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IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

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IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Elisângela Serafim Moura1

RESUMO: O presente artigo teve como objetivo investigar como os professores utilizam o lúdico como estratégia no processo de ensino aprendizagem de matemática no 1º ano do ensino fundamental. Pode-se perceber que alguns professores vêm utilizando o lúdico como metodologia de ensino, e que os jogos e brincadeiras, são as atividades mais utilizadas para introduzir e relacioná-lo com a teoria. Defendem que as crianças conseguem aprendem mais rápido e com mais interesse, além de aprender brincando. Colocam como pontos positivos, as aulas não serem exaustivas, e que se torna mais prazeroso tanto para criança como para o docente, além de aprenderem mais do que simplesmente com a teoria. Acredita-se que não há ponto negativo, e que o lúdico vem facilitar a relação teoria a pratica, pois são propostas atividades que vivenciam no dia a dia para resolução de problemas e operações matemáticas. Defende-se também que o lúdico favorece a construção de conceitos e socialização entre os alunos, além de favorecer o raciocínio e estimula a criatividade da criança. É pertinente enfatizar que o lúdico para que seja bem executado e alcance a finalidade deve ser bem elaborado. Só assim será prazeroso tanto para quem aprende quanto para quem ensina.

Palavras-chave: Lúdico. Matemática. Ensino Fundamental.

1 INTRODUÇÃO

O lúdico é uma ferramenta importante no processo de ensino aprendizagem, pois nesse aspecto o ensinar e o aprender torna-se bastante satisfatório, tanto para quem aprende quanto para ensina, Os jogos propiciam entusiasmo e diversão, e quando traçados boas metodologias, alcançam os objetivos esperados.

Quanto ao lúdico voltado a explorar o ensino da matemática, há diversas possibilidades de jogos, brincadeiras e outras metodologias que possam favorecer o aprendizado nesta disciplina que é de grande importância ao currículo escolar. Além das metodologias, destaca-se a relevância do professor, pois ele pode identificar as particularidades e necessidades de sua turma de forma individual, mas também coletiva. Diante disso, o educador atua como agente motivador e que direciona as ações dos

1 Licenciada em Matemática pela FASP – Faculdade São Paulo e Especialista em Docência do Ensino Superior.

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educandos de forma intencional e planejada para atingir os resultados esperados em seu planejamento didático.

O lúdico é uma necessidade humana que proporciona a interação da criança com o ambiente em que vive, sendo considerado como meio de expressão e aprendizado. As atividades lúdicas possibilitam a incorporação de valores, o desenvolvimento cultural, assimilação de novos conhecimentos, o desenvolvimento da sociabilidade e da criatividade.

2 O LÚDICO E O ENSINO DA MATEMÁTICA

De acordo com os PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), tem-se que, as atividades lúdicas na matemática têm importância no desenvolvimento do raciocínio lógico, onde o aluno começa a pensar na matemática de forma mais ágil, comparando-a com seu cotidiano e assim tendo melhor compreensão da matéria. Sendo que tais atividades lúdicas e métodos computacionais devem proporcionar prazer ao aluno durante o processo de aprendizagem, demonstrando um interesse real pelo que está desenvolvendo; assim fixando de uma melhor forma o conteúdo desenvolvido.

Para os PCNs (1998), a matemática tem o intuito de formar cidadãos, ou seja, preparar para o mundo do trabalho, ter uma relação com as outras pessoas que vivem no seu meio social. A educação matemática deve atender aos objetivos do ensino fundamental explicitados nos Parâmetros Curriculares Nacionais: utilizar a linguagem matemática como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias e saber utilizar diferentes recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Deste modo a expressão Educação Matemática, que deriva da expressão em inglês mathematics

education, reflete a concepção de uma educação por meio da matemática.

2.1JOGOS MATEMÁTICOS SIGNIFICATIVOS

Diversos autores acreditam que a resolução de problemas seja a metodologia mais indicada para a introdução dos jogos no ensino de matemática. Na visão de Smole, Diniz e Milani (2007, p.12), “a resolução de problemas (...) permite uma forma de

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organizar o ensino envolvendo mais que aspectos puramente metodológicos, pois inclui toda uma postura frente ao que é ensinar e, consequentemente, sobre o que é aprender”.

Também segundo os PCNs (1998), para as crianças o jogo é muito prazeroso instigante e genuíno, pois gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da educação e do convívio escolar.

O trabalho com jogos requer do professor certas atitudes que o levem a considerar como uma atividade a ser realizada durante todo o ano letivo, e não de modo esporádico, relacionando o jogo como uma estratégia aliada à construção do conhecimento, devendo planejar cuidadosamente sua execução (STAREPRAVO, 1999).

3 TEORIAS SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA COM O USO

DE JOGOS

Numa abordagem crítico-superadora de ensino, é possível pensar nos jogos e nas brincadeiras enquanto conteúdos de ensino que possibilitam a valorização das experiências do aluno, a sua cultura e a construção do conhecimento a partir da relação com o meio, resolvendo problemas e promovendo descobertas. Nas palavras do Coletivo de Autores (1992), o jogo é uma das manifestações da cultura corporal do movimento que pode ser trabalhado de acordo com o nível da criança. Cabe ao educador, reconhecer as características dos alunos para que haja adequação dos conteúdos.

Piaget apud Freire (1997) analisando o jogo a partir de suas estruturas classificou-o em:

de exercício, de símbolo, de construção e de regra. O de exercício é característico das crianças do período sensório-motor, isto é, as que ainda não estruturaram as representações mentais que caracterizam o pensamento. A atividade lúdica refere-se ao movimento corporal sem verbalização e não tem outra finalidade que não o próprio prazer do funcionamento; o de símbolo exerce papel semelhante ao do jogo de exercício, acrescentando um espaço onde se podem resolver conflitos e realizar desejos que não foram possíveis em situações não-lúdicas. Ou seja, é o faz-de-conta, a fantasia; o jogo de construção estabelece uma espécie de transição entre o jogo simbólico e o jogo social. Por fim, o jogo social é marcado pela atividade coletiva de intensificar trocas e a consideração pelas regras (FREIRE, 1997p. ?).

Edmir Perroti (1995) apud Leão (2000) explica a diferença entre o que chama de lúdico instrumental e o essencial. Ele diz que:

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No primeiro, o jogo é compreendido enquanto um recurso motivador, simples instrumento para a realização de objetivos que podem ser educativos, publicitários ou de inúmeras naturezas. No segundo, por sua vez, o jogo é visto como uma atitude essencial, como uma categoria que não necessita de uma justificativa externa, alheia a ela mesma para se validar. No primeiro caso, o jogo está centralizado na produtividade, tem caráter utilitário; no segundo, a produtividade é o próprio processo de brincar, uma vez que nessa concepção, jogar é intrinsecamente educativo, é essencial enquanto forma de humanização. (PERROTI, 1995 p.? ).

Fonseca; Muniz (2000) apud Júnior (2005) acreditam que:

É possível encontrarmos escolas que têm o processo pedagógico de ensino emancipatório onde o lúdico essencial é um fundamento. Em sua essência, é tido como sério e indispensável na formação do aluno, possibilitando-o transitar dentro e fora do seu eu, trocando papéis e até vivenciá-los como próprio de sua pessoa, estimulando o afloramento de sua cultura, espontaneidade, interação, imaginação, criatividade, prazer.(_________________ano___ p.?)

A partir das afirmações citadas, pode-se inferir que os jogos para o ensino da matemática carecem apenas de adaptação e supervisão do professor sempre com o enfoque pedagógico para que não seja o jogo pelo jogo, mas, a partir da espontaneidade direcionada do aluno, possa-se atingir os resultados propostos.

O lúdico na sala de aula proporciona momentos de construção de conhecimento de grupo e individualmente. As crianças vivenciam momentos de construção de sua própria identidade.

A ideia de Alves (1987) sobre o lúdico está ancorada quando ele diz:

O lúdico se baseia na atualidade, ocupa-se do aqui e do agora, não prepara para o futuro inexistente. Sendo o hoje a semente de qual germinará o amanhã, podemos dizer que o lúdico favorece a utopia, a construção do futuro a partir do presente (ALVES, 1987 p.22).

As atividades lúdicas são voltadas a estimular o processo de aprendizagens de forma criativa, levando-as a se envolver e enfrentar as dificuldades, além de estimularem novas criatividades. Nesse entendimento as crianças aprendem a discernir entre o certo e o errado, e com essa compreensão, levam essas informações para seu cotidiano facilitando as atividades didáticas e pedagógicas, principalmente àquelas relacionadas a matemática que exige da criança habilidades metacognitivas.

Borin (1995, p. 8) ressalta “que a atividade de jogar, se bem orientada, tem papel importante no desenvolvimento de habilidades de raciocínio como organização, atenção e concentração, tão necessárias para o aprendizado, em especial da Matemática, e para

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resolução de problemas em geral.” Oliva (2006), por sua vez, defende que é necessário brincar e, assim, oferecer uma motivação para o estudo da Matemática.

Na visão de Smole, Diniz e Milani (2007), o trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez que durante um jogo, cada jogador tem a possibilidade de acompanhar o trabalho de todos os outros, defender pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo.

Para Barbosa e Carvalho (2010 p. 10), O professor, ao preparar suas aulas com a utilização de jogos deve escolher técnicas para uma exploração de todo o potencial do jogo; também deve analisar as metodologias adequadas ao tipo de trabalho que pretende, tais como: a melhor maneira de organizar os grupos e a seleção de jogos que sejam adequados ao conteúdo que se pretende trabalhar.

Para Santos e Jesus (2007 p.3), Os jogos lúdicos oferecem condições do educando vivenciar situações-problemas, a partir do desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam à criança uma vivência no tocante às experiências com a lógica e o raciocínio e permitindo atividades físicas e mentais que favorecem a sociabilidade e estimulando as reações afetivas, cognitivas, sociais, morais, culturais e linguísticas.

Kishimoto diz que:

Brincando [...] as crianças aprendem [...] a cooperar com os companheiros [...], a obedecer às regras do jogo [...], a respeitar os direitos dos outros [...], a acatar a autoridade [...], a assumir responsabilidades, aceitar penalidades que lhe são impostas [...], a dar oportunidades aos demais [...], enfim, a viver em sociedade. (KISHIMOTO, 1993, p.110)

Assim sendo, sob a perspectivas dos autores, o brincar e o aprender não são atividades antagônicas como alguns pensam; Ao contrário: toda atividade de aprendizado humano poderá ter melhor resultado a partir do interesse do aluno na realização dessas tarefas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste trabalho de investigação, da incorporação do lúdico como estratégia de ensino aprendizagem da disciplina de matemática, pode-se perceber que alguns professores vêm utilizando o lúdico como metodologia de ensino, e que os jogos e brincadeiras, são as atividades mais utilizadas para introduzir o lúdico e relaciona-lo

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com a teoria. Defendem que as crianças conseguem aprendem mais rápido e com mais interesse, além de aprender brincando. Enfatizam como pontos positivos, as aulas não serem tão exaustivas, e que se torna mais prazeroso tanto para criança como para o docente, além de aprenderem mais do que simplesmente com a teoria.

Acreditam que não há ponto negativo, e que o lúdico vem facilitar a relação teoria e pratica, pois são propostas atividades que vivenciam no dia a dia para resolução de problemas e operações matemáticas. Defendem também que o lúdico favorece a construção de conceitos e socialização entre os alunos, além de favorecer o raciocínio e a capacidade de resolução de problemas e pensar de modo abstrato.

À guisa de conclusão, pode-se perceber que é uma temática já bastante discutida no meio acadêmico, mas que pouco ainda vivenciada na prática e os educadores tem um grande aliado ao seu favor na construção de conhecimento, mas que de todo modo requer planejamento e objetivo, pois como relatado a todo instante durante o trabalho, os jogos ou brincadeiras, para que sejam bem executados e alcancem as finalidades propostas, devem ser bem elaborados. Só assim será prazerosa tanta para quem aprende como para quem ensina.

THE IMPORTANCE OF PLAYFUL FOR THE TEACHING OF

MATHEMATICS IN THE FIRST YEAR OF FUNDAMENTAL

EDUCATION

ABSTRACT: This article aims to investigate how teachers use play as a strategy in the

process of teaching mathematics learning in the first year of elementary school. It can be noticed that some teachers have been using play as a teaching methodology, and that games and games are the activities most used to introduce and relate it to theory. They argue that children can learn faster and with more interest, as well as learn by playing. They put it as good points, the classes are not exhaustive, and it becomes more enjoyable for both the child and the teacher, and learn more than simply the theory. It is believed that there is no negative point, and that playfulness facilitates the relationship between theory and practice, since activities are offered that they experience on a daily basis to solve problems and mathematical operations. It is also defended that the playful favors the construction of concepts and socialization among the students, besides favoring the reasoning and stimulates the child's creativity. It is pertinent to emphasize that the ludic to be well executed and reach the purpose must be well elaborated. Only then will it be pleasant for both the learner and the teacher.

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REFERÊNCIAS

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