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O PESO DA IDEOLOGIA NA ATITUDE DE PAÍSES LATINO-AMERICANOS EM RELAÇÃO AOS ESTADOS UNIDOS

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Academic year: 2021

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IX Encontro da ABCP

Área temática: Estudos de política externa

O PESO DA IDEOLOGIA NA ATITUDE DE PAÍSES LATINO-AMERICANOS EM RELAÇÃO AOS ESTADOS UNIDOS

João Carlos Amoroso Botelho Universidade Federal de Goiás João Pedro Tavares Damasceno Universidade Federal de Goiás

Brasília, DF

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O PESO DA IDEOLOGIA NA ATITUDE DE PAÍSES LATINO-AMERICANOS EM RELAÇÃO AOS ESTADOS UNIDOS

João Carlos Amoroso Botelho Universidade Federal de Goiás João Pedro Tavares Damasceno

Universidade Federal de Goiás

Resumo: Há uma expectativa de que a posição ideológica dos partidos governantes na

América Latina preveja a atitude das suas administrações em relação aos Estados Unidos. Nesse sentido, governos de esquerda seriam hostis aos norte-americanos, enquanto governos de direita seriam simpáticos. A proposta do artigo é utilizar dados sobre a coincidência de votos dos Estados Unidos com 17 países latino-americanos (Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) na Assembleia Geral da ONU, em contraste com a posição do partido governante na escala esquerda-direita a cada período, segundo a avaliação de parlamentares de outros partidos em cada país. A partir desses dados, o trabalho emprega a análise estatística e verifica se há correlação entre as variáveis, como forma de responder à expectativa sobre o peso da ideologia na atitude de países latino-americanos em relação aos Estados Unidos.

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1. Introdução

Há uma expectativa, influenciada pelo histórico de atuação estadunidense contra governos de esquerda na América Latina, de que a posição ideológica dos partidos governantes na região preveja a atitude das suas administrações em relação aos Estados Unidos. Nesse sentido, governos de esquerda seriam hostis aos estadunidenses, enquanto governos de direita seriam simpáticos.

A proposta do artigo é utilizar dados sobre a coincidência de votos dos Estados Unidos com 17 países latino-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) na Assembleia Geral das Nações Unidas, em contraste com as posições do partido governante e do presidente da República na escala esquerda-direita a cada período, segundo a avaliação de parlamentares em cada país.

A partir desses dados, o trabalho empregará a análise estatística e verificará se há correlação entre as variáveis, como forma de responder à expectativa sobre o peso da ideologia na atitude de países latino-americanos em relação aos Estados Unidos. O que o estudo tratará de verificar é se, em primeiro lugar, a ideologia explica a atitude do grupo de países latino-americanos em relação aos Estados Unidos e ainda se a expectativa de que governos de esquerda na América Latina sejam hostis aos estadunidenses e governos de direita sejam simpáticos se confirma ou não.

Essa expectativa já foi testada em alguma medida na literatura. Alcántara e Rivas (2007) mostram que as relações com os Estados Unidos são um fator relevante na divisão entre direita e esquerda na América Latina. Entre os cinco grupos de variáveis testados, o definido como imagem dos Estados Unidos é o terceiro com maior poder explicativo, responsável por 9,7% da variação total (ALCÁNTARA E RIVAS, 2007: 358). Ao mesmo tempo, está entre as duas dimensões com maior variabilidade, ou seja, com maior capacidade de diferenciação entre a direita e a esquerda, juntamente com a dimensão relativa aos valores (ALCÁNTARA E RIVAS, 2007: 361). As variáveis que compõem a dimensão sobre a imagem dos Estados Unidos são preferência por Estados Unidos como sócio comercial, preferência por Estados Unidos como sócio investidor e interesse em pertencer no futuro à ALCA (ALCÁNTARA E RIVAS, 2007: 371).

Por outro lado, entre os partidos avaliados, o fator que parece ser mais importante para explicar as diferenças de posição em relação aos Estados Unidos é a localização

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geográfica, ou seja, de que país é o partido e em qual região do continente americano esse país se situa, e não a ideologia. O grupo pró-Estados Unidos se compõe só de partidos das Américas Central e do Norte, sendo três de esquerda e um de direita, enquanto o grupo de posição antiestadunidense conta só com partidos da América do Sul, sendo, mais uma vez, três de esquerda e um de direita (ALCÁNTARA E RIVAS, 2007: 371-372).

Ribeiro (2012) testou uma série de fatores para explicar a posição dos legisladores de Chile, Colômbia e Peru nas votações sobre o TLC (Tratado de Livre Comércio) dos seus países com os Estados Unidos. Nos casos de Colômbia e Peru, a ideologia foi um fator relevante, com a direção esperada de que a orientação de esquerda, do próprio legislador peruano ou do partido do legislador colombiano, significou uma propensão menor a aprovar o TLC dos seus países com os estadunidenses (RIBEIRO, 2012: 134-135).

Se, por um lado, os resultados de Ribeiro vão em linha contrária aos de Alcántara e Rivas, ao mostrar que a ideologia de esquerda estimula uma posição hostil aos Estados Unidos, por outro, os dois trabalhos coincidem em alguma medida, já que os países em que Ribeiro identificou essa correlação são da América do Sul, onde Alcántara e Rivas apontam que se concentram os partidos do grupo antiestadunidense. Os resultados contraditórios sobre a direção em que a ideologia influencia a atitude dos países latino-americanos em relação aos Estados Unidos são mais um motivo para que seja devidamente testada, com um universo maior de casos, a hipótese de que governos de esquerda na América Latina são hostis aos estadunidenses e governos de direita são simpáticos. É o que artigo tratará de fazer a partir de agora.

2. Metodologia

Os dados utilizados no trabalho têm duas origens. Para a coincidência de votos na Assembleia Geral da ONU entre os Estados Unidos e os 17 países latino-americanos enfocados, a fonte é o relatório anual feito pelo Departamento de Estado norte-americano, que apura a proporção de convergência com todos os países representados nos casos em que os estadunidenses votaram “Sim” ou “Não”. Para a posição na escala esquerda-direita dos partidos governantes e dos presidentes dos 17 países latino-americanos, a fonte é o

Observatorio de Élites Parlamentarias de América Latina, do Instituto de Iberoamérica da

Universidad de Salamanca, na Espanha. Esse projeto realiza entrevistas periódicas com parlamentares latino-americanos. Entre as perguntas, se pede aos deputados que localizem alguns partidos e políticos na escala esquerda-direita, considerando a esquerda como 1 e a direita como 10.

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As localizações do partido governante, entendido como o partido do presidente, e do próprio presidente em cada período de governo no qual houve uma rodada de entrevistas são os indicadores da posição ideológica da respectiva administração e constituem as variáveis explicativas testadas no artigo. Já a atitude dos governos em relação aos Estados Unidos, a variável a ser explicada, é medida pelo indicador de convergência simples na Assembleia Geral das Nações Unidas, o mesmo que é utilizado no relatório anual do Departamento de Estado norte-americano. Segundo esse indicador, há concordância quando são iguais os votos dados por dois países, no caso deste trabalho, os Estados Unidos e cada um dos 17 países enfocados.

A localização na escala esquerda-direita é amplamente aceita e utilizada na literatura sobre partidos e sistemas partidários da Europa (SANI E SARTORI, 1983; MAIR, 1997) e da América Latina (COPPEDGE, 1998; COLOMER E ESCATEL, 2005). A opção por usar tanto a localização do partido governante quanto a do presidente como indicadores da posição ideológica do respectivo governo e, por consequência, variáveis explicativas se deve a dois fatores: 1) as entrevistas com parlamentares latino-americanos oferecem, na grande maioria das vezes, respostas para as duas questões; 2) ao utilizar ambas as localizações, é possível testar mais de uma variável explicativa.

A decisão de adotar a coincidência de votos na Assembleia Geral da ONU como indicador da atitude de países latino-americanos em relação aos Estados Unidos é menos consensual, mas também encontra apoio em autores que consideram que essas votações são um indicador válido das orientações de política externa (TOMLIN, 1985; THACKER, 1999; VOETEN, 2000). Entre os que recorrem a esse procedimento, as medidas que se destacam são o índice de concordância, de Lijphart (1963), e o indicador de convergência simples, utilizado aqui. Como em Amorim Neto (2011: 64-65), a justificativa dessa escolha é que se trata da medida adotada pelo Departamento de Estado norte-americano e também por diplomatas e formuladores de política externa, inclusive do Brasil.

Os países selecionados são todos em que o Observatorio de Élites Parlamentarias

de América Latina realizou ao menos uma rodada de entrevistas, à exceção da República

Dominicana, já que se optou aqui por não incluir países do Caribe. O período considerado vai de 1995 a 2013, que são os anos para os quais o sítio eletrônico do Departamento de Estado norte-americano disponibilizava, no momento da consulta, os dados da coincidência de votos com os Estados Unidos na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ainda que se quisesse estender o período usando outras fontes para buscar os resultados das votações

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em mais anos, não seria possível, já que, como as rodadas de entrevistas com deputados começaram em 1994, não haveria dados para as variáveis independentes.

Para testar a correlação entre as variáveis, se emprega uma análise de regressão com os dados em painel. Essa é uma técnica adequada às características do banco de dados que foi construído para o trabalho, em que, para cada país, há o mesmo número de dados por ano. Foram elaborados três modelos, agregado, com efeitos fixos e com efeitos aleatórios. Nas comparações entre um modelo e outro, com base na significância dos coeficientes obtidos para as variáveis independentes e no teste mais apropriado a cada comparação, o modelo que se mostrou mais adequado é o agregado. Também foram realizados todos os testes para verificar se esse modelo está estatisticamente adequado. Não há heterocedasticidade nem multicolinearidade, os resíduos têm distribuição normal, e o modelo foi corretamente especificado.

3. Resultados

O período de 1995 a 2013 abrange 96 governos nos 17 países, completos ou incompletos, por causa de interrupções de mandato, interinidade do presidente, início em um ano anterior a 1995 ou continuidade até um ano posterior a 2013. Desses 96 governos1, sete acabaram sendo descartados, porque foram tão curtos que não se responsabilizaram por sequer uma participação do respectivo país na Assembleia Geral da ONU.

Nesse período, houve uma variação grande na coincidência de votos com os

Estados Unidos, que atingiu o ápice de 68,8% com a Argentina de Carlos Menem em 1995 e caiu até o limite de 6,3% com a Venezuela de Hugo Chávez em 2007. Esses dois anos, 1995 e 2007, também são os que apresentam, respectivamente, a maior (46,9%) e a menor (12,1%) médias de convergência para o conjunto dos 17 países (ver quadro 1). A tendência na evolução dessa média foi de queda entre 1995 e 2007, quando uma recuperação se iniciou, chegando ao valor de 45,4% em 2011.

1 A rigor, há mais quatro governos que nem na conta entraram, três da Venezuela e um do Equador. No caso da Venezuela, dois governos tiveram, cada, a duração de um dia, um de fato, a partir de um golpe de Estado contra Hugo Chávez em abril de 2002, e um provisório, em substituição ao de fato. Como Chávez continuou seu mandato e não chegou a renunciar, esses dois governos não foram considerados no número total. Há ainda um primeiro mandato de Chávez, obtido antes da entrada em vigor da Constituição de 1999. Sob a nova Carta, foram realizadas eleições presidenciais em 2000, que deram a Chávez um mandato de seis anos. Para efeitos práticos, o período de 1999 a 2007 foi contado como um único governo. Como a mesma situação ocorreu no Equador, isso também valeu para Rafael Correa no período de 2007 a 2013.

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Quadro 1

Coincidência de votos com os Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU por ano, em % (1)

País 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Média Argentina 68,8 60,7 56,1 50,0 44,4 44,2 32,8 34,2 24,3 25,0 26,9 24,1 15,8 25,6 36,4 39,7 48,7 37,8 46,3 39,0 Bolívia 45,6 44,9 44,9 39,0 37,1 38,1 25,4 29,2 22,2 23,1 22,5 16,5 6,8 14,8 28,8 31,8 34,2 24,3 27,9 29,3 Brasil 41,1 42,4 42,6 41,7 38,9 39,7 29,0 31,0 20,8 14,9 20,0 17,9 10,7 20,3 30,8 34,3 41,3 35,1 43,0 31,3 Chile 45,0 46,6 44,8 40,7 40,3 41,9 32,8 30,7 24,1 27,0 25,3 23,1 15,6 26,5 36,8 39,1 50,0 39,0 47,5 35,6 Colômbia 38,7 39,1 36,4 33,3 34,7 37,7 25,4 28,6 20,0 10,6 8,7 15,2 7,4 20,0 33,3 36,1 51,9 40,8 47,4 29,8 Costa Rica 47,5 51,7 48,1 46,8 42,4 44,4 28,6 31,0 26,8 21,1 28,2 18,6 15,0 24,1 36,4 37,7 50,6 39,5 46,9 36,1 Equador 47,4 43,1 43,1 41,4 35,5 37,5 25,4 29,2 20,7 15,7 22,6 20,7 9,2 18,1 28,8 32,4 29,3 25,4 29,6 29,2 El Salvador 48,0 46,3 42,4 38,2 38,6 41,1 30,0 32,5 27,9 24,3 24,7 20,9 13,0 26,8 32,3 34,9 47,4 40,6 37,9 34,1 Guatemala 46,2 48,1 42,9 46,2 41,5 42,6 30,5 35,6 24,3 23,9 27,5 24,7 12,2 23,5 33,8 37,9 48,1 40,5 47,5 35,7 Honduras 45,7 44,3 40,3 55,0 34,6 35,1 28,3 30,1 26,7 23,7 26,3 23,9 13,9 25,0 37,0 36,4 52,5 43,9 48,0 35,3 México 41,6 38,8 37,5 32,8 30,0 34,4 22,7 27,1 20,7 23,0 23,5 23,3 15,8 24,1 36,8 37,5 50,0 39,7 45,5 31,8 Nicarágua 46,6 45,9 42,4 44,9 38,3 40,7 38,0 32,5 25,7 26,1 22,7 23,5 7,6 15,3 21,9 30,4 32,5 25,4 30,6 31,1 Panamá 47,4 41,8 41,3 38,3 32,4 37,1 28,4 28,7 20,7 23,4 22,5 20,7 14,3 25,9 51,6 47,5 62,2 48,5 56,2 36,3 Paraguai 51,6 43,5 43,3 43,1 39,4 41,1 33,3 30,2 23,1 24,7 22,9 22,0 13,6 22,0 30,8 33,3 44,7 34,8 55,9 34,4 Peru 46,6 42,6 40,9 39,7 35,7 40,4 27,9 32,9 23,0 25,0 24,7 23,6 16,2 26,3 37,5 39,4 50,0 40,5 48,1 34,8 Uruguai 46,1 48,5 45,8 39,7 36,4 41,1 29,0 31,3 22,5 20,6 23,8 21,8 13,0 22,5 35,8 37,3 46,8 38,7 45,7 34,0 Venezuela 42,9 42,0 41,2 36,7 32,4 35,5 20,9 22,2 18,5 11,0 10,0 12,5 6,3 13,9 24,2 29,0 31,7 26,4 31,5 25,7 Média 46,9 45,3 43,2 41,6 37,2 39,6 28,7 30,4 23,1 21,4 22,5 20,8 12,1 22,0 33,7 36,2 45,4 36,5 43,3 33,1 1 Refere-se à proporção de coincidência quando os Estados Unidos votaram “Sim” ou “Não”

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Apesar da sua condição de principal aliado estadunidense na América do Sul, a Colômbia também registrou uma queda acentuada na coincidência de votos com os Estados Unidos entre 1995 e 2007. Inclusive, a terceira menor convergência de todo o período entre 1995 e 2013, de 7,4%, foi com a Colômbia de Álvaro Uribe em 2007. A média colombiana nesse período completo só é maior do que as de Bolívia, Equador e Venezuela.

As tendências de queda na coincidência de votos com os Estados Unidos até a segunda metade da década de 2000 e de recuperação desde então se mantêm quando a unidade de análise passa a ser os governos, mas os índices apresentam variações significativas entre os países em cada um dos dois momentos. Então, se, por um lado, essas tendências sugerem que a política externa de George W. Bush (2001-2009) e as reações a ela na América Latina possam ser a explicação para a queda acentuada na coincidência de votos com os Estados Unidos, por outro, as variações significativas nos índices dos países em um mesmo momento, de queda ou recuperação, sugerem que há outras explicações, como a ideologia.

Por exemplo, na segunda metade dos anos 1990, antes da queda mais acentuada, o governo Carlos Menem (1995-1999), com classificações ideológicas à direita para o partido governante e o presidente, teve uma média de 56,0% de convergência com os Estados Unidos, enquanto a gestão do colombiano Ernesto Samper (1994-1998), com classificações ao centro, registrou uma média de 38,1% (ver quadro 2).

Na metade inicial da década de 2000, quando a queda na coincidência se acentuou, o primeiro mandato do brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2007), com classificações à esquerda, teve uma média de 18,4%, contra 28,9% no governo do uruguaio Jorge Batlle (2000-2005), com classificações à direita. Por fim, como exemplo para o começo dos anos 2010, quando a recuperação já estava em andamento, a gestão do panamenho Ricardo Martinelli (2009-2014), com classificações à direita, registrou uma média de 53,2%,

enquanto o segundo mandato do boliviano Evo Morales (2010-2015), com classificações à esquerda, apresentou até 2013 uma média de 29,6%.

Essas classificações são as médias das respostas que os deputados entrevistados em cada rodada do Proyecto Élites Parlamentarias Latinoamericanas deram para as perguntas sobre a localização ideológica de partidos e políticos na escala esquerda-direita. O número de rodadas varia conforme o país. Em muitos casos, foram feitas entrevistas a cada nova legislatura desde a primeira metade dos anos 1990. Em outros, as entrevistas começaram mais tarde. A pergunta sobre a localização ideológica de alguns partidos está

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Quadro 2

Coincidência de votos com os Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU por governo, em % (1) País Governo Argentina Menem (1995 - 1999) De la Rúa (1999 - 2001) Duhalde (2002 - 2003) Kirchner (2003 - 2007) Cristina 1 (2007 - 2011) Cristina 2 (2011 - 2015) 56,0 38,5 34,2 23,2 37,6 42,1 Bolívia Sánchez de Lozada 1 (1993 - 1997) Banzer (1997 - 2001) Quiroga (2001 - 2002) Sánchez de Lozada 2 (2002 - 2003) Mesa (2003 - 2005) Rodríguez (2005 - 2006) Morales 1 (2006 - 2010) Morales 2 (2010 - 2015) 45,3 39,8 25,4 29,2 22,7 22,5 16,7 29,6 Brasil Cardoso 1 (1995 - 1999) Cardoso 2 (1999 - 2003) Lula da Silva 1 (2003 - 2007) Lula da Silva 2 (2007 - 2011) Rousseff (2011 - 2015) 42,0 34,7 18,4 24,0 39,8 Chile Frei (1994 - 2000) Lagos (2000 - (2006) Bachelet (2006 - 2010) Piñera (2010 - 2014) 43,5 30,3 25,5 43,9 Colômbia Samper (1994 - 1998) Pastrana (1998 - 2002) Uribe 1 (2002 - 2006) Uribe 2 (2006 - 2010) Santos (2010 - 2014) 38,1 32,8 17,0 19,0 44,1

Costa Rica Figueres (1994 - 1998) Rodríguez (1998 - 2002) Pacheco (2002 - 2006) Arias (2006 - 2010) Chinchilla (2010 - 2014) 49,1 40,6 26,8 23,5 43,7 Equador Durán Ballén (1992 - 1996) Bucaram (1996 - 1997) Alarcón (1997 - 1998) Mahuad (1998 - 2000) Noboa (2000 - 2003) Gutiérrez (2003 - 2005) Palacio (2005 - 2007) Correa 1 (2007 - 2013) Correa 2 (2013 - 2017) 47,4 43,1 43,1 38,5 30,7 18,2 21,7 23,9 29,6 El Salvador Calderón (1994 - 1999) Flores (1999 - 2004) Saca (2004 - 2009) Funes (2009 - 2014) 43,7 34,0 21,9 38,6 Guatemala De León Carpio (1993 - 1996) Arzú (1996 - 2000) Portillo (2000 - 2004) Berger (2004 - 2008) Colom (2008 - 2012) Pérez Molina (2012 - 2016) 46,2 44,7 33,3 22,1 35,8 44,0 Honduras Reina (1994 - 1998) Flores (1998 - 2002) Maduro (2002 - 2006) Zelaya (2006 - 2009) Micheletti (2009 - 2010) Lobo (2010 - 2014) 43,4 38,3 26,7 20,9 37,0 45,2 México Zedillo (1994 - 2000) Fox (2000 - 2006) Calderón (2006 - 2012) Peña Nieto (2012 - 2018) 35,9 23,4 34,0 45,5 Nicarágua Chamorro (1990- 1997) Alemán (1997 - 2002) Bolaños (2002 - 2007) Ortega 1 (2007 - 2012) Ortega 2 (2012 - 2017) 46,3 40,9 26,1 21,5 28,0 Panamá Pérez (1994 - 1999) Moscoso (1999 - 2004) Torrijos (2004 - 2009) Martinelli (2009 - 2014) 42,2 29,5 21,4 53,2 Paraguai Wasmosy (1993 - 1998) Cubas Grau (1998 - 1999) González Macchi (1999 - 2003) Duarte Frutos (2003 - 2008) Lugo (2008 - 2012) Franco (2012 - 2013) Cartes (2013 - 2018) 46,1 43,1 36,0 21,3 32,7 34,8 55,9

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Peru Fujimori 1 (1995 - 2000) Fujimori 2 (2000 - 2000) Toledo (2001 - 2006) García (2006 - 2011) Humala (2011 - 2016) 41,1 40,4 26,7 28,6 46,2 Uruguai Sanguinetti (1995 - 2000) Batlle (2000 - 2005) Vázquez (2005 - 2010) Mujica (2010 - 2015) 43,3 28,9 23,4 42,1 Venezuela Caldera (1994 - 1999) Chávez 1 (1999 - 2007) Chávez 2 (2007 - 2013) Maduro (2013 - 2019) 40,7 20,4 21,9 31,5

1 Refere-se à proporção de coincidência quando os Estados Unidos votaram “Sim” ou “Não” Fonte: Departamento de Estado norte-americano

presente nas aplicações do questionário feitas em todos os países. Nela, os deputados entrevistados não classificam seu próprio partido. Para países em que não houve rodadas de entrevistas com deputados de todas as legislaturas entre 1995 e 2013, o que se fez aqui foi utilizar classificações que aparecem nas entrevistas com deputados de outra legislatura que não a coincidente com aquele governo. Já a pergunta sobre a localização de certos políticos não está presente em algumas poucas aplicações do questionário ou foi feita, mas não inclui o presidente entre os políticos mencionados. Nesses casos, a solução foi repetir para o presidente a classificação recebida por seu partido.

Há poucos casos em que as classificações do partido governante e do presidente são muitos discrepantes (ver quadro 3). A Argentina fornece um exemplo, o governo Néstor Kirchner (2003-2007), pois o presidente foi classificado à esquerda, e seu partido, à direita. Outro exemplo vem da Guatemala, com a gestão de Alfonso Portillo (2000-2004). Nesse caso, a maior discrepância não está nas orientações, já que o presidente foi classificado ao centro, e seu partido, à direita, mas nas pontuações atribuídas a cada um. Portillo recebeu 5,30, enquanto seu partido ficou com 8,94.

O teste de correlação das variáveis ideologia do partido governante e ideologia do presidente com a variável coincidência de votos com os Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU, como indicador da atitude dos 17 países latino-americanos em relação aos estadunidenses, resultou em um coeficiente estatisticamente significativo para o segundo fator, a ideologia do presidente (ver tabela 1).

Para um aumento de 1,0 na ideologia do presidente, a coincidência de votos com os Estados Unidos na Assembleia Geral das Nações Unidas cresce 2,14 pontos percentuais. Ou seja, quanto mais o presidente de um país latino-americano está à direita no espectro ideológico, é maior a convergência do seu governo com os estadunidenses na ONU. O grau de ajuste do modelo é de 5,48%, o que significa que as ideologias do partido governante e

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Quadro 3

Localização ideológica do partido governante e do presidente por governo (1)

País Governo Argentina Menem (1995 - 1999) (2) De la Rúa (1999 - 2001) Duhalde (2002 - 2003) Kirchner (2003 - 2007) Cristina 1 (2007 - 2011) (2) Cristina 2 (2011 - 2015)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 7,59 7,70 5,57 6,42 6,56 6,13 6,56 4,18 5,37 4,97 5,94 5,79 Bolívia Sánchez de Lozada 1 (1993 - 1997) Banzer (1997 - 2001) Quiroga (2001 - 2002) (2) Sánchez de Lozada 2 (2002 - 2003) Mesa (2003 - 2005) Morales 1 (2006 - 2010) Morales 2 (2010 - 2015)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 8,53 9,22 9,04 8,89 9,05 8,78 8,56 8,53 8,56 8,56 2,76 2,21 4,18 2,33 Brasil Cardoso 1 (1995 - 1999) Cardoso 2 (1999 - 2003) Lula da Silva 1 (2003 - 2007) Lula da Silva 2 (2007 - 2011) Rousseff (2011 - 2015)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 6,89 6,89 6,89 6,89 4,44 4,44 4,73 4,69 4,73 3,97 Chile Frei (1994 - 2000) (2) Lagos (2000 - 2006) (2) Bachelet (2006 - 2010) Piñera (2010 - 2014)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 4,74 5,37 3,69 3,88 2,51 3,28 7,79 7,29 Colômbia Samper (1994 - 1998) Pastrana (1998 - 2002) Uribe 1 (2002 - 2006) Uribe 2 (2006 - 2010) Santos (2010 - 2014)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 6,09 5,32 8,28 7,94 8,47 8,17 7,34 7,96 8,44 7,56 Costa Rica Figueres

(1994 - 1998) Rodríguez (1998- 2002) Pacheco (2002 - 2006) Arias (2006 - 2010) Chinchilla (2010 - 2014)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 5,46 5,24 8,19 7,96 7,38 6,06 8,29 7,59 8,18 7,07 Equador Durán Ballén (1992 - 1996) Bucaram (1996 - 1997) Mahuad (1998 - 2000) Noboa (2000 - 2003) (2) Gutiérrez (2003 - 2005) Palacio (2005 - 2007) Correa 1 (2007 - 2013) Correa 2 (2013 - 2017)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 9,35 9,35 6,50 6,25 7,53 6,94 7,51 7,51 5,42 5,83 5,42 5,42 3,57 3,44 3,57 3,44 El Salvador Calderón (1994 - 1999) (2) Flores (1999 - 2004) (2) Saca (2004 - 2009) (2) Funes (2009 - 2014)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 9,02 8,60 9,43 8,42 9,49 8,89 1,41 3,11 Guatemala De León Carpio (1993 - 1996) Arzú (1996 - 2000) Portillo (2000 - 2004) Berger (2004 - 2008) Colom (2008 - 2012) Pérez Molina (2012 - 2016)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 6,28 6,28 8,89 7,68 8,94 5,30 8,72 8,20 4,76 4,57 8,95 8,47 Honduras Reina (1994 - 1998) Flores (1998 - 2002) Maduro (2002 - 2006) Zelaya (2006 - 2009) Micheletti (2009 - 2010) Lobo (2010 - 2014)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 4,72 4,95 5,76 7,04 8,65 8,18 5,40 5,28 5,40 6,52 7,56 5,87 México Zedillo (1994 - 2000) (2) Fox (2000 - 2006) (2) Calderón (2006 - 2012) Peña Nieto (2012 - 2018)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 6,88 6,32 9,22 7,93 9,55 7,85 6,23 6,23

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Nicarágua Chamorro (1990 - 1997) Alemán (1997 - 2002) Bolaños (2002 - 2007) Ortega 1 (2007 - 2012) Ortega 2 (2012 - 2017)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 8,32 7,32 9,16 8,72 9,01 8,35 2,34 1,96 2,34 1,96 Panamá Pérez (1994 - 1999) Moscoso (1999 -2004) Torrijos (2004 - 2009) Martinelli (2009 - 2014)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 4,64 4,64 7,10 7,10 5,39 5,94 8,38 8,63 Paraguai Wasmosy (1993 - 1998) Cubas Grau (1998 - 1999) González Macchi (1999 - 2003) Duarte Frutos (2003 - 2008) Lugo (2008 - 2012) Franco (2012 - 2013) Cartes (2013 - 2018)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 7,36 7,37 7,85 6,80 7,85 7,85 6,80 5,76 6,56 3,35 6,78 6,79 6,33 6,33 Peru Fujimori 1 (1995 - 2000) Fujimori 2 (2000 - 2000) Toledo (2001 - 2006) García (2006 - 2011) Humala (2011 - 2016)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 8,00 7,05 8,00 7,05 6,12 6,12 7,62 7,52 3,43 4,14 Uruguai Sanguinetti (1995 - 2000) Batlle (2000 - 2005) Vázquez (2005 - 2010) Mujica (2010 - 2015)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 7,08 6,24 8,14 7,25 2,82 3,46 3,71 3,26 Venezuela Caldera (1994 - 1999) Chávez 1 (1999 - 2007) Chávez 2 (2007 - 2013) Maduro (2013 - 2019)

PGo Pre PGo Pre PGo Pre PGo Pre 6,74 6,54 3,30 3,20 3,30 3,20 3,30 3,30

PGo: partido governante; Pre: presidente 1 A escala vai de 1, esquerda, a 10, direita

2 Como houve duas legislaturas no período, as pontuações são a média das respostas de deputados de ambas Fonte: Observatorio de Élites Parlamentarias de América Latina

do presidente explicam 5,48% da coincidência de votos com os Estados Unidos.

Independentemente das ideologias do partido governante e do presidente, os votos dos países latino-americanos tendem a apresentar uma convergência de 24,8% com os dos estadunidenses. Essa estimativa é possível a partir da constante do modelo, que mede o efeito médio de outros fatores sobre a coincidência de votos. A soma do índice de 24,8% com os 5,48% explicados pelas ideologias do partido governante e do presidente resulta em um valor quase igual ao da média de coincidência para o conjunto dos 17 países em todo o período considerado, que foi de 33,1%.

Tabela 1

Resultados da análise de regressão

Variável Coeficiente Erro padrão razão-t p-valor

Ideologia do partido governante -0,561333 0,993509 -0,5650 0,57247 Ideologia do presidente 1,96342 1,17202 1,6752 0,09486

Constante 24,7993 3,23508 7,6658 <0,00001

Número de observações 323

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4. Conclusões

A expectativa de que governos de esquerda sejam hostis aos Estados Unidos e governos de direita sejam simpáticos se confirmou em parte. A ideologia do partido

governante não se mostrou estatisticamente significativa para explicar a atitude do grupo de países latino-americanos em relação aos estadunidenses. Já a ideologia do presidente, a outra variável independente testada, é significativa ao nível de 10%. Os dois fatores em conjunto explicam 5,48% da coincidência de votos com os Estados Unidos na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Dos três modelos elaborados, agregado, com efeitos fixos e com efeitos aleatórios, a ideologia do presidente foi estatisticamente significativa no primeiro e no último, ao nível de, respectivamente, 10% e 5%. Apesar de o resultado ter sido mais significativo no modelo com efeitos aleatórios, o modelo agregado foi o que acabou sendo priorizado, pois os testes realizados para comparar os três modelos mostraram que ele é o mais adequado.

A correlação encontrada entre a ideologia do presidente e a coincidência de votos com os estadunidenses tem a direção esperada, ou seja, quanto mais o chefe de Estado de um país latino-americano está à direita no espectro ideológico, é maior a convergência do seu governo com os Estados Unidos na ONU.

Os resultados corroboram a percepção sobre a importância do presidente na política externa em sistemas presidencialistas, sobretudo nos países latino-americanos, onde, na maioria dos casos, o chefe de Estado conta com poderes constitucionais relativamente fortes (SHUGART E MAINWARING, 2002). Até nos casos dos presidentes com menos prerrogativas sobre a formulação de leis e políticas, há a possibilidade de exercer influência por meio dos poderes partidários, que dependem de que o governante seja o líder de um partido ou uma coalizão com maioria legislativa.

Por fim, os resultados obtidos indicam a necessidade da realização de mais estudos, considerando um período de tempo mais extenso, para verificar se a ideologia do presidente se mantém como um fator explicativo da atitude dos países latino-americanos em relação aos Estados Unidos e com a influência na mesma direção que foi encontrada neste trabalho, a de quanto mais à direita, maior a convergência com os estadunidenses.

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5. Referências bibliográficas

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Referências

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