• Nenhum resultado encontrado

Análise das Contribuições de Diferentes Modelos para o Alinhamento Estratégico. Autoria: Vanderli Correia Prieto, Marly Monteiro de Carvalho

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise das Contribuições de Diferentes Modelos para o Alinhamento Estratégico. Autoria: Vanderli Correia Prieto, Marly Monteiro de Carvalho"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Análise das Contribuições de Diferentes Modelos para o Alinhamento Estratégico Autoria: Vanderli Correia Prieto, Marly Monteiro de Carvalho

Resumo: Este trabalho se insere no campo de pesquisa em estratégia organizacional e aborda

o construto de alinhamento estratégico interno. Este construto é definido como a dinâmica que busca a coesão entre a estratégia, os recursos e os processos gerenciais. O objetivo é a identificação de modelos teóricos que possam servir de referência para o processo de alinhamento e a compreensão de suas ações ou etapas. Quatro modelos de alinhamento estratégico foram selecionados e analisados criticamente, utilizando-se o método de pesquisa de análise de conteúdo. De acordo com os resultados, existem diferentes visões sobre como desenvolver o alinhamento, as quais determinam o modelo, seus elementos e os processos gerenciais. A relevância deste estudo está relacionada à importância da execução da estratégia no contexto competitivo e, ao mesmo tempo, com a dificuldade da sua operacionalização devido à complexidade do processo de implementação da estratégia e à quantidade limitada de estudos sobre o assunto. Os modelos estudados e o quadro-analítico resultante desta pesquisa ampliam o conhecimento sobre os fatores que contribuem para a eficácia do processo de alinhamento e sobre como desenvolvê-los, além de identificar lacunas na literatura.

1. Introdução

O conceito de alinhamento ou ajuste tem as suas origens nas ciências naturais, no modelo ecológico (VENKATRAMAN; CAMILLUS, 1984) e na teoria da contingência (GALBRAITH; KAZANJIAN, 1986; POWELL, 1992; SEMLER, 1997; VENKATRAMAN; CAMILLUS, 1984) e serve como tema central em várias disciplinas.

No campo das disciplinas voltadas à gestão das organizações, o conceito assume relevância na abordagem contingencial (alinhamento organizacional), na gestão por objetivos – management by objectives (MBO), na área de gestão da qualidade e no campo de estudos sobre estratégia organizacional. Na área da qualidade o alinhamento está presente no conceito de gerenciamento pelas diretrizes, conhecido pelos nomes que os originaram, hoshin kanri ou policy deployment.

Na literatura sobre estratégia define-se o alinhamento com o sentido de agrupamento, coesão, ajuste, congruência entre diferentes dimensões (GALBRAITH; KAZANJIAN, 1986). Miles e Snow (1984) definem o alinhamento estratégico tanto como um processo quanto como um resultado – uma dinâmica que procura ajustar a organização com o seu ambiente e, internamente, organizar os recursos que dão suporte a tal alinhamento. Ainda segundo os autores, em termos práticos, a estratégia é o mecanismo básico para o alinhamento e os recursos internos são a estrutura organizacional e os processos gerenciais.

No campo de estudos sobre estratégia, o alinhamento é um conceito central retratado nas duas linhas de pesquisa da área, que representam dois eixos sobre a questão da vantagem competitiva (VASCONCELOS; CYRINO, 2000). Para a linha de pesquisa que aborda a questão da vantagem competitiva com ênfase no poder do mercado, o alinhamento é uma condição inerente ao ajuste da estratégia às oportunidades e ameaças do ambiente de atuação da empresa (PORTER, 1979), enquanto para os proponentes da Visão da Empresa Baseada em Recursos a ênfase do alinhamento recai primeiramente sobre os fatores internos (BARNEY, 1991; COLLIS; MONTGOMERY, 1995; WERNERFELT, 1984).

O alinhamento também é um requisito presente no processo de formulação e implementação da estratégia. Por exemplo, na formulação o conceito está presente na idéia do consenso entre os estrategistas quanto ao resultado das decisões estratégicas, o que irá influenciar o grau de comprometimento e impulsionar a comunicação da estratégia aos demais

(2)

níveis hierárquicos (EISENHARDT, 1999; FLOYD; WOOLDRIDGE, 1992). Na implementação é requerida a integração entre vários elementos, tais como, a estratégia, a estrutura, pessoas, sistema de informações, de métricas e de recompensas para viabilizar a proposta estratégica.

Se, por um lado, a literatura aponta para a importância do alinhamento, autores como Cypher, (1996), Naman e Slevin (1993), Prieto e Carvalho (2004a, 2004b), Semler (1997), Venkatraman e Camillus (1984) concordam que há lacunas para que o conceito possa ser adequadamente aplicado. Há questionamentos a respeito de quais elementos devem ser alinhados, como conduzir o processo de alinhamento e como determinar se uma empresa está ou não está alinhada. Venkatraman e Camillus (1984) assumem esta lacuna especificamente no campo da estratégia, onde existem diferentes perspectivas para a aplicação do conceito de alinhamento dependendo das escolas de pensamento que o empregam. O conceito de alinhamento assume abrangências diferentes, sendo tratado como construtos de alinhamento

externo, interno e integrado. O alinhamento também é abordado enquanto conteúdo,

elementos a serem alinhados com a estratégia, ou enquanto processo, como realizar o alinhamento.

Diante da lacuna identificada na literatura quanto à dificuldade de operacionalização do conceito, este trabalho visa identificar modelos teóricos que possam servir como referência para o processo de alinhamento estratégico interno e, por meio do método de análise de conteúdo, tem o objetivo de identificar quais ações ou etapas fazem parte do processo.

O artigo está estruturado em cinco seções. A seção 2 apresenta a síntese da discussão teórica sobre alinhamento estratégico e operacionaliza os construtos da pesquisa. A abordagem metodológica é apresentada na seção 3, justificando a opção pelo método de análise de conteúdo. Na seção 4 são apresentados quatro modelos de alinhamento estratégico, sua análise distintiva e identificação das lacunas na literatura. Finalmente, a seção 5 traz as conclusões, limitações e recomendações para trabalhos futuros.

2. Fundamentos teóricos e principais conceitos

O processo de alinhamento estratégico é definido como o exercício prático de um conjunto de atividades estruturadas com a finalidade de realizar o alinhamento estratégico (PRIETO, 2006). Nesta seção serão apresentados os principais conceitos necessários para a proposição do quadro conceitual deste trabalho.

2.1 Construtos de alinhamento estratégico

Conforme já mencionado na seção anterior, identifica-se o alinhamento estratégico sendo abordado em três diferentes construtos: alinhamento externo, alinhamento interno e

consenso (PRIETO, 2006; PRIETO; CARVALHO, 2004a, 2004b; STEPANNOVICH;

MUELLER, 2002; VENKATRAMAN; CAMILLUS, 1984).

O termo mais utilizado para abordar o alinhamento estratégico externo é adaptação (fit). O conceito de alinhamento externo está presente na literatura referindo-se ao ajuste das capacidades, recursos e estratégia ao ambiente de atuação da organização. O alinhamento ocorre quando uma estratégia apropriada foi selecionada.

O alinhamento estratégico interno refere-se à mobilização dos recursos internos, tangíveis ou intangíveis para implementação da estratégia formulada. Uma organização pode-se dizer internamente alinhada quando pode-seus dirigentes e atores estão atuando de acordo com a estratégia da empresa. Inicialmente identifica-se o conceito de alinhamento interno na literatura de implementação da estratégia e na literatura de mudança estratégica, nos trabalhos de Beer e Eisenstat (1996, 2000), Day (1999), Freedman (2003), Fuchs et al. (2000), Hambrick e Cannella (1989), Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996 e 2000), Kilman (2001), Labovitz e Rosansky (1997), Malina e Selto (2001) e Newport et al. (1991). Diferentes termos são utilizados para tratar do alinhamento interno, tais como, implementação da estratégia, coerência corporativa, alinhamento interno.

(3)

As pesquisas têm sido conduzidas em termos de alinhamento interno vertical (LABOVITZ; ROSANSKY, 1997; NEWPORT et al., 1991) e alinhamento horizontal (LABOVITZ; ROSANSKY, 1997; VENKATRAMAN, 1990).

O consenso estratégico é também uma das dimensões do alinhamento interno e refere-se à concordância, ao consenso de opiniões que se estabelece tanto na formulação, quanto na implementação da estratégia, representado pelos trabalhos de Dess (1987), Floyd e Wooldridge (1992); Holmburg et al. (1999) e Priem (1990).

2.2 Formulação e implementação da estratégia

O alinhamento é considerado ao mesmo tempo um resultado e um processo (MILES; SNOW, 1984). Enquanto resultado, a literatura propõe ferramentas para medir o grau de alinhamento (FUCHS et al., 2000; LABOVITZ; ROSANSKY, 1997) ou, como afirmam Kaplan e Norton (1996), o alinhamento deve levar a organização a um estágio de controle da estratégia. Um processo é comumente definido como um conjunto de tarefas e atividades que contribui para transformar entradas em saídas. No caso do alinhamento enquanto processo, o conceito refere-se ao exercício prático de um conjunto de atividades estruturadas com a finalidade de realizar o alinhamento estratégico (PRIETO, 2006). No âmbito do construto de alinhamento interno, o conceito refere-se ao exercício prático de um conjunto de atividades estruturadas com a finalidade promover a implementação da estratégia (PRIETO, 2006).

A literatura apresenta uma ampla discussão a respeito da formulação e implementação da estratégia (BOWER, 1982; CHAKRAVARTHY; DOZ, 1992; KAPLAN; NORTON, 1992, 1993, 1996, 2000; MINTZBERG, 1994; VAN DE VEN, 1992; VENKATRAMAN; CAMILLUS, 1984). A idéia de que para promover a implementação é necessário ter uma estratégia claramente definida está presente na literatura acrescida de argumentos sobre os fatores e os processos que favorecem ou não a sua implementação. Bower (1982), por exemplo, ressalta que enquanto o processo de formulação da estratégia foca em o que a empresa pode fazer de melhor para enfrentar a competitividade do ambiente no qual ela está inserida, o processo de implementação da estratégia muda o foco da pergunta para o que a organização precisa fazer para ter sucesso com uma estratégia já determinada. Estando a estratégia definida, o problema reside na necessidade de escolher uma forma para alcançar os objetivos propostos.

Há ainda outros autores (CAMPBELL; ALEXANDER, 1997; HAMBRICK; CANNELLA, 1989) que apresentam argumentos contrários à distinção entre formulação e implementação. Para estes autores, apesar da média gerência não ter necessariamente o perfil requerido de um estrategista, o conhecimento das operações diárias e a gestão de linha de frente do negócio são fontes importantes para a inovação estratégica, sendo que a probabilidade destas idéias emergirem é maior no processo criativo de formulação da estratégia. Outros argumentos dizem respeito à necessidade de planejar e analisar os ajustes necessários à implementação já na fase de formulação para ter certeza de que a estratégia é viável. E ainda, em ambientes turbulentos, a estratégia pode ser modificada devido ao próprio processo de aprendizado e crescimento que acontece quando a estratégia é colocada em ação.

2.2.1 Processo de implementação da estratégia

A rivalidade do ambiente no qual a organização está inserida exerce forte influência no plano estratégico a ser adotado, sua flexibilidade, tempo de preparação, nível de detalhamento e o processo de implementação. Em ambientes de incerteza, existem várias propostas na literatura (CAMPBELL; ALEXANDER, 1997; CHIRSTENSEN, 1997; COURTNEY; KIRKLAND; VIGUERIE 1997; EISENHARDT; SULL, 2001; MINTZBERG, 1994), procurando distanciar o tomador de decisão do processo moroso de planejamento estratégico para um processo flexível de elaboração de estratégias. Tem-se um entendimento de que a estratégia não é necessariamente um processo formal (MINTZBERG, 1994), mas também intuitivo (EISENHARDT, 1999); não é única, mas precisa ser constantemente revisada

(4)

(CHRISTENSEN, 1997; COURTNEY; KIRKLAND; VIGUERIE, 1997) e pode ser simplificada (EISENHARDT; SULL, 2001).

A estratégia enquanto processo assume maior relevância. Mintzberg (1994) atribui ao processo estratégico a característica de inovação e aprendizado, assumindo que a essência deste processo é a concretização da estratégia por meio das ações. Em outras palavras, a estratégia é elaborada para ser concretizada, mas a prática da implementação também pode levar a mudanças estratégicas.

A formulação de um plano continua sendo o ponto inicial do processo estratégico, porém, necessariamente precisa ser acompanhado de outros componentes da gestão estratégica para ser efetivado, tais como: o ajuste da estrutura, das operações, sistema de recompensas, gestão de processos, cooperação interdepartamental e cultura organizacional (McCONKEY, 1988). McConkey (1988), afirma que um plano tecnicamente imperfeito e bem implementado freqüentemente oferece maior chance de realização do que um plano perfeito que nunca sai do papel em que foi impresso.

Na dinâmica deste processo de transformação da estratégia em ação, o melhor plano estratégico não é considerado linear, mas circular, no sentido de que é continuamente avaliado e revisado a respeito da maneira como está sendo conduzido, por meio das ações de planejamento, mensuração e ajuste (McCONKEY, 1988). Bower (1982) apresenta um entendimento semelhante, quando afirma que o processo de implementação não necessariamente precisa começar com a formulação da estratégia, mas que todas as partes do processo estratégico estão ativas a todo o momento. A reformulação da estratégia é considerada etapa final do processo de implementação. A idéia presente é que independentemente de mudanças no ambiente externo, a implementação da estratégia gera mudanças nos recursos, que pode gerar, por exemplo, novas competências ou novas idéias a serem exploradas estrategicamente. No entanto, o processo de formulação da estratégia provê definições suficientes para análise e intervenções na estrutura.

Uma vez que o construto de alinhamento interno se desenvolve no âmbito da implementação da estratégia, prosseguiu-se à revisão de literatura neste sentido, abordando o recorte teórico entre formulação e implementação da estratégia e a dinâmica do processo de implementação.

No quadro 1 definem-se os termos chave que são relevantes para a formação da estrutura deste artigo, formulados com base no referencial teórico.

3. Aspectos metodológicos

O estudo delimita-se ao construto de alinhamento estratégico interno, ou seja, o alinhamento da estratégia ao ambiente de atuação da organização não é uma prioridade desta pesquisa, e sim, o alinhamento dos aspectos internos da organização à estratégia.

A figura 1 sintetiza a abordagem metodológica utilizada. O estudo tem como objetivos identificar modelos na literatura que possam servir de referência para o processo de alinhamento estratégico interno, elaborar um quadro analítico distintivo destes modelos e identificar lacunas entre os mesmos. Pretende-se investigar quais ações ou etapas fazem parte do processo de alinhamento estratégico interno.

A formulação do quadro-analítico baseou-se no método de pesquisa denominado análise de conteúdo. Selecionou-se esta abordagem metodológica com o intuito de prover conhecimento e novas descobertas obtidas a partir dos modelos extraídos da literatura, buscando tornar replicáveis e validar inferências do quadro-analítico, fazendo uso de procedimentos especializados para processamento e análise da revisão da literatura. Segundo Bardin (2000), é necessário definir os limites da análise de conteúdo, o seu campo, onde começa e acaba e com qual finalidade será empregada. Propõe-se que a análise seja organizada cronologicamente em pré-análise, exploração do material e tratamento e interpretação dos resultados. As atividades-chave dentro deste processo são: (1) a definição do

(5)

universo, ou seja, a escolha de documentos, (2) a categorização e (3) a análise e interpretação dos resultados.

Alinhamento: agrupamento, coesão, ajuste, congruência entre diferentes dimensões.

Alinhamento estratégico: tanto um processo como um resultado – uma dinâmica que procura ajustar a

organização externamente em relação ao seu ambiente de atuação, por meio da formulação da estratégia (alinhamento externo) e, internamente, buscando um todo coeso entre a estratégia, os recursos e os processos gerenciais (alinhamento interno).

Aspectos internos da organização: refere-se aos elementos a serem alinhados internamente, definidos como

estratégia, recursos e processos gerenciais, e que englobam, por exemplo, a estratégia, a estrutura, processos, pessoas, clientes, habilidades, liderança, sistemas de remuneração, sistemas de informação e os processos gerenciais. Cada uma das dimensões precisa ser consistente com a estratégia e umas com as outras.

Modelo de alinhamento estratégico: representação sistemática de um conjunto de princípios e ações com a

finalidade de promover o alinhamento estratégico.

Processo de alinhamento estratégico: exercício prático de um conjunto de atividades estruturadas com a

finalidade de realizar o alinhamento estratégico.

Processo de alinhamento estratégico interno: exercício prático de um conjunto de atividades estruturadas

com a finalidade promover a implementação da estratégia.

Processos gerenciais (no contexto do alinhamento estratégico): atividades desenvolvidas por líderes e pessoas

responsáveis visando o planejamento e a execução da estratégia.

Quadro 1– Definição dos termos-chave do artigo

Definição do universo identificação de modelos de alinhamento estratégico

Categorização A posteriori, buscando elementos que permitam descrever e comparar os modelos

Análise e interpretação dos dados

Discussão dos elementos presentes ou ausentes em cada modelo e análise conjunta dos mesmos, utilizando como base o quadro teórico e o quadro analítico distintivo dos modelos

Análise qualitativa Objetivos

. Identificar modelos teóricos que possam servir de referência para o processo de alinhamento estratégico interno.

. Elaborar um quadro analítico distintivo destes modelos. . Identificar lacunas entre os modelos.

Quais ações ou etapas fazem parte do processo de alinhamento estratégico interno? Questão Método de pesquisa – Análise de Conteúdo Abordagem metodológica

Definição do universo identificação de modelos de alinhamento estratégico

Categorização A posteriori, buscando elementos que permitam descrever e comparar os modelos

Análise e interpretação dos dados

Discussão dos elementos presentes ou ausentes em cada modelo e análise conjunta dos mesmos, utilizando como base o quadro teórico e o quadro analítico distintivo dos modelos

Análise qualitativa Objetivos

. Identificar modelos teóricos que possam servir de referência para o processo de alinhamento estratégico interno.

. Elaborar um quadro analítico distintivo destes modelos. . Identificar lacunas entre os modelos.

Quais ações ou etapas fazem parte do processo de alinhamento estratégico interno? Questão Método de pesquisa – Análise de Conteúdo Abordagem metodológica

Figura 1 – Abordagem metodológica

Definição do universo: é composto pelos quatro modelos de alinhamento estratégico

apresentados e discutidos na seção 4. Os modelos foram selecionados pela sua adequação à delimitação e ao conceito de alinhamento estratégico interno propostos neste trabalho (seção teórica 2.1). A base teórica utilizada para a seleção dos modelos foi construída por meio do levantamento cruzado de referências, o qual foi realizado a partir dos trabalhos de Stepanovich e Mueller (2002) e Prieto e Carvalho (2004a). Os primeiros autores fizeram um rastreamento da literatura de alinhamento, sendo que tais referências são ampliadas no

(6)

segundo trabalho citado. O quadro 2 apresenta o número de estudos pesquisados por tipo de literatura, em um total de 40. Foram encontrados seis modelos de alinhamento estratégico, sendo que dois deles não se adequavam à proposta deste trabalho.

Publicações

Número de estudos

Academy of management executive 2

Academy of Management Review 1

California Management Review 2

Harvard Business Review 6

Human Relations 1

Human Resource Development Quarterly 1 Int. Journal Business Performance Management 1 Int.Journal Business Performance Management 1

Journal of Business and Management 1

Journal of business strategy 1

Journal of Change Management 1

Journal of management 1

Journal of Management Accounting Research 1

Journal of Management Studies 1

Knowledge and Process Management 1

Organizational Dynamics 1

Planning Review 1

Sloan Management Review 3

Strategic management journal 6

Outras publicações (livros, congressos 7 40

Quadro 2 Base teórica consultada para seleção dos modelos de alinhamento estratégico

Categorização: esta etapa destina-se a determinar as dimensões que serão analisadas e

serve para classificar o conteúdo e deve, normalmente, permitir o aparecimento de variáveis e fatores de influência que se ignorava no início dos trabalhos. As categorias, quando não se tem uma idéia precisa, devem surgir com base no próprio conteúdo (WEBER, 1990).

Na análise inicial dos modelos identificou-se que os autores apresentavam diferentes perspectivas sobre como desenvolver o processo de alinhamento estratégico. Assumiu-se que a visão do alinhamento seria um dos elementos para categorização do conteúdo. Em seguida, para cada um dos modelos, foram extraídas dos textos dos autores todas as frases que representavam características dos modelos. O agrupamento e a análise de tais características levou à compreensão dos elementos que descrevem os modelos: (1) visão do alinhamento, (2) modelo para implementação da estratégia, (3) elementos do modelo e (4) processos gerenciais desenvolvidos para promover o alinhamento estratégico.

Entende-se que a visão do alinhamento determina a escolha do modelo e de seus elementos e também determina o processo gerencial a ser desenvolvido para promover o alinhamento estratégico. A figura 2 apresenta a estrutura para análise dos modelos de alinhamento estratégico e demonstra a inter-relação entre os elementos.

Análise e interpretação dos resultados: será elaborado um quadro analítico visando

a comparação e identificação de lacunas entre os modelos. A análise será qualitativa, por meio da discussão dos elementos presentes ou ausentes em cada modelo, utilizando como base o quadro teórico.

(7)

modelo Elementos do modelo Processos gerenciais para implementação Visão do alinhamento modelo Elementos do modelo Processos gerenciais para implementação Visão do alinhamento

Figura 2 Estrutura para análise dos modelos de alinhamento estratégico

4. Apresentação dos modelos de alinhamento estratégico e análise dos resultados

O modelo de alinhamento tem a finalidade de assegurar a ordenação e a integração lógica de um conjunto de atividades estruturadas com a finalidade de realizar o alinhamento estratégico ao mesmo tempo em que deve garantir a flexibilidade da implementação da estratégia, permitindo que mudanças estratégicas possam ser incorporadas a este processo (ver seção teórica 2.2.1). O modelo teria como vantagem reduzir a uma dimensão tratável e administrável o problema da implementação da estratégia, considerado extremamente complexo e, mais importante, deduzir conseqüências e resultados específicos das atividades de implementação (FISCHMANN, 1987).

Neste contexto foram definidos como objetivos deste trabalho identificar modelos na literatura que pudessem servir de referência para o processo de alinhamento estratégico interno, elaborar um quadro analítico distintivo destes modelos e identificar lacunas entre os mesmos. A questão central que norteou a pesquisa foi a identificação de quais ações ou etapas fazem parte do processo de alinhamento estratégico.

Foram identificados os seguintes modelos de alinhamento estratégico interno: - Modelo 1 - Labovitz e Rosansky (1997)

- Modelo 2 - Balanced scorecard: Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996, 2000) - Modelo 3 - Hambrick e Cannella (1989)

- Modelo 4 - Organizational Fitness Profiling (OFP): Beer e Eisenstat (1996, 2000)

Modelo 1 - Labovitz e Rosansky (1997)

Os autores vêm o alinhamento como um processo de integração dos sistemas da organização em torno do propósito essencial dos negócios, definido pelos autores como uma estratégia ampla, um diferencial dos negócios. Os elementos a serem alinhados são a estratégia e pessoas (alinhamento vertical) e clientes e processos (alinhamento horizontal). O desdobramento da estratégia requer a implementação de indicadores críticos de sucesso, metas e atividades, definidos a partir do propósito essencial, e que devem ser levados a todos os níveis hierárquicos da organização. Os autores propõem, ainda, o perfil de diagnóstico de alinhamento como uma ferramenta específica para diagnosticar o grau de alinhamento (PRIETO; CARVALHO, 2004a, 2004b).

Modelo 2 - balanced scorecard (BSC): Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996, 2000)

A base para a elaboração do BSC é a definição ou revisão da estratégia da empresa, que deve considerar os fatores críticos de sucesso para aquele determinado segmento de negócios. O modelo em si é configurado considerando a estratégia já formulada, a qual será desdobrada em um scorecard multidimensional, integrando, além das medidas de desempenho financeiro, medidas de desempenho relacionadas às perspectivas dos clientes, dos processos internos e de aprendizado e crescimento.

Enquanto sistema de alinhamento estratégico, o modelo apóia-se em dois eixos principais, o da comunicação e do controle da estratégia. A proposta do BSC é disseminar o conhecimento a respeito da estratégia por todos os níveis e áreas da organização por meio do mapa estratégico. A dinâmica de controle da estratégia proposta no BSC acontece pela

(8)

definição de medidas de desempenho equilibradas, que permitem acompanhar o desempenho dos negócios no curto e no longo prazo, o que só é possível pela definição dos indicadores que vão além da perspectiva financeira.

Modelo 3 - Hambrick e Cannella (1989)

No modelo 3 o alinhamento é visto como um processo gerencial a ser conduzido pelo estrategista. O modelo para realizar o alinhamento caracteriza-se pela definição das etapas a serem conduzidas pelo estrategista, desde a formulação até a implementação da estratégia.

O processo gerencial consiste na definição de como o executivo deve desenvolver as ações buscando eliminar obstáculos, promover ajustes e convencer a respeito da importância da estratégia. Apóia-se no processo de negociação da estratégia desde a formulação até a implementação, interna e externamente à organização, na remoção dos obstáculos e no ajuste de aspectos internos da organização, denominados influências relevantes na implementação (recursos, programas das subunidades, estrutura, recompensa e pessoas).

Modelo 4 - Organizational Fitness Profiling (OFP): Beer e Eisenstat (1996, 2000)

Os autores desenvolveram uma ferramenta que foi primeiramente denominada Strategic Human Resource Management (SHRM) e depois Organizational Fitness Profiling (OFP), respectivamente, em duas publicações: 1996 e 2000. O modelo para implementação é o diagnóstico de ajuste organizacional, que deve levar à elaboração do plano de implementação para eliminar as deficiências nas capacidades organizacionais (coordenação, comprometimento e competência interpessoal e funcional) que representam barreiras ao alinhamento. Os elementos do modelo fazem parte do diagnóstico e incluem aspectos internos e externos à organização. Uma das condições para a aplicação do modelo é um ambiente participativo, aberto inclusive para discussões sobre as decisões tomadas pelos próprios estrategistas, uma vez que todo o processo é conduzido por uma força tarefa composta para este fim, que conduz o processo internamente e apresenta e discute os resultados com a alta administração.

4.1 Análise do quadro distintivo dos modelos de alinhamento

Conforme exposto na seção 3, os modelos foram submetidos ao método da análise de conteúdo com o objetivo de permitir a análise comparativa e a identificação de lacunas entre os mesmos. Aplicou-se a categorização de acordo com os elementos propostos na estrutura para análise dos modelos (figura 2). Os resultados estão demonstrados no quadro 3.

Nota-se que a visão sobre o alinhamento apresenta duas vertentes, a da seleção e a da exclusão dos elementos e processos gerenciais que devem compor o modelo de alinhamento. Uma análise comparativa dos modelos permite identificar, então, as lacunas entre os mesmos. - Os modelos 1 e 2 apóiam-se em um sistema de métricas para alinhamento estratégico. Ambos especificam clientes, processos e pessoas como dimensões a serem alinhadas. O aprendizado e crescimento (modelo 2) não são enfatizados no modelo 1, assim como finanças. Neste sentido, as perspectivas do modelo 2 são mais abrangentes uma vez que a perspectiva de aprendizado e crescimento trabalha com as condições de sobrevivência da empresa no médio e longo prazos.

- Os modelos 1 e 2 têm a estratégia como base para o desdobramento dos indicadores de desempenho. O modelo 2 não enfatiza parâmetros para a definição da estratégia que sirvam de base para o processo de alinhamento interno. Esta definição acontece no modelo 1, ainda que não seja aprofundada, quando trata do propósito essencial.

- No modelo 2 o alinhamento ocorre por meio da interdependência entre os indicadores quando da construção do mapa estratégico. No modelo 1 o alinhamento ocorre por meio do desdobramento hierárquico dos indicadores de desempenho. O modelo 2 mantém a coesão entre as quatro perspectivas, o que não fica claro no modelo 1.

(9)

Elemento Modelo 1 Labovitz e Rosansky (1997) Modelo 2 Balanced Scorecard Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996 e 2000) Modelo 3 Hambrick e Cannella (1989) Modelo 4 Beer e Eisenstadt (1996 e 2000) Visão do

alinhamento processo de integração dos recursos e sistemas da organização em torno do propósito essencial dos negócios processo de desdobramento da estratégia em um conjunto equilibrado de medidas de desempenho . processo gerencial, previamente planejado e conduzido pelo estrategista . processo de mudança sistêmico e participativo modelo para implementação estabelecimento de indicadores críticos de sucesso, metas e atividades definidos a partir do propósito essencial construção de mapas estratégicos (balanced scorecards) etapas (trilha) a serem conduzidas pelo estrategista diagnóstico de ajuste organizacional e plano de implementação elementos do

modelo alinhamento entre quatro elementos em duas dimensões . estratégia e . pessoas (alinhamento vertical) . clientes e . processos (alinhamento horizontal) indicadores balanceados em quatro perspectivas: . financeira . clientes . processos . aprendizado e crescimento . amplitude de entradas na formulação . obstáculos à implementação . influências relevantes na implementação . convencimento a respeito da estratégia . capacidades organizacionais . contexto (ambiente organizacional e competitivo) . estrutura e políticas de Recursos Humanos . opções estratégicas processos gerenciais para implementação PDR . planejamento . desenvolvimento . revisão . tradução da visão . comunicação e ligação . planejamento do negócio . feedback e aprendizado . buscar informação e apoio no estágio de formulação da estratégia . conhecer antecipadamente os obstáculos à implementação . ajustar os fatores que influenciam a implementação . convencer a respeito da estratégia . criar uma declaração sobre as diretrizes estratégicas . coletar dados sobre barreiras e forças à implementação . desenvolver um plano integrado para mudança . refinar o plano . implementar o plano

Quadro 3 Quadro analítico distintivo dos modelos de alinhamento estratégico interno

- Não é uma prioridade do modelo 2 abordar os aspectos intangíveis presentes em um processo de alinhamento. É uma prioridade do modelo incluir tais aspectos no sistema de métricas. O modelo 1 admite a influência de tais aspectos, principalmente liderança e cultura, mas também não trata de como desenvolvê-los.

- Os modelos 3 e 4 são mais explícitos ao abordar os aspectos intangíveis presentes em um processo de alinhamento estratégico.

(10)

- No modelo 4 o levantamento de barreiras à implementação da estratégia acontece junto às pessoas no ambiente interno à organização, ao contrário do que propõe o modelo 3. Uma lacuna do modelo, portanto, é não considerar que os obstáculos à implementação da estratégia podem estar no ambiente externo e podem não ter sido percebidos por pessoas internas à empresa.

- O foco do modelo 4 é diagnosticar as barreiras que possam comprometer a implementação de uma estratégia atual, que se encontra em ação. Neste sentido, comparando-se com o modelo 3, identifica-comparando-se uma lacuna neste modelo, de comparando-ser reativo e não proativo no levantamento de barreiras à implementação da estratégia. No modelo anterior tem-se a visão de evitar as barreiras à estratégia por meio do processo de negociação e convencimento.

- Não é uma prioridade dos modelos 3 e 4 definir uma estrutura para desdobramento da estratégia, como é apresentado nos modelos 1 e 2, por meio da construção dos mapas estratégicos. Identifica-se, portanto, uma lacuna nestes modelos.

- Identificam-se nos modelos diferentes processos gerenciais para implementação da estratégia e inerentemente diferentes habilidades para colocá-los em ação. Nos modelos 1 e 2 o sistema de métricas é a chave para o desenvolvimento dos processos gerenciais de planejamento, implementação e revisão da estratégia. Requer, principalmente quanto ao modelo 2 habilidade de construir, comunicar e gerenciar os indicadores de desempenho. Entende-se que os mesmos processos estão compreendidos no modelo 3, porém a chave para o seu desenvolvimento é a capacidade de articulação e planejamento do estrategista. No modelo 4 a base para o desenvolvimento dos processos gerenciais é o diagnóstico realizado em um clima de diálogo amplo, principalmente entre os executivos e o pessoal de apoio responsável pela sua execução.

4.2 Síntese da análise de conteúdo

A proposta de como desenvolver o alinhamento estratégico se diferencia entre os modelos, de acordo com a visão. Propõe-se alinhar por meio do desdobramento da estratégia em indicadores de desempenho, por meio da negociação e convencimento a respeito da estratégia e por meio de um diagnóstico de barreiras à implementação da estratégia.

Da análise de lacunas entre os modelos é possível destacar alguns pontos quanto aos elementos presentes ou ausentes nos modelos:

- Ora os modelos tendem a priorizar aspectos tangíveis (modelos 1 e 2) ou intangíveis (modelos 3 e 4) presentes em um processo de alinhamento estratégico.

- No modelo 3 o processo de alinhamento estratégico assume uma característica pró-ativa, não evidenciada com a mesma ênfase nos outros modelos, devido ao planejamento da implementação da estratégia durante a fase de formulação e pela forma com que propõe a identificação e tratamento de barreiras à implementação em todo o processo.

- Os modelos também se diferenciam pela proposta da identificação de barreiras à implementação da estratégia (modelos 3 e 4), diagnóstico de alinhamento (modelos 1 e 4), determinação do papel do estrategista na implementação (modelo 3) e por promover um questionamento das capacidades, inclusive dos executivos, nas escolhas estratégicas (modelo 4).

5. Conclusões e recomendações

O estudo se insere no campo teórico de pesquisas sobre estratégia organizacional, no qual se verificou que o alinhamento é abordado em construtos distintos. O recorte metodológico foi feito em torno do construto de alinhamento estratégico interno, definido como a dinâmica que busca a coesão entre a estratégia, os recursos e os processos gerenciais.

A revisão sistemática da literatura demonstrou a importância do conceito de alinhamento estratégico no contexto competitivo e ao mesmo tempo a dificuldade da sua operacionalização. A análise dos modelos de Labovitz e Rosansky (1997), o Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1992, 1993, 1996, 2000), o modelo de Hambrick e Cannella

(11)

(1989) e o Organizational Fitness Profiling (OFP) de Beer e Eisenstat (1996, 2000), permitiu identificar lacunas na literatura e prospectar temas de pesquisa neste campo.

Os modelos estudados se diferenciam na proposta de como desenvolver o alinhamento, o que é determinado pela visão a respeito do alinhamento, traduzida pelo alinhamento por meio do desdobramento da estratégia ora em indicadores de desempenho, ora por meio da negociação e convencimento a respeito da estratégia ou ainda por meio de um diagnóstico de barreiras à implementação da estratégia.

A identificação de lacunas entre os modelos deixa explícitas as limitações individuais de cada um deles, ao mesmo tempo em que amplia a visão sobre as ações ou etapas que devem fazer parte do alinhamento. Dentre elas, destacam-se: formulação e comunicação de uma estratégia claramente compreendida; sistema de métricas definidas a partir da estratégia; construção de mapas estratégicos; diagnóstico de alinhamento estratégico; medição do grau de alinhamento; levantamento de obstáculos à implementação da estratégia; negociação da estratégia durante a formulação e implementação.

As restrições do estudo dizem respeito à delimitação ao construto de alinhamento interno, quando na prática não é possível dissociar a formulação da implementação da estratégia e também à base teórica utilizada. Uma sugestão para trabalhos futuros é ampliar a base teórica, identificando outros modelos de alinhamento e outras contribuições para compreensão de como desenvolver o alinhamento estratégico, incorporando a dimensão de formulação e ajuste ambiental, ou seja, pesquisar conjuntamente o alinhamento externo e interno.

Para pesquisas futuras sugere-se, além da ampliação da base teórica, identificar lacunas nos modelos de alinhamento, comparando-os com a prática adotada por empresas.

Referências bibliográficas

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2000, 225p.

BARNEY, Jay. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of

Management. v. 17, n.1, p. 99-120, 1991.

BEER, Michael; EISENSTAT, Russell.A. Developing an organization capable of implementing strategy and learning. Human Relations. v.49, n.5, p. 597, May, 1996.

______. The silent killers of strategy implementation and learning. Sloan Management

Review. v. 41, n. 4, p.29, 12p., summer, 2000.

BOWER, Joseph L. Solving the problems of business planning. Journal of business

strategy. v.2, n.3, p. 32-44, Winter, 1982.

CAMPBELL, Andrew; ALEXANDER, Marcus. What´s wrong with strategy? Harvard

Business Review . p. 42-51, Nov.-Dec.,1997.

CHAKRAVARTHY, Balaji S.; DOZ, Yves. Strategy process research: focusing on corporate self-renewal. Strategic Management Journal. v.13, n. 8, p. 5-14, Summer, 1992.

CHRISTENSEN, Clayton M. Making strategy: learning by doing. Harvard Business

Review. p. 141-156, Nov-Dec, 1997.

COLLIS, David J.; MONTGOMERY, Cynthia A. Competing on resources: strategy in the 1990s. Harvard Business Review . p. 118-128, Jul.-Ago.,1995.

COURTNEY, H.; KIRKLAND, J.; VIGUERIE, P. Strategy under uncertainty. Harvard

Business Review. p. 67, Nov.-Dec., 1997

CYPHER, Scott R. The alignment project – researching organizational alignment: how leadership and management teams manage the deployment and alignment of improvement efforts throughout their organizations. Blacksburg: The Performance Center, Virginia Polytechnic Institute and State University, July, 1996.

DAY, George S. Creating a market-driven organization. Sloan Management Review . v. 41, n.1, p. 11-22, Fall, 1999.

(12)

DESS, Gregory G. Consensus on strategy formulation and organizational performance: competitors in a fragmented industry. Strategic Management Journal. v. 8, n.3, p. 259-277, 1987.

EISENHARDT, Kathleen M. Strategy as strategic decision making. Sloan Management

Review. p.65-72, 1999.

EISENHARDT, Kathleen M.; SULL, Donald M. Strategy as simple rules. Harvard Business

Review. p.107, Jan., 2001.

FISCHMANN, A.A. Implementação de estratégia: identificação e análise de problemas. São Paulo: Universidade de São Paulo, USP, Brasil, 1987.

FLOYD, Stevem W.; WOOLDRIDGE, Bill. Managing strategic consensus: the foundation of effective implementation. Academy of Management Executive. v.6, n.4, p. 27, 1992.

FREEDMAN, Mike. The genius is in the implementation. Journal of Business Strategy. p.26-31, Mar.-Apr., 2003.

FUCHS, Peter H. et al. Strategic integration: competing in the age of capabilities. California

Management Review. v. 42, n.3, p.118, spring, 2000.

GALBRAITH, Jay R.; KAZANJIAN, Robert K. Strategy implementation: structure, systems and process. St Paul: West Pub., 1986.

HAMBRICK, Donald.C; CANNELLA JR. Albert A. Strategy implementation as substance and selling. Academy of Management Executive, v.III, n.4, p. 278-285, 1989.

HOLMBURG, C., KROHMER, H., & WORKMAN, J.P. JRStrategic consensus and performance: The role of strategy type and market-related dynamism. Strategic Management

Journal. 20: 339-357, 1999.

KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. The balanced scorecard: measures that drive performance. Harvard Business Review. vol. 70, n.1, p71, Jan./Feb., 1992.

______. Putting the balanced scorecard to work. Harvard Business Review. vol. 71, n. 5, p134, Sep./Oct., 1993

______. Using the balanced scorecard as a strategic management system. Harvard Business

Review. vol. 74, n. 1, p.75, Jan./Feb., 1996.

______. Having Trouble With Your Strategy? Then map it. Harvard Business Review. Sep/Oct 2000, vol. 78, issue 5, p167-176

KILMANN, R.H. A completely integrated program for creating and maintaining organizational success. Organizational Dynamics. v. 18, n.1, Summer, 2001.

LABOVITZ, George e ROSANSKY, Victor. The power of alignment: how great companies stay centered and accomplish extraordinary things. EUA: John Wiley e Sons, 1997.

MALINA, Mary A.; SELTO, Frank H. Communicating and controlling strategy: an empirical study of the effectiveness of the balanced scorecard. Journal of Management Accounting

Research. v.13, p.47, 2001.

McCONKEY, Dale D. Planning in a changing environment. Business Horizons. v. 31, n.5, p.64-72,Sep.-Oct., 1988.

MILES, Raymond E.; SNOW, Charles C. Fit, Failure and the hall of fame. California

Management Review. Vol. XXVI, n.3, Spring, 1984.

MINTZBERG, Henry. The fall and rise of strategic planning. Harvard Business Review. p.107-114, Jan./Feb., 1994.

NAMAN, J.N.; SLEVIN, D. Entrepeneurship and the concept of fit: a model and empirical tests. Strategic Management Journal. vol 14, 1993.

NEWPORT, S.; DESS, G.G.; RASHEED, A.M.A. Nurturing strategic coherency. Planning

Review. v. 19, n.6, p. 18-47, nov/dec, 1991.

PORTER, Michael E. How competitive forces shape strategy. Harvard Business Review, p. 137-145, Nov./Dec., 1979.

(13)

POWELL, Thomas C. Organizational alignment as competitive advantage. Strategic

Management Journal. v. 13, n.2, p. 119-134, Feb., 1992.

PRIEM, Richard L. Top management team group factors, consensus, and firm performance.

Strategic Management Journal. v.11, n.6, p.469-478, Oct.1990.

PRIETO, Vanderli C. Análise de modelos de alinhamento estratégico interno. São Paulo: 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Programa de pós graduação em Engenharia de Produção. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Produção.

PRIETO, Vanderli C.; CARVALHO, Marly M. Análise do Alinhamento Estratégico e o Impacto nos Resultados no Setor de Medicina Diagnóstica. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 28, 2004, Curitiba, 2004. Anais ANPAD, 2004a.

______. Diagnóstico de alinhamento estratégico: estudo de múltiplos casos. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 24, 2004. Florianópolis, 2004. Anais

ENEGEP, 2004b.

SEMLER, Steven W. Systematic agreement: a theory of organizational alignment. Human

Resource Development Quarterly. v. 8, n. 1, p.23-40, Spring, 1997.

STEPANOVICH P.L.; MUELLER, J. D. Mapping strategic consensus. Journal of Business

and Management. vol. 8, n.2, p. 147-164, Spring 2002.

VAN DE VEN, Andrew. H. Suggestions for studying strategy process: a research note.

Strategic Management Journal. v.13, n.8, p.169-188, Summer, 1992.

VASCONCELOS, Flávio C.; CYRINO, Álvaro B. Vantagem competitiva: os modelos teóricos atuais e a convergência entre estratégia e teoria organizacional. Revista de

Administração de Empresas. São Paulo, v. 40, n. 4, p.20-37, Out./Dez., 2000.

VENKATRAMAN, N. Performance implications of strategic coalignment: a methodological perspective. Journal of Management Studies. Jan, vol. 27, n. 1, p19, 1990.

VENKATRAMAN, N.; CAMILLUS, John C. Exploring the concept of ‘fit’ in strategic management. Academy of Management Review. v. 9, n.3, p. 513-525, 1984.

WEBER, Robert Philip. Basic content analysis. 2nd. ed. Newbury Park: Sage, 1990.

WERNERFELT, Birger. A resource-based view of the firm. Strategic Management

Referências

Documentos relacionados

tratando do ambiente escolar, quando a criança se desvincula do seio familiar para inserir na escola ela já trás consigo um referencial de aprendizagem referente aos

Quanto às iniciativas realizadas pela escola nos últimos sete anos, a entrevistada salienta as seguintes: - Apesar de o projecto em 2001 se ter centrado no âmbito da E.S., no

Acredita-se que as pes- soas especiais devem estar presentes não só como ouvintes, mas como agentes que possam estar envolvidos nas discussões e decisões sobre uma

Outras possíveis causas de paralisia flácida, ataxia e desordens neuromusculares, (como a ação de hemoparasitas, toxoplasmose, neosporose e botulismo) foram descartadas,

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

O autor justifica então sua escolha pelo crescimento econômico considerando haver uma clara associação entre as duas variáveis (crescimento e desenvolvimento). Embora

De qualquer forma, para um exercício de treinamento de análise de cartas sinóticas, de um período de tempo de poucos dias, pode-se lançar mão da estratégia de fazer uma