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Mobilidade Sustentável em Meio Urbano 1/22

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

             

Mobilidade Sustentável em Meio Urbano

Mobilidade na Cidade do Porto 

              Projeto FEUP ­ 2014/2015 ­ Mestrado Integrado em Engenharia Civil:    Professor Doutor Armando Sousa       Professor Doutor Francisco Piqueiro           Professor Doutor Manuel Firmino    Equipa 11MC03_02:    Supervisora: Sara Ferreira       Monitoras: Noémia Macedo; Inês Vieira    Alexandre Sousa up201403954@fe.up.pt       Maryana Berezyak up201402749@fe.up.pt  Francisca Futuro  up201403851@fe.up.pt      Pedro Costa up201403132@fe.up.pt          João Neves up201405057@fe.up.pt           

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Resumo

O seguinte relatório foi realizado no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP e tem        como principais objetivos promover a aprendizagem das regras para a elaboração de um        relatório, dar formação em áreas como o trabalho de equipa ou a comunicação e alertar        para a sua importância na vida profissional de um engenheiro. 

A mobilidade é aqui apresentada como uma peça fundamental na forma como        funciona a sociedade. Verifica­se que esta é muito dependente do automóvel em todo o        mundo, criando, assim diversos problemas de sustentabilidade às cidades. 

É também apresentada uma análise da mobilidade na cidade do Porto, que tem        vindo a modificar­se ao nível das infraestruturas de transporte e na forma como a mobilidade        funciona no geral. Para tal, foi e continua a ser fundamental a aplicação do projeto CIVITAS        na cidade do Porto, que se centra em oferecer melhores condições a quem utiliza os        transportes públicos ou a bicicleta, por exemplo, em detrimento do automóvel particular, que        é mais poluente e apresenta outros problemas do foro social e económico.                     

Palavras-Chave

Planos de mobilidade sustentável; Sustentabilidade social; Sustentabilidade económica;        Sustentabilidade ambiental; Padrões de mobilidade; Critérios de avaliação; Distância;        Tempo; Frequência; Modo de deslocação; Transportes públicos; Oferta e procura; Projeto        CIVITAS; Metro do Porto; STCP; CP; Porto 2001 

       

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Agradecimentos

 

Gostaríamos de agradecer à supervisora Sara Ferreira e às monitoras Inês Vieira e        Noémia Macedo o apoio à realização deste relatório, à Engenheira Cecília Silva da Secção        de Planeamento do Território e Ambiente da Faculdade de Engenharia da Universidade do        Porto, que nos deu o seu contributo através de uma conversa informal onde nos clarificou        acerca de alguns conceitos relacionados com a mobilidade urbana, e ao Metro do Porto,        mais especificamente às Engenheiras Teresa Stanislau e Ana Paula Gonçalves, que se        mostraram disponíveis perante o nosso pedido para a realização de uma entrevista acerca        do contributo da empresa para a melhoria da mobilidade na cidade do Porto. 

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Índice

  Lista de Figuras 5  1. Introdução 6  2. O que é e como se avalia a mobilidade em meio urbano 7  2.1 Dimensão ambiental 8  2.2 Dimensão social 9  2.3 Dimensão económica 11  3. Planos de Mobilidade Sustentável 11  3.1 Desenvolvimento da cidade do Porto ao nível da mobilidade 12  3.1.1 Porto 2001 12  3.1.2 CIVITAS ELAN 13  3.1.3 Vias aéreas 15  3.1.4 STCP 16  3.1.5 Metro do Porto 17  3.1.6 CP 18  4. Conclusões 19  Referências bibliográficas 20  Anexo A 22                 

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Lista de Figuras

● Figura 1: Evolução das emissões de GEE no setor dos transportes (1990­2020)        (Fonte: Anexo 2 da Avaliação de estado de cumprimento do Protocolo de Quioto ­        PNAC)  

● Figura 2: Densidade populacional no ano de 2011 no Grande Porto (Fonte:        Departamentos de Informação Geográfica e Teconologias de Informação 

● Figura 3: Ponte da Arrábida (Ligação entre o Porto e Gaia) 

● Figura 4: A Avenida dos Aliados foi uma das alterações promovidas pela iniciativa        Porto 2001 

● Figura 5: Logotipo do CIVITAS 

● Figura 6: Pavilhão provisório de trabalho no Aeródromo do Porto em Pedras Rubras       

(1941)   

● Figura 7: Cercados para ensaios arrelvamento no novo Aeródromo (1941)  ● Figura 8: Aeroporto Francisco Sá Carneiro 

● Figura 9: Barra cronológica, que representa o tempo entre a 1ª linha de transporte        coletivo do mundo e a atualidade (Fonte: STCP) 

● Figura 10: Autocarro movido a Gás Natural  ● Figura 11: Veículo pertencente ao Metro do Porto 

● Figura 12: Vantagens ambientais da introdução de uma linha TGV Duplex (Fonte: CP)  ● Figura 13: Mapa dos comboios urbanos do Porto (Fonte: CP)   

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1. Introdução

 

O seguinte relatório pretende abordar o tema da mobilidade sustentável em meio        urbano e tem como objetivo informar o leitor acerca do próprio conceito de mobilidade        sustentável em meio urbano e de como se carateriza a mobilidade na cidade do Porto. 

A mobilidade dentro dos grandes centros urbanos de Portugal e do mundo é uma        das bases do desenvolvimento dos mesmos e a elaboração de planos de mobilidade        sustentável e a sua aplicação em determinadas cidades constitui uma importante        ferramenta para a promoção do bem estar ambiental, social e económico dos habitantes e        visitantes desse mesmo local. 

Neste relatório pertende­se clarificar os critérios de avaliação de uma mobilidade        sustentável e mostrar o que tem vindo a ser feito na cidade do Porto nos últimos anos para        melhorar a mobilidade em todos os seus aspetos, sendo o projeto CIVITAS ELAN um dos        maiores impulsionadores nesta área. Para tal, foram realizadas duas entrevistas com: a        engenheira Cecília Silva da Secção de Planeamento do Território do Departamento de        Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1 de outubro de        2014) e as Engenheiras Teresa Stanislau e Ana Paula Gonçalves, representantes da        empresa do “Metro do Porto” (10 de outubro de 2014). Estas duas entrevistas serviram        como material de apoio ao presente relatório e encontram­se na secção dos anexos. 

Por fim, apresentam­se as conclusões tiradas acerca de como é a sustentabilidade        da mobilidade urbana do Porto e daquilo que poderá ainda ser feito para que esta melhore. 

  

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2. O que é e como se avalia a mobilidade em meio urbano

 

A Mobilidade Urbana é       a condição em que se realizam os deslocamentos de        pessoas num meio urbano, esta adapta­se às diferentes necessidades de deslocamento        dos indivíduos e agentes económicos, considerando as dimensões do espaço urbano e a        complexidade das atividades neles desenvolvidas. Por outro lado, temos a acessibilidade        urbana que é a facilidade, em distância, tempo e custo, de se alcançar fisicamente os        destinos desejados na cidade.  

Pode­se concluir que a mobilidade urbana sustentável é o resultado de um conjunto        de políticas de transporte e circulação que visam proporcionar um maior acesso ao espaço        urbano, adotando medidas que sejam ambientalmente sustentáveis, através do incentivo à        utilização de modos de transporte coletivo, preferencialmente movidos a energias limpas. A        mobilidade é avaliada segundo três principais dimensões: ambiental, social e económica.    Há quatro indicadores base para se avaliar o tipo de mobilidade urbana de uma cidade:  ● Distância de viagem;  ● Tempo de viagem;  ● Frequência de viagem;  ● Modo de viagem.    A avaliação da qualidade da mobilidade de uma cidade assenta em dois tipos de indicadores:  ● Indicadores da oferta: o que há disponível para as pessoas se deslocarem, quantos       

quilómetros de estrada existem, quantos autocarros, etc. 

● Indicadores da procura: quantas pessoas utilizam o transporte individual e o        transporte coletivo, quais as horas de maior afluência...  

   

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2.1 Dimensão ambiental

A poluição do ar e os problemas relacionados com a mobilidade urbana são, hoje,        uma das grandes preocupações dos cidadãos europeus. O setor dos transportes, mais        precisamente, tráfego rodoviário é a principal razão para essa preocupação. Para enfrentar        este problema, uma das soluções base é a substituição do meio de transporte individual por        meios de transporte coletivos mais ecológicos (como o comboio, o autocarro ou o        metropolitano) ou por meios alternativos, como a bicicleta. 

Na Europa, o setor dos transportes produz cerca de 21% do total das emissões dos        gases de efeito de estufa e este valor tende a aumentar, como se pode verificar na figura.        (Sílvia Carina Alves da Silva, 2009)                        Figura 1: Evolução das emissões de GEE no setor dos transportes (1990­2020) (Fonte: Anexo 2 da Avaliação        de estado de cumprimento do Protocolo de Quioto ­ PNAC)  

 

Para contrariar este aumento de poluição atmosférica, devem adotar­se planos de        mobilidade que incentivem a utilização de transportes públicos (que, em alguns casos,        utilizam energias limpas, como o gás natural ou a energia elétrica, e que têm a capacidade        de transportar muito mais indivíduos num só veículo) ou da bicicleta (que, para além de ser        um meio de transporte limpo, é economicamente viável). 

    

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2.2 Dimensão social

Outro dos critérios para a avaliação ou caraterização de uma mobilidade urbana        sustentável são os aspetos sociais. Por aspetos sociais entende­se, medidas que afetam        diretamente a sociedade e as suas populações. Esta vertente social da mobilidade        sustentável em meio urbano tem uma especial importância, pois influencia diretamente a        sustentabilidade, sociabilidade, comunicação e qualidade do meio urbano. 

É de conhecimento comum que o automóvel é        uma das razões do detrimento do ambiente e        consequentemente  da  qualidade  de vida    humana. Uma mobilidade melhor, permite com        que os cidadãos tenham um poder de escolha        mais elevado. Nos dias de hoje, verifica­se        cada vez mais um afastamento do centro        urbano para as zonas periféricas da cidade,        logo um afastamento de todos os serviços        existentes dentro da cidade, se a mobilidade for        reduzida irá resultar numa desigualdade de        direitos, sobretudo para aqueles que são mais        desfavorecidos. Na imagem ao lado, é possível        observar que uma grande parte da população        se situa nos arredores do Porto. 

 

Figura 2: Densidade populacional no ano de 2011 no Grande Porto (Fonte: Departamentos de Informação        Geográfica e Teconologias de Informação 

 

Por outro lado auto estradas, caminhos férreos ou outras vias de comunicação podem

       

ser um forte contributo a sociabilidade de um espaço populacional. Por exemplo, a ponte que        podemos ver em baixo, ponte da Arrábida, liga as duas margens Norte e Sul do rio Douro        (Porto  e  Gaia  respetivamente).  Inaugurada em 1963. Nesta ponte passaram        aproximadamente 136 mil carros por dia em 2011. Podemos assim compreender que a        construção desta infraestrutura é fulcral para o desenvolvimento da mobilidade urbana na        zona do Grande Porto. 

     

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A imagem seguinte é, então, um bom exemplo de uma medida de apoio a uma melhor

       

mobilidade sustentável em meio urbano. Uma medida que é de facto contributiva a        mobilidade (facilita a passagem de habitantes de uma margem para a outra) e sustentável        em termos sociais.                          Figura 3: Ponte da Arrábida (Ligação entre o Porto e Gaia)    Como podemos concluir a partir destes conceitos e exemplos a sociabilidade da  zona/região a qual aplicamos a nossa medida é um critério que merece nossa especial

       

atenção quando falamos de mobilidade. Não só porque algumas medidas são derivadas de        uma necessidade da sociedade (pontes em rios, linhas férreas, linhas aéreas etc.) mas        também porque algumas vezes algumas das medidas que pensamos ser um contributo        social importante podem produzir efeitos nefastos noutros, constituindo assim um enorme        obstáculo social no meio vitimado. 

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2.3 Dimensão económica

 

Não podemos estar a falar sobre a mobilidade urbana sem a estar a tocar na        dimensão económica, pois a primeira influencia ,de uma forma direta, a segunda. No        momento em que existe um tráfego rodoviário e as pessoas ou bens não conseguem        chegar ao destino a tempo, existem perdas económicas. 

 

“Os constantes congestionamentos a que a população se encontra sujeita no                      dia­a­dia reduzem a produtividade e a viabilidade económica de um país devido às horas                            diárias perdidas nos engarrafamentos, cerca de 5% do PIB na Europa.” (Sílvia Carina Alves                            da Silva, 2009) 

 

Nos países da UE, “o sector dos transportes emprega aproximadamente 7 milhões                        de pessoas.” (WBCSD, 2004) 

Também, não se pode esqueçer dos custos de manutenção, dos combustíveis,        estacionamentos, entre outros. 

3. Planos de Mobilidade Sustentável

O que é ? 

“Plano de Mobilidade Sustentável é um plano estratégico desenvolvido para                    satisfazer as necessidades de mobilidade das pessoas e das empresas em cidades e nos                            seus arredores de modo a garantir uma melhoria de vida. É construído com base nos                              planos já existentes mas levando em conta a integração, a participação e os princípios de                              evolução “ SUMP­ Sustainable Urban Mobility Plan 

 

Existe várias diferenças entre um plano de mobilidade tradicional e um plano de        mobilidade sustentável. O primeiro foca­se no tráfico, infraestruturas e tem como objetivo        reduzir o fluxo e a velocidade de circulação. O segundo concentra a sua atenção nas        pessoas e tem por objetivo acessibilidade, melhoria das condições de vida, sustentabilidade        a todos os níveis e saúde. 

“Plano Mobilidade é diferente do Plano Diretor Municipais para o planeamento Urbano. Plano                          Mobilidade define as metas,estratégias a serem realizadas para melhorar a mobilidade e                        tem um orçamento próprio , o plano Diretor baseia                se no que se pode ou não fazer.“               

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Normalmente , quem é responsável por lançar o Plano é uma autoridade. (município)        Em pólos é de iniciativa institucional ou privada (FEUP poderia fazer o seu próprio plano de        mobilidade, por exemplo). 

 

Existem dois tipos de medidas a implementar em planos de mobilidade sustentável:        “soft” e “hard”. As medidas “hard” obrigam as pessoas à mudança de uma determinada        escolha. As medidas “soft” apenas tentam convencer as pessoas a mudar as suas opções.        Dentro destas existem as medidas “pull”, que tiram as pessoas do carro, e as “push”, que        empurram as pessoas para outros tipos de meio de transporte. 

 

3.1 Desenvolvimento da cidade do Porto ao nível da mobilidade

3.1.1 Porto 2001

Porto 2001 foi o nome dado ao Porto Capital da Cultura 2001, este evento        proporcionou um grande investimento na criação e alteração de infraestruturas da cidade,        dentro das quais se incluem algumas relacionadas com a mobilidade, como por exemplo, a        remodelação de estradas ou a criação do Metro do Porto. 

 

“Para além dos equipamentos culturais, o            evento que o Porto dividiu com a cidade                holandesa de Roterdão permitiu ainda a            construção de parques de estacionamento          no centro da cidade, hoje fundamentais, e              reabilitou várias zonas da cidade (sobretudo            na Baixa, mas também, por exemplo, na orla                marítima entre Matosinhos e o Molhe).”           

(Público, 2011)  Figura 4: A Avenida dos Aliados foi uma das alterações  

promovidas pela iniciativa Porto 2001   

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3.1.2 CIVITAS ELAN

CIVITAS (“  The word CIVITAS was coined by joining three key components of a        modern European society, namely City, Vitality and Sustainability.” CIVITAS)       é um programa    que foi criado em 2002 e o seu fim está previsto para o ano de 2020 , surgiu como uma        resposta à necessidade de repensar o sistema de transportes existentes . O seu objetivo é       

implementar transportes limpos e melhorar a circulação nas cidades        da Europa. Este projeto é financiado pela União Europeia e qualquer        país que pertença a UE pode fazer parte do mesmo, Portugal não        fez excepção e algumas das medidas foram implementadas na        cidade do Porto (2008­2012), entre elas se destacam : 

Figura 5: Logotipo do CIVITAS   

1) Lançamento do Autocarro na zona de Paranhos  

Esta medida tinha como o objetivo de recolher as pessoas da zona de Paranhos e        levá­las até a paragem do Metro mais próxima. Esta parte do projeto foi desenvolvida pela        STCP e pelos departamentos de Engenharia Mecânica e Engenharia Civil da FEUP. Os        autocarros foram desenvolvidos de acordo com as últimas tecnologias, por isso houve uma        grande preocupação em termos ambientais para que os mesmos fossem pouco poluentes        e feitos de materiais recicláveis. Esta medida durou pouco tempo. 

 

2) MOVE 

Foi desenvolvido pela empresa OPT e consiste num sistema que reúne a informação        de toda a zona de Asprela e fornece os horários dos autocarros através de um sistema de        SMS. 

“A medida mais bem sucedida do projeto CIVITAS, que acabou por ganhar um prémio.”,                            Teresa Stanislau 

Para além disso, foi desenvolvida outra medida pelo Metro do Porto ,STCP e Câmara        Municipal do Porto que consiste em proporcionar um serviço noturno de transportes        públicos, nas noites de sexta, sábado e vésperas de feriado. 

 

3) Plano de Mobilidade na zona de Asprela. 

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto fez uma série de simulações        cujo objetivo era desbloquear e facilitar o acesso nas horas de ponta para as faculdades e        para o Hospital de S.João e reduzir as emissões de CO2. 

Para isso, foram desenvolvidos vários cenários. Porém, não foi possível realizar esta

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medida porque não houve permissão pelo padre da igreja de Paranhos, pois iria alterar o        cortejo funerário. 

“Muitas vezes, as medidas não são implementadas por fatores exteriores que podem ser do                            nível político ou económico”, Teresa Stanislau 

 

4) Interface de transportes 

Em Portugal o conceito de Interfaces é ainda vago mas ultimamente cada vez mais        se fala em Interfaces. Dizemos que existe um Interface quando há transferência de        passageiros entre diferentes modos de transporte ou entre veículos do mesmo modo, numa        mesma viagem (transbordo). Assim, os Interfaces permitem optimizar as redes, reduzir os        custos de combustível e minimizar a quebra das viagens das pessoas . Esta medida não foi        implementada na cidade do Porto. 

  

5) Loja de  Mobilidade 

Loja de Mobilidade é um sítio onde cada cidadão se pode dirigir com o intuito de        encontrar a melhor e a mais sustentável forma de se deslocar dentro e fora da cidade. Neste        local são fornecidas rotas, horários e outras informações fundamentais a quem queira        movimentar­se dentro da cidade do Porto. No entanto, neste momento, a loja já não se        encontra a funcionar. 

“Objetivo era educar a população mas não teve grande impacto pois não houve grande                            adesão por parte da população.”, Teresa Stanislau 

 

6) Car sharing 

É uma inovação ao nível da Mobilidade Urbana, que se baseia em, como o próprio        nome indica,na partilha do carro. Para realizar esta ideia foi criada uma plataforma online        onde as pessoas se inscreviam e “partilhavam” o carro, contribuindo assim para uma        diminuição na utilização dos carros . 

“O projeto não resultou pois houve um grande número de inscrições , mas pouca partilha.”,       

Teresa Stanislau   

7) Bicicletas 

Era suposto criar um serviço de aluguer de bicicletas para serem utilizadas como        meio de transporte na zona da Asprela, recorrendo para esse efeito a um parceiro. 

“O projeto não foi para a frente porque envolvia questões públicas, politicas , entre outras...“,                             

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3.1.3 Vias aéreas

O já bastante conhecido Aeroporto Francisco Sá Carneiro é mais uma das peças        que constroem uma mobilidade sustentável na cidade do porto. Este aeroporto move        atualmente cerca de 6 milhões de passageiros por ano e mais de 34 toneladas de carga. O        aeroporto foi inaugurado 1945, nessa altura o aeroporto de Espinho ainda era o mais        utilizado. Com uma necessidade crescente de transportes e mobilidade, o aeroporto de        Espinho, na altura um aeroporto militar, não era o indicado. Assim, em 1956 o aeroporto de        Pedras Rubras (antiga nomenclatora) inicia os voos internacionais (Porto – Londres na        altura). Em pouco tempo é premiado diversamente como um dos melhores aeroportos da        Europa.                Figura 6: Pavilhão provisório de trabalho no       Figura 7: Cercados para ensaios arrelvamento no novo    Aeródromo do Porto em Pedras Rubras (1941)       Aeródromo (1941)   

Em termos de mobilidade, a importância deste aeroporto não é de difícil        compreensão. Tendo em conta toda a mobilidade terrestre existente, é necessário que esta        seja complementada por outros meios, outros mundos, outros mercados ou outras        povoações, para tal, a melhor solução é, de facto, a aeronáutica. Classificados como o meio        de transporte mais seguro de transporte em       

massa, os aviões destacam­se pela rapidez e        distância que alcançam fazendo do mundo        uma cidade e neste caso ligando uma cidade        a um mundo.     Figura 8: Aeroporto Francisco Sá Carneiro         

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3.1.4 STCP

A sigla STCP deriva da designação “Serviço de Transportes Coletivos do Porto”,        nome relativamente recente, mas os transportes coletivos na cidade do Porto remontam a        1872, ano em que a "Companhia Carril Americano do Porto" foi iniciadora em Portugal da        sua exploração. 

Em 1948, foi inaugurada a primeira linha de autocarros na cidade do Porto (ver        figura), e logo no primeiro ano atingiu­se uma média diária de 5.000 passageiros diários        divididos por 10 autocarros em circulação. A partir daí o autocarro não mais deixou de se        expandir, é atualmente o meio de transporte mais utilizado para a satisfação das        necessidades da área metropolitana do Porto. 

Figura 9: Barra cronológica, que representa o tempo entre a 1ª linha de transporte coletivo do mundo e a        atualidade (Fonte: STCP) 

Os autocarros atuais são mais eficientes e ecológicos, pois utilizam fontes de        energia como o Gás Natural (a partir de 2000) em 255 autocarros, representando 57% da        frota (figura). A STCP também participou entre 2004 e 2006 num projeto europeu de teste a        autocarros movidos a hidrogénio em operação regular, tendo circulado durante esse       

período, na cidade do Porto, 3        autocarros movidos a hidrogénio,        uma energia limpa e abundante no        planeta.        Figura 10: Autocarro movido a Gás Natural     

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“Após a entrada em funcionamento do Metro, em 2003, a STCP efetuou uma                          remodelação profunda da sua rede, que culminou com a nova rede implementada em 2007.                            A numeração das linhas passou a ter 3 dígitos em vez dos 2 anteriores e foi feita uma                                    redefinição de percursos de modo a aumentar os rebatimentos sobre as redes de comboio                            (CP) e Metro. O Porto foi também a primeira cidade do país a adotar uma bilhética                                intermodal e sem contacto, que permite usar ao mesmo preço os vários serviços e modos                              de transporte aderentes.” (STCP) 

Atualmente, está em curso um período experimental de 6 meses em 400 autocarros        STCP, nos quais é fornecido um serviço de WiFi gratuito aos utentes, sendo esta mais uma        medida de incentivo à utilização do transporte público, neste caso o autocarro, como meio        de deslocação da população da cidade. 

3.1.5 Metro do Porto

A 15 de março de 1999 dá­se, formalmente, início às obras do metro do porto,        começando, assim, em outubro de 2000, a produção do primeiro de 102 veículos da frota do        metro, cada um deles composto por uma ou duas composições, com capacidade para 216        passageiros, 80 dos quais podem ocupar lugares sentados. 

A 29 de junho de 2002, pela primeira vez, o metro do porto realiza viagens regulares        com passageiros, dando­se, assim, início ao período experimental do metropolitano. A 7 de        dezembro de 2002 é inaugurada a linha A (azul), a respetiva cerimónia teve lugar na estação        da Casa da Música.                  Figura 11: Veículo pertencente ao Metro do Porto 

Desde então, foram construídas as restantes linhas (B,C,D,E e F), fazendo do metro        do porto o maior a nível nacional nacional, com uma extensão de total de rede igual a 67        quilómetros e 81 estações distribuídas por 7 concelhos do distrito do Porto, contando com        cerca de 56 milhões de validações no ano de 2013. 

Atualmente, cerca de 12 mil automóveis deixaram de circular por causa do metro do        Porto o que resulta numa diminuição de 55 toneladas de CO2 emitidas por ano. 

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3.1.6 CP

“No dia 28 de Outubro de 1856, realizou­se a primeira viagem de comboio no troço        entre Lisboa e Carregado. A partir dessa data, seguiu­se um longo período de expansão da        rede ferroviária em Portugal.” (CP) 

Desde então, a rede de comboios foi crescendo e servindo cada vez melhor as        populações, com a criação, por exemplo, das zonas urbanas do Porto e de Lisboa, e os        veículos foram­se tornando cada vez mais ambientalmente e socialmente sustentáveis. 

Socialmente, a CP tenta fazer com que toda a gente tenha uma igual possibilidade        de se poder deslocar, por isso, “nos comboios da CP existem lugares que são reservados        para clientes com necessidades especiais, sejam estas necessidades temporárias ou        permanentes. Existem também estações que estão adaptadas de forma a facilitar a        deslocação para este tipo de clientes, dada a sua reduzida mobilidade.” (CP) 

Nos comboios urbanos do Porto, é também possível transportar bicicletas, animais        de estimação (desde que o seu transporte cumpra algumas regras de segurança e os        animais não perturbem o conforto dos utentes) e bagagens gratuitamente. 

O transporte ferroviário é aquele que utiliza a energia de forma mais eficiente e o        facto de possuir uma tração elétrica, garante uma menor emissão de gases poluentes para        a atmosfera. 

TGV Duplex Automóvel

Consumo combustível por 100 km por passageiro 1,5 litros 6 a 15 litros

Transporte de 600 passageiros 1 Comboio 400

Veículos*

*considerando 1,5 pessoas como média de ocupação 

Figura 12: Vantagens ambientais da introdução de uma linha TGV Duplex (Fonte: CP)   

Em 2012, foram transportados cerca de 112 milhões de        passageiros, representando os comboios urbanos (Lisboa        e Porto) cerca de 87% do total de passageiros        transportados, o que demonstra a importância social da        CP na mobilidade urbana em Portugal. 

(19)

4. Conclusões

  

Com a elaboração deste relatório foi possível compreender os conceitos de        mobilidade, mobilidade sustentável, entre outros. Concluiu­se que o mundo atual se        encontra, na sua maioridade, centralizado em torno do automóvel, o que se deve a uma        maior facilidade de aquisição do mesmo e a uma construção de infraestruturas com        destaque a este meio de transporte. Hoje em dia, em média, existem 3 carros por cada 2        cidadãos, o que resulta num uso abusivo do mesmo, provocando cada vez mais poluição        atmosférica e uma mobilidade reduzida. 

Para haver um desenvolvimento sustentável da cidade é essencial que haja uma        mobilidade elevada, para isso surgem os planos de mobilidade sustentável e projetos como        o CIVITAS ELAN. Estas iniciativas são implementadas para contrair esta centralização no        automóvel, e promover uma mobilidade sustentável quanto ao nível ambiental, social e        económico. 

A cidade do Porto, verifica um crescimento demográfico elevado e uma mudança da        população para fora da cidade, o que aumenta o uso de viaturas próprias. Para possibilitar        esta população continuar a realizar as suas viagens diárias de uma forma sustentável, é        necessário fornecer meios para tal, como é o caso de autocarros, comboios e metro que        necessitam de ser confortáveis e com horários variados. A câmara do Porto, com a ajuda        de outras identidades, tenta resolver os problemas de mobilidade de várias formas:        reduzindo vias de circulação, fazendo o estacionamento pago, investindo nos setores de        transporte público, criando vias de circulação para as bicicletas e adotando outras novas        iniciativas. Umas destas iniciativas acabam por resultar, outras, por outro lado, não        produzem nenhum efeito. Mas é importante, continuar a procurar outras soluções que        possam melhorar a mobilidade da cidade do Porto e consequentemente a vida da população        em geral. 

   

(20)

Referências bibliográficas

  SUMP. Developing and implementing a Sustainable Urban Mobility Plan  Acesso:http://www.eltis.org/sites/eltis/files/guidelines­developing­and­implementing­a­sump_f inal_web_jan2014b.pdf    Campos, M. (2002). Mobilidade Urbana – Carpooling. Tese de Mestrado em   Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano. Faculdade de Engenharia do Porto.   Portugal.     Público. “Porto 2001 mexeu mas pouco”  Acesso: http://www.publico.pt/local/noticia/porto­2001­mexeu­mas­pouco­1474321    Blooger ­ do Porto e não só…  Acesso: http://doportoenaoso.blogspot.pt/2010/08/o­porto­onde­eu­nasci­e­cresci2.html    Metro do Porto ­ História do Metro; Metro em Números  Acesso: http://www.metrodoporto.pt/pagegen.aspx?wmcm_paginaid=17745  Acesso: http://www.metrodoporto.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=16290    CP­ Comboios de Portugal  Acesso:http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=6cadbb8dcb435010VgnVCM1000007 b01a8c0RCRD    STCP­ Política Energética, Relatório de Sustentabilidade  Acesso: http://www.stcp.pt/pt/institucional/sustentabilidade/politica­energetica/  http://www.stcp.pt/fotos/conteudos/relatgestaosustent_por_2011_1627606616511227acbd04 8.pdf    Silva, S. (2009) MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL ­ O CAMPUS DA UTAD  DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE ENGENHARIA CIVIL  Acesso: https://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/379/1/msc_scasilva.pdf   

(21)

 

Agência Portuguesa do Ambiente­ Projeto de Mobilidade Sustentável (Manual de Boas            Práticas) 

Acesso:http://mobilidade.apambiente.pt/manual/volume2.pdf   

Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território­                        “Acessibilidade, Mobilidade e Logística Urbana”  Acesso:http://www.dgotdu.pt/filedownload.aspx?schema=ec7b8803­b0f2­4404­b003­8fb407d a00ca&channel=C4193EB3­3FA7­4C98­B8CA­D6B9F5602448&content_id=ED008AF1­2A2 8­4074­86FA­1A7AF8768697&field=file_src&lang=pt&ver=1    IMT­ Instituto da Mobilidade e dos Transportes  Acesso:http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/Planeamento/MobilidadeeTransportes/Docu mentosReferencia/Paginas/DocumentosdeReferencia.aspx                                       

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Anexo A

No âmbito da realização deste relatório recorreu­se à ajuda de duas engenheiras: Teresa        Stanislau e Ana Paula Gonçalves, representantes da empresa do “Metro do Porto”, que        proferiram as seguintes declarações acerca de diferentes medidas tomadas em parceria        com o projeto CIVITAS: 

1) Lançamento do Autocarro na zona de Paranhos 

Este autocarro era responsável por recolher as pessoas da zona e levá­las até à paragem        do Metro mais próxima. Esta parte do projeto foi desenvolvida por STCP e Departamentos de        Engenharia Mecânica e Civil da FEUP. Os autocarros foram desenvolvidos de acordo com        as últimas tecnologias, por isso houve uma grande preocupação em termos ambientais para        que os mesmos fossem pouco poluentes e feitos de materiais recicláveis. 

2) Programa MOVE 

Desenvolvido pela empresa OPT, reúne a informação de toda a zona de Asprela e é possível        saber os horários dos autocarros. Foi feito para aumentar o conforto dos passageiros. Foi a        medida mais bem sucedida do projeto CIVITAS que acabou por ganhar um prémio. 

3) Plano de Mobilidade na zona de Asprela 

FEUP fez uma série de simulações com o objetivo de desbloquear e facilitar o acesso nas        horas de ponta às faculdades e para ao Hospital de S.João, reduzir as emissões de CO      2. 

Foram desenvolvidos vários cenários, porém, não foi possível realizar esta medida porque        não foi permitida pelo padre da igreja de Paranhos, pois iria alterar o cortejo funerário. 

4) Interface de transportes 

Permite facilitar a mudança entre diferentes tipos de transportes, otimizar as redes e reduzir        os custos de combustível. Minimiza a quebra das viagens das pessoas. Haveria uma        mudança no meio de transporte mais facilmente. 

5) Loja de mobilidade 

Objetivo era educar a população acerca de como se movimentar mais eficazmente, mas        não teve grande impacto, pois não houve grande adesão por parte da população. 

6) Car sharing 

Foi criada uma plataforma eletrónica onde as pessoas se inscreviam, mas não resultou,        pois, apesar de ter havido um grande número de inscrições, houve pouca partilha. 

7) Bicicletas 

Era suposto haver bicicletas públicas que poderiam ser usadas atráves do pagamento em        máquinas, mas o projeto não foi para a frente porque envolvia questões públicas, políticas,        entre outras...

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