Filo Cnidaria
Introdução
O Filo Cnidária inclui as águas-vivas, anêmonas-do-mar e
os corais
Inclui ainda grupos menos familiares
Hidras
Gorgônias
Sifonóforos
Zoantídeos
Introdução
Histórico
Século XVI-XVII
Considerados como plantas marinhas Século XVIII
Reconhecidos como animais Século XIX
Agrupados com as esponjas (Zoophyta)
Lamarck cria o grupo Radiata (Cnidários+Ctenóforos+ Equinodermos)
Em 1847 Leuckart cria o grupo Coelenterata (Porifera+Cnidaria+Ctenophora)
Introdução
O filo está dividido em quatro grandes classes
Classe Hydrozoa (Hidrozoários)
Classe Scyphozoa (Sifozoários)
Classe Cubozoa (Cubozoários)
Classe Anthozoa (Antozoários)
Tem-se debatido a inclusão de Myxozoa dentro dos
Introdução
O grupo é formado por cerca de 11 mil espécies que
compartilham algumas características peculiares
Ciclo de vida dimórfico
(alternam entre forma polipóide e forma medusóide)
Tendem a formar colônias
(principalmente por reprodução assexuda dos pólipos)
Apresentam células com compostos químicos utilizados na alimentação e defesa, as cnidas
Características gerais
São animais diploblásticos
São organismos com tecidos desenvolvidos de dois folhetos germinativos
Ectoderme: dá origem à epiderme e mesogléia Endoderme: dá origem à gastroderme
Características gerais
Possuem simetria primária radial
Dependendo do grupo pode estar presente a simetria birradial ou quadrirradial
Características gerais
É o grupo de Eumetazoários com o menor número de
tipos celulares
O tamanho dos cnidários varia de quase microscópicos a
formas com mais de 2 metros de comprimento
São todos organismos aquáticos
Maioria marinhos
Estrutura corporal
O corpo dos cnidários está estruturado em três parte
principais
Epiderme
(Camada de células mais externas)
Gastroderme
(Camada de células da cavidade interna)
Mesênquima ou mesogléia (Camada intermediária)
Estrutura corporal
Estrutura corporal e tipos celulares
Estrutura corporal
Tipos celulares
Células mioepiteliais
São células com capacidade de contração
Consideradas as células musculares mais primitivas
Epitelio-musculares
Formam a epiderme
Função de revestimento e movimento do corpo
Nutritivo-musculares Formam a gastroderme
Apresentam cílios na extremidade
Estrutura corporal
Tipos celulares
Células nervosas e sensoriais
As células nervosas dos cnidários são muito primitivas
Estão dispostas em forma de redes nervosas sobre as duas faces da mesogléia
Comunicam-se com várias células sensoriais dispersas pela epiderme e gastroderme
As células sensorias apresentam estruturas semelhantes a cílios que são mecanorreceptoras
Algumas se especializaram na quimiorrecepção, fotorrecpeção (ocelos) e gravidade (estatólitos)
Estrutura corporal
Estrutura corporal
Tipos celulares
Células glandulares
São células dispersas pela epiderme e gastroderme
Especializadas na secreção de vários tipos de moléculas
muco
enzimas digestivas
moléculas de revestimento externo
A especialização varia de acordo com a posição das células
Estrutura corporal
Tipos celulares
Células intersticiais
São células com grande totipotência
Atuam na regeneração tecidual
Cnidócitos
Células especializadas em produzir e ejetar as cnidas
Existem três tipos de cnidócitos
Nematocistos: secretam substâncias tóxicas
Espirocistos: secretam mucoproteínas ou glicoproteínas Pticocistos: secretam moléculas adesivas
Estrutura corporal
Nematocistos
São células especializadas na ejeção das cnidas
Equipadas com espinhos tácteis que ejetam as cnidas por eversão de uma cápsula
Acredita-se que o organismo tenha algum controle do processo de ejeção da cnida
Estrutura corporal
Mesogléia
A espessura e a complexidade da mesogléia varia de
acordo com o grupo
Hidrozoários
Mesogléia simples, gelatinosa e acelular
Cifo e cubomedusas
Mesogléia espessa com células esparsas
Antozoários
Morfologia dos pólipos
A morfologia dos pólipos varia muito entre os grupos de
cnidários
Classe Antozoa
Pólipos mais desenvolvidos e complexos
Classe Scyphozoa e Cubozoa
Pólipos altamente reduzidos
Classe Hydrozoa
Morfologia dos pólipos
A simetria básica do pólipo é radial
(variações incluem a simetria birradial e quadrirradial)
O eixo principal do corpo é longitudinal
Na extremidade aboral localiza-se o disco pedal para fixação
Na extremidade oral localizam-se a boca e os tentáculos A boca estar situada sobre uma estrutura elevada (hipostômio ou
manúbrio) ou num disco achatado (disco oral)
A boca se abre no celêntero ou cavidade gastrovascular
Morfologia dos pólipos
As colônias podem ter uma base comum, formando
pedúnculos ou estolões
As colônias dos hydrozoários podem ter um revestimento externo formado por quitina (perissarco)
Morfologia dos pólipos
Os pólipos nos estolões apresentam padrões de
crescimento
Monopodial
Presença de um eixo principal com ramificações
Simpodial
Morfologia dos pólipos
A colônia pode ter especialização dos pólipos
Gastrozoóides Pólipos de alimentação Dactilozoóides Pólipos de defesa Gonozoóides Pólipos reprodutores
Morfologia das medusas
As formas meduzóides são menos diversas do que os
pólipos morfologicamente
Modo de vida similar das medusas
Não formam colônias
Assume algumas formas básicas
Forma de sino
Forma de disco
Morfologia das medusas
A medusa apresenta duas superfícies
Superfície superior convexa (exumbrela)
Superfície inferior côncava (subumbrela)
A boca se abre no centro da subumbrela
Geralmente ocorre uma extensão tubular (manúbrio)
O celêntero ocupa a região central da umbrela
O celêntero se extende radialmente formando canais radiais Na borda da umbrela se forma o canal radial circular
A borda pode conter ocelos e estatocistos sensoriais
Sustentação do corpo
Empregam uma grande variedade de mecanismos
Esqueleto hidrostático (água do celêntero + músculos)
Mesogléia enrijecida por fibras
Camada córnea externa (perissarco)
Esqueletos axiais
Córneos (proteínas + mucopolissacarídeos) Escleritos de calcário
Movimentos
Os movimentos dos corais depende das células
mioepitelias
Formam feixes de fibras longitudinais e circulares
Utilizam as propriedades hidrostáticas para se locomover As medusas utilizam sistemas de propolsão por jato d’agua Os pólipos podem rastejar, nadar, escavar, rolar e flutuar A maior parte dos movimentos dos pólipos se restringe aos
Nutrição e modos de vida
A maioria dos cnidários são carnívoros
Utilizam os tentáculos + cnidócitos para capturar suas presas e levá-las até a boca
A digestão inicial é extracelular no celêntero
Presença de células glandulares e cnidócitos para ajudar na digestão inicial
A gastroderme possui cílios que ajudam na circulação de nutrientes
Os produtos da digestão parcial são fagocitados ou pinocitados pelas células da gastroderme
Nutrição e modos de vida
Algumas espécies de cnidários são parasitas
São parasitos principalmente de peixes
Podem infectar também poliquetos
Vários realizam interações mutualísticas
Corais e peixes Medusas e algas fotossintetizantes
Alguns moluscos utilizam os cnidócitos como defesa
Consomem os corais e mantém os cnidócitos intactosDefesa
Os tentáculos com muitos cnidócitos são responsáveis
pela defesa
Alguns tem tentáculos especializados na defesa
O conteúdo das cnidas são geralmente neurotóxicas
Algumas das cnidas podem causar danos inclusive a humanos Queimaduras
Paralisação do corpo
Trocas gasosas e excreção
As trocas gasosas e a excreção ocorre por difusão
A grande cavidade gastrovascular permite que grande quantidade de água circule pela gastroderme
A espessura do corpo dos cnidários é muito fina permitindo a circulação de nutrientes célula-a-célula
As excretas são liberadas na água e os dejetos alimentares expelidos pela boca
Cnidários de água-doce contornam o estresse osmótico regulando a concentração da solução da celêntero
Reprodução
Os pólipos geralmente se reproduzem assexuadamente e
as medusas apresentam reprodução sexuada
A fecundação é externa (na água) ou no celêntero das fêmeas
O zigoto se desenvolve numa larva plântula
A larva se desenvolve num novo pólipo