O Barroco no Brasil
O Barroco desenvolveu-se plenamente em nosso país do século XVIII até o início do século XIX. Nessa época, na Europa, os artistas há muito haviam abandonado esse estilo e a arte voltava-se novamente para os modelos clássicos.
No Brasil, esse estilo é associado à religião católica, no entanto, há outras construções –
chafarizes, câmaras municipais – que
Chafariz de Mestre Valentim – Importante chafariz público, erguido em 1789 – Largo do Paço, Praça XV - RJ
O Barroco no Brasil
Apresenta-se de formas diferentes, de
acordo com a região: nas regiões
enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela
mineração como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco – encontramos igrejas com trabalhos de relevo em madeira – as talhas – e portadas decoradas com esculturas, em geral feitas de pedra-sabão. Já nas regiões onde não havia nem açúcar nem ouro, a arquitetura teve feições mais modestas.
As construções jesuíticas
do Sul do Brasil
- Nessa região desenvolveu-se uma
arquitetura e uma escultura de caráter religioso, associadas ao trabalho de catequese que os padres jesuítas realizavam com as populações indígenas.
- Misturaram elementos da arquitetura românica e barroca da Europa, pois eram concebidas por construtores de origem europeia.
O Barroco na Bahia
- Desenvolveu-se na região mais rica do país. - Desta região saía grande parte das riquezas
da colônia para Portugal.
O Barroco em
Pernambuco e na Paraíba
- A partir de 1759, Recife tornou-se sede da Cia Comercial de Pernambuco e Paraíba sendo promovida a grande centro de negócios.
- São dessa época as construções barrocas mais cuidadas que ainda hoje testemunham
esse período de riqueza da capital
Igreja São Pedro dos Clérigos
(interior)
O Barroco no Rio de Janeiro
- A partir do século XVIII, com a
intensificação da extração de ouro em Minas Gerais, o Rio de Janeiro acabou se transformando no centro de intercâmbio comercial entre a região da mineração e Portugal.
- Nesse mesmo século ocorreu um grande surto de edificações civis que melhoraram o aspecto urbano da cidade.
O Barroco em São Paulo
- Nos séculos XVI e XVII a cidade de São
Paulo não viveu um grande
desenvolvimento econômico e urbano, os paulistas dedicavam-se mais a atividade bandeirante em busca de novas minas de ouro.
- Desta forma as ordens religiosas puderam realizar apenas modestas igrejas barrocas.
Igreja da Ordem Terceira de São
O Barroco Mineiro
- A atividade bandeirante paulista contribuiu para a formação das primeiras vilas nas regiões das minas.
- Ao longo do caminho que ligava as regiões mineradoras ao Rio de Janeiro, local de escoamento do ouro para Portugal, formaram-se vilas como: Vila Rica, Mariana, Sabará, Congonhas do Campo, São João Del Rei e Caeté, locais onde também começaram a desenvolver-se e a construir seus primeiros edifícios importantes.
- A arquitetura mineira, no entanto, não evoluiu de forma rápida. Inicialmente utilizou-se a técnica da taipa de pilão (pág.165), que não deu certo, a após diversas outras experiências chegou-se às construções com muros de pedra.
O Barroco Mineiro
Com o passar do tempo, foram sendo harmonizadas as mais diferentes técnicas de construção e a rica decoração interior. O ponto culminante dessa integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura aparece em Minas Gerais, sem dúvida a partir dos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e Manoel da Costa Ataíde.
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos com os 12 apóstolos -Aleijadinho
A influência do Rococó no Barroco brasileira
• A partir da segunda metade do século XVIII, o Barroco começou a passar por algumas transformações em suas características e surgiu um estilo considerado sua variação ou desdobramento: o Rococó.
• No Brasil o estilo Rococó se mescla ao Barroco (de modo que nem sempre é possível precisar quais obras são exatamente barrocas e quais obras são Rococó), sua principal característica é a simplificação dos elementos. Difundiu-se mais expressivamente nas cidades mineiras e nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.
• Diferentemente da Europa, o Rococó aqui no Brasil, desenvolveu-se ligado à arte religiosa, conferindo originalidade ao Barroco brasileiro.