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Uma proposta para uso do framework COBIT em uma ferramenta de balanced scorecard

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Academic year: 2021

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(1)UMA PROPOSTA PARA USO DO FRAMEWORK COBIT EM UMA FERRAMENTA DE BALANCED SCORECARD Por. Edson Almeida Junior. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONAL. Universidade Federal de Pernambuco posgraduacao@cin.ufpe.br www.cin.ufpe.br/~posgraduacao www.mestradoprofissional.com.br. RECIFE, ABRIL/2009.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE INFORMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. EDSON ALMEIDA JUNIOR. UMA PROPOSTA PARA USO DO FRAMEWORK COBIT EM UMA FERRAMENTA DE BALANCED SCORECARD. Este trabalho foi apresentado à Pós-Graduação em Ciência da Computação do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre Profissional em Ciência da Computação.. Orientador: Prof. Dr. Robson do Nascimento Fidalgo. RECIFE, ABRIL/2009.

(3) Almeida Junior, Edson Uma proposta para uso do framework COBIT em uma ferramenta de balanced scorecard / Edson Almeida Junior. - Recife: O Autor, 2009. xi, 92 folhas : il., fig. Dissertação (mestrado profissional) – Universidade Federal de Pernambuco. CIn. Ciência da computação, 2009. Inclui bibliografia. 1. Governança corporativa. 2. Engenharia de software. 3. Modelo de governança de TI. I. Título. 658.4. CDD (22. ed.). MEI2010 – 037. iii.

(4) Dedicatórias. Aos meus pais Edson Almeida (em memória) e Creusa de Castro, minha formação. A minha esposa Cristiane.. "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." Albert Einstein. iv.

(5) Agradecimentos. Primeiramente a Deus, por me mostrar os caminhos a trilhar em minha vida. Aos meus familiares, em especial: a minha mãe, Creusa Castro pelo incentivo e apoio incondicional; a minha esposa Cristiane pelo apoio, paciência, companheirismo e compreensão; aos meus irmãos (Edneuza, Edlene, Edleide e Jonas) pelo apoio e motivação. Ao Professor Robson Fidalgo, pela orientação, incentivo, paciência, amizade e pelos conhecimentos transmitidos. A meu cunhado Artur Santana, pois com uma simples ação de me ensinar a linguagem Basic para microcomputadores, num TK2000 em sua empresa em Maceió-AL em 1988, me deu uma visão de futuro, o que norteou o meu caminho até hoje. Aos meus amigos do Mestrado CIN/UFPE, (Eduardo, Ivaldir, Paulo, Nilton e Edvaldo), pelo apoio e pelas críticas construtivas. Aos professores, amigos e colegas da primeira turma do mestrado profissional do Centro de Informática da UFPE, pelo apoio, incentivo e troca de idéias. Finalmente, a todos que de forma direta ou indireta me auxiliaram na elaboração deste trabalho.. “O melhor presente Deus me deu. A vida me ensinou a lutar pelo que é meu...” Charlie Brown Jr.. v.

(6) UMA PROPOSTA PARA USO DO FRAMEWORK COBIT EM UMA FERRAMENTA DE BALANCED SCORECARD. Resumo Muitas empresas buscam por meio de uma forte governança da Tecnologia da Informação (TI) obter vantagens competitivas que as coloquem à frente de seus concorrentes, contudo esta governança não é uma atividade trivial e facilmente mensurável quanto aos seus reais benefícios para a empresa. Desta forma, para auxiliar nesta função, modelos de governança de TI são usados para alcançar a governança corporativa através de um maior alinhamento entre os processos das empresas e a sua TI disponível.. Com o objetivo de dar mais simplicidade e dinamismo à governança de TI, esta dissertação analisa alguns importantes trabalhos relacionados e propõe o uso do framework Control Objectives for Information and Related Technology (CobiT) aliado às métricas de desempenho propiciadas pela metodologia de Balanced Scorecard (BSC). Para isto, é especificado o guia BSC-COBIT que, de forma simples, visa promover o alinhamento estratégico da TI com as demais áreas da empresa. Além disso, o guia BSC-COBIT mostra como uma ferramenta de BSC pode ser instanciada a partir das diretrizes e indicadores do CobiT. Além do guia BSCCOBIT, este trabalho apresenta a ferramenta Balanced Scorecard Toolkit (BTK) como parte de sua contribuição. Para validação deste trabalho foi realizado um estudo de caso com uma editora internacional de livros religiosos.. Palavras-chave: Balanced Scorecard, CobiT, Framework,. Indicadores, Governança, Desempenho,. Processos, Objetivos, TI, Estratégia.. vi.

(7) PROPOSAL TO USE THE COBIT FRAMEWORK IN A BALANCED SCORECARD TOOL. Summary Many companies, through strong Information Technology (IT) governance seek to obtain competitive advantages that put them ahead of their competitors; however this type of governance is not a trivial activity that is easily measurable in relation to their real benefits for the company. Thus, to assist in this function, IT governance models are used to achieve corporate governance through greater alignment between companies’ processes and their available IT.. In order to give more simplicity and dynamism to IT governance, this dissertation analyzes some important work related and proposes the use of the framework “Control Objectives for Information and Related Technology" (CobiT) allied to perfomance metrics provided by the methodology of the Balanced Scorecard (BSC). For this, a BSC-COBIT guide is specified, which simply aims to promote strategic alignment of IT with other areas of the company. In addition, the BSC-COBIT guide shows how a BSC tool can be instantiated from the directives and indicators of CobiT. In addition to the BSC-COBIT guide, this work presents the tool Balanced Scorecard Toolkit (BTK) as part of its contribution. In order to validate this paper it was performeda case study with an international publisher of religious books.. Key Words: Balanced Scorecard, CobiT, Framework, Indicators, Governance, Performance, Processes, Objectives, IT, Strategy.. vii.

(8) Índice 1. . Introdução ............................................................................................................ 12  Apresentação .................................................................................................... 12  Motivação e justificativa .................................................................................. 14  Objetivo do trabalho ........................................................................................ 15  Estrutura da dissertação ................................................................................... 16  2.  Governança em TI ............................................................................................... 17  2.1  Apresentação .................................................................................................... 17  2.2  CobiT ............................................................................................................... 19  2.2.1  Estrutura do CobiT ...................................................................................... 20  2.2.2  Objetivo de controle específico do CobiT ................................................... 22  2.2.3  Aplicabilidade do CobiT ............................................................................. 23  2.3  Balanced Scorecard .......................................................................................... 25  2.3.1  As perspectivas de negócio do Balanced Scorecard .................................... 27  2.3.2  Indicadores de desempenho ......................................................................... 31  3.  Trabalhos relacionados ........................................................................................ 33  3.1  SLM - BSC ...................................................................................................... 33  3.2  BSC-TI e QFD ................................................................................................. 35  3.3  CobiT para planejamento de auditorias de TI .................................................. 37  3.4  Comparação entre as principais propostas correlatas ...................................... 40  4.  O Guia BSC-COBIT e a ferramenta BTK ........................................................... 42  4.1  O Guia BSC-COBIT ........................................................................................ 42  4.1.1  Alinhamento CobiT e BSC .......................................................................... 42  4.1.2  Descrição do guia BSC-COBIT .................................................................. 44  4.2  A Ferramenta BTK .......................................................................................... 49  4.2.1  Arquitetura do sistema BTK ........................................................................ 50  4.3  Instanciando a ferramenta BTK com o guia BSC-COBIT .............................. 61  4.3.1  As áreas de processo CobiT aplicados na ferramenta BTK ........................ 61  4.3.2  As perspectivas BSC numa visão CobiT ..................................................... 62  4.3.3  Objetivos e indicadores CobiT na ferramenta BTK .................................... 62  4.3.4  Gráficos de apoio aos indicadores CobiT .................................................... 64  4.4  Resenha ............................................................................................................ 66  5.  Estudo de Caso: A implantação da governança de TI ......................................... 68  5.1  A editora .......................................................................................................... 68  5.2  A estrutura de TI .............................................................................................. 69  5.3  Governança de TI............................................................................................. 70  5.3.1  Aplicação do guia BSC-COBIT .................................................................. 71  5.4  Considerações sobre o estudo de caso ............................................................. 78  6.  Conclusão ............................................................................................................ 80  6.1  Considerações finais ........................................................................................ 80  6.2  Contribuição..................................................................................................... 81  6.3  Sugestão de trabalhos futuros .......................................................................... 82  7.  Referências bibliográficas ................................................................................... 83  Apêndice A (Objetivos CobiT) ...................................................................................... 86  Apêndice B (Indicadores CobiT).................................................................................... 88  Apêndice C (Modelo de dados da ferramenta BTK) ...................................................... 92  1.1  1.2  1.3  1.4 . viii.

(9) Índice de Figuras Figura 1: Os modelos de boas práticas no contexto da governança de TI...................... 13  Figura 2: Estrutura do CobiT [15] .................................................................................. 21  Figura 3: Relação dos domínios com os objetivos de controle do CobiT [4] ................ 22  Figura 4: Perspectivas e seus objetivos .......................................................................... 26  Figura 5: Integração das perspectivas do BSC [5] ......................................................... 28  Figura 6: Mapa estratégico [12] ..................................................................................... 30  Figura 7: Fluxo de dados da ferramenta BTK ................................................................ 49  Figura 8: Arquitetura BTK ............................................................................................. 51  Figura 9: Cadastro de empresas ...................................................................................... 54  Figura 10: Cadastro de usuários ..................................................................................... 54  Figura 11: Cadastro de usuários, seu perfil e idioma escolhido ..................................... 55  Figura 12: Cadastro de scorecards .................................................................................. 55  Figura 13: Cadastro de objetivos .................................................................................... 56  Figura 14: Cadastro de perspectivas ............................................................................... 56  Figura 15: Cadastro de indicadores ................................................................................ 57  Figura 16: Cadastro de metas por indicador ................................................................... 57  Figura 17: Sumario de indicadores ................................................................................. 58  Figura 18: Gráficos diversos .......................................................................................... 59  Figura 19: Outros gráficos .............................................................................................. 59  Figura 20: Painel de controle .......................................................................................... 60  Figura 21: Sumário de informações do BTK contendo os domínios do CobiT ............. 61  Figura 22: Visão dos objetivos e indicadores CobiT no BTK........................................ 63  Figura 23: Detalhes dos indicadores CobiT no BTK ..................................................... 64  Figura 24: Gráficos de apoio aos indicadores do CobiT no BTK .................................. 65  Figura 25: Gráfico de objetivo CobiT no BTK .............................................................. 66  Figura 26: Organograma do setor de TI - CPAD ........................................................... 69  Figura 27: Modelagem de um sistema de BSC .............................................................. 92 . ix.

(10) Índice de Quadros Quadro 1: Análise das propostas .................................................................................... 40  Quadro 2: Relação BSC x CobiT ................................................................................... 44  Quadro 3: Problemas x Domínio .................................................................................... 72  Quadro 4: Relacionamento do problema com seu indicador.......................................... 74  Quadro 5: Métrica de medição por indicador ................................................................. 75 . x.

(11) Principais abreviaturas Abreviatura  TI  DW  BSC  SI  KPI  ABNT  BI  CGTI  CobiT  CIO  CMM  CMMI  ISO  ISO/IEC  ITGI  ITIL  ITSM  NBR  PMI  QA  SEI  SLA  SLM  UML  PHP  RN  QFD  PMBOK  BTK . Significado  Tecnologia da Informação Data Warehouse  Balanced Scorecard Sistemas de Informação Key Performance Indicator Associação Brasileira de Normas Técnicas Business Intelligence Comitê Gestor de TI Control Objectives for Information and related Technology Chief Information Officer Capability Maturity Model Capability Maturity Model Integration International Organization for Standardization International Organization for Standardization/International Electrotechnical Commission IT Governance Institute Information Technology Infrastructure Library IT Service Management Norma Brasileira  Project Management Institute Quality assurance  Software Engineering Institute Service Level Agreement Service Level Management Unified Modeling Language PHP: Hypertext Preprocessor Regra de Negócio  Quality Function Deployment Project Management Body of Knowledge Balanced Scorecard ToolKit. xi.

(12) 1. 1.1. Introdução Apresentação Tecnologia da Informação (TI) é definida como um conjunto de recursos. computacionais (hardware, software e serviços relacionados) que proveem serviços de comunicação, processamento e armazenamento de dados, para assim auxiliar as rotinas de trabalhos diários, dentro de uma organização [1]. A TI, portanto, é um termo que compreende todas as formas de tecnologia utilizadas para criar, armazenar, trocar e usar informação em suas várias formas. Podemos também entender como o uso efetivo da tecnologia para o benefício da informação aplicada à empresa ou ao negócio.. A governança corporativa [2] pode ser entendida como as relações de controle e confiança entre a administração de uma empresa, seus acionistas, seu conselho de administração e outras partes interessadas, além de também proporcionar a estrutura que define os objetivos da empresa, como atingi-los e apontar qual a maneira de fiscalizar e medir o desempenho e controle.. De uma forma geral a governança pode ser aplicada a qualquer setor da empresa, mas em alguns setores específicos esta governança passa a ter novas atribuições, como por exemplo a governança de TI [3] . Em resumo, ela acompanha e mede uma série de indicadores para administrar os ativos de tecnologia da empresa, intervindo somente quando houver problemas ou oportunidades de melhorias nos processos.. Em termos gerais a governança determina quais as decisões a serem tomadas e quem toma as decisões. Para tal atribuição é necessário que haja informações, controles, processos e procedimentos, todo um framework de responsabilidades para estimular comportamentos desejáveis na utilização de TI [2].. A governança de TI tem sua base e preocupações centradas em quatro pontos primordiais apud [2]:. 12.

(13) Quais decisões devem ser tomadas para garantir a gestão e o uso eficaz de TI? Quem deve tomar essas decisões? Como essas decisões serão tomadas e monitoradas? O que monitorar?. Como visto na governança de TI, os processos e controles agregam valores aos negócios. Inúmeras organizações entendem estes valores e conseguem mensurar o valor da informação e da tecnologia, tratando-as como um ativo importante, como são os recursos humanos e financeiros.. Para apoiar a governança de TI, existem diversas metodologias e frameworks que podem auxiliá-la (e.g. CobiT [4], BSC [5], ITIL [6], CMM/CMMI [7] [8], PMBOK [9], ISO 17799 [10]). Como visto na Figura 1, em sua maioria metodologias e frameworks atendem aos requisitos da governança de TI, alguns de forma mais abrangente, outros mais específicos. Um dos principais requisitos da governança é o alinhamento estratégico, que indica o apoio da TI às estratégias adotadas pela empresa, visando alcançar os objetivos estratégicos traçados.. Figura 1: Os modelos de boas práticas no contexto da governança de TI. Fonte: Adaptada de [2] 13.

(14) Conforme a Figura 1, os modelos de boas práticas auxiliam a implantação da governança de TI; entretanto, dentro dos modelos existem lacunas a serem resolvidas. Estas lacunas encontram-se no alinhamento estratégico [2]. Para isso se faz necessário na maioria dos casos o uso conjunto com outros modelos.. Para este trabalho, escolhemos o CobiT (Control Objectives for Information and related Technology), por ser um dos frameworks de governança de TI mais abrangente e o Balanced Scorecard (BSC) por ser uma das metodologias mais utilizadas [5] para controlar e medir indicadores de desempenho que visam traduzir e demonstrar a situação real dos objetivos que estão sendo medidos e alcançados. Acreditamos que essa junção seja uma boa forma de aplicar a governança de TI na empresa e assim promover o tão esperado alinhamento estratégico.. 1.2. Motivação e justificativa A abordagem do tema governança de TI está em evidência. Contudo, falava-se. apenas de gestão no sentido genérico, pois a gestão em si abrange a gestão financeira, administrativa de pessoal e também de TI. A TI até então era considerada apenas uma área operacional.. Hoje percebemos que um grande número de empresas acredita que sua sobrevivência estaria comprometida sem a TI. Contudo muitas organizações ainda não perceberam o real sentido estratégico da TI junto ao seu negócio. Com as recentes mudanças e o advento da governança de TI, o setor de TI passou a ter uma visão de destaque dentro das organizações e cada vez mais está sendo atribuída a função estratégica a este setor.. Mas ainda existe uma tarefa não trivial, que é mensurar o valor de TI e o quanto se deve investir em TI dentro da empresa, pois a intangibilidade dificulta mais ainda esta tarefa. Com as crescentes mudanças na governança de TI e o surgimento de novos frameworks e modelos, esta tarefa passou a ter um reforço.. 14.

(15) A criação do CobiT foi um dos grandes avanços à governança de TI. Devido as suas boas práticas, a forma de ver e de entender a TI mudou, mas ainda existem limitações neste framework, pois o mesmo indica as boas práticas, mas não mostra como mensurá-las e nem como avaliá-las.. Já o Balanced Scorecard, por ser uma metodologia oriunda da governança corporativa, exerce bem este papel de medição, mas por outro lado não contempla as boas práticas e nem atende de forma direta à governança de TI.. O presente trabalho busca contribuir para a construção de um guia para auxiliar a governança de TI, apoiado pelas ferramentas CobiT e BSC. Este guia, denominado BSC-COBIT, busca promover o alinhamento estratégico da TI com planejamento estratégico da empresa.. Também faz parte da motivação deste trabalho o desenvolvimento de uma ferramenta para apoiar a governança de TI e que possa demonstrar a viabilidade do guia BSC-COBIT.. 1.3. Objetivo do trabalho O objetivo deste trabalho é propor um guia para uso conjunto do CobiT e do. BSC, bem como o desenvolvimento de uma ferramenta que permita a validação do uso desse guia. Sugerindo a inclusão das áreas de processo do CobiT à metodologia de BSC, facilitando assim a implementação da governança de TI dentro das organizações.. Para apoiar este guia foi desenvolvida uma ferramenta denominada BTK (Balanced Scorecard Toolkit), com características especificas de BSC, mas com potencial para absorver outras metodologias e frameworks para apoiar governança de TI.. 15.

(16) 1.4. Estrutura da dissertação Para alcançar os objetivos propostos, os demais capítulos desta dissertação estão. organizados da seguinte forma: o capítulo 2 faz uma apresentação dos conceitos que subsidiarão a proposta de integração do CobiT e do BSC para análise de indicadores de desempenho para governança corporativa; o capítulo 3 analisa as principais propostas relacionadas a este trabalho; o capítulo 4 propõe o guia BSC-COBIT e ferramenta BTK; o capítulo 5 apresenta um estudo de caso e, por fim o capítulo 6 consiste na conclusão e identificação de trabalhos futuros.. 16.

(17) 2.. Governança em TI Neste capitulo, os principais conceitos sobre governança em TI serão abordados.. Primeiramente serão apresentados conceitos básicos sobre administração estratégica e governança de TI. Na sequência, o framework Cobit e a metodologia BSC são discutidos.. 2.1 Apresentação Estratégia [11] corresponde ao conjunto de atividades desempenhadas por uma organização que busca a máxima eficácia no alcance de seus objetivos. Essas atividades devem fazer parte de um processo contínuo e interativo de forma a integrar o ambiente e promover a transformação, onde a estratégia irá nortear todas as ações e reações.. Estratégia é o caminho que a entidade deverá seguir, podendo considerar uma decisão mais estratégica a medida que for ficando mais difícil voltar atrás [11]. A estratégia tem relação com a opção e, portanto, define qual o momento de se fazer uma escolha e de se traçar o caminho para alcançá-la [12].. Para auxiliar a alcançar os objetivos da empresa, tem-se o apoio da administração estratégica [11], que tem como objetivo administrar os recursos para alinhar a organização com os objetivos estratégicos traçados pela empresa. Neste meio, são considerados objetivos estratégicos a administração geral, a administração de TI e a administração de outros setores.. Os principais benefícios trazidos pela administração estratégica e que são utilizados pela governança de TI, são [12]:. - Vantagens competitivas; - Criação de processos; e - Criação de métricas para controle e avaliação.. 17.

(18) A governança de TI [13] [12] é um conjunto de estruturas e processos que visa garantir que a TI dê suporte e maximize adequadamente os objetivos e estratégias do negócio da organização, adicionando valores aos serviços entregues, balanceando os riscos e obtendo o retorno sobre os investimentos em TI. A governança de TI está relacionada a dois focos [13]: O valor dos serviços de TI para o negócio e a mitigação dos riscos de TI.. O valor dos serviços tem seu embasamento no alinhamento estratégico entre TI e o negócio. A mitigação dos riscos tem suporte em como as responsabilidades estão divididas dentro das empresas e como deveremos nos antever aos riscos de cada tarefa. Ambos os focos precisam ter suporte nos recursos e medidas adequados para que os resultados desejados sejam alcançados [14].. São aplicados à Governança de TI cinco domínios ou áreas foco [3], a saber:. Alinhamento Estratégico Tem como objetivo manter o alinhamento entre as soluções de TI e o negócio da empresa.. Valor de TI Visa otimizar os custos dos investimentos de TI e o retorno dele.. Gerenciamento de Risco Objetiva assegurar a proteção dos ativos de TI, recuperação de informações em caso de desastres e manter a continuidade da operação dos serviços de TI.. Gerenciamento de Recursos Tem como objetivo aperfeiçoar o conhecimento e a infra-estrutura de TI.. Medidas de Desempenho Visa acompanhar a entrega dos projetos de TI e monitorar os serviços de TI.. 18.

(19) Estes cinco domínios precisam ser mensurados e avaliados, por isso existem alguns frameworks (e.g CobiT [4] e ITIL [6]) que tratam destas necessidades. Os frameworks são um conjunto de boas práticas que visam auxiliar na solução de problemas, principalmente ligados à governança de TI. Um dos mais abrangentes e bem aceitos deles é o CobiT, que será explicado na próximo seção.. 2.2. CobiT O Gerenciamento da TI e seus ativos, seus processos e suas necessidades é uma. tarefa que exige do gestor de TI grande capacidade, e quase sempre uma ampla criatividade. Graças à evolução da TI, muito se tem feito para minimizar as tarefas do dia-a-dia do gestor. Para apoiar essa gestão foi desenvolvido o CobiT. (Control. Objectives for Information and Related Technology) [4], que inicialmente teve seu objetivo voltado para a auditoria e posteriormente tornou-se uma ferramenta de gestão da área de TI e de alinhamento estratégico para ajudar a entender e a gerenciar os riscos e benefícios associados à TI [13].. Como o CobiT é um guia de boas práticas, seu framework estruturado visa atender a todas as principais necessidades da gestão/governança de TI.. As principais funções do framework CobiT são: pesquisar, desenvolver, publicar e promover um conjunto atualizado, autorizado e com foco internacional de objetivos de controle geralmente aceitos e aplicáveis à TI para ser usado por gestores, usuários e auditores de TI [4, 15] .. O CobiT foi projetado para a utilização de três públicos distintos [4]. São eles:. Administradores ou gestores de TI: auxiliando na avaliação e mensuração entre os riscos e investimentos nos controles aplicáveis ao ambiente de TI;. Usuários: auxilia na garantia de segurança e nos controles dos serviços de TI, fornecidos pela equipe interna ou por prestadores de serviços; e. 19.

(20) Auditores: auxilia no subsídio de informações e opiniões e também aconselham os administradores sobre os controles internos e seus objetivos.. 2.2.1. Estrutura do CobiT O framework CobiT é composto por 04 domínios, 34 objetivos e 215 objetivos. de controle detalhados [15]. No nível mais elevado estão os quatro domínios, que são agrupamentos de processos conforme sua natureza [4]:. I. Planejamento e Organização: abrange estratégias e táticas, apontando os caminhos onde a TI pode dar uma maior contribuição para a obtenção dos objetivos de negócio.. II. Aquisição e Implementação: visa realizar a estratégia de TI através da identificação de soluções necessárias, utilizando o desenvolvimento ou aquisição para implementá-las e integrá-las aos processos do negócio.. III. Entrega e Suporte: foca os produtos reais dos serviços requeridos, desde operações tradicionais de segurança e aspectos de continuidade até o suporte efetivo.. IV. Monitoração: controla os processos de TI que devem ser avaliados regularmente nos aspectos de sua qualidade e conformidade às necessidades de controle.. A Figura 2 ilustra a integração dos quatro domínios do CobiT com os objetivos e necessidades do negócio. Toda esta integração tem como objetivo a promoção do alinhamento estratégico da TI com os objetivos do negócio.. 20.

(21) Figura 2: Estrutura do CobiT [15]. Em um nível mais abaixo aos quatro domínios, têm os 34 objetivos de controle geral que tratam em alto nível o que se é almejado.. Os objetivos de controle contêm as declarações dos resultados desejados ou metas a serem alcançadas na implementação dos objetivos de controles específicos dentro de uma atividade de TI, fornecendo uma política para o controle de TI na empresa. Por exemplo: no controle de horas trabalhadas durante o mês num projeto temos uma meta e um número mínimo de horas trabalhadas. O controle neste caso seria a variação entre a meta e as horas efetivamente trabalhadas, as diferenças a maior ou a menor seriam avaliadas e monitoradas. Por exemplo, se um funcionário tem como meta trabalhar 168 horas, no entanto ele trabalha 220 horas, então existe uma diferença a ser avaliada. A Figura 3 apresenta os 34 objetivos de controle agrupados pelos quatro domínios do CobiT.. 21.

(22) Figura 3: Relação dos domínios com os objetivos de controle do CobiT [4]. No último nível, dependentes dos 34 objetivos de controle geral, temos os 215 objetivos de controle específico, que são entendidos como indicadores de controle, onde é verificado se os objetivos gerais foram alcançados ou não. Na sessão seguinte vamos detalhar melhor a funcionalidade dos objetivos de controle especifico do CobiT.. 2.2.2. Objetivo de controle específico do CobiT. Esses processos são identificados como objetivos de controle de alto nível. Ligados a estes objetivos, de forma dependente temos 215 objetivos de controle detalhados, que podem ser identificados como indicadores de desempenho, e são utilizados para detalhar cada objetivo de controle do CobiT e transformar seu dado em valor mensurável.. O CobiT detém em forma de melhores práticas algumas sugestões de como efetuar os controles sobre os processos e objetivos de TI. Uma das técnicas é a definição. 22.

(23) dos níveis de serviço para satisfação dos requisitos do negócio para estabelecer um entendimento comum do nível de serviço desejado.. Outra técnica de medição é a avaliação qualitativa ou quantitativa, onde os indicadores serão valorados e seu desempenho medido. Após essa medição, são identificados os indicadores que não estão atendendo às metas traçadas: esses sofrerão o apoio de um plano de ação para o alinhamento.. Para a promoção deste alinhamento, um framework tem que atender a princípios básicos de um framework de controle para este papel. O CobiT atende a 5 requisitos de um framework de controle, que são [4]:. •. Define uma linguagem comum para a área de TI e negócio;. •. Ajuda a atender os requisitos regulatórios;. •. É um padrão aceito entre empresas;. •. É orientado a processos e. •. É focado nos requisitos de negócio.. Os quatro domínios do CobiT fornecem todos os subsídios para a avaliação, controle e medição da governança de TI. Mas por outro lado é preciso medir a estratégia, para que se possa avaliar os resultados.. As medidas darão informações importantes, pois toda a estratégia é construída sobre os princípios que se acredita serem fundamentais para a criação de valores para a organização [5]. Vale ressaltar que o CobiT indica as melhores práticas, mas não como fazê-las e medi-las. O acompanhamento dessas medidas indicará se será necessária ou não uma mudança ou até uma reescrita da estratégia.. 2.2.3. Aplicabilidade do CobiT A partir do alinhamento com os requisitos de alto nível do negócio, o CobiT. cobre todo o conjunto de atividades de TI, tendo como foco o “que” deve ser atingindo em vez de “como” atingir [2]. Por este motivo, o CobiT deve ser utilizado no nível estratégico, com objetivos de delinear uma estrutura de controle e gestão. 23.

(24) Segundo Aragon e Vladimir [2], existem várias oportunidades de aplicação do CobiT em uma organização, que podem ser ressaltadas como:. Avaliação dos processos de TI: por ser de grande abrangência, o CobiT e seu alto grau de padronização permitem a sua utilização como um checklist para avaliar os pontos fortes e fracos dos seus processos, dando assim subsídios para novas propostas de melhorias.. Auditoria dos riscos operacionais de TI: as avaliações dos processos em conjunto ou isoladamente podem demonstrar os riscos iminentes ao negócio e assim tentar minimizá-los.. Implementação modular da governança de TI: a governança pode ser implementada na empresa para atender as necessidades mais básicas, focando assim as áreas mais criticas.. Realização de benchmarking: a existência de modelos de maturidade para cada processo de TI permite que uma organização possa montar uma estratégia baseada em sua situação atual, utilizando como parâmetros a comparação de dados de outras empresas e com isso estabelecendo suas próprias metas e estratégias de melhorias.. Qualificação de fornecedores de TI: o CobiT também pode ser utilizar para promover a qualificação na contratação de serviços de TI, ou mesmo no estabelecimento de níveis de serviço dentro da organização.. A governança de TI apoiada no CobiT pode ser aplicada tanto em pequenas empresas, quanto em grandes corporações. A premissa básica para esta aplicação é que esteja consistente com os objetivos do negócio e com suas estratégias relacionadas à TI. A implantação de padrões e boas práticas pode ser mais bem-sucedida se for aplicada com um conjunto de princípios e com um ponto de partida para a adaptação dos processos na empresa, em vez de se utilizar soluções prontas para todos os problemas [2].. 24.

(25) Apesar do CobiT ter uma forte ligação com a auditoria, ele pode ser usado de forma gradual, em conformidade ao planejamento estratégico que estabeleça prioridades para implementação ou melhoria dos processos de TI.. A seguir, vamos apresentar os principais conceitos relacionados a metodologia de Balanced Scorecard, os quais darão subsidio para a medição de desempenho de indicadores.. 2.3. Balanced Scorecard O BSC (Balanced Scorecard) foi um método inicialmente estudado por Robert. Kaplan e David [16]. A motivação para a proposta do BSC surgiu da crença de que os métodos existentes de avaliação do desempenho empresarial, em geral apoiados nos indicadores contábeis e financeiros, estavam prejudicando a capacidade das empresas de criar valor econômico para o futuro.. O método ajuda as organizações a planejar e a entender sua estratégia de forma “balanceada”, não se limitando somente à definição de objetivos e metas estratégicas exclusivamente de cunho financeiro [5].. Segundo Kaplan e Norton [5], os objetivos e as medidas utilizadas no BSC não se limitam a um conjunto aleatório de medidas de desempenho financeiro e nãofinanceiro, pois derivam de um processo hierárquico norteado pela missão e pela estratégia da unidade de negócios.. O principal objetivo do BSC está no alinhamento do planejamento estratégico com as ações operacionais da empresa por meio das seguintes ações [5]: - Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia: o processo de indicadores tem início com um trabalho de equipe da alta administração para traduzir a estratégia de sua unidade de negócios em objetivos estratégicos específicos. Por exemplo: se a missão da empresa for de forma resumida atender bem e captar novos clientes, com certeza um dos seus objetivos estratégicos será conquistar novos clientes.. 25.

(26) Tais objetivos devem ser concatenados em um diagrama simples que mostre a relação de causa e efeito nas diferentes perspectivas de negócio da organização: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento (mapa estratégico). Conforme a Figura 4, esta relação pode ser vista como a ligação entre os seus objetivos. Para cada objetivo devem ser identificadas as medidas ou os indicadores de desempenho, a fim de que seja simples e rápida a mensuração de desempenho nos diversos níveis e que a análise do desempenho da organização seja menos subjetiva.. Figura 4: Perspectivas e seus objetivos. - Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas: os objetivos e medidas estratégicas são transmitidos à empresa de diversas formas, como jornais internos, quadros de avisos, contatos pessoais e outros. A comunicação serve para mostrar a todos os funcionários os objetivos críticos que devem ser alcançados para que a estratégia da empresa seja bemsucedida. Por exemplo, esta comunicação pode ser feita via e-mail a todos os envolvidos com o BSC, a fim de disseminar os conceitos da ferramenta.. - Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas: o BSC produz maior impacto ao ser utilizado para induzir a mudança organizacional. Os 26.

(27) altos executivos deverão estabelecer metas que, se alcançadas, transformarão a empresa.. - Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico: o quarto processo gerencial incorpora ao BSC um contexto de aprendizado estratégico. Este é, segundo os autores, o aspecto mais inovador e importante de todo o método. Esse processo cria instrumentos para o aprendizado organizacional em nível executivo.. Na próxima seção, vamos conhecer as perspectivas do BSC e como se dá a sua integração.. 2.3.1. As perspectivas de negócio do Balanced Scorecard Segundo Kaplan e Norton [16], as perspectivas para análise de desempenho são. quatro:. •. Perspectiva Financeira;. •. Perspectiva do Cliente;. •. Perspectiva de Processos Internos e. •. Perspectiva de Aprendizagem e do Crescimento.. A (Figura 5) demonstra a integração das pespectivas propostas no BSC com a estratégia da empresa:. 27.

(28) Figura 5: Integração das perspectivas do BSC [5]. A seguir detalharemos cada uma das perspectivas:. Perspectiva Financeira – a elaboração do BSC deve ser um incentivo para que as unidades de negócios vinculem seus objetivos financeiros à estratégia da empresa. Os objetivos financeiros servem de foco para as estratégias e medidas de outras perspectivas. Qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de relações de causa e efeito que culmina com a melhoria do desempenho financeiro.. Exemplos de objetivos que a perspectiva financeira tem:. - Aumentar o faturamento; - Redução dos custos e - Aumento das vendas.. Perspectiva do Cliente – identificam os segmentos de clientes e mercado nos quais desejam competir. Eles representam as fontes que irão produzir o componente de receita 28.

(29) dos objetivos financeiros da empresa. Esta perspectiva permite que as empresas alinhem suas medidas essenciais de resultados relacionados aos clientes (satisfação, fidelidade, retenção, captação e lucratividade) com os segmentos específicos de clientes e mercado.. Exemplo de objetivos que a perspectiva de clientes tem:. - Captação de clientes (Visa medir a captação de novos clientes) e - Fidelização de clientes (Visa medir o índice de fidelização dos clientes). Perspectiva do Processo Interno – identificam os processos mais críticos para a realização dos objetivos dos clientes e acionistas. As métricas dos processos internos devem focar nos processos que conduzirão aos objetivos de clientes e acionistas. Os processos tradicionais focalizam a melhoria dos processos operacionais existentes.. Exemplos de objetivos que a perspectiva de processos internos tem:. - Aumento da qualidade (Visa medir a qualidade do que é produzido) e - Controles operacionais (Visa avaliar os controles operacionais internos). Perspectiva de Aprendizado e do Crescimento – os objetivos estabelecidos nas perspectivas financeira do cliente e dos processos internos, revelam onde a empresa deve se destacar para obter desempenho.. A capacidade de alcançar metas ambiciosas para os objetivos financeiros dos clientes e dos processos internos depende das capacidades organizacionais para o aprendizado e do crescimento.. Exemplos de objetivos que a perspectiva de aprendizado e crescimento tem:. - Novos talentos (Visa medir a captação de novos funcionários); e - Satisfação dos funcionários (Visa medir o grau de satisfação dos funcionários). 29.

(30) Outras perspectivas – Kaplan e Norton [5] admitem a criação de perspectivas adicionas para a análise de desempenho das organizações, mas ressaltam que um dos objetivos do BSC é a simplificação da implementação da estratégia.. Os objetivos de outras perspectivas devem ter relação direta com o negócio da empresa, e cada cenário irá apresentar objetivos e indicadores distintos para esta perspectiva.. Outra forma de visualizar a relação da missão da empresa e seus objetivos estratégicos é através dos mapas estratégicos. O mapa estratégico do BSC explicita a hipótese da estratégia, e cada indicador se converte em parte integrante de uma cadeia lógica de causa e efeito que conecta os resultados almejados da estratégia. Ele também descreve o processo de transformação de ativos intangíveis em resultados tangíveis.. Por meio dos mapas estratégicos podem ser avaliadas e visualizadas as estratégias adotadas pela empresa, juntamente com sua interligação através das perspectivas, avaliando desta forma todos os objetivos traçados.. Figura 6: Mapa estratégico [12]. 30.

(31) Baseado no mapa estratégico (Figura 6), podemos entender melhor qual a estratégia adotada pela empresa. Por exemplo: tomando como base a (Figura 6), poderemos ver na perspectiva financeira, quando se reduz os custos, se aumentar a lucratividade. Por outro lado, se as vendas aumentarem a lucratividade será maior. Então, com este exemplo, podemos ter uma idéia simples de como funciona a relação de causa e efeito demonstrada no mapa estratégico.. 2.3.2. Indicadores de desempenho Por intermédio do sistema de medição de desempenho, gestores podem obter. com maior facilidade informações de produtividade da empresa. Estas informações auxiliarão a empresa na tomada de decisões.. É imprescindível avaliar o desempenho através de indicadores de produtividade e qualidade, pois a partir desses dados o gestor poderá tomar medidas corretivas e fazer ajustes no setor. O uso de indicadores é uma ferramenta muito importante para o direcionamento do desempenho e das estratégias de negócios.. Com esses dados é possível avaliar melhor os custos, os investimentos, prever possíveis mudanças no setor, melhor na forma de trabalho e evitar desperdícios. Essas informações são alimentadas através de dados (planilhas, entrada de dados de forma manual) e visualizadas em gráficos percentuais, facilitando a gestão e a avaliação no processo de análise do desempenho dos indicadores.. Medir processos é a etapa inicial para se obter o controle e consequentemente a melhoria ou seja, se o processo não é ou não pode ser mensurável, então também não poderá ser entendido. Assim um processo não entendido e sem controle, não poderá ser melhorado.. A utilização de indicadores ajuda a atuar com maior objetividade na tomada de decisões e auxilia à visualização direta dos resultados. O que não se pode medir não se pode gerenciar [17].. 31.

(32) A utilização dos indicadores de desempenho traz de forma direta alguns benefícios imediatos e outros a longo prazo. Vamos detalhar alguns:. Benefícios imediatos: • Menor volume de relatórios para decisões gerenciais; • Menos reuniões gerenciais; • Diminuição dos relatórios de desempenho; • Aumento do foco nas ações gerenciais; • Maior entendimento dos dados e interpretação das informações; e • Melhor comunicação sobre metas e missões.. A medição, o acompanhamento e o controle dos indicadores trazem um benefício imediato, pois sem controle nada existe. Logo, quando se passa a acompanhar os indicadores, passa-se a conhecer melhor a real situação e seus dados. Por exemplo, se a empresa desconhece o prazo que sua mercadoria tem para chegar ao cliente final, ela não tem noção da demora mas, com essa informação, terá como avaliar e tentar melhorar esse prazo, agindo com maior rapidez.. Benefícios de médio e longo prazo: • Redução de retrabalho; • Redução do TCO (Total Cost Ownership); • Redução nos fatores que impactam na produtividade; • Avaliação das decisões e • Ganho na produtividade gerencial.. A médio e a longo prazos, a cultura da medição, o acompanhamento e o controle dos indicadores ficam mais impregnados dentro da empresa. Então, com o conhecimento adquirido, a empresa passa a visualizar resultados que antes não eram vistos de forma tão clara. Assim, a partir dessa visão, a estratégia empresarial baseada nos valores dos indicadores poderá ser reajustada e/ou totalmente modificada. É por isso que alguns benefícios não são tão imediatos quando se passa a fazer o controle efetivo dos seus indicadores.. No próximo capitulo, importantes trabalhos relacionados são apresentados. 32.

(33) 3.. Trabalhos relacionados Este capítulo apresenta uma visão geral da área de pesquisa desta dissertação e. uma análise dos principais trabalhos relacionados à governança em TI, ao CobiT e ao BSC. Esta análise inclui a identificação dos objetivos gerais, além de pontos fortes e fracos das principais propostas correlatas.. Após a realização de um estudo bibliográfico, identificaram-se três trabalhos que estão diretamente relacionados a esta dissertação. O primeiro consiste na proposta de um arcabouço para avaliação de gerenciamento de níveis de serviço através de SLA (Service Level Agreement ou acordo de nível de serviço) e SLM (Service Level Management ou gerenciamento de nível de serviço) apoiados pelo CobiT e BSC. O segundo propõem o uso conjunto do BSC e do QFD (Quality Function Deployment) para controlar indicadores de desempenho e qualidade de TI. O terceiro propõe o uso do CobiT para o desenvolvimento de procedimentos e planejamento de auditorias de TI aplicada à administração pública federal.. 3.1 SLM - BSC Gremberger [18] propõe o gerenciamento da SLA e SLM, através da integração do Cobit com o BSC. Ele indica que SLA seriam gerenciadas por meio dos objetivos contidos no CobiT, onde estes objetivos de alto nível formalizariam os critérios de desempenho a partir dos quais a quantidade e a qualidade dos serviços seriam medidas. Estes serviços seriam transformados em indicadores onde seriam medidos, avaliados e acompanhados para verificar o seu nível de maturidade.. Já no gerenciamento através do BSC, o autor propõe que as perspectivas básicas, fossem modificadas e criadas outras que contemplassem o universo das SLA onde ele denomina de técnica de SLM-BSC (Gestão das SLA através do BSC). O autor caracteriza a proposta da SLM-BSC como o gerenciamento ou controle dos níveis de serviço acordados através da metodologia de BSC. Para o SLM-BSC o autor propõe as quatro perspectivas [18]:. 33.

(34) A perspectiva de orientação para o usuário representa a avaliação do usuário do processo SLM e a satisfação do usuário baseada em pesquisas e nos níveis de serviço atendidos para as aplicações e operações.. A perspectiva de excelência operacional representa os processos SLM empregados para entregar os serviços solicitados incluindo o nível de maturidade do processo SLM como um todo.. A perspectiva de orientação para o futuro representa os recursos humanos e tecnológicos necessários para que o processo SLM entregue seus serviços de forma contínua.. A perspectiva da contribuição para a organização representa o valor de negócio agregado a partir do processo SLM com a porcentagem dos processos de negócio cobertos pelas SLA.. Dentro de cada perspectiva seriam traçados os objetivos e definidos indicadores baseados em níveis de maturidade.. Segundo o autor SLA e SLM são mecanismos efetivos para que uma organização resolva e gerencie os problemas relacionados a serviços. Estabelecer um processo eficiente de SLM é uma tarefa complexa e difícil que requer recursos multidisciplinares e experiência. O modelo CobiT é certamente um mecanismo útil para a definição e implementação de um processo SLM maduro, pela identificação de objetivos de controle, modelos de maturidade, indicadores de desempenho e fatores críticos de sucesso.. O modelo genérico do BSC também é um instrumento útil que, através da tradução em um SLM-BSC, pode simplificar o processo SLM. Tanto o CobiT como o BSC podem permitir que uma organização tenha SLA mais balanceados e um processo SLM mais maduro com o objetivo final de atingir os objetivos de negócio. O autor deixa claro que o objetivo do seu trabalho é apenas medir os níveis de serviço; o processo de governança está resumido ao controle de níveis de serviço (SLA).. 34.

(35) •. Pontos fortes. 1. Propõe o gerenciamento das SLA e SLM através da metodologia BSC, avaliando os principiais indicadores relacionados a serviços; e 2. Definição da técnica de SLM-BSC com quatro perspectivas para gestão das SLA através do BSC. •. Pontos fracos. 1. A proposta somente trata serviço (SLA/SLM). A governança de TI está resumida somente a níveis de serviço, pois são usados somente objetivos ligados a serviços no framework CobiT; e 2. Não faz uso dos demais domínios do framework CobiT.. 3.2 BSC-TI e QFD Valverde [19] relata o uso do BSC em conjunto com o Quality Function Deployment (QFD) [19]. A autora propôs um modelo de governança de TI que faz uso de duas metodologias para seu controle: o BSC para o controle de indicadores de desempenho e o QFD para o controle da qualidade.. O QFD é definido como uma forma de comunicação sistemática, onde as informações estão relacionadas com a qualidade. O QFD tem dois objetivos principais [19]:. - Auxiliar o processo de desenvolvimento do produto, buscando, traduzindo e transmitindo as necessidades e desejos do cliente; e. - Garantir a qualidade durante o processo de desenvolvimento do produto.. 35.

(36) O uso do QFD em TI é utilizado como ferramenta para o apoio à tomada de decisões, guiando como investir e no que investir para priorizar o desenvolvimento da TI. A proposta busca o alinhamento das aplicações com a estratégia do negócio.. Valverde usa o BSC de uma forma diferente ao que é proposto pela metodologia original de Kaplan e Norton [5]. Ela propõe o uso do BSC-TI, que é uma variação do BSC convencional, para atender alguns objetivos específicos de TI.. O BSC-TI trata-se de uma adaptação das quatro perspectivas originais do BSC, proposta pelo European Software Institute (ESI) [12], voltada para organizações intensivas em software.. O BSC-TI em relação ao BSC convencional diverge no fato de contar com cinco perspectivas, totalmente diferentes das quatro perspectivas originais do BSC convencional [5]:. - Perspectiva de contribuição para o negócio da empresa alinha a TI com o negócio da empresa.. - Perspectiva da eficiência operacional preocupa-se em definir como a TI deve ser usada e que projetos de TI devem ser desenvolvidos para melhorar a eficiência dos processos na empresa.. - Perspectiva do usuário tem a função de identificar os usuários internos e externos da empresa e como cada um deve ser tratado.. -Perspectiva. de. novas. tecnologias. indica. como. aproveitar. as. potencialidades das tecnologias disponíveis no mercado.. - Perspectiva financeira indica como processos de software e iniciativas de melhoramento na infra-estrutura irão contribuir para agregar valor à empresa.. 36.

(37) A proposta da autora comenta que o uso do CobiT é um importante framework para a governança de TI, mas está limitado a um guia de boas práticas, o que não propicia o uso de todo o seu potencial. O BSC-TI auxiliará na medição e acompanhamento dos indicadores de performance e o QFD irá avaliar todos os processos em relação à sua qualidade. Ou seja, a proposta evidência o uso efetivo do BSC-TI em conjunto com QFD. Em resumo, o QFD avalia a qualidade dos processos de TI baseado numa matriz de qualidade, enquanto o CobiT avaliaria através dos próprios processos, com uso de objetivos. •. Pontos fortes 1. O modelo proposto evidência a preocupação com os níveis de qualidade, apontado nos indicadores, através do QFD; 2. A metodologia proposta prevê o acréscimo de outras perspectivas tanto de TI como de gestão, para atender às necessidades da empresa; e 3.. O BSC-TI fornece de forma simples os resultados obtidos pela empresa por meio dos indicadores de desempenho medidos.. •. Pontos fracos 1. Por estar direcionado ao uso do QFD para aprimoramento da qualidade, o modelo não contempla os objetivos e processos do CobiT, pois seu foco está ligado diretamente à proposta do BSC-TI e do uso conjunto com o QFD.. 3.3 CobiT para planejamento de auditorias de TI Hanashiro [20] detalha o uso do CobiT para o planejamento de auditorias e propõe uma metodologia para o desenvolvimento de procedimentos e planejamento de auditorias de TI aplicada à administração pública federal. No seu trabalho, o autor avalia e contextualiza diferentes frameworks para governança em TI, destacando o CobiT [4], PMBOK [9], ISO/IEC 17799:2005 [10].. O trabalho também destaca o uso de uma metodologia de auditoria de TI, o CobiT, onde é focado a necessidade de se fazer uso das melhores práticas e normas de TI, em conjunto com a legislação brasileira e as normas de auditoria. Essa compilação visa adaptar as variáveis à necessidade da administração pública e a seus princípios. 37.

(38) Segundo o autor, o processo de auditoria é diversificado e as peculiaridades de cada ambiente auditado são vastos, tornando o processo de auditoria único, onde é dado como sugestão que este escopo seja tratado como um projeto. O autor não evidencia o uso de nenhum mecanismo para prover o histórico de cada auditoria feita, pois este histórico serviria como base para avaliação e re-avaliação das não conformidades encontradas nas empresas. Também não é indicado como os valores auditados seriam armazenados para verificações futuras.. A esse processo de auditoria é agregado um conjunto de técnicas para permitir ao auditor a obtenção de evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre o objeto auditado. Para auxiliar nesse processo, cinco métodos genéricos são utilizados [20]: Investigar e Confirmar; Inspeção; Observação; Reexecução e Recálculo. Esses métodos vão auxiliar na definição do plano de auditoria.. Na escolha de uma metodologia para atender ao objetivo do seu trabalho, o autor indica o uso do CobiT como referência e direcionamento para definir o escopo da auditoria de TI e para servir de linguagem comum entre os auditores e as empresas auditadas. Como procedimentos para a execução de auditoria em TI, o autor dá como sugestão nove passos [20]:. 1- Definição dos objetivos da auditoria consiste na definição do que se espera averiguar na auditoria; 2- Identificação dos objetivos do negócio é definido o objetivo a ser alcançado pela organização, dentro do escopo da auditoria; 3- Identificação dos critérios da informação a serem focadas na auditoria selecionar os principais critérios da informação a serem abordados; 4- Identificação dos recursos de TI a serem focados na auditoria selecionar os principais recursos de TI a serem abordados; 5- Identificação dos objetivos de TI seleção dos processos de TI que serão usados como base para a auditoria; 6- Identificação dos processos de TI seleção dos processos de TI que serão usados como base para a auditoria. O CobiT apresenta uma tabela de mapeamento entre seus objetivos e processos de TI;. 38.

(39) 7- Seleção dos objetivos de controle detalhados onde serão feitas a analise de cada objetivo de controle para verificar e analisar se um objetivo de controle detalhado deve existir, a fim de garantir que a organização auditada venha a atingir os objetivos determinados; 8- Levantamento da legislação, normas e padrões específicos acerca dos objetivos de controle selecionados levantamento dos requisitos legais e normas para dar subsídios à sustentação dos procedimentos de auditoria; e 9- Descrição dos procedimentos detalhamento dos procedimentos a serem realizados na auditoria, que podem ou não coincidir com os objetivos de controle do CobiT, podendo ser mais específico ou detalhado.. A proposta sugere que no levantamento dos nove passos para a execução da auditoria em TI, os processos e objetivos do CobiT sejam considerados e auditados. •. Pontos fortes 1. Propõe um modelo de auditoria baseado no CobiT (processos e objetivos);. 2. Uma metodologia para o desenvolvimento de procedimentos e planejamento de auditorias de TI; e. 3 •. Sugestão de nove passos para a execução de auditoria em TI.. Pontos fracos 1. Ausência. da. indicação. de. medição. de. controle. detalhado. para. acompanhamento em auditorias futuras. O processo de auditoria identifica os valores de não conformidade, mas como estes valores seriam controlados ao longo do processo?. 2. A não indicação do histórico das auditorias e dos valores auditados. Não foi indicado como os valores auditados seriam armazenados para futuras avaliações.. 39.

(40) 3.4 Comparação entre as principais propostas correlatas Para apresentar uma visão geral e comparativa das vantagens e limitações acerca das propostas abordadas, o Quadro 1 é apresentada abaixo. Quadro 1: Análise das propostas. Trabalho SLM-BSC. Pontos fortes. Pontos fracos. 1. Propõe o gerenciamento das SLA e SLM. 1. A proposta trata somente de serviço. através da metodologia BSC, avaliando os. (SLA/SLM). A governança de TI está. principiais indicadores relacionados a serviços.. resumida somente a níveis de serviço, pois. 2. Definição da técnica de SLM-BSC com. são usados apenas objetivos ligados a. quatro perspectivas para gestão das SLA. serviços no framework CobiT.. através do BSC.. 2. Não faz uso dos demais domínios do framework CobiT.. BSC-TI e QFD. 1. O modelo proposto evidência a preocupação. 1. Por esta direcionado ao uso do QFD. com os níveis de qualidade, indicado nos. para aprimoramento da qualidade, o. indicadores, através de QFD.. modelo não contempla os objetivos e. 2. A metodologia proposta prevê o acréscimo. processos do CobiT, pois seu foco está. de outras perspectivas tanto de TI como de. ligado diretamente à proposta do BSC-TI. gestão, para atender as necessidades da. e do uso conjunto com o QFD.. empresa. 3. O BSC-TI fornece de forma simples os resultados obtidos pela empresa através dos indicadores de desempenho medidos. CobIT. para. Planejamento Auditorias de TI. de. 1 Propõe um modelo de auditoria baseado no. 1. Ausência da indicação de medição de. CobiT (Processos e Objetivos);. controle detalhados para acompanhamento. 2 Uma metodologia para o desenvolvimento de. em auditorias futuras. O processo de. procedimentos e planejamento de auditorias de. auditoria identifica os valores de não. TI;. conformidade, mas como estes valores. 3 Sugestão de nove passos para a execução de. seriam controlados ao longo do processo?. auditoria em TI.. 2. A não indicação do histórico das auditorias e dos valores auditados. Não foi indicado como os valores auditados seriam. armazenados. para. futuras. avaliações.. Após a analise do primeiro trabalho, surge o seguinte questionamento: Porque não utilizar o framework CobiT dentro do BSC em vez de propor novas perspectivas ao BSC? Porque utilizar perspectivas que divergem dos domínios CobiT em vez de utilizar como perspectivas as sugeridas pelo CobiT ?. 40.

(41) Ao avaliar a proposta BSC-TI e QFD, surge o questionamento sobre o por que utilizar o BSC-TI em conjunto com o QFD, uma vez que os processos descritos neste modelo não contemplam de forma abrangente as principipais necessidades da governança de TI? Outro questionamento seria o porquê de não ter sido acrescido ao modelo os processos do CobiT?. Por fim, o terceiro trabalho visa mostrar que o processo de auditoria embasado no CobiT supostamente é mais versátil, pois tem como norte os processos desse framework, mas se limita aos objetivos relativos às necessidades da empresa auditada. Então por que o modelo não pode ser mais abrangente a todos os objetivos CobiT ?. No próximo capitulo, o trabalho desenvolvido nesta dissertação é apresentado.. 41.

(42) 4.. O Guia BSC-COBIT e a ferramenta BTK Este capítulo tem por objetivo propor um guia que se baseia no uso conjunto do. BSC e do CobiT para realização de governança de TI. Além disso, também será apresentada a ferramenta BTK (Balanced Scorecard ToolKit), a qual dá suporte para implementar o guia proposto e foi desenvolvida como parte da contribuição deste trabalho.. Primeiramente, será proposto o guia BSC-COBIT. Para isso, vamos apresentar um alinhamento, por similaridade de conceitos, entre o CobiT e BSC e, em seguida apresentaremos o conjunto de fases, passos e momentos que o guia BSC-COBIT sugere para fazer uso conjunto do BSC e do CobiT. Na seqüência, será apresentada a ferramenta BTK e seu uso com o guia BSC-COBIT.. 4.1 O Guia BSC-COBIT O guia BSC-COBIT visa facilitar a atividade de governança de TI a partir da definição de diretrizes que reúnem os conceitos do BSC e do CobiT. Para isto, estas diretrizes são organizadas em fases e passos que visam simplificar o uso do guia. As subseções a seguir apresentam uma proposta de alinhamento entre os conceitos do BSC e do CobiT e a descrição propriamente dita do guia.. 4.1.1 Alinhamento CobiT e BSC. O framework CobiT e a metodologia BSC, por mais diferentes que sejam, possuem uma relação de associação que permite o alinhamento entre os seus principais conceitos. Nesta sessão, vamos apresentar esta relação a qual serviu de base para a proposta do o guia BSC-COBIT.. No BSC existe uma hierarquia, de cinco níveis: scorecard, perspectivas, objetivos, indicadores e metas, enquanto no CobiT esta hierarquia se resume a três níveis de conceitos (i.e. áreas de processos ou domínios, objetivos do CobiT e objetivos de controle ou indicadores do CobiT). 42.

(43) A seguir detalhamos como será esta relação entre o BSC e o CobiT, além de também detalhar como o framework CobiT pode ser acoplado à estrutura do BSC.. Primeiramente, as áreas de processos do framework CobiT serão transformadas em SCORECARDS numa ferramenta de BSC. Um scorecard na metodologia BSC é um marcador que servirá como base para a identificação de uma área da empresa, setor ou até mesmo um segmento de negócio específico. Nesta transformação, iremos atribuir ao scorecard os domínios do CobiT.. Cobit - PO - Planejar e Organizar Cobit - AI - Adquirir e Implementar Cobit - DS - Entregar e dar Suporte Cobit - ME - Monitorar e Avaliar. No segundo momento, iremos atribuir valor a uma entidade no modelo BSC denominada de PERSPECTIVA. Esta entidade tem o intuito de armazenar no modelo BSC as quatro perspectivas originais do BSC. Já no CobiT não existe uma relação direta em seu framework que possa suprir esta informação, por isto, como não existe algo no CobiT que possa se assemelhar ao conceito de perspectiva, vamos utilizar um valor fixo abaixo, para prover esta relação.. Objetivos de Controle de Alto Nível. No terceiro momento, os objetivos do BSC irão corresponder aos objetivos do CobiT. Assim vamos carregar os dados dos OBJETIVOS do BSC com os dados contidos no Anexo A (Objetivos CobiT) deste trabalho.. No quarto momento os indicadores do BSC irão corresponder aos indicadores do CobiT. Assim vamos carregar os dados dos INDICADORES do BSC com os dados contidos no Anexo B (Indicadores CobiT) deste trabalho.. 43.

(44) Em relação às metas que fazem parte do modelo BSC, no framework CobiT deverão ser vistas ao longo do tempo, pois ao mensurar os valores, cada empresa irá avaliar e verificar qual a meta que se assemelhará mais à sua realidade e a seus objetivos.. A partir disso, todos os indicadores CobiT são tratados como indicadores de desempenho. Portanto, o alinhamento proposto viabiliza uma forma para disponibilizar o comportamento e a variação desses indicadores, por meio de relatórios e gráficos de medição. O Quadro 2 resume o alinhamento entre os principais conceitos do BSC e do CobiT.. Quadro 2: Relação BSC x CobiT. BSC. CobiT. Scorecards. Áreas de processos do framework CobiT. Perspectivas. Fixo “Objetivos de Controle de Alto Nível”. Objetivos. Objetivos CobiT. Indicadores. Indicadores CobiT também conhecidos como objetivos de controle detalhado.. Metas. Alinhamento a posterior ou carregamento dos dados se existirem na empresa.. 4.1.2 Descrição do guia BSC-COBIT O guia ora proposto nesta dissertação distribui as ações de governança de TI entre cinco fases distintas e sete passos de apoio. No universo destas fases estão aplicados os conceitos do BSC e do CobiT e seu uso conjunto. Este guia foi proposto com o intuito de uso dessas duas tecnologias distintas em benefício da governança de TI. O guia prima pela simplicidade e clareza em suas fases e passos, com o intuito de implementar a governança de TI e seus controles de forma amigável para quem estiver fazendo uso do guia.. Este guia poderá ser utilizado tanto para a governança de TI, como será demonstrado a seguir, quanto também poderá ser aplicado a um nível de governança mais genérica (corporativa ou financeira) implementando ou não as funções de TI. 44.

Referências

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