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MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE AUTOMÓVEIS: INCORPORAÇÃO DE UM CONCEITO PARA MAIOR SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

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MODELO DE DESENVOLVIMENTO DE

AUTOMÓVEIS: INCORPORAÇÃO DE

UM CONCEITO PARA MAIOR

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Cristiano Roos (UFSC)

cristiano.roos@gmail.com

Samuel Borges Barbosa (UFSC)

samuelibia@yahoo.com.br

O objetivo deste trabalho é propor um modelo de desenvolvimento de automóveis baseado no conceito de Design for Upgrade. Design for Upgrade é utilizado no desenvolvimento de produtos caracterizando-se pelo equilíbrio entre o desenvolvimentoo e a sustentabilidade. Esta pesquisa, com base nos objetivos, é classificada em exploratória e, com base nos procedimentos técnicos, é classificada em análise de caso e em estudo de caso. Como resultado principal tem-se a proposta de um modelo de desenvolvimento de automóveis baseado no conceito de Design for Upgrade. Como resultados decorrentes têm-se discussões expondo alguns problemas de pesquisa que podem balizar o futuro do modelo proposto visando maior sustentabilidade ambiental em relação ao mercado de automóveis. Se for considerado hipoteticamente que o modelo é viável técnica e economicamente, resultados esperados seriam: uma diminuição na venda de automóveis e uma correta destinação dos carros no fim de sua vida útil, bem como dos componentes e peças substituídas no ciclo de vida dos veículos. Assim, a realização deste trabalho proporcionou um maior entendimento acerca da temática proposta, além de mostrar a importância de um modelo de desenvolvimento de produto que vise maior sustentabilidade ambiental.

Palavras-chaves: Design for upgrade, sustentabilidade ambiental, desenvolvimento de automóveis

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1. Introdução

Com o crescimento dos centros urbanos as necessidades por meios de transportes tornam-se problemas que envolvem as variáveis econômica, social, ambiental e tecnológica. A busca de soluções para os problemas é diretamente influenciada pelas discussões que se destacam no cenário científico. A gênese deste trabalho é a busca de uma solução para tornar o automóvel mais sustentável ambientalmente. O automóvel é um meio de transporte indispensável no mundo moderno, sendo, contudo, considerado um dos principais geradores de poluição, impactando negativamente na variável ambiental, seja pelo seu uso como pela sua produção (SPIELMANN e ALTHAUS, 2007).

Diferentes práticas surgem a cada dia para minimizar os impactos ambientais negativos decorrentes do uso e da produção do automóvel. Algumas práticas buscam minimizar a poluição gerada pela queima de combustíveis, outras buscam maximizar métodos de reciclagem, e assim por diante. O fato é que apesar de existirem diferentes práticas, ainda há a necessidade por soluções para tornar o automóvel mais sustentável ambientalmente.

Este trabalho explora uma prática específica e de origem recente no cenário científico: a atualização de produtos no período pós-venda como alternativa de projeto para tornar os produtos ambientalmente mais sustentáveis. Trata-se especificamente do Design for Upgrade, que se mostra um importante conceito para o desenvolvimento de produtos, se caracterizando pelo equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade.

Com estas perspectivas idealizadas foi possível estruturar o problema de pesquisa deste trabalho: um projeto de automóvel pode prever a atualização no período pós-venda englobando o conceito de Design for Upgrade? Assim, o objetivo deste trabalho é propor um modelo de desenvolvimento de automóveis baseado no conceito de Design for Upgrade. Para tanto, este texto foi organizado nas seções que seguem. A segunda seção traz o delineamento metodológico da pesquisa. A terceira seção apresenta um suporte teórico sobre a sustentabilidade no sistema de produção do automóvel, e sobre o Design for Upgrade. A quarta seção traz um suporte prático através da analise de casos. A quinta seção propõe o modelo de desenvolvimento de automóveis. A sexta seção apresenta um estudo de caso piloto com o intuito de analisar preliminarmente o modelo proposto. A sétima seção expõe e discute os resultados. A oitava seção compõe as considerações finais.

2. Delineamento metodológico

O delineamento metodológico desta pesquisa propõe um direcionamento que visa à obtenção de resultados capazes de sustentar a construção de um conhecimento mais aprofundado sobre o Design for Upgrade. Seguindo as definições de Gil (2002), esta pesquisa, com base nos objetivos, é classificada em pesquisa exploratória e, com base nos procedimentos técnicos, é classificada em pesquisa do tipo análise de caso e em pesquisa do tipo estudo de caso. Seguindo as definições de Bell (2008), a abordagem de pesquisa, que orientou o processo de investigação, e que estabeleceu formas de aproximação aos objetivos desta pesquisa, é a abordagem qualitativa.

Seguindo as definições de Salomon (2001), os métodos de pesquisa utilizados para dar sustentação aos resultados obtidos nesta pesquisa foram o indutivo e o dedutivo. O método de pesquisa indutivo foi utilizado na maior parte do texto, pois neste trabalho partiu-se de peculiaridades e seguiu-se para generalizações. O método de pesquisa dedutivo foi utilizado

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3 toda vez que se passou a agir no contexto da justificação.

A pesquisa do tipo análise de caso foi o procedimento adotado como meio para se chegar aos objetivos do trabalho, enquanto a pesquisa do tipo estudo de caso foi o procedimento adotado como fim. Com estímulos a novas descobertas e a simplicidade nos procedimentos realizaram-se duas análises de caso. A formulação do problema de pesquisa das analises de caso foi realizada na seqüência. A definição da unidade de análise foi realizada com base num critério determinante – ser classificado como um projeto de veículo que tenha passado por qualquer tipo de atualização no período pós-venda. Na seqüência realizou-se um estudo de caso piloto. A formulação do problema de pesquisa do estudo de caso piloto foi realizada juntamente com a definição da unidade de análise, que neste caso baseou-se num critério – ser classificado como um automóvel com baixo grau de modificação estético na evolução de um modelo para o outro.

Um protocolo de coleta de dados foi desenvolvido para facilitar o estudo das unidades de análise. As fontes de evidência primária utilizadas foram os dados levantados nas concessionárias das marcas cujos veículos pertencem. Como fontes de evidência secundárias foram utilizadas informações qualitativas e quantitativas disponibilizadas em páginas virtuais das organizações. Assim, a construção da base de dados foi realizada, com fundamentação nas evidências, num armazenamento por unidade de análise. Para a avaliação das evidências foi utilizada a estratégia da descrição de caso (YIN, 2005).

3. Suporte teórico

A competitividade entre as organizações tem como uma das conseqüências a crescente corrida pelo lançamento de novos produtos. Com o desenvolvimento das indústrias e dos sistemas de produção as organizações têm meios para diminuir cada vez mais o ciclo de vida de seus produtos. A cada ano aumenta o número de produtos lançados no mercado, sendo esta uma realidade global observada na maioria dos setores. Os departamentos de desenvolvimento de produtos estão cada vez mais qualificados e ágeis na criação de novos produtos para o mercado, sejam projetos do tipo radical, plataforma, derivado ou follow source (ROZENFELD et al., 2006).

Em contrapartida a essa realidade, há uma preocupação generalizada sobre os problemas ambientais derivados deste consumo desenfreado. Estudos são desenvolvidos e ações são tomadas com o objetivo de minimizar o impacto ambiental negativo gerado a partir dos inputs e outputs dos processos de produção. Isto porque o mercado consumidor tem demonstrado um novo sistema de valores, onde os princípios da conservação, cooperação e preservação demandam das organizações novas estratégias produtivas, como por exemplo, o reaproveitamento de resíduos e a otimização de matérias-primas na fabricação de novos produtos (KOTLER, 1996).

Neste contexto, métodos de desenvolvimento de produtos como Design for Enviroment, Design for Disassembly e Design for Recycling (KUO, HUANG, ZHANG, 2001) têm sido estudados e utilizados nas organizações, mostrando a importância da preocupação com a variável ambiental desde o projeto do produto. Com um objetivo parecido, o estudo do ciclo de vida é um método que procura entender todo o caminho percorrido pelo produto, desde o seu projeto até o seu descarte e reciclagem (ROZENFELD et al., 2006). Nesta mesma linha, é possível citar ainda um novo conceito que surge com o intuito de aumentar o ciclo de vida do produto, o Design for Upgrade ou Design for Upgradability (ISHIGAMI et al., 2003). Este conceito é um dos objetos de estudo deste trabalho, sendo abordado em uma subseção seguinte deste texto.

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3.1. Sobre a sustentabilidade no sistema de produção do automóvel

Nas últimas décadas foram criadas novas propostas de desenvolvimento global. Estas propostas não buscam apenas proporcionar o desenvolvimento nos dias atuais, mas assegurar também que as futuras gerações possam se desenvolver, sendo fundamental para isto a busca por alternativas mais sustentáveis. Relacionado a isto, o crescimento da exploração de recursos naturais e do consumismo, cada vez mais faz com que o posicionamento das pessoas altere-se em relação à variável ambiental (MONT, 2000).

A redução de impactos ambientais negativos torna-se fundamental na busca por sistemas mais sustentáveis. Alguns exemplos são as reduções de impactos ambientais negativos em sistemas de produção, de transporte, de agropecuária, e de mineração. Abordando o exemplo dos sistemas de produção, criar sistemas mais sustentáveis requer soluções tais como o conceito de Design for Upgrade, soluções que englobem a redução, a reutilização, a substituição, a reciclagem, enfim a criação de soluções mais limpas e sustentáveis (SHIN et al., 2008).

Abordando o conceito de Design for Upgrade, este trabalho explora o sistema de produção do automóvel, buscando reduzir os impactos ambientais negativos da produção e da utilização do veículo. O sistema de produção do automóvel é de fato um sistema que poderia ser mais sustentável ambientalmente. É um sistema que pouco contempla a variável ambiental no período pós-venda do automóvel, não prevendo, por exemplo: a reutilização em massa de peças; a reciclagem em massa de peças e veículos no final de sua vida útil; a utilização em massa de fontes de energia limpa; o aumento do ciclo de vida através da possibilidade da atualização estética e funcional. Enfim, nas seções seguintes deste texto a sustentabilidade ambiental no sistema de produção do automóvel será explorada buscando propor mais uma alternativa com apelo sustentável.

3.2. Sobre o Design for Upgrade

Dentre os conceitos utilizados para reduzir o impacto ambiental negativo gerado pela produção industrial pode-se citar a remanufatura (NASR e THURSTON, 2006). Esta idéia surge com o objetivo de fechar o ciclo de vida dos produtos, reaproveitando estes ao final de sua vida útil. O reaproveitamento de materiais e de componentes dos produtos, após seu descarte, é uma solução para reduzir o impacto ambiental causado por estes. Com o aperfeiçoamento do conceito da remanufatura foi apresentado um novo método nas discussões científicas: Design for Upgrade ou Design for Upgradability, que se refere ao projeto para a atualização de produtos (ISHIGAMI et al., 2003). Este novo conceito se refere à extensão da vida dos produtos por meio de sua atualização, prolongando sua vida e encorajando o seu reuso, além de criar novas oportunidades de negócio nos estágios finais do ciclo de vida dos produtos (SHINIOMURA, UMEDA, TOMIYAMA, 1999).

De acordo com os métodos de atualização de produtos, alguns bens duráveis, como eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, automóveis e outros podem ser atualizados por meio da modificação e melhoramento de suas funções (UMEDA et al., 2005). Esta alteração é feita por meio da troca de seus componentes. É necessário que, para a sua atualização, o produto possua estrutura modular, de maneira que seus componentes possam ser retirados e substituídos por novos (SHENG e JUKUN, 2007). Porém, para que a atualização possa ser feita de maneira eficiente é necessário que esta seja planejada. Durante o desenvolvimento do produto além dos atuais métodos de projeto para montagem, fabricação, desmontagem, entre outros, é necessário que haja também um planejamento para a atualização, de forma que esta seja feita por etapas e já prevendo as melhorias do produto no período pós-venda.

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5 especificamente, as alterações estéticas são denominadas Facelift. Estas alterações ocorrem quando um veículo evolui de um modelo para outro, sendo realizadas trocas de componentes como pára-choques, grades, frisos, retrovisores, faróis, entre outros. Apesar de o Facelift ser uma atualização, ressalta-se que não se trata de uma abordagem do Design for Upgrade. Como apresentado, o Design for Upgrade busca a extensão da vida dos produtos por meio de sua atualização, prolongando sua vida e encorajando o seu reuso. Já o Facelift é uma atualização que não é realizada no mesmo automóvel, onde não se está prolongando sua vida e encorajando o seu reuso. De fato, se está lançando um novo automóvel, mas com uma atualização estética. Foi isto que deu origem a este trabalho, sendo questionado: por que não prever e projetar a atualização estética e funcional para um automóvel no período pós-venda?

4. Suporte prático

O suporte prático deste trabalho apresenta duas análises de caso buscando evidenciar a utilização do Design for Upgrade e do Facelift em projetos de veículos. Como o Design for Upgrade não foi identificado em nenhum automóvel no mercado brasileiro, a primeira análise de caso apresenta um veículo militar que utiliza um método de atualização próprio, em consonância com o Design for Upgrade. A outra análise de caso apresenta um veículo que utiliza o Facelift. As análises de caso buscam ilustrar como a atualização de produtos é realizada, sendo que para isto serão analisadas e levantadas características que mostram como os produtos são atualizados, quais os objetivos da atualização e quais as etapas fazem parte deste processo.

4.1. Análise de caso: Abrams M1

O M1 Abrams é o principal veículo de combate (main battle tank) do exército dos Estados Unidos da América (US ARMY, 2010). Sua primeira versão, o M1, foi lançada em 1980, seguida pelas versões M1A1 e M1A2 lançadas nos anos de 1986 e 1992 respectivamente (ARMY TECHNOLOGY, 2010a). No somatório total este veículo de guerra possui mais de trinta anos de serviço, tendo sido utilizado em guerras como a Guerra do Golfo e a Guerra do Iraque (GLOBAL SECURITY, 2010).

Com relação ao projeto do Abrams, este possui caráter revolucionário, sendo um veículo com características superiores comparado aos principais carros de combate utilizados por exércitos de outras nações. Sua plataforma foi desenvolvida para comportar atualizações periódicas. Estas atualizações apesar de terem sido planejadas e desenvolvidas antes do conceito de Design for Upgrade, estão em consonância com este. Isto porque, as atualizações são realizadas numa linha de atualização projetada apenas para este fim, focando em resultados que buscam maior sustentabilidade econômica e ambiental.

Observando a Figura 1, onde são apresentadas duas versões do veículo, M1A1 e M1A2, é possível verificar que o seu exterior não se altera muito de uma versão para outra, porém alguns de seus componentes e sistemas, como os sistemas de armamento, sistemas de proteção e sistemas eletrônicos são atualizados para um melhor desempenho do veículo. As alterações externas não são atualizações do tipo Facelift, apesar de mudarem esteticamente o veículo. Pois, as alterações externas são decorrentes das atualizações funcionais do veículo, não tendo como objetivo tornar o veículo diferenciado esteticamente.

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Figura 1 – Veículos de combate Abrams M1A1 e M1A2 (Fonte: Army Technology, 2010b; Nation States, 2010)

Os veículos M1 Abrams são atualizados no Depósito Militar de Anniston, localizado na cidade de Bynum, no estado do Alabama. Uma linha de atualização foi criada, na qual é realizada inicialmente a desmontagem dos veículos, sendo separados os componentes. Na seqüência é realizado o reparo nos componentes que estão em bom estado e a destinação correta dos componentes recicláveis. Alguns sistemas e peças necessitam ser substituídos de versão para versão, devido ao grande desgaste ou à atualização obrigatória de determinado componente. Com os componentes reparados e atualizados é feita a montagem final do veículo, que passa por rigorosos testes de qualidade para evitar problemas durante sua utilização.

Os principais objetivos deste processo de atualização são: aumentar o ciclo de vida do produto, aumentar a sustentabilidade econômica e ambiental do produto, e evitar que os tanques possam ter sua tecnologia estudada e copiada por outros fabricantes de veículos militares. Aumentar o ciclo de vida do veículo militar em questão se justifica pelo fato de seu projeto ser de alto custo, sendo economicamente mais sustentável a opção de atualizações periódicas. As atualizações periódicas por sua vez acabam por contribuir para tornar o veículo ambientalmente mais sustentável, pelo fato do reuso e reciclagem de sistemas e componentes. Assim, o caso do veículo militar M1 Abrams é um relevante exemplo de como é aplicada a atualização de produtos. Apesar de sua alta restrição, sendo um projeto específico da área militar, com baixa escala de produção e envolvendo alta tecnologia, o tanque M1 Abrams possui várias características de projeto e gerenciamento do ciclo de vida do produto que servem de referência para o desenvolvimento de veículos atualizáveis. Esta análise de caso contribuiu para alcançar o objetivo deste trabalho.

4.2. Análise de caso: Honda Civic

No setor automotivo, mais especificamente na área de projetos de automóveis, são utilizados vários recursos para aumentar a atração dos clientes pelos produtos. Um dos recursos utilizados é o Facelift, que é realizado periodicamente nos automóveis com o intuito de renovar e demonstrar uma melhoria no produto com relação à estética. O que se pretende com esta análise de caso é mostrar que o Facelift é uma atualização, mas que não se trata de uma abordagem do Design for Upgrade. Igualmente, esta análise de caso contribuiu para alcançar o objetivo deste trabalho, explorando a atualização estética em automóveis: Facelift.

Um caso de Facelift no mercado brasileiro ocorreu com o automóvel Civic, da montadora Honda. Este veículo sofreu alterações estéticas no seu modelo em 2009, tendo alguns componentes de sua carroceria alterados. Na Figura 2 podem ser visualizadas as diferenças na parte frontal das carrocerias de dois modelos diferentes do automóvel Civic. Analisando as atualizações externas pode-se observar a mudança no pára-choque e na grade frontal. É

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7 importante considerar que apesar da diferença estética entre os dois modelos, a plataforma destes se mantém a mesma. Isto pode ser observado por meio da análise das formas laterais dos dois modelos do veículo.

Figura 2 – Veículos Honda Civic modelos 2008 e 2010 (Fonte: Site Carro, 2010; Honda, 2010)

O Facelift, como no automóvel Civic, tem como objetivo principal despertar o interesse do cliente por um produto novo e diferenciado. Com isso, esta prática acaba pouco contribuindo com a sustentabilidade ambiental, pelo contrário, estimula diretamente a produção e indiretamente a exploração e a degradação de recursos naturais, seja pela exploração de materiais e combustíveis ou poluição decorrente. Em contra ponto, o Design for Upgrade também pode despertar o interesse do cliente por um produto novo e diferenciado, mas se caracterizando pelo equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade. Pois, enquanto no Facelift a atualização estética ocorre através do lançamento e da produção de um novo automóvel, no Design for Upgrade a atualização estética e/ou funcional ocorre através do aproveitamento do mesmo automóvel como base para a atualização.

Assim, fica evidente que o Design for Upgrade pode ser um Facelift por tornar o veículo diferenciado esteticamente. O contrário não é verdadeiro porque o Facelift por si mesmo não necessariamente ocorre através do aproveitamento do mesmo automóvel como base para a atualização.

5. Proposta do modelo

Com o intuito de buscar uma resposta para o problema de pesquisa deste trabalho foi iniciado um estudo dos suportes teórico e prático. É inequívoco afirmar que a atualização nos automóveis do tipo Facelift é uma prática comum em organizações do setor automotivo, enquanto que, o Design for Upgrade não é uma prática comum, não tendo sido encontrado nenhum caso para ser analisado no setor automotivo.

O Design for Upgrade foi apresentado neste trabalho como alternativa para tornar produtos mais sustentáveis ambientalmente. A aplicação deste conceito em um projeto de automóvel foi questionada. Neste sentido, o que se propõe neste trabalho é um modelo de desenvolvimento de automóveis em que são previstas atualizações no período pós-venda englobando o conceito de Design for Upgrade. Na Figura 3 está um modelo do ciclo de vida tradicional de um automóvel. Na Figura 4 está um modelo do ciclo de vida proposto de um automóvel. Cabe ressaltar que este modelo proposto é geral e é apenas um direcionamento de como seria a aplicação do Design for Upgrade em um projeto de automóvel. Veja que este modelo é teórico e sem fundamentação quantitativa, e também não sendo questionada a viabilidade técnica e econômica.

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Figura 3 – Modelo tradicional sem a aplicação do Design for Upgrade no projeto do automóvel

No modelo tradicional, sem a aplicação do Design for Upgrade, tem-se o projeto de uma plataforma com „„n‟‟ atualizações previstas que podem ser: 1. Atualizações do tipo estético (Facelift); 2. Atualizações do tipo funcional; 3. Atualizações do tipo reestilização; 4. Atualizações do tipo novo automóvel; 5. Atualizações mistas. A atualização do tipo estético (Facelift) é uma inovação no design, por exemplo, um pára-choque redesenhado.

A atualização do tipo funcional é uma inovação no desempenho, por exemplo, um sistema de freios com melhor performance. A atualização do tipo reestilização é uma inovação no todo do projeto do automóvel, por exemplo, uma nova geração de um carro popular. A atualização do tipo novo automóvel é uma inovação no projeto de categoria, por exemplo, uma nova categoria de um carro. A atualização do tipo mista é uma inovação que envolve pelo menos duas das outras atualizações. Na Figura 3 estas atualizações estão representadas na vertical, onde ocorrem as „„n‟‟ atualizações na plataforma.

Figura 4 – Modelo proposto com a aplicação do Design for Upgrade no projeto do automóvel

No modelo proposto, com a aplicação do Design for Upgrade, Figura 4, tem-se o mesmo comportamento na vertical, com o projeto de uma plataforma com „„n‟‟ atualizações previstas, que podem ser dos mesmos cinco tipos descritos anteriormente. Contudo, no modelo proposto tem-se representadas na horizontal „„n‟‟ atualizações para o mesmo automóvel. Estas atualizações na horizontal correspondem aos upgrades no automóvel, especificamente englobando o conceito de Design for Upgrade. Este modelo não necessariamente busca aumentar a vida útil do automóvel através da substituição de componentes e peças, mas sim

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9 aumentar o ciclo de vida através da possibilidade da atualização estética e funcional.

O conceito de Design for Upgrade está englobando neste modelo proposto porque tem foco em resultados que buscam maior sustentabilidade ambiental. A maior sustentabilidade ambiental está contemplada, em pelo menos quatro resultados decorrentes: 1. Com o modelo proposto tem-se uma redução na venda de automóveis, pois o cliente deixa de comprar um veículo e passa a comprar um upgrade, reduzindo proporcional e diretamente o volume de produção; 2. Com menor volume de produção indiretamente tem-se menor impacto ambiental, seja pela redução da exploração de materiais e combustíveis ou pela diminuição da poluição decorrente; 3. Além de reduzir a utilização de inputs e outputs de impacto ambiental negativo, do mesmo modo tem-se prevista a reutilização dos materiais (componentes e peças) retirados no processo de upgrade; 4. Igualmente, além de reduzir e reutilizar tem-se prevista a reciclagem dos materiais retirados (componentes e peças) no processo de upgrade, bem como a reciclagem do automóvel no final de sua vida útil.

Um detalhamento maior deste modelo está apresentado na Figura 5. É possível verificar no modelo detalhado o que ocorre em cada uma das partes interessadas, isto é, o que ocorre: na direção da montadora ou grupo; no desenvolvimento de produtos, serviços e sistemas de produção; na produção, terceirizada ou não, e montadora; na concessionária; no cliente.

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Figura 5 – Detalhamento do modelo proposto com a aplicação do Design for Upgrade no projeto de automóvel

No modelo detalhado é possível verificar o processo tradicional do automóvel, que na seqüência recebe uma atualização de um processo de upgrade estético. Logo depois o automóvel recebe uma atualização de um processo de upgrade estético e funcional, sendo que cada processo é finalizado no processo de reutilização e reciclagem (automóveis por completo, componentes e peças). É possível verificar que o upgrade estético pode ser feito na concessionária, enquanto o upgrade estético e funcional deve ser feito na montadora por tratar-se de uma atualização mais complexa, envolvendo partes funcionais do automóvel. Igualmente, o cliente pode optar ora por participar apenas de um upgrade estético ora por um upgrade estético e funcional, não havendo regras.

Mais uma vez é ressaltado que este modelo apresentado na Figura 5 é apenas um direcionamento de como seria a aplicação do Design for Upgrade em um projeto de automóvel. Trata-se de um modelo baseado apenas em hipóteses, totalmente teórico e com o intuito de firmar uma nova idéia relacionada ao setor automotivo, contemplando a sustentabilidade ambiental.

6. Estudo de caso piloto para analisar o modelo proposto

Um estudo de caso piloto foi realizado com o intuito de analisar preliminarmente o modelo proposto e estabelecer diretrizes para um estudo de caso completo. O estudo de caso piloto foi realizado no automóvel Civic, da montadora Honda, o mesmo carro da análise realizada na subseção 4.2 deste trabalho. A atualização deste veículo é a unidade de análise considerada no estudo de caso piloto. Procedeu-se com um protocolo de coleta de dados com o intuito de concretizar fontes quantitativas e qualitativas para a análise. Isto foi feito através da condução de perguntas abertas a um colaborador de uma concessionária da montadora Honda.

Verificou-se que o automóvel Civic de fato não engloba o conceito de Design for Upgrade, pois o veículo não foi projetado e produzido para ser atualizado no período pós-venda. Confirmou-se também que o Civic passou por uma atualização estética externa de projeto no ano de 2009, sendo que isto ocorreu através do lançamento e da produção de um novo automóvel. A atualização estética em questao, é o Facelift apresentado na subseção 4.2. O estudo buscou então verificar o potencial do automóvel Civic para receber uma atualização estética forçada. O que se buscou foi atualizar um automóvel Civic no período pós-venda englobando o conceito de Design for Upgrade, mesmo que este carro não tenha sido projetado para isto. O intuito desta atualização forçada é verificar preliminarmente a viabilidade econômica, técnica e ambiental do modelo proposto.

Na mesma concessionária foram levantados dados relacionados aos custos para atualizar externamente um veículo Civic modelo 2008 para um modelo 2010. Estes custos estão apresentados na Tabela 1, totalizando 1.862,23 reais. Também na mesma concessionária foi levantado o custo para se trocar um veículo Civic modelo 2008 por um modelo 2010, zero quilômetro, sendo que este custo foi confrontado ao custo na tabela de referência da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A FIPE estuda os fenômenos econômicos e sociais com base no instrumental teórico e metodológico da Economia, publicando mensalmente o preço médio de veículos no Brasil.

Conforme a tabela de referência de abril de 2009 da FIPE, a diferença monetária para trocar um veículo Civic modelo 2008 por um modelo 2010 é de 13.117,00 reais, para o código FIPE 014048-1, que se refere ao Civic Sedan LXS 1.8/1.8 Flex 16V Mec. 4p (FIPE, 2010). O preço de um veículo Civic modelo 2010, zero quilômetro, é de 63.375,00 reais e o preço de um

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12 veículo Civic modelo 2008 é de 50.258,00 reais (FIPE, 2010). De tal forma, os custos para se trocar um veículo Civic modelo 2008 por um modelo 2010, zero quilômetro, incluído emplacamento chega à aproximadamente 13.917,00 reais.

PEÇA – COMPONENTE – MÃO-DE-OBRA CUSTO (EM REAIS)

1. pára-choque dianteiro R$ 473,84 2. mão-de-obra da funilaria R$ 340,00 3. moldura da grade dianteira R$ 334,25 4. base da grade dianteira R$ 243,73 5. mão-de-obra da mecânica R$ 195,00 6. grade inferior dianteira central R$ 190,41 7. emblema central dianteiro da marca R$ 44,73 8. tampa lateral inferior esquerda do pára-choque dianteiro R$ 16,38 9. tampa lateral inferior direita do pára-choque dianteiro R$ 16,38 10. demais peças de fixação do pára-choque dianteiro R$ 7,51

Tabela 1 – Relação dos custos para atualizar externamente o veículo Civic modelo 2008 para um modelo 2010

Fazendo-se uma comparação dos dois conjuntos de custos pode-se tirar a seguinte conclusão: a pessoa que optasse por fazer um upgrade no automóvel economizaria, aproximadamente, 12.054,77 reais em comparação a pessoa que optasse por trocar de automóvel, valor relativamente significante quando comparado ao preço do mesmo carro zero.

O que se pode verificar nesta análise preliminar é que economicamente as duas opções relativamente se diferenciam sob a ótica do cliente, sendo a atualização 86,62% mais barata que a troca do veículo por um novo. Contudo economicamente as duas opções muito se diferenciam sob a ótica da montadora, que deixaria de ter o lucro da venda de um carro para apenas ter o lucro da atualização de um carro. Talvez seja este o fator que influenciará mais negativamente a adoção, por parte das montadoras, do modelo proposto neste trabalho.

O que também se pode verificar nesta análise preliminar é que tecnicamente a atualização é possível, mesmo que seja forçada, isto é, sem o veículo ter sido projetado para isto. Também se pode verificar que ambientalmente as duas opções muito se diferenciam. Quando uma pessoa optasse por fazer um upgrade no automóvel Civic contribuiria para tornar o mercado dos veículos mais sustentável ambientalmente. Contribuiria em não colocar mais um carro nas ruas e sim, atualizar um veículo que já está nas ruas, além de dar a destinação correta aos sistemas e componentes trocados na atualização.

7. Resultados e discussões

O Design for Upgrade foi apresentado neste trabalho e considerado como alternativa para tornar produtos mais sustentáveis. Como problema de pesquisa foi questionado: um projeto de automóvel pode prever a atualização no período pós-venda englobando o conceito de Design for Upgrade? A resposta é sim, pode. Mas decorrente a esta resposta outro questionamento é mais importante e chave: a atualização de um automóvel no período pós-venda englobando o conceito de Design for Upgrade é viável técnica e economicamente?

O estudo de caso piloto realizado neste trabalho mostra preliminarmente que a atualização de um automóvel no período pós-venda é possível, sendo necessárias mais pesquisas científicas para mostrar se existe viabilidade técnica. O estudo de caso piloto também mostra preliminarmente que sob a ótica do cliente a atualização de um automóvel no período pós-venda possui viabilidade econômica, enquanto que sob a ótica da montadora a atualização não possui viabilidade econômica. Isto desperta a necessidade de mais pesquisas científicas para fundamentar conclusões sobre a viabilidade técnica e econômica do modelo proposto.

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13 O principal resultado esperado para este modelo seria uma diminuição na venda de automóveis. Se for considerado hipoteticamente que o modelo proposto é viável técnica e economicamente, um exemplo pode ser exposto como resultado: considerando o número de automóveis novos vendidos no Brasil em 2009, aproximadamente 2.480.000 (GOMES, 2010), e considerando que 10% destes clientes não tivessem comprado um veículo novo e sim tivessem feito um upgrade, então haveria aproximadamente 248.000 automóveis a menos nas ruas.

Novamente, se for considerado hipoteticamente que o modelo proposto é viável técnica e economicamente, outro resultado esperado seria a correta destinação final do automóvel no fim de sua vida útil, bem como os componentes e peças retirados nos processos de upgrade. A correta destinação final tornaria o setor automotivo mais sustentável ambientalmente, seja reduzindo, reutilizando ou reciclando.

Mas como toda idéia inicial, esta também vem com muitos questionamentos que podem gerar futuras pesquisas. Alguns questionamentos foram expostos na seqüência. Este modelo teria que taxa de aceitação pelos clientes? Este modelo seria um diferencial competitivo para a organização? Este modelo apenas funcionaria por meios legais, através de incentivos fiscais? Qual seria a freqüência ideal de lançamento de novos pacotes de upgrade nos automóveis? Como e onde seria a venda dos pacotes de upgrade? Como seria a logística dos pacotes de upgrade? Como seria o fluxo de informações e materiais relacionados aos projetos de upgrade nos automóveis? Será realmente possível diferenciar os modelos de atualização funcional e estética? Quantas linhas de pacotes de upgrade nos automóveis seriam possíveis de serem lançados cada vez (por exemplo: Sport, Off-road, Standard)? Os pacotes retirados nos upgrades nos automóveis poderiam ser revendidos/reutilizados? Quem ficaria com os pacotes retirados nos upgrades (montadora, concessionária, cliente, terceiros)? Quem pagaria pelo descarte dos pacotes retirados nos upgrades? A montadora teria maior retorno financeiro?

As respostas de todas estas perguntas trariam resultados importantes que definiriam o futuro do modelo proposto neste trabalho. Mas um passo inicial foi dado, onde o principal intuito de propor um modelo de desenvolvimento de automóveis baseado no conceito de Design for Upgrade é contribuir para tornar o setor automotivo mais sustentável ambientalmente, talvez tirando o setor do topo das discussões de impactos ambientais negativos.

8. Considerações finais

O objetivo deste trabalho foi alcançado através da proposição de um modelo de desenvolvimento de automóveis baseado no conceito de Design for Upgrade. De fato, os resultados mais relevantes do trabalho foram o modelo proposto e a discussão decorrente, expondo alguns problemas de pesquisa que podem balizar o futuro deste modelo que visa maior sustentabilidade ambiental em relação ao mercado de automóveis.

A continuidade desta pesquisa está sendo dada com estudos da viabilidade técnica e econômica do modelo proposto, através de experimentos pilotos em automóveis brasileiros, e conseqüente avaliação das variáveis em questão. Outra continuidade está sendo dada com o aprimoramento do modelo proposto, para que seja possível evidenciar melhor o processo de desenvolvimento de automóveis baseado no conceito de Design for Upgrade.

No mais, este trabalho mostra sucintamente os possíveis benefícios decorrentes da utilização do modelo proposto, buscando defender uma idéia inicial. A realização desta pesquisa proporcionou uma ponderação do quão importante o Design for Upgrade pode ser para uma

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14 maior sustentabilidade ambiental. A limitação deste trabalho é o foco qualitativo do modelo proposto, sem qualquer fundamentação quantitativa. Pesquisas futuras devem explorar qualitativa e quantitativamente o modelo proposto para consolidar resultados científicos acerca do tema.

Referências

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