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PRESTAÇÃO DE CONTAS RELATÓRIO DE GESTÃO

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PRESTAÇÃO DE CONTAS  RELATÓRIO DE GESTÃO

2012

C Â M A R A M U N I C I P A L D E B A R R A N C O S Município de Barrancos,

(2)

FICHA TÉCNICA:

Propriedade: Município de Barrancos

Título: Prestação de Contas – Relatório de Gestão 2012, Município de Barrancos

Data: Abril de 2013

APROVAÇÕES

DEL N.º XX/CM/2013, em XX/XX/XXXX DEL N.º XX/AM/2013, em XX/XX/XXXX

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ÍNDICE

NOTA PRÉVIA ... 7

I. ANÁLISE ORÇAMENTAL ... 9

I.1. Orçamento da despesa: estrutura e evolução ... 13

I.1.1. Alterações e revisões orçamentais da despesa ... 13

I.1.2. Execução orçamental da despesa ... 14

I.1.3. Evolução da despesa ... 16

I.1.3.1. Evolução global ... 16

I.1.3.2. Evolução despesa com pessoal ... 18

I.1.3.3. Evolução da despesa de investimentos ... 19

I.1.3.4. Execução do Plano Plurianual de Investimentos - PPI ... 20

I.1.3.5. Evolução funcional da despesa ... 21

I.1.4. Transferência; Subsídios e apoios concedidos ... 22

I.2. Orçamento da receita: estrutura e evolução ... 26

I.2.1. Alterações e revisões orçamentais da receita ... 26

I.2.2.Execução orçamental da receita ... 27

I.2.3. Evolução da receita ... 28

I.2.4. Transferência e subsídios obtidos ... 31

I.2.5. Garantias e Cauções ... 31

II. ANÁLISE DO BALANÇO ... 33

II.1. Ativo ... 33

I.1.1. Imobilizado ... 33

II.1.2. Circulante ... 34

II.1.3. Acréscimos e diferimentos ... 35

II.2. Fundos Próprios ... 35

II.3 Passivo ... 36

II.3.1 Passivo Exigível ... 36

II.3.2 Passivo não Exigível ... 37

II.3.2 Passivo possivelmente Exigível ... 37

II.3 Indicadores do Balanço ... 38

III. ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ... 41

IV. DÍVIDA DO MUNICÍPIO ... 45

IV.1. Dívida global ... 45

IV.2. Endividamento Líquido ... 49

V. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ... 52

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ÍNDICE DE QUADROS

Quadro I - Principais destaques ... 9

Quadro II – Indicadores da despesa realizada ... 11

Quadro III – Indicadores da despesa paga ... 11

Quadro IV – Alterações e revisões orçamentais por natureza económica ... 13

Quadro V – Alterações e revisões orçamentais por orgânica ... 13

Quadro VI – Fases da despesa por classificação económica ... 14

Quadro VII – Evolução da despesa global realizada ... 16

Quadro VIII – Evolução da despesa global paga ... 16

Quadro IX – Evolução da despesa com pessoal ... 18

Quadro X – Evolução da despesa com investimento ... 19

Quadro XI – Execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI) ... 20

Quadro XII – Execução das Grandes Opções do Plano ... 21

Quadro XIII – Estrutura das transferências ... 23

Quadro XIV – Estrutura das transferências por área ... 24

Quadro XV – Alterações e origem das alterações do orçamento da receita ... 26

Quadro XVI – Execução orçamental da receita ... 27

Quadro XVII – Receita cobrada e não liquidada ... 27

Quadro XVIII – Evolução da receita global... 28

Quadro XIX – Evolução da receita fiscal ... 30

Quadro XX – Transferências e subsídios obtidos ... 31

Quadro XXI – Garantias e cauções ... 31

Quadro XXII – Balanço Sintético ... 33

Quadro XXIII – Componentes do Ativo (Balanço) ... 34

Quadro XXIV – Componentes do Passivo ... 35

Quadro XXV – Componentes do Passivo ... 36

Quadro XXVI – Empréstimos ... 36

Quadro XXVII – Indicadores do Balanço ... 38

Quadro XXVIII – Outros Indicadores do Balanço ... 38

Quadro XXIX – Indicadores sem bens do domínio público ... 38

Quadro XXX – Demonstração de Resultados por Natureza ... 41

Quadro XXXI – Indicadores da D.R. ... 42

Quadro XXXII – Outros indicadores da D.R. ... 42

Quadro XXXIII – Resultados ... 42

Quadro XXXIV – Empréstimos contraídos ... 45

Quadro XXXV – Evolução da dívida ... 45

Quadro XXXV – Evolução da dívida de médio e longo prazo (MLP) ... 46

Quadro XXXVII – Evolução do serviço da dívida ... 48

(5)

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico I - Evolução da despesa realizada, despesa paga ... 15

Gráfico II - Evolução da estrutura da despesa corrente realizada ... 17

Gráfico III - Evolução da estrutura da despesa de capital realizada ... 17

Gráfico IV – Despesas com pessoal em 2012 ... 18

Gráfico V - Evolução da despesa total de investimento ... 19

Gráfico VI – Execução das Grandes Opções do Plano 2012 ... 22

Gráfico VII – Distribuição, por funções das Grandes Opções do Plano executadas em 2012 ... 22

Gráfico VIII – Tipologia das transferências ... 24

Gráfico IX – Peso das transferências por área ... 24

Gráfico X – Distribuição da estrutura das receitas correntes ... 29

Gráfico XI – Distribuição da estrutura das receitas de capital ... 29

Gráfico XII – Evolução das receitas fiscais... 29

Gráfico XIII – Evolução da dívida ... 46

Gráfico XIV – Evolução da dívida total ... 47

Gráfico XV – Variação percentual da dívida ... 47

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(7)

NOTA PRÉVIA

Em cumprimento ao estipulado no Artigo 47.º da Lei 2/2007 de 15 de Janeiro, Lei das Finanças Locais (que revoga o anterior Artigo 9.º da Lei n.º 42/98 de 6 de Agosto) e ao estipulado no n.º 2 do ponto 2 das Considerações Técnicas do Decreto-lei n.º 54-A/99 de 22 de Fevereiro (POCAL – Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais), apresenta-se o Relatório de Gestão referente ao ano de 2012. No sentido de dar a conhecer as ações governativas da Câmara Municipal, traduzidas neste documento como informação técnica, contabilística e financeira, é elaborado o presente Relatório de Gestão, complementar aos Documentos de Prestação de Contas, dando assim conhecimento das atividades deste Município através de um documento explicativo enquadrado no âmbito da Contabilidade das Autarquias Locais – POCAL.

Para tal, foi imprescindível a coordenação da Unidade Administrativa e Financeira desta Câmara e as demais Unidades em conjugação com o Executivo.

Este documento, reflete a atividade global anual do Município, assente na Contabilização e Orçamentação das contas públicas, bem como a análise da atual situação do município, sendo para tal críticos com os resultados e analisando as possíveis melhorias a introduzir, de acordo com as prioridades de governação e dando especial realce às necessidades dos Munícipes.

O Relatório de Contas apresenta a sua informação dividida em três pontos essenciais da análise, nomeadamente a análise da Execução Orçamental, a análise da situação Económica e Financeira, e análise da Evolução das Dívidas.

Com a análise da Execução Orçamental pretende-se dar a conhecer os investimentos realizados bem como a sua evolução e ao mesmo tempo a estrutura das receitas e das despesas. A análise Económica e Financeira permite dar a conhecer de forma global o desempenho da atividade da Autarquia, analisando para o efeito os documentos de prestação de contas, tais como o balanço e a demonstração de resultados. Por último, a análise da Evolução das Dívidas desta Câmara Municipal dando conhecimento da situação atual.

(8)
(9)

I.

ANÁLISE ORÇAMENTAL

A análise orçamental comporta as receitas e despesas e o seu comportamento ao longo de sucessivos exercícios. Para uma síntese da análise anual desde 2008 a 2012 apresenta-se o seguinte quadro que reflete os principais indicadores da execução orçamental.

Quadro I - Principais destaques

O Quadro I apresenta, ao nível da receita e da despesa, as seguintes informações:

i. Em 2012, a receita diminui 11% e teve um comportamento idêntico ao registado no período de

análise, sendo exceção o ano de 2009, ano em que a receita cresceu 18%.

ii. Este comportamento de decréscimo da receita, nos últimos anos, vem explicado pelo facto de

ter havido diminuições significativas nas transferências oriundas do Orçamento de Estado (Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) + Fundo Social Municipal (FSM) + IRS) a que corresponderam diminuições sucessivas: 2% em 2010 e 5% em 2011 e 2012, respetivamente. Por outro lado, as transferências obtidas com fundos comunitários foram realizadas, na sua maioria, em 2009 e 2010. O passivo financeiro explica, também, esta diminuição, uma vez que, as verbas de empréstimos foram totalmente utilizadas entre 2007 e 2009.

iii. As receitas correntes e de capital apresentam um peso de 66% e 34%, respetivamente face às

receitas totais.

Indicadores 2008 2009 2010 2011 2012

Receita

Crescimento da Receita Total -11% 18% -7% -21% -11%

Receitas Correntes / Receitas Totais 52% 48% 53% 63% 66%

Crescimento das Receitas Correntes -6% 8% 3% -6% -7%

Crescimento das Receitas de Capital -16% 29% -17% -38% -18%

Receitas Fiscais / Receitas Correntes 6% 4% 4% 4% 4%

Receitas Correntes Executadas / Receitas Correntes Orçadas 77% 87% 80% 87% 84% Fundos Municipais (capital) / Receitas de Capital 57% 46% 56% 86% 101% Fundos Municipais (correntes) / Receitas Correntes 81% 82% 76% 77% 79%

Fundos Municipais/ Receitas Total 70% 63% 67% 80% 86%

Receitas de Capital/ Total da Receita 48% 52% 47% 37% 34%

Transferências correntes/ Receitas Correntes 88% 90% 90% 86% 88% Transferências correntes/ Total da Receita 46% 43% 48% 55% 58% Transferências de Capital/ Receitas de Capital 67% 74% 91% 100% 100% Transferências de Capital/ Total da Receita 32% 39% 43% 37% 33%

Despesa

Crescimento da Despesa Total -6% 15% -8% -22% -9%

Despesas Correntes / Despesa Total 68% 65% 71% 86% 84%

Crescimento das Despesas Correntes 3% 10% 0% -5% -11%

Crescimento das Despesas de Capital -20% 27% -23% -62% 3%

Despesas com Pessoal / Despesas Correntes 62% 61% 63% 64% 61% Despesas Correntes Executadas / Despesas Correntes Orçadas 82% 90% 89% 87% 88%

Despesas de Capital/ Despesa Total 32% 35% 29% 14% 16%

Transferências correntes/ Despesas Correntes 15% 16% 18% 14% 17% Transferências correntes/ Total da Despesa 11% 10% 13% 12% 14% Transferências de Capital/ Despesas de Capital 6% 13% 27% 35% 41%

Transferências de Capital/ Total da Despesa 2% 4% 8% 5% 7%

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iv. O crescimento da receita corrente e de capital, conjugadas, foi de (-25%), tendo registado a receita corrente um menor decréscimo (-7%) face à, também, evolução negativa da receita de capital (-18%). Na receita corrente e de capital, tal facto é explicado pela diminuição do FEF em 5% relativamente ao ano anterior e pela diminuição de verbas dos Fundos Comunitários, uma vez que estas se encontram praticamente executadas.

v. A receita fiscal diminuiu 11% face ao ano anterior e representou 4 % das receitas correntes totais do ano. A média dos últimos cinco anos foi de 108.536,61 euros mas, em 2012, a receita fiscal ficou aquém da média tendo sido arrecadado, apenas, o montante de 88.741,17 euros. Estes valores denotam, claramente, o débil contributo da receita fiscal para as receitas globais. Este município continua assim, a ser um claro dependente das transferências oriundas do Orçamento do Estado (O.E.) no âmbito da participação dos municípios nos impostos do Estado, numa dependência que atinge os 91% do total das receitas arrecadas em 2012.

vi. Os fundos municipais contribuem com 86% da receita total do município, seguido das receitas

com outros contratos de cooperação técnica e financeira e protocolos com 5%, a receita fiscal com 4% e as restantes receitas com um peso de 5%.

vii. A despesa total realizada sofreu um decréscimo de 9%, o mesmo aconteceu em 2011, onde a

diminuição de 22% foi ainda mais acentuada. Os dados revelam ainda um decréscimo acentuado da despesa corrente em 11% e um acréscimo na despesa de capital de 3%.

viii. As despesas correntes continuam a ser mais elevadas que as despesas de capital, com pesos

que variam entre 84% e 16%, respetivamente. Tal situação classifica-se como estrutural uma vez que os custos com pessoal continuam a ser, aliás, historicamente elevados para o orçamento municipal.

ix. Em termos relativos, o peso das despesas de pessoal face às despesas correntes diminuíram

3 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao ano anterior. Assim, em 2012, essas despesas ocupavam cerca de 51% do total da despesa. Em termos absolutos, verificamos que as despesas com pessoal diminuíram 11% face ao ano de 2011, tendo atingido um valor pago de 1.840.869,04 euros, menos 235.709,06 euros que no ano anterior.

x. As transferências correntes e de capital somam um total de 21% do total das despesas de 2012, com maior destaque para as transferências correntes que representam 14% contra os 7% registados pelas transferências de capital no global do orçamento da despesa.

xi. O serviço da dívida, isto é, as despesas com juros e amortização dos empréstimos a médio e

longo prazo, registou um peso de 11% em relação às receitas correntes e um peso de 7% em relação às receitas totais.

Para realizar uma análise global da execução orçamental correspondente ao ano de 2012 é, também, necessário recorrer às informações relativas aos objetivos estabelecidos no Orçamento, Plano Plurianual de Investimentos e Plano de Atividades Municipais a que, corresponderam as seguintes taxas de execução:

i. O Orçamento da receita, em termos de receita liquidada, atingiu um coeficiente de realização

de 77% em relação ao inicialmente previsto, a que corresponde uma receita de mais de 3,7 milhões de euros, tendo diminuído, face ao ano anterior, em 9%.

ii. O Orçamento da despesa atingiu um coeficiente de realização de 79% em relação ao

inicialmente previsto, a que corresponde uma despesa de mais de 3,8 milhões de euros, tendo diminuído, face ao ano anterior, em 18%.

iii. O Coeficiente de compromisso face à despesa orçada ficou nos 80% e o coeficiente de execução, que relaciona a despesa realizada com a despesa paga, situou-se nos 94%.

iv. A despesa corrente realizada atingiu cerca de 3,07 milhões de euros o que representa um coeficiente de realização na ordem dos 88%.

v. A despesa de capital realizada registou um valor cerca de 0,7 milhões de euros o que representa um coeficiente de realização de 55%.

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vi. O total da despesa realizada foi de 3.808.763,27 euros e a despesa paga no exercício foi de 3.589.018,10 euros. Ao nível percentual foram pagas 98% e 79% das despesas correntes e de capital, realizadas no exercício de 2012, respetivamente.

vii. O Investimento realizado correspondeu a um valor de 264.016,36 euros, atingindo um

coeficiente de realização na ordem dos 32% em relação ao investimento final proposto. viii. A relação entre o investimento pago e o investimento realizado foi de 59%.

ix. No que se refere às Grandes Opções do Plano, que integra as Atividades Mais Relevantes (AMR) e o Plano Plurianual de Investimentos (PPI), o coeficiente de realização foi de 59% e o coeficiente de execução foi de 85%, quer isto dizer que, de 100% da despesa realizada, 85% dessa despesa foi totalmente paga.

Analisando os valores da receita e despesa ao longo dos últimos cinco anos, podemos constatar o seguinte:

i. O crescimento da receita, em média, é negativo e em percentagem superior ao crescimento da

despesa cujos valores médios de crescimento são de -6,3% para a receita e -5,9% para a despesa. Se comparados os períodos de 2008 e 2012, verifica-se que a receita diminuiu em 22,6% e a despesa diminuiu em mais de 10 p.p. (32,7%) que a receita. O Município de Barrancos tem realizado ao longo dos últimos 5 ano um enorme esforço no sentido da diminuição da despesa e correção da sua evolução face à receita.

ii. Em termos absolutos, a receita diminui cerca de 1,04 milhões desde 2008 a 2012 e a despesa,

por seu lado, diminuiu cerca de 1,86 milhões de euros no mesmo período.

iii. No período de 2008 a 2012, o crescimento média da receita corrente foi de -1,3% e o crescimento médio da despesa corrente foi de -0,7%. A receita de capital registou um crescimento negativo de 12% e a despesa de capital decresceu em 15% nesse mesmo período.

Quadro II – Indicadores da despesa realizada

Quadro III – Indicadores da despesa paga

As diferenças entre o Quadro II e III resultam da despesa realizada e da despesa efetivamente paga, desses mesmos quadros, podem-se retirar, as seguintes ilações:

Indicadores 2008 2009 2010 2011 2012

Despesa com pessoal/ Despesas correntes 54% 54% 55% 57% 60%

Despesa com pessoal/ Despesa total 36% 32% 38% 47% 48%

Aquisição de Bens de Investimento/ Despesa capital 90% 79% 48% 50% 35% Aquisição de Bens de Investimento/ Despesa total 31% 32% 15% 9% 7%

Indicadores 2008 2009 2010 2011 2012

Despesa com pessoal/ Despesas correntes 61% 60% 61% 61% 61%

Despesa com pessoal/ Despesas totais 41% 39% 43% 53% 51%

Despesa com pessoal / Receitas correntes 82% 81% 80% 82% 78%

Percentagem do valor pago sobre o realizado 84% 81% 86% 85% 94%

Aquisição de Bens de Investimento/ Despesa Capital 90% 74% 40% 39% 26% Aquisição de Bens de Investimento/ Despesa Total 29% 26% 12% 6% 4% Despesa corrente paga/ Despesa corrente realizada 87% 88% 88% 88% 98% Despesa de capital paga/ Despesa de capital realizada 78% 71% 81% 71% 79%

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i. No que respeita à despesa com pessoal realizada verifica-se que, ao longo dos anos, o peso dessa despesa em relação às despesas correntes mantêm-se entre os 54% e os 60% registados em 2012. Este resultado está fortemente condicionado ao valor das despesas correntes e, até mesmo, das despesas globais e da receita prevista, uma vez que, é diretamente influenciado pelo aumento ou diminuição das outras rubricas que compõe o orçamento. Aliás, as demais rubricas são mas flexíveis que as despesas com pessoal, sendo mais fácil efetuar cortes nessas rubricas.

ii. Quando se analisa a despesa com pessoal paga, no período de 2008 a 2012, verificamos que

o peso dessa rubrica mantêm-se entre os 60% e 61%.

iii. É fundamental, no entanto, comparar ainda os valores absolutos da despesa com pessoal, tanto ao nível da despesa realizada como da despesa paga e, nesse âmbito, a despesa com pessoal realizada passa dos 2,26 milhões de euros em 2010 (ano em que se inscreve o valor mais elevado) para os 1,87 milhões de euros em 2012 e a que corresponde o valor mais baixo dos últimos 5 anos. No que concerne à despesa com pessoal, efetivamente paga, passa dos 2,17 milhões de euros em 2010 para os 1,84 milhões de euros em 2012 (ano que regista o valor mais baixo dos últimos 5 anos).

iv. Os investimentos realizados tiveram melhor comportamento nos anos de 2008 e 2009. O peso

da rubrica de investimento, no orçamento, variou entre o máximo de 32% registado em 2009 e o mínimo de 7% registado em 2012.

v. De um modo geral, as despesas efetuadas corresponderam a um pagamento médio efetivo de

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I.1. Orçamento da despesa: estrutura e evolução

I.1.1. Alterações e revisões orçamentais da despesa

No ano de 2012, realizaram-se duas modificações ao orçamento, a primeira diz respeito ao saldo positivo da gerência anterior no valor de 93.203,00 euros e a segunda à restituição de verbas de fundos comunitários que resultou da auditoria da autoridade de Gestão do INAlentejo, no valor de 35.207,28 euros. Ainda no decorrer do ano de 2012, como forma de suprir determinados acontecimentos imprevistos, tais como: reforço de apoios previstos, reforço de rubricas essenciais ao bom funcionamento e gestão corrente ou ainda, reforço de projetos municipais de difícil previsão e o aumento de preços levou a Câmara Municipal a aprovar diversas alterações ao orçamento inicial, no total de treze (13) alterações, tal e como demonstra o quadro abaixo.

Quadro IV – Alterações e revisões orçamentais por natureza económica

As alterações ao orçamento não modificaram a estrutura das despesas correntes e do lado da despesa de capital a variação positiva ou reforço foi de 7%, contribuindo para um incremento de 1,94% do orçamento global face ao orçamento inicial.

Quadro V – Alterações e revisões orçamentais por orgânica Dotação Inic.

valor Reforços Deduções valor peso valor %

01. Despesas com Pessoal 2.046.336,00 52.170,00 148.918,00 1.949.588,00 41% -96.748,00 -5%

02. Aquisição de Bens e Serviços 866.931,00 110.720,00 163.109,03 814.541,97 17% -52.389,03 -6%

03. Juros e Outros Encargos 112.600,00 1.000,00 13.929,00 99.671,00 2% -12.929,00 -13%

04. Transferências Correntes 375.299,00 209.321,00 20.835,97 563.784,03 12% 188.485,03 33%

05. Subsídios 45.000,00 0,00 35.419,00 9.581,00 0% -35.419,00 -370%

06. Outras Despesas Correntes 21.715,00 9.300,00 300,00 30.715,00 1% 9.000,00 29%

Despesas Correntes 3.467.881,00 382.511,00 382.511,00 3.467.881,00 72% 0,00 0%

07. Aquisição de Bens de Investimento 783.321,00 136.102,00 104.706,28 814.716,72 17% 31.395,72 4%

08. Transferências de Capital 267.046,00 26.600,00 2.600,00 291.046,00 6% 24.000,00 8%

09. Ativos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0% 0,00 0%

10. Passivos Financeiros 200.000,00 2.600,00 0,00 202.600,00 4% 2.600,00 1%

11. Outras Despesas de Capital 0,00 35.207,28 0,00 35.207,28 1% 35.207,28 0%

Despesas de Capital 1.250.367,00 200.509,28 107.306,28 1.343.570,00 28% 93.203,00 7% Total 4.718.248,00 583.020,28 489.817,28 4.811.451,00 102% 93.203,00 1,9% Variação Dotação Final Alterações e Revisões Capítulos em euros Dotação Inic.

valor Reforços Deduções valor peso valor %

0101 - Assembleia Municipal 9.500,00 0,00 0,00 9.500,00 0% 0,00 0%

0102 - Câmara Municipal 865.384,00 126.029,00 41.675,25 949.737,75 20% 84.353,75 9%

0103 - Operações Financeiras 334.315,00 12.900,00 14.229,00 332.986,00 7% -1.329,00 0%

02 - Divisão Administrativa e Financeira 458.055,00 56.239,28 20.770,00 493.524,28 10% 35.469,28 7%

03 - Divisão de Obras e Serviços Urbanos 2.016.086,00 194.249,00 341.092,91 1.869.242,09 39% -146.843,91 -8%

04 - Divisão de Ação Sóciocultural 898.427,00 188.625,00 69.050,12 1.018.001,88 21% 119.574,88 12%

05 - Serviço Municipal de Proteção Cívil 136.481,00 4.978,00 3.000,00 138.459,00 3% 1.978,00 1%

Total 4.718.248,00 583.020,28 489.817,28 4.811.451,00 100% 93.203,00 1,9% em euros

Serviços Responsável

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I.1.2. Execução orçamental da despesa

Quadro VI – Fases da despesa por classificação económica

A execução orçamental da despesa apresenta um desvio, face ao inicialmente previsto, na ordem de 1.002.687,73 euros se compararmos a despesa orçada com a despesa realizada.

O nível de execução global da despesa foi de 75%, tendo em conta a relação entre a despesa paga e a despesa orçada, sendo a despesa realizada de mais de 3,8 milhões de euros e uma despesa paga de mais de 3,5 milhões de euros. No âmbito da rúbrica 01, a despesa realizada e não paga, refere-se a dívidas à ADSE e não, a remunerações.

Para o desvio verificado, no valor aproximado de 1,2 milhões, concorreram principalmente as rubricas de “aquisição de bens de investimento” e “aquisição de bens e serviços”. Resultado que se justifica pelos investimentos inicialmente previstos e não realizados no exercício, nomeadamente os que se referem a projetos que obedeceram a processos de candidaturas a fundos comunitários que obrigam à sua inscrição em orçamento. Também a rubrica de aquisição de bens e serviços, ficou aquém do inicialmente previsto, tendo em conta a necessidade de ajustar a despesa global, para cumprimento de metas de diminuição da despesa e o cumprimento das diretrizes do governo central, obrigando o município a cortar na despesa necessária mas não imprescindível.

Para estabelecer a relação com a despesa inicialmente prevista e com a realização efetiva da mesma, deveremos considerar ainda os coeficientes de compromisso, de realização e execução efetiva, surgindo então:

i. Um coeficiente de compromisso de 80% considerando o orçamento inicial com o compromisso

gerado no exercício.

ii. O coeficiente de compromisso dividiu-se em: 89% referente às despesas correntes e em 58%

nas despesas de capital.

iii. O coeficiente de realização, ou seja, a despesa realizada comparativamente com a despesa orçada foi de 79%, subdividida em 88% e 55% em despesas correntes e despesas de capital, respetivamente.

Despesa Orçada Despesa Comprometida

Despesas

Realizadas Despesa Paga Desvio

Taxa de Execução

Realizada e não paga

1 2 3 4 5=4-1 6=4/1 7=3-4

01. Despesas com Pessoal 1.949.588,00 1.846.755,19 1.846.755,19 1.840.869,04 -108.718,96 94% 5.886,15 02. Aquisição de Bens e Serviços 814.541,97 591.806,60 578.347,91 537.133,86 -277.408,11 66% 41.214,05

03. Juros e Outros Encargos 99.671,00 83.030,96 83.030,96 74.449,52 -25.221,48 75% 8.581,44

04. Transferências Correntes 563.784,03 518.704,76 518.581,30 515.260,32 -48.523,71 91% 3.320,98

05. Subsídios 9.581,00 9.580,48 9.580,48 9.580,48 -0,52 100% 0,00

06. Outras Despesas Correntes 30.715,00 28.747,32 28.747,32 26.136,39 -4.578,61 85% 2.610,93

Despesas Correntes 3.467.881,00 3.078.625,31 3.065.043,16 3.003.429,61 -464.451,39 87% 61.613,55

07. Aquisição de Bens de Investimento 814.716,72 303.541,97 264.016,36 154.506,61 -660.210,11 19% 109.509,75 08. Transferências de Capital 291.046,00 242.093,08 242.093,08 193.471,21 -97.574,79 66% 48.621,87

09. Ativos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0% 0,00

10. Passivos Financeiros 202.600,00 202.403,39 202.403,39 202.403,39 -196,61 100% 0,00

11. Outras Despesas de Capital 35.207,28 35.207,28 35.207,28 35.207,28 0,00 0% 0,00

Despesas de Capital 1.343.570,00 783.245,72 743.720,11 585.588,49 -757.981,51 44% 158.131,62

Total 4.811.451,00 3.861.871,03 3.808.763,27 3.589.018,10 -1.222.432,90 75% 219.745,17

em euros

(15)

iv. Ao nível da execução, medido em termos de despesas pagas e despesas realizadas, obtiveram-se os seguintes dados nomeadamente, 94% para o coeficiente de execução geral e, parcialmente, 98% e 79% para a realização efetiva das despesas correntes e despesas de capital, respetivamente.

v. As despesas realizadas e não pagas totalizam 219.745,17 euros, sendo este, o valor mais baixo, atingido no período em análise e conforme apresenta o gráfico abaixo.

Gráfico I - Evolução da despesa realizada, despesa paga

As despesas realizadas e não pagas dividem-se em 61.613,55 euros para as despesas correntes e 158.131,62 euros para as despesas de capital, a que correspondem um total de 6% das despesas realizadas e não pagas no presente exercício.

O gráfico acima mostra ainda uma diferença positiva face ao período em análise, sendo que, a dívida transitada entre anos tem vindo a diminuir desde 2009, alcançando um mínimo em 2012, ou seja, a partir de 2009, a dívida transitada diminuiu 33% em 2010, 19% em 2011 e 68% em 2012.

5.663.152,30 6.759.461,61 5.907.856,93 4.639.009,12 3.808.763,27 896.593,30 1.263.623,38 847.438,49 687.853,02 219.745,17 4.766.559,00 5.495.838,23 5.060.418,44 3.951.156,10 3.589.018,10 2008 2009 2010 2011 2012

(16)

I.1.3. Evolução da despesa

I.1.3.1. Evolução global

Quadro VII – Evolução da despesa global realizada

Ao nível da despesa realizada, as rubricas: Despesas com pessoal; Aquisição de bens e serviços e Transferências correntes detêm, em conjunto, um peso de 96% face às despesas correntes, e se analisadas na perspetiva da despesa total, as mesmas rubricas tem um peso de 77%. Do lado das despesas de capital são as rubricas com Aquisição de bens de investimento; Transferências de capital e Passivos financeiros que ocupam maior peso no total das despesas de capital, com percentagens que correspondem a 35%; 33% e 27%, respetivamente.

Quadro VIII – Evolução da despesa global paga

Designação 2008 var. 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

01. Despesas com Pessoal 2.025.276,60 8% 2.189.867,38 3% 2.260.428,09 -4% 2.176.187,70 -15% 1.846.755,19 02. Aquisição de Bens e Serviços 908.420,14 7% 975.860,65 7% 1.048.483,32 -5% 991.092,98 -42% 578.347,91 03. Juros e Outros Encargos 186.678,63 -23% 143.415,79 -44% 80.540,30 29% 103.544,08 -20% 83.030,96 04. Transferências Correntes 500.557,02 12% 558.140,38 14% 638.114,43 -25% 481.385,68 8% 518.581,30

05. Subsídios 58.218,98 -9% 52.990,89 -59% 21.736,97 168% 58.188,14 -84% 9.580,48

06. Outras Despesas Correntes 36.985,45 217% 117.275,16 -76% 28.605,97 2% 29.055,73 -1% 28.747,32

Despesas Correntes 3.716.136,82 9% 4.037.550,25 1% 4.077.909,08 -6% 3.839.454,31 -20% 3.065.043,16

07. Aquisição de Bens de Investimento 1.751.736,21 23% 2.157.243,29 -59% 880.498,44 -55% 399.004,78 -34% 264.016,36 08. Transferências de Capital 88.852,95 173% 242.838,55 64% 397.994,78 -50% 200.281,28 21% 242.093,08

09. Ativos Financeiros 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00

10. Passivos Financeiros 106.426,32 202% 321.829,52 71% 551.454,63 -64% 200.268,75 1% 202.403,39

11. Outras Despesas de Capital 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 35.207,28

Despesas de Capital 1.947.015,48 40% 2.721.911,36 -33% 1.829.947,85 -56% 799.554,81 -7% 743.720,11

Total 5.663.152,30 19% 6.759.461,61 -13% 5.907.856,93 -21% 4.639.009,12 -18% 3.808.763,27

em euros

Designação 2008 var. 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

01. Despesas com Pessoal 1.968.771,59 1% 2.119.776,78 8% 2.169.382,88 2% 2.076.578,10 -11% 1.840.869,04 02. Aquisição de Bens e Serviços 600.635,35 -4% 690.921,69 15% 728.081,75 5% 753.269,98 -29% 537.133,86 03. Juros e Outros Encargos 149.281,15 68% 113.892,83 -24% 43.591,57 -62% 49.005,97 52% 74.449,52 04. Transferências Correntes 428.991,45 4% 469.731,45 9% 580.475,16 24% 423.919,75 22% 515.260,32

05. Subsídios 58.218,98 9% 52.990,89 -9% 21.736,97 -59% 58.188,14 -84% 9.580,48

06. Outras Despesas Correntes 36.333,61 22% 115.333,51 217% 27.678,54 -76% 20.161,75 30% 26.136,39

Despesas Correntes 3.242.232,13 10% 3.562.647,15 0% 3.570.946,87 -5% 3.381.123,69 -11% 3.003.429,61

07. Aquisição de Bens de Investimento 1.373.751,55 -22% 1.422.728,07 4% 592.670,53 -58% 219.741,57 -30% 154.506,61 08. Transferências de Capital 44.149,00 -40% 188.633,49 327% 345.346,41 83% 150.022,09 29% 193.471,21

09. Ativos Financeiros 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00

10. Passivos Financeiros 106.426,32 77% 321.829,52 202% 551.454,63 71% 200.268,75 1% 202.403,39

11. Outras Despesas de Capital 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 35.207,28

Despesas de Capital 1.524.326,87 27% 1.933.191,08 -23% 1.489.471,57 -62% 570.032,41 3% 585.588,49

Total 4.766.559,00 15% 5.495.838,23 -8% 5.060.418,44 -22% 3.951.156,10 -9% 3.589.018,10

(17)

Ao nível da despesa paga, as rubricas: Despesas com pessoal com um peso de 61%; Aquisição de bens e serviços com 18% e Transferências correntes com 17%, em conjunto, satisfazem 96% das despesas correntes pagas e 77% da despesa total. Do lado das despesas de capital são as rubricas com Aquisição de bens de investimento; Transferências de capital e Passivos financeiros que ocupam maior peso no total das despesas de capital, com percentagens que correspondem a 26%; 33% e 35%, respetivamente.

Gráfico II - Evolução da estrutura da despesa corrente realizada

Do gráfico acima, facilmente se depreende que a estrutura da despesa permanece quase inalterada em termos relativos ao longo do período em análise. No entanto, em termos absolutos a variação é significativa, por exemplo, nas rubricas de Despesa com pessoal ou Aquisição de bens e serviços, os valores absolutos, executados no exercício, corresponderam a uma diminuição, em relação ao ano anterior que ronda os 15% (-329.432,51 €) e os 42% (-412.745,07 €), respetivamente.

Gráfico III - Evolução da estrutura da despesa de capital realizada

Da evolução registada no gráfico acima verifica-se uma variação da estrutura/ distribuição do peso das rubricas da despesa de capital, sendo que, a rubrica Aquisição de bens de investimento passa dos 90%, em 2008 para os atuais 35%. Por outro lado, as transferências de capital e o Passivo financeiro ganham destaque ao passarem de 5% para os 33% e 27% atuais, respetivamente. Tal facto deve-se, por um lado ao apoio municipal a projetos de construção de equipamentos de cariz social e humanitário e de proteção civil e por outro à amortização e pagamento de juros dos empréstimos de médio e longo prazo contraídos em 2001, 2002, 2006 e 2007.

55% 24% 5% 13% 2% 1% 2008

01. Despesas com Pessoal 02. Aquisição de Bens e Serviços 03. Juros e Outros Encargos 04. Transferências Correntes 05. Subsídios 06. Outras Despesas Correntes 54% 24% 4% 14% 1% 3% 2009 55% 26% 2% 16% 0% 1% 2010 57% 26% 3% 12% 1% 1% 2011 60% 19% 3% 17% 0% 1% 2012 90% 5% 0% 5% 0% 2008

07. Aquisição de Bens de Investimento 08. Transferências de Capital 09. Ativos Financeiros 10. Passivos Financeiros 11. Outras Despesas de Capital 79% 9% 0% 12% 0% 2009 48% 22% 0% 30% 0% 2010 50% 25% 0% 25% 0% 2011 35% 33% 0% 27% 5% 2012

(18)

I.1.3.2. Evolução despesa com pessoal

Quadro IX – Evolução da despesa com pessoal

Como facilmente se depreende pelo quadro acima, os valores registados com remunerações atinge o seu mínimo em 2012 e o máximo em 2010. Em 2012, o valor global das despesas com pessoal diminui 13% face ao ano anterior e segue uma tendência de diminuição no curto prazo, em especial, por imposição e cumprimento das medidas governamentais como consequência do Programa de Assistência Financeira EU/FMI à República Portuguesa.

De forma global, aprecia-se também uma diminuição, desde 2008, nos valores atribuídos em abonos variáveis ou eventuais, sobretudo pela restrição imposta pelo atual executivo, no intuito de diminuir o peso das despesas com pessoal no orçamento do Município.

Em termos absolutos, a despesa com pessoal diminuiu mais de 328 mil euros em dois anos, o que equivaleria a dizer que, desde 2010 até 2012, essa despesa diminuiu 15%.

Gráfico IV – Despesas com pessoal em 2012

No que se refere à Segurança Social, esta despesa apresenta um aumento de 1% em 2012, no entanto, esse facto é derivado dos custos a suportar pelo município com encargos com outras rubricas, dentro da rubrica Segurança Social, conforme mostra o gráfico B acima.

Designação 2008 var. 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

Remunerações certas e permanentes 1.598.053,58 8% 1.730.718,72 1% 1.747.124,41 -4% 1.672.214,94 -13% 1.453.092,70 Abonos variáveis ou eventuais 78.578,07 -6% 73.771,36 -18% 60.367,88 -20% 48.263,32 -43% 27.541,22 Segurança Social 292.139,94 8% 315.286,70 15% 361.890,59 -2% 356.099,84 1% 360.235,12 Total 1.968.771,59 8% 2.119.776,78 2% 2.169.382,88 -4% 2.076.578,10 -11% 1.840.869,04 79% 1% 20% A 2012

Remunerações certas e permanentes Abonos variáveis ou eventuais

Segurança Social 24% 3% 61% 12% B 2012

Encargos com a saúde Outros encargos com a saúde Subsídio familiar a criança e jovens Outras prestações familiares Contribuições para a segurança social Acidentes em serviço e doenças profissionais Seguros

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I.1.3.3. Evolução da despesa de investimentos

Quadro X – Evolução da despesa com investimento

As despesas de investimento circunscrevem-se quase exclusivamente no ano 2012, às rubricas Edifícios, Construções diversas e Material e equipamento de informática, com um valor de aproximadamente 135 mil euros e que representou 88% do total dos investimentos.

Gráfico V - Evolução da despesa total de investimento

O gráfico acima mostra uma evolução crescente nos investimentos realizados por este município no período 2008 a 2009, destacando esses anos, com o maior investimento observado desde sempre, atingindo um valor aproximado de 2,1 milhões em 2009.

O esforço municipal, no pagamento dos investimentos efetuados em anos anteriores, permitiu que, no ano 2012, o valor observado fosse bastante menor em relação aos anos precedentes.

A difícil situação de crise nacional obriga também os municípios à contenção da despesa, ao que, o Município de Barrancos não é exceção. Da necessidade de contração da dívida municipal, dos cortes sucessivos nos diferentes orçamentos municipais resulta uma evidente diminuição do investimento municipal, tal e como aconteceu com o investimento público no País.

Designação 2008 var. 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

Terrenos 249.000,00 -100% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00

Habitações 0,00 4.935,03 226% 16.067,66 -56% 6.997,02 -64% 2.537,66 Edificios 391.462,64 259% 1.405.298,63 -73% 385.602,56 -37% 244.013,01 -82% 44.418,18 Construções diversas 724.327,96 -4% 698.801,13 -49% 353.635,00 -77% 81.233,31 -9% 73.673,15 Material de transporte 28.300,01 -60% 11.289,77 398% 56.207,11 -78% 12.118,80 -42% 7.045,80 Material e Equip. informática 25.357,60 -36% 16.233,94 92% 31.090,29 -30% 21.755,06 -21% 17.203,72 Maquinaria e equipamento 81.311,25 -75% 20.684,79 83% 37.895,82 -15% 32.179,32 -74% 8.455,82 Outros investimentos 251.976,75 -100% 0,00 0% 0,00 0% 708,26 66% 1.172,28 Total 1.751.736,21 23% 2.157.243,29 -59% 880.498,44 -55% 399.004,78 -61% 154.506,61 em euros 1.751.736,21 2.157.243,29 880.498,44 399.004,78 154.506,61 2008 2009 2010 2011 2012

(20)

I.1.3.4. Execução do Plano Plurianual de Investimentos - PPI

O Plano Plurianual de Investimentos é um documento de informação sobre os projetos inscritos no Orçamento da Câmara Municipal, o qual se apresenta dividido em 4 grandes funções, nomeadamente: Funções Gerais, Funções Sociais, Funções Económicas e Outras Funções, registando apenas as despesas de capital.

Quadro XI – Execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI)

Ao nível da taxa de realização, verifica-se que em 2012, o Plano Plurianual de Investimentos (PPI), cumpriu com 32% dos investimentos previstos inicialmente aquando da aprovação do orçamento. A taxa verificada é bastante reduzida face às registadas em anos anteriores.

Da diferença entre o valor pago e o valor realizado, resulta a dívida transitada ao nível do PPI, que foi em 2012 de 109.509,75 euros.

Ao nível da realização do PPI, as funções sociais destacam com um peso relativo de 61% face ao total realizado, seguido das funções económicas com 25% de realização. Conjugadas, ambas funções, absorveram 86% do investimento realizado.

No que se refere a pagamentos, foram as funções gerais as que tiveram melhor comportamento com 91% do investimento realizado e pago. Por outro lado, as funções sociais obtiveram um 36% de investimento realizado e pago e as funções económicas 96%. Estas últimas funções perfazem 79% do investimento pago durante o ano de 2012.

O código 111 – Administração Geral que inclui as principais despesas para funcionamento ao nível orgânico, foram investidos, pelo município 35.700,23 euros, destinados à compra de software necessário ao projeto de desmaterialização de processos (Modernização Administrativa).

O código 240 – Habitação e serviços coletivos registou um coeficiente de realização de 80% e um coeficiente de pagamento de 88%. Nesta rubrica encontram-se os investimentos realizados e destinados à execução de obras e remodelação de edifícios não destinados à habitação, pertencentes ao Município de Barrancos.

Realização Valor

Inicial Final Valor Pago

1 Funções Gerais 75.727,00 74.627,00 35.700,23 48% 32.387,54 91%

111 Administração Geral 75.727,00 74.627,00 35.700,23 48% 32.387,54 91%

121 Protecção Civil 0,00 0,00 0,00 0% 0,00 0%

2 Funções Sociais 334.349,00 355.005,00 161.196,15 45% 57.741,15 36%

211 Ensino não Superior 1.750,00 1.750,00 0,00 0% 0,00 0%

220 Saúde 3.000,00 3.000,00 1.490,47 50% 1.490,47 100%

230 Segurança e Acção Social 2.000,00 2.000,00 0,00 0% 0,00 0%

240 Habitação e Serviços Colectivos 45.499,00 54.622,00 43.697,55 80% 38.637,61 88%

242 Ordenamento do Território 149.725,00 107.325,00 312,48 0% 312,48 100%

243 Saneamento 10.000,00 10.000,00 8.125,01 81% 7.746,17 95%

244 Abastecimento de Água 8.000,00 8.000,00 2.398,16 30% 1.236,19 52%

246 Protecção do Meio ambiente e Conservação da Natureza 5.000,00 0,00 0,00 0% 0,00 0%

250 Serviços Culturais e Recreativos 103.025,00 115.818,00 101.567,63 88% 4.713,38 5%

251 Cultura 250,00 250,00 0,00 0% 0,00 0%

252 Desporto, Recreio e Lazer 6.100,00 52.240,00 3.604,85 7% 3.604,85 100%

3 Funções Económicas 373.245,00 385.085,00 67.119,98 17% 64.377,92 96%

310 Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça e Pesca 1.945,00 1.945,00 0,00 0% 0,00 0%

320 Indústria e Energia 234.500,00 233.500,00 0,00 0% 0,00 0% 330 Transporte e Comunicações 36.200,00 33.753,00 31.712,14 94% 31.712,14 100% 331 Transportes Rodoviários 22.000,00 45.787,00 34.235,56 75% 31.493,50 92% 340 Comércio e Turismo 77.500,00 70.100,00 1.172,28 2% 1.172,28 100% 342 Turismo 1.100,00 0,00 0,00 0% 0,00 0% 4 Outras Funções 0,00 0,00 0,00 0% 0,00 0% 783.321,00 814.717,00 264.016,36 32% 154.506,61 59% em euros TOTAL

(21)

O código 250 – Serviços culturais e recreativos, registou um coeficiente de realização de 88% e um coeficiente de pagamento de 5%. Nesta rubrica encontra-se o investimento com a última fase de conclusão do cineteatro, que foi concluída financeiramente em 2011. Persiste ainda, a dívida à empresa Mimogal, anterior empreiteiro do equipamento, no valor de 96.675,00 euros que se encontra em processo judicial de falência, pelo que, sem esta despesa, o código 250, atingiria um coeficiente de realização de 26% e uma percentagem de pagamento de 96%.

O código 331 – Transportes Rodoviários, que inclui as artérias urbanas tais comos os arruamentos e o perímetro urbano tiveram um comportamento de realização na ordem dos 75% com um coeficiente de pagamento de 92%.

I.1.3.5. Evolução funcional da despesa

Quadro XII – Execução das Grandes Opções do Plano

Ao nível das Grandes Opções do Plano (GOP), que integra o PPI e as Atividades Mais Relevantes (AMR), destaque para o comportamento do coeficiente de realização que, apesar das dificuldades, registou um valor de 59 % de cumprimento face ao estipulado inicialmente. Realçar ainda o nível de despesa paga que atingiu os 85% do total da despesa realizada.

No âmbito das AMR merecem destaque todas aquelas medidas sociais, culturais, de apoio à educação, proteção civil, parcerias em projetos e muitas outras que contribuem para a realização da atividade global, levada a cabo pelos municípios e em especial o município de Barrancos e que são apresentadas no relatório de atividades da Unidade de Ação Sociocultural (UASC), em anexo.

O comportamento dos coeficientes de realização das GOP apresentam-se satisfatórios ao nível da maioria das funções com exceção das funções económica que atingiu um coeficiente de apenas 21%,

Realização Valor

PPI AMR GOP Valor Pago

1 Funções Gerais 74.627,00 85.793,00 160.420,00 120.522,23 75% 117.209,54 97%

111 Administração Geral 74.627,00 5.331,00 79.958,00 40.060,23 50% 36.747,54 92%

121 Protecção Civil 0,00 80.462,00 80.462,00 80.462,00 100% 80.462,00 100%

2 Funções Sociais 355.005,00 571.497,00 926.502,00 700.901,90 76% 586.138,19 84%

211 Ensino não Superior 1.750,00 0,00 1.750,00 0,00 0% 0,00 0%

212 Serviços auxiliares de Ensino 0,00 23.068,00 23.068,00 22.207,04 96% 22.134,54 100%

220 Saúde 3.000,00 24.226,00 27.226,00 25.716,00 94% 25.716,00 100%

221 Serviços Individuais de Saúde 0,00 14.401,00 14.401,00 14.400,28 100% 14.400,28 100%

230 Segurança e Acção Social 2.000,00 355.038,00 357.038,00 354.925,10 99% 354.925,10 100%

240 Habitação e Serviços Colectivos 54.622,00 6.894,00 61.516,00 50.591,99 82% 45.301,97 90%

242 Ordenamento do Território 107.325,00 5.905,00 113.230,00 6.216,48 5% 6.216,48 100%

243 Saneamento 10.000,00 0,00 10.000,00 8.125,01 81% 7.746,17 95%

244 Abastecimento de Água 8.000,00 13.600,00 21.600,00 14.927,24 69% 11.679,47 78%

245 Residuos Sólidos 0,00 42.565,00 42.565,00 37.794,97 89% 28.874,64 76%

250 Serviços Culturais e Recreativos 115.818,00 774,00 116.592,00 102.341,74 88% 5.487,49 5%

251 Cultura 250,00 70.968,00 71.218,00 46.000,42 65% 46.000,42 100%

252 Desporto, Recreio e Lazer 52.240,00 14.058,00 66.298,00 17.655,63 27% 17.655,63 100%

3 Funções Económicas 385.085,00 170.447,00 555.532,00 118.587,42 21% 115.845,36 98%

310 Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça e Pesca 1.945,00 116.547,00 118.492,00 45.067,44 38% 45.067,44 100%

320 Indústria e Energia 233.500,00 45.900,00 279.400,00 0,00 0% 0,00 0%

330 Transporte e Comunicações 33.753,00 8.000,00 41.753,00 38.112,14 91% 38.112,14 100%

331 Transportes Rodoviários 45.787,00 0,00 45.787,00 34.235,56 75% 31.493,50 92%

340 Comércio e Turismo 70.100,00 0,00 70.100,00 1.172,28 2% 1.172,28 100%

4 Outras Funções 0,00 304.440,00 304.440,00 211.173,29 69% 159.302,94 75%

420 Transferências entre Administrações 0,00 304.440,00 304.440,00 211.173,29 69% 159.302,94 75%

814.717,00 1.132.177,00 1.946.894,00 1.151.184,84 59% 978.496,03 85%

Coef.% Coef.% em euros

TOTAL

(22)

as funções gerais situaram-se num nível de execução de 75%, as funções sociais em 76%, e as e outras funções registaram um nível de realização de 69%.

A taxa de pagamento das despesas efetuadas situou-se nos 85%, pelo que, a dívida que transita da execução das GOP é de 172.688,81 euros.

Gráfico VI – Execução das Grandes Opções do Plano 2012

Do nível de realização de 59% das GOP, existe ainda o coeficiente de execução que permite aferir o valor realizado e o valor pago, assim, para 2012, das despesas realizadas e integradas nas GOP no valor de 1.151.184,84 euros, foram pagas 978.496,03 euros. Ou seja o município de Barrancos conseguiu cumprir com 85% das suas obrigações face às despesas realizadas.

Gráfico VII – Distribuição, por funções das Grandes Opções do Plano executadas em 2012

I.1.4. Transferência; Subsídios e apoios concedidos

A Câmara de Barrancos mantem-se como um dos maiores propulsores da atividade económica, cultural, social e desportiva no concelho. Daí o elevado peso das transferências correntes resultantes de protocolos de colaboração com entidades locais, que por um lado beneficiam a população em geral, não só porque desenvolvem atividades em prol do desenvolvimento cultural, educativo e social, mas

1 6 0 .4 2 0 ,0 0 9 2 6 .5 0 2 ,0 0 5 5 5 .5 3 2 ,0 0 3 0 4 .4 4 0 ,0 0 1 2 0 .5 2 2 ,2 3 7 0 0 .9 0 1 ,9 0 1 1 8 .5 8 7 ,4 2 2 1 1 .1 7 3 ,2 9 1 1 7 .2 0 9 ,5 4 5 8 6 .1 3 8 ,1 9 1 1 5 .8 4 5 ,3 6 1 5 9 .3 0 2 ,9 4

Funções Gerais Funções Sociais Funções Económicas Outras Funções

Previsto no GOP Realização Pago

11% 61% 10% 18% 2012 Funções Gerais Funções Sociais Funções Económicas Outras Funções

(23)

também, económico. Por outro lado, essas transferências incluem também aquelas que são destinadas à participação da Câmara Municipal nas Associações Regionais e Nacionais de Municípios e outras de igual índole que permitem fortalecer a posição do concelho no contexto regional e/ ou nacional em diversas áreas. Estão ainda incluídas as transferências entre parceiros de projetos cofinanciados.

Quadro XIII – Estrutura das transferências

Em relação à distribuição das transferências verifica-se que a rubrica Instituições sem fins lucrativos e Famílias absorvem, em conjunto, 60% das transferências totais com percentagens individuais que atingem os 40% e 20%, respetivamente.

Do lado das transferências de capital são as rubricas da Administração Local e Segurança Social as que ocupam maior peso com percentagens que variam entre os 10% e 11%, respetivamente.

Quando apresentadas as transferências concedidas é necessário recorrer ao texto legal produzido pelas Portarias n.º 128/09, de 30/01, alterada pela Portaria n.º 294/10, de 31/05 e Portaria n.º 164/11, de 18/04, publicadas no Diário da República que estabelecem a forma e o princípio das políticas de emprego subsistente, da qual é possível, aos desempregados, o acesso ao emprego, à formação profissional ou a outras atividades que lhes permitam a resolução dos seus problemas de emprego. Como medida de recurso, na ausência imediata de oportunidade de emprego ou de formação profissional, é desejável a sua participação em trabalho socialmente necessário, desenvolvido no âmbito de programas ocupacionais, organizados em benefício da coletividade.

De realçar ainda que, no que toca às transferências correntes da rubrica Famílias, foi alterado o procedimento de contabilização dos apoios concedidos aos desempregados e beneficiários de bolsa complementar ou de ocupação previstas na Portaria n.º 128/2009 de 30 de janeiro, alterada pela Portaria n.º 249/2010 de 31 de Maio e pela Portaria n.º 164/2011 de 18 de Abril sendo, anteriormente, contabilizado na conta 05 – Subsídios. (SATAPOCAL – Ficha de Apoio Técnico n.º 5/2009/RC).

Assim, a contabilização atual (Transferências correntes – Famílias) dos apoios concedidos a desempregados ao abrigo das portarias acima referidas, totalizaram no ano de 2012, o valor de 116.876,98 euros. Tal facto fez aumentar o valor global das transferências concedidas, em 2012, em cerca de 20%, isto é, se comparada a mesma rubrica face ao ano de 2011 e com base no mesmo procedimento de contabilização, as transferências correntes concedidas teriam apresentado um valor de 591.854,55 euros, em vez dos atuais 708.731,53 euros.

Designação 2008 var. 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

Transferências correntes 428.991,45 9% 469.731,45 24% 580.475,16 -27% 423.919,75 22% 515.260,32

Sociedades e quase sociedades não financeiras 8.344,00 74% 14.510,84 124% 32.561,46 -100% 0,00 0% 3.599,53 Administração central 15.951,51 -46% 8.669,19 52% 13.192,47 -30% 9.293,51 21% 11.261,63 Administração local 22.542,83 27% 28.724,33 21% 34.759,25 41% 48.914,90 5% 51.193,20 Segurança social 0,00 0% 0,00 0% 12.372,71 -64% 4.500,00 485% 26.318,40 Instituições sem fins lucrativos 348.001,46 7% 371.611,81 19% 443.219,05 -26% 329.204,78 -14% 281.752,66 Famílias 34.151,65 35% 46.215,28 -32% 31.544,51 1% 32.006,56 341% 141.134,90

Resto do Mundo 0,00 0% 0,00 0% 12.825,71 -100% 0,00 0% 0,00

Transferências de capital 44.149,00 327% 188.633,49 83% 345.346,41 -57% 150.022,09 29% 193.471,21

Sociedades e quase sociedades não financeiras 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 18.467,65 Administração local 41.649,00 212% 130.149,02 -56% 57.030,44 -8% 52.700,95 34% 70.786,56 Segurança social 0,00 0% 49.800,00 30% 64.775,00 -2% 63.275,00 22% 77.000,00 Instituições sem fins lucrativos 2.500,00 247% 8.684,47 1741% 159.907,02 -79% 34.046,14 -20% 27.217,00

Resto do Mundo 0,00 0% 0,00 0% 63.633,95 -100% 0,00 0% 0,00

Total 473.140,45 39% 658.364,94 41% 925.821,57 -38% 573.941,84 23% 708.731,53

(24)

Gráfico VIII – Tipologia das transferências

O papel dos programas ocupacionais no conjunto das atividades da política de emprego, não é a execução de tarefas produtivas no mercado de trabalho, mas a ocupação socialmente útil de pessoas desocupadas enquanto não lhes surgirem alternativas de trabalho, subordinado ou autónomo, ou de formação profissional, garantindo-lhes um rendimento de subsistência e mantendo-as em contacto com outros trabalhadores e outras atividades, evitando, assim, o seu isolamento e combatendo a tendência para a desmotivação e marginalização. Neste sentido, a presente lei, concede aos municípios a possibilidade de exercerem de entidades promotoras e/ ou em colaboração com outras entidades locais, nomeadamente as Instituições sem fins lucrativos para a execução de projetos de atividades ocupacionais.

Quadro XIV – Estrutura das transferências por área

Gráfico IX – Peso das transferências por área

No que concerne à distribuição das transferências por áreas, verifica-se que cerca de 46% foi destinada à participação deste Município em projetos em parceria cofinanciados, nomeadamente com

1% 2% 10% 5% 55% 27%

Sociedades e quase sociedades não financeiras Administração central

Administração local Segurança social Instituições sem fins lucrativos Famílias 9% 37% 40% 14% Transferências de Capital Transferências Correntes

Designação 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

Acções de interesse desportivo, cultural, recreio e lazer 75.220,70 -49% 38.126,91 -40% 23.000,00 -78% 5.000,00

Acção Educativa 25.999,47 15% 29.911,98 -23% 23.170,07 6% 24.594,55

Acção Social 265.097,93 -38% 164.535,25 -21% 129.698,04 -55% 58.442,40

Programa de Apoio às Famílias 0,00 0% 14.400,00 26% 18.150,00 604% 127.801,98

Protecção civil 62.400,23 -2% 61.327,57 6% 65.016,00 -9% 58.962,00

Saúde 0,00 0% 39.675,00 -15% 33.675,00 -15% 28.710,00

Parceria em projectos co-financiados 106.731,01 379% 510.757,22 -61% 200.539,19 61% 323.253,01

Administração Local 78.781,65 -15% 67.087,64 20% 80.693,54 2% 81.967,59 Total 614.230,99 51% 925.821,57 -38% 573.941,84 23% 708.731,53 em euros 1% 3% 8% 18% 8% 4% 46% 12% 2012

Acções de interesse desportivo, cultural, recreio e lazer Acção Educativa

Acção Social

Programa de Apoio às Famílias Protecção civil

Saúde

Parceria em projectos co-financiados Administração Local

(25)

as seguintes entidades: Associação de Municípios Baixo Alentejo e Alentejo Litoral – Modernização

Administrativa e outros; Associação Barranquenha Para o Desenvolvimento – Programa AGIR e

Projeto EEAgrants; Associação de Municípios p/Gestão Ambiente – Projetos na área dos resíduos sólidos e outros; Associação de Defesa do Património de Mértola – Projetos na área das Tradições Orais, Dialeto Barranquenho; Resialentejo, EIM – Resíduos Sólidos.

O Programa de Apoio às Famílias, Ação Educativa, Ação Social e Saúde apresentam, globalmente, um peso de 34% no total das transferências e dizem respeito ao cumprimento de todas as medidas de apoio implementadas neste município da educação, apoio à família, Banco de Medicamentos, Prémios de Mérito aos melhores alunos, prémios diversos nas atividades culturais e provas desportivas, concessão de apoio para Transporte Escolar, Bolsas de Estudo, e ainda apoios às entidades locais, na promoção do emprego, através da realização de estágios e programas ocupacionais.

(26)

I.2. Orçamento da receita: estrutura e evolução

I.2.1. Alterações e revisões orçamentais da receita

Tal como acontece nas instituições públicas em geral, a evolução das receitas do Município de Barrancos não são regulares ao longo do ano. Apesar do planeamento financeiro ser feito com o objetivo de prevenir e corrigir desequilíbrios significativos, nem sempre é possível evitar dificuldades de tesouraria. No entanto, no ano transato, o Município de Barrancos não recorreu a qualquer empréstimo bancário.

Em 26 de abril, procedeu-se a uma Revisão ao Orçamento da receita e despesa, que deu origem a um reforço de 93.203,00 euros, correspondente à integração em orçamento do saldo da gerência anterior.

Quadro XV – Alterações e origem das alterações do orçamento da receita

A diferença entre o orçamento inicial de 4.718.248,00 e o orçamento final (sem reestruturação) no valor de 4.811.451,00 euros foi de 93.203,00 euros que correspondeu à integração do saldo de Gerência do ano anterior.

Designação 2012

Receitas correntes iniciais 2.822.410,00

Receitas de capital iniciais 1.893.880,00

Outras Receitas 1.958,00

Orçamento inicial da receita 4.718.248,00

Saldo da gerência anterior 93.203,00

Projectos co-financiados 0,00

Corrente 0,00

Capital 0,00

Origem do acréscimo da dotação 93.203,00

Receitas correntes finais 2.822.410,00

Receitas de capital finais 1.893.880,00

Outras Receitas 95.161,00

Orçamento final da receita sem reestruturação 4.811.451,00

Passivos financeiros 0,00

Orçamento Final 4.811.451,00

(27)

I.2.2.Execução orçamental da receita

Quadro XVI – Execução orçamental da receita

A receita global arrecadada em 2012 atingiu os 3.664.626,27 euros, o que representa uma taxa de execução de 76%, mais 8 p.p. que no ano anterior, cuja taxa de execução tinha sido de 68%.

A receita corrente teve um melhor comportamento do que a de capital, com uma taxa de execução de 84% e um comportamento positivo, próximo daquele que se perspetivava na dotação do Orçamento de 2012.

O comportamento das receitas de capital, com uma taxa de execução na ordem dos 63%, teve também melhor comportamento que no ano anterior, mas ficou aquém do inicialmente previsto sobretudo pela não liquidação de receitas prevista na rúbrica de Venda de Bens de Investimento, tais como os Lotes do Parque Empresarial.

Quadro XVII – Receita cobrada e não liquidada Receita Orçada Receita

Liquidada Executada Desvio

Taxa de Execução 1 2 3 4 = 3 - 1 5 = 3 / 1

01. Impostos Diretos 75.100,00 73.527,38 71.633,48 -3.466,52 95% 2%

02. Impostos Indiretos 2.240,00 1.906,56 1.906,56 -333,44 85% 0%

04. Taxas, Multas e Outras Penalidades 17.510,00 15.991,96 15.201,13 -2.308,87 87% 0%

05. Rendimentos de Propriedade 79.821,00 75.349,76 75.349,76 -4.471,24 94% 2%

06. Transferências Correntes 2.258.989,00 2.075.633,55 2.069.160,33 -189.828,67 92% 56%

07. Vendas Bens Prestações Serviços Correntes 373.550,00 121.510,35 119.444,83 -254.105,17 32% 3%

08. Outras Receitas Correntes 15.200,00 10.085,68 8.716,00 -6.484,00 57% 0%

Receitas Correntes 2.822.410,00 2.374.005,24 2.361.412,09 -460.997,91 84% 64%

09. Venda de Bens de Investimento 375.500,00 2.873,00 2.873,00 -372.627,00 1% 0%

10. Transferência de Capital 1.518.380,00 1.231.370,10 1.196.162,82 -322.217,18 79% 33%

11. Ativos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0% 0%

12. Passivos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00 0% 0%

13. Outras Receitas 0,00 0,00 0,00 0,00 0% 0%

Receitas de Capital 1.893.880,00 1.234.243,10 1.199.035,82 -694.844,18 63% 33%

15. Reposições não abatidas nos pagamentos 1.958,00 10.975,36 10.975,36 9.017,36 561% 0%

16. Saldo de Gerência anterior 93.203,00 93.203,00 93.203,00 0,00 100% 3%

Outras Receitas 95.161,00 104.178,36 104.178,36 9.017,36 109% 3% Total 4.811.451,00 3.712.426,70 3.664.626,27 -1.146.824,73 76% 100% em euros Capítulos Peso % Designação 2012 ( 1 ) Receita Orçada 4.811.451,00 ( 2 ) Receita Liquidada 3.664.626,27

( 3 ) Receita Executada (receitas cobradas brutas) 3.701.727,45

( 4 ) Receita liquidada e não cobrada ( 3 ) - ( 2 ) 37.101,18

(28)

I.2.3. Evolução da receita

Quadro XVIII – Evolução da receita global

A evolução da receita efetiva arrecadada em 2012 registou uma diminuição, face ao ano anterior, em 9% atingindo os cerca de 3.7 milhões de euros. Seguindo a tendência do ano anterior, a receita total executada registou um decréscimo de 9%, tendo-se ficado pelos 3,665 milhões face aos 4,044 milhões registados em 2011 e 4,881 milhões de euros registados em 2010.

Ao nível do peso das rubricas da receita, verifica-se que em 2012 as transferências de capital atingiram os 33% das receitas globais, com uma diminuição de 18% em relação ao exercício anterior. Os impostos diretos decresceram 12% e ficaram aquém dos anos de 2008, 2009 e 2011. Por outro lado, os impostos diretos e indiretos, rendimentos de propriedade e venda de bens e serviços, tiveram o mesmo comportamento que as restantes rubricas que compõem o orçamento da receita, isto é, não houve crescimento, face ao ano anterior, em qualquer das rubricas.

Nos sucessivos anos em análise, o aumento das receitas de capital vem justificado, por um lado, pelo recurso ao crédito e por outro, pelo aumento das transferências de capital oriundas das comparticipações dos fundos comunitários.

A receita efetiva tem vindo a oscilar no período, observando-se aumentos e diminuições ao longo dos anos, nomeadamente diminuições em 2011 e 2012 (-17% e -9%) e aumentos em 2009 e 2010 (22% e 3%).

Designação 2008 var. 2009 var. 2010 var. 2011 var. 2012

01. Impostos Diretos 117.293,72 -31% 80.504,78 -15% 68.303,42 19% 81.345,12 -12% 71.633,48

02. Impostos Indiretos 2.821,69 -2% 2.775,68 -69% 857,27 153% 2.172,28 -12% 1.906,56

04. Taxas, Multas e Outras Penalidades 15.426,40 -22% 12.013,35 254% 42.491,70 -61% 16.491,29 -8% 15.201,13 05. Rendimentos de Propriedade 4.198,80 -33% 2.813,88 2415% 70.771,33 30% 91.810,50 -18% 75.349,76 06. Transferências Correntes 2.120.315,00 11% 2.350.318,58 4% 2.434.991,18 -10% 2.198.540,69 -6% 2.069.160,33 07. Vendas Bens Prestações Serviços Correntes 100.163,05 -36% 63.695,85 -5% 60.590,77 128% 137.974,30 -13% 119.444,83 08. Outras Receitas Correntes 48.074,32 100% 95.954,61 -82% 17.118,50 -4% 16.385,05 -47% 8.716,00

Receitas Correntes 2.408.292,98 8% 2.608.076,73 3% 2.695.124,17 -6% 2.544.719,23 -7% 2.361.412,09

09. Venda de Bens de Investimento 629,20 628% 4.579,38 200% 13.738,12 -78% 2.997,50 -4% 2.873,00 10. Transferência de Capital 1.474.671,84 44% 2.116.783,35 3% 2.172.028,02 -32% 1.467.865,60 -19% 1.196.162,82

11. Ativos Financeiros 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00

12. Passivos Financeiros 732.739,85 0% 730.260,15 -74% 190.000,00 -100% 0,00 0% 0,00

13. Outras Receitas 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00

Receitas de Capital 2.208.040,89 29% 2.851.622,88 -17% 2.375.766,14 -38% 1.470.863,10 -18% 1.199.035,82

Total das receitas sem reposições 4.616.333,87 18% 5.459.699,61 -7% 5.070.890,31 -21% 4.015.582,33 -11% 3.560.447,91

15. Reposições não abatidas nos pagamentos 0,00 0,00 0,00 3.183,08 10.975,36

Total das receitas com reposições 4.616.333,87 18% 5.459.699,61 -7% 5.070.890,31 -21% 4.018.765,41 -11% 3.571.423,27

16. Saldo de Gerência anterior 0,00 0,00 0,00 25.475,00 93.203,00

Total 4.616.333,87 18% 5.459.699,61 -7% 5.070.890,31 -20% 4.044.240,41 -9% 3.664.626,27

Receita Global ou Efetiva (sem ativos e passivos financeiros) 3.883.594,02 22% 4.729.439,46 3% 4.880.890,31 -17% 4.044.240,41 -9% 3.664.626,27

(29)

Gráfico X – Distribuição da estrutura das receitas correntes

Em todos os exercícios em análise, o gráfico da distribuição da estrutura da receita corrente, permite concluir que as transferências correntes ocupam um lugar de destaque com um peso que varia entre os 86% de 2011, os 88% em 2012 e 90% em 2009 e 2010, respetivamente.

Gráfico XI – Distribuição da estrutura das receitas de capital

As transferências de capital e os passivos financeiros ocupam o maior peso das receitas de capital nos anos de 2008 a 2010. Destaca-se ainda o incremento da rubrica “venda de bens de investimento”, no período de 2009 e 2010, ainda que em valor absoluto e relativo, o seu peso (0,6%), seja bastante discreto. Reduziu-se também a rubrica “passivos financeiros”, que passou a ser de 33% em 2008 para os 0% registados em 2012.

Gráfico XII – Evolução das receitas fiscais

3% 0% 1% 0% 90% 2% 4% 2009

01. Impostos Diretos 02. Impostos Indiretos 04. Taxas, Multas e Outras Penalidades 05. Rendimentos de Propriedade 06. Transferências Correntes 07. Vendas Bens Prestações Serviços Correntes 08. Outras Receitas Correntes

2% 0% 2% 3% 90% 2% 1% 2010 3% 0% 1% 4% 86% 5% 1% 2011 3% 0% 1% 3% 88% 5% 0% 2012 5% 0% 1% 0% 88% 4% 2% 2008 0,0% 66,8% 33,2% 2008

09. Venda de Bens de Investimento 10. Transferência de Capital 11. Ativos Financeiros 12. Passivos Financeiros 13. Outras Receitas

0,2% 74,2% 25,6% 2009 0,6% 91,4% 8,0% 2010 0,2% 99,8% 2011 0,2% 99,8% 2012 137.860,72 103.182,60 112.889,89 100.008,69 88.741,17 0,00 20.000,00 40.000,00 60.000,00 80.000,00 100.000,00 120.000,00 140.000,00 160.000,00 2008 2009 2010 2011 2012 Total 01. Impostos diretos 02. Impostos indiretos

Referências

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