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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 258/2008 Defensoria Pública

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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 258/2008 Defensoria Pública

Altera os artigos 80, 82 e 83, e revoga o artigo 81 da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 1º - O caput do artigo 80, os incisos do artigo 82 e o artigo 83 da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 80 – À Defensora Pública gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

... Art. 82 -...

I - de zero a dois anos, 180 (cento e oitenta) dias;

II - de mais de dois até quatro anos, 150 (cento e cinqüenta) dias; III - de mais de quatro até seis anos, 120 (cento e vinte) dias; IV - de mais de seis anos - desde que menor -, 90 (noventa) dias.

Art. 83 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o Defensor Público terá direito à licença-paternidade de 15 (quinze) dias consecutivos.”

Art. 2º - Fica revogado o artigo 81 da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002. Art. 3º - Revogam as disposições em contrário.

Art. 4º - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

O presente projeto de Lei Complementar visa adequar os dispositivos da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto à necessidade do aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida.

As alterações propostas ampliam o prazo da licença-maternidade de quatro para seis meses – na esteira de outras iniciativas legais adotadas no país – em especial a Lei Complementar Federal 11.770, de 09 de setembro de 2008.

No âmbito da Justiça Federal foi editada a Resolução n° 30, de 22 de outubro de 2008, que prorroga em 60 (sessenta dias) a licença gestante no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

No âmbito dos Estados, em São Paulo foi promulgada a Lei Complementar 1.054, de 07 de julho de 2008, que amplia para 180 (cento e oitenta dias) a licença gestante para o funcionalismo daquele Estado.

No Estado do Rio Grande do Sul, o Poder Executivo enviou a esta Casa o Projeto de Lei Complementar n° 251/08, que se encontra em tramitação.

(2)

O objetivo da ampliação dos prazos ora referidos busca resguardar os direitos dos nascituros, assim como garantir às mães o prazo para a formação de vínculo afetivo e os cuidados necessários neste lapso de tempo - crucial para a formação da personalidade e desenvolvimento bio-psicológico da criança.

______________________________________________

Ofício GAB/DPE 277/08

Porto Alegre, 03 de novembro de 2008 Senhor Presidente:

Dirijo-me a Vossa Excelência para encaminhar-lhe, no uso da prerrogativa que me é conferida pelo artigo 121, da Constituição do Estado, com a redação dada pela Emenda Constitucional n° 50, de 25 de agosto de 2005, o projeto de lei complementar em anexo, que altera os artigos 80, 82 e 83, e revoga o artigo 81 da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul l, a fim de ser submetido à apreciação dessa Egrégia Assembléia Legislativa.

A justificativa que acompanha o expediente evidencia as razões e a finalidade da presente proposta. Atenciosamente,

Maria de Fátima Zachia Paludo Defensora Pública-Geral

Excelentíssimo Senhor Deputado Alceu Moreira Digníssimo Presidente da Assembléia Legislativa Palácio Farroupilha

Nesta Capital.

______________________________________________ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 258/2008

Processo nº 21072.01.00/08-9 Proponente: Defensoria Pública

Ementa: Altera os artigos 80, 82 e 83, e revoga o artigo 81 da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Relator(a): Deputado(a) Nelson Marchezan Jr. Parecer: Favorável, c/Emenda(s).

PARECER DA COMISSÃO Nº 29/2009

(3)

nº 258/2008, de autoria da Defensoria Pública do Estado, alterando os arts. 80, 82 e 83, e revogando o art. 81 da Lei Complementar nº 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, para a devida análise dos aspectos jurídicos bem como do controle preventivo da constitucionalidade.

O PLC objetiva ampliar a licença-gestante de 120 (cento e vinte) para 180 (cento e oitenta) dias. Pretende também alongar a licença-adotante de 120 (cento e vinte) para 180 (cento e oitenta) dias quando a idade do adotado for de zero a dois anos; de 90 (noventa) para 150 (cento e cinqüenta) dias quando a idade do adotado for de mais de dois até quatro anos; de 60 (sessenta) para 120 (cento e vinte) dias quando a idade do adotado for de mais de quatro até seis anos; de 30 (trinta) para 90 (noventa) dias quando a idade do adotado for de mais de seis anos. De igual forma, eleva de oito para 15 (quinze) dias a licença-paternidade, em caso de nascimento ou adoção de filho.

Na justificativa, a Senhora Defensora Pública-Geral, Doutora Maria de Fátima Zachia Paludo, refere a necessidade de adequar os dispositivos da Lei Complementar nº 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, às recomendações da Organização Mundial da Saúde, quanto à necessidade do aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida. Salienta que a ampliação dos prazos, segue a esteira de outras iniciativas legais adotadas no país, em especial a Lei Complementar Federal nº 11.770, de 09 de setembro de 2008.

Acrescenta que a Justiça Federal editou a Resolução nº 30, de 22 de outubro de 2008, que prorroga em 60 (sessenta) dias a licença gestante no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. Observa ainda que, em São Paulo, foi promulgada Lei Complementar que amplia a licença-gestante para o funcionalismo estadual e, no Rio Grande do Sul, o Poder Executivo enviou à Assembléia o PLC nº 251/08, em tramitação nesta Casa, tratando do mesmo assunto.

No que cabe à Comissão de Constituição e Justiça manifestar-se, conforme art. 56, inciso I, do Regimento Interno da Assembléia Legislativa, a matéria deve ser examinada nos aspectos constitucional, legal e jurídico.

Nesta diretriz, importa ressaltar que o PLC está em consonância com a legislação anteriormente mencionada. Apresentado pela representante legal da Defensoria Pública do Estado, preenche as exigências constitucionais atinentes ao processo legislativo, inclusive a de iniciativa, com amparo no art. 121 da Constituição Estadual, que assim dispõe:

“Art. 121 - ...

§ 1º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional, administrativa e orçamentária, cabendo-lhe, na forma de lei complementar:

(...)

III – propor à Assembléia Legislativa a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores.”

Ressalte-se ainda que a proposta atende aos princípios da isonomia, uma vez que ao funcionalismo público do Estado serão assegurados os mesmos benefícios, como se deduz do PLC nº 251/2008, encaminhado pelo Poder Executivo, concedendo à categoria licença-gestante, licença-adotante e licença paternidade conforme os prazos previstos pela Lei Complementar Federal nº 11.770/2008. O mesmo se pode dizer em relação à Resolução nº 30/2008, do Conselho da Justiça Federal.

Pode-se também frisar que os prazos previstos no PLC resguardam os direitos dos nascituros e garantem às mães a formação de vínculo afetivo, num lapso de tempo indispensável à formação da personalidade da criança.

Todavia, tendo em vista o disposto no art. 3º da Lei Complementar Federal nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, faz-se necessário suprimir o art. 3º do PLC, uma vez que a cláusula de vigência deve enumerar expressamente as disposições revogadas, como já é feito no art. 2º. Emenda acostada ao relatório sana esta impropriedade de técnica legislativa.

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Em suma, tendo em vista que a função primeira da CCJ é examinar a conformidade da proposta aos dispositivos constitucionais, bem como considerando que a mesma se ajusta ao previsto na Lei Maior e em nada contraria os princípios da legalidade e juridicidade, no entender deste Relator, está em condição de tramitar.

Parecer favorável.

Sala da Comissão, 24 de março de 2009.

Deputado(a) Alceu Moreira, Presidente.

Deputado(a) Luiz Fernando Záchia, Vice-Presidente.

Deputado(a) Nelson Marchezan Jr., Relator(a).

Deputado(a) Adroaldo Loureiro Deputado(a) Elvino Bohn Gass Deputado(a) Fabiano Pereira Deputado(a) Pedro Westphalen Deputado(a) Luis Augusto Lara Deputado(a) Paulo Odone

______________________________________________ COMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 258/2008

Processo nº 21072.01.00/08-9 Proponente: Defensoria Pública

Ementa: Altera os artigos 80, 82 e 83, e revoga o artigo 81 da Lei Complementar n° 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Relator(a): Deputado(a) Alceu Moreira Parecer: Favorável.

PARECER DA COMISSÃO Nº 6/2009

Vem a esta Comissão de Serviços Públicos, para exame e parecer, o Projeto de Lei Complementar nº 258/2008, de autoria da Defensoria Pública do Estado, alterando os arts. 80, 82 e 83, e revogando o art. 81 da Lei Complementar nº 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, para análise nos termos do art. 56, III da Resolução 2.288/91 - Regimento Interno desta ALRS.

O PLC tem por objetivo ampliar a licença-gestante de 120 (cento e vinte) para 180 (cento e oitenta) dias. Amplia, também, a licença-adotante de 120 (cento e vinte) para 180 (cento e oitenta) dias quando a idade do adotado for de zero a dois anos; de 90 (noventa) para 150 (cento e cinqüenta) dias quando a idade do adotado for de mais de dois até quatro anos; de 60 (sessenta) para 120 (cento e vinte) dias quando a idade do adotado for de mais de quatro até seis anos; de 30 (trinta) para 90 (noventa) dias quando a idade do adotado for de mais de seis anos. Na mesma esteira, eleva de oito para 15 (quinze) dias a licença-paternidade nos casos de nascimento ou adoção de filho.

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Paludo, alude a necessidade de adequar os dispositivos da Lei Complementar nº 11.795, de 22 de maio de 2002, que dispõe sobre o Estatuto da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, às recomendações da Organização Mundial da Saúde, quanto à necessidade do aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida. Ressalta que a ampliação dos prazos segue a esteira de outras iniciativas legais adotadas no país, em especial a Lei Complementar Federal nº 11.770, de 09 de setembro de 2008.

Refere, ainda, que a Justiça Federal editou a Resolução nº 30, de 22 de outubro de 2008, que prorroga em 60 (sessenta) dias a licença gestante no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus. Observa que, no Estado de São Paulo foi promulgada Lei Complementar que amplia a licença-gestante para o funcionalismo estadual e, no Rio Grande do Sul, o Poder Executivo enviou à Assembléia o PLC nº 251/08, que originou a LC 13.117/2009.

No âmbito da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa o parecer foi favorável no que tange aos aspectos de constitucionalidade, legalidade e juridicidade, com apenas uma emenda de adequação técnica redacional do Relator à LC Federal 95/98.

No mérito, temos a dizer que, efetivamente, a Organização Mundial da Saúde faz recomendação de alimentação do bebê exclusivamente com leite materno até os seis meses de vida, como segue:

P: ¿Hasta qué edad es adecuado alimentar al bebé sólo con leche materna?

R: Para que el crecimiento, el desarrollo y la salud sean óptimos, hay que alimentar a los lactantes exclusivamente con leche materna durante los seis primeros meses de vida. Por «lactancia materna exclusiva» se entiende no proporcionar al lactante ningún alimento ni bebida (ni siquiera agua) que no sea la leche materna. Se puede, no obstante, darle gotas o jarabes (vitaminas, minerales y medicamentos). La leche materna es el alimento idóneo para el crecimiento y el desarrollo sano del bebé; además, la lactancia materna forma parte del proceso reproductivo, y tiene importantes repercusiones para la salud de las madres. 1

Além disso, a presente alteração estabelece a isonomia de tratamento entre os servidores da Defensoria Pública e os servidores do Poder Executivo, os quais já tiveram esta mesma previsão que ora se aprecia na Lei Complementar 13.117/2009, aprovada nesta Casa.

Ademais, é inegável a necessidade da presença do pai e da mãe nos primeiros dias de vida ou de adoção da criança para o estabelecimento e o fortalecimento dos vínculos afetivos e estruturação da sua existência futura.

Por conseguinte somos de parecer favorável ao PLC ora em tela.

Sala da Comissão, 30 de abril de 2009.

Deputado(a) Fabiano Pereira,

Presidente. Deputado(a) Stela Farias,

Vice-Presidente.

Deputado(a) Alceu Moreira, Relator(a).

Deputado(a) Carlos Gomes Deputado(a) Luciano Azevedo Deputado(a) Pedro Pereira Deputado(a) Sandro Boka

1 Organização Mundial da Saúde. Disponível em: <http://www.who.int/features/qa/21/es>. Acesso em: 23 abr. 2009.

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______________________________________________ PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 258/2008

EMENDA Nº 1

Comissão de Constituição e Justiça

Suprime o art. 3º do Projeto de Lei Complementar nº 258/2008

Suprima-se o art. 3º do Projeto de Lei Complementar nº 258/2008.

JUSTIFICATIVA

A supressão proposta tem por base o art. 9º da Lei Complementar nº 95/1998.

"Art. 9º - A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas".

Não cabe, portanto, uma menção genérica sobre o assunto, tanto mais que o art. 2º do PLC já o faz expressamente em relação ao art. 81 da Lei Complementar nº 11.795, de 22 de maio de 2002.

Referências

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