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(1)EDJANE VERÔNICA ANDRADE NASCIMENTO. FARELO RESIDUAL DE MILHO NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE. RECIFE – PE 2015.

(2) EDJANE VERÔNICA ANDRADE NASCIMENTO. FARELO RESIDUAL DE MILHO NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE. Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Zootecnia, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Magister Scientiae. Área de concentração: Nutrição Animal. Orientadora: Profª. Dra. Maria do Carmo M. M. Ludke (UFRPE) Co-orientadores: Prof. Dr. Carlos Bôa-Viagem Rabello (UFRPE) Pesq. Dr. Jorge Vitor Ludke (Embrapa Suínos e Aves). RECIFE - PE 2015.

(3) EDJANE VERÔNICA ANDRADE NASCIMENTO. FARELO RESIDUAL DE MILHO NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE. Dissertação defendida e aprovada pela banca examinadora em 26 de agosto de 2015.. Orientadora:. ________________________________________________ Profª. Dra. Maria do Carmo Mohaupt Marques Ludke Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Zootecnia. Banca Examinadora:. ________________________________________________ Prof. Dr. Wilson Moreira Dutra Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Zootecnia. ________________________________________________ Prof. Dr. Marco Aurélio Carneiro de Holanda Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica de Serra Talhada. RECIFE - PE 2015. iii.

(4) Dedico. A minha mãe, Creuza Andrade, por todo apoio, incentivo, carinho e dedicação e por todos os valores ensinados diariamente. A minha irmã, Elaine Cristine, pelo companheirismo, carinho e por toda ajuda. Ao meu amado sobrinho, Pedro Naum, presente mais lindo e precioso de Deus que enche a minha vida de amor e de alegria.. Amo vocês!. iv.

(5) Agradecimentos Ao meu Deus, por caminhar sempre comigo durante todos os momentos de minha vida, pois sem ele nada sou. A UFRPE pela oportunidade de realização do curso. A CAPES pela concessão da bolsa. À minha orientadora professora Maria do Carmo Mohaupt Marques Ludke, por toda dedicação, compreensão e paciência e por estar sempre disposta a ajudar. Ao pesquisador Jorge Vitor Ludke pela ajuda prestada. Ao professor Carlos Bôa-Viagem Rabello pelo apoio e ensinamentos. Aos estagiários Cledir Lima e Cristiano Cavalcanti pela força. Ao funcionário Sr. Bio pela ajuda durante a realização do experimento. A Evonik Industries pela realização do aminograma. Ao meu cunhado, Zaqueu Lins, pelas vezes que eu precisei de sua ajuda. Aos amigos da pós graduação Bárbara Silveira, Yruama Prates, Camila Guedes, Andreza Marinho e Juliana Neves pela ajuda e apoio. Aos amigos Tuanny, Tomás, Ida, Ana Carolina, Alessandro e em especial a Pricila, obrigada por tudo. A Ana Isabela pessoa alegre, divertida, uma amiga muito especial, que poderá contar sempre comigo. A Kelly Cristina, João Thiago e Carolina Notaro, anjos que Deus colocou na minha vida no momento exato. Enfim a todos que contribuíram direta e indiretamente para a realização deste trabalho, muito obrigada!. v.

(6) Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. Isaías 55: 9. vi.

(7) Sumário. Lista de tabelas ................................................................................................................... viii Lista de figuras ..................................................................................................................... ix Considerações iniciais ......................................................................................................... 10 Capítulo I ............................................................................................................................. 12 1. Avicultura de Corte no Brasil ..................................................................................... 13 2. Utilização de alimentos alternativos na alimentação animal ...................................... 14 3. Cultura do Milho (Zea mays) ...................................................................................... 15 3.1. Composição nutricional do grão de milho .......................................................... 16 3.2. Processamento do milho ..................................................................................... 18 3.3. Principais coprodutos do milho utilizados na alimentação de não ruminantes ... 20 3.4. Caracterização do farelo residual de milho e sua utilização na alimentação de não ruminantes................................................................ 23 4 - Considerações finais ....................................................................................................... 25 5 - Referências ..................................................................................................................... 25 Capítulo II ........................................................................................................................32 Resumo....................................................................................................................33 Abstract...................................................................................................................34 Introdução...............................................................................................................35 Material e Métodos.................................................................................................36 Resultado e Discussão.............................................................................................42 Conclusão................................................................................................................56 Referências..............................................................................................................56. vii.

(8) Lista de tabelas. Referencial teórico Tabela 1. Composição química e energética do FRM com base na matéria natural........24 Tabela 2. Composição de aminoácido total do FRM.......................................................24 Desempenho e características de carcaça de frangos de corte alimentados com o farelo residual de milho Tabela 1. Composição físico-química e aminoacídica do FRM (matéria natural)...........38 Tabela 2. Composição nutricional e analisada (matéria natural) das rações experimentais para o período de 8 a 21 dias............................................................................................39 Tabela 3. Composição nutricional e analisada (matéria natural) das rações experimentais para o período de 22 a 35 dias..........................................................................................40 Tabela 4. Composição nutricional e analisada (matéria natural) rações experimentais para o período de 36 a 42 dias..........................................................................................41 Tabela 5. Médias das variáveis de desempenho de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis crescentes de FRM.......................................................................43 Tabela 6 – Médias, desvio-padrão, níveis de probabilidade e coeficientes de variação para pesos, rendimentos, perdas e demais características das carcaças de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis crescentes de FRM...........................................51 Tabela 7 – Médias, desvios-padrão, níveis de probabilidade e coeficientes de variação para orgãos, conteúdo da moela, gordura da moela e do abdômen e relações com o peso vivo de frangos alimentados com dietas contendo níveis crescentes de FRM.................52 Tabela 8 – Médias, desvios-padrão, níveis de probabilidade e coeficientes de variação para as somas dos cortes, das vísceras úteis e das extremidades e total das partes aptas para comercialização e suas relações com o peso em jejum de frangos de corte alimentados com dietas contendo níveis crescentes de FRM...........................................55. viii.

(9) Lista de figuras. Referencial teórico Figura 1. Processamento de moagem do milho por via seca............................................18 Figura 2. Processamento de moagem do milho por via úmida.........................................19. Desempenho e características de carcaça de frangos de corte alimentados com o farelo residual de milho Figura 1. Peso médio aos 21 dias (Figura 1a), ganho de peso (Figura 1b) e conversão alimentar (Figura 1c) no período de 8 a 21 dias em função dos níveis de inclusão de farelo residual de milhos em dietas de frangos de corte machos da linhagem Cobb 500....................................................................................................................................44 Figura 2. Peso médio aos 35 dias (Figura 2a) e conversão alimentar (Figura 2b) no período de 22 a 35 dias em função dos níveis de inclusão de farelo residual de milho em dietas de frangos de corte machos da linhagem Cobb 500...............................................46 Figura 3. Ganho de peso (Figura 3a) e conversão alimentar (Figura 3b) no período de 8 a 35 dias em função dos níveis de inclusão de farelo residual de milho em dietas de frangos de corte machos da linhagem Cobb 500..............................................................48 Figura 4. Consumo de ração (Figura 4a) e conversão alimentar (Figura 4b) no período de 22 a 42 dias em função dos níveis de inclusão de farelo residual de milho em dietas de frangos de corte machos da linhagem Cobb 500..............................................................48 Figura 5. Consumo de ração (Figura 5a) e conversão alimentar (Figura 5b) no período de 8 a 42 dias em função dos níveis de inclusão de farelo residual de milho em dietas de frangos de corte machos da linhagem Cobb 500..............................................................49 Figura 6. Peso da moela de frangos de corte em função dos níveis de inclusão do FRM..................................................................................................................................53 Figura 7. Densidade das rações de frangos de corte em função das fases e dos níveis de inclusão de FRM..............................................................................................................53 Figura 8. Volume de ração de frangos de corte ingerido ao dia em função das fases e dos níveis de inclusão de FRM...............................................................................................54. ix.

(10) Considerações iniciais. Nos sistemas de produção avícola o milho e o farelo de soja são os componentes mais utilizados na formulação das rações, como fontes principais de energia e proteína, respectivamente. Dentro deste contexto, os custos com a alimentação podem representar cerca de 70% dos custos totais de produção, com estes dois ingredientes representando a maior parcela destes custos. No entanto, a sazonalidade destes produtos, atrelada às peculiaridades regionais, a competitividade com a alimentação humana e o amplo uso pelos vários ramos da indústria, afetam a disponibilidade destes grãos, ocasionando uma instabilidade nos custos desses produtos, o que está diretamente interligado à lucratividade final na cadeia produtiva de proteína de origem animal. Em função da importância que a alimentação representa nos custos de produção, cada vez mais, se busca por fontes de alimentos alternativos que sejam capazes de substituir total ou parcialmente os ingredientes convencionais utilizados nas rações, visando reduzir os custos, sem afetar o desempenho produtivo dos animais, para que estes possam expressar todo seu potencial genético. Diante do exposto, a utilização de coprodutos gerados pelas agroindústrias no arraçoamento animal, além de vir de encontro com os anseios das políticas públicas na luta pela preservação ambiental, aparece como uma estratégia promissora, através da qual, ocorre a transformação de resíduos que poderiam ser descartados, em produção de carne, que é uma proteína de alto valor biológico, que chegará até o consumidor final. No entanto, para que estes ingredientes possam compor as rações, se faz necessário um conhecimento prévio de seu valor energético e nutricional, do desempenho animal, economicidade e disponibilidade (PASCOAL et al., 2006; MENEGHETTI e DOMINGUES, 2008), bem como de suas possíveis limitações de uso inerentes à cada espécie animal. Do processo de industrialização do milho destinado à alimentação humana, resulta uma grande diversidade de produtos a partir dos quais são gerados alguns coprodutos com composição química favorável para serem empregados na alimentação animal. Dentrce estes, encontra-se o farelo residual de milho que é um coproduto gerado a partir do processamento a seco do milho, empregado durante a produção da farinha de. 10.

(11) milho, tradicionalmente conhecida como “fubá” ou “cuscuz”, flocão de milho, entre outros produtos, que apresentam acentuado consumo na região Nordeste do Brasil. Entretanto, ainda são escassas as pesquisas a respeito da utilização deste coproduto na alimentação animal. Deste modo, se faz necessária a caracterização nutricional do farelo residual de milho visando a inclusão deste ingrediente nas rações de frangos de corte para que este não venha a afetar o desempenho produtivo da espécie.. 11.

(12) CAPÍTULO I Referencial Teórico. 12.

(13) 1. Avicultura de Corte no Brasil. Nas últimas décadas a avicultura consolidou-se como uma importante atividade no setor socioeconômico nacional, garantindo ao Brasil uma posição de destaque no cenário mundial como importante produtor e principal exportador de carne de frango. O dinamismo desta cadeia é devido aos avanços obtidos nas áreas da biotecnologia e da nutrição, controle sanitário e criação de linhagens, que propiciaram uma melhoria na taxa de conversão alimentar e a obtenção de aves mais pesadas em um menor intervalo de tempo (OLIVEIRA et al., 2012; QUEIROZ et al., 2013). De acordo com os dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, 2014) a produção nacional de carne de frango em 2013 foi de 12,30 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China, com 31,6% desta produção, sendo destinada à exportação, mantendo o Brasil como maior exportador mundial. No Brasil os principais estados produtores concentram-se na região Sul, estes juntamente com o Estado de São Paulo, respondem por cerca de 70% do total de frangos abatidos no país (VOILÀ e TRICHES, 2013). A região Nordeste, embora apresente enorme potencial produtivo, corresponde por apenas 9% da produção nacional de carne de frango, tendo como principal produtor o estado de Pernambuco (FREITAS BRASIL e BARBOSA FILHO, 2012). Um dos principais entraves para o desenvolvimento da avicultura em Pernambuco, como no restante do Nordeste, está condicionado, sobretudo, à questão da oferta de grãos para formulação das rações, onde a necessidade de importar milho e soja de outros Estados pode vir a onerar os custos de produção (EVANGELISTA et al., 2008). Quanto ao consumo, atualmente a carne de frango é a mais consumida no Brasil, seguida pela bovina e pela suína (BRASIL, 2014) e a segunda mais consumida no mundo (AVISITE, 2013). No ano de 2013 o consumo per capita de carne de frango foi de 41,80 (kg/hab), de acordo com os dados da ABPA (2014). Considerando a expansão da demanda interna, bem como do consumo mundial de proteína animal, a avicultura brasileira é uma atividade que apresenta grandes perspectivas de mercado (SEBRAE, 2008). Segundo o relatório do MAPA (BRASIL, 2014), onde são apresentadas as projeções para o agronegócio brasileiro entre os anos de. 13.

(14) 2013 a 2024, a produção de carne de frango apresenta estimativa de crescimento anual de 3,1%, com taxa de crescimento no consumo de 33,1% para os próximos anos.. 2. Utilização de alimentos alternativos na alimentação animal. A crescente demanda no setor avícola, acrescida dos grandes avanços obtidos na área da genética, trouxe consigo a necessidade do fornecimento de uma dieta de maior precisão, visando atender as exigências nutricionais das atuais linhagens de frangos de corte, por meio da formulação de rações de custo mínimo. O milho e o farelo de soja são os principais insumos utilizados na alimentação das aves, porém a frequente flutuação de preços no mercado destes ingredientes acaba encarecendo os custos de produção, principalmente, nos períodos onde há menor disponibilidade destes produtos em razão dos fatores climáticos. Neste contexto, os alimentos alternativos, bem como o uso de coprodutos gerados pelas agroindústrias, apresentam-se como uma estratégia alimentar, visando diminuir os custos despendidos com a alimentação, sendo necessário para tal, entre outros fatores, o conhecimento prévio de sua composição nutricional e possíveis limitações intrínsecas a espécie animal, como é o caso da presença de fatores antinutricionais encontrados em alguns ingredientes. A utilização de coprodutos agroindustriais vem ao encontro dos anseios das atuais políticas ambientais que de forma crescente e com tendência a se fortalecer cada vez mais, vêm acompanhando de perto a eliminação de produtos potencialmente poluentes pelas indústrias (MENEGHETTI & DOMINGUES, 2008). De acordo com Araujo et al. (2008) o uso de resíduos agroindustriais na alimentação animal, agrega valor a esses coprodutos e diminui a competição por alimentos entre a população humana e a produção animal, pela simples redução do uso do milho, do farelo de soja e de outros grãos na alimentação animal e pela produção de fontes de proteína de alta qualidade a partir de resíduos não utilizáveis na alimentação humana.. 14.

(15) 3. Cultura do Milho (Zea mays) O milho é um dos cereais mais cultivados e consumidos em grande parte do mundo, estando o seu valor econômico associado à sua ampla forma de utilização, que abrange desde a alimentação animal e humana, até a indústria de alta tecnologia (GANEM, 2013). A cultura do milho, embora apresente grande relevância na cadeia produtiva do setor agropecuário, possui grande instabilidade no que se refere ao quesito preço, como resultado de vários fatos que possam vir a afetar a oferta e demanda, deste grão (CONAB, 2014a). No ranking mundial dos maiores produtores de milho os Estados Unidos ocupam a primeira posição, seguido pela China e pelo Brasil, juntos estes países respondem por 66,5% da produção mundial (CONAB, 2014a). No Brasil, a produção de milho encontra-se relativamente dispersa, tendo como principais regiões produtoras o Centro Oeste e o Sul que concentram em torno de 42,0 e 31,5% da produção nacional, respectivamente, com destaque para os Estados do Mato Grosso e do Paraná (BRASIL, 2014). Embora, o Brasil seja um importante produtor de milho, a produtividade de milho no país ainda é considerada inferior quando comparada aos principais países produtores, isto pode ser atribuído, entre outros fatores, à fragmentação da produção nacional, a qual é caracterizada por um elevado número de pequenos produtores de baixo nível tecnológico (ALVES e AMARAL 2011; CRUZ et al. 2011). Tal característica é mais perceptível na região Nordeste do país, que ocupa a quarta posição no ranking da produção nacional de milho e apresenta produtividade inferior as demais regiões brasileiras (PRATA, 2013). No entanto, de acordo com Alves e Amaral (2011) embora a produção de milho no Nordeste brasileiro apresente-se desestruturada, a região possui características favoráveis ao desenvolvimento desta cultura. O principal destino do milho, mundialmente produzido, é a alimentação animal, principalmente, a cadeia produtiva de aves e suínos, que consome cerca de 70% do milho produzido no mundo e entre 70 a 80% do milho produzido no Brasil (MIRANDA et al., 2012). Entretanto, mesmo com a produção de milho no Brasil sendo voltada preferencialmente para o mercado interno, o excedente da produção é destinado à. 15.

(16) exportação, conferindo ao Brasil a segunda posição entre os principais países exportadores de milho (CONAB, 2014b). De acordo com os dados da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (ABIMILHO, 2015), a produção nacional de milho para safra de 2014/2015 foi de 80.240 mil toneladas, destas, 49.484 foram destinadas à alimentação animal, sendo 24.583 para produção de aves de corte, 4.074 para aves de postura e 13.275 para suinocultura, 6.274 foram destinadas à indústria e 1.863 para o consumo humano. No Brasil, embora o consumo de milho na alimentação humana seja ainda bastante reduzido, não estando este inserido no hábito alimentar de toda a população, seu consumo é bastante expressivo na região Nordeste, onde o milho constitui uma importante fonte de energia, sendo o ingrediente principal de muitos pratos típicos, como o cuscuz, a polenta, a canjica, o angu, entre outros, que fazem parte da culinária regional, os quais fazem uso do milho tanto na sua forma in natura, como através dos produtos provenientes da sua industrialização.. 3.1. Composição nutricional do grão de milho Fisicamente o grão de milho é formado por quatro estruturas principais que são o endosperma (82%), pericarpo (5%), gérmen (11%) e a ponta (2%) e, assim como ocorre nos demais cereais, os nutrientes presentes no grão do milho, estão distribuídos de forma heterogênea entre as diferentes estruturas que o compõem, por este motivo, a composição dos produtos derivados deste cereal, depende de quais partes do grão estão inseridas (CALLEGARO et al., 2005; PAES, 2006). O pericarpo, também denominado de casca, é a camada fina e resistente que constitui a parede externa do grão, sendo composto basicamente por fibra (ALESSI et al., 2003). Enquanto que, a ponta, estrutura responsável pela conexão do grão ao sabugo, é a única parte do grão que não é envolta pelo pericarpo sendo constituída, principalmente, por material lignocelulósico (PAES, 2006). Devido à sua composição de lipídeos e predominantemente de amido cujo valor é em torno de 62,66%, (ROSTAGNO et al., 2011), sendo estes dois nutrientes encontrados, em quase sua totalidade, no gérmen e endosperma, respectivamente, a maior contribuição do milho para alimentação animal é como fornecedor de energia.. 16.

(17) O amido, carboidrato de reserva dos vegetais, é um polímero de glicose constituído por moléculas de amilose e amilopectina. De acordo com Bertechini (2012), o amido de milhos híbridos simples apresenta em média 28% de amilose e 72% de amilopectina. A amilose apresenta uma estrutura helicoidal não ramificada, na qual os resíduos de glicose estão unidos através de ligações alfa-1,4, enquanto que a amilopectina apresenta ramificações em sua cadeia, ocorrendo ligações alfa-1,4 nas cadeias lineares e alfa-1,6 nos pontos de ramificações (SILVA et al., 2014). Nutricionalmente, o amido é considerado um polissacarídeo facilmente digerido no trato digestório das aves, no entanto, a digestibilidade deste nutriente, depende entre outros fatores, da relação amilopectina/amilose, visto que a amilopectina é considerada a fração mais digestível do amido, o que ocorre em função da conformação de sua cadeia, com grande número de ramificações, permitindo o acesso facilitado das enzimas durante o processo digestivo intestinal (BERTECHINI, 2012). Os lipídeos presentes no milho estão representados pelos ácidos graxos polinsaturados, palmítico, esteárico, oléico, linolênico e linoléico (TONISSI et al., 2013), sendo este último encontrado em maior concentração. Outro aspecto importante dos lipídeos do milho está relacionado à presença de carotenóides, substâncias lipídicas que conferem a cor aos grãos, dentre eles as xantofilas e os betacarotenos, que são responsáveis pela pigmentação amarelada da carne de frangos e gema dos ovos, propriedades de grande importância na cadeia produtiva avícola (PAES, 2006; BUTOLO 2010) apud OELKE & RIES, 2013. Quanto ao conteúdo proteico, o milho apresenta em torno de 9% de proteína bruta, podendo ser encontradas algumas variações neste valor, associadas, principalmente, a variabilidade genética dos cultivares. As principais proteínas presentes no grão são a zeína e a gluteína, encontradas no endosperma e no gérmen, respectivamente (TURCI, 2011), contudo, a maior parte da fração proteica do milho é representada pela zeína, que é considerada uma proteína de baixo valor biológico, em virtude do desequilíbrio de aminoácidos provocado pelo alto teor de leucina e pela deficiência de lisina e triptofano (BRITO et al., 2005b; TONISSI et al., 2013), aminoácidos considerados essenciais para os animais não ruminantes. O milho também apresenta em sua composição, micronutrientes como minerais e vitaminas, mas durante o processo de formulação de ração para animais não ruminantes,. 17.

(18) onde o milho e o farelo de soja são os principais ingredientes, estas substâncias são suplementadas com fontes sintéticas, visando o melhor desempenho animal. 3.2. Processamento do milho A industrialização do milho pode ocorrer através dos processos de moagem via seca e úmida. Devido à baixa tecnologia empregada e simplicidade do processo, este primeiro é o método mais utilizado no Brasil, sendo geralmente praticado por indústrias de pequeno porte, em contrapartida, o processamento do milho por via úmida por ser considerado um procedimento mais complexo, exige mais tecnologia e investimento, e por este motivo é praticado por indústrias de grande porte (GARCIA et al., 2006). No processamento a seco, o milho após limpeza e secagem, é degerminado obtendo-se a separação de suas frações anatômicas, endosperma e gérmen, posteriormente, o endosperma, passa por um processo de moagem e classificação resultando em produtos como a canjica, a farinha, fubá, grits, entre outros, que são classificados de acordo com a granulometria obtida em função da finalidade a qual o produto se destina, enquanto que o gérmen passa por processo de extração para obtenção de óleo (KOWALSKI, 2010), conforme descrito na Fig. 1.. PRÉ SECAGEM ARMAZENAGE LIMPEZA DEGERMINAÇÃ. GÉRMEN. ENDOSPERMA MOAGEM. CLASSIFICAÇÃ GRITZ, SÊMOLAS, FARINHAS E FUBÁ. EXTRAÇÃ O DE ÓLEO. PRÉCOZIMENTO FLOCAGEM. PELETILIZAÇÃO. FLOCOS DE MILHO PRÉCOZIDO. FARELO PELETIZAD O. FARELO. EXTRUSÃO FARINHAS PRÉCOZIDAS. ÓLEO BRUTO. REFINO ÓLEO REFINAD O. Fonte: Adaptado de Cardoso et al. (2011).. Figura 1. Processamento de moagem do milho por via seca.. 18.

(19) A industrialização do milho por via úmida (Fig. 2) envolve uma etapa de maceração durante o processo, com o intuito de aumentar a eficiência de separação dos grânulos de amido e proteínas do endosperma, através da incorporação de água ao grão, o que consequentemente resulta em um número maior de produtos gerados (CARDOSO et al., 2011), sendo o principal deles o amido. O amido proveniente deste procedimento é empregado tanto pelas indústrias alimentícias, como também para uso industrial em geral, como por exemplo, na fabricação de papel e celulose, adesivos, pela indústria têxtil (GERALDI et al., 2012), geração de etanol, entre outras aplicações.. MILHO LIMPO TANQUES DE MACERAÇÃO. SEPARAÇÃO DO GÉRMEN. MOINHOS. REFINO DE ÓLEO. SECAGEM INGREDIENTES PARA RAÇÃO. AMIDO ÚMIDO CONVERSÃO E REFINO DE XAROPE DE GLICOSE. XAROPE E FRUTOSE DE GLICOSE DE MILHO MALTODEXTRINA S DEXTROSE. EXTRAÇÃO DA FIBRA. SEPARAÇÃO DO GLÚTEN E DO AMIDO SECAGEM DO AMIDO AMIDOS ALIMENTÍCIOS. DEXTRINAS. AMIDOS INDUSTRIAIS. FERMENTAÇÃO E DESTILÇAÇÃO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL OU PARA BEBIDAS. Fonte: Adaptado de Cardoso et al. (2011).. Figura 2. Processamento de moagem do milho por via úmida.. Dos métodos de processamento do milho, destinado à alimentação humana, resultam alguns coprodutos que podem ser utilizados na ração dos animais, porém devido eles, em sua grande maioria, apresentarem concentração mais elevada de fibra. 19.

(20) em sua composição, possuem algumas restrições quanto ao uso na alimentação dos não ruminantes. No entanto, vale ressaltar que, a composição química destes resíduos gerados, pode apresentar considerável variação em razão, principalmente, da qualidade do milho e do tipo de processamento empregado. Os coprodutos do milho que possuem maior aplicabilidade na nutrição animal são o farelo de glúten de milho, o farelo de gérmen de milho íntegro ou desengordurado e em menor proporção o farelo residual de milho. Entretanto, em alguns países, principalmente nos Estados Unidos, o milho é empregado como matéria prima principal para produção de etanol, e deste processo resulta o DDGS (Grãos secos de destilaria com solúveis) que também é um coproduto largamente utilizado na alimentação animal, principalmente, pelos Norte Americanos.. 3.3. Principais coprodutos do milho utilizados na alimentação de não ruminantes. O farelo de glúten de milho (FGM), resultante do processamento a úmido do milho, pode ser classificado em função do seu conteúdo proteico em FGM 21 e FGM 60 (SANTOS, 2004), ambos comercialmente designados de Refinazil ou Promil e Protenose ou glutenose, respectivamente. O FGM 21 é o resíduo fibroso do grão de milho o qual é enriquecido com água de maceração concentrada (PEREIRA, 2005), responsável por 65% do seu conteúdo proteico (RODRIGUEZ et al., 2009). Este coproduto possui teor mediano de proteína e energia, sendo rico em fibra (HONEYMAN e ZIMMERMAN, 1990, SCHROEDER, 2003). Uma das principais restrições de uso do FGM 21 na alimentação de aves e suínos está associada ao seu teor de fibra, devido à baixa capacidade destes animais de digerir alimentos fibrosos, além do que de acordo com Santos (2004) o FGM 21 não tem boa aceitação para suínos, devido à sua baixa palatabilidade, principalmente, quando em excesso. O FGM 60 consiste em um concentrado proteico, que tem origem após a remoção da maior parte do amido, do gérmen e do pericarpo constituintes do grão de. 20.

(21) milho e apresenta em sua composição maior teor de proteína e menos fibra, quando comparado ao FGM 21 (KAWAUCHI, 2008). Outros coprodutos que provêm do processo de industrialização do milho são o gérmen integral de milho (GIM) e após a extração do óleo presente no gérmen o farelo de gérmen de milho desengordurado (FGMD), que podem ser obtidos tanto por via úmida como por vi seca. De acordo com Castro (2007), o gérmen isolado corresponde por cerca de 30% do milho processado, misturado às impurezas retiradas durante o procedimento e ao pericarpo, tem como principal destino a alimentação animal. Segundo Brito (2005a) o GIM apresenta densidade energética similar à do milho, todavia a qualidade proteica é superior, proporcionando redução nos custos de produção. Tal característica se deve ao fato da proteína presente no gérmen, a gluteína, ser considerada de alto valor biológico quando comparada com a zeína, encontrada no endosperma, a qual apresenta desequilíbrio aminoacídico. O GIM apresenta ainda, maior concentração de proteína bruta (10,38%), de lipídeos (9,60%) e de fibra bruta (4,48%), do que o milho grão, cujos valores são de 7,88, 3,65 e 1,73%, respectivamente, de acordo com Rostagno et al. (2011). Contudo, como na ave jovem a absorção de lipídeos é limitada (FURLAN e MACARI, 2002), em virtude da capacidade insuficiente de produção da lipase pancreática e dos sais biliares (SKLAN, 2001), substâncias envolvidas nos processos de digestão e absorção dos triglicerídeos, o GIM não é um ingrediente indicado para melhorar o desempenho de frangos de corte na fase pré inicial de criação (BRITO et al., 2005b). Entretanto, em função do tipo de processamento empregado, a composição química do gérmen de milho pode variar, principalmente, no teor de proteína e de lipídeos, afetando assim, o balanço de aminoácidos e os valores de energia metabolizável do alimento, que são considerados os elementos de maior significância na formulação de rações economicamente viáveis (ROSTAGNO, 2001). Dentro deste contexto, deve-se dar ênfase à importância da correta caracterização nutricional e conteúdo energético, dos coprodutos provenientes da indústria de beneficiamento dos grãos, para que seja possível determinar os níveis mais aceitáveis de inclusão destes ingredientes na ração, nas diferentes fases de criação, visando sempre o sucesso produtivo final.. 21.

(22) Em alguns trabalhos encontrados na literatura (BRITO, 2005a; BRITO et al., 2005c; BRITO et al., 2009) estão descritos os efeitos da utilização GIM na dieta de poedeiras e evidenciando diminuição da pigmentação da gema do ovo com o aumento dos níveis de inclusão, o que foi atribuído à reduzida quantidade de xantofila presente no gérmen. No entanto, quanto às características de desempenho, o GIM mostrou-se como um ingrediente alternativo promissor, podendo substituir parcialmente o milho na dieta de poedeiras comerciais. Avaliando a substituição do sorgo pelo GIM milho em rações para frangos de corte, Stringhini et al. (2009) concluíram que o GIM pode ser utilizado nos níveis de 21,03 a 21,68% nas rações compostas por ingredientes, unicamente, de origem vegetal e de 15,75 a 35,02% nas rações contendo também ingredientes de origem animal na sua composição. Rodrigues (2010) avaliou a inclusão de níveis crescente (0, 20, 40 e 60%) do GIM na alimentação de suínos na fase de crescimento e terminação e não observou diferenças significativas sobre as variáveis de desempenho analisadas. Quanto ao FGMD, Brunelli et al. (2006) analisaram a composição química e energética deste ingrediente e encontraram valores de proteínas bruta de 9,81%, extrato etéreo de 0,60%, fibra bruta de 5,29%, matéria mineral de 6,44% e valor médio de energia metabolizável aparente corrigida para balanço de nitrogênio (EMAn) para frangos de corte de 2.413 kcal/kg, com base na matéria natural. O valor energético e a concentração de xantofila do FGMD são inferiores ao milho, no entanto, a quantidade de fibra bruta e de ácido fítico são superiores, o que pode restringir o seu uso, em níveis mais elevados de inclusão, na dieta de não ruminantes (BRUNELLI, 2009). O fósforo é um mineral de extrema importância para o desenvolvimento animal, mas, a maior parte do fósforo contido nos vegetais encontra-se ligado ao ácido fítico, na forma de fitato (PINTAR et al., 2005; TRAN e SKIBA, 2005; AFSARI et al., 2013; TEIXEIRA et al., 2013). O fitato é um ânion reativo que pode formar saís insolúveis com minerais nutricionalmente importantes, formar complexos com proteínas, e ainda inibir a atividade de alguas enzimas digestivas (LELIS et al., 2010), sendo por este motivo considerado um fator antinutricional.. 22.

(23) Brunelli et al. (2006) avaliaram a inclusão de níveis crescentes do FGMD na ração de frangos de corte e observaram que a inclusão de 20% de FGMD proporcionou efeitos positivos nas características de desempenho e não alterou as características de carcaça. Moreira et al. (2002) observaram uma piora no ganho diário de peso em suínos, na fase de crescimento e terminação, alimentados com rações contendo níveis crescentes de FGMD. No entanto, estes resultados diferem dos encontrados por Soares et al. (2004) que não verificaram diferenças significativas para o ganho de peso diário de suínos alimentados com FGMD. Os mesmos concluíram que este ingrediente pode compor até 30% das rações de suínos nas fases, anteriormente, mencionadas. Outros trabalhos reportados na literatura (BRUNELLI et al., 2010; BRUNELLI et al., 2012; PACHECO et al., 2012) demonstraram que o FGMD pode ser inserido parcialmente na alimentação de não ruminantes, minimizando o uso das fontes convencionais. Outro coproduto oriundo do processo de industrialização a seco do milho é o gbfarelo residual de milho (FRM), o qual apresenta composição química semelhante ao gérmen de milho, principalmente o conteúdo proteico e lipídico, mas ainda são poucas as pesquisas a respeito do seu uso na alimentação de não ruminantes.. 3.4. Caracterização do farelo residual de milho e sua utilização na alimentação de não ruminantes O FRM corresponde por um terço do milho industrializado, sendo composto por casca, gérmen e porções de amido extraídos do grão, devendo apresentar um mínimo de 4% de óleo (Brum et al., 2000). De acordo com os dados fornecidos pela indústria Vitamilho, responsável pela produção de fubá, de 100% de grão de milho em média 69% de fubá é gerado, rendendo em torno de 31% de FRM. Assim como ocorre nos demais coprodutos do milho a composição química e os valores energéticos do FRM também podem apresentar certa variação, conforme descrito na Tab. 1.. 23.

(24) Tabela 1. Composição química e benergética do FRM com base na matéria natural. MS (%) PB (%) EE (%) FB (%) MM (%) EB (kcal/kg) EMAn (kcal/kg). 88,88 9,14 11,33 5,20 3,20 -. 91,6 9,56 11,41 4,11 3,29 4407 3040. 88,50 10,80 12,90 5,04 3,90 4,638 3017. 88,33 10,23 15,44 6,54 4,33 4555 3241. Zanotto et al. (1996). Brum et al. (2000). Santos et al. (2013). Valadares (2014). O FRM apresenta valor energético inferior ao milho grão, no entanto, o seu conteúdo proteico e de aminoácidos totais é superior (Tab. 2), devendo destacar o teor de metionina e de lisina que são os principais aminoácidos limitantes para aves.. Tabela 2. Composição de aminoácido total do FRM. PB (%) Lisina (%) Histidina (%) Arginina (%) Treonina (%) Valina (%) Metionina (%) Isoleucina (%) Leucina (%) Fenilalanina (%) Triptofano (%). FRM 9,14 0,46 0,27 0,58 0,33 044 0,25 0,28 0,78 0,39 0,10 Zanotto et al. (1996). FRM 9,56 0,42 0,26 0,56 0,32 0,38 0,25 0,24 0,71 0,36 0,09 Brum et al. (2000). Milho 7,88 0,23 0,23 0,37 0,32 0,37 0,16 0,27 0,94 0,37 0,06 Rostagno et al. (2011). Zanotto et al. (1996), ao avaliarem a utilização do FRM com diferentes níveis de substituição ao milho (0, 25, 50 75 e 100%) em dietas para frangos de corte, observaram efeito negativo sobre o ganho de peso e o consumo de ração nos níveis mais altos e concluíram que o FRM pode substituir o milho em até 50%. Silva et al. (1997) avaliaram o efeito da utilização do FRM em diferentes níveis de substituição ao milho na dieta de leitões na fase inicial sobre as caraterísticas de desempenho e observaram um pior desempenho dos leitões alimentados com o FRM. Uma das principais restrições para a adição do FRM na ração de aves e suínos pode estar relacionada ao seu conteúdo de fibra bruta, sendo este superior ao encontrado no milho grão. No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para melhor caracterização da utilização do FRM na alimentação de não ruminantes.. 24.

(25) 4 - Considerações finais. Dentre os coprodutos provenientes do processo de industrialização do milho o FRM apresenta-se como um alimento alternativo promissor para ser empregado na alimentação animal, devido ao seu conteúdo energético, possui características favoráveis para substituir parcialmente o milho na ração de não ruminantes.. 5 - Referências. AFSARI, M.; MOHEBBIFAR, A.; TORKI, M. Effects of phytase supplementation of low phosphorous diets included olive pulp and date pits on productive performance of laying hens, egg quality traits and some blood parameters. Annual Review e Research in Biology, v. 3, n. 4, p. 777-793, 2013. ALESSI, M. O.; RAUPP, D. S.; GARDINGO, J. R. Caracterização do processo de farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos. Universidade Estadual de Ponta Grossa, v. 9, n. 2, p. 31-39, 2003. ALVES, H. C. R.; AMARAL, R. F. Produção, área colhida e produtividade do milho no Nordeste. Informe Rural ETENE – Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste. Banco do Nordeste, 2011. Ano v, n. 16, 9 p. ARAUJO, D. M.; SILVA, J. H. V.; ARAUJO, J. A. et al. Farelo de trigo na alimentação de poedeiras semipesadas na fase de recria. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, n. 1, p. 67-72, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDUSTRIAS DO MILHO. Oferta e demanda do milho do Brasil. 2015. Disponível em: <http://www.abimilho.com.br/estatisticas>. Acesso em: 18 maio 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório Anual, 2014. Disponívelem:<http://www.ubabef.com.br/files/publicacoes/8ca705e70f0cb110ae3aed6 7d29c8842.pdf>. Acesso em: 05 set. 2014. AVISITE. Em 2020 carne de frango será a mais consumida no mundo. Campinas, 2013.. Disponível. em:. <http://avisite.com.br/noticias/index.php?codnoticia=1423>.. Acesso em: 10 jan. 2015. BERTECHINI, A. G. Nutrição de Monogástricos, Lavras: UFLA, 2012. 301 p.. 25.

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(32) CAPÍTULO II Desempenho e características de carcaça de frangos de corte alimentados com o farelo residual de milho. *Artigo elaborado de acordo com as normas do Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia.. 32.

(33) DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM O FARELO RESIDUAL DE MILHO RESUMO – Objetivou-se com este trabalho avaliar a inclusão de níveis crescentes do farelo residual de milho (FRM) em dietas para frangos de corte, sobre as características de desempenho, rendimento de carcaça e dos cortes e peso dos órgãos. Foram utilizados 270 frangos de corte da linhagem Cobb-500, machos, de oito aos quarenta e dois dias de idade, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados (DBC), alojados em 30 boxes, sendo nove aves por parcela, com cinco tratamentos e seis repetições. Os tratamentos consistiram em níveis crescentes de inclusão do FRM (0, 13, 26, 39 e 52%) na ração. Neste experimento foram avaliadas as variáveis consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar nas fases: inicial (8 a 21 dias), crescimento (22 a 35 dias) e final (36 a 42) e nas fases acumulativas (8 a 35 dias, 22 a 42 dias e 8 a 42 dias). Aos 42 dias de idade, foram abatidas duas aves por parcela para avaliação das características de carcaça, dos cortes e dos órgãos. Foi observado efeito quadrático para as variáveis peso médio aos 21 dias, ganho de peso e conversão alimentar na fase inicial, com níveis ótimos de inclusão de 9,14%, 9,05% e 19,5%, respectivamente. O mesmo efeito foi observado na fase de crescimento no peso médio e conversão alimentar aos 35 dias, com níveis ótimos de 10,58% e 12,75%, respectivamente. Porém, no nível mais alto de inclusão houve efeito negativo sobre o desempenho, de acordo com teste de Dunnet. Não houve efeito dos tratamentos na fase final. Foi observado efeito quadrático para rendimento de sobrecoxa com ponto de mínimo para 28% de inclusão de FRM. Houve efeito linear crescente para peso da moela cheia, moela vazia, moela limpa e rendimento de moela limpa. Pelo teste de Dunnet houve diferença significativa para os parâmetros peso e rendimento da moela, nos níveis mais elevados de inclusão do FRM. Ao avaliar todo o período experimental foi observado que o FRM maximiza o desempenho de frangos de corte, mostrando-se melhor que a dieta controle, no nível de 13% de inclusão.. Palavras-chave: aves, eficiência alimentar, ganho de peso, coprodutos agroindustriais.. 33.

(34) PERFORMANCE AND CARCASS CHARACTERISTICS OF BROILERS FED WITH RESIDUAL CORN ABSTRACT – The objective of this work was evaluate the inclusion of increasing levels of residual corn bran (FRM) in broiler diets, on performance characteristics, carcass and main cuts yields and organs weight. Two hundred and seventy broilers of Cobb-500 lineage, males, from eight to forty-two days old, were housed in 30 boxes and distributed in a randomized block design (DBC) with five treatments and six replications containing nine birds per plot. The treatments consisted of FRM increasing levels (0, 13, 26, 39 and 52%) in the diet. Feed intake, weight gain and feed conversion in initial (8 to 21 days), growth (22 to 35 days) and final (36 to 42) phases and cumulative phases (8 to 35 days, 22 to 42 days and 8 to 42 days) were evaluated. At age of 42 days two broilers, with weight closest to the average weight of each plot, were slaughtered for evaluation of carcass characteristics, main cut yields and organs weight. Quadratic effects were observed for the 21 days average weight, weight gain and feed conversion ratio in the initial phase, with optimal inclusion levels of 9.14, 9.05 and 19.5%, respectively. The same effect was observed in the growth phase in the middle weight and feed conversion to 35 days, with optimal levels of 10.58% and 12.75%, respectively. However, at the highest level of inclusion there was negative effect on performance, according to test of Dunnet. There was no effect of the treatments on the final stage. Quadratic effect was observed for drumstick yield with minimum point at 28% inclusion of FRM. There was increasing linear effect to gizzard weight. According to Dunnet test there was treatment effect for weight and gizzard parameters, in the higher levels of inclusion of FRM. Considering all trial period it was observed that FRM maximizes performance of broilers, showing better than the control diet, at 13% inclusion level.. Keywords: agro-industrial coproducts, feed efficiency, poultry, weight gain.. 34.

(35) INTRODUÇÃO. O milho é a principal fonte energética utilizada na alimentação de aves e suínos, no entanto a grande demanda deste grão faz com que haja constante flutuação de preços de mercado o que pode vir a elevar os custos de produção, principalmente onde há menor disponibilidade deste ingrediente. Diante da importância que a alimentação representa nas planilhas de custo nos sistemas de produção animal, o interesse por alimentos alternativos tem se tornando crescente, destacadamente, o uso de resíduos agroindustriais, os quais apresentam-se como potenciais substitutos parciais para as fontes convencionais utilizadas. Do processo de industrialização do milho destinado a alimentação humana, que pode ocorrer através dos processos de moagem via úmida e seca, resultam alguns coprodutos que podem ser empregados na alimentação animal. No entanto, para tal, se faz necessário o conhecimento prévio de suas qualidades nutricionais e valores energéticos, assim como também dos níveis de inclusão aceitáveis para cada espécie animal. Dentre estes coprodutos, encontra-se o farelo residual de milho, que é gerado durante a moagem por via seca do milho que é destinado à produção de farinha de milho, também designada de fubá, flocão, entre outros alimentos que apresentam consumo bastante expressivo na região Nordeste do Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (ABIMILHO, 2015) em 2013 do total de milho destinado às indústrias alimentícias 2.200 milhões de toneladas foram processados via moagem a seco e 2.400 milhões via úmida. Considerando que o FRM corresponde por um terço do milho industrializado (BRUM et al., 2000), de acordo com os dados mencionados a disponibilidade anual estimada de resíduos gerados a partir do processamento a seco do milho é em torno de 733 milhões de toneladas. Zanotto et al. (1996), ao avaliarem a utilização do FRM em dietas para frangos de corte, concluíram que este pode substituir o milho em até 50%, sem prejudicar o desempenho produtivo. Quanto a sua composição química, Brum et al. (2000) encontraram valores energéticos inferiores ao do milho, no entanto, o conteúdo de proteína bruta e de. 35.

(36) aminoácidos totais foram superiores. Os autores concluíram que o FRM apresenta composição favorável para substituir parcialmente o milho na dieta de frangos de corte. Santos et al. (2013) relataram em sua pesquisa que o FRM apresenta em sua composição nutricional, concentração de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra bruta (FB) e matéria mineral (MM) semelhante à descrita por Rostagno et al., (2011) para o farelo de gérmen de milho. Ainda são escassas as pesquisas a respeito da utilização do FRM na alimentação de frangos de corte, portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do FRM na alimentação de frangos de corte sobre as características de desempenho, rendimento de carcaça, cortes produzidos e peso dos órgãos.. MATERIAL E MÉTODOS. O ensaio de desempenho foi conduzido no Laboratório de pesquisa com aves (LAPAVE), localizado no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco – DZ/UFRPE, com período experimental de 42 dias, de 31 de outubro a 12 de dezembro de 2013. Foi executado em um galpão de alvenaria, coberto com telhas de fibrocimento, piso de concreto, tela de arame e cortina de polietileno, sendo composto por 30 boxes com dimensões de 1,0 X 2,0 m. Foram utilizados 270 frangos de corte de um dia de idade, machos, da linhagem Cobb-500, alojados nos boxes, forrados com cama de maravalha, com cinco centímetros de espessura e cobertos com jornal, durante os três primeiros dias, sendo equipados com lâmpadas de 100 watts para o aquecimento dos pintainhos, comedouros do tipo tubular e bebedouros do tipo pendular que foram substituídos por modelos adultos aos sete dias de idade das aves. Os pintainhos foram recebidos de incubatório idôneo, vacinados contra as doenças de Marek, Gumboro e New Castle e aos 14 dias foram revacinados, exceto para Marek, e vacinados contra bronquite. Durante a fase pré-inicial (1 a 7 dias) os pintainhos receberam ração à base de milho e farelo de soja e água ad libitum. No oitavo dia de idade as aves foram pesadas individualmente e distribuídas em um delineamento em blocos casualizados (DBC), de. 36.

(37) acordo com a faixa de peso, com cinco tratamentos e seis repetições, totalizando 30 parcelas, cada parcela sendo constituída por nove aves uniformes quanto ao peso inicial. Os tratamentos consistiram em uma dieta controle à base de milho e farelo de soja (T1) e outras quatro dietas formuladas com diferentes níveis de inclusão do FRM, sendo T2 – 13%, T3 - 26%, T4 - 39% e T5 - 52% de FRM, todas isoproteicas e isoenergéticas. O FRM utilizado neste experimento foi oriundo da fabricação de fubá ou cuscuz, o mesmo antes de ser acrescentado às rações foi previamente misturado com água na proporção 1:1 e levado para secar ao sol, com o intuito de reduzir a sua pulverulência. As rações foram formuladas de acordo com a composição dos ingredientes e recomendações nutricionais propostas por Rostagno et al. (2011) e da composição nutricional e do valor de energia metabolizável aparente corrigida para balanço de nitrogênio (EMAn) do FRM, provenientes de um ensaio de metabolismo realizado anteriormente, no DZ/UFRPE, utilizando o FRM da mesma origem, onde o mesmo apresentou 88,33% de MS, 10,23% de PB, 15,44% de EE, 4,33% de MM, 6,54% de FB e 3241 kcal/kg de EMAn, com base na matéria natural, segundo Valadares (2014). Os valores de cálcio, fósforo disponível e aminoácidos digestíveis do FRM foram estimados a partir dos valores do farelo de gérmen de milho determinados por Rostagno et al. (2011). Foram coletadas amostras do ingrediente avaliado e das rações experimentais e realizadas análises quanto à composição de MS, PB, EE, MM e FB de acordo com a metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002). As análises foram realizadas no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da UFRPE. Para determinação do conteúdo proteico e aminoacídico do FRM, foi encaminhada uma amostra à Empresa Evonik Industries AG/Animal Nutrition, onde foi realizada a análise por meio de espectroscopia por infravermelho próximo (NIR). Foi analisada também a densidade das rações e do FRM. Na Tab. 1 estão apresentados os valores da composição físico-química e aminoacídica do FRM.. 37.

(38) Tabela 1. Composição físico-química e aminoacídica do FRM (matéria natural). Composição físico-química Matéria seca% Extrato etéreo% Matéria mineral% Fibra bruta% Densidade (kg/l). 90,53 12,88 3,19 9,17 0,486 Composição aminoacídica (%). Proteína bruta Metionina Cistina Metionina + cistina Lisina Treonina Arginina Isoleucina Leucina Valina Histidina Fenilalanina Glicina Serina Prolina Alanina Ácido aspártico Ácido glutâmico. 10,05 0,175 0,205 0,380 0,491 0,387 0,719 0,297 0,738 0,481 0,293 0,400 0,537 0,458 0,659 0,626 0,787 1,341. As composições calculadas e analisadas das rações experimentais, formuladas para as diferentes fases de criação, inicial (8 a 21), crescimento (22 a 35) e final (36 aos 42 dias) estão conforme descritas nas Tab. 2, 3 e 4. A temperatura e umidade relativa mínima e máxima foram registradas diariamente às 09:00 e 16:00 horas, por meio de um termohigrômetro digital, As aves receberam durante o período de avaliação do desempenho ração farelada e água ad libitum. As pesagens das aves e das rações foram realizadas em intervalos semanais. As variáveis de desempenho avaliadas foram ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) de acordo com cada fase de criação e para as fases acumulativas, devido os frangos terem recebido os tratamentos dos oito aos 42 dias de idade.. 38.

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