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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

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BRUNO LEONARDO DA SILVA ALVES

COMO A GESTÃO DO CONHECIMENTO PODE MELHORAR OS SERVIÇOS NO SETOR PUBLICO? Analise da gestão do fluxo informacional da gerencia de comercio

informal do Recife (PCR/GCI)

RECIFE – PE 2015

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COMO A GESTÃO DO CONHECIMENTO PODE MELHORAR OS SERVIÇOS NO SETOR PUBLICO? Analise da gestão do fluxo informacional da gerencia de comercio

informal do recife(PCR/GCI)

Trabalho de Conclusão apresentado ao curso de Gestão da Informação, da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Gestão da Informação.

Professor Orientador: Antônio Souza Silva Junior

RECIFE – PE 2015

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66 f.: il.

Orientador: Antônio Souza Silva Júnior.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Ciência da Informação, 2015.

Inclui referências.

1. Gestão do conhecimento. 2. Setor Público. 3. Comércio – Recife. I. Silva Júnior, Antônio Souza (Orientador). II.Titulo.

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Em primeiro lugar agradeço a Deus, por toda graça concebida e tudo que acontece em minha vida. Agradeço a minha família que sempre torceu por mim e acreditou que podia vencer a meus desafios, agradeço ao meu Pai que sempre foi um exemplo de trabalho e luta para mim e nessa primeira parte o especial obrigado a minha mãe que seria a responsável direta por todo meu caminho trilhado e hoje o incentivo pra conquistar mais objetivos.

Agradeço aos professores da graduação que são responsáveis pela formação do meu conhecimento e muitos exemplos de conduta acadêmica e pessoal. Não posso esquecer-me de todos meus amigos de graduação, destaque para Joao Pedro Albuquerque e Alessandro Freitas que sempre foram meus parceiros nos trabalhos acadêmicos e parceiros também em minha jornada do curso. Ao meu amigo Joel Arruda que me proporcionou a minha primeira experiência semi-profissional, me dando oportunidade muito aprender no meu primeiro estagio e no momento que muito precisava. Também merece um agradecimento especial a Luiza Fagundes e Heros de Assis, amigos de graduação que espero levar por toda vida. Luiza que foi de suma importância para elaboração desse trabalho de conclusão de curso , tanto com sua disponibilidade de ajudar , como com suas percepções de conhecimento sobre o assunto.

Por fim um agradecimento especial ao meu orientador, o Prof. Antônio Junior por ter me incentivado e me conduzido a realização da pesquisa, além de disponibilizar do seu tempo pra me ajudar.

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Analisar e investigar como ocorre o Fluxo informacional do cadastro da Gerencia Geral do Comercio Informal, órgão publico municipal da cidade de Recife. Utilizando teorias e autores como Davenport, Smit e Barreto e Beal para poder identificar como se manifesta o seu fluxo informacional, através da analise aprofundada de cada etapa do fluxo encontradas orientadas na revisão das teorias. Complementar os estudos informados anteriormente, analisando como ocorre a gestão do conhecimento nos insumos informacionais extraídos no fluxo. Aplicar o modelo de conversão do conhecimento (SECI) de Nonaka e Takeushi na etapa do fluxo explicitando se existe criação do conhecimento nos processos, como na organização em geral. Sua metodologia, utiliza de uma pesquisa descritiva das praticas da organização e analisa qualitativamente as proposições encontradas nas pesquisa, além revisar a literatura construtivas de fluxo informacional, Setor publico e Gestão do conhecimento. A organização estudada projeta na pesquisa dificuldades inerentes e comuns a vários órgãos públicos brasileiro, que porem com filosofias como as propostas acarretam as melhorias e eficiência. Almeja-se que os resultados deste estudo possam contribuir para a organização melhorar seu fluxo informacional, gerencie melhor seus bens intelectuais e faça utilizar a gestão do conhecimento, visando a excelência dos seus serviços.

Palavras-chaves: Informação. Setor Publico. Gestão do conhecimento. Comercio-Recife .

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Analyze and investigate how is the General Manages the registration of informational flow of Commerce Informal, municipal public body of the city of Recife. Using theories and authors such as Davenport, Smit and Barreto and Beal in order to identify how it manifests its information flow through the in-depth analysis of each step of the flow oriented found in the review of the theories. Complementary studies reported previously, analyzing how is the management of knowledge in informational inputs extracted from the stream. Apply the knowledge conversion model (SECI) of Nonaka and Takeushi the stage of explicit flow if there is knowledge creation processes, and the organization in general. Its methodology, uses a descriptive research of the organization's practices and qualitatively analyzes the proposals found in the search, in addition to constructive review of literature information flow, public sector and knowledge management. The organization studied in research projects and difficulties common to several Brazilian government agencies that but with philosophies as the proposals entail improvements and efficiency. One hopes that the results of this study can contribute to the organization improve its information flow, better manage their intellectual assets and make use knowledge management, aiming at the excellence of its services.

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1. INTRODUÇÃO... 9 2. OBJETIVOS... 13 2.2 Objetivo Geral... 13 2.3 Objetivo especifico... 13 3. JUSTIFICATIVA... 13 4. REFERENCIAL TEÓRICO... 15

4.1 Dados, informação e conhecimento... 15

. 4.1.1 Dados... 15 4.1.2 Informação... 16 4.1.3 Conhecimento... 17 4.2 Conhecimento organizacional... 18 4.3 Gestão do conhecimento... 20 4.4 Modelo SECI... 23 4.4.1 Socialização... 24 4.4.2 Externalizaçao... 25 4.4.3 Combinaçao... 25 4.4.4 internalizaçao... 26 4.5 Fluxo Informacional... 27

4.5.1 Modelo de Smit e Barreto... 28

4.5.2 Modelo de Davenport... 29 4.5.3 Modelo de Beal... 30 4.6 Setor publico... 32 4.7 GC no Setor publico... 33 5. METODOLOGIA... 37 5.1 Tipo de Pesquisa... 37

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5.2 Instrumento de coleta... 39

5.3 Coleta de Dados... 40

5.4 Analise dos resultados... 42

5.4.1 Determinação das necessidades... 42

5.4.2 Obtenção da informação... 45

5.4.4 Distribuição e disseminação da Informação... 48

5.4.5 Uso e descarte... 50 5.4.6 Socialização... 52 5.4.7 Externalização... 53 5.4.8 Combinação... 53 3.4.9 Internalização... 54 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 56 6.1 Limitações... 59 6.2 Trabalhos futuro... 59 7. REFERÊNCIAS... 60

APÊNDICE A –Base Teórica... 64

APÊNDICE B – Lista das questões referentes à entrevista realizada com os funcionário da Gerencia do comercio informal... 66

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1. INTRODUÇÃO

A sociedade da informação em que vivemos nos encaminha para o tratamento diferente no que diz respeito às informações estratégicas principalmente. Podemos usar mecanismos que nos antecipem a problemas, como criar soluções para tais emergências a parti dos próprios dados produzidos dentro da organização, como do seu macro-ambiente.

A gestão do conhecimento deixou de ser um modismo gerencial e já se consolida como um modelo solido de gestão que por suas características podem alavancar processos e serviços dos mais variados tipos de organizações. Segundo Batista (2012) a principal contribuição da GC como disciplina, ou ramo do conhecimento, para administração pública é aumentar a capacidade de conhecimento dos trabalhadores isto é, dos servidores e gestores públicos, das equipes de trabalho e de toda a organização pública – de maneira coletiva, sistemática e integrada – de criar, compartilhar e aplicar conhecimento para alcançar os resultados.

Fluxo informacional é atividade de suma importância pra entender como funciona determinada organização e como as informações podem se manifesta em tal. Ela é responsável conforme Varvakis (2008)“pela coerência no processo de tomada de decisões e pela criação de uma nova vantagem competitiva baseada no conhecimento.”

Partindo das informações antes destacadas esse trabalho visa como tema a analise da gestão e fluxo informacional do Cadastro da Gerência do Comércio Informal do Recife (GGCI), órgão publico municipal responsável pelo controle e fiscalização do comercio irregular. Como o modelo (GC) pode melhorar os insumos principalmente dos fluxos informacionais para realização de suas funções.

Através do cadastramento dos comerciantes/ambulantes que a administração municipal do recife tenta viabilizar a legalização do exercício e pratica do comercio informal na cidade visando o seu controle. Porem existem muitas dificuldades, a começar pela falta de uma lei efetiva sobre comercio informal que possa regulamentar tanto as atividades de controle e fiscalização tanto possuir informações

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para o publico interessando que realize tais praticas de comercio e a população em geral que são sempre atingidas pela falta de politicas publicas eficiente. O que serve como base para a realização das atividades, porem não é exata e clara sobre regulamentação do comercio informal, é Lei Municipal nº 16053/95 que afirma no artigo 1º:

Fica terminantemente proibida a colocação, ainda que temporária, de veículos, semoventes, reboques, "trailers" e quaisquer outros bens, sobre passeios públicos, canteiros divisores de pistas de rolamento, praças, parques e jardins públicos, e bem ainda a prática de qualquer ação que impeça, obstaculize e ou dificulte a livre circulação de pessoas sobre os bens públicos acima referidos. Portaljus (2015)

Mesmo com 51% da aprovação dos recifenses ao comercio ambulante, segundo Diniz (2012) concordando com as atividades do comercio informal, desde 2009 a Pretura do Recife já possui uma politica traçada de prioridade de reordenamento de determinadas áreas da capital. Inclui atenção especial a áreas localizadas próximas a hospitais, escolas e mercados públicos. Todos os ambulantes devidamente cadastrando devem seguir a novos centros de comercio fomentados pela própria Prefeitura. Ha ainda trabalho conjunto, como parceria de iniciativas privadas para tirar da informalidade muitos do trabalhadores informais, em um processo de capacitação desses.

Talvez o que explique a “simpatia” da população com esses ambulantes seria a

facilidade com que as pessoas tem acesso em suas compras, pois 69% dos recifenses

compram produtos do comercio informal. Diniz (2012)

Porem ha diversos outros fatores negativos que são destacados pelos mesmos, como

insegurança, sujeira, transito e etc.

O ambiente organizacional de que vamos destacar será o de comercio informal na cidade de Recife, cidade que historicamente já é conhecida por suas habilidades comerciais, desde os Mascates Recife foi umas das três maiores capitanias em exportação e importação, segundo Dias (2005) o Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco perfaziam 78, 4% de todas as exportações portuguesas para as Colónias e exportavam 83, 7% para a Portugal. Devido a seu porto e sua localização estratégica no Nordeste , a capital pernambucana desenvolveu-se durante os séculos como grande polo de negócios e escoamentos de produtos regionais. Na atualidade destaca-se o porto de Suape, o maior do nordeste, como mais uma credencial de rotatividade econômica e comercial ( movimentou em mercadorias em 2014 - 3.775.000 em exportação e

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12.000.000 em importação) segundo Souza (2014) . Tudo isso habilita Recife a possuir um comercio dinâmico que extrapola as empresas devidamente regularizadas à comerciantes irregulares devido a grande procura e demanda , além claro da

necessidade de sobrevivências de muitos.

Devido ao crescimento de nosso centro, acaba fugindo de controle as apropriações de espaço urbano ocupada por ambulantes causando grande transtornos pra população e dor de cabeças aos órgãos responsáveis e essa seria questão principal a ser administrada pela Gerência do Comércio Informal do Centro do Recife.

O cenário atual do comercio informal em nossa cidade, como na maioria das grandes cidades preocupa tanto os gestores, como a população em geral, cada vez mais é difícil o controle e organização de tais ambulantes, hoje com mais de 5 mil vendedores informais cadastrado na prefeitura da cidade do Recife, além dos que não possuem registro. Deve-se isso tanto ao grande numero de ambulantes como as mudanças de sua estrutura de funcionamento, por isso a necessidade do advento de uma gerencia melhor capacitada que possa atender com eficiência as suas demandas no ordenamento e

controle desse comercio.

A principal finalidade deste trabalho é analisar como funciona o setor em destaque. Identificar como ocorrer seus fluxos informacionais e sua gestão em geral, revelando como a informação percorrer e modifica a instituição. Assim, destacar os processos como alguma deficiência e como melhora-los alavancando o funcionamento

do todo.

A atividade na organização que vamos nos aprofundar e realizar pesquisa será o fluxo do cadastramento do comercio informal, trabalho importante e difícil que pode e deve servir de insumo informacional, se bem coordenado, para o planejamento e realizações de ações para o ordenamento, controle e fiscalização.

Vale destacar os principais objetivos da (GGCI) que é o controle e fiscalização dos comerciantes informais, que se caracteriza como uma relação conflitante no tocante

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de organização desses comerciantes e suas ocupações urbana na cidade de Recife. A minimização de erros e novos processos de aprendizagens enriquecidos pelas competências da GC poderiam agregar no eficiente trabalho aos problemas destacados anteriormente.

A base teórica utilizada para a compreensão dos fluxos informacionais na organização é o modelo de conversão de conhecimento proposto pelos pesquisadores Ikujiro Nonaka e Takeuchi (1997).

A parti da socialização, externalizaçao, combinação e internalização processo que considera a criação do conhecimento iniciada no individuo, compartilhada e desenvolvida por meio das relações dos indivíduos que a compõem. Assim fazendo que toda experiência de seus colaboradores possa ser explorada pra maximização de seus serviços, sistemas e produtos.

A análise de como deve ser realizada as responsabilidades da PCR/GCI desde o mapeamento, cadastramento, relocação e etc. Usando de toda informação tácita/explicita de seus colaboradores para a melhor prestação dos serviços.

A utilização da gestão do conhecimento como motor nas diretrizes de determinado setor ou instituição podem e devem melhorar seus resultados, a mudanças de foco nas pessoas e “trato’’ diferente nas operações estratégicas que movimentam a empresa diferenciará essas das empresas tradicionais. No nosso caso especifico de órgão publico, servira como insumo de excelência dos serviços realizados para e com a população.

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2. OBJETIVOS

2.2 Objetivo Geral

Visualizar quais os processos principais para o funcionamento da gerencia de comercio informal e suas necessidades informacionais, mapeando o fluxo informacional do cadastramentos e como o modelo de conversão do conhecimento (SECI) pode alavancar os processo nesse fluxo e na gestão em geral.

2.3 Objetivo especifico

 Verificar e levantar bibliografia relacionada aos temas relacionados, Gestão do

Conhecimento, Serviços Públicos e gestão municipal do comercio informal

 Discriminar e analisar como ocorre o fluxo de informação do cadastro da gerencia de

comercio informal.

 Identificar e analisar como ocorrer a gestão do conhecimento utilizando o modelo de conversão do conhecimento (SECI) no fluxo informacional.

3. JUSTIFICATIVA

É sabido que o Setor Publico por vezes é reconhecido como deficitário. Muito se confunde Burocracia (o modelos de Gestão) como a Burocracia ruim que atrasa e faz com que processos simples de trabalho se tornem lentos e complicados. Na unidade de proposta de trabalho em minha concepção são visíveis as dificuldades encontradas tanto gerenciais quanto informacionais. Por isso necessidade de identificar e propor soluções que melhorem a qualidade e agilizem os processos para o objetivo final que seria de controle e fiscalização dos trabalhadores informais, visando claro o bem estar da população. Além de mostrar como a informação e modelos gerenciais baseados em conhecimento podem contribuir para o sucesso organizacional.

Vale destacar como encontra-se a literatura dos respectivos assuntos na atualidade , sendo assim de suma importância trabalhos que possam alimentar mais

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ainda as abordagens propostas , já que GC como modelo que tende a crescer cada vez mais na diversas organizações, será interessante como pode ser trabalhada em instituições publicas que presam por sua excelência de serviços. Além do caráter de desenvolvimento acadêmico, na relação criada entre o estudo do fluxo informacional, aplicando gestão conhecimento em um órgão do setor publico. O estudo servira ainda para a própria Gerencia do comercio informal, pois algumas de suas reflexões e analises podem ser aproveitadas e auxiliar nas melhorias da organização, tornando os serviços mais eficientes.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Dados, informação e conhecimento.

Não podemos deixar, em virtude da importância para tema Gestão do conhecimento e fluxo informacional, de esclarecer e definir as diferenças entre Dados , Informação e Conhecimento

.

4.1.1 Dados

Dados segundo Setze (1999) é definido como uma sequência de símbolos quantificados ou quantificáveis. Portanto, um texto é um dado. De fato, as letras são símbolos quantificados, já que o alfabeto por si só constitui uma base numérica. Também são dados imagens, sons e animação, pois todos podem ser quantificados a ponto de alguém que entra em contato com eles ter eventualmente dificuldade de distinguir a sua reprodução, a partir da representação quantificada, com o original. É muito importante notar-se que qualquer texto constitui um dado ou uma sequência de dados, mesmo que ele seja ininteligível para o leitor.

Essa definição de dado proposta anteriormente pode ser compreendida como uma visão geral que se entende sobre dados. Como uma informação bruta ou unidade básica para formação da informação que pode ser quantificada e trabalhada sobre vários aspectos e determinadas situações. Segundo ainda Davenport (1998 p. 19) dados pode ser definido como:

observações sobre o estado do mundo. Por exemplo: "existem 697 unidades no armazém". A observação desses fatos brutos, ou entidades quantificáveis, pode ser feita por pessoas ou por uma tecnologia apropriada. Da perspectiva do gerenciamento da informação, é fácil capturar, comunicar e armazenar os dados.

Numa visão mais organizacional, no âmbito dessa pesquisa trataremos dados como unidades informacionais, requeridas de analise, de extrema relevância para organização. Rossini e Palmisano Apud Silva (2015) considera dado como elemento que representa eventos ocorridos na empresa ou circunstâncias físicas, antes que tenham sido organizados ou arranjados de maneira que as pessoas possam entender e usar.

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4.1.2 Informação

Informação pode ser caracterizada como dado contextualizado, onde dependendo de seu universo seja relevante para um receptor. Nesse sentido um conjunto de dados representa uma Informação, para uma pessoa, dependendo de suas experiências e conhecimentos, estabelecendo assim seu significado para ela. Somente pessoas têm condições de transformar dados em informações por meio de sua interpretação

Segundo Setze (1999):

Informação é uma abstração informal (isto é, não pode ser formalizada através de uma teoria lógica ou matemática), que representa algo significativo para alguém através de textos, imagens, sons ou animação. Note que isto não é uma definição - isto é uma caracterização, porque "algo", "significativo" e "alguém" não estão bem definidos; assumimos aqui um entendimento intuitivo desses termos.

As informações diferente dos dados precisam ser analisada. Por isso todo sistema de dados somente auxilia a organização, pois deverá sempre existir um profissional para trabalhar e interpretar esses dados . Davenport (1998 p.19) afirma

“Ao contrário dos dados, a informação exige análise. E, por mais simples que seja a

entidade informacional — preço, impostos, consumidor, ano —, alguém sempre vai discordar de sua definição.”

Para Beal (2004 p. 30) “as organizações dependem de informações de naturezas

diversas para alcançar seus objetivos”, podem ser assim classificadas:

• Informação de nível institucional: Monitorar variáveis presentes nos ambientes

externos e internos, monitorar e avaliar desempenho, auxiliando as decisões da alta gerência;

• Informação de nível intermediário: Monitorar e avaliar processos presentes em

ambientes internos e externos, auxiliando e planejando tomada de decisões de nível gerencial;

• Informação de nível operacional: Torna possível executar atividades e tarefas,

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operacional

Podemos perceber que na organização as informações são de suma importância para a efetiva execução de todo trabalho proposto pela organização, isto é, todo planejamento, processo, serviço, produto e etc., São abastecidos e necessitam de informações para sua realização.

4.1.3 Conhecimento

O conhecimento é subjetivo, necessita de uma maior analise individual, levando em consideração desde experiências a consenso sobre determinadas informações e o próprio conhecimento. Setze (1999) afirma que conhecimento é uma abstração interior, pessoal, de alguma coisa que foi experimentada por alguém. Nesse sentido, o conhecimento não pode ser descrito inteiramente - de outro modo seria apenas dado ou informação. Ainda Setze (1999) o conhecimento “não depende apenas de uma interpretação pessoal, pois requer uma vivência do objeto do conhecimento.” o que torna o conhecimento altamente subjetivo.

Informação contextualizada pode representar o conhecimento, e pode ser entendida como conjunto que envolve toda percepção do ambiente, experiência, como

desenvolve o sistema e como o mesmo funciona.

Nonaka e Takeuchi (2008 p.25) definem conhecimento como “processo

humano dinâmico de justificar a crença pessoal com relação à verdade”, e definem o conhecimento também como “sabedoria adquirida a partir da perspectiva da personalidade como um todo”.

Podemos definir conhecimento como a capacidade de interpretar e trabalhar sobre um conjunto de Informações. Essa capacidade é criada a partir das relações que ele estabelece sobre o conjunto de Informações, e desse conjunto com outros conjuntos que já lhe são familiares, que lhe permitem compreende-lo e tirar conclusões sobre ele e a partir dele.

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De acordo com Nonaka e Takeuchi (1997 p. 40), “o conhecimento humano pode

ser classificado em dois tipos, o conhecimento explícito e o conhecimento tácito”, sendo

o conhecimento explícito sistemático e formal, e por essa razão pode ser facilmente transferido e compartilhado através de meios de comunicação como a escrita ou sistemas computacionais, afirmações gramaticais, especificações, expressões matemáticas, manuais, entre outros.

4.2 Conhecimento organizacional.

Afinal o que é conhecimento organizacional? Muitas empresas hoje em dia tomam conhecimento da necessidade de valorizar o capital intelectual já existente nas empresas para a busca da inovação. Essas empresas podem se reconhecidas como organizações que valorizam o conhecimento. Porem para isso ela necessita de atributos que condicionem elas a possuírem tal denominação.

Choo ( 2003 p.60) diz que:

“É necessário que as organizações criem condições que permitam desenvolver o potencial humano de uma empresa de forma dinâmica, desenvolvendo o capital intelectual, as competências individuais e assim proporcionar a configuração de valores coletivistas que incentivem mudanças de atitudes no sentido do desenvolvimento de recursos humanos com maior grau de responsabilização, orientados

para o conhecimento.”

Nonaka e takeuchi (1997 p.69) também lançam outras preocupações encontrados pelas organizações, como a criação de ambientes que estimulem a criatividade, com o favorecimento de momentos para trocas mais dinâmicas de conhecimentos, sejam eles tácitos ou explícitos, mas sempre de forma articulada, intencional, sistematizada e inventiva, tal qual uma espiral em movimentos amplos irrestritos.

Santos (2004 p. 105) pontua alguns desafios bastante exigentes que as empresas precisam responder para favorecerem o compartilhamento de conhecimentos. Dentre esses desafios ressalta-se: “o desenvolvimento das competências humanas internas, a criação de ambientes que estimulem a aprendizagem, a gestão adequada de pessoas e o

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estímulo ao desenvolvimento de comunidades virtuais.”

Esses autores assumem a postura de acreditar que para criação do conhecimento organizacional necessita-se de uma gestão diferente das encontradas comumente, que valorizem as pessoas e proporcionem espações dinâmicos e de aprendizagem em prol do seu desenvolvimento. Porem, já podemos perceber que cada vez mais os gestores e gerentes de vários níveis se preocupam em como criar conhecimento e gerenciar informações em suas organizações como concorda Nonaka e Takeushi (1997 p. 88) “Cada vez mais interessados em capturar ideias — explicações ou contextualizações de resultados financeiros, melhores práticas, mercado e inteligência competitiva, soluções para os problemas dos clientes, aprendizado de uma

conferência, e até mesmo atitudes e valores.” Fica imprescindível que as organizações

publicas ou privadas possuam profissionais com tais perfis antes relatado, para uma boa e eficiente gestão em geral, principalmente em se tratar em gestão do conhecimento.

Em resumo, conhecimento organizacional pode ser entendido como um processo

que amplia “organizacionalmente” o conhecimento criado pelos indivíduos,

cristalizando-o como parte da rede de conhecimento da organização. A gestão do Conhecimento aqui abordada pode ser definida como um processo amplo e criterioso de identificação, maximização, codificação e compartilhamento do conhecimento estrategicamente relevante para as organizações. Nonaka e Takeushi (1997 p.90 )

A criação de valor já não se baseia em trabalhos típicos, mas se desenvolvem na incorporação de conhecimento e a inovação de qualquer organização que estimule a

gestão do saber.

Segundo Nonaka e Takeushi (1997 p.96) para viabilizar a criação do conhecimento organizacional, o conhecimento tácito acumulado precisa ser socializado com os outros membros da organização, iniciando assim uma nova espiral de criação do conhecimento.

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4.3 Gestão do conhecimento

Nas ultimas três décadas, as organizações brasileira tanto privadas como publica de forma crescente passaram a se conscientizar da importância da revisão dos seus modelos de gestão: no caso das empresas privadas, a motivação era a sua sobrevivência e competitividade no mercado; no caso das empresas publicas tal motivação era a sua capacidade de cumprir suas missão, ou seja, atender com qualidade e eficiência a prestação de serviços de interesse da sociedade. Novas formas de gerir as organizações são necessárias, antigas regras de administração baseada excessivamente em controle e lucro não se encaixa nos novos desafios e novos perfis de um economia acelerada onde as respostas são quase instantâneas nas redes de negócios e conhecimentos.

Com o crescimento da competitividade tanto nas Instituições quantos dos países em geral. A população em geral trabalha exclusivamente com diversas formas de conhecimento. Estamos vivendo em um momento de transição do ambiente econômico, aonde a gestão pro ativa do conhecimento adquire um papel fundamental. Rugieri apud terra (2010).

Observa-se atualmente a necessidade de novas formas de ver o mundo que nos cerca, e isso também se refere as organizações em geral. As exigências de processo eficientes tanto nos órgãos privados como públicos, levam a adoção de gerências mais sensíveis as necessidades dos seu cliente/usuários , Sem esquecer dos objetivos específicos de cada organização. Tanto transformações no macro-ambiente são requeridas como nos seus micro-ambientes, levando a um patamar diferente de como a organização se ver, ver seus colaboradores e demais participantes de seu sistema. Fato que imprime na cultura interna nas organizações mudanças em suas características próprias, como também foi colocando por ANGELONI (2002) :

Na era do conhecimento, busca-se o “homem global”, o homem integrado. Nessa nova organização, o homem se transforma em coletor de informações. A cultura organizacional adquire importância crucial e passa a ser o elo entre a gestão do conhecimento e a gestão gerencial.

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Pois, ao lidar com questões de mudança organizacional, o profissional gerencial estará lidando com questões culturais mais gerais. Saber como iniciar e apoiar processos que promovam o aprendizado organizacional se tornou crucial. Aqueles que possam ser parceiros na construção de sistemas e estruturas necessários para o aprendizado organizacional, terão papel decisivo na sustentação da vantagem competitiva

.

Nesse cenário a Gestão do Conhecimento surgi. A principio acreditava-se que seria mais um modismo como outras formas de gestão como a reengenharia, porem ainda se confirma como um modelo capaz de satisfazer e superar as lacunas impostas nas novas economias.

Gestão do conhecimento envolve a identificação e análise dos ativos de conhecimento disponíveis e desejáveis, além dos processos com eles relacionados. Também envolve o planejamento e o controle das ações para desenvolvê-los (os ativos e os processos), com o intuito de atingir os objetivos da organização. Corroborando com a informação antes afirmada, Barroso e Gomes (1999) também se preocupam em dá importância aos processo relacionado ao ativos de conhecimento:

Não trata apenas dos ativos de conhecimento, mas também dos processos que atuam sobre estes ativos. Estes processos incluem desenvolver, preservar, utilizar e compartilhar conhecimento. Por isso, a gestão do conhecimento envolve a identificação e análise dos ativos de conhecimento disponíveis e desejáveis, além dos processos com eles relacionados. Também envolve o planejamento e o controle das ações para desenvolvê-los (os ativos e os processos), com o intuito de atingir os objetivos da organização” .

A gestão do conhecimento aparece como uma proposta de identificação, potencialização, codificação e disseminação de conhecimentos estrategicamente relevantes para criar um ambiente favorável para o aprendizado constante e a valorização do capital intelectual nas organizações.

Segundo Terra (2000) tem um “caráter universal”, ou seja aplica-se a empresas

de todos os portes e nacionalidades e a sua efetividade requer a criação de novos modelos organizacionais (estruturas, processos, sistemas gerenciais), novas posições quanto ao papel da capacidade intelectual da cada funcionário e uma efetiva liderança

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disposta a enfrentar ativamente as barreiras existentes ao processo de transformação.

Os defensores da gestão do conhecimento buscam investigar para reter e documentar as práticas informais e as inovações que são desenvolvidas no dia-a-dia das atividades, formalmente estruturadas. Em suma, querem conhecer as práticas subjetivas, que de forma tácita, complementam e, muitas vezes, excedem o trabalho formal.

Nonaka e Takeuchi (1997 p.74) propôs um processo complexo chamado de espiral do conhecimento onde pode-se observar todos os caminhos de tal processo:

Conhecimento tácito em conhecimento tácito, denominado de socialização, de conhecimento tácito em conhecimento explícito, que denominamos de externalização, de conhecimento explícito em conhecimento explícito, ou combinação, e de conhecimento explícito para conhecimento tácito ou internalização.

Todo esse processo cientificamente falando é a amostra do que deve ocorrer pra uma eficiente gestão do conhecimento , essa troca continua enriquece toda a organização.

Para que possa ocorrer a espiral do conhecimento as organizações necessitam de atitudes que viabilizem sua realização: Maior liberdade e autonomia dos funcionários, estímulos a criatividade, disponibilização de informações, maior troca entres colaboradores, flexibilidade e agilidade na resolução de situações que apareçam. O que muita gente ainda não percebe que para uma eficiente e positiva GC devem haver mudanças ou incentivos na cultura da organização, analise de seu ambiente, suas politicas e visões de mundo e principalmente em como essa organização enxerga as

pessoas, seus funcionários que são a chave de todo processo. “Gestão do conhecimento

nas organizações passa, necessariamente, pela compreensão das características e demandas do ambiente competitivo e também pelas necessidades individuais e coletivas

associadas ao processo de criação e aprendizado” Terra (2000)

Devemos imaginar a Gestão do Conhecimento como um sistema completo dentro de uma organização onde se tenha visão de aprendizagem continua. Para Lucheci (2002) GC é o processo sistemático de identificação, criação renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. E a

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administração dos ativos de conhecimento das organizações. Permite a organização saber o que sabe.

“Gestão do conhecimento é a arte de criar valor alavancando os ativos

intangíveis; para conseguir isso, é preciso ser capaz de visualizar a empresa apenas em termos de conhecimento e fluxos de conhecimento” Barroso e Gomes (1999).

4.4 Modelo SECI

Nonaka e takeushi (1997 p. 40) entendem que a criação de conhecimento é “a capacidade de uma empresa de criar novo conhecimento, difundi-lo na organização como um todo e incorporá-lo a produtos, serviços e sistemas.” Para isso os autores em seu celebre livro criaram um modelo que fosse capaz de sintetizar e seguir de rumo na concepção de uma organização que valorize e cria conhecimento. Esse modelo chama-se Seci, ele chama-se viabiliza a parti da criação do conhecimento por meio de um processo contínuo de conversão do conhecimento tácito para o conhecimento explícito e vice-versa.

Figura 1- O modelo SECI (a espiral do conhecimento)

Fonte: Nonaka e Takeushi (1997)

Antes de descrever como ocorre esse processo devemos definir o que seria

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O conhecimento explícito é o conhecimento formal, pode ser codificado em fórmulas , regras, especificações, linguagens. “É aquele conhecimento que pode ser expresso formalmente com a utilização de um sistema de símbolos e baseando-se em objetos e regras, podendo, portanto, ser facilmente comunicado ou difundido” Pereira (2005)

O conhecimento Tácito seria o conhecimento implícito nas pessoas, totalmente

individual, porem que pode ser compartilhado. “O conhecimento tácito é o

conhecimento pessoal, constituído do know-how subjetivo, dos insights e intuições que uma pessoa tem depois de estar imersa numa atividade por um longo período de tempo.” Pereira (2005)

4.4.1 Socialização

Ocorre na conversão do conhecimento tácito para conhecimento tácito para outra pessoa, na forma de modelos mentais e habilidades técnicas. Mallmann et al discorre da seguinte forma:

O ponto crítico para que este tipo de conversão ocorra é a experiência vivida, associada às emoções e contextos específicos a ela associados. Esta forma de compartilhamento é favorecida quando ocorre diálogo frequente e comunicação face a face; quando brainstorming, insights e intuições são valorizados, disseminados e analisados (discutidos) sob várias perspectivas (por grupos heterogêneos); quando é valorizada a relação entre mestre e aprendiz, pela observação, imitação e prática acompanhada.

Assim a socialização pode ser entendida como a transformação de conhecimento tácito em conhecimento tácito, quando compartilhamos nossas experiências e conhecimento com outras pessoas de modo criar novos modelos mentais e mudar

cognitivamente os agentes.

Segundo Nonaka e Takeushi (1997 p. 53) a socialização é um processo de experiências e, a partir dai, da criação do conhecimento tácito; como modelos mentais ou habilidades técnicas compartilhadas. Ainda segundo os autores o segredo para aquisição do conhecimento tácito é a experiência. Sem alguma experiência compartilhada, é extremamente difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio do outro individuo.

(27)

4.4.2 Externalizaçao

Ocorrer na conversão do conhecimento tácito para conhecimento explícito:

“conversão do conhecimento tácito em explicito, pelo diálogo, em formas prontamente

compreensíveis pelos outros, tais como as ideias, imagens, palavras, conceitos, metáforas, analogias, narrativas e recursos gráficos.” Mallmann et AL (2009)

A externalizaçao é um processo de articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos. É um processo de criação do conhecimento perfeito, na medida em que o conhecimento tácito se torna explicito, expresso na forma de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. Nonaka e takeushi (1997) As forma a quais podemos externalizar nosso conhecimento tácito em explícitos podem ser através de metáforas, analogias e modelos, quando reproduzimos de foram eficiente e eficaz nosso conhecimento e ele se materializa a criação do conhecimento organizacional ganha grande força. Segundo Nonaka e Takeushi (1997) dentre os quatros modos de conversão do conhecimento, externalizaçao é a “chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito.”

O Processo de externalizaçao deve ser bem trabalhado na organizaçao , os gestores devem ter consciência de suas importância pois é a parti deles que esse processo, principalmente, se desenvolve. Como confirma Carvalho (2012 p,154) :

Quando um grupo de indivíduos explicitou o conhecimento por meio de um novo conceito, é responsabilidade da organização disponibilizar esse conhecimento explícito de modo que todos os outros grupos sejam capazes de fazer combinações desse conhecimento explícito com outros que já existem em seu ambiente interno e externo. Dessa forma, eles poderão combinar os conjuntos de conhecimentos explícitos e sistematizar cada conceito em sistema de conhecimento.

4.4.3 Combinaçao

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segundo Mallmann et AL (2009) conversão do conhecimento explícito se dá com a transformação em conhecimento mais complexo efetuados por três processos:

captura e integração de novos conhecimentos explícitos, tanto de dentro e de fora da empresa e então combinando-os; a disseminação de conhecimento explícito, para espalhar o novo conhecimento aos membros da organização, e; a edição ou processamento de conhecimento em formas mais utilizáveis. Mallmann et AL (2009)

A combinação é um processo que necessita de outros processos de conversão do conhecimento para sua viabilização, como a internalização. Segundo Carvalho (2012 p.100) a “organização deve processar o conhecimento explícito e capacitar o indivíduo de modo que ele seja capaz não só de assimilar esse conhecimento, como também de incorporá-lo ao seu conhecimento tácito.”

A combinação é um processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento o explicito. Os indivíduos trocam e combinam conhecimento através de meios como documento, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizadas. Nonaka e Takeushi (1997 p.56)

4.4.4 internalizaçao

Ocorre na conversao de conhecimento explícito para conhecimento tácito. Segundo Nonaka e Takeushi (1997 p.57) a internalização é:

“intimamente relacionada ao “aprender fazendo”. Quando são internalizada nas base do conhecimento tácito dos indivíduos sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as experiências através da socialização, externalizaçao e combinação tornam-se ativos valiosos”

A transformação do conhecimento explicito em tácito se da por meio de documentação, isto é, a transcrição do conhecimento de forma que os membros da organização tenham acesso. A documentação ajuda os indivíduos a internalizarem suas experiências. “Documentos e manuais facilitam a transferência do conhecimento explicito para outras pessoas, ajudando-as a vivenciar indiretamente as experiências dos

(29)

outros ou seja “ reexperimentá-las”. Nonaka e Takeushi (1997 p.56)

Ainda segundo Nonaka e Takeushi (1997 p.58 ) a internalização pode ocorrer

sem que na verdade se tenha de “reexperimentar” as experiências de outras pessoas . por

exemplo se ler ou ouvir uma historia de sucesso faz com que alguns membros da organização sintam o realismo e a essência da historia , a experiência que ocorreu no passado pode se transformar em um modelo mental tácito.

4.5 Fluxo Informacional

Para poder empregar em determinada unidade informacional modelos de gestão como a gestão do conhecimento, necessita-se conhecer e aprofundar-se no fluxo informacional da organização. A parti da sua analise de funcionamento e desmembramento de seu sistema que pode-se tornar viável a implementação de determinado gerenciamento. Por fluxo informacional podemos entender todo sistema que percorre a informação, desde sua entrada a saída, informação essa vital (ou não) para o funcionamento e sucesso da organização como um todo.

Para Vieira( 2006 p. 123) fluxo da informação é :

uma sequência de eventos que transita de um ponto de partida a outro de chegada, ou seja, tem uma fonte de emissão e outra de recepção. O ponto de partida é a fonte emissora, que dinamizada por uma objetivação provoca um fluxo no tempo-espaço (trânsito), chegando ao ambiente de objetivação onde se opera o processamento pela interação dialética entre a informação, a inteligência e a comunicação. Obtêm-se, então, os resultados desejados,

promovendo-se a disseminação.

É importante salientar que o esclarecimento sobre o fluxo informacional de determinada organização ou de processos desta, é fator crucial para o entendimento da mesma, pois a parti dele que podemos perceber como transcorrer as informações e o valor que lhes regem parente o sistema. Além de perceber como cada agente lida com suas informações desde o inicio do processo ate o final.

(30)

Compreender a conjuntura dos fluxos de informação depende de delinear seu conceito: sequência de eventos desde a geração da informação, por parte do emissor, até sua captação/assimilação/aceitação pelo receptor, gerando saberes individuais e

coletivos Barreto (1998).

O fluxo informacional irá determinar, dentro da empresa, como ocorrerão os processos. A principal dificuldade está em transmitir de forma adequada todas as orientações, assim como monitorar os resultados obtidos na aplicação de cada técnica

visando o constante aprimoramento

A segui foram escolhidos três modelos conceituais de fluxos informacionais de Smit e Barreto , Davenport e Beal:

4.5.1 Modelo de Smit e Barreto.

No primeiro modelo desenvolvido por Smit e Barreto (2002) eles definem três fluxos básicos de informação: Fluxos interno que se trata de (captação, seleção, armazenamento e recuperação da informação), fluxo de transformação da informação em conhecimento e o último, de inscrição de informação, determinada pela consolidação da criação do autor.

Os autores consideram também que fluxos informacionais passam por dois níveis: Interno (objetivo no sistema para organização e controle), segundo nível acontece nas extremidades do fluxo interno, (seleção, armazenamento e recuperação da informação) e os extremos (transformação cognitiva do receptor através da linguagem sobre o fenômeno sistêmico do fluxo).

(31)

Figura 1: Modelo do Fluxo interno e os fluxos extremos da informação.

Fonte: SMIT E BARRETO (2002)

4.5.2 Modelo de Davenport

O segundo modelo de fluxo informacional é o de Davenport(1998 p. 46) que é um processo genérico para utilização no gerenciamento da informação, consiste em três momentos : determinação das exigências, obtenção, distribuição e utilização. Na determinação das exigências o autor apresenta momento menos concreto do processo , mas ao mesmo tempo crucial para o desempenho do projeto pois demanda conhecimento do ambiente informacional pelo gestor. “É processo direto que define um problema e encontra a informação que possa resolvê-lo; que os gerentes entendem

suas exigências; que reúnem apenas os dados necessários para tomar decisões”

Davenport (1998 p.48).

O segundo momento denominado obtenção de informações, davenport (1998 p.50) afirma que “obter informações é realmente uma atividade ininterrupta, não algo que possa ser finalizado e despachado. Portanto, o processo mais eficaz é aquele que

incorpora um sistema de aquisição contínua.”

O autor divide essa etapa em três atividades a realizar-se: exploração das informações ( a busca de informações em diversas fontes, classificadas por Davenport (1998 p. 51) em três principais; especialistas externos; fontes confiáveis e boatos internos) .Classificação da informação (sistematização organizadas das ideias e dados coletados) e formatação e estruturação das informações ( gerenciar seus documentos e

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estrutura-los e em seguida formata-los).

,O terceiro momento do processo de gerenciamento da informação diz respeito às formas que as informações são procuradas e divulgadas para os membros da organização. Davenport (1998) afirma que “a distribuição envolve a ligação de gerentes e funcionários com as informações de que necessitam. Se os outros passos do processo estiverem funcionando, então a distribuição será mais efetiva.”

O último momento processo, chamado uso da informação, diz que a informação deve estar disponível aos usuário da organização. O uso é a etapa final de todo processo de gerenciamento informacional.

Figura 3: O processo de gerenciamento da informação.

Fonte: DAVENPORT (1998)

4.5.3 Modelo de Beal

O ultimo modelo de fluxo informacional avaliado é o de Beal (2004). A primeira etapa do modelo de Beal apresenta-se como a identificação das necessidades e requisitos de informação. Segundo a autora, esta etapa é “fundamental para que possam ser desenvolvidos produtos informacionais orientados especificamente para cada grupo

e necessidade”.

A segunda etapa diz respeito à obtenção das informações ,o processo tem que ser alimentado continuamente. Beal (2004) considera que “na etapa de obtenção da

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informação são desenvolvidas as atividades de criação, recepção e captura de informação, provenientes de fonte externa ou interna, em qualquer mídia ou formato.

A etapa seguinte do processo de gestão estratégica da informação é denominada de tratamento da informação. Para Beal (2004) “antes de estar em condições de ser aproveitada, é comum a informação precisar passar por processos com o propósito de torná-la mais acessível e fácil de localizar pelos usuários”.

A quarta etapa consiste na distribuição da informação. Duas formas podem ser considerada para distribuir a informação, a primeira interna (usuários da organização) e a segunda externa (fornecedores, clientes, parceiros, sociedade). Beal (2004) atesta que

“quanto melhor a rede de comunicação da organização, mais eficiente é a distribuição

interna da informação, o que aumenta a probabilidade de que esta venha a ser usada para apoiar processos e decisões.

O uso da informação compõe a quinta etapa sendo segundo Beal (2004) a mais importante de todo o processo de gestão da informação, embora seja frequentemente

ignorada pelas organizações.

A sexta etapa do processo, é chamada de armazenamento que conforme Beal (2004)

ocorre com a “conservação dos dados e informações, permitindo seu uso e reuso dentro da organização”.

A última etapa do modelo de Beal diz respeito ao descarte da informação, isto é, toda informação considerada inútil deve ser descartada. Para Beal (2004) “excluir dos repositórios de informação corporativos os dados e informações inúteis melhora o processo de gestão da informação.” Essa é a única etapa de gerenciamento de fluxo informacionais que mais se distancia dos demais modelos apresentados.

(34)

Figura 4: Modelo de representação do fluxo da informação

Fonte: BEAL (2004)

4.6 Setor publico

É constituída da administração direta e da administração indireta, esta formada por autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e organizações sociais. É subdividida em poderes (executivo, legislativo e judiciário) e em esferas (federal, estadual e municipal) (INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA. CICLO, 2007). Essa é a definição geral encontrada em normas, leis e etc. A parti dessa definição podemos perceber que o setor publico encontra-se em todos os entes federativos e poderes do estado, fazendo parte assim ativamente da vida do cidadão brasileiro. Sendo assim de suma importância que órgãos como esses em mereçam serem desenvolvidos, principalmente no âmbito administrativo visando o melhor desempenho de suas funções as finalidades desses.

Segundo DIAS (1998) as organizações públicas podem ser conceituadas como organizações que têm como objetivo prestar serviços para a sociedade; são sistemas dinâmicos, extremamente complexos, interdependentes e inter-relacionados que envolve informações e seus fluxos, estruturas organizacionais, pessoas e tecnologias.

Tudo que se relaciona a Setor publico para muitas pessoas trata-se órgãos

“podrificados” pelas politicas corruptas encravada no brasil, de má execução de

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sociedade.

De acordo com Carbone (2000), as organizações publicas são caracterizadas pelo :

burocratismo” (excessivo controle de procedimentos, gerando uma administração engessada, complicada e desfocada das necessidades do país e do contribuinte); “autoritarismo/centralização” (excessiva verticalização da estrutura hierárquica e centralização do processo decisório); “aversão aos empreendedores” (ausência de comportamento empreendedor para modificar e se opor ao modelo de produção vigente); e “reformismo” (desconsideração dos avanços conquistados, descontinuidade administrativa, perda de tecnologia e desconfiança generalizada).

.

Porem não se deve seguir com mecanismo como os apresentando antes mas, absolver novas formas mais eficientes de gerencia como a administração Publica gerencial explicada por Pereira(1998):

Orientada para o cidadão e para a obtenção de resultados; pressupõe que os políticos e os funcionários públicos são merecedores de um grau limitado de confiança; como estratégia, serve-se da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação; o instrumento mediante o qual se faz o controle sobre os gestores públicos é o contrato de gestão.

O que devemos ter compreensão é que a administração pública não objetaria a acumulação de riqueza e de capital intelectual ou a busca do lucro como ocorre no setor privado. Deve ser a otimização da cidadania, do bem estar social, da transparência de governos, do cumprimento dos compromissos políticos que estão na alma da democracia, da qualidade de vida das populações, bem como da eficácia na aplicação de recursos públicos. Exige reflexão e a produção de metodologias específicas, voltadas para as suas necessidades. Com longevidade nos governos dando sempre continuidade nos programas ou melhorando os serviços pra população, nunca retroagindo.

4.7 GC no Setor publico

Fica evidente a necessidades de mudanças no que tange as atividades administrativas das organizações publicas, onde a forma de burocracia rígida não predominasse e novas gerencias mais eficientes fossem aceitas. Pereira (1998) sugeri,

“uma reforma administrativa onde a administração pública burocrática converte-se à

gerencial, resguardando que a administração gerencial de ser inserida a na burocrática.” Para essa reforma ocorrer devem ser observadas segundo Pereira (1998) três dimensões:

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(1) uma dimensão institucional-legal, através da qual se modificam as leis e se criam ou modificam instituições( tudo deve ser modificado através da legislação, leis e regulamentos)

(2) uma dimensão cultural, baseada na mudança dos valores burocráticos para os gerenciais ( mudanças como as pessoas atuam na organização, extremamente

complexo); e

(3) uma dimensão-gestão ( mais importante e difícil pois discorre de mudanças

administrativas relevantes).

Segundo Pereira (1998) dimensão-gestão será a mais difícil. Trata-se aqui de colocar em prática as novas ideias gerenciais, e oferecer à sociedade um serviço público efetivamente mais barato, melhor controlado, e com melhor qualidade.

Diante disto, as organizações públicas se deparam com a necessidade de algo novo, tanto em aspectos administrativos quanto em políticos, necessitando associar aspectos políticos, e técnicos, sendo essa união essencial e fundamental para as ações nesse campo. Entretanto, essa investigação de forças torna-se necessária para se conduzir uma reflexão, onde se possam obter as melhores estratégias para descrever organizações capazes de atingir seus objetivos, que consistem em serviços eficientes à

sociedade. Santos e Leocardio (2008).

Cada vez mais a administração publica influencia na sociedade e desenvolvimento social com suas ações e decisões. Santo e Leocardio (2008) afirmam que “A Gestão do Conhecimento traz novas opções e práticas que podem ajudar a administração pública a se tornar mais efetiva e melhorar a sociedade a que serve”.

Embora muitas práticas de compartilhamento e transferência de conhecimento já existam em algumas organizações, a gestão do conhecimento é pouco utilizada pelas instituições do setor público no Brasil. Para Batista (2006) isso acontece porque as práticas de gestão do conhecimento não são gerenciadas de maneira interligada com a finalidade clara de melhorar o desempenho organizacional, sem haver um alinhamento com a missão, a visão de futuro e as estratégias organizacionais.

(37)

As organizações publicas devem observa a necessidade de criar uma forma ou modelo Gestão do conhecimento que sirva para todos os seus entes federativos, respeitando claro suas especificidades e garantam de fatos que seja exercidos seus

pressupostos e viabilizem seus resultados. “Construir um modelo genérico (que sirva

para todas as organizações públicas), holístico (que permita um entendimento integral da GC), com foco em resultados (que vise alcançar objetivos estratégicos e melhorar o desempenho) e específico de GC para a administração pública brasileira”. BATISTA (2012)

Abdullah e Date apud BATISTA (2012) citam as seguintes razões que os setores público e privado têm em comum para implementar GC: i) atrair e manter o capital humano ii) promover o capital social; iii) criar e usar o capital estrutural, iv) compartilhar processos e melhores práticas (em combinação com práticas inovadoras), e

v) estimular a colaboração.

Ainda BATISTA (2012) coloca que “Iniciativas em GC tenham um impacto na n qualidade dos serviços prestados à população, na eficiência na utilização dos recursos públicos, na efetividade dos programas sociais e na promoção do desenvolvimento.”

O modelo de gestão do conhecimento para o setor publico, se bem utilizado pode ser uma resposta eficiente para o enfrentamento de inúmeros problemas existentes e que, rapidamente, poderia elevar o padrão de gestão das organizações publicas. Principalmente pelo caráter de valorização dos clientes que possuem a GC, que seria de relevância para o setor publico já que ele efeito para a sociedade e o cidadão-usuário, onde por vezes não observamos em organizações e gerenciais gerais.

É necessário que um modelo de GC para as organizações públicas relacione os processos de GC com a aprendizagem e a inovação de forma contextualizada para a

(38)

Na realidade as próprias organizações privadas mais “abertas” para aplicação de

novos método gerenciais possuem dificuldade na suas realização , sendo de sumas importância a abrangência de seus processos. Para Coelho (2004):

A Gestão do Conhecimento é reconhecida como um modelo de gerenciamento das organizações, focado na aprendizagem continua, na estratégia da inovação e na geração de conhecimento, só que apesar das organizações publicas serem notadamente intensivas em conhecimento, a sociedade brasileira, em geral, e as três esferas da administração publica, de maneira genérica, não possuem uma cultura e um ambiente voltados para aprendizagem organizacional e/ ou para a inovações , com raras exceções, também não incentivam a educação continuadade seus servidores.

(39)

5. METODOLOGIA 5.1 Tipo de Pesquisa

Esta pesquisa está delineada quanto ao seu objetivo como do tipo descritiva, pois, segundo Gil (2008) tem “como objetivo primordial a descrição de características

de determinada população ou fenômeno [...]”, e sua principal característica é utilizar

de técnicas padronizadas de coleta de dados.

São apresentados os tipos de pesquisa que caracterizam e definem os objetivos

da pesquisa.

5.1.1 Definição da pesquisa quanto os objetivos

Quanto aos objetivos, este estudo caracteriza-se como explicativa. Esta pesquisa está delineada quanto ao seu objetivo como do tipo descritiva, pois, segundo Gil (2008)

tem “como objetivo primordial a descrição de características de determinada população ou fenômeno [...]”, e sua principal característica é utilizar de técnicas padronizadas de

coleta de dados.

Quando o pesquisador procura explicar os porquês das coisas e suas causas, por meio do registro, da análise, da classificação e da interpretação dos fenômenos observados. Visa a identificar os fatores que determinam ou contribuem para a

ocorrência dos fenômenos; “aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a

razão, o porquê das coisas.

5.1.2 Definição da pesquisa quanto à natureza da abordagem

Quanto a natureza da abordagem a pesquisa é definida como qualitativa, pois ela foi realiza a parti da analise dos dados obtidos , procurando sempre o aprofundamento do conhecimento sobre o conteúdo, realizado de forma interpretativa junto ao questionário com os agente da organização e analise do ambiente . Para Prodanov (2013) na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos dados. O pesquisador mantém contato direto com o ambiente e o

(40)

objeto de estudo em questão, necessitando de um trabalho mais intensivo de campo. Nesse caso, as questões são estudadas no ambiente em que elas s apresentam sem

qualquer manipulação intencional do pesquisador.

A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Tal pesquisa é descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Prodanov (2013)

5.1.3 Definição da pesquisa quanto os procedimentos técnicos

Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. Gil (1998)

Estudo de caso

O presente estudo está enquadrado como um estudo de caso, pois é a aplicação prática de uma pesquisa científica dentro de uma organização. O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou

(41)

poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados. Gil (1998) Prodanov (2013) afirma que o estudo de caso consiste em coletar e analisar informações sobre determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa.

Conforme Lakatos e Marconi (2004) o estudo de caso “reúne o maior número de

informações detalhadas, valendo-se de diferentes técnicas de pesquisa, visando apreender uma determinada situação e descrever a complexidade de um fato”.

5.2 Instrumento de coleta.

O instrumento de coleta são as formas a quais vão ser levantados dados e informações não encontradas na pesquisa bibliográfica ou documental, que alimentam a pesquisa para posterior analise de determinado campo. O instrumento utilizado nessa pesquisa é o de entrevista semi-estruturada.

Entrevista semi-estruuturada

Para Triviños (1987) APUD Manzini ( 1990/1991) a entrevista semi-estruturada tem como característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes.

Há maior flexibilidade no momento da entrevista. O entrevistador pode repetir a pergunta, formular de maneira diferente;, garantir que foi compreendido. Pode permite obter dados que não se encontram nas fontes documentais e podem capturar

informações mais precisas.

Para Manzini (1990/1991), a entrevista semi-estruturada está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse

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tipo de entrevista pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas.

5.3 Coleta de Dados.

Esta pesquisa é um estudo de caso qualitativo, tendo como questão de pesquisa: A analise do fluxo informacional do cadastro de ambulantes da gerencia do comercio informal do recife e como gestão do conhecimento pode auxiliar na melhoria do fluxo. A utilização desta abordagem deveu-se a fim de compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, através do contato do pesquisador com a situação estudada, e interpretar as particularidades dos comportamentos ou atitudes dos

indivíduos (GODOY, 1995).

Coleta dos dados foi realizada através da criação de um roteiro de entrevista semi estruturada baseada nas teorias e a autores trazidos e levantados no referencial teórico. Material esse de relevância para o esclarecimento, analise e enriquecimento dos temas.

Foi estabelecido um sequencia de perguntas visando esclarecer os objetivos propostos na pesquisa. A escolha pela entrevista semi-estruturadas se deu por esse tipo de coleta de dados acontecer de forma flexível onde o pesquisador define as perguntas centrais e durante a entrevista pode direcionar suas perguntas para um melhor

esclarecimento das questões.

Em um primeiro momento foram selecionadas 11 perguntas baseadas em autores como Smit e Barreto, Davenport e Beal, desenvolvidas a parti de seus modelos de fluxo informacional proposto. Buscando entender como funciona o fluxo de cadastro do comercio informal do recife. Desde as necessidades de informação ate o uso ou descarte.

Em um segundo momento foram selecionadas 5 perguntas envolvendo o modelo de conversão do conhecimento de Nonaka e Takeushi na gestão do Fluxo informacional já esclarecido. A escolha desse modelo serve pra delinear através da analise das respostas conferidas se na organização ocorre a Gestão do conhecimento e

(43)

em quais pontos ela pode ser desenvolvida.

A seleção da amostra foi realizada baseada através da importância direta para os indivíduos da entrevista, que o fluxo informacional do cadastro representa .

Foram entrevistados 12 pessoas, dentre esses, 5 funcionários que trabalham diretamente na realização do cadastro (nomenclatura C), 3 funcionários do planejamento (nomenclatura P) e 2 funcionário do setor de operações (nomenclatura O) da PCR/GCI Gerencia do comercio informal . Na escolha dos entrevistados, não foi levado em consideração nenhum tipo classificação, tais como: sexo, experiência ou idade. As entrevistas foram realizadas na gerencia do comercio informal

O perfil dos entrevistados foram demostrado a parti do gráfico a seguir: Quadro 1: Perfil dos entrevistados

Setor Tempo de trabalho Formação/ocupação Identificador

GGCI/ Administrativo 23 anos

Téc. em Administração

Entrevistado P1

GGCI/ Administrativo 3 anos

Pós-graduação em Politicas Publicas

Entrevistado P2 GGCI/ Administrativo 26 anos

Engenheiro cCivil

Entrevistado P3

GGCI/ Cadastro 6 meses

Tec. Equipamentos industriais

Entrevistado C1 GGCI/ Cadastro 2 anos

Assistente Social

Entrevistado C2 GGCI/ Cadastro 1 ano e 6 meses

Estudante de Direito

Entrevistado C3 GGCI/ Cadastro 23 anos

Relações Publicas

Entrevistado C4 GGCI/ Cadastro 23 anos

Tec. em Edificações Entrevistado C5 GGCI/Operações 3 anos Advogado Entrevistado O1 GGCI/Operações 23 anos Policial Civil Entrevistado O2 Fonte: Autor

A aplicação das entrevistas ocorreu durante o mês de novembro de 2015, onde cada gestor foi entrevistado, respondendo o roteiro de perguntas através de uma conversa informal, em que o entrevistador utilizou de gravação de áudio para posterior

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