador Elói de So uza São Pe dro

PP2 jc

NQc

Figura 3 - Mapa Geol ógico

5. RECURSOS HÍDRICOS 5.1 - Águas Superficiais

O município de S ão Paulo do Potengi encontra-se totalmente inserido nos domínios da bacia hidrogr áfica do Rio Potengi, que banha o município. Os principais tribut ários s ão os riachos: dos Macacos, dos Paus, Campos Novos, da Serra, Salgado e Pedra Branca. O principal corpo de acumula ção é o a çude p úblico Campo Grande, alimentado pelo Rio Potengi (34.000.000m3). Todos os cursos d’ água t êm regime intermitente e o padr ão de drenagem é o dendrítico.

5.2 - Águas Subterrâneas

5.2.1 - Domínios Hidrogeol ógicos

O município de S ão Paulo do Potengi est á inserido no Domínio Hidrogeol ógico Intersticial e no Domínio Hidrogeol ógico Fissural. O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares dos Dep ósitos Col úvio-eluviais. O Domínio Fissural é composto de rochas do embasamento cristalino que englobam o domínio rochas metam órficas constituído do Complexo Jo ão C âmara e o sub-domínio rochas ígneas do Complexo Santa Cruz, Complexo Senador El ói de Souza e do Complexo Presidente Juscelino.

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Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi Estado do Rio Grande do Norte

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6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

O levantamento realizado no município registrou a exist ência de 38 pontos d’ água, sendo todos po ços tubulares, conforme mostra a fig.6.1.

Poços tubulares

100%

Poços tubulares

Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município

Com rela ção à propriedade dos terrenos onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados, podemos ter: terrenos p úblicos, quando os terrenos forem de serventia p ública e; particulares, quando forem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 02 pontos d’ água em terrenos p úblicos e 36 em terrenos particulares. Particulares 95% Públicos 5% Particulares Públicos

Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares.

Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina a água, os pontos cadastrados foram classificados em: comunit ários, quando atendem a v árias famílias e; particulares, quando atendem apenas ao seu propriet ário. A fig.6.3 mostra que 11 pontos d’ água destinam-se ao atendimento comunit ário, 04 ao atendimento particular e 23 pontos n ão tiveram a finalidade do abastecimento definida.

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7 Indefinidos 60% Particulares 11% Comunitários 29% Indefinidos Comunitários Particulares

Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos po ços.

Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em opera ção,

paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavam

normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com sistemas de bombeamento e distribui ção. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e po ços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção.

A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada em n úmeros absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.

Quadro 6.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso

Natureza do Poço Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado Indefinido

Comunitário 3 5 - 3 -Particular - 2 1 1 -Indefinido 4 14 4 1 -Total 7 21 5 5 -Em Operação 56% Não Instalados 13% Paralisados 13% Abandonados 18% Abandonados Em Operação Não Instalados Paralisados

Fig.6.4 – Situa ção dos po ços cadastrados

Em rela ção ao uso da água, 22% dos pontos cadastrados s ão destinados ao consumo dom éstico prim ário ( água de consumo humano para beber), 33% s ão utilizados para os usos dom éstico secund ário ( água de consumo humano para uso geral), 2% para uso na agricultura e 43% para dessedenta ção animal, conforme mostra a fig.6.5.

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8 Animal 43% Doméstico Primário 22% Doméstico Secundário 33% Agricultura 2% Agricultura Animal Doméstico Primário Doméstico Secundário

Fig.6.5 – Uso da água

A fig.6.6 mostra a rela ção entre os po ços tubulares atualmente em opera ção e os po ços inativos (paralisados e n ão instalados) que s ão passíveis de entrar em funcionamento.

Verificou-se a exist ência de 10 poços particulares n ão instalados ou paralisados e, portanto, passíveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos 21 po ços que estão em operação.

0 5 10 15 20 Particular 20 10 Público 1 0

Em Operação Paral/N. Instalado

Fig.6.6 – Rela ção entre po ços em uso e desativados

Com rela ção à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos po ços, a fig.6.7 mostra que 08 po ços utilizam energia el étrica, sendo 01 p úblico e 07 particulares, enquanto 14 poços utilizam outras formas de energia, sendo todos particulares.

0 2 4 6 8 10 12 14 Particular 7 14 Público 1 0

Energia Elétrica Outras Fontes

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6.1 - Aspectos Qualitativos

Com rela ção à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.

Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator, que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água. Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece o teor de s ólidos dissolvidos.

Conforme a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l. Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção.

Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos):

0 a 500 mg/l água doce 501 a 1.500 mg/l água salobra

> 1.500 mg/l água salgada

Foram coletadas e analisadas amostras de 26 poços tubulares. Os resultados das an álises mostraram valores oscilando de 1081,60 e 9165,00 mg/l, com valor m édio de 4741,38 mg/l. Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classifica ção das águas subterr âneas no município, verifica-se a predomin ância de água salina, com 92,30% dos po ços amostrados.

Quadro 6.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço

Qualidade da água Em Uso Não Instalado Paralisado Indefinido Total

Doce - - - - 0 Salobra 1 1 - - 2 Salina 20 2 2 - 24 Total 21 3 2 0 26 Salina 93% Salobra 7% Doce 0% Salina Salobra Doce

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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´ água executado no município permitiu estabelecer as seguintes conclusões:

• A situa ção atual dos po ços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 a seguir:

Quadro 7.1 – Situa ção atual dos po ços cadastrados no município.

Natureza

do Poço Abandonado

Em Operação

Não

Instalado Paralisado Indefinido Total

Público 1 (50%) 1 (50%) - - - 2 (5%)

Particular 6 (17%) 20 (56%) 5 (14%) 5 (14%) - 36 (95%)

Indefinido - - - 0 (0%)

Total 7 (18%) 21 (55%) 5 (13%) 5 (13%) - 38 (100%)

• Os 38 pontos d’ água cadastrados s ão todos po ços tubulares, sendo que 21 (55,00%) encontram-se em opera ção e 07 (18,00%) foram descartados (abandonados) por estarem secos ou obstruídos. Os 10 pontos restantes (26,00%) incluem os n ão instalados e os

paralisados, por motivos os mais diversos. Estes po ços representam uma reserva potencial

substancial, que pode vir a reforçar o abastecimento no município se, ap ós uma an álise t écnica apurada, forem considerados aptos à recupera ção e/ou instala ção. Cabe à administra ção municipal promover ou articular o processo de an álise desses po ços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no município.

• Foram feitos testes de condutividade em 28 amostras d’ água (73,70% dos po ços cadastrados), das quais, todas apresentaram águas salobras e/ou salgadas (100,00%), evidenciando a necessidade de uma nterven ção do poder p úblico, principalmente no que concerne aos poços comunit ários, visando a instalação de dessalinizadores, para melhoria da qualidade da água oferecida à popula ção e redu ção dos riscos à sa úde existentes.

• Po ços paralisados ou n ão instalados em virtude da alta salinidade e que possam ter uso comunit ário, tamb ém devem ser analisados em detalhe (vaz ão, an álise físico-química, no de famílias atendidas, etc) para verifica ção da viabilidade da instala ção de equipamentos de dessaliniza ção.

• Com rela ção ao item anterior, deve ser analisada a possibilidade de treinamento de moradores das proximidades dos po ços, para manuten ção de bombas e dessalinizadores em caso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem os responsáveis por fazer a comunica ção à Prefeitura Municipal, em caso de problemas mais graves, para que sejam tomadas ou articuladas as medidas cabíveis.

• Importante chamar a aten ção para o lan çamento inadequado dos rejeitos dos dessalinizadores (geralmente direto no solo). É necess ário que as prefeituras se empenhem no sentido de dotar os po ços equipados com dessalinizadores, de um recept áculo adequado, evitando a polui ção do aq üífero e a saliniza ção do solo.

• Todos os po ços deveriam sofrer manuten ção peri ódica para assegurar o seu pleno funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manuten ção peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do po ço e sua manuten ção e limpeza, al ém de limpeza do po ço como um todo, possibilitando a recupera ção ou manuten ção das suas vaz ões originais.

• Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem ser implantadas em todos os po ços ativos e paralisados, passíveis de recupera ção, medidas de proteção sanit ária tais como: selo sanit ário, tampa de proteção, limpeza permanente do terreno, cerca de prote ção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a pr ópria popula ção benefici ária do po ço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadas medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando evitar a contamina ção do len çol fre ático por queda acidental de pequenos animais e introdu ção de corpos estranhos, especialmente por crian ças, fato muito comum nas áreas visitadas.

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8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.

BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de Informa ções Geogr áficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível em 04 CD’s.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos municípios do Estado do Rio Grande do Norte.

RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e

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ANEXO 1

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Diagnóstico do Municí pio de São Paulo do Potengi – Estado do Rio Grande do Norte

C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD PO ÇO LOCALIDADE S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L)

CK310

ASSENTAMENTO PEDRA

BRANCA 055154,0 354622,7 Po ço tubular P úblico Abandonado N ão equipado Dom éstico Prim ário, CK311 VARZEA 055119,6 354731,5 Po ço tubular Particular 20 Paralisado Catavento

Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, Animal,

CK312 VARZEA FRIA 055128,6 354734,0 Po ço tubular Particular 50 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, Agricultura, 9165 CK314 CONDESSA 055352,6 354856,5 Po ço tubular Particular 60 N ão Instalado N ão equipado , 2542 CK315 JUREMA 055406,7 354915,7 Po ço tubular P úblico Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, 8990 CK316 CURICACA 055415,8 354731,8 Po ço tubular Particular 6,63 N ão Instalado N ão equipado , 1599 CK317 SAO FRANCISCO 055442,2 354811,1 Po ço tubular Particular 60 Paralisado Catavento

Dom éstico Prim ário, Dom éstico Secund ário, Animal, CK318 SAO FRANCISCO 055445,7 354847,8 Po ço tubular Particular 10 Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, 1866 CK320 CACHOEIRINHA 055900,3 354446,5 Poço tubular Particular 60 Em Opera ção N ão equipado Animal, 3081 CL136 SITIO PALESTINA 055952,6 354220,1 Po ço tubular Particular 18 Abandonado N ão equipado ,

CL241 CACHOEIRINHA 055730,1 354457,3 Po ço tubular Particular 60 Em Opera ção Bomba injetora Trif ásica Doméstico Secund ário, Animal, 2132 CL242 CACHOEIRINHA 055617,0 354451,9 Po ço tubular Particular 60 Paralisado N ão equipado Dom éstico Prim ário, Animal, 6162 CL243 CACHOEIRINHA 055531,6 354514,3 Po ço tubular Particular 60 Em Opera ção Bomba injetora Animal, 7384 CL244 LAGOA DO CANTO 055455,3 354333,7 Po ço tubular Particular 50 Em Opera ção Catavento Monof ásica

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, Animal, 1320 CL245 ARISCO DE CONDESSA 055534,4 354704,3 Po ço tubular Particular 50 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 1749 CL246 ARISCO DA CONDESSA 055526,9 354727,4 Po ço tubular Particular 51 Abandonado N ão equipado , 6565 CL247 LAGOA COMPRIDA 055542,0 354816,8 Po ço tubular Particular 50 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 3738 CL248 VOLTA DO MOCO 055537,4 354433,1 Po ço tubular Particular 60 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 5584 CL249 MOCO 055637,7 354433,5 Po ço tubular Particular 52,5 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 6357 CL250 BOA VISTA 055438,5 354430,9 Po ço tubular Particular 50 Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica Doméstico Secund ário, Animal, 6578 CL251 LAGOA DO CANTO 055439,8 354433,5 Po ço tubular Particular 50 N ão Instalado N ão equipado ,

CL252 SITIO CACHOEIRA 055519,5 354601,2 Po ço tubular Particular 49 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 5941 CL253 CACHOEIRA 055615,6 354823,2 Po ço tubular Particular Em Opera ção Catavento Animal, 5883 CL254 PAU D'ARCO 055730,2 354821,2 Po ço tubular Particular 50 Em Opera ção Catavento Animal, 7976 CL255 LAGOA COMPRIDA 055630,8 354856,5 Po ço tubular Particular 41 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 5337 CL256 LAGOA COMPRIDA 055639,7 354920,3 Po ço tubular Particular 61 Em Opera ção Catavento Dom éstico Secund ário, Animal, 4147

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C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD PO ÇO LOCALIDADE S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L)

CL257 BOA VISTA 055326,7 354449,2 Po ço tubular Particular 17,65 Abandonado N ão equipado

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, Animal, 2964 CL258 MANJERICAO 055240,6 354151,0 Po ço tubular Particular Abandonado N ão equipado ,

CL259 MANJERICAO 055246,7 354150,3 Po ço tubular Particular Abandonado N ão equipado , CL261 SITIO BOA VISTA 055300,8 354410,4 Po ço tubular Particular 60 Abandonado N ão equipado , CL262 RIACHO SALGADO 055747,2 354336,5 Po ço tubular Particular 58 Em Opera ção Bomba submersa Monof ásica

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, Animal, 1716 CL263 MEIA LEGUA 055550,6 354223,4 Po ço tubular Particular 60 Paralisado Catavento Dom éstico Prim ário, Animal, 4739 CL264 PITOMBEIRA 055531,5 354157,1 Po ço tubular Particular 60 N ão Instalado N ão equipado , 1082 CL265 OITEIROS 055627,3 354100,3 Po ço tubular Particular Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, Animal, 3946 CL266 LAGOA DO QUIXABA 055723,8 354124,0 Po ço tubular Particular 50 30 Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica

Dom éstico Prim ário, Dom éstico

Secund ário, Animal, 7833 CL267 LAGOA DO QUIXABA 055728,4 354148,4 Po ço tubular Particular 56 Em Opera ção Catavento Animal, 6390 CL268 LAGOA DO QUIXABA 055726,7 354148,4 Po ço tubular Particular 60 Paralisado N ão equipado Animal,

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ANEXO 2

Referências

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