P
OLÍTICAS
,
P
OLÍTICOS
E
A
GRONEGÓCIO
Uma publicação do CEPEA - USP/ESALQ Ano 11 - Nº131 - Março de 2005
BOLETIM DO LEITE
BOLETIM DO LEITE
BOLETIM DO LEITE
BOLETIM DO LEITE
BOLETIM DO LEITE
Alta de preços pelo segundo
mês consecutivo confirma
perspectivas favoráveis
para o setor neste ano.
Ao Produtor
Pág. 02
Fique Atento
Diferença entre preço
mínimo e máximo do queijo
mussarela no atacado de SP
chegou a 148% em fevereiro.
Derivados
Pág. 04
Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada - ESALQ/USP
O Boletim do Leite é uma publicação do CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ESALQ - Depto. de Economia, Administração e Sociologia
Coordenador Científico:
Prof. Dr. Geraldo Sant’ Ana de Camargo Barros Editor Executivo:
Eng. Ag. Leandro Augusto Ponchio Conselho Editorial:
- Ademir de Lucas - técnico em extensão rural, depto. Economia, Administração e Sociologia / Esalq-USP.; - Paulo do Carmo Martins - Chefe da Embrapa Gado de Leite - Juiz de Fora
E X P E D I E N T E
Diretor Financeiro: Sergio De Zen Jornalista Responsável: Ana Paula da Silva - MTb: 27368 Revisão:
Ana Júlia Vidal Equipe Técnica:
Alexandre Lopes Gomes, Erica Rodrigues da Paz, Juliana M. Angelo e Raquel Mortari Gimenes. Apoio:
FEALQ
Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz
Diagramação Eletrônica/Arte: Thiago Luiz Dias Siqueira Barros Fotolitos: BAU Fotolitos Fone: 15 3282-5463 baufotolitos@fasternet.com.br Impressão: MPC Artes Gráficas Fone: 19 3406-7172 elbergrafica@vivax.com.br Tiragem: 8.000 exemplares Contato: C.Postal 132 - 13400-970 Piracicaba, SP Tel: 19 3429-8831 19 3429-8859 leitecepea@esalq.usp.br http://cepea.esalq.usp.br
O Boletim do Leite pertence ao Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ Esalq. A reprodução de matérias publicadas por este imformativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim do Leite/Cepea e a devida data de publicação.
A
O PRODUTOR
A elevação média de 2% dos preços do leite ao produtor no mês de março, constatada pelas pes-quisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq-USP), confirma as perspectivas favoráveis aventadas no início do ano e sinaliza tendência de alta para os próximos meses. Em março, as cotações foram puxadas pela ligeira diminuição da oferta em relação a fevereiro e
tam-bém pelas demandas doméstica e externa. Em 2004, exatamente no mês de março, os preços do leite sinalizavam recuperação pela primeira vez no ano; em 2005, o au-mento já é o segundo consecutivo.
Dados do Cepea mostram que a média nacional dos preços pagos ao produtor de leite foi de R$ 0,5448/litro em março, valorização de 2% sobre fevereiro e de 17,63% em relação ao mesmo período do ano passado, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação medida pelo IGP-DI. Para pesquisadores do Centro, esse au-mento pode ser considerado significativo e tende a motivar novos investimentos na produção – inclusive em prol da qualidade do leite – e também no segmento proces-sador. Por outro lado, em médio prazo, o setor nacional dependerá da expansão das vendas externas para absorver o aumento da produção.
A análise de cada estado mostra que os preços brutos do leite tipo C tiveram as maiores altas em Goiás e no Paraná, pouco acima de 3%. Na seqüência, vem São Pau-lo, com 2,3%. Na média desses três esta-dos, o volume captado em março foi 2,8% menor que em fevereiro. No Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, os preços em março mantiveram-se relativamente estáveis.
Na Bahia, ao contrário, as cotações recuaram quase 1%, por conta do aumento na captação de 3,25% naquele estado. No sul baiano, a queda chegou
Mesorregiões de São Paulo
Mesorregiões de Goiás
2 Valor Líquido: Livre de frete e INSS
1 Valor Bruto: Inclusos frete + INSS
Preços pagos ao produtor em março/05 referente ao leite entregue em fevereiro/05 - R$/litro tipo C
M
ERCADO CONFIRMAPREVISÕES OTIMISTAS PARA
2005
Mesorregiões da Bahia
Preços pagos ao produtor em março/05 referente ao leite entregue em fevereiro/05 - R$/litro tipo C
Mesorregiões do Paraná Mesorregiões do Rio Grande do Sul
1 Valor Bruto: Inclusos frete + INSS
2 Valor Líquido: Livre de frete e INSS
a 2,8%, com o litro (valor bruto) sendo pago a R$ 0,4909/l na média de março. Em fevereiro, a exem-plo da maioria das praças, os produtores baianos também tiveram reajustes, mas a ligeira queda de março indica que os patamares alcançados não ti-veram sustentação.
Pesquisadores do Cepea destacam que, daqui para frente, as atenções devem estar voltadas para o rit-mo da atividade econômica do País e principalmente para o desempenho das exportações. No curto prazo, é essencial que o volume comercializado no exterior, no mínimo, se mantenha. Caso contrário, mesmo na entressafra, pode haver excedente doméstico capaz de reduzir os preços do leite e derivados.
No cenário interno, a maior preocupação refere-se aos indicadores de inflação (IPCA elaborado pelo IBGE) e à renda per capita da população. Mas o que tem a ver inflação com consumo de leite? Se o IPCA superar as expectativas do Banco Central, pode ha-ver aumentos na taxa básica de juros, a Selic. Isso afeta a disponibilidade de dinheiro no mercado e acaba por limitar investimentos e por aumentar a taxa de desemprego, restringindo a renda da popu-lação que realocaria seus orçamentos familiares. Esses fenômenos econômicos refletem diretamente no consumo de vários produtos, incluindo o leite e seus derivados.
* Ingredientes do concentrado: Farelo de Soja, Milho, Uréia, Sal Mineral
Preços do Leite tipo C & Custos de Dietas
R$/litr
Os levantamentos dos preços de leite e derivados feitos pelo SimLeite, envolvendo o Cepea/Esalq, a Embrapa Gado de Leite e a OCB/CBCL mostram, com poucas exceções, um cenário favorável para cooperativas e laticínios entre janeiro e fevereiro nas
cinco principais regiões leiteiras do País. Entretanto, o aumento signifi cativo do vo-lume importado de leite em pó no mês de janeiro resultou em queda de 24% do pre-ço deste produto no Rio Grande do Sul e de 19% no mercado paranaense em fevereiro. Os refl exos deste aumento da oferta foram sentidos também por outros derivados, esca-pando de queda somente o leite cru no Para-ná e o leite UHT no Rio Grande do Sul.
Em fevereiro, com a entrada ofi cial da en-tressafra, muitos laticínios reajustam seus preços no mercado doméstico, e sinais des-tes movimentos surgem nas diferenças entre os preços máximos e mínimos praticados. As dispersões mais signifi cativas foram ob-servadas no principal centro consumidor do País, São Paulo, onde a variação para o queijo mussarela no atacado chega a ser de 148% no mês de fevereiro. Para o leite cru, as dispersões são naturalmente menores en-tre os preços máximos e mínimos, muito em função das políticas de relacionamento entre as cooperati-vas, proprietários de fazendas e os compradores.
LEITE CRU - No mês de fevereiro, a procura pela gordura do leite implicou grandes altas nos preços do leite cru integral, principalmente em Goiás. Nes-te estado, o preço médio exibiu um pico de eleva-ção de 10,90% em relaeleva-ção a janeiro, substancial-mente maior que as variações entre 1,41% e 2,13% vista nos demais estados.
LEITE PASTEURIZADO E UHT – Apesar de repre-sentarem apenas 26% do volume de leite processa-do no País, tanto o leite UHT quanto o pasteurizaprocessa-do são carros-chefe de vendas de muitos laticínios e cooperativas. Em fevereiro, os preços do leite
pas-IMPORTAÇÕES DE
LEITE EM PÓ PREJUDICAM
MERCADO SULISTA.
Média dos preços do leite Cru e do Leite ao Produtor no Estado de São Paulo
DERIV
ADOS
Média dos preços dos leites pasteurizado e UHT no Atacado do Estado de São Paulo
Média dos preços dos queijos Mussarela e Prato no Atacado do Estado de São Paulo
Média dos preços do leite em Pó e da Manteiga no Atacado do Estado de São Paulo
PARCERIA
teurizado mantiveram-se estáveis nos cinco Estados pesquisados, tendo variação máxima de 3,14% em Minas Gerais. Para o leite UHT, os maiores preços foram encontrados no Paraná, Goiás e em Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, os preços médios no mês de fevereiro foram os mais baixos, apesar do reajuste de janeiro para fevereiro (7,29%) ter sido o maior dentre os Estados pesquisados. As variações entre os preços máximos e mínimos continuaram altas, no patamar dos 25% no Rio Grande do Sul e dos 35% em São Paulo.
QUEIJO PRATO e MUSSARELA – Dentre os deri-vados, o queijo prato apresentou uma elevação re-gular dos preços, com variação mínima no Paraná (0,96%) e máxima em Goiás (5,41%). O estado com tendência de alta mais evidente foi
Goiás, onde os queijos mussarela e prato apresentaram elevação na média acima de 5%, em função principalmente do aumento no consumo do mercado paulista. Em Goiás e no Rio Grande do Sul, as médias dos preços da mussarela elevaram-se 6,25% e 5,72%, res-pectivamente; em Minas Gerais e São Paulo permaneceram relati-vamente estáveis, com queda de 0,96% e alta mínima de 0,76%. Já no Paraná, a desvalorização da mussarela foi de 7%.
Vale lembrar que nos queijos estão as diferenças mais signifi-cativas entre os preços máximo e mínimo. Para o prato, a amplitude chega a ser de R$ 6,00 por quilo no atacado (87%) e para o queijo
mussarela, aos R$ 7,00 por quilo (148%).
LEITE EM PÓ e MANTEIGA – De janeiro para fe-vereiro, o leite em pó caiu 19% no Paraná e 24,4% no Rio Grande do Sul, em função das 4.450 tonela-das importatonela-das no mês de janeiro, 144% a mais do que dezembro de 2004 e 50% a mais se compara-das a janeiro de 2004. Além compara-das quecompara-das bruscas de preços no Paraná e no Rio Grande do Sul, o leite em pó teve uma pequena queda em São Paulo ( 0,8%); já em Goiás e em Minas Gerais, o produto teve altas de 1,83% e de 2,16%, respectivamente.
Os preços da manteiga tenderam à alta em Goiás (7,72%), à estabilidade em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, e à queda em São Paulo (-2,46%) e no Paraná (-3,24%).
Média dos preços do leite Cru e do Leite ao Produtor no Estado de São Paulo
Preços médios praticados no Atacado em março/05
Fonte: SimLeite (Cepea, Embrapa-Gado de Leite, OCB/CBCL)
Média dos preços dos leites pasteurizado e UHT no Atacado do Estado de São Paulo
Nas raízes dos grandes problemas do Brasil está um grande desa-fio econômico. Temos estado nas últimas dé-cadas às voltas com as questões de crescer e, ao mesmo tempo, distribuir os frutos de crescimento para toda a população. Na ver-dade, não temos nem crescido nem cuida-do satisfatoriamente de muitos brasileiros que continuam sobre-vivendo em níveis não aceitáveis de pobreza. Essas questões certa-mente têm a ver com a agricultura e com o agronegócio brasileiro. Mas este não opera sem amarras. Ele depende de como vai a econo-mia como um todo e também do panorama internacional. E os demais setores da economia também dependem, e muito, do agronegócio. Comecemos, assim, por entender essas interligações todas e como elas vinculam-se com o processo político que influencia muito o de-sempenho do País em termos de desenvolvimento econômico e social.
Os últimos 20 anos de nossa história contêm uma rica ilustração de como nossa sociedade vem se de-batendo em busca de objetivos que foram se consoli-dando ao longo do tempo, atingindo atualmente níveis quase consensuais. Após os duros anos do regime de exceção conduzido pelos militares, inicia-se, em meados dos anos 1980, um processo de mudanças que vão se realizando numa seqüência aparentemente aleatória, nem sempre numa direção clara e lógica, às vezes num padrão pendular, nem sempre consistente, que acabaram nos levando até os dias atuais.
Não creio que tenhamos vivido um período sob o signo de Macunaíma, herói de Mário de Andrade, cuja lógica era a falta de lógica, uma contradição em si mesmo, cujo caráter que demonstra um dia des-faz-se no outro. Para perceber a consistência lógica desse período, costumo ter em conta que vivemos um processo de mudanças caracterizado por quatro
Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros é Professor Titular da Esalq/USP e Coordenador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Cepea-Esalq/USP.
objetivos principais. Um deles visava ao aperfeiçoa-mento da ordem democrática, precondição essencial para que qualquer sociedade alcance a plenitude de seu desenvolvimento. O outro buscava o controle da inflação, viabilizando a criação de uma moeda estável, pedra fundamental para construção de um sistema econômico eficiente e justo socialmente falando. O terceiro pretendia restaurar os padrões históricos de crescimento econômico (e, portanto, da renda e do emprego). O quarto almejava rom-per com os nossos padrões históricos de pobreza e concentração de renda.
Os sucessivos fracassos, nos anos 80, no combate a inflação não permitiam avanços no sentido dos dois outros vetores: a inflação, por um lado, deses-timulava os investimentos impedindo o crescimento econômico e, por outro, concentrava – em vez de distribuir - a renda por representar pesado imposto de natureza fortemente regressiva.
A eleição direta para presidente ocorre finalmente em 1989. Envolto em questões de corrupção, todavia, o primeiro presidente eleito diretamente após o regi-me militar foi afastado através de impeachregi-ment.
É nessa época que o Brasil começa a entrar pro-priamente no processo de globalização, que tantos debates tem motivado. Tem havido um amplo es-pectro de posturas em relação à globalização, dos radicalmente contra aos radicalmente favoráveis. São posturas ideológicas opostas e fortemente enraizadas. Como quase sempre, a atitude recomendável situa-se entre os extremos. Os radicalmente contrários à globalização parecem ignorar que a mesma se trata de fenômeno inexorável e potencialmente benéfico para todas as nações. São posições conservadoras, ou reacionárias, que lembram o Velho do Restelo, perso-nagem de Camões, que, em “Os Lusíadas”, procurava demover os navegadores da aventura que buscavam. Lá fora muitos eram os inimigos que poderiam ser encontrados e grandes seriam os riscos de perdas materiais e humanas. Aqueles radicalmente favo-ráveis, por outro lado, estão, na maioria dos casos,
P
OLÍTICAS
, P
OLÍTICOS
E
ARTIGO
apegados também a posições ideológicas opostas. Conforme demonstra Joseph Stiglitz, que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2001, elas ignoram as contribuições mais recentes da Teoria Econômica sobre falhas de mercado: ou seja, o mercado, embora fundamental, não é infalível: pode não ser eficiente, pode prejudicar grande parte da população, princi-palmente a mais pobre. A regulamentação é essencial nos casos em que tais falhas ocorrem.
O ano de 2002 terminou sob a égide de profundas mudanças políticas e econômicas. Dois aspectos dos eventos recentes chamam a atenção. Em primeiro lugar, destaca-se a forma impressionantemente madura como a alternância de poder ocorreu. Embora a disputa elei-toral tenha sido renhida – explicando em boa parte a enorme instabilidade econômica que o País atravessou em 2002 e 2003 -, as instituições foram preservadas e o processo democrático ficou ainda mais fortalecido.
Em segundo lugar, para surpresa de todos ou quase todos, o novo governo adotou a responsabilidade fiscal e monetária como parte da rotina da administração pública. O Brasil terá dado importante demonstração de amadurecimento se tal responsabilidade for ado-tada com firmeza independentemente da ideologia das forças que detenham o poder. Nesse aspecto – a seriedade no trato da coisa pública - parece prevale-cer uma convergência entre as tendências políticas mais relevantes. Evidentemente ainda não é o caso de afastarmos as preocupações, pois credibilidade só se constrói com o passar do tempo.
Reformas há tanto tempo necessárias – como a previdenciária e fiscal – ainda aguardam o dia em que serão realizadas com a intensidade necessária que, ao melhorarem as contas públicas, reduzam o crescimento da dívida pública, viabilizando a queda
dos juros e abram o caminho para o crescimento da economia e do emprego que vem sendo adiado há mais de 20 anos.
A administração do presidente Lula pretendia aprofundar os programas sociais ainda que no curto prazo tenham caráter meramente assistencial. Não se observam ainda resultados palpáveis do Programa Fome Zero e seus sucedâneos. As dificuldades de concepção e de implementação de programas ambi-ciosos num país continental como o Brasil parecem ter superado em muito as expectativas de seus criadores. No longo prazo, o aumento dos investimentos em capital humano – educação e saúde – e em geração de tecnologia é que poderão assegurar o desenvolvi-mento equilibrado do Brasil.
Para isso, vai ser preciso desenvolver o que se chama hoje de capital social, essa rede de cooperação e confiança entre as pessoas que faz com que elas compreendam a interdependência que existe entre o bem-estar de umas e outras. Haverá muito traba-lho para romper algumas marcas estruturais da sociedade brasileira. A propósito, bem típica é a atitude de Brás Cubas, a persona-gem de Machado de Assis, que, após ter sua vida salva por um humilde almocreve (que é como se ele chama o condutor de bestas de carga), decide recompensá-lo à altura. Primeiro, pensa remunerá-lo com três moe-das de ouro; mas, pensando melhor, conclui
que o pobre diabo – que, na verdade, não passara de simples instrumento da Providência Divina - poderia contentar-se com menos: duas moedas, ou menos ainda: uma moeda de ouro. Acaba lhe dando apenas uma moeda – de prata. Brás Cubas não se dá conta de que reduzindo a recompensa ao almocreve es-tava de fato diminuindo o valor que atribuía a sua própria vida. Se quisermos, portanto, viver melhor é fundamental que aqueles de quem nosso bem-estar depende sejam valorizados realmente à altura. Ou seja, para melhorar a distribuição da riqueza nacio-nal, não basta crescer economicamente; é essencial que desenvolvamos nosso capital social ao invés de contarmos apenas com o esforço do governo.
1Texto extraído de Políticas, Políticos e o Agronegócio no
Brasil – http://cepea.esalq.usp.br
“Para melhorar a distribuição da
riqueza nacional, não basta crescer
economicamente; é essencial que
desenvolvamos nosso capital social
ao invés de contarmos apenas
com o esforço do governo.”
IMPRESSO
FIQUE A
TENTO
Estudos recentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostram que o uso da silagem de gi-rassol para vacas com produção mé-dia de 20 kg de leite por mé-dia pode representar uma redução no custo de uma dieta corretamente balance-ada em cerca de 25% a 35%, quando comparado ao uso de silagens de mi-lho e de capim-elefante, respectiva-mente. (Fonte: Balde Branco).
A multinacional suíça Nes-tlé vende por dia o mes-mo que uma empresa de bom tamanho fatura por ano: cerca de US$ 200 milhões, recebidos em 150 divisas diferentes. Essa montanha de dinheiro deve ge-rar, segundo previsão de analis-tas, US$ 6,2 bilhões de fluxo de caixa livre para o grupo neste ano. Para melhorar o desempe-nho em 2005, a Nestlé quer re-duzir US$ 830 milhões de cus-tos do lado operacional (desde a compra da matéria-prima, produção e distribuição). Outra economia, de US$ 165 milhões, deverá vir do aumento da efici-ência administrativa. Diferentes analistas não duvidam dos ga-nhos com eficiência, mas vêem dificuldades em reduzir custos num contexto de alta do preço das commodities e das emba-lagens e de declínio do dólar. (Fonte: Valor Econômico)
A produção de leite na Austrália, terceiro maior exportador de queijos do mundo - atrás somente da Nova Zelândia e da União Européia –, caiu em fevereiro para o menor nível dos últimos sete meses devido à seca. A produção australiana de leite pode
diminuir ainda mais, tendo em vista que cerca de dois terços do país rece-beu 20% ou menos da média mensal de chuva em março. O declínio na oferta tem reduzido as exportações de lácteos, levando a um aumento nos preços internacionais. A Austrá-lia é responsável por 17% das expor-tações mundiais de queijos. (Fonte: MilkPoint extraido de Bloomberg)
A indústria de laticínios goiana quer aumentar em 20% as ex-portações deste ano, depois de já ter dobrado as vendas para o exterior no ano passado. Em Goiás, as empresas são estimuladas por incentivos fiscais, como a isenção de 50% do ICMS, e planejam investir na expansão da ca-pacidade de produção para o abas-tecimento de novos mercados con-sumidores com produtos como leite em pó, leite condensado e queijos. O Sindicato das Indústrias de Laticínios prevê investimentos da ordem de R$ 80 milhões até o final deste ano. Os principais interessados no leite goiano são a Rússia, o Paraguai, a Inglaterra e os Estados Unidos (Fonte: Rehagro)
O Interleite (Simpósio Internacio-nal sobre Produção Intensiva de Leite) será realizado entre os dias 21 e 23 de julho, no Center Convention de Uberlândia (MG). Sua primeira edição foi realizada em 1994, e des-de 1999 o evento acontece a cada dois anos, tendo se tornado uma re-ferência para a discussão de temas atuais referentes à pecuária de leite, atraindo entre 500 e 700 pessoas em cada edição, entre produtores e téc-nicos do setor. O Interleite 2005 terá 16 palestras sobre os mais variados assuntos, reunindo alguns dos maio-res especialistas nacionais e
interna-cionais.
Uso dos Correios
C.Pos ta l 1 32 - 13 40 0-97 0 Pi ra ci ca ba , SP