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Formulações de glyphosate na dessecação de Urochloa ruziziensis

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

WILIAN JOCHEM

FORMULAÇÕES DE GLYPHOSATE NA DESSECAÇÃO DE Urochloa ruziziensis

Curitibanos 2019

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WILIAN JOCHEM

FORMULAÇÕES DE GLYPHOSATE NA DESSECAÇÃO DE Urochloa ruziziensis

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia do Campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para obtenção do título de Bacharel em Agronomia.

Orientadora: Profa. Dra. Naiara Guerra

Curitibanos 2019

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DEDICO ESTE TRABALHO:

Aos meus pais, Geraldo e Adelina, pelo exemplo de caráter, de inspiração, de esforço, de dignidade e acima de tudo de humildade.

A minha avó Estácia, pelo apoio e pelas orações.

A meus irmãos Josias e Janaina, pela amizade, pelo companheirismo e acima de tudo por acreditarem em mim.

A meu cunhado Alessandro, pelo apoio, pelos conselhos e pelo companheirismo. A minha tia Maria Miranda Matteussi (in memoriam) pelo apoio.

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AGRADECIMENTOS

À Deus pela vida, pela minha saúde, por todas as oportunidades e portas que se abriram para mim ao longo dos anos.

A todos os meus familiares, em especial meus pais, Geraldo Jochem e Adelina Miranda Jochem, meus irmãos Josias Jochem e Janaina Jochem Kempner, e meu cunhado Alessandro Kempner por todo o amor e exemplo de pessoas batalhadoras, dedicadas, honestas e humildes. Agradeço pela disposição e empenho para tornarem possíveis todas às conquistas ao longo da minha vida.

A minha orientadora, Profa. Dr. Naiara Guerra, pela excelente orientação na realização deste e de outros trabalhos, pelos conselhos, ensinamentos e oportunidades oferecidas. Agradeço pelo incentivo e principalmente por ser uma excelente profissional.

A todos os professores e servidores da UFSC - Curitibanos por todo conhecimento repassado e auxilio nessa caminhada. E em especial aos professores Samuel Luiz Fioreze e Neilor Bugoni Riquetti, pela amizade e pelo exemplo de extrema competência profissional, os quais tenho como espelho.

Aos meus colegas do grupo de pesquisa, pela amizade, companheirismo e auxílio na condução dos trabalhos e projetos.

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“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz” Aristóteles

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RESUMO

A Urochloa ruziziensis é uma das espécies mais utilizadas para formação de palhada, principalmente para o sistema de plantio direto. A principal forma de manejo de dessecação desta espécie é a química, com o herbicida glyphosate. Atualmente estão disponíveis no mercado diversas formulações deste herbicida. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de doses e formulações de glyphosate na dessecação da U. ruziziensis. O experimento foi conduzido na fazenda experimental da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus de Curitibanos, no período de novembro de 2017 a abril de 2018. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com esquema fatorial 4x4+1. Foram utilizadas formulações (Stinger®, Trop®, Zapp QI620® e Crucial®) e doses (100%, 80%, 60% e 40% em relação à dose recomendada) de glyphosate, além de uma testemunha sem aplicação. A dose correspondente a recomendada foi 1080 g ha-1 de glyphosate. A aplicação foi realizada quando o capim-braquiária encontrava-se em pleno crescimento vegetativo, na fase final de perfilhamento. As variáveis analisadas foram porcentagem de controle do capim-braquiária, aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA) e massa da matéria seca aos 35 DAA. Observou-se que somente após 14 DAA houve diferença entre doses e formulações, onde Trop® e Crucial® (100%) mostraram-se mais eficientes na dessecação se comparada ao Stinger® e Zapp QI620®. A partir de 21 DAA todos os tratamentos proporcionaram excelente dessecação do capim-braquiária. Pode-se concluir que não houve diferenças expressivas na dessecação de capim-braquiária, onde todas as formulações apresentaram controle total desta espécie. Havendo a possibilidade de otimização das doses recomendadas para o controle do capim-braquiária, sem comprometimento da eficiência de dessecação.

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ABSTRACT

Urochloa ruziziensis is one of the most used species for straw formation, mainly straw

formation under no - tillage system. The main form of desiccation management of this species is chemistry with the glyphosate herbicide. Various formulations of this herbicide are currently available on the market. Thus, the objective of this work was to evaluate the effect of doses and formulations of glyphosate on desiccation of U. ruziziensis. The experiment was conducted at the experimental farm of the Federal University of Santa Catarina, Curitibanos Campus, from November 2017 to April 2018. The experimental design was a randomized complete block design with a 4x4 + 1 factorial scheme. Formulations (Stinger®, Trop®, Zapp QI620® and Crucial®) and doses (100%, 80%, 60% and 40% of the recommended dose) of glyphosate were used, in addition to a control without application. The recommended dose was 1080 g ha-1 of glyphosate. The application was performed when the brachiaria grass was in full vegetative growth, in the final phase of tillering. The analyzed variable was control percentage of the brachiaria grass at 7, 14, 21 and 28 days after application (DAA). It was observed that only after 14 DAA there was difference between doses and formulations, where Trop® and Crucial® (100%) were more efficient in desiccation when compared to Stinger® and Zapp QI620®. At 21 DAA, all treatments provided excellent desiccation of brachiaria grass. It can be concluded that there were no significant differences in the desiccation of Brachiaria grass, all the formulations presented a total control of Brachiaria grass. There is the possibility of optimization of the recommended doses for the control of Brachiaria grass, without compromising desiccation efficiency.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Controle total da espécie avaliada com exceção às testemunhas onde não foi aplicado o herbicida...26 Figura 2. Porcentagem de controle de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) aos 7, 14 e 21

dias após a aplicação de formulações e doses de

glyphosate...28 Figura 3. Massa seca de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) (g 0,25 m-2) aos 35 dias

após a aplicação de formulações e doses de

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização das formulações de glyphosate utilizadas para a dessecação de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis)...21 Tabela 2. Caracterização dos tratamentos utilizados para a dessecação de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis)...22 Tabela 3. Escala adotada para avaliar a eficiência de herbicidas na dessecação de plantas...23 Tabela 4. Resumo da análise de variância (valores de probabilidade o teste F) para controle (%) e matéria seca (g) das plantas de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis), dessecadas

com diferentes formulações e doses de

glyphosate...24 Tabela 5. Porcentagem de controle de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) após a

aplicação de diferentes formulações e doses de

glyphosate...25 Tabela 6. Massa seca de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) (g) aos 35 dias após a

aplicação de formulações e doses de

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EPSPs - enzima enol piruvil shiquimato fosfato sintase C/N - Relação Carbono/ Nitrogênio

S3P - chiquimato-3-fosfato PEP - fosfoenolpiruvato DAA - Dias após a aplicação

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LISTA DE SÍMBOLOS

L p.c. ha-1 – litros de produto comercial por hectare t ha-1ano-1 – toneladas por hectare por ano

kg ha-1 – quilos por hectare t ha-1 – toneladas por hectare

g e. a. ha-1 – gramas de equivalente ácido por hectare g L-1 – gramas por litro

g ha-1 – gramas por hectare m – metros

m2 – metros quadrados kPa – quilo pascal

kgf cm-1 – quilograma força por centímetro m s-1 – metros por segundo

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 15 1.1 JUSTIFICATIVA ... 16 1.2 OBJETIVOS ... 16 1.2.1 Objetivo Geral ... 16 1.2.2 Objetivos Específicos... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17 2.1 Urochloa ruziziensis ... 17

2.2. MANEJO DE DESSECAÇÃO DE U. ruziziensis ... 18

2.3 O HERBICIDA GLYPHOSATE ... 18

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 21

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24

5 CONCLUSÃO ... 31

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1 INTRODUÇÃO

A espécie Urochloa ruziziensis é nativa da parte oriental da República do Zaire, em Ruanda e Quênia (KISSMANN; GROTH, 1997). É uma das mais importantes forrageiras de regiões tropicais, como a África, Ásia, Austrália e América do Sul. Segundo Ferraz (2003), no Brasil há aproximadamente 95 milhões de hectares cultivados com espécies desse gênero.

Além do uso como forrageiras, as gramíneas do gênero Urochloa são consideradas as principais opções na formação de palhada para o sistema de plantio direto, principalmente nas regiões de clima tropical, devido à alta relação C/N em sua composição, relacionada com grandes concentrações de lignina, o que prolonga seu período de decomposição, e à boa produção de matéria seca. A palhada contribui na formação de uma camada espessa e uniforme de cobertura morta sobre o solo, constituindo-se em uma barreira física, auxiliando no controle de plantas daninhas (NEPOMUCENO et al., 2012).

As espécies forrageiras U. ruziziensis e U. decumbens, por se manterem em crescimento durante toda a estação seca e pela facilidade de dessecação, podem ser melhor aproveitadas com o propósito de cobertura do solo (MACHADO; ASSIS, 2010). Segundo Almeida (1991), o manejo eficiente de dessecação das plantas utilizadas como cobertura do solo, é um dos fatores mais importantes para o sucesso do estabelecimento da próxima cultura. Sendo que a maioria dos produtores utilizam o herbicida glyphosate para realizar esta operação de manejo da dessecação.

As doses dos herbicidas a base de glyphosate, utilizadas para a dessecação, variam de 2,0 a 4,0 L ha-1, de produto comercial, esta variação depende da espécie a ser dessecada, do estádio de desenvolvimento das plantas e também da concentração de glyphosate na formulação do produto comercial, então promover um estudo utilizando diferentes doses é importante para observar a dose suficiente para levar a planta a morte (PEREIRA, 1996; CORREIA et al., 2002).

No Brasil, o herbicida glyphosate é formulado como sal potássico, sal de isopropilamina, sal diamônio, sal de dimetilamina e monometilamina, e esses sais podem causar efeitos diferentes na planta a ser dessecada (ABRAHAM, 2009; RODRIGUES; ALMEIDA, 2011).

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1.1 JUSTIFICATIVA

As particularidades de cada formulação de gyphosate estão relacionadas a quantidade de glyphosate, ao sal e adjuvantes utilizados na formulação do produto comercial. Estas alterações podem ter efeito na maior velocidade de absorção, translocação e de ação do herbicida (MOLIN; HIRASE, 2005 citado por SCHERNER et al., 2014).

Assim, se mostra de extrema importância o estudo sobre as formulações de glyphosate disponíveis no mercado, em relação ao seu efeito na dessecação de espécies usadas para cobertura, como a Urochloa ruziziensis.

Nesse contexto, o presente trabalho busca testar a hipótese de que as diferentes formulações de glyphosate influenciam na dessecação de Urochloa ruziziensis, isso é importante, pois o herbicida glyphosate é o mais utilizado para a operação de dessecação antes da implantação das culturas agrícolas e para o manejo de dessecação de plantas usadas para formação de palhada para o plantio direto. No mercado brasileiro de agrotóxicos existe grande número de produtos comerciais (formulações) tendo como base o ingrediente ativo glyphosate. E apesar de todos terem o mesmo ingrediente ativo pode haver diferença em relação a eficiência destes produtos devido a concentração, sais e inertes e principalmente adjuvantes presentes em cada formulação.

Um dos fatores que variam com a formulação do glyphosate é o custo. As diferentes formulações fazem com que o custo do produto comercial varie, por isso é importante testar se estas formulações terão a mesma eficiência na dessecação do capim braquiária.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o percentual de controle de diferentes formulações de glyphosate na dessecação da U. ruziziensis.

1.2.2 Objetivos Específicos

Estabelecer qual é a melhor formulação de glyphosate para a dessecação da U.

ruziziensis.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Urochloa ruziziensis

O gênero Brachiaria foi primeiramente descrito como uma subdivisão de Panicum mas apenas 19 anos depois foi elevado a gênero. A taxonomia desse gênero é controversa devido à ampla e contínua variação nas principais características que são utilizadas para diferenciar as espécies, e até mesmo os gêneros como Urochloa, Eriochloa e Panicum (DO VALE et al., 2013).

A U. ruziziensis é uma forragem perene que chega a até 1 metro de altura, o que acarreta em uma boa cobertura do solo e produção de massa seca. É uma espécie que se estabelece de forma rápida e cresce muito durante a estação chuvosa, é compatível com leguminosas quando em consórcio, muito utilizada na região sul para plantio direto, devido ao seu rápido estabelecimento, qualidade de massa seca e facilidade de dessecação (DO VALE et al., 2013).

Segundo Alvim et al. (1990), a produção de massa seca de U. ruziziensis sem adubação é superior a 6 t ha-1ano-1e com adubação nitrogenada (75 e 150 kg ha-1), obteve uma produção de massa seca próxima de 8,5 e 11,0 t ha-1 ano-1. Dentre as espécies com potencial de utilização no sistema de Integração Agricultura-Pecuária a U. ruziziensis se destaca. De modo geral as espécies do gênero Urochloa se destacam por se adaptarem muito bem a solos de baixa fertilidade, ser de fácil estabelecimento e boa produção de fitomassa (TIMOSSI et al., 2007).

Nunes et al. (2009), avaliando períodos de manejo químico de U. decumbens antecedendo o plantio direto da soja, verificaram que 8,6 t ha-1de cobertura, após o manejo químico, representou uma camada de 15 cm de espessura sobre o solo.

Segundo Nepomuceno et al. (2012), as gramíneas do gênero Urochloa estão sendo consideradas as principais opções na formação de palhada para o sistema de plantio direto, devido à alta relação C/N em sua composição, relacionada com grandes concentrações de lignina, o que torna sua decomposição mais lenta, e à boa produção de matéria seca. A palhada contribui na formação de uma espessa e uniforme camada de cobertura morta sobre o solo, constituindo-se em uma barreira física, auxiliando no controle de plantas daninhas.

Souza et al. (2006), avaliando os efeitos alelopáticos de B. decumbens sobre o crescimento inicial de milho, arroz, trigo, soja, feijão, algodão e a dinâmica do nitrogênio no solo, observaram que a incorporando a matéria seca da parte aérea de B. decumbens houve uma significante redução nos teores de nitrato no solo. Entretanto, segundo Maciel et al. (2003), esses efeitos não são observados quando se adota o sistema plantio direto.

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2.2. MANEJO DE DESSECAÇÃO DE U. ruziziensis

O uso de plantas de cobertura é uma alternativa para aumentar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas, podendo restituir quantidades consideráveis de nutrientes aos cultivos, uma vez que essas plantas absorvem nutrientes das camadas subsuperficiais do solo e os liberam, posteriormente, na camada superficial, pela decomposição dos seus resíduos (DUDA et al., 2003).

No entanto, para que se tenha o benefício da palhada é necessário realizar o manejo de dessecação das plantas usadas como cobertura. Entre as estratégias de manejo da cobertura vegetal para a semeadura de culturas em sistema plantio direto, destaca-se o manejo químico, que pode ser realizado imediatamente antes da semeadura, entre sete e dez dias antes da semeadura ou entre dez e vinte dias antes da semeadura (OLIVEIRA JR. et al., 2006). O principal herbicida utilizado para essa operação é o glyphosate.

Segundo Machado e Assis (2010) as espécies forrageiras U. ruziziensis e U.

decumbens, pela facilidade de dessecação e por se manterem em crescimento durante toda

a estação seca, podem ser melhor aproveitadas com o propósito de cobertura do solo. Entretanto, Nunes et al. (2006) ressalvam que para utilização da palhada com a função de cobertura do solo são necessárias informações que esclareçam sobre o período ideal entre a dessecação e a semeadura da cultura, para que esta não influencie negativamente a cultura em sucessão. De acordo com Silva et al. (2006), o manejo químico realizado com glyphosate, em períodos menores que 14 dias antes da semeadura da soja, pode influenciar negativamente as micorrizas que colonizam as raízes de soja. No entanto essa é a forma mais comumente utilizada para manejar plantas de cobertura, principalmente perenes.

Segundo Timossi et al., (2006) no caso da braquiária, a dose a ser empregada varia de acordo com a espécie e o estádio de desenvolvimento das plantas.

2.3 O HERBICIDA GLYPHOSATE

O glyphosate é um herbicida pós-emergente, pertencente ao grupo químico das glicinas substituídas, classificado como não-seletivo e de ação sistêmica. Apresenta amplo espectro de ação, o que possibilita excelente controle de plantas daninhas anuais ou perenes, tanto de folhas largas como estreitas (GALLI; MONTESUMA, 2005).

O glyphosate é absorvido principalmente pelas folhas e tecidos verdes das plantas e translocado, principalmente pelo floema, para os tecidos meristemático. Por esse motivo as aplicações desse produto devem ser feitas direcionadas sobre as plantas cujo interesse é dessecar, seguindo as recomendações técnicas (GALLI; MONTESUMA, 2005).

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Após sua absorção pelas plantas, o glyphosate é prontamente translocado, juntamente com fotossintatos, das folhas onde foi aplicado até os drenos distantes. O glyphosate bloqueia a enzima EPSPs (5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfatosintase), essa enzima catalisa a ligação dos compostos chiquimato 3-fosfato (S3P) e fosfoenolpiruvato (PEP), produzindo enolpiruvilchiquimato-3-fosfato e fosfato inorgânico. Inicialmente a enzima reage com o S3P e depois com o PEP. A inibição da EPSPs faz com que ocorra um acúmulo de chiquimato nos vacúolos, o que é intensificado pela perda de controle do fluxo de carbono na rota (FEDTKE; DUKE, 2005 citado por OLIVEIRA JR, 2011).

Atualmente, estão registradas no mercado brasileiro 56 formulações de glyphosate, sendo que todas apresentam o mesmo mecanismo de ação. Dessas 56 formulações, 5 delas usam o sal dimetilamina, 13 usam sal de amônio, 3 usam sal de diamônio, 25 usam sal de isopropilamina e 10 usam sal de potássio (AGROFIT, 2018). As particularidades de cada formulação incluem maior intoxicação a organismos não alvo, principalmente para a microbiota do solo (SANTOS et al., 2006; NIEMEYER et al., 2018), maior velocidade de translocação e de ação (MOLIN; HIRASE, 2005 citado por SCHERNER et al., 2014; TRAVLOS et al. 2017) e melhor controle de algumas espécies de plantas daninhas (LI et al., 2005 citado por SCHERNER, 2014).

Segundo Travlos et al. (2017) a formulação do glyphosate em diferentes sais pode alterar a absorção e translocação deste herbicida pela planta daninha, o que pode afetar a eficiência de controle. Diversas doses do herbicida glyphosate têm sido testadas para o controle das mais variadas espécies e quantidades de massa vegetal de plantas de cobertura (PEREIRA, 1996; CORREIA et al., 2002; TIMOSSI et al., 2006). Contudo, muitas vezes não se associa a eficiência de controle destas doses ao tipo de formulação, principalmente o sal presente nesta formulação.

Scherner et al. (2014), constataram que aos 28 dias após aplicação de glyphosate em grama-boiadeira (Luziola peruviana), foi possível observar diferença no controle da espécie entre as formulações, o herbicida glyphosate, formulado a base do sal isopropilamina, necessitou de 393 g e. a. ha-1 para obter o C50 (dose necessária para obter 50% de controle da espécie) e o formulado a base do sal potássico necessitou de 937 g e. a. ha-1para proporcionar o mesmo nível de controle. Foi possível verificar que o glyphosate com sal de isopropilamina necessitou de menor dose para reduzir em 50% a massa seca da espécie.

Formulações de herbicidas à base de sais amínicos são mais difundidas pela cutícula, quando comparadas aos correspondentes sais potássicos ou sódicos

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(WANAMARTA et al., 1993 citado por SANTOS et al., 2007), além do sal, nas formulações de glyphosate o adjuvante pode mudar em função do produto comercial. Os adjuvantes presentes nas formulações de glyphosate podem atuar no aumento da permeabilidade da cutícula e da membrana celular, além de melhorar a deposição e retenção do herbicida nas folhas (STOCK; HOLLOWAY, 1993 citado por SCHERNER et al., 2014), contudo informações a respeito dos adjuvantes que compõem a formulação não são disponibilizadas pelas empresas produtoras do produto comercial.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no período de novembro de 2017 a abril de 2018, na área experimental agropecuária pertencente à Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Campus de Curitibanos. O solo da área experimental é classificado como Cambissolo Háplico de textura argilosa (53,4 g kg-1) com topografia suavemente declivosa e condições de boa drenagem (EMBRAPA, 2018).

A espécie utilizada para cobertura foi o capim-braquiária (U. ruziziensis). A semeadura foi feita a lanço, utilizando 100 kg ha-1 de semente. Antes e após a semeadura a área foi gradeada, utilizado uma grade aradora, para haver uma melhor incorporação da semente ao solo, não foi realizado adubação.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), num esquema 4 x 4 + 1. O primeiro fator foi representado por quatro formulações de glyphosate e o segundo por quatro doses destas formulações, além de uma testemunha sem aplicação de glyphosate, para servir de padrão de comparação. Desta forma o experimento contou com 17 tratamentos com quatro repetições, totalizando 68 unidades experimentais.

As formulações de glyphosate utilizadas estão apresentadas na Tabela 1. As doses utilizadas foram: recomendada (100%) e subdoses de 80%, 60% e 40% em relação a recomendada. A dose de equivalente ácido utilizada como recomendada (100%) foi de 1080 g ha-1 do glyphosate (RODRIGUES; ALMEIDA, 2011), independentemente da concentração do ingrediente ativo presente em cada formulação. A caracterização dos tratamentos utilizados encontram-se na Tabela 2.

Tabela 1. Caracterização das formulações de glyphosate utilizadas para a dessecação de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis), Curitibanos-SC, 2018.

Formulação (Produto Comercial) Sal Concentração de glyphosate (g L-1) Stinger® Isopropilamina 360 Trop® Isopropilamina 360 Zapp Qi 620® Potássico 500

Crucial® Isopropilamina e Potássico 540

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Tabela 2. Caracterização dos tratamentos utilizados para a dessecação de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis). Curitibanos, SC, 2018.

Tratamento s Formulação Dose (% em relação à recomendada) Dose (g e.a. ha-1) Dose (L p.c. ha-1) 1 Stinger® 100 1080 3,0 2 Stinger® 80 864 2,4 3 Stinger® 60 648 1,8 4 Stinger® 40 432 1,2 5 Trop® 100 1080 3,0 6 Trop® 80 864 2,4 7 Trop® 60 648 1,8 8 Trop® 40 432 1,2 9 Zapp QI 620® 100 1080 2,16 10 Zapp QI 620® 80 864 1,73 11 Zapp QI 620® 60 648 1,3 12 Zapp QI 620® 40 432 0,86 13 Crucial® 100 1080 2,0 14 Crucial® 80 864 1,6 15 Crucial® 60 648 1,2 16 Crucial® 40 432 0,8 17 Testemunha - - -

Cada parcela experimental apresentou dimensões de 2,0 x 2,5 m, totalizando área de 5m2, tendo uma área total do experimento de 340m2. A aplicação das formulações de glyphosate para a dessecação da U. ruziziensis foi realizada em pleno estágio de crescimento vegetativo (final da fase de perfilhamento), com as plantas apresentando altura entre 0,3 a 0,4 m.

A aplicação das formulações de glyphosate foi realizada no dia 02 de março de 2018, entre as 13h30 -14h30, com pulverizador costal pressurizado a CO2 (210 kPa), munido de barra com quatro pontas de jato plano (tipo “leque”) e pontas Magno 110.015 espaçadas em 0,5 m, com pressão de trabalho de 25 psi e velocidade de deslocamento de 3,6 km h-1, o que proporcionou taxa de aplicação de 150 L ha-1. As condições atmosféricas no momento da aplicação foram monitoradas e medidas utilizando um aparelho termohigroanemômetro digital, sendo temperatura do ar < 25°C; umidade relativa do ar > 55% e rajadas de vento em torno de 2 km h-1.

As variáveis analisadas foram: porcentagem de controle (dessecação) da U.

ruzizensis aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA) do herbicida. A avaliação de

controle verifica a eficiência agronômica, dos tratamentos, e foi realizada por meio de análise visual empregando-se a escala percentual; onde zero (0%) representa nenhum

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controle e 100% a morte total das plantas, segundo escala proposta pela Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD, 1995) (Tabela 3), e massa seca de

U. ruzizensis, aos 35 DAA. A massa de plantas foi coletada com quadrado de 0,5 m x 0,5

m totalizando uma área de 0,25 m2 (1 lançamento aleatório na parcela), o material coletado foi secado em estufa de circulação de ar forçado a 60°C e depois pesado em balança de precisão para a determinação da massa de matéria seca.

Tabela 3. Escala adotada para avaliar a eficiência de herbicidas na dessecação de plantas. (SBCPD, 1995).

Controle (%) Descrição do controle

90 – 100 Excelente ou total

80 – 89 Bom, aceitável para infestação da área

70 – 79 Moderado, insuficiente para infestação da área

50 – 69 Deficiente ou inexpressivo

0 – 50 Ausência de controle

Fonte: SBCPD (1995)

Os dados de porcentagem de controle e massa de matéria seca, foram submetidos a análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05), com auxílio do programa computacional Sisvar (FERREIRA, 1999), para a comparação entre as formulações. As doses foram submetidas à análise de regressão com o auxílio do programa Sigma Plot, também com nível de significância de 5%.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 4 é apresentado o resumo da análise de variância para as variáveis estudadas. Pode-se observar que não houve interação entre os fatores formulação e dose. Tabela 4. Resumo da análise de variância (valores de probabilidade o teste F) para controle (%) e matéria seca (g) das plantas de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis), dessecadas com diferentes formulações e doses de glyphosate. Curitibanos, SC, 2018.

Fonte de Variação

Controle

MS

7 DAA 14 DAA 21 DAA

Formulação (F) 0,69 0,04 0,33 0,62

Dose (D) 0,00 0,00 0,00 0,00

F x D 0,98 0,14 0,90 0,92

CV (%) 25,35 6,66 2,12 29,73

DAA: Dias após a aplicação; MS: massa seca; CV (%): Coeficiente de variação.

Na Tabela 5 pode-se observar a porcentagem de controle de capim-braquiária aos 7, 14, 21 e 28 dias após aplicação das diferentes formulações de glyphosate. De modo geral pode-se notar que aos 7 dias após a aplicação, não houve diferença estatística entre as formulações. É importante destacar que nesta primeira avaliação nenhum dos tratamentos promoveu controle satisfatório (> 80%) da U. ruziziensis, isso é comum para a aplicação de glyphosate, uma vez que se trata de um herbicida de ação sistêmica que leva um maior tempo para evidenciar as injúrias nas plantas sensíveis (AHRENS, 1994).

Aos 14 dias após aplicação notou-se incremento nos níveis médios de controle, onde as doses a partir de 60% promoveram controle satisfatório (>80%) do capim braquiária, independentemente da formulação de glyphosate. Notou-se nesta avaliação que a dose recomendada (100%) das formulações Trop® e Stinger® diferiram significativamente, com a primeira apresentando 93,25% e a segunda 84,50% de controle do capim-braquiária. Os produtos comerciais diferiram apesar de apresentarem o mesmo sal, isso pode ter ocorrido em função dos diferentes inertes (adjuvantes) presentes em cada formulação.

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Tabela 5. Porcentagem de controle de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) após a aplicação de diferentes formulações e doses de glyphosate. Curitibanos, SC, 2018.

Avaliação aos 7 DAA

Formulação Dose (% da dose recomendada)

0,00 40 60 80 100 Stinger® 0,00 ns 56,25 53,75 65,00 57,50 Trop® 0,00 42,50 50,00 61,25 57,50 Zapp Qi 620® 0,00 43,75 53,75 61,25 61,25 Crucial® 0,00 47,50 51,25 60,00 62,50 Média 0,00 47,50 52,18 61,88 59,69 CV (%) 25,35 Fcalc 2,13

Avaliação aos 14 DAA

Formulação Dose (% da dose recomendada)

0,00 40 60 80 100 Stinger® 0,00 a 79,75 a 80,75 a 87,50 a 84,50 b Trop® 0,00 a 78,75 a 79,50 a 83,25 a 93,25 a Zapp Qi 620® 0,00 a 71,25 a 80,25 a 83,00 a 85,75 ab Crucial® 0,00 a 77,50 a 84,50 a 83,25 a 92,00 ab CV (%) 6,96 Fcalc 12,65

Avaliação aos 21 DAA

Formulação Dose (% da dose recomendada)

0 40 60 80 100 Stinger® 0,00 ns 95,75 98,25 99,50 100,00 Trop® 0,00 95,75 99,00 100,00 100,00 Zapp Qi 620® 0,00 96,00 100,00 100,00 100,00 Crucial® 0,00 98,25 100,00 100,00 100,00 Média 0,00 96,43 99,31 99,87 100,00 CV (%) 2,12 Fcalc 1,30

Avaliação aos 28 DAA

Formulação Dose (% da dose recomendada)

0 40 60 80 100 Stinger® 0,00 ns 100,00 100,00 100,00 100,00 Trop® 0,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Zapp Qi 620® 0,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Crucial® 0,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Média 0,00 100,00 100,00 100,00 100,00 CV (%) - Fcalc -

ns – não significativo, segundo o teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Médias seguidas da mesma letra na coluna não diferem entre si segundo o teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

DAA: dias após a aplicação.

Aos 21 dias após a aplicação todas as formulações promoveram excelente controle da espécie avaliada, com níveis superiores a 95,75%. Nesta avaliação não houve diferença entre

(26)

as formulações. Esses resultados corroboram com os de Pizzatto (2018) que também verificou excelente controle na dessecação de aveia-preta e milheto, aos 21 DAA de formulações de glyphosate. Nesse trabalho Pizzatto (2018) também não observou diferença entre as formulações de glyphosate para a dessecação destas espécies de plantas de cobertura, aos 21 DAA.

Para as formulações Stinger®, Trop® e Zapp Qi 620® doses as partir de 60% resultaram em controle superior a dose de 40%, sendo está por sua vez superior a dose zero. Para a formulação Crucial® somente a dose zero se distinguiu significativamente das demais. Na última avaliação aos 28 DAA todos os tratamentos que receberam a aplicação de glyphosate, independentemente da formulação e dose (exceto a dose zero) apresentaram controle total do capim-braquiária (100% de controle), como pode ser observado na Tabela 4 e Figura 1, desta forma não foi possível a realização de análise estatística.

Figura 1: Controle total da Urochloa ruziziensis aos 28 DAA com exceção às testemunhas onde não foi aplicado o herbicida. Curitibanos, SC, 2018.

(27)

Como no presente trabalho um dos fatores testados foi quantitativo (doses), e segundo a análise de variância (Tabela 4) houve efeito significativo do fator dose para todas as avaliações foi realizado a análise de regressão para comparar o efeito das doses no controle do capim-braquiária. As análises de regressão encontram-se na Figura 2.

Para as avaliações aos 7 e 21 DAA não houve diferença entre as formulações foi apresentado o valor médio de controle proporcionado pelas quatro formulações testadas. Aos 7 DAA nenhuma das doses testadas promoveu controle satisfatório da U. ruziziensis.

Segundo os modelos de regressão, aos 14 DAA notou-se que doses das formulações Stinger®, Trop®, Zapp Qi 620® e Crucial® a partir de 40%, 42%, 50% e 43%, respectivamente, foram suficientes para promover controle superior a 80% do capim-braquiária. É possível observar que dentre as formulações estudadas a que apresenta unicamente o sal potássio (Zapp Qi 620®) foi a que necessitou de maior dose em relação a recomendada para atingir controle satisfatório aos 14 DAA. Esse resultado diverge dos encontrados por Werlang et al. (2003), que observaram aos 14 DAA de formulações de glyphosate na dessecação de U. decumbens, maior porcentagem de controle quando utilizou-se a formulação com o sal potássio (Zapp Qi 620®). Todavia segundo estes autores a diferença encontrada entre as formulações foi pequena, semelhante ao obtido neste trabalho. Na avaliação aos 21 DAA a dose para proporcionar controle satisfatório foi muito inferior à recomendada. Sendo que 36% da dose recomendada foi suficiente para promover controle do capim-braquiária superior a 90%.

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Figura 2. Porcentagem de controle de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) aos 7 (a), 14 (b) e 21 (c) dias após a aplicação de formulações e doses de glyphosate. Curitibanos, SC, 2018.

Na Tabela 6 e Figura 3 estão apresentados os dados de massa seca do capim- braquiária aos 35 DAA. Pode-se observar que as diferentes formulações não provocaram alteração na massa da matéria seca do capim-braquiária.

Na Figura 3 é possível observar que doses superiores a 57% da recomendada, independentemente da formulação, foram suficientes para reduzir a massa da matéria seca do capim-braquiária em níveis inferiores a 50%.

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Tabela 6. Massa de matéria seca de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) (g) aos 35 dias após a aplicação de formulações e doses de glyphosate. Curitibanos, SC, 2018.

Formulação Dose (% da dose recomendada)

0 40 60 80 100 Stinger® 122,71 ns 27,63 40,43 22,26 33,35 Trop® 122,71 43,67 32,98 32,17 22,90 Zapp Qi 620® 122,71 37,22 39,91 28,53 33,14 Crucial® 122,71 36,87 39,02 41,75 34,63 Média 122,71 36,34 38,08 31,18 31,00 CV (%) 29,73 Fcalc 0,48

ns – não significativo, segundo o teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Figura 3. Massa de matéria seca de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis) (g 0,25 m-2) aos 35 dias após a aplicação de formulações e doses de glyphosate. Curitibanos, SC, 2018.

Os resultados deste trabalho mostraram a possibilidade de utilizar diferentes formulações de glyphosate na dessecação do capim-braquiária, sem o comprometimento da eficiência desta operação. De maneira geral, todas as formulações testadas proporcionaram controle total (100%) desta gramínea aos 28 DAA, tanto na dose recomendada quanto nas

(30)

subdoses. Com base nos resultados destes experimentos, é possível otimizar a dose de aplicação em relação a recomendada. Isso pode resultar em um menor custo para o produtor sem comprometimento da qualidade da dessecação.

Werlang et al. (2003) estudando o efeito de diferentes formulações de glyphosate no controle de Urochloa decumbens, não observaram diferença entre o glyphosate potássico (Zapp Qi 620®) e glyphosate isopropilanina (Roundup Transord®) para a dessecação desta espécie aos 21 DAA.

Travlos et al. (2017) verificaram que plantas de corda-de-viola (Ipomoea lacunose) apresentaram maior absorção foliar de glyphosate aos 6 DAA quando tratadas com a formulação de sal diamônio se comparada com as que receberam a aplicação de sal isopropilamina. A translocação do glyphosate sal diamônio para as raízes da corda-de-viola foi 27% maior que para a formulação com sal isopropilamina. Contudo, apesar das diferenças na absorção e translocação entre as formulações com os diferentes sais não se observou diferenças no controle desta espécie de planta daninha

Vale ressaltar que estes resultados servem para áreas com predominância de U.

ruziziensis, caso haja infestação de plantas daninhas neste cultivo de planta de cobertura estas

subdoses muitas vezes não proporcionarão o controle eficiente das plantas daninhas, contribuindo inclusive para a seleção de plantas daninhas resistentes a este herbicida.

(31)

5 CONCLUSÃO

Não houve diferença entre as formulações de glyphosate utilizadas para a dessecação de

Urochloa ruziziensis.

Há a possibilidade de otimização das doses recomendadas para o controle Urochloa

(32)

REFERÊNCIAS

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