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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

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Academic year: 2021

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(1)

Admar Correa Admir Prado Aline da Rosa Aline Feldmann Ana Paula de Oliveira

Anderson Scheid Anderson Tiecher Andres Sammarco Arthur Taylor Bruno Porto Bruno Peroni Bruno Pujol Carlos Fleck Caroline Duschitz Caroline Lovison Clarissa Azambuja Clarissa Lourenci Cristiano Mello Daniel Silveira Danielle Tubino Débora Gurski Diecson Nunes Erico Fin Fabiana Katz Fabricio Bittencourt Fernanda Nidballa Francesca Zamberlan Gabriela de Mattos Giuliano Cecatto Guilherme Abdala Guilherme Saint-denis Henrique Dias Henrique Palhares Jonas Silva Júlio Eggers Karen Lamera Laura Martins Lidiane Gomes Marcio Pacheco Matheus Santana Miriam Laier Murilo Bayer Pablo Vidal Pâmela de Aguiar Paulo Castilhos Pedro Constantin Rafael Marques Raphael Faria Raquel Fassini Ricardo Prado Rogério Campos Simone de Oliveira Thiago Borba Thiago Borella Tomke Augustin Treissi Arioli

A OPINIÃO DO PORTO-ALEGRENSE QUANTO À PROIBIÇÃO DE

FUMAR EM AMBIENTES COLETIVOS TOTAL OU PARCIALMENTE

FECHADOS

Porto Alegre

2009

(2)

Aline Feldmann Ana Paula de Oliveira

Anderson Scheid Anderson Tiecher Andres Sammarco Arthur Taylor Bruno Porto Bruno Peroni Bruno Pujol Carlos Fleck Caroline Duschitz Caroline Lovison Clarissa Azambuja Clarissa Lourenci Cristiano Mello Daniel Silveira Danielle Tubino Débora Gurski Diecson Nunes Erico Fin Fabiana Katz Fabricio Bittencourt Fernanda Nidballa Francesca Zamberlan Gabriela de Mattos Henrique Dias Henrique Palhares Jonas Silva Júlio Eggers Karen Lamera Laura Martins Lidiane Gomes Marcio Pacheco Matheus Santana Miriam Laier Murilo Bayer Pablo Vidal Pâmela de Aguiar Paulo Castilhos Pedro Constantin Rafael Marques Raphael Faria Raquel Fassini Ricardo Prado Rogério Campos Simone de Oliveira Thiago Borba Thiago Borella Tomke Augustin Treissi Arioli

A OPINIÃO DO PORTO-ALEGRENSE QUANTO À PROIBIÇÃO DE

FUMAR EM AMBIENTES COLETIVOS TOTAL OU PARCIALMENTE

FECHADOS

Trabalho para a disciplina de Pesquisa de Marketing do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Orientador: Prof. Dr. Walter Meucci Nique

Porto Alegre 2009

(3)

AGRADECIMENTOS

Ao professor Dr. Walter Meucci Nique, orientador desta pesquisa, que enriqueceu nosso currículo com seu conhecimento acadêmico e, sobretudo, com sua bagagem de vida e experiência.

Aos assistentes da disciplina, Christian Albrecht, Diego Costa Pinto, Marlon Dalmoro e Rodrigo Costa pela ajuda constante e precisa durante todas as etapas de elaboração deste trabalho.

Aos participantes do Grupo Motivacional, pela valiosa contribuição, munindo-nos de posicionamentos e dados para iniciar a pesquisa.

Aos colegas da turma do semestre 2009/1 de Pesquisa de Marketing que, ao partilhar suas experiências anteriores, forneceram importantes dicas e facilitaram nosso processo de aprendizagem.

Ao CEPA/UFRGS (Centro de Estudo e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul) pelo suporte no processo de amostragem.

Aos moradores da cidade de Porto Alegre que responderam ao questionário desta pesquisa, os quais doaram sua atenção e uma parcela de seu tempo, permitindo que esta pesquisa fosse realizada com sucesso.

(4)

RESUMO

Este trabalho analisou a percepção dos porto-alegrenses sobre a proibição do fumo em ambientes coletivos total ou parcialmente fechados. Para apurarmos os dados, foram coletadas informações através de busca de dados secundários, dinâmica com um grupo motivacional relacionado ao assunto e elaboração e aplicação de 1009 questionários em diversos bairros de Porto Alegre. Amostra que proporciona um nível de 95% de confiança e erro de 3%. Após, estes dados coletados através da aplicação do questionário foram tabulados e analisados utilizando softwares de análise quantitativa onde foram feitos estudos univariados, bivariados e outros multivariados. A pesquisa mostrou que a população é favorável a uma Lei que proíba o consumo de produtos fumígenos em locais fechados, como bares, restaurantes e lanchonetes principalmente. Apontou também que a maioria dos entrevistados, inclusive dos fumantes, esta consciente de que a saúde é afetada ao inalar a fumaça expelida por outros indivíduos que fumam no mesmo ambiente em que se encontram.

Palavras-chave: pesquisa de marketing; Lei antifumo; Porto Alegre; proibição do fumo em locais fechados

(5)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Organização de Grupos de Foco ... 49 Figura 2 – Reconhecimento das Quadras ... 66 Figura 3 – Imagem do Sorteio de Quadras ... 67

(6)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Percentual de fumantes por país ... 23

Gráfico 3 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a bares ... 73

Gráfico 4 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a restaurantes ... 74

Gráfico 5 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a casas noturnas ... 75

Gráfico 6 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a ginásios de esportes ... 76

Gráfico 7 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a estádios de futebol ... 77

Gráfico 8 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a lanchonetes e cafés ... 78

Gráfico 9 – Perfil da Amostra – Fumantes ... 79

Gráfico 10 – Perfil da Amostra – Freqüência do hábito de fumar ... 80

Gráfico 11 – Perfil da Amostra – Se é fumante, gostaria de parar de fumar? ... 81

Gráfico 12 – Perfil da Amostra – Os fumantes freqüentarão menos os locais onde não se pode fumar? ... 82

Gráfico 13 – Perfil da Amostra – Os não-fumantes passarão a freqüentar mais os locais onde é proibido fumar? ... 83

Gráfico 14 – Perfil da Amostra – Haverá diminuição do número de possíveis novos fumantes? ... 84

Gráfico 15 – Perfil da Amostra – Os fumantes passarão a fumar menos? ... 85

Gráfico 16 – Perfil da Amostra – Os fumantes permanecerão menos tempo nos estabelecimentos onde há proibição de fumo? ... 86

Gráfico 17 – Perfil da Amostra – Os fumantes ficarão mais em casa em vez de sair? ... 87

Gráfico 18 – Perfil da Amostra – A fiscalização dos ambientes será eficiente? ... 88

Gráfico 19 – Perfil da Amostra – Eu me sinto incomodado quando alguém fuma perto de mim? ... 89

(7)

Gráfico 20 – Perfil da Amostra – Eu acredito que a saúde do fumante passivo é

prejudicada pelo fumo? ... 90

Gráfico 21 – Perfil da Amostra – Deve haver locais destinados ao consumo do fumo, como fumódromos?... 91

Gráfico 22 – Perfil da Amostra – As pessoas respeitarão a lei? ... 92

Gráfico 23 – Perfil da Amostra – Ao não obedecer à lei, o dono do estabelecimento deve ser multado? ... 93

Gráfico 24 – Perfil da Amostra – Ao não obedecer à lei, o fumante deve ser multado? ... 94

Gráfico 25 – Perfil da Amostra – Os ambientes onde haverá a proibição ficarão mais agradáveis? ... 95

Gráfico 26 – Perfil da Amostra – A proibição do fumo fere o direito de liberdade do cidadão? ... 96

Gráfico 27 – Perfil da Amostra – Opinião sobre proibição do fumo em bares ... 97

Gráfico 28 – Perfil da Amostra – Opinião sobre proibição do fumo em restaurantes 98 Gráfico 29 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em casas noturnas ... 99

Gráfico 30 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em ginásios de esportes ... 100

Gráfico 31 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em estádios . 101 Gráfico 32 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em lanchonetes e cafés ... 102

Gráfico 33 – Perfil da Amostra – Você é a favor de uma lei que proíba o fumo em locais coletivos total ou parcialmente fechados? ... 103

Gráfico 34 – Perfil da Amostra – Na sua opinião, uma lei de proibição ao fumo visa a? ... 104

Gráfico 35 – Perfil da Amostra – Estado Civil dos Respondentes ... 105

Gráfico 36 – Perfil da Amostra – Grau de Escolaridade dos Respondentes ... 106

Gráfico 37 – Perfil da Amostra – Você possui filhos?... 107

Gráfico 38 – Perfil da Amostra – Sexo do Entrevistado ... 108

Gráfico 39 – Perfil da Amostra – Idade do Entrevistado... 109

Gráfico 40 – Freqüência em bares x É a favor da proibição do fumo?... 111

(8)

Gráfico 42 – Freqüência em casas noturnas x É a favor da proibição do fumo? .... 113

Gráfico 43 – Freqüência em ginásios x É a favor da proibição do fumo? ... 114

Gráfico 44 – Freqüência em estádios x É a favor da proibição do fumo? ... 115

Gráfico 45 – Freqüência em lanchonetes e cafés x É a favor da proibição do fumo? ... 116

Gráfico 46 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Bares ... 117

Gráfico 47 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Restaurantes... 118

Gráfico 48 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Casas Noturnas ... 119

Gráfico 49 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Ginásios ... 120

Gráfico 50 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Estádios ... 121

Gráfico 51 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Estádios ... 122

Gráfico 52 – Entrevistados que querem parar de fumar x % É a favor da lei ... 123

Gráfico 53 – Entrevistados acreditam que a lei deixaria os ambientes mais agradáveis x % É favor da lei ... 124

Gráfico 54 – Principal objetivo da lei antifumo x Idade ... 125

Gráfico 55 – Principal objetivo da lei antifumo x Gênero ... 126

Gráfico 56 – Principal objetivo da lei antifumo x Fumante x Não-fumante ... 127

Gráfico 57 – Opinião sobre a lei x Fumantes x Não-fumantes ... 128

Gráfico 58 – Opinião do fumante sobre a saúde do fumante passivo ... 129

Gráfico 59 – Opinião do fumante em relação ao direito de liberdade ... 130

Gráfico 60 – Opinião dos fumantes sobre a saúde do fumante passivo x Escolaridade ... 131

Gráfico 61 Grau de escolaridade x É a favor da lei? ... 131

Gráfico 62 – Males do cigarro x Idade... 132

Gráfico 63 – Males do cigarro x Escolaridade ... 132

Gráfico 64 – Gênero dos Fumantes ... 133

(9)

Gráfico 66 – Fumante x Mudança de hábito ... 134

Gráfico 67 – Não-fumantes x A favor da lei ... 135

Gráfico 68 – Fumante x Opinião sobre a multa para o estabelecimento ... 136

Gráfico 69 – Fumante x Opinião sobre a multa para o próprio fumante ... 136

Gráfico 70 – Gênero x Contra a lei ... 137

Gráfico 71 – Sexto x A favor da lei ... 137

Gráfico 72 – Não-fumantes x Freqüência em estabelecimentos que proibem o fumo ... 138

Gráfico 73 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em bares ... 139

Gráfico 74 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em restaurantes ... 140

Gráfico 75 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em casas noturnas .. 141

Gráfico 76 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em ginásios ... 142

Gráfico 77 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em estádios ... 143

Gráfico 78 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em lanchonetes e cafés ... 144

Gráfico 79 – Fumantes passarão a fumar menos x Respeitarão à lei ... 145

Gráfico 80 – Fiscalização x Fumantes x Não-fumantes ... 146

Gráfico 81 – Fiscalização x Escolaridade ... 147

Gráfico 82 – Sente-se incomodado x Fumantes x Não-fumantes ... 148

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Percentual de adultos (≥18 anos) fumantes, por gênero, segundo as

capitais dos estados brasilieros e Distrito Dederal ... 27

Tabela 2 – Grupos de Renda e Respectivas Faixas Salariais em SM ... 29

Tabela 3 – Porcentagem da renda gasta com fumo e com itens essenciais ... 30

Tabela 4 – Porcentagem dos gastos com fumo e com itens básicos de alimentação ... 31

Tabela 5 – Identificação da Amostra – Gênero ... 70

Tabela 6 – Identificação da Amostra – Faixa Etária ... 70

Tabela 7 – Identificação da Amostra – Escolaridade ... 70

Tabela 8 – Identificação da Amostra – Número de Fumantes ... 71

Tabela 9 – Identificação da Amostra – Hábito de Fumar ... 71

Tabela 10 – Identificação da Amostra – Estado Civil ... 72

Tabela 11 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a bares .... 73

Tabela 12 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a restaurantes ... 74

Tabela 13 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a casas noturnas ... 75

Tabela 14 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a ginásios de esportes ... 76

Tabela 15 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a estádios de futebol ... 77

Tabela 16 – Perfil da Amostra – Freqüência com que o respondente vai a lanchonetes e cafés ... 78

Tabela 17 – Perfil da Amostra – Fumantes ... 79

Tabela 18 – Perfil da Amostra – Freqüência do hábito de fumar ... 80

Tabela 19 – Perfil da Amostra – Se é fumante, gostaria de parar de fumar? ... 81

Tabela 20 – Perfil da Amostra – Os fumantes freqüentarão menos os locais onde não se pode fumar? ... 82

Tabela 21 – Perfil da Amostra – Os não-fumantes passarão a freqüentar mais os locais onde é proibido fumar? ... 83

(11)

Tabela 22 – Perfil da Amostra – Haverá diminuição do número de possíveis novos fumantes? ... 84 Tabela 23 – Perfil da Amostra – Os fumantes passarão a fumar menos? ... 85 Tabela 24 – Perfil da Amostra – Os fumantes permanecerão menos tempo nos estabelecimentos onde há proibição de fumo? ... 86 Tabela 25 – Perfil da Amostra – Os fumantes ficarão mais em casa em vez de sair? ... 87 Tabela 26 – Perfil da Amostra – A fiscalização dos ambientes será eficiente? ... 88 Tabela 27 – Perfil da Amostra – Eu me sinto incomodado quando alguém fuma perto de mim? ... 89 Tabela 28 – Perfil da Amostra – Eu acredito que a saúde do fumante passivo é prejudicada pelo fumo? ... 90 Tabela 29 – Perfil da Amostra – Deve haver locais destinados ao consumo do fumo, como fumódromos?... 91 Tabela 30 – Perfil da Amostra – As pessoas respeitarão a lei? ... 92 Tabela 31 – Perfil da Amostra – Ao não obedecer à lei, o dono do estabelecimento deve ser multado? ... 93 Tabela 32 – Perfil da Amostra – Ao não obedecer à lei, o fumante deve ser multado? ... 94 Tabela 33 – Perfil da Amostra – Os ambientes onde haverá a proibição ficarão mais agradáveis? ... 95 Tabela 34 – Perfil da Amostra – A proibição do fumo fere o direito de liberdade do cidadão? ... 96 Tabela 35 – Perfil da Amostra – Opinião sobre proibição do fumo em bares ... 97 Tabela 36 – Perfil da Amostra – Opinião sobre proibição do fumo em restaurantes. 98 Tabela 37 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em casas noturnas ... 99 Tabela 38 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em ginásios de esportes ... 100 Tabela 39 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em estádios .. 101 Tabela 40 – Perfil da Amostra – Opinião sobre a proibição do fumo em lanchonetes e cafés ... 102

(12)

Tabela 41 – Perfil da Amostra – Você é a favor de uma lei que proíba o fumo em

locais coletivos total ou parcialmente fechados? ... 103

Tabela 42 – Perfil da Amostra – Na sua opinião, uma lei de proibição ao fumo visa a? ... 104

Tabela 43 – Perfil da Amostra – Estado Civil dos Respondentes ... 105

Tabela 44 – Perfil da Amostra – Grau de Escolaridade dos Respondentes... 106

Tabela 45 – Perfil da Amostra – Você possui filhos? ... 107

Tabela 46 – Perfil da Amostra – Sexo do Entrevistado ... 108

Tabela 47 – Perfil da Amostra – Idade do Entrevistado ... 109

Tabela 48 – Freqüência em bares x É a favor da proibição do fumo? ... 111

Tabela 49 – Freqüência em restaurantes x É a favor da proibição do fumo? ... 112

Tabela 50 – Freqüência em casas noturnas x É a favor da proibição do fumo? ... 113

Tabela 51 – Freqüência em ginásios x É a favor da proibição do fumo? ... 114

Tabela 52 – Freqüência em estádios x É a favor da proibição do fumo? ... 115

Tabela 53 – Freqüência em lanchonetes e cafés x É a favor da proibição do fumo? ... 116

Tabela 54 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Bares ... 117

Tabela 55 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Restaurantes... 118

Tabela 56 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Casas noturnas ... 119

Tabela 57 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Ginásios ... 120

Tabela 58 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Estádios ... 121

Tabela 59 – Entrevistados que querem parar de fumar x % de fumantes a favor da lei x Estádios ... 122

Tabela 60 – Entrevistados que querem parar de fumar x % É a favor da lei ... 123

Tabela 61 – Entrevistados acreditam que a lei deixaria os ambientes mais agradáveis x % É favor da lei ... 124

Tabela 62 – Principal objetivo da lei antifumo x Idade ... 125

(13)

Tabela 64 – Principal objetivo da lei antifumo x Fumante x Não-fumante ... 127

Tabela 65 – Opinião sobre a lei x Fumantes x Não-fumantes ... 128

Tabela 66 – Opinião do fumante em relação ao direito de liberdade ... 130

Tabela 67 – Grau de escolaridade x É a favor da lei?... 131

Tabela 68 – Idade do fumante em Porto Alegre ... 133

Tabela 69 – Fumante x Mudança de hábito ... 134

Tabela 70 – Não-fumantes x A favor da lei ... 135

Tabela 71 – Idade x A favor da lei ... 138

Tabela 72 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em bares ... 139

Tabela 73 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em restaurantes ... 140

Tabela 74 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em casas noturnas .. 141

Tabela 75 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em ginásios... 142

Tabela 76 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em estádios ... 143

Tabela 77 – Fumantes x Não-fumantes x Proibição do fumo em lanchonetes e cafés ... 144

Tabela 78 – Fumantes passarão a fumar menos x Respeitarão à lei ... 145

Tabela 79 – Fiscalização x Fumantes x Não-fumantes ... 146

Tabela 80 – Fiscalização x Escolaridade ... 147

Tabela 81 – Sente-se incomodado x Fumantes x Não-fumantes ... 148

Tabela 82 – Grau de escolaridade x Saúde do fumante passivo ... 149

Tabela 83 – Opinião dos fumantes sobre o número de novos fumantes se a lei antifumo for aprovada ... 150

Tabela 84 – Fumantes x Faixa etária x A favor da lei antifumo ... 151

Tabela 85 – Fumantes x Saúde do fumante passivo ... 152

Tabela 86 – Fumantes x Faixa etária x Saúde do fumante passivo ... 152

Tabela 87 – Fumantes x Mudança de hábito ficando mais em casa ... 153

Tabela 88 – Fumantes x Estado civil x Proibição do fumo em bares ... 154

Tabela 89 – Fumantes x Faixa etária x Proibição do fumo em casas noturnas ... 155

Tabela 90 – Fumantes x Faixa etária x Proibição do fumo em estádios ... 156

Tabela 91 - Mudança na freqüência com que fumantes vão a estabelecimentos x Grau de escolaridade ... 157

Tabela 92 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Freqüência em locais onde o fumo é proibido ... 158

(14)

Tabela 93 – Não-fumantes x Faixa etária x Fumantes passarão a fumar menos ... 159 Tabela 94 – Não-fumantes x Grau de Escolaridade x Hábito dos fumantes quanto ao tempo de permanência nos estabelecimentos ... 160 Tabela 95 – Não-fumantes x Faixa etária x Mudança de hábito dos fumanes quanto ao tempo de permanência em suas casas ... 161 Tabela 96 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Mudança de hábito dos fumantes quanto ao tempo de permanência em casa... 162 Tabela 97 – Não-fumantes x Faixa etária x Opinião sobre a eficácia da fiscalização ... 163 Tabela 98 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Opinião sobre a eficácia da fiscalização ... 164 Tabela 99 – Não-fumantes x Faixa etária x Incômodo do fumo passivo ... 165 Tabela 100 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Incômodo do fumo passivo 166 Tabela 101 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Saúde do fumante passivo 167 Tabela 102 – Não-fumantes x Faixa etária x Existência de fumódromos... 168 Tabela 103 – Não-fumantes x Faixa etária x Opinião sobre o respeito à lei ... 169 Tabela 104 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Opinião sobre o respeito à lei ... 170 Tabela 105 – Não-fumantes x Faixa etária x Multa para o dono do estabelecimento ... 171 Tabela 106 – Não-fumantes x Faixa etária x Opinião sobre ambientes sem fumo . 172 Tabela 107 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Opinião sobre ambientes sem fumo ... 173 Tabela 108 – Não-fumantes x Faixa etária x Opinião sobre a liberdade de fumar .. 174 Tabela 109 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Opinião sobre a liberdade de fumar ... 175 Tabela 110 – Não-fumantes x Gênero x Opinião a favor ou contra a lei ... 176 Tabela 111 – Não-fumantes x Faixa etária x Opinião a favor ou contra a lei antifumo ... 177 Tabela 112 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Opinião a favor ou contra a lei ... 178 Tabela 113 – Não-fumantes x Faixa etária x Opinião sobre o objetivo da lei antifumo ... 179

(15)

Tabela 114 – Não-fumantes x Estado civi x Opinião a favor ou contra a lei ... 180

Tabela 115 – Não-fumantes x Grau de escolaridade x Opinião a favor ou contra a lei ... 181

Tabela 116 – Ex-fumantes x Faixa etária x Proibição do fumo em bares ... 182

Tabela 117 – Ex-fumantes x Faixa etária x Proibição do fumo em restaurantes .... 183

Tabela 118 – Ex-fumantes x Grau de escolaridade x Proibição do fumo em restaurantes ... 184

Tabela 119 – Ex-fumantes x Gênero x Proibição do fumo em estádios ... 185

Tabela 120 – Ex-fumantes x Faixa etária x Proibição do fumo em lanchonetes ... 186

Tabela 121 – Ex-fumantes x Faixa etária x Mudança na freqüência do fumo ... 187

Tabela 122 – Ex-fumantes x Faixa etária x Mudança no hábito dos fumantes que freqüentarão menos os ambientes onde é proibido fumar ... 188

Tabela 123 – Ex-fumantes x Grau de escolaridade x Freqüência dos não-fumantes em locais onde é proibido fumar ... 189

Tabela 124 – Ex-fumantes x Gênero x Eficiência da fiscalização ... 190

Tabela 125 – Ex-fumantes x Estado civil x Eficiência da fiscalização ... 191

Tabela 126 – Ex-fumantes x Grau de escolaridade x Eficiência da fiscalização ... 192

Tabela 127 – Ex-fumantes x Faixa etária x Saúde do fumante passivo ... 193

Tabela 128 – Ex-fumantes x Gênero x Opinião sobre o respeito à lei ... 194

Tabela 129 – Ex-fumantes x Faixa etária x Ambientes mais agradáveis com a proibição do fumo ... 195

Tabela 130 – Ex-fumantes x Gênero x Opinião a favor ou contra a lei ... 196

(16)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 17

2 PROBLEMA DE PESQUISA ... 19

2.1DEFINIÇÃODOPROBLEMADEPESQUISA ... 19

2.2JUSTIFICATIVA ... 19 2.3OBJETIVOS ... 20 2.3.1 Objetivo geral ... 20 2.3.2 Objetivos específicos ... 20 3 MÉTODO DE ESTUDO ... 21 3.1ESTUDOQUALITATIVO... 21

3.1.1 Levantamento de Dados Secundários ... 21

3.1.2 Grupo Motivacional ... 47

3.1.3 Elaboração do Instrumento de Pesquisa... 57

3.2ESTUDOQUANTITATIVO ... 63 3.2.1 Amostragem ... 63 3.2.2 Análise de dados ... 68 4 RESULTADOS... 198 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 201 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 203

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO VERSÃO PRÉ-TESTE ... 206

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO VERSÃO FINAL ... 209

APÊNDICE C – PLANILHA DE RECONHECIMENTO DE QUADRA ... 212

APÊNDICE D – DICAS PARA O PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS... 214

APÊNDICE E – CARTA CONVITE ... 216

APÊNDICE F – GRUPO MOTIVACIONAL ... 217

APÊNDICE G – CARTA DE AGRADECIMENTO... 218

APÊNDICE H – TRANSCRIÇÃO DO GRUPO MOTIVACIONAL ... 219

(17)

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos maiores produtores de tabaco do mundo e cerca de 16% da população brasileira é fumante, conforme pesquisa do sistema Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) produzida pelo Ministério da Saúde em 2007. O tabagismo é responsável pela morte de 200 mil brasileiros anualmente. Porto Alegre é a capital brasileira que possui o maior número de fumantes, principalmente entre os jovens, com um percentual de 28% na faixa etária entre 12 e 22 anos.

Foi sancionada, em maio deste ano, a Lei Nº 13.541, que proíbe, no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco. Devido a este fato, bem como da adoção por outros Estados de legislação semelhante e, ainda, da tramitação de um projeto de lei similar em Porto Alegre na época, foi que a turma de Pesquisa de Marketing 2009/2 da Universidade Federal do Rio Grande do Sul decidiu compor o trabalho da disciplina em torno desta temática, com o intuito de apurar a percepção dos porto-alegrenses em relação à proibição do fumo em ambientes de uso coletivo, total ou parcialmente fechados sob forma de lei.

Para o levantamento dos dados, foram coletadas informações através de busca de dados secundários, debate com um grupo da sociedade relacionado de alguma forma com o assunto e elaboração e aplicação de mais de 1000 questionários em diversos bairros de Porto Alegre. A pesquisa mostrou que a população é favorável a uma Lei que proíba o consumo de produtos fumígenos em locais fechados, como bares, restaurantes e lanchonetes principalmente. Apontou também que a maioria dos entrevistados, inclusive os fumantes, estão conscientes de que o fumante passivo tem sua saúde afetada ao inalar fumaça expelida por outros indivíduos que fumam no mesmo ambiente em que se encontram.

(18)

O país dá um passo importante na busca de uma maior qualidade de vida e redução de custos com a saúde pública, a exemplo dos métodos já adotados em Nova Iorque, Buenos Aires, Paris e Londres. Conforme dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), o cigarro é a terceira maior causa de mortes no mundo, tanto para os que fumam quanto para os que respiram a fumaça.

(19)

2 PROBLEMA DE PESQUISA

2.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

A cidade de Porto Alegre faz parte deste movimento de âmbito mundial para redução do número de novos fumantes, assim como diminuir os malefícios que o cigarro causa na saúde dos fumantes e fumantes passivos.

Por tudo isso, existe uma forte motivação para que os Legisladores desenvolvam leis que atendam a estes propósitos.

2.2 JUSTIFICATIVA

Existe uma distância entre o representante político e seus eleitores. Essa distância prejudica o alinhamento das decisões políticas com as reais vontades, necessidades e percepções do povo.

De acordo com os preceitos democráticos, democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo. Neste contexto, os métodos de pesquisa atualmente existentes propiciariam aos governantes ferramentas para obter, de maneira bastante precisa, a percepção do povo frente às mais diversas questões.

Para que a Legislatura conheça a opinião do morador da cidade de Porto Alegre se faz necessário o desenvolvimento de uma pesquisa séria. Nesta pesquisa o objetivo maior deve ser a imparcialidade para sabermos com exatidão a percepção do porto-alegrense sobre a proibição do fumo em ambientes coletivos fechados ou parcialmente fechados sob diferentes aspectos.

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2.3 OBJETIVOS

2.3.1 Objetivo geral

Identificar a opinião dos moradores da cidade de Porto Alegre a respeito de uma lei de restrição ao ato de fumar em ambientes coletivos total ou parcialmente fechados.

2.3.2 Objetivos específicos

a. Captar a percepção do porto-alegrense quanto à aplicação da lei antifumo e suas possíveis sanções como multas e advertências;

b. Perceber a opinião do porto-alegrense sobre os fumódromos como solução para restrição parcial ao fumo em locais fechados;

c. Identificar a opinião do morador sobre o impacto na saúde do uso de produtos fumígenos em ambientes fechados;

d. Verificar a opinião dos fumantes e também dos não-fumantes a respeito da proibição;

e. Checar o percentual de fumantes que desejam parar de fumar;

f. Conhecer os ambientes fechados ou parcialmente fechados em que a proibição o fumo é aceita e os ambientes onde existe resistência.

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3 MÉTODO DE ESTUDO

Esta pesquisa foi dividida em duas grandes etapas, de maneira que obtivéssemos novos conhecimentos a cerca do tema escolhido e alcançássemos os objetivos propostos. A primeira etapa foi predominantemente qualitativa, ou exploratória, e a segunda etapa, descritiva, ou quantitativa, onde buscamos, respectivamente, o aprofundamento sobre o assunto estudado e a coleta e análise de dados primários. Sendo assim, temos:

a) Etapa exploratória: revisão bibliográfica e pesquisa e análise de dados secundários para criação e teste do questionário para coleta dos dados quantitativos;

b) Etapa descritiva: aplicação do questionário análise dos resultados.

3.1 ESTUDO QUALITATIVO

3.1.1 Levantamento de Dados Secundários

O principal objetivo da pesquisa exploratória é fornecer a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador (Malhotra, 2001). Partindo deste entendimento, buscamos, nesta etapa qualitativa, um maior aprofundamento do assunto, através da coleta e análise de dados secundários.

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O Tabagismo No Mundo

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2008) estima que um terço da população mundial adulta seja fumante, isto é, 1 bilhão e 300 milhões de pessoas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), pesquisas relatam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Nos países em desenvolvimento, os fumantes representam 48% da população masculina e 7% da população feminina. Já nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres possuem o hábito de fumar.

O Tabagismo é responsável por 4,9 milhões de mortes anuais (OMS, 2008). Mantendo as atuais tendências de consumo em 2030 o número de mortes anuais passará a ser de 10 milhões (OMS, 2003). Outro dado documentado pela OMS é que aproximadamente metade das crianças do mundo (700 milhões) respira ar poluído pela fumaça do tabaco. Apenas 5% (9 países) da população mundial vive em países onde a publicidade e a promoção do tabaco são totalmente proibidas e que dispõem de serviços exclusivamente destinados ao tratamento da dependência em relação ao tabaco; 6% da população mundial – 15 países – exigem que as embalagens de tabaco incluam alertas sobre os perigos de fumar (ACTBR).

Conforme a OMS (Report on the Global Tobacco Epidemic, 2008, p. 19), estima-se que aproximadamente dois terços dos fumantes no mundo vivem em 10 países. São eles: China (habitada com 30% dos fumantes do mundo), Índia (com 11,2%), Indonésia (com 4,8%), Rússia (com 4,8%), Estados Unidos da América (com 4,5%), Japão (com 2,8%), Brasil (com 1,9%), Bangladesh (com 1,9%), Alemanha (com 1,8%) e Turquia (com 1,7%), conforme gráfico abaixo.

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Gráfico 1 – Percentual de fumantes por país

Fonte: WHO report on the Global Tobacco Epidemic, 2008, p.19.

Doenças e problemas relacionados ao tabagismo exigem um dispêndio anual de 200 bilhões de dólares, sendo metade destes gastos realizados por países em desenvolvimento (Istoé Dinheiro, 16/09/2009). Contudo, os impostos e taxas sobre o tabaco são a maior fonte de receita para quase todos os governos do mundo, representando, por exemplo, 10% das receitas do Sri Lanka, e 6% para Quênia e Brasil. Além disso, a maioria dos países recolhe 500 vezes mais dinheiro nos impostos sobre os produtos de tabaco anualmente do que investem em esforços para controlar o tabagismo.

No mês de Junho deste ano, o Congresso dos Estados Unidos da América (EUA), aprovou uma lei que concede ao governo poderes para restringir a venda e a distribuição do fumo e seus produtos derivados, mas sem proibi-las totalmente. Esta lei ainda prevê o aumento da regulamentação da publicidade desses produtos (G1, 12/06/2009). O Butão é o único país que conseguiu proibir totalmente a venda e o consumo em público de produtos feitos de tabaco, em 2004 (Super Interessante, Dezembro de 2005).

O tabaco é a segunda droga mais consumida pelos jovens, no mundo e no Brasil, atrás somente do álcool (ACTBR). Este fato deve-se às facilidades e estímulos de obtenção do produto (como baixo custo para comprá-lo, curiosidade

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pelo produto estimulada pela imitação do comportamento do adulto, e a promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco, já que a indústria de tabaco aproxima-se dos jovens patrocinando eventos direcionados a eles, por exemplo). Outro dado importante é que 90% dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, período em que o indivíduo encontra-se em fase de construção de sua personalidade (ACTBR).

O Brasil está entre os maiores produtores de tabaco no mundo. No ano de 2007 foi o segundo maior produtor de tabaco e o maior exportador do produto no mundo. Na produção do produto ficou atrás somente da China, que é também o maior consumidor do mundo. Índia e EUA foram os outros países que mais produziram, e foram EUA e Índia que ocuparam o segundo e terceiro lugar, respectivamente, na exportação do tabaco. No entanto, o Brasil vai à contramão de uma tendência mundial em relação à produção desta cultura, uma vez que EUA e Índia, por exemplo, estão diminuindo a produção da mesma (Gazeta do Povo).

A indústria mundial de tabaco gera mais de 100 milhões de empregos em cerca de 150 países, número superior às populações de Argentina, Quênia e Espanha juntas. Do total de terras cultiváveis no mundo, 0,3% são utilizadas para a plantação do tabaco. Os produtores de tabaco muitas vezes optam por esse setor devido à estabilidade de seus preços, à maior rentabilidade por área cultivada e à possibilidade de uso de pequenas propriedades para o seu cultivo (Tabacos D‟Itália). Uma pesquisa sobre o funcionamento da cadeia produtiva do tabaco mostrou que os preços do fumo variam menos que os da soja, do milho e do feijão. Além disso, o tabaco é o único produto da agricultura brasileira, cuja cotação está atrelada diretamente aos custos (Gazeta do Povo).

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O Tabagismo no Brasil

O tabagismo no Brasil atinge cerca de 16% da população conforme indicado em pesquisa do sistema Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) produzida pelo Ministério da Saúde em 2007 e é responsável pela morte de 200 mil pessoas ao ano. O percentual do número de fumantes em 2007, no entanto, refletiu uma queda de 4% em relação ao índice de fumantes no país em 2003 conforme dados apontados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). 90% dos tabagistas no país ficam dependentes da nicotina na faixa etária que vai dos 5 aos 19 anos de idade e totalizavam 2,8 milhões de pessoas em 2006 (Ministério da Saúde).

Um inquérito efetuado pelo Inca entre os anos de 2002 e 2003 apurou que a prevalência de tabagismo entre pessoas com mais de 15 anos variava de 12,9% a 25,2% em 15 capitais brasileiras (Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória) e no Distrito Federal. Entre as capitais avaliadas, Porto Alegre ocupou o primeiro lugar no ranking das cidades com mais fumantes (tanto do sexo masculino quanto do feminino) e Aracaju apresentou as menores taxas, também entre homens e mulheres (estudos com maior abrangência não indicaram Porto Alegre como a capital com maior número de fumantes; vide relatório Vigitel 2008).

Em se tratando do perfil dos fumantes do Brasil no quesito gênero, os homens estão bem à frente das mulheres somando um total de 25% da população contra 14% conforme dados de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada no jornal Folha de São Paulo em agosto de 2009. De acordo com a mesma pesquisa, o índice de mulheres tabagistas, contudo, está quase se igualando ao índice dos homens tabagistas na faixa etária entre 14 a 18 anos de idade. As taxas para tal faixa de idade são de 8,6% para meninos e de 6,7% para meninas. Fatores como a influência da mídia e a venda de cigarros especialmente dedicados ao público feminino são apontados como responsáveis

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pelo aumento do número das adolescentes fumantes. Tais índices ainda refletem uma tendência mundial do uso de tabaco entre jovens em países em desenvolvimento, uma vez que dos 100.000 jovens que começam a fumar a cada dia, 80% são de países em desenvolvimento (World Bank, 1999).

Dados do relatório do sistema Vigitel referentes ao ano de 2008 mostraram que as diferenças de gênero variaram bastante de acordo com a cidade. Segundo o levantamento, em Macapá, o hábito de fumar foi cerca de três vezes mais freqüente entre homens do que entre mulheres (24,7% e 7,7%, respectivamente) enquanto em Porto Alegre a diferença por gênero foi discreta (21,8% dos homens e 17,5% das mulheres). As maiores freqüências de fumantes foram encontradas, entre homens, em São Paulo (27,7%), Macapá (24,7%) e Boa Vista e Campo Grande (23,5%) e, entre mulheres, em Porto Alegre e Rio Branco (17,5%), Belo Horizonte (16,5%) e Florianópolis e Curitiba (15,4%). As menores freqüências de fumantes no sexo masculino ocorreram em Recife (11,9%), Salvador (12,5%) e Maceió (13,5%) e, no sexo feminino, em São Luís (4,4%), João Pessoa (6,4%) e Palmas (6,6%).

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Tabela 1 – Percentual de adultos (≥18 anos) fumantes, por gênero, segundo as capitais dos estados brasilieros e Distrito Dederal

Fonte: Vigitel, 2008

Dentre as 200 mil mortes anuais no país em decorrência do fumo, é importante ressaltar que o tabagismo atinge mais homens que mulheres, sendo responsável por ceifar a vida de um entre cada cinco homens e de uma em cada dez mulheres no Brasil (dados retirados da dissertação “Mortalidade atribuível ao tabagismo no Brasil” defendida em 2007).

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Assim como o tabagismo apresenta diferenças significativas quanto a gênero, também se observam desigualdades entre mais ricos e mais pobres e mais instruídos e menos instruídos. Segundo dados do World Bank, existe uma forte correlação entre tabagismo, baixa renda e baixo nível de escolaridade na maioria dos países, incluindo o Brasil. Tal constatação fica ainda mais evidente diante do fato de que 80% dos fumantes de todo o mundo vivem em países em desenvolvimento. No Brasil, a probabilidade de pessoas com baixa escolaridade se tornarem tabagistas é 5 vezes maior do que pessoas com Ensino Superior, portanto, a falta de acesso à informação e à educação são fatores sociais de grande influência na disseminação do tabagismo entre as classes sócio-econômicas mais baixas.

Em 2001, um inquérito realizado no município do Rio de Janeiro pelo Inca demonstrou que o número de fumantes entre indivíduos com baixa renda e baixa escolaridade é maior do que entre indivíduos com maior renda e maior nível de escolaridade. 26% dos analfabetos e 26% das pessoas com até quatro anos de estudos eram fumantes, contra 17% das pessoas com até 11 anos de estudo. A mesma tendência se confirmou entre os indivíduos com baixa renda: 23,5% das pessoas com renda igual ou menor a 2 salários mínimos eram fumantes contra 16,5% das pessoas com recebimentos acima de 20 salários mínimos. Os gastos das famílias cariocas com tabaco foram comparados com os gastos dispensados a itens como remédios, higiene, transporte e educação e com itens básicos da alimentação. Ficou constatado que as famílias com menor renda (até 5 salários mínimos) gastavam mais com tabaco do que com que com educação e itens de higiene e cuidado pessoal. Todos os demais grupos, com renda a partir de 5 salários mínimos, investiam mais em educação, itens de higiene e cuidado pessoal, transportes e remédios do que em tabaco, com exceção das famílias com recebimento entre 8 e 10 salários mínimos que apresentaram gastos superiores com tabaco do que com itens de higiene e cuidado pessoal. Abaixo, tabelas com os resultados encontrados:

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Tabela 2 – Grupos de Renda e Respectivas Faixas Salariais em SM Grupos de renda Faixa Salarial em SM

A ganho até 2 SM B ganho entre 2 e 3 SM C ganho entre 3 e 5 SM D ganho entre 5 e 6 SM E ganho entre 6 e 8 SM F ganho entre 8 e 10 SM G ganho entre 10 e 15 SM H ganho entre 15 e 20 SM I ganho entre 20 e 30 SM J ganha acima de 30 SM

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Tabela 3 – Porcentagem da renda gasta com fumo e com itens essenciais

Grupo Tabaco Higiene e cuidados pessoais Remédios Educação Transporte

A 2,95% 2,05% 4,86% 1,39% 9,18% B 2,54% 1,74% 3,56% 1,43% 9,20% C 2,17% 2,02% 3,49% 1,75% 10,78% D 1,83% 2,19% 3,18% 1,87% 10,53% E 1,78% 1,96% 2,76% 2,09% 10,69% F 1,82% 1,77% 2,59% 2,21% 10,15% G 1,24% 1,60% 2,22% 3,03% 10,63% H 1,19% 1,33% 1,94% 3,96% 11,28% I 0,70% 1,46% 1,79% 4,47% 10,31% J 0,38% 0,86% 1,01% 3,98% 9,12%

Fonte: POF 1995-1996 - IBGE – Elaboração das autoras

Com relação à alimentação, as famílias com níveis de renda inferiores costumavam gastar muito mais em produtos derivados do fumo do que em itens básicos da alimentação como ovos e biscoito. Famílias com ganhos de até 2 salários mínimos destinavam 2,95% de seus escassos recursos para fumo enquanto apenas 2,73% da renda eram investidos na compra de verduras e legumes. Curiosamente, os dispêndios com o item macarrão foram menores que aqueles efetuados em produtos derivados do fumo em todas as famílias, com exceção do grupo de famílias com ganhos superiores a 30 salários mínimos.

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Tabela 4 – Porcentagem dos gastos com fumo e com itens básicos de alimentação

Itens Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E Grupo F Grupo G Grupo H Grupo I Grupo J Fumo (tabaco) 2,95% 2,54% 2,17% 1,83% 1,78% 1,82% 1,24% 1,19% 0,70% 0,38% Arroz 4,27% 3,90% 4,17% 4,88% 2,93% 2,79% 2,19% 1,53% 1,56% 1,13% Feijão 3,10% 2,72% 2,48% 2,71% 1,79% 1,47% 1,16% 0,71% 0,90% 0,68% Macarrão 1,19% 1,36% 1,26 % 0,99% 0,94% 0,90% 0,85% 0,58% 0,66% 0,58% Legumes e Verduras 2,73% 2,84% 2,87% 2,58% 2,66% 2,52% 2,44% 2,26% 1,97% 2,09% Frutas 3,47% 4,02% 4,21% 4,14% 4,41% 4,28% 4,76% 4,26% 4,30% 4,47%

Carne bovina (de 1a) 3,40% 4,68% 4,80% 5,28% 5,92% 5,79% 6,00% 6,10% 6,33% 4,82%

Carne bovina (de 2a) 4,33% 4,37% 4,44% 3,79% 3,29% 3,36% 3,14% 2,40% 1,55% 0,87%

Frango 6,76% 5,30% 5,06% 4,81% 4,57% 4,28% 3,49% 3,20% 2,99% 2,32%

Ovo de galinha 1,78% 1,45% 1,35% 1,20% 1,20% 0,83% 0,92% 0,68% 0,79% 0,53%

Leite e derivados 11,46% 11,90% 12,33% 11,62% 10,92% 11,47% 10,83% 9,87% 10,59% 9,43%

Biscoito 2,59% 2,14% 2,10% 1,83% 2,01% 2,14% 1,72% 1,36% 1,56% 1,42%

Café 2,90% 2,23% 2,38% 2,29% 1,87% 1,66% 1,52% 1,02% 1,16% 0,98%

Fonte: POF 1995-1996 – IBGE

Apesar da expressiva presença do tabagismo no Brasil, 88% da população é contrária ao fumo em locais fechados e 82% é totalmente contra, conforme pesquisa realizada em março de 2008 pelo Instituto Datafolha. Quase 2.000 pessoas com mais de 18 anos, em todas as regiões do país, participaram da pesquisa, sendo que 23% destas eram fumantes. Inclusive, entre os próprios tabagistas, o índice de reprovação ao fumo em ambientes fechados foi bastante alto: 80% não concordam com o fumo em locais fechados e 69% são totalmente contra. Os locais em que o fumo é mais rejeitado são restaurantes (89%) e lanchonetes (86%). Casas noturnas e bares apresentam um pouco mais de tolerância que os dois primeiros ambientes (72% e 71%, respectivamente). 83% dos entrevistados responderam que estão cientes dos malefícios que podem ser causados pelo consumo do tabaco em locais

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fechados e afirmaram que se houvesse uma proibição total do fumo em restaurantes, lanchonetes, bares e casas noturnas, sua freqüência nestes ambientes não mudaria (63,5%) ou, até mesmo, aumentaria (25%).

Tabagismo no Estado do Rio Grande do Sul e em Porto Alegre

Vinte e oito por cento dos jovens de Porto Alegre, entre 12 e 22 anos são fumantes. Esta é a conclusão da pesquisa que a Aliança de Controle do Tabagismo encomendou ao Instituto Datafolha. Foram entrevistados 560 jovens de ambos sexos, na faixa etária de 12 a 22 anos, em 18 e 19 de dezembro de 2008, em seis capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília.

Levando-se em consideração as seis capitais que compõem a amostra, Porto Alegre é a que tem maior percentual de fumantes jovens: 28% fumam. Essa taxa é de 13% em São Paulo, de 12% no Rio de Janeiro, de 10% em Salvador e em Belo Horizonte e de 6% em Brasília.

No total da amostra, nas seis capitais, os índices de aprovação aos espaços livres de fumo se mantêm altos: 85% dos jovens são contrários ao fumo em ambientes fechados, e 11%, a favor. Os índices de aprovação variam de acordo com os locais. Em bares, 60% dos jovens são contrários ao fumo nesses espaços, e 32% a favor; em casas noturnas, 62% são contrários, enquanto 31% são favoráveis. Já em lanchonetes, o índice é mais alto: 88% dos entrevistados são contrários que se fume nesses locais, e 10% são favoráveis. Em restaurantes, 90% são contra o fumo e apenas 8% a favor.

Em Porto Alegre, no entanto, os índices de aprovação são os mais baixos: 73% dos jovens entrevistados na capital gaúcha são a favor de ambientes livres do fumo, mas 21% são desfavoráveis à medida. São contrários ao fumo em bares 56%, enquanto 36% são favoráveis. Nas casas noturnas, 58% são a favor da proibição do

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fumo, contra 37% de aprovação. Em lanchonetes, a proibição do fumo tem 73% de aprovação, e 20% de aceitação. Em restaurantes, apesar de ainda elevada, a aprovação aos ambientes livres de fumo é a mais baixa do país: 80%, contra 14% favoráveis ao fumo.

De acordo com as estimativas de incidência de câncer no Brasil 2008 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a região sul é a que apresenta a maior incidência de câncer de pulmão do país.

“Para nós, da ACT, essa pesquisa mais uma vez mostra que a população brasileira é favorável a uma legislação que proíba do fumo em qualquer ambiente fechado e os jovens estão em sintonia com o desejo da maioria da população. Há quase dois anos tramita no Congresso Nacional projeto de lei que proíbe o fumo em ambientes fechados. Os resultados também indicam que a permissividade do fumo nas baladas estimulam a iniciação”, diz Paula Johns, diretora-executiva da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo).

Dados referentes à pesquisa realizada pelo Instituto de Farmácia da UFRGS no ano de 1994 indicam que dentre os fumantes de Porto Alegre, as bebidas alcoólicas eram consumidas por 67,6% dos indivíduos, 8,2% eram ex-bebedores e 24,1%, abstêmios. A prevalência global de tabagismo foi de 34,9% (IC 31,9-37,8). Seu início ocorreu, em média, aos 16 (± 5,6) anos para os homens e 17,8 (± 6,7) anos para as mulheres, com moda, de 15 e 14 anos, respectivamente. A maior proporção dos primeiros fuma 20 ou mais cigarros por dia, concentrando-se esta diferença a partir dos 40 anos. O número médio de cigarros ou similares consumidos por dia foi de 19,2 (± 13,9) entre os homens e 14,5 (± 10,3) entre as mulheres. Quase todas as unidades correspondiam a cigarros (19,0 ± 14,0 entre os homens e 14,5± 10,3 entre as mulheres).

O perfil descrito no presente estudo corresponde, em geral, ao referido pela literatura. Sexo masculino, idade entre 30 e 39 anos, baixo nível socioeconômico e consumo de bebidas alcoólicas são os fatores de risco identificados. Dada a natureza transversal do estudo, não se pode afirmar que as associações nele

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observadas sejam de natureza causal. Assim, o consumo de álcool deve estar associado ao fumo por serem ambos comportamentos de risco, com determinantes comuns.

Indústria Tabageira

O Rio Grande do Sul é o Estado que apresenta maior produção de fumo em folha. Sua produção era de 278.928 toneladas na média de 1998 a 2000, passou para 320.034 toneladas na média de 2001 a 2003 e contabiliza 462.014 toneladas na média de 2004 a 2006, o que representa 51,12% da produção nacional.

No Estado a cultura é típica de pequena propriedade e a maior produção está localizada no entorno das indústrias de transformação e beneficiamento. A região do Vale do Rio Pardo é a maior produtora do Estado com 181.109 toneladas, ou 39,2% da produção gaúcha, destacando-se na região três dos cinco maiores municípios produtores do Estado: Venâncio Aires com 25.207 toneladas, Candelária com 22.137 toneladas e Santa Cruz do Sul com 16.709 toneladas. Outras duas regiões possuem produção significativa: Centro-Sul com 73.247 toneladas e Sul com 60.269 toneladas, os quais têm suas maiores produções em Camaquã, 19.954 toneladas, e Canguçu, 22.482 toneladas, respectivamente.

As principais empresas de cigarros que operam no Brasil são a Souza Cruz, subsidiária da British American Tobacco, com uma fatia de aproximadamente 75% do mercado; e a Philip Morris do Brasil, parte da Philip Morris International, com aproximadamente 15% do mercado.

A produção de fumo continua sendo uma atividade agrícola relevante no Brasil. De acordo com a Afubra, a produção anual de todos os tipos de folhas de fumo foi de aproximadamente 730 mil toneladas na safra 2007/08. A maior parte da produção de fumo se dá nos estados do Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - cerca de 95%. Os 5% restantes são produzidos nos estados da Bahia e

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Alagoas, na região Nordeste. Estima-se que a produção de fumo seja a fonte de renda de cerca de 217 mil famílias nesses estados. O Brasil é o segundo maior país produtor e o maior exportador de fumo do mundo, segundo o Sindicato da Indústria do Fumo da Região Sul do Brasil, Sinditabaco.

Legislação Internacional

a. Convenção-Quadro para o controle do tabaco

Com a determinação de dar prioridade ao seu direito de proteção à saúde pública, reconhecendo que a propagação da epidemia do tabagismo é um problema global com sérias conseqüências para a saúde pública, reconhecendo que a ciência demonstrou de maneira inequívoca que o consumo e a exposição à fumaça do tabaco são causas de mortalidade, morbidade e incapacidade e que as doenças relacionadas ao tabaco não se revelam imediatamente após o início da exposição à fumaça do tabaco e ao consumo de qualquer produto derivado do tabaco, além de uma série de outros fatores que causam uma preocupação mundial, os países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) se reuniram em criaram a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em maio de 2003, na sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

Esse documento foi criado com objetivo de proteger as gerações presentes e futuras das devastadoras conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e pela exposição à fumaça do tabaco, proporcionando uma referência para as medidas de controle do tabaco, a serem implementadas pelas nações nos níveis nacional, regional e internacional, a fim de reduzir de maneira contínua e substancial a prevalência do consumo e a exposição à fumaça do tabaco.

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A Convenção tem como princípio garantir a informação às pessoas sobre as conseqüências sanitárias, a natureza aditiva e a ameaça mortal imposta pelo consumo e a exposição à fumaça do tabaco, além de encorajar as nações na adoção de medidas legislativas, executivas, administrativas e outras medidas efetivas que devem ser implementadas no nível governamental adequado para proteger toda pessoa da exposição à fumaça do tabaco. Para isso, faz-se necessário um compromisso político firme para estabelecer e apoiar as medidas necessárias ao controle do uso e exposição à fumaça do tabaco. Esse documento também dispensa atenção à educação, comunicação, treinamento e conscientização do público sobre as questões relacionadas ao tabaco.

Por fim, as nações reconhecem que a ciência demonstrou de maneira inequívoca que a exposição à fumaça do tabaco causa morte, doença e incapacidade. Em função disso, cada nação se comprometeu em adotar e aplicar, em seu território e, conforme determine a legislação nacional, medidas legislativas, executivas, administrativas e/ou outras medidas eficazes de proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em locais fechados de trabalho, meios de transporte público, lugares públicos fechados e, se for o caso, outros lugares públicos, promovendo ativamente a adoção e aplicação dessas medidas.

b. Legislação sobre fumo em locais públicos:

França:

 É permitido fumar em locais abertos (espaces non courvets) com exceção de estabelecimentos de ensino, saúde e estabelecimentos destinados a menores exclusivamente;

 Podem ser designadas áreas exclusivas para fumantes;

 Tais áreas devem ser fechadas, equipadas com dispositivos de extração de ar, mantidas com pressão negativa em relação às áreas adjacentes e portas que se fecham automaticamente.

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 Não podem estar localizadas em áreas de trânsito;

 Não podem ultrapassar 35m², nem ocupar mais de 20% da área total do estabelecimento.

 Os infratores até 68 euros (R$ 173,00) de multa e os estabelecimentos, 135 euros (R$ 343,00).

Itália:

 Podem ser designadas áreas fechadas exclusivas para fumantes;

 Tais áreas devem ser sinalizadas, possuir portas com fechamento automático e não podem estar localizadas em áreas de circulação de pessoas;

 Devem ser equipadas com ventilação mecânica que garanta um fluxo de ar fresco do exterior ou de áreas adjacentes, nas quais é proibido fumar, além de possuir pressão negativa em relação às outras áreas. O ar extraído das áreas de fumantes não pode ser re-circulado, devendo ser expelido para o exterior com uso de aberturas e equipamentos adequados.

 A legislação antitabagista começou a valer no início de 2005. Há alguns raros lugares fechados em que o fumo é permitido. A lei exige que tenham ventilação própria e portas automáticas para abertura e fechamento.

 A multa pode chegar a 275 euros (700 reais) e dobra se o cigarro é aceso perto de uma grávida ou de uma criança.

Espanha:

 Podem ser designadas áreas fechadas exclusivas para fumantes em alguns estabelecimentos como: bares, restaurantes, casas noturnas, aeroportos, hotéis, etc.;

 Tais áreas devem ser sinalizadas e não podem estar localizadas em áreas de circulação de pessoas, sendo proibida a entrada de menores de 16 anos;  Devem ter sistema de ventilação independente ou tecnologias diversas que

garantam a eliminação da fumaça e não devem ocupar mais que 30% do tamanho total do estabelecimento.

(38)

Portugal:

 Permitido fumar em locais abertos;

 Em estabelecimentos fechados, podem ser designadas áreas fechadas exclusivas para fumantes;

 Tais áreas devem ser sinalizadas como áreas de fumantes;

 Devem possuir sistema de ventilação independente que evite a dispersão da fumaça para as áreas adjacentes;

 Devem possuir sistema de extração de ar para o exterior de maneira a proteger os trabalhadores e os clientes não-fumantes do efeito do fumo.

Chile:

 Estabelecimentos com área maior que 100m² podem designar área para fumantes de, no máximo, 40% do tamanho total do estabelecimento;

 As áreas de fumantes devem ser separadas; possuir mecanismos que previnam a circulação da fumaça para as outras áreas; ter ventilação adequada e exaustão para o exterior, não sendo permitida a entrada de menores de 18 anos.

 Estabelecimentos com área menor que 100m² podem optar pela exclusividade de fumantes ou não-fumantes.

Grécia:

 Permitido fumar em locais abertos;

 Em estabelecimentos fechados, podem ser designadas áreas fechadas exclusivas para fumantes;

 Tais áreas devem ser sinalizadas como áreas de fumantes, não podendo ser superior a 50% da área total do estabelecimento.

Argentina:

 Permitido fumar em locais abertos;

 Em estabelecimentos fechados, podem ser designadas áreas fechadas exclusivas para fumantes em determinados estabelecimentos com área igual ou superior a 100m², não sendo permitida a entrada de menores de 18 anos;

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 Tais áreas não podem ser superiores a 30% do tamanho total do estabelecimento;

 As áreas autorizadas para fumantes devem ser sinalizadas, separadas e não podem estar localizadas em áreas de circulação de pessoas;

 Devem estar equipadas com sistema de ventilação independente e capaz de garantir a eliminação da fumaça e impedir que esta re-circule para a área de não-fumantes.

Inglaterra:

 Desde julho de 2007, não se pode mais fumar em espaços fechados, como pubs, cafés, restaurantes e escritórios, e em meios de transporte públicos. Foram extintos os fumódromos nas empresas. A multa para os infratores é de 50 libras (R$ 166,00) – ou 30 libras (R$ 100,00) se for paga em duas semanas.

 Para o estabelecimento que desrespeitar a lei, 200 libras (R$ 664,00).

Estados Unidos:

 É proibido fumar em lugares fechados, como bares, restaurantes e escritórios, desde 2003. Alguns restaurantes, boates e casas de espetáculos reservam um espaço ao ar livre para os fumantes.

 Os estabelecimentos que desrespeitam a lei estão sujeitos a uma multa de até 2.000 dólares (R$ 3.344,00). Existe também a possibilidade de que eles sejam fechados. Já os fumantes podem pagar multas de até 250 dólares (R$ 418,00).

 Em 2007, Los Angeles ampliou para os parques municipais a proibição do fumo, que já atingia praias e playgrounds.

 No mesmo ano, Chicago baniu o cigarro em algumas áreas abertas, embora o fumo ainda seja permitido em muitos parques.

 Neste ano, parlamentares da Califórnia decidiram proibir o fumo em todos os parques estaduais e em algumas partes das praias do estado.

 Em Nova York, a ampliação da proibição atingiria os mais de 1,7 mil parques, playgrounds e locais de recreação, assim como as sete praias da cidade.

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Alemanha:

 Atualmente é proibido fumar em bares, restaurantes, prédios da administração pública e escritórios. As multas previstas vão de 100 euros (R$ 254,00) para os clientes a 1.000 euros (R$ 2.540,00) para os estabelecimentos.

Israel:

 Em Israel, desde 2007, bares, cafés, restaurantes e shoppings são considerados locais livres de fumo por lei, com a aplicação de multas pesadas para quem desobedecer.

 Mas na Cisjordânia é um pouco diferente, principalmente nas grandes cidades como em Ramallah ou em Belém, onde o fumo é totalmente liberado mesmo em recintos fechados como um restaurante, onde as pessoas podem ficar à vontade para fumar cigarro ou narguilé.

Japão:

 Os japoneses fumam muito, principalmente os homens. O governo demorou, mas quando decidiu agir foi rigoroso. Com exceção dos bares e restaurantes, onde a lei é mais flexível, é proibido fumar em lugares fechados, em algumas cidades, inclusive na rua.

 Num fumódromo a céu aberto, se alguém acender um cigarro fora do perímetro permitido pode ser multado: o equivalente a R$ 50,00, cada vez que desrespeitar a lei.

Legislação Brasileira

No caso brasileiro, a legislação ainda está em um patamar mais inicial. No dia 15 de setembro de 1996, o então presidente da Republica, Fernando Henrique Cardoso, assinou a lei nº. 9.294, referente às restrições ao uso e à propaganda de

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produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas.

Como informações relevantes sobre a proibição do uso de produtos fumígenos, destacamos o seguinte:

Lei Nº 9.294 de 15/07/1996

Art. 2° É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente.

§ 1° Incluem-se nas disposições deste artigo as repartições públicas, os hospitais e postos de saúde, as salas de aula, as bibliotecas, os recintos de trabalho coletivo e as salas de teatro e cinema.

§ 2o É vedado o uso dos produtos mencionados no caput nas aeronaves e veículos de transporte coletivo.

Sanções: Não prevê multa para o fumante infrator, apenas para o estabelecimento.

Tratando da legislação municipal, a Lei Complementar nº 555 foi sancionada em 13 de setembro de 2006 em Porto Alegre, que também trata sobre as restrições ao uso de produtos fumígenos, com destaque:

LC n° 555 de 13/07/2006

Art. 1º: Fica proibido, no Município de Porto Alegre, o uso de cigarros, cachimbos, cigarrilhas, charutos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recintos coletivos e em recintos de trabalho coletivo.

§ 1º: Os responsáveis pelos recintos citados no “caput” deste artigo ficam obrigados a afixar, em locais bem visíveis desses recintos, cartazes com dimensões mínimas de 21 cm (vinte e um centímetros) por 30 cm (trinta centímetros), informando a proibição estabelecida nesta Lei Complementar, sob pena das sanções previstas no art. 3º desta Lei Complementar.

§ 2º: O disposto no “caput” deste artigo não se aplica às áreas destinadas ao atendimento de fumantes, desde que devidamente isoladas e com arejamento conveniente.

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Art. 2º: Para os efeitos desta Lei Complementar, serão adotadas as seguintes definições:

I – recinto coletivo: local fechado e destinado a permanente utilização simultânea por várias pessoas, tais como casas de espetáculos, bares, restaurantes e estabelecimentos similares, estando excluídos do conceito os locais abertos ou ao ar livre, ainda que cercados ou de qualquer forma delimitados em seus contornos; II – recinto de trabalho coletivo: área fechada, em qualquer local de trabalho, destinada à utilização simultânea por várias pessoas que nela exerçam, de forma permanente, suas atividades.

Art. 3: Serão aplicadas as seguintes sanções no caso de infração ao disposto nesta Lei Complementar:

I – aos usuários de produtos fumígenos, advertência verbal, para que cessem o ato; II – aos responsáveis pelos recintos de que trata esta Lei Complementar que:

a) não afixarem os cartazes estabelecidos no § 1º do art. 1º desta Lei Complementar:

1. advertência por escrito; ou

2. no caso de reincidência, multa de 50 (cinqüenta) UFMs (Unidades Financeiras Municipais);

b) não aplicarem o disposto no inc. I deste artigo, multa de 50 (cinqüenta) UFMs. (artigo com redação dada pela LC 574/07).

Em São Paulo o controle ao tabagismo ganhou destaque em todo país em maio de 2009, com a aprovação da Lei Estadual nº. 13.541, que passou a controlar, em todo o estado, o consumo destes produtos. A lei foi um importante marco do controle do tabaco no país, visto que muitas outras cidades aprovaram leis semelhantes com a lei de São Paulo, proibindo o consumo em locais total ou parcialmente fechados. Esta legislação gerou diversos debates no Brasil sobre como o consumo de produtos fumígenos deveria ser tratado. Esse debate serviu como base para a elaboração da pesquisa de marketing no município de Porto Alegre, objetivo do presente trabalho, para verificar a percepção do porto-alegrense sobre o consumo deste produto em ambientes fechados.

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Sobre a Lei aprovada no estado de São Paulo, cabe destacar:

Lei Nº 13.541, DE 07/09/2009

Art. 2º: Fica proibido no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco.

§ 1º - Aplica-se o disposto no “caput” deste artigo aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas. § 2º - Para os fins desta lei, a expressão “recintos de uso coletivo” compreende, dentre outros, os ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis.

Sanções: Aos estabelecimentos, multas de R$ 792,50 a R$ 1.585. Em caso de reincidência a multa dobra ou o estabelecimento pode ser interditado. Nenhuma penalidade aos fumantes.

Art. 6º: Esta lei não se aplica:

I - aos locais de culto religioso em que o uso de produto fumígeno faça parte do ritual;

II - às instituições de tratamento da saúde que tenham pacientes autorizados fumar pelo médico que os assista

III - às vias públicas e aos espaços ao ar livre IV - às residências

V - aos estabelecimentos específica e exclusivamente destinados ao consumo no próprio local de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, desde que essa condição esteja anunciada, de forma clara, na respectiva entrada.

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