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EL APOYO SOCIAL EN LAS MADRES DE BEBÉS PREMATUROS HOSPITALIZADOS: INTERVENCIONES PSICOLÓGICAS

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14º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2013 www.interpsiquis.com - Febrero 2013

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EL APOYO SOCIAL EN LAS MADRES DE BEBÉS PREMATUROS HOSPITALIZADOS:

INTERVENCIONES PSICOLÓGICAS

SOCIAL SUPPORT IN MOTHERS OF HOSPITALIZED PREMATURE INFANTS:

PSYCHOLOGICAL INTERVENTIONS

APOIO

SOCIAL

EM

MÃES

DE

BEBÊS

PREMATUROS

HOSPITALIZADOS:

INTERVENÇÕES DA PSICOLOGIA

Luciana da Silva Revorêdo*; Júlia Carmo Bezerra**; Maihana Maíra Cruz Dantas***;

Priscilla Cristhina Bezerra de Araújo****; Eulália Maria Chaves Maia*****.

* Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Participante da Base de Pesquisa Grupos de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS). Bolsista de Extensão na Unidade de Saúde Familiar Comunitária (UFRN). Natal-RN, Brasil.

** Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Participante da Base de Pesquisa Grupos de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS). Bolsista de Extensão na Maternidade Escola Januário Cicco (UFRN). Natal-RN, Brasil.

*** Psicóloga pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização (UFRN). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN/PPPsiUFRN. Pesquisadora do Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde (GEPS) da UFRN. Natal-RN, Brasil.

**** Psicóloga pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização (UFRN). Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN/PPPsiUFRN. Pesquisadora do Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde (GEPS) da UFRN. Natal/RN, Brasil.

***** Psicóloga. Professora Doutora do Departamento de Psicologia e dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia e em Ciências de Saúde, da UFRN. Líder da base de Pesquisa Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde (GEPS) da UFRN. Tutora da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do HOSPED/UFRN. Natal-RN, Brasil.

lucianarevoredo@hotmail.com july850@hotmail.com

maihana_cruz@yahoo.com.br priscilla_cristhina@yahoo.com.br eulalia.maia@yahoo.com.br

Madre, Prematuro, Apoyo social, Psicología Mother, Premature, Support social psychology Mãe, Prematuro, Apoio social, Psicologia

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14º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2013 www.interpsiquis.com - Febrero 2013 Psiquiatria.com -2- RESUMEN:

El apoyo social ha sido considerada como un factor protector para la salud del individuo, especialmente en tiempos de crisis, como el parto prematuro seguido de la hospitalización del recién nacido. Así, este estudio tiene como objetivo evaluar la percepción del apoyo social en las madres de recién nacidos prematuros hospitalizados y discutir la importancia de llevar a cabo las intervenciones psicológicas que proporcionan mejoras en la percepción de apoyo social a estas madres. El estudio consta de un relato de la experiencia del servicio de Psicología con 22 madres de recién nacidos prematuros ingresados en la UCIN de la Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) en Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Para ayudar a diagnosticar la percepción de la apoyo se ha utilizado la Escala de Apoyo Social. Fuó observado los altos niveles de apoyo social, y el media promedio de puntuación total a 84, 81 a la dimensión material, el 94 de apoyo emocional, 80 en la información emocional en el 80, y 85 en la interacción social positiva. Estos índices pueden estar relacionados con las intervenciones de los equipos de la psicología que proporcionar la mejoras y la percepción de apoyo social. Es digno de mención, por lo tanto, la necesidad de realización de la política de humanización con el fin de proporcionar mejoras a la salud biopsicosocial de las madres de bebés prematuros hospitalizados.

ABSTRACT:

Social support has been considered a protective factor for the individual's health, especially in times of crisis, such as preterm delivery following the hospitalization of the newborn. Thus, this study aims to evaluate the perception of social support in mothers of preterm infants hospitalized and discuss the importance of conducting psychological interventions that provide improvements in the perception of social support in these mothers. The study consists of an account of the service experience of Psychology with 22 mothers of premature infants hospitalized in the NICU Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) in Natal, Rio Grande do Norte, Brazil. To help diagnose the perception of support was used the Social Support Scale. It appears that high levels of social support, and the average total score equivalent to 84, 81 to the material dimension, 94 for emotional support, 80 in emotional information in 80, and 85 in positive social interaction. These indices may be related to team interventions aimed at providing improvements psychology and perception of social support. It is noteworthy, therefore, the need for realization of humanization policy in order to provide improvements to the biopsychosocial health of mothers of hospitalized premature babies.

RESUMO:

O apoio social tem sido considerado como fator de proteção para a saúde do indivíduo, em especial em momentos de crise, como o parto prematuro seguindo de hospitalização do neonato. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar a percepção de apoio social em mães de neonatos

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-3- termo hospitalizados e discutir a importância da realização de intervenções psicológicas que proporcionem melhorias na percepção de apoio social nestas genitoras. O estudo consiste em um relato de experiência do serviço de Psicologia com 22 mães de bebês prematuros hospitalizados em UTIN na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Para auxiliar no diagnóstico da percepção de apoio foi utilizada a Escala de Apoio Social. Constataram-se índices elevados de apoio social, sendo a média do escore total equivalente a 84, 81 para a dimensão material, 94 para a de apoio afetivo, 80 na emocional, 80 na de informação, e 85 na de interação social positiva. Esses índices podem estar relacionados às intervenções da equipe de Psicologia voltadas para proporcionar melhorias quanto a percepção de apoio social. Ressalta-se, portanto, a necessidade de efetivação da política de humanização com o intuito de proporcionar melhorias à saúde biopsicossocial das mães de bebês prematuros hospitalizados.

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14º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2013 www.interpsiquis.com - Febrero 2013 Psiquiatria.com -4- INTRODUÇÃO

O apoio social tem sido bastante investigado em pesquisas acadêmicas, sendo-lhe atribuído diversas definições por diferentes autores, não havendo um consenso quanto a utilização deste constructo.1 No entanto, o presente estudo adota o conceito de Cobb2 por ser bastante utilizado em trabalhos científicos, sendo amplamente aceito na literatura. O apoio social é concebido por este autor como a informação que proporciona o indivíduo a acreditar que é amado, cuidado, estimado e valorizado, participante de uma rede de comunicação e de obrigações mútuas.2

No que se refere à avaliação da percepção de apoio social, foi utilizada no presente trabalho a medida desenvolvida Sherbourne e Stewart3 em decorrência de sua grande aceitação no meio científico. Tais autores mensuram o constructo através da abordagem de cinco dimensões de apoio, a saber: a) apoio emocional - amor, carinho empatia e suporte; b) apoio afetivo - relacionada a demonstrações físicas de afeto; c) interação social positiva – abarca aspectos referentes a ter com quem se distrair e fazer coisas agradáveis; d) apoio de informação – refere-se à presença de informações que podem ajudar o indivíduo a lidar com problemas; e) apoio instrumental ou material – associada à disponibilidade de serviços práticos e recursos materiais.3,4

O apoio social tem sido abordado como um fator de proteção importante durante todo o desenvolvimento humano, especialmente em momentos de crise, como o nascimento de um filho prematuro.5,6 A presença de apoio social neste contexto pode aumentar a responsividade materna, proporcionando melhorias para relação da díade mãe-bebê, especialmente em situações ansiogênicas e estressantes. Ressalta-se ainda que o fator mais importante é a percepção que a genitora tem sobre o apoio que recebe. Assim, a mulher precisa saber que tem com quem contar, mesmo que a ajuda não seja requerida ou mesmo recebida.5

No que concerne à prematuridade, o parto é classificado pela Organização Mundial da Saúde como prematuro quando ocorre antes da 37ª semana ou 259 dias de gestação.7 Quando os bebês precisam ser internados em Unidades de Terapias Intensivas Neonatais (UTINs) públicas, as genitoras no Brasil tem a possibilidade de permanecerem instaladas no hospital como mãe acompanhante até que seus recém-nascidos recebam alta. Dessa forma, o período de permanência materna como acompanhante de seu bebê prematuro pode ocasionar em afastamento da vida familiar e social, principalmente quando as mães tem residência em cidades distantes daquelas em que fica sediado o hospital no qual está sendo atendido o neonato.8

Assim, o nascimento prematuro ou pré-termo é caracterizado como uma experiência desgastante.9 As genitoras precisam lidar com diferentes sentimentos provocados pela prematuridade do bebê e sua internação, como esperança, medo, insegurança, culpa e frustração diante das dúvidas relacionadas às condições de saúde do bebê, ao tratamento, às chances de sobrevivência do bebê, e à situação de separação.8,10,11 Dessa maneira, a mãe precisa lidar com o nascimento de um bebê prematuro, seus reflexos e as diversas mudanças geradas na dinâmica familiar, afastando-se inclusive de seus parentes.

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-5- Todo esse contexto de crise associado ao distanciamento do núcleo familiar e a falta de um apoio social pode repercutir de maneira negativa na saúde materna. Um estudo realizado em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, com mães de bebês prematuros hospitalizados encontrou relação negativa entre o apoio social percebido e a sintomatologia depressiva. Ou seja, segundo a pesquisa, quanto maior a percepção de apoio social, menor a sintomatologia depressiva.12 Esses achados corroboram com os resultados de diversos outros estudos sobre a temática.13,14,15

Diante do exposto, em termos práticos, o uso de um instrumento que colabore para a avaliação do apoio social percebido pelas puérperas pode contribuir para a escolha do direcionamento das intervenções psicoterápicas para estas mulheres. A partir disso, as equipes de saúde também podem construir estratégias que possibilitem a ampliação das redes de apoio das genitoras e, consequentemente, melhorar a percepção que elas tem sobre tais redes.

Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo avaliar a percepção de apoio social em mães de neonatos pré-termo hospitalizados e discutir a importância da realização de intervenções psicológicas que proporcionem melhorias na percepção de apoio social nestas genitoras. Portanto, diante da configuração do apoio social como fator potencial de proteção, a relevância do presente estudo consiste na necessidade de se fortalecer as redes de apoio social de mães acompanhantes de bebês prematuros hospitalizados.

MÉTODO

O estudo consiste em um relato de experiência do serviço de Psicologia da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. O acompanhamento psicológico bem como a aplicação do instrumento foram com 22 mães de bebês prematuros hospitalizados em UTIN. Os atendimentos com as mães foram realizados por três graduandas de Psicologia nas enfermarias nas quais as genitoras estavam instaladas como acompanhantes de seus filhos. Durante o processo, as estudantes receberam supervisão de uma docente de Psicologia da UFRN e uma psicóloga, atuante como supervisora de campo.

Anteriormente ao início dos atendimentos psicológicos, foi utilizada a Escala de Apoio Social (EAS) para auxiliar no rastreamento da percepção de apoio. Esta é uma escala validada no Brasil por Griep, composta por 19 itens, cada um com cinco alternativas, que variam de 1 (nunca) a 5 (sempre). A EAS avalia a frequência com que o individuo percebe que pode contar com pessoas que o apoiem em diversas situações. Além disso, o instrumento apresenta em sua versão original, cinco dimensões funcionais de apoio social, a saber: material; emocional; afetivo; interação social positiva e, informação.16 Quanto mais próximo de 100, for a pontuação na escala, melhor o apoio social percebido.17

Os atendimentos psicológicos tiveram como perspectiva teórica a psicodinâmica, com caráter breve e focal diante do contexto da hospitalização. Durante o período de realização dos

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-6- atendimentos, as graduandas fizeram parte de um grupo de discussões e reflexões sobre o que a literatura abarca a respeito do tema nascimento prematuro, com o intuito de atender a demanda de forma eficaz e buscar uma melhor compreensão da vivência das puérperas.

Além da EAS, inicialmente as estudantes também realizaram nos atendimentos uma entrevista inicial com a genitora, buscando verificar informações sobre a gestação e o pós-parto, bem como a dinâmica familiar e a relação da puérpera e sua família com o processo de prematuridade seguida de hospitalização do recém-nascido (RN). É importante ressaltar que estes dados não serão apresentados neste estudo como resultados, embora tenham sido relevantes para a configuração e direcionamentos das intervenções.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram atendidas 22 puérperas de bebês prematuros hospitalizados na MEJC. As genitoras receberam apoio psicológico durante sua permanência na maternidade como acompanhantes de seus filhos internados na UTIN, possibilitando um espaço para a expressão de emoções, sentimentos, medos, questões e angústias e permitindo um alívio das tensões provocadas pelo momento de crise. Além disso, através do Serviço de Psicologia, as mães tiveram maior acesso à equipe de saúde, assim como puderam retirar dúvidas sobre a condição clínica dos bebês e sobre os cuidados despendidos a eles.

No geral, as genitoras apresentaram uma boa percepção de apoio, com índices elevados no constructo, entre 80-100. Assim, observa-se que apesar da redução do contato das mães com as redes sociais em decorrência da sua permanência como acompanhante de seu filho no hospital, as mães relatam se perceber como tendo um bom apoio social. Estes resultados podem estar associados ao fato de que o apoio percebido representa o apoio que o indivíduo percebe como disponível, caso necessite.18 Portanto, o auxilio pode não ser solicitado ou até mesmo recebido, mas a genitora reconhecer que tem com quem contar já possui um impacto positivo.5

Nos casos em que as puérperas apresentaram altos índices de apoio foi reforçada a importância do contato com a rede social. Nos casos em que as mães não apresentaram bons índices no instrumento foram feitas intervenções que objetivaram auxiliar o contato dessas mães com as redes a fim de proporcionar melhorias a essa percepção de apoio. Neste sentido, o uso da EAS mostrou-se relevante para o desenvolvimento de estratégias de intervenção a partir da compreensão do apoio social percebido pela puérperas.

A partir da base teórica psicodinâmica, o trabalho da psicologia inicialmente foi estruturado em uma avaliação dos recursos egóicos e mecanismos de defesa utilizados pelas mães acompanhantes, levando em consideração suas particularidades e vivências. Posteriormente, foram realizadas intervenções que possibilitassem para as puérperas uma oportunidade para expressar e elaborar as emoções e sentimentos referentes à prematuridade, a hospitalização de seu filho e suas consequências. Esse processo colaborou para que as genitoras pudessem diferenciar o bebê ideal

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-7- do bebê real, reconhecendo-o como seu, porém independente de si; bem como contribuiu para o desenvolvimento de apego saudável entre a díade mãe-bebê.

Outro aspecto importante da atuação da Psicologia foi o estímulo às mães em aderir ao Método Canguru. Este método trata-se de um modelo de assistência perinatal voltado para a melhoria do cuidado obstétrico e neonatal. Introduzido na década de 90 pelo Ministério da Saúde que parte dos princípios da atenção humanizada. O método possibilita fatores de proteção para o desenvolvimento do recém-nascido, como fortalecendo o vínculo afetivo mãe-filho, incluindo a família nos cuidados ao bebê e reduzindo o n úmero de reinternações.19

Neste sentido, o Método Canguru tem se configurado, como ocorreu em nosso estudo, como um suporte social para a família, aproximando os profissionais de saúde à família, possibilitando uma assistência neonatal humanizada e integrada. Ademais, a atuação das estagiárias ainda buscou diminuir a distância entre equipe de saúde e puérperas, fortalecendo o apoio social recebido por estas, através de intervenções que permitissem o encontro entre os profissionais e mães para a retirada de dúvidas sobre as condições clínicas do bebê, tratamento, medicações bem como acerca da prestação dos cuidados maternos ao bebê.

As intervenções psicoterápicas também foram voltadas para formação de uma rede de apoio entre as genitoras. Observou-se que tais intervenções contribuíram para a constituição de relacionamentos e laços entre as genitoras que puderam dividir suas experiências negativas e positivas, percebendo que passavam por situações semelhantes e ajudando-as mutuamente. Corroborando com os resultados obtidos no presente estudo, algumas pesquisas tem mostrado que a construção de uma rede de apoio entre as puérperas que acompanham seus bebês prematuros hospitalizados pode possibilitar um espaço para que essas mulheres compartilharem suas experiências e conflitos, percebendo que não são as únicas a passarem por tais vivências, passando a se ajudarem e apoiarem, criando laços de amizade e experiências para a vida toda.9,20

No que concerne ao envolvimento da família no cuidado intra-hospitalar, a literatura aponta que ainda são escassas as iniciativas de implementação de estratégias que promovam a inclusão da família nos cuidados ao neonato hospitalizado e assegurem a independência desses cuidados familiares domiciliares, após a hospitalização.21 Diante desta necessidade, o trabalho psicoterapêutico com as mães de bebês prematuros internados em UTINs também objetivou o envolvimento de outros parentes nos cuidados ao bebê, em especial, os pais dos recém-nascidos. Esta atuação se demonstrou importante não apenas como fator contribuinte para o aumento do sentimento de segurança pela mãe e família relativo aos cuidados neonatais após a alta, como também favoreceu para o aumento do apoio social recebido pela genitora.

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14º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2013 www.interpsiquis.com - Febrero 2013 Psiquiatria.com -8- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O apoio social tem sido considerado como fator de proteção para a saúde do indivíduo, em especial em momentos de crise, como o parto prematuro seguindo de hospitalização do neonato. Assim, o trabalho psicoterápico pode contribuir para a promoção de apoio social, estimulando a criação de uma rede suporte às puérperas através da equipe de saúde, pela família, companheiro e entre as próprias genitoras, que em decorrência da hospitalização do filho, também permanecem internadas no hospital como mães acompanhantes. Neste sentido, o uso do EAS auxiliou para uma melhor compreensão quanto ao apoio social pelas mães dos bebês prematuros hospitalizados, contribuindo para o desenvolvimento de intervenções voltadas para este aspecto.

Ademais, no presente estudo foi avaliado o apoio social percebido pelas mães dos bebês prematuros, por isso mesmo tendo reduzido o contato com a rede social, as genitoras tenderam a apresentar um bom apoio. Diante do explanado, ressalta-se a relevância do apoio social como fator de proteção e a necessidade de efetivação da política de humanização com o intuito de proporcionar melhorias à saúde biopsicossocial das mães de bebês prematuros hospitalizados.

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14º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2013 www.interpsiquis.com - Febrero 2013 Psiquiatria.com -9- REFERÊNCIAS

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