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Câmara Municipal. de Aveiro. Feriado Municipal Exmos(as) Senhores(as)

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Câmara Municipal

de Aveiro

Feriado Municipal 2014 Exmos(as) Senhores(as)

Neste Dia especial em que evocamos a existência e a vida do Município de Aveiro, quero saudar todos os presentes e todos os Cidadãos que têm assumida como sua esta terra, os nascidos e vividos, os imigrantes que acolhemos com gosto e os emigrantes que nos quatro cantos do Mundo cultivam os valores de Aveiro. A todos quero entregar um abraço de partilha de alegria pela existência, e de determinação para a tarefa sempre inacabada de construirmos um futuro melhor.

Na edição 2014 do Feriado Municipal quisemos vincar a dimensão Municipal desta festa, tendo iniciado formalmente as comemorações com uma reunião pública do Executivo Municipal em Nariz, uma das povoações mais distantes da Cidade-Sede do Município, como gesto político claro de termos uma governação que assume a dimensão total do Município em plena e normal condição.

Referencio e agradeço o gesto da empresa Aveirense “Oliveira & Irmão / OLI”, que aceitou associar a sua festa dos 60 anos de vida ao Feriado Municipal, oferecendo um concerto musical aos Aveirenses, dando também por essa via exemplo de cooperação institucional saudável e ativa.

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Além do trabalho dos muitos Funcionários do Município envolvidos na preparação e gestão destas comemorações, quero agradecer a adesão das várias Associações que de forma graciosa participam em ações das comemorações ou integraram iniciativas suas no nosso programa, incluindo a participação na Procissão da Padroeira Santa Joana. Uma palavra de especial apreço ao Grupo de Cantares e Xailes de Aveiro pela participação nesta sessão solene.

Este é o primeiro Feriado Municipal vivido na gestão do atual mandato autárquico 2013/2017, envolvido na ambiência das comemorações dos 40 anos da Universidade de Aveiro, marcado em data próxima da posse do seu renovado Reitor Prof. Manuel Assunção e dos festejos académicos do “Enterro do Ano” organizados pela sua Associação Académica.

É nesse quadro de acontecimentos relevantes da vida da Nossa Academia Aveirense e como ato político simbólico e relevante, que integrámos no conjunto das intervenções desta sessão solene, a intervenção “Universidade e Aveiro”, alusiva a esta relação que queremos muito mais forte e intensa entre a Universidade e o Município de Aveiro, agradecendo ao Prof. Renato Araújo ter acedido prontamente ao convite que lhe fiz com o apoio do Reitor Manuel Assunção. Bem haja pela aula que nos deu, pela partilha de vida que marcou a vida da Universidade de Aveiro e pelo testemunho da importância de continuarmos a crescer juntos, agora que já crescemos muito mais juntos.

A decisão que tomámos de não proceder à atribuição de condecorações municipais neste ano de 2014 e nesta sessão solene, reside em três argumentos principais. O primeiro é o facto de termos apenas seis meses de mandato e de querermos conhecer melhor a realidade e implementarmos novos critérios de atribuição de condecorações. O segundo reside no trabalho que estamos a fazer de alteração profunda do Regulamento Municipal específico. O terceiro é a

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contenção de custos e o cumprimento da Lei dos Compromissos que não permite essa despesa. Em 2015 esperamos poder fazer a atribuição de condecorações e teremos em conta os acontecimentos de 2013 e 2014.

O Feriado Municipal é momento de reflexão, de partilha, de festa e de mobilização de energias para que possamos perceber bem o caminho que queremos percorrer, convidando todos a ser parte da difícil, aliciante e importante tarefa do crescimento, na companhia daqueles que aceitarem o desafio de serem obreiros da construção a cada dia, de muito mais e muito melhor, com a satisfação da oportunidade conferida pela vida e pela opção de termos o Município de Aveiro como a Nossa Terra.

Estamos a viver o sétimo mês do novo mandato autárquico.

Cumprindo um dos principais pilares base do programa escolhido pelos Cidadãos Aveirenses, a reestruturação organizacional e financeira, cuja concretização tem de acontecer no período inicial desta caminhada, realizámos e partilhámos os resultados da auditoria interna à Câmara Municipal e às Entidades do seu Universo Municipal, elemento essencial para conhecermos bem toda a realidade, para mobilizarmos e responsabilizarmos os recursos internos para as reformas e as tarefas de gestão, e para que o debate político se centre na geradora solução dos problemas e no aproveitamento das oportunidades, e não na estéril problematização dos problemas e na definição do que é a realidade. A realidade é a que é, e é muito importante o seu exato conhecimento por todos, para que sejam as tarefas da caminhada a ter toda a nossa atenção e energia.

Quanto à organização, encontrámos uma situação depauperada e dispersa, com empresas municipais ilegais e falidas, com duas estruturas orgânicas em gestão simultânea e uma cadeia de comando desestruturada e

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misturada com falta de transversalidade e ligação fluida na relação entre as várias componentes da organização.

Implementámos já um conjunto de medidas, a que muitas outras se vão seguir, como a nova estrutura orgânica que entrou em vigor no passado dia um de maio, a extinção dos Serviços Municipalizados, a reafectação de recursos humanos, a ativação de uma nova instalação para os Armazéns dos Serviços Urbanos, a realização de auditorias técnicas a todos os edifícios e estradas municipais, desenhando planos de requalificação que permitam melhorar gradualmente e muito, a condição globalmente negativa que foi encontrada. No que às finanças respeita, a realidade é brutal: 140 milhões de euros de dívida formalizada, com a possibilidade desse valor ser de 151,1 milhões de euros após a verificação e validação de dívidas e ou compromissos encontrados sem formal integração nas contas, num valor total de 11,1 milhões de euros, e com uma receita total anual de apenas 44 milhões de euros. Trata-se de uma grave situação de desequilíbrio, para a qual a Lei e a Banca não têm instrumentos disponíveis para a sua resolução, até porque está em curso há cinco anos, um Plano de Saneamento Financeiro com empréstimo específico, embora completamente irrealista e desadequado à resolução do problema que temos em mãos. Por isso aguardamos de forma interventiva pelo novo instrumento criado pela nova Lei das Finanças Locais, o Fundo de Apoio Municipal, sendo que entretanto foram tomadas e vão continuar a ser tomadas muitas medidas de racionalização da despesa e de reestruturação da receita, de forma a alcançarmos com a maior brevidade possível a sustentabilidade financeira.

Nas obras devo destacar os projetos e os concursos públicos em curso para resolvermos problemas ambientais e outros passivos do Parque da Sustentabilidade, a luta pelos vistos do Tribunal de Contas para que possamos

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executar as Extensões de Saúde de Cacia e de Esgueira, as negociações com os respetivos empreiteiros para resolvermos bloqueios complexos das obras da Escola de 1º Ciclo da Vera Cruz (já em plena execução) e do CMIA / Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (com um acordo já alcançado e que possibilitará a sua formalização neste mês de maio e o seu arranque em data próxima). Das obras em início de execução destaque para o ambicionado Cais dos Pescadores de São Jacinto, com financiamento que conseguimos assegurar pelo PROMAR.

Ainda neste campo das obras, e com a importante escala da nossa Ria de Aveiro que partilhamos com os outros Municípios da Região de Aveiro, quero referenciar o nosso empenho na gestão da Polis Litoral Ria de Aveiro, destacando a obra em curso de qualificação da frente-Ria de São Jacinto, a obra já adjudicada da qualificação do Cais de Esgueira e as obras em concurso dos Parques de Carregal e de Requeixo, junto à Pateira.

O trabalho da gestão do Município tem na escala intermunicipal um patamar da maior importância. A Câmara Municipal de Aveiro aposta muito na cooperação e no trabalho de Equipa com os Municípios da Região de Aveiro, assumindo a liderança da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, participando na administração das empresas Polis Litoral Ria de Aveiro, Parque de Ciência e Inovação, Águas da Região de Aveiro, assim como da ERSUC e da Associação de Municípios do Carvoeiro-Vouga.

Estas são entidades que têm desenvolvido e estão a desenvolver um importante trabalho e investimentos relevantes para a qualificação do território e para a elevação da qualidade de vida dos Cidadãos, dos quais quero destacar o Parque da Ciência e Inovação, projeto liderado pela Universidade de Aveiro e do qual a Câmara Municipal de Aveiro é parte, com a sua execução física no

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Município de Ílhavo, numa primeira fase, e no Município de Aveiro, numa segunda e próxima fase.

Quero reiterar o compromisso de, no âmbito da gestão da ERSUC, cuidarmos de zelar pela boa gestão da unidade de tratamento mecânico biológico de Eirol, exigindo elevados padrões de qualidade ambiental e urbana. Em parceria com os Municípios da Região de Aveiro, envolvendo o Governo, e utilizando o Fundo de Recursos Hídricos e os Fundos Comunitários, queremos e vamos qualificar o Baixo Vouga Lagunar, tapando os rombos das margens do Vouga em Eixo e em Cacia, em Albergaria-A-Velha e em Estarreja, tirando proveito para a criação de riqueza e de emprego, dos seus valores agrícolas, ambientais e paisagísticos.

A nível nacional, o Município de Aveiro tem agora responsabilidades ao mais alto nível da gestão da Associação Nacional de Municípios Portugueses, numa fase intensa da vida do Poder Local e de Portugal, registando-se no próximo dia 20, os 30 anos da vida desta entidade que muito tem contribuído para o fortalecimento do Poder Local Democrático, uma das principais conquistas do 25 de abril.

Poder Local esse que é hoje, nos seus parâmetros financeiros globais, um dos melhores exemplos da gestão das administrações públicas de Portugal, estando o Município de Aveiro agora determinado em dar um contributo positivo para essas boas contas, ao contrário do que temos feito nos últimos anos.

A nível Europeu, o Município de Aveiro integra a delegação portuguesa do Comité das Regiões, importante instrumento de construção das políticas europeias, querendo destacar a apresentação na passada sexta-feira, Dia da

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Europa, da carta da governação multinível, que visa promover uma melhor interligação e cooperação entre os vários níveis de governação pública (Cidades/Municípios/Freguesias, com as Regiões, os Estados e a União Europeia), rentabilizando os recursos disponíveis e apostando em mecanismos de complementaridade e de descentralização.

A boa cooperação institucional com o Governo de Portugal, a quem desejamos todo o sucesso a Bem da Nação, é uma opção política assumida, no respeito pela esfera de competência de cada um, e na defesa intransigente da produção de decisões de boa gestão do território. A defesa de um Centro Hospitalar do Baixo Vouga com elevada qualidade e autonomia, a qualificação das Extensões de Saúde de Aradas, Eixo, Oliveirinha e São Jacinto, a reforma do sistema de portagens nas ex-SCUT que permita a libertação do espartilho que envolve a Cidade de Aveiro, a resolução do passivo ambiental, urbano e social das instalações do antigo centro de saúde mental de São Bernardo, e a afetação de Fundos Comunitários do novo quadro 2014/2020 para o Município e a Região de Aveiro, entre muitos outros assuntos importantes, estão na agenda de trabalho.

Caros Concidadãos, Queridas Concidadãs

É tempo de darmos as mãos e sermos boa parte de um processo de crescimento e desenvolvimento sustável e sustentado, reconquistando a credibilidade e utilizando com empenho a capacidade de fazer bem.

É tempo de assumirmos uma verdadeira estratégia de eficiência coletiva, congregando a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, as Associações, as Empresas, os Cidadãos. A imortalizada frase que partilha essa bela ideia de pensarmos no que cada um de nós pode fazer pelo Nosso Município, ao invés da clássica atitude do que pode ele fazer por mim, é mais do que nunca uma necessidade, constituindo um imperativo de cidadania e um importante

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instrumento de trabalho. Tudo isso na certeza de que, um Município com uma Câmara Municipal mais capaz, recebe como retorno a sua maior capacitação a vários níveis.

Esta é a nossa aposta, e o caminho que queremos que todos percorram connosco.

Das muitas frentes de trabalho que vamos lançar nesta segunda fase do mandato que está a começar, quero destacar o Planeamento do Território e a Intervenção e Ação Social.

No Planeamento do Território, vamos proceder ao relançamento da Revisão do PDM, à elaboração de um Estudo do Eixo Urbano Central da Cidade de Aveiro, referenciado nos Canais Urbanos da Cidade e cuidando em especial do espaço localizado entre as Pontes, o Rossio e a antiga Lota, assim como de toda a zona a nascente do Canal de São Roque, à reformulação do estudo da ligação Aveiro/Águeda, cuidando das suas implicações em Santa Joana, entre outras.

Na Intervenção e Ação Social estamos a implementar uma reforma profunda, apostando na Parceria Institucional com os muitos e bons Agentes Públicos e Privados, e num fortalecido e reformatado Conselho Local de Ação Social, desenhando e implementando um programa de reabilitação física e social dos Bairros de Habitação Social, mobilizando e responsabilizando os seus Moradores, e tendo na presença ativa e no exemplo do bom trabalho da Câmara Municipal de Aveiro, a referência dessa importante operação.

Com uma palavra de empenho no aprofundamento das relações bilaterais e de toda a família, quero saudar as Cidades e os Municípios Irmãos de Aveiro, a todos, querendo deixar uma saudação especial ao Município de Pelotas no

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Brasil, pelo intercâmbio de pessoas e ações que está a acontecer neste ano de 2014 e com uma saudação muito especial ao Príncipe, a uma das mais belas ilhas do Mundo, abençoada e liderada por Santo António e superiormente governada pelo Presidente e meu Querido Amigo José Cassandra, aqui presente e a quem saúdo vivamente pelo expressivo gesto da sua presença. Estamos determinados em crescermos juntos, dando contributo para um Mundo mais solidário, com mais Paz e Prosperidade.

De Santa Joana a São Gonçalinho, de Santa Maria Madalena da Taboeira à Senhora das Areias de São Jacinto, entre tantos outros Padroeiros e Padroeiras, cuidaremos de preservar a boa tradição religiosa da Nossa Gente, solicitando aos crentes a sua oração geradora de bênçãos, e aos que não creem a sua atenção para a promoção de valores especiais e importantes da nossa Cultura, que queremos valorizar como instrumento extraordinário de diferenciação do território.

Caros Concidadãos, Queridas Concidadãs

Façamos deste dia de festa um dia de determinada esperança na nossa capacidade, no nosso trabalho, na tal estratégia de eficiência coletiva que nos vão fazer valorizar a herança recebida, entregando-a valorizada aos Nossos Filhos e às Gerações Vindouras.

Bem Hajam.

Viva o Município de Aveiro.

José Ribau Esteves Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Referências

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