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CDH aprova projeto que obriga apresentação imediata de presos à autoridade judicial

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ASSESSORIA PARLAMENTAR

INFORMATIVO

18 de SETEMBRO de 2013

SENADO FEDERAL

CDH aprova projeto que obriga apresentação

imediata de presos à autoridade judicial

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou, nesta quarta-feira (18), projeto de lei (PLS 554/2011) de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) que introduz a audiência de custódia na Justiça brasileira, estabelecendo o prazo de 24 horas para a apresentação do preso ao juiz.

O projeto determina ainda que, na ocasião da apresentação, o juiz deverá inquirir a pessoa presa e seu advogado para saber se houve violação dos direitos e garantias fundamentais para, em caso de ocorrência, determinar medidas cabíveis para a preservação da integridade do preso e a apuração das violações apontadas.

Em seu relatório, com voto favorável à matéria, o senador João Capiberibe (PSB-AP) ressalta a importância da fixação de prazo para apresentação do preso ao juiz competente, a fim de evitar abusos e resguardar a integridade física e psíquica da pessoa autuada.

— Esse é o melhor antídoto contra a tortura no país — disse Capiberibe, durante a discussão da proposição.

Libras no ensino básico - A CDH aprovou também sugestão resultante do Programa Senado Jovem Brasileiro para tornar obrigatória a inserção da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) no ensino básico.

Conforme a proposta (Sugestão nº 2/2013), que agora passa a tramitar na CDH na forma de projeto de lei de autoria da comissão, tal aprendizado deve ocorrer preferencialmente do sexto ao nono ano do ensino fundamental nas unidades da Federação que tiverem condições de ampliar a grade curricular sem prejuízo dos estudantes.

Quórum - Durante a reunião, a presidente da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES), e os senadores Capiberibe e Paulo Davim (PV-RN) lamentaram a continuada falta de quórum nas reuniões da comissão, que tem impedido a deliberação de matérias que tramitam em caráter terminativo. Segundo os parlamentares, o problema vem ocorrendo na comissão há mais de dois anos.

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Como solução para a falta de quórum, Capiberibe sugeriu a realização de um mutirão na comissão que permita votar as matérias que estão acumuladas bem como a mobilização de entidades de direitos humanos no país, visando cobrar dos líderes de oposição a indicação de senadores para compor a comissão.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão especial aprova contratação de defensores

públicos em todos os estados

A proposta fixa prazo de oito anos para o cumprimento efetivo da

exigência.

Por unanimidade, a comissão especial aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC 247/13) que exige que a União e os estados garantam a presença de defensores públicos em todas as seções da Justiça federal e em fóruns da Justiça estadual.

De autoria do deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), a proposta fixa prazo de oito anos para o cumprimento efetivo desta norma. Enquanto isso, os defensores que forem contratados deverão preencher, prioritariamente, as vagas nas regiões com maiores índices de exclusão social e concentração populacional.

O defensor público é um advogado contratado, via concurso público, pela União ou pelos estados para prestar assistência jurídica integral e gratuita a quem não pode pagar pelos serviços de advocacia. Têm garantia de atendimento pelos defensores as pessoas com renda de até três salários mínimos.

Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra um déficit atual de cerca de 10 mil defensores públicos no País.

Organização das Defensorias

O texto aprovado é o parecer do relator, deputado Amauri Teixeira (PT-BA). Ele apresentou uma correção de redação no texto original e também propôs dar à Defensoria Pública maior poder de organização de seu funcionamento, como a criação e a extinção de cargos, por exemplo.

O texto também estabelece a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional como princípios institucionais da Defensoria Pública.

Teixeira acrescentou que a intenção é corrigir falhas na proteção jurídica do Estado ao cidadão de baixa renda, sobretudo em regiões mais pobres. "O cidadão dos lugares menos favorecidos sentem a necessidade de um sistema de Justiça menos perverso e compreende o papel da Defensoria Pública como garantia de sua defesa frente a um Estado, que, até agora, se organiza mais para condenar do que para defender quem é pobre. Vamos garantir acesso à Justiça a um contingente de mais de 150 milhões de pessoas despossuídas".

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Apoio da categoria

A proposta contou com o apoio das entidades de classe dos defensores - Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef) e Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep) - e também da Frente Parlamentar pela Defesa e Fortalecimento das Defensorias Públicas Federal e Estaduais.

A coordenadora da frente, deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), afirmou que a Câmara entendeu a necessidade dos brasileiros pobres e carentes que enfrentam o poder público. “Esse momento é histórico e quem deve estar sorrindo e celebrando, mesmo, é o povo brasileiro. E esperamos que seja cumprido em um espaço de tempo breve".

O deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG), que está no nono mandato, também comemorou o aperfeiçoamento institucional da Defensoria Pública desde sua introdução na Constituição de 1988. "Fui um dos autores da emenda, no Plenário da Constituinte, que introduziu a Defensoria Pública na Constituição. E, na hora em que verificamos progresso e aperfeiçoamento nos instrumentos dessa instituição, comemoramos com muita alegria. A Defensoria Pública defende o cidadão não só contra terceiros, mas contra o próprio poder público".

Tramitação

O texto será analisado agora no Plenário da Câmara, onde precisa ser aprovado em dois turnos de votação.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

STJ reúne parlamentares para debater filtro em

recursos especiais

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, promoveu na manhã desta quarta-feira (18) mais um encontro de trabalho com parlamentares para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 209/12, que cria o filtro de relevância para os recursos especiais que chegam ao STJ. O café da manhã, na sede do Tribunal, reuniu os ministros Gilson Dipp (vice-presidente), Eliana Calmon e Nancy Andrighi, além de deputados, senadores e líderes partidários.

O deputado Luiz Pitiman, presidente da Frente Parlamentar Mista de Gestão Pública e um dos autores da PEC, enalteceu o “excelente trabalho de interlocução com o parlamento” promovido pelo presidente Felix Fischer, na busca de mecanismos capazes de dar maior agilidade ao Judiciário brasileiro e atender ao desejo da população de ter uma Justiça rápida e eficiente.

Felix Fischer abriu o encontro rebatendo os que criticam a PEC com o argumento de que ela limitaria o acesso à Justiça: “Esse tipo de comentário só interessa aos que apostam na eternização das causas.” Ele reiterou que o filtro não comprometerá o direito da ampla defesa e o acesso do cidadão ao julgamento justo de seus litígios.

Segundo o presidente, o objetivo é fazer com que o STJ deixe de atuar como terceira instância, revisora de processos, e exerça de forma mais efetiva o papel constitucional de

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uniformizador da jurisprudência sobre a legislação federal. “O STJ é um tribunal superior e não um tribunal de apelação. Não julgamos matérias de fato, mas matérias de direito”, ressaltou o ministro.

Valorizar as instâncias ordinárias

Para o vice-presidente do Tribunal, ministro Gilson Dipp, mais do que desafogar o trabalho do STJ, a PEC vai “valorizar extremamente” as instâncias ordinárias, que deixarão de ser trampolins para se chegar às instâncias superiores. Opinião que é compartilhada pela deputada Rose de Freitas, também autora da PEC 209, para quem é inadmissível que o STJ continue recebendo milhares de processos que poderiam ser resolvidos definitivamente nas instâncias ordinárias.

Com o filtro de relevância, o STJ poderá recusar o julgamento de recursos especiais cujas discussões afetem apenas o interesse dos envolvidos, sem relevância jurídica e sem maiores implicações na interpretação do direito federal. O exame do recurso terá que ser recusado por dois terços dos ministros que compõem o órgão competente para o julgamento. O relator da PEC no Congresso Nacional, deputado Sandro Mabel, ressaltou que esse tipo de encontro é importante para buscar o equilíbrio e o consenso necessários para agilizar a votação da proposta. Ele afirmou que a expectativa é que a PEC seja votada ainda este ano.

CONSELHO NACIONAL DO

MINISTÉRIO PÚBLICO

CNMP adia sessão ordinária desta quarta-feira

A 15ª Sessão Ordinária de 2013 do Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público, que ocorreria nesta quarta-feira, 18/9, foi adiada para próxima segunda-feira, 23/9, às 14h. Interessados em fazer sustentação oral podem se inscrever até as 19h de sexta-feira, 20, utilizando o formulário disponível no porta do CNMP (aqui). A pauta será mantida.

GT estuda propostas que visam à regulamentação de TACs e

recomendações

Um grupo de trabalho integrado por membros do Ministério Público da União e dos Estados especialistas e autores de obras sobre o tema foi formado para estudar possibilidade de o Conselho Nacional do Ministério Público regulamentar a utilização de termos de ajustamento de conduta e de recomendações pelo MP, como forma de solução de conflitos. Coordenado pelo conselheiro e presidente da Comissão de Direitos Fundamentais,

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Jarbas Soares, o grupo estuda pontos considerados polêmicos em relação à confecção de TACs e recomendações.

"Há um grande questionamento no CNMP, de diversos órgãos e instituições, sobre a forma em que o TAC e a recomendação estão sendo elaborados. Portanto, parece-me louvável que o CNMP analise a possibilidade de regulamentar a matéria, antes que isso ocorra em outros fóruns que não conheçam a realidade do Ministério Público", disse Jarbas.

Para o conselheiro, o assunto traz pontos sensíveis e que já são contestados por outros órgãos como a Advocacia-Geral da União. "Por serem instrumentos que tutelam direitos e interesses difusos e coletivos, talvez seja preciso clareá-los para que sejam utilizados de forma mais adequada e sem questionamento no Judiciário ou no CNMP".

Na primeira reunião, que ocorreu nesta quarta-feira, 18/9, o grupo lembrou que esses instrumentos são muito utilizados em outros países, inclusive da União Europeia. Foi ressaltado também que o texto preliminar será encaminhado a instituições como a OAB, a Conamp e o CNPG para receber sugestões.

O conselheiro pretende levar proposta de resolução sobre o tema ao Plenário em outubro. Conheça o grupo de trabalho:

Annelise Monteiro Steigleder – MP/SP Geisa de Assis Rodrigues – MPF

Fernando Reverendo Vidal Akaoui – MP/SP Gregório Assagra de Almeida – MP/MG Ronaldo Lima Santos - MPT

Alexandre Amaral Gavronski - MPF Otavio Brito Lopes - MPT

Referências

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