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Execução contra a Fazenda Pública: contornos do sistema atual de cobrança perante o Estado.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL

JOSÉ GUTEMBERG GOMES LACERDA

EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA:

CONTORNOS DO SISTEMA ATUAL DE COBRANÇA PERANTE O

ESTADO

SOUSA - PB

2005

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JOSÉ GUTEMBERG GOMES LACERDA

EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA:

CONTORNOS DO SISTEMA ATUAL DE COBRANÇA PERANTE O

ESTADO

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Direito Processual

Civil, do Centro de Ciências Jurídicas e

Sociais da Universidade Federal de

Campina Grande, como requisito

parcial para obtenção do título de

Especialista em Direito Processual

Civil.

Orientadora: Professora Esp. Maria Marques Moreira Vieira.

SOUSA - PB

2005

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J O S E G U T E M B E R G G O M E S L A C E R D A

E X E C U Q A O C O N T R A A F A Z E N D A P U B L I C A : C O N T O R N O S DO S I S T E M A A T U A L DE C O B R A N Q A P E R A N T E O E S T A D O

Monografia do C u r s o de Especializacao a p r e s e n t a d a e m ,

B A N C A E X A M I N A D O R A

Profa. Esp. Maria Marques Moreira Vieira Orientadora

Examinador (a)

E x a m i n a d o r (a)

S o u s a - PB D e z e m b r o - 2 0 0 5

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D e d i c o

A t o d o s q u e c o m p o e m a U F C G - C a m p u s de Sousa.

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A g r a d e c o

A t o d o s que p r o p o r c i o n a r a m a realizacao d e s t e trabalho.

(6)

N a o h a n e n h u m v e n t o favoravel para a q u e l e que n a o sabe o porto a se dirigir.

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S U M A R I O

I N T R O D U Q A O 0 9

C A P i T U L O 1 0 C R E D O R P E R A N T E A F A Z E N D A P U B L I C A 11

1.1 Jurisdigao e execugao 11 1.2 Definicao de F a z e n d a Publica 14

1.3 A d i m p l e m e n t o do credito pecuniario pela F a z e n d a Publica 16

C A P i T U L O 2 E X E C U Q A O C O N T R A A F A Z E N D A P U B L I C A 19 2.1 Titulos que e m b a s a m a e x e c u g a o 19 2.2 P r o c e d i m e n t o e e m b a r g o s a e x e c u g a o 21 2.3 Execugao provisoria 2 3 2.4 Requisigao de p a g a m e n t o 2 4 2 . 4 . 1 . Formagao do precatorio 2 4 2.4.2. O r d e m de p a g a m e n t o d o s precatorios e creditos alimentares 2 6

2.4.3. Atualizagao d o s precatorios 2 8 2.4.4. S u s p e n s a o do p a g a m e n t o d o s precatorios por mais de dois a n o s 2 9

C A P i T U L O 3 C R E D I T O S DE P E Q U E N O V A L O R 31 3.1 C o n c e i t o 31 3.2 P r o c e d i m e n t o 31 C A P i T U L O 4 E X T I N Q A O D A E X E C U Q A O 34 C O N S I D E R A Q O E S F I N A I S 35 R E F E R E N C E S 3 6

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R E S U M O

Este trabalho analisa os m e i o s processuais disponfveis para a satisfacao de credito pecuniario perante a s p e s s o a s juridicas de direito publico. A p r e s e n t a a e x e c u c a o c o m o u m a d a s a c e p c o e s da jurisdigao; define F a z e n d a Publica e discorre sobre os titulos e m b a s a d o r e s d a execugao contra F a z e n d a Publica. Da m e s m a f o r m a , ha u m a p r e o c u p a g a o c o m o rito a d o t a d o para a e x e c u g a o e seus e m b a r g o s . E x a m i n a - s e , t a m b e m , a possibilidade de execugao provisoria contra a F a z e n d a e a f o r m a pela qual os precatorios s a o requisitados. N o estudo dos precatorios ha u m a p r e o c u p a g a o c o m a o b s e r v a n c i a d a o r d e m de preferencia, sua atualizagao e a s c o n s e q u e n c i a s do s e u i n a d i m p l e m e n t o por mais de dois anos. Por fim, c o n c e i t u a m - s e o s c r e d i t o s de p e q u e n o valor, r e c e n t e m e n t e inseridos no nosso o r d e n a m e n t o j u r i d i c o por meio de e m e n d a a constituigao e a p o n t a - s e a n e c e s s i d a d e de urn ato f o r m a l (sentenca) para extingao do p r o c e s s o de e x e c u g a o .

Palavras-chave: jurisdigao. execugao. fazenda publica. credito. satisfagao.

precatorios.

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A B S T R A C T

This w o r k a n a l y z e s the available procedural w a y s for the satisfaction of financial credit before t h e legal entities of public right. H e oresents the execution as one of the m e a n i n g s of the jurisdiction; it defines Public F i n a n c e a n d it d i s c o u r s e s on the titles of the execution against Public Finance. In the same way, there is a concern with the procedure a d o p t e d for the e x e c u t i o n a n d your seizures. It is e x a m i n e d , also, the possibility of t e m p o r a r y execution against Finance a n d the form for the w h i c h the p a y m e n t request is r e q u e s t e d . In t h e study of the p a y m e n t request there is a c o n c e r n preferably w i t h the o b s e r v a n c e of the order, your updating a n d the c o n s e q u e n c e s of your non p a y m e n t for more t h a n two years. Finally, the credits of small value a r e c o n s i d e r e d , recently inserted in our juridical order t h r o u g h a m e n d m e n t to the constitution a n d the n e e d of a f o r m a l act is a p p e a r e d (sentence) for extinction of the e x e c u t i o n process.

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I N T R O D U Q A O

A F a z e n d a Publica possui u m a g a m a de p r i v i l e g e s , ou prerrogativas c o m o alguns preferem, insculpidos no o r d e n a m e n t o juridico, a e x e m p l o d o r e e x a m e n e c e s s a r i o de d e c i s o e s c o n d e n a t o r i a s contrarias as p e s s o a s juridicas de direito publico; p r a z o s diferenciados; intimagao s e m p r e pessoal, entre outros.

No p r o c e s s o de e x e c u c a o por quantia certa, o n d e figura a F a z e n d a Publica no polo passivo, a legislacao foi a i n d a m a i s graciosa. E s t a b e l e c e u urn p r o c e d i m e n t o todo distinto d o normal e de p o u q u i s s i m a eficacia.

O credor perante a F a z e n d a Publica se sujeita ao sistema de precatorios que, se f o s s e c u m p r i d o a risca, a i n d a seria m o r o s o . N o entanto, t e m o s o b s e r v a d o urn total desrespeito por parte, principalmente, d o s E s t a d o s e M u n i c i p i o s , e m b a s a d o s no fragil a r g u m e n t o da impossibilidade de p a g a m e n t o e na a d o c a o pelo S u p r e m o Tribunal Federal (STF) d a relagao de precedencia condicionada

entre principios constitucionais concorrentes.

D i a n t e d e s s a problematica, b u s c a este trabalho, utilizando-se do metodo bibliografico, exergetico-jurfdico e historico-evolutivo, esclarecer os c o n t o r n o s do sistema atual de c o b r a n c a contra a F a z e n d a Publica, n e c e s s a r i o s ao o p e r a d o r do direito, haja vista a atual carencia de sistematizacao e doutrina sobre assunto.

C o m e s s e objetivo, o trabalho foi divido e m q u a t r o capitulos: O credor

perante a Fazenda Publica, q u e a p r e s e n t a a e x e c u g a o c o m o u m a das f a c e t a s da

jurisdicao, define F a z e n d a Publica e indica os m e i o s de obtengao do credito pecuniario perante a F a z e n d a Publica; Execugao contra a Fazenda Publica, o n d e se fala sobre o s titulos e m b a s a d o r e s d a e x e c u g a o , p r o c e d i m e n t o e precatorios, e m t o d a s s u a s nuangas; Creditos de pequeno valor, inovagao r e c e n t e m e n t e

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10 introduzida no n o s s o o r d e n a m e n t o juridico, c a r a c t e r i z a d o s pela d i s p e n s a de precatorios e, por fim, Extingao da execugao, f a s e final do p r o c e s s o executivo, muitas v e z e s e s q u e c i d a pelos sujeitos processuais.

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C A P i T U L O 1 0 C R E D O R P E R A N T E A F A Z E N D A P U B L I C A

1.1 Jurisdicao e e x e c u c a o

D e s d e q u e o Estado a s s u m i u o m o n o p o l i o da resolucao das d e m a n d a s que s u r g e m d a vida e m s o c i e d a d e , s u b r o g a n d o - s e a o s litigantes, o conceito de Jurisdicao e a s f o r m a s pelas quais ela se materializa tern p o s s u f d o g r a n d e relevancia.

Para T h e o d o r a Junior (1999, p. 34) a jurisdicao consiste:

No poder que toca ao Estado, entre suas atividades soberanas, de formular e fazer atuar praticamente a regra juridica concreta que, por forca do direito vigente, disciplina determinada situacao juridica.

De f o r m a simples, a jurisdigao d e v e ser e n t e n d i d a c o m o o p o d e r - d e v e r do Estado d e solucionar litigios, p a c t u a d o por u m a s o c i e d a d e q u e vive s o b r e regras m i n i m a m e n t e c o m u n s .

E v i d e n t e m e n t e , esta atividade estatal n a o e absoluta, c o n s a g r a n d o o proprio o r d e n a m e n t o j u r i d i c o hipoteses de autotela, a e x e m p l o do desforgo

imediato, previsto no art. 1.210, § 1°, d o n o v o C o d i g o Civil ( C C ) , c o n f o r m e se

o b s e r v a :

Art. 1.210. O possuidor tern direito a ser mantido na posse em caso de turbacao, restituido no de esbulho, e segurado de violencia iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

§ 1Q O possuidor turbado, ou esbulhado, podera manter-se ou restituir-se por sua propria forca, contanto que o faca logo; os atos de defesa, ou de desforgo, nao podem ir alem do indispensavel a manutengao, ou restituigao da posse.

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12

A l e m das e x c e g o e s o n d e se permite a autotutela, existem c o m o alternativas a atividade a a u t o c o m p o s i g a o e a arbitragem.

S e g u n d o A r a u j o Cintra, Pellegrini e D i n a m a r c o ( 2 0 0 1 , p. 29):

A autocomposigao, que nao constitui ultraje ao monopolio estatal da jurisdicao, e considerada legitimo meio alternative de solugao dos conflitos, estimulado pelo direito mediante as atividades consistentes na conciliagao.

Por s e u turno, a a r b i t r a g e m1 tern r e c e b i d o g r a n d e importancia n a resolugao de c o n t e n d a s comerciais. Em linhas gerais, consiste na d e s i g n a g a o de urn arbitro pelos litigantes, a t r a v e s de clausula inserida e m contrato (clausula c o m p r o m i s s o r i a ) o u de acerto posterior ( c o m p r o m i s s o arbitral), para decidir q u e s t o e s relativas a direito patrimonial, c o m a possibilidade d e fixagao d a s regras a s e r e m aplicadas.

A atividade jurisdicional nao so e u m a i m p o s i g a o do Estado, m a s t a m b e m urn direito f u n d a m e n t a l c o n s a g r a d o na Constituigao Federal de 1988 (CF/88), p r e c i s a m e n t e no art. 5°, X X X V , in verbis:

Art. 5.°[...] [...]

XXXV - a lei nao excluira da apreciagao do Poder Judiciario lesao ou ameaga a direito;

Inclusive, a t u a l m e n t e , a n t e a recente R e f o r m a do Poder Judiciario introduzida pela E m e n d a Constitucional n.° 4 5 , constitui direito f u n d a m e n t a l nao s o m e n t e a prestagao jurisdicional, mas t a m b e m seu e x e r c i c i o de f o r m a eficiente,

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13 celere, c o m p a t i v e l c o m a exigencia objetiva d a c a u s a , c o n f o r m e art. 5 ° , LXXVIII, C F / 8 8 :

Art. 5.°[.-] [...]

LXXVIII - a todos, no ambito judicial e administrativo, sao assegurados a razoavel duracao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitacao.

A jurisdicao se materializa atraves do processo, q u e consiste na f o r m a pela qual a jurisdicao e prestada, o u seja, e o instrumento viabilizador da a p l i c a c a o do direito ao c a s o concreto. T r a d i c i o n a l m e n t e , c o m b a s e n o tipo de prestagao jurisdicional q u e c o n c e d e , e n c o n t r a m o s tres e s p e c i e s : p r o c e s s o cognitivo o u de c o n h e c i m e n t o ; p r o c e s s o cautelar e processo de execugao.

O p r o c e s s o cognitvo objetiva conhecer da c a u s a , ou seja, decidir uma d e t e r m i n a d a q u e s t a o q u e foi levada a j u i z o , a e x e m p l o d e urn p e d i d o de indenizacao por d a n o s morais Entretanto, c o m ressalva das decisoes autoexecutaveis, c o m o as liminares, s e n t e n c a s m a n d a m e n t a i s e s e n t e n c a s executivas lato sensu, o p r o c e s s o de c o n h e c i m e n t o limita-se a manifestar urn j u i z o de valor sobre urn caso c o n c r e t o , s e m alterar o m u n d o d o s fatos.

Por outro lado, o p r o c e s s o cautelar interfere na realidade fatica, m a s s e m o carater de satisfatividade. Ele e x e r c e f u n c a o estritamente instrumental, v i s a n d o garantir a efetividade do p r o c e s s o principal, seja de c o n h e c i m e n t o ou m e s m o de execugao, d e s d e q u e haja plausibilidade do direito pleiteado c o m b i n a d a com risco de d a n o irreparavel o u de dificil reparagao.

Deste modo, pela regras classicas d o processo civil, a jurisdigao s o m e n t e sera efetivamente prestada, c o m solugao concreta d o litigio, atraves do processo de e x e c u g a o , cuja missao e e x a t a m e n t e esta: materializar u m a d e c i s a o abstrata,

(15)

14

t r a z e n d o a s o l u c a o do litigio para o m u n d o real e palpavel. Q u a n d o , a e x e m p l o , o Juiz c o n d e n a u m a e m p r e s a a e r e a a pagar uma indenizagao por d a n o s c a u s a d o s por perda de b a g a g e m , a realidade d o s fatos sera alterada, a p e n a s , no m o m e n t o e m q u e , por meio da e x e c u g a o forgada, o j u r i s d i c i o n a d o ver-se ressarcido do prejuizo. Ate entao, a s e n t e n g a condenatoria, para o jurisdicionado, nao sera mais do q u e u m a e s p e r a n g a d e ver s e u prejuizo ressarcido.

C o m efeito, e de extrema importancia destacar q u e , h o d i e r n a m e n t e , c o m a m o d e r n a classificagao quinaria d a s sentencas, t e r e m o s p r o v i m e n t o s jurisdicionais a u t o e x e c u t a v e i s , c o n f o r m e dito anteriormente, s e n t e n c a s m a n d a m e n t a i s e executivas lato sensu.

Por fim, nao p o d e m o s e s q u e c e r q u e n a o interessa a o jurisdicionado, a f o r m a pela qual s e u problema sera resolvido, se por sentenca ou por d e c i s a o interlocutoria. Interessa-lhe e x c l u s i v a m e n t e sua resolugao, destarte, o instituto d a tutela a n t e c i p a d a , e m s u a s varias f o r m a s , a p r e s e n t a - s e c o m o instrumento indispensavel a i m p l e m e n t a g a o d a Justiga exigida pelo texto constitucional.

1.2 Definigao d e F a z e n d a Publica

A conceituagao d e F a z e n d a Publica tern sido motivo d e e q u i v o c o s e controversias, ante o t r a t a m e n t o especial q u e a legislagao Ihe confere.

W a m b i e r (2000, p. 367) a p r e s e n t a o tema da seguinte forma:

A Fazenda Publica, assim conceito relativo as entidades de direito publico interno (Uniao, Estados, Municipios, Distrito Federal, Territorios, alem das autarquias e fundagoes cujos bens estejam sujeitos ao regime de direito publico), tanto pode ser credora como devedora. Na primeira hipotese, a cobranga de seus creditos segue o lineamento da execugao fiscal, tragado pela Lei 6.830/80.

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15 Quando, todavia, se tratar de debito da Fazenda Publica, a execugao se dara pelas regras dos arts. 730 e 731 do CPC.

No sentido c o m u m , F a z e n d a Publica consiste no acervo d e b e n s publicos. No entanto, salvo a l g u m a s e x c e g o e s (espolio, por e x e m p l o ) n a o h a litigios contra bens, ante a a u s e n c i a de p e r s o n a l i d a d e juridica. Na realidade, o termo transformou-se e m praxe, p a r a se referir a s e n t i d a d e s de direito publico interno. A s s i m , figura no polo passivo d a s e x e c u g o e s contra a F a z e n d a Publica as p e s s o a s j u r i d i c a s e n u m e r a d a s no art. 41 do C C , e x p r e s s a m e n t e :

Art. 4 1 . Sao pessoas juridicas de direito publico interno: I - a Uniao;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territories; III - os Municipios;

IV - as autarquias;

V - as demais entidades de carater publico criadas por lei.

N a o p o d e m o s e s q u e c e r q u e , n a o b r a de Meyrelles ( 2 0 0 1 , p. 3 3 7 ) , afirma-se que:

O Poder Publico pode criar, por lei, fundagao com personalidade de Direito Publico - fundagao publica -, e, neste caso ela e uma especie de autarquia; mas tambem pode determinar a criagao de fundagao com personalidade de Direito Privado - fundagao

privada.

Por ultimo, existe o caso da E m p r e s a Brasileira de Correios e Telegrafos (ECT) q u e , a p e s a r de ser p e s s o a juridica de direito privado, nos t e r m o s do art. 12 do Decreto-Lei n. ° 5 0 9 / 6 9 , e q u i p a r a - s e a F a z e n d a Publica para fins de

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16 processuais, t e n d o sido o referido dispositivo r e c e p c i o n a d o pela Constituicao d a Republica de 1988, c o n f o r m e reiteradas d e c i s o e s do S u p r e m o Tribunal Federal.

1.3 A d i m p l e m e n t o do credito pecuniario pela F a z e n d a Publica

O s b e n s publicos, e m regra s a o inalienaveis (art. 100 do C C ) , a e x c e c a o d o s dominicais, o b s e r v a d a s a s exigencias legais (art. 101 do C C ) , e x p r e s s a m e n t e :

Art. 100. Os bens publicos de uso comum do povo e os de uso especial sao inalienaveis, enquanto conservarem a sua qualificacao, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens publicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigencias da lei.

E m d e c o r r e n c i a disso sao eles, naturalmente, i m p e n h o r a v e i s , exigindo-se urn p r o c e d i m e n t o especial para p a g a m e n t o de debitos pecuniarios, ante a impossibilidade de e x p r o p r i a c a o pela f o r m a c o m u m . E m razao disso, lembra T h e o d o r o Junior (1997, p. 261) que:

Preve o Codigo de Processo Civil, por isso, urn procedimento especial para as execucoes por quantia certa contra a Fazenda Publica, o qual nao tern a natureza propria da execucao forcada, visto que se faz sem penhora e arrematacao, vale dizer, sem expropriacao ou transferencia forcada bens. Realiza-se por meio de simples requisicao de pagamento, feita entre o Poder Judiciario e o Poder Executivo, conforme dispoem os artigos 730 e 731 do Codigo de Processo Civil.

A e x p e d i c a o de precatorios consiste na f a s e final do p r o c e s s o de e x e c u g a o contra a F a z e n d a (que sera d e t a l h a d o m a i s adiante) q u e , nos moldes d o art. 100,

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17

caput e § 1°, d a Constituicao da Republica, obriga a inclusao, no o r g a m e n t o d a s

e n t i d a d e s de direito publico, de verba necessaria a o p a g a m e n t o de s e u s debitos oriundos de s e n t e n c a s transitadas e m j u l g a d o , a p r e s e n t a d o s ate 1° d e julho, f a z e n d o - s e o p a g a m e n t o ate o final do e x e r c l c i o seguinte, in verbis:

Art. 100. A excecao dos creditos de natureza alimenticia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentenca judiciaria, far-se-ao exclusivamente na ordem cronologica de apresentacao dos precatorios e a conta dos creditos respectivos, proibida a designacao de casos ou de pessoas nas dotacoes orgamentarias e nos creditos adicionais abertos para este fim.

§ 1° E obrigatoria a inclusao, no orgamento das entidades de direito publico, de verba necessaria ao pagamento de seus debitos oriundos de sentencas transitadas em julgado, constantes de precatorios judiciarios, apresentados ate 1° de julho, fazendo-se o pagamento ate o final do exercicio fazendo-seguinte, quando terao seus valores atualizados monetariamente.

Esses d e b i t o s terao s e u s v a l o r e s atualizados m o n e t a r i a m e n t e , o b s e r v a n d o - s e , para p a g a m e n t o , e x c l u s i v a m e n t e a ordem cronologica de a p r e s e n t a g a o dos precatorios.

Por e s s a razao, nao pode a F a z e n d a Publica transacionar, ainda q u e e m s e u beneficio, p r o m o v e n d o p a g a m e n t o d e debitos que se sujeitariam a

precatorios, sob p e n a de caracterizagao d e quebra d a o r d e m cronologica

m e n c i o n a d a . 0 S u p r e m o Tribunal Federal a p r e c i o u a materia r e c e n t e m e n t e :

O pagamento antecipado de credor mais recente, em detrimento daquele que dispoe de precedencia cronologica, nao se legitima em face da Constituigao, pois representa comportamento estatal infringente da ordem de prioridade temporal, assegurada, de maneira objetiva e impessoal, pela Carta Politica, em favor de todos os credores do Estado. (STF RclAgR 2143 SP TP -Rel. Min. Celso de Mello - DJU 06.06.2003 - p. 00030).

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18 Por outro lado, p o d e a F a z e n d a Publica transacionar n o s limites d o s creditos de p e q u e n o valor, haja vista a d i s p e n s a b i l i d a d e dos precatorios, nos t e r m o s do art. 100, § 3°, d a C F / 8 8 :

Art. 100. [...] [...]

§ 3° O disposto no caput deste artigo, relativamente a expedicao de precatorios, nao se aplica aos pagamentos de obrigacoes definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sentenca judicial transitada em julgado.

A s s i m , por e x e m p l o , o M u n i c i p i o q u e t e n h a estabelecido credito de p e q u e n o valor as obrigagoes pecuniarias de ate d e z salarios m i n i m o s , p o d e r a transacionar, s e m q u e b r a da o r d e m cronologica, s o b r e os d e z salarios m i n i m o s .

A Lei n.° 1 0 . 2 5 9 / 2 0 0 1 , q u e instituiu os j u i z a d o s especiais federals e definiu o s limites dos debitos c o n s i d e r a d o s d e p e q u e n o valor para a Uniao, fixando-o e m s e s s e n t a salarios m i n i m o s por beneficiario, reflexamente autorizou a U n i a o a transacionar nos limites d o s sessenta salarios minimos.

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C A P i T U L O 2 E X E C U C A O C O N T R A A F A Z E N D A P U B L I C A

2.1 T i t u l o s q u e e m b a s a m a e x e c u g a o

O art. 100, caput, d a Constituigao Federal preve que o s p a g a m e n t o s d e v i d o s pela F a z e n d a Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentenga

judiciaria, f a r - s e - a o e x c l u s i v a m e n t e n a o r d e m c r o n o l o g i c a de apresentagao dos

precatorios.

Por logica, d e c i s o e s judiciais, c o m transito e m j u l g a d o , p e r m i t e m a e x e c u g a o contra a F a z e n d a Publica. A p e s a r disso, a m e n g a o e x p r e s s a a sentenga judiciaria p r o v o c o u u m a e n o r m e c e l e u m a no m u n d o juridico, a u t o r i z a n d o alguns doutrinadores a interpretarem a n o r m a constitucional c o m o impeditiva de e x e c u g o e s c o m b a s e e m titulos extrajudiciais.

A legislagao ordinaria, e s p e c i a l m e n t e o art. 7 3 0 do C o d i g o de P r o c e s s o Civil nao faz q u a l q u e r r e f e r e n d a a n a t u r e z a d o titulo e m b a s a d o r da execugao, c o n f o r m e p o d e ser conferido:

Art. 730. Na execucao por quantia certa contra a Fazenda Publica, citar-se-a a devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta nao os opuser, no prazo legal, observar-se-ao as seguintes regras:

I - o juiz requisitara o pagamento por intermedio do presidente do tribunal competente;

II - far-se-a o pagamento na ordem de apresentagao do precatorio e a conta do respectivo credito.

G r e c o Filho (2000, p. 95) d e f e n d e c o m v e e m e n c i a esta ilagao, c h e g a n d o a afirmar q u e "o detentor de titulo extrajudicial, c o m o u m a excegao a sistematica

(21)

20 geral do Codigo, mas justificada pela peculiaridade do direito publico, d e v e propor a c a o de c o n h e c i m e n t o para o b t e n c a o do titulo judicial".

A o contrario, A r a k e n de A s s i s (2002, p. 883) c o m p r e e n d e que:

Somente interpretagao estreita do texto constitucional conduziria ao duplo absurdo de mutilar a pretensao a executar, que deles emerge em favor do particular, remetendo este a demandar a condenacao da obrigada, ou de acomodar dita pretensao ao rito comum expropriatorio.

A doutrina, majoritahamente, tern d a d o razao ao ultimo.

D e inicio, nao d e v e ser e s q u e c i d o q u e a e x e c u c a o contra a F a z e n d a Publica e utilizada c o m o meio ordinario de a d i m p l e m e n t o de debitos pecuniarios

nao previstos no orgamento praticado, o u seja, debitos s e m dotagao

orgamentaria. A s s i m , constitui ela urn c a m i n h o a ser seguido por quern p o s s u i creditos perante a F a z e n d a Publica.

O art. 100 d a C F / 8 8 fala e m "sentenga judiciaria", contudo, s a b e m o s q u e as d e c i s o e s de s e g u n d a grau substituem as s e n t e n c a s por a c o r d a o1, d e s t e modo, se s e g u i r m o s u m a interpretacao literal, os a c o r d a o s , por nao serem "sentengas", nao autorizariam e x e c u g o e s contra a F a z e n d a Publica.

A l e m disso, a solugao a p o n t a d a por G r e c o Filho esbarra na absoluta falta de interesse processual d o credor. N a o ha litfgio para se buscar c o n d e n a g a o , haja vista que os titulos extrajudiciais g o z a m d a p r e s u n g a o juris tantum de validade.

A d e m a i s , a interpretagao a p r e s e n t a d a seria m a i s u m a p e d r a no c a m i n h o do credor, na dificil c a m i n h a d a para receber s e u s h a v e r e s perante o Estado.

(22)

21 O Superior Tribunal de Justica (STJ) f i r m o u e n t e n d i m e n t o pela possibilidade da e x e c u g a o contra a Fazenda Publica ser e m b a s a d a e m titulo executivo extrajudicial, in verbis:

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL PROCESSUAL CIVIL -EXECUQAO CONTRA A FAZENDA PUBLICA - TITULO EXTRAJUDICIAL - POSSIBILIDADE - Admite-se, pelo sistema processual vigente, a execucao contra a Fazenda Publica fundada em titulo executivo extrajudicial. Agravo a que se nega provimento. (STJ - AGRESP 255161 - SP - 2a T. - Rela Mina Nancy Andrighi - DJU 11.09.2000 - p. 00247)

2.2 P r o c e d i m e n t o e e m b a r g o s a e x e c u g a o

A e x e c u g a o contra F a z e n d a Publica possui r e g u l a m e n t a g a o procedimental nos arts. 7 3 0 e 7 3 1 d o C P C . L o g i c a m e n t e , e s t a m o s f a l a n d o de e x e c u g o e s por quantia certa, pois as d e m a i s e s p e c i e s de obrigagao (dar, fazer ou nao fazer) sao a d i m p l i d a s pelos m e i o s ordinarios.

A petigao inicial d e v e o b s e r v a r o s requisitos d o art. 2 8 2 do C P C , naquilo que e m for c o m p a t i v e l , o u seja, d e v e h a v e r e n d e r e g a m e n t o d a petigao, c o m indicagao do J u i z o a q u e e dirigida; qualificagao d a s partes; sintetica r e f e r e n d a ao titulo e x e c u t i v o que, obrigatoriamente, d e v e instruir a exordial; o pedido, de requisigao de precatorio o u a d e q u a d o ao regime d o s creditos de p e q u e n o valor; valor da c a u s a e r e q u e r i m e n t o intimagao d a F a z e n d a Publica para e m b a r g a r .

E v i d e n t e m e n t e , n a o d e v e haver protesto por provas, ante a d e s n e c e s s i d a d e , haja vista q u e o titulo e x e c u t i v o a c o m p a n h a a petigao inicial.

O b s e r v e - s e q u e o e x e q u e n t e d e v e requerer a intimagao d a F a z e n d a Publica para, se a s s i m desejar, embargar a e x e c u c a o , pois n a o h a citagao para

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22 C a s o a petigao inicial n a o o b s e r v e e s s a s regras, d e v e o juiz m a n d a r e m e n d a r a exordial o u trazer o s d o c u m e n t o s imprescindiveis a propositura da agao, aplicando o art. 2 8 4 d o C P C .

E s t a n d o a petigao apta d e v e o juiz intimar a F a z e n d a Publica para e m 3 0 (trinta) dias (art. 7 3 0 , C P C )2 p a r a opor e m b a r g o s , pois nao p o d e a F a z e n d a Publica, via de r e g r a3, pagar os debitos s e m p r e v i s a o orgamentaria; n o m e a r b e n s a p e n h o r a ou ter bens arrestados, ante a impenhorabilidade de s e u s bens. E importantissimo d e s t a c a r q u e e s s e prazo nao se sujeita as regras do art. 188 do C P C , por nao se e n q u a d r a r e m q u a l q u e r d a s e s p e c i e s previstas (numerus

clausus).

O s e m b a r g o s a e x e c u g a o s a o p r o c e s s a d o s n o r m a l m e n t e . S u b m e t e m - s e ao rito ordinario e s u s p e n d e m a execugao, c o m a diferenga da d i s p e n s a do j u i z o estar seguro, pela impossibilidade de penhora.

C a s o os e m b a r g o s nao sejam o p o s t o s , o j u i z requisitara o p a g a m e n t o , por meio do Presidente do T r i b u n a l , q u e sera e f e t u a d o por precatorio, s e g u n d o a o r d e m de a p r e s e n t a g a o e a c o n t a d o respectivo credito (art. 7 3 0 , I e II, C P C ) .

Igualmente, se o s e m b a r g o s f o r e m rejeitados liminarmente, ou j u l g a d o s i m p r o c e d e n t e s , m e s m o p e n d e n d o recurso, p o d e ser providenciada a requisigao do p a g a m e n t o , haja vista que a existencia de r e c u r s o nao descaracteriza a execugao c o m o definitiva, c o n f o r m e a p r e g o a d o pelo S T J :

O titulo base e que confere definitividade a execugao. Assim, se a execugao inicia-se com fulcro em titulo executivo, quer judicial, quer extrajudicial, e os embargos oferecidos sao julgados improcedentes, havendo interposigao pelo executado de apelagao sem efeito suspensivo, prossegue-se, na execucao, tal como ela

2 O art. 1.°-B da Lei n.° 9.494/97, acrescentado pela MP n.° 2.180-35, de 24 de agosto de 2001. aumentou o prazo de que trata este artigo de 10 (dez) para (trinta) dias.

(24)

23 era; vale dizer: Definitiva (STJ - RESP 510171 - SP - 1a T. - Rel. Min. Luiz Fux - DJU 29.09.2003 - p. 00167).

A s s i m s e n d o , se o recurso contra a d e c i s a o q u e rejeitou liminarmente o u j u l g o u os e m b a r g o s i m p r o c e d e n t e s receber p r o v i m e n t o , o e x e q u e n t e se sujeitara

ao disposto no artigo 5 7 4 do C P C , caso j a t e n h a recebido o dinheiro.

2.3 Execugao provisoria

O s d o u t r i n a d o r e s tern t r a v a d o urn acirrado d e b a t e sobre a possibilidade de e x e c u g a o provisoria contra a F a z e n d a Publica.

A e x e c u g a o e definitiva q u a n d o f u n d a d a e m sentenga transitada e m j u l g a d o o u titulo extrajudicial, e provisoria q u a n d o a sentenga for i m p u g n a d a por

recurso recebido, s o m e n t e , no efeito devolutivo (art. 5 8 7 , C P C ) .

A e x e c u g a o provisoria nao e outra e s p e c i e de execugao, mas f o r m a de p r o m o v e r a execugao. Diferencia-se d a execugao definitiva, na e s s e n t i a , por possuir fatores de risco. C a s o a s e n t e n c a recorrida seja a n u l a d a ou reformada o e x e q u e n t e responsabiliza-se a reparar os prejuizos sofridos pelo devedor, alem de exigir caugao idonea para l e v a n t a m e n t o de dinheiro e atos de alienagao de d o m i n i o (art. 588, incisos I e II, C P C ) .

Discute-se muito n a doutrina a possibilidade, o u nao, de execugao provisoria contra a Fazenda Publica.

C o m efeito, na hipotese de e s t a r m o s diante s e n t e n g a contra a F a z e n d a Publica, cuja a apelagao seja recebida s o m e n t e no efeito devolutivo (art. 520, VII, C P C , por e x e m p l o ) , ou de a c o r d a o p e n d e n t e de recurso, c o m p r e e n d o totalmente

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24 possivel a e x e c u g a o provisoria contra a Fazenda Publica, c o n t u d o , limitada pela impossibilidade d e e x p e d i g a o de precatorio.

O c o r r e q u e a Constituigao Federal, e m s e u art. 100, § 1°, exige o transito e m j u l g a d o d a s e n t e n c a para inclusao do debito no o r g a m e n t o . Diante disso, a e x e c u g a o provisoria e a d m i s s i v e l , m a s p o s s u i p r o c e s s a m e n t o parcial. P o d e ser intimada a F a z e n d a Publica para opor e m b a r g o s ; p o d e m os e m b a r g o s s e r e m p r o c e s s a d o s e j u l g a d o s , p o r e m , e m virtude d a exigencia constitucional, o

precatorio somente podera ser requisitado com o transito em julgado da decisao.

N e s s e norte, tern se p o s i c i o n a d o o Superior Tribunal de Justiga:

Nada impede que se promova, na pendencia de recurso com efeito apenas devolutivo, a liquidagao da sentenga, e que a execugao (provisoria) seja processada ate a fase dos embargos (CPC, art. 730, primeira parte) ficando suspensa, dai em diante, ate o transito em julgado do titulo executivo, se os embargos nao forem opostos, ou forem rejeitados. (STJ RESP 331460 SP

-1a T. - Rel. Min. Teori Albino Zavascki - DJU 17.11.2003 - p. 00203)

2.4 Requisigao de p a g a m e n t o

2.4.1 F o r m a g a o do precatorio

Leciona Frederico M a r q u e s (1997, p. 2 4 9 ) :

A requisigao e o ato executivo que o Judiciario pratica para compelir a devedora a pagar. Quern a expede o presidente do tribunal, federal ou estadual, aquele quando devedora a Fazenda Federal, este se a execucao se dirigir contra a Fazenda do Estado ou do Municipio.

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25 C o m o ja dito, transcorrendo in albis o prazo de e m b a r g o s ou s e n d o eles resolvidos contra a F a z e n d a Publica, o juiz requisitara o precatorio, por meio do Presidente do Tribunal.

Na licao de Costa M a c h a d o (2004, p. 1.094/1.095):

Precatorio e o documento que instrumentaliza a ordem de pagamento dirigida a Fazenda Publica, valer dizer, o veiculo formal da determinacao do Presidente do Tribunal competente no sentido de que a Fazenda realize o adimplemento de sua obrigagao.

O precatorio sera p r o c e s s a d o no T r i b u n a l , s e g u i n d o as regras previstas e m s e u R e g i m e n t o Interno4.

No R e g i m e n t o Interno d o Tribunal de Justica da Paraiba, c o m o e x e m p l i f i c a c a o , exige-se p a r a a formagao do precatorio, nos m o l d e s do art. 333, I, e x p r e s s a m e n t e :

Art. 333. Os precatorios conterao, por traslado: I - Se decorrentes de titulo judicial:

a) a sentenga condenatoria e o acordao que tenha sido proferido em grau de recurso;

b) a conta de liquidagao;

c) a decisao que se tiver pronunciado sobre essa conta e o acordao, no caso de ter havido recurso;

d) certidao de que as decisoes mencionadas nas letras a e c transitaram em julgado;

e) indicagao da pessoa ou pessoas a quern deva ser paga a importancia requisitada;

f) procuragao com poderes expressos para receber e dar quitacao, no caso de pedido de pagamento a procurador.

II - Se decorrente de titulo extrajudicial: a) petigao inicial da execugao;

b) procuragao, nos moldes previstos na alinea f do inciso anterior; c) titulo executivo;

4 "Observadas as balizas constitucionais e legais, cabe ao Tribunal, mediante dispositivos do Regimento, disciplinar a tramitagao dos precatorios, a fim de que possam ser

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26 d) certidao da inexistencia da oposicao de embargos ou que, se opostos, ja foram julgados, casos em que integrara o precatorio a sentenca e, se for o caso, o acordao que tenha sido proferido em grau de recurso, com certidao do transito em julgado.

No c a s o especifico d o Estado da P a r a i b a , c h a m a a a t e n c a o as exigencias c o n s t a n t e s das a l i n e a s "b"e "c"do art. 333, inc. I, d o R e g i m e n t o Interno (conta de liquidacao e d e c i s a o q u e se tiver p r o n u n c i a d o s o b r e e s s a conta e o a c o r d a o , no c a s o de ter havido recurso). O R e g i m e n t o Interno constitui resolucao editada pelo plenario do Tribunal e m Justiga, no final de 1996, entretanto, d e s d e 1 9 9 45 e s s a exigencia foi mitigada na legislacao.

A e x e c u g a o contra a F a z e n d a Publica consiste e m e x e c u g a o por quantia certa, outrossim, se sujeita, no q u e couber, as regras para ela estabelecidas. A m b a s as e x e c u g o e s d e v e m ser instrufdas c o m s i m p l e s m e m o r i a de calculo atualizada q u a n d o o valor puder ser obtido por simples calculo aritmetico (art. 6 0 4 , C P C ) .

N a o ha mais, a p r i n c f p i o6, a e x e c u c a o por calculo do contador, deste m o d o , nao se pode exigir para a f o r m a g a o d o precatorio julgamento sobre calculo. Esta e x i g e n c i a se justifica, s o m e n t e , q u a n d o os calculos f o r e m i m p u g n a d o s .

2.4.2 O r d e m d e p a g a m e n t o dos precatorios e creditos alimentares

C o n f o r m e visto, a e x c e g a o d o s creditos de natureza alimenticia, os p a g a m e n t o s d e v i d o s pela F a z e n d a F e d e r a l , Estadual o u Municipal, e m virtude de sentenga judiciaria, far-se-ao e x c l u s i v a m e n t e na o r d e m c r o n o l o g i c a de a p r e s e n t a g a o d o s precatorios e a c o n t a d o s creditos respectivos, proibida a

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27 d e s i g n a c a o de c a s o s o u de p e s s o a s nas dotagoes orgamentarias e nos creditos adicionais abertos para este fim.

Da m e s m a f o r m a , e obrigatoria a inclusao, no orgamento das e n t i d a d e s de direito publico, d e verba necessaria ao p a g a m e n t o de s e u s d e b i t o s o r i u n d o s de s e n t e n g a s transitadas e m j u l g a d o , c o n s t a n t e s de precatorios judiciarios, a p r e s e n t a d o s ate 1° d e julho, f a z e n d o - s e o p a g a m e n t o ate o final d o exercicio seguinte, q u a n d o terao s e u s valores atualizados m o n e t a r i a m e n t e .

A doutrina por muito t e m p o discutiu quais creditos teriam n a t u r e z a alimenticia. Este d e b a t e se e s v a z i o u c o m a definigao atraves d a edigao do art. 100, § 1°-A, da Constituigao da Republica:

Art. 100. [...]

§ 1°-A Os debitos de natureza alimenticia compreendem aqueles decorrentes de salarios, vencimentos, proventos, pensoes e suas complementagoes, beneficios previdenciarios e indenizagoes por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil,em virtude de sentenga transitada em julgado.

A s s i m , b u s c a n d o dar t r a t a m e n t o igualitario a o s c r e d o r e s d a F a z e n d a P u b l i c a7 o legislador e s t a b e l e c e u q u e o s p a g a m e n t o s s e g u i r a o u m a estrita o r d e m cronologica (o mais antigo antes) de p a g a m e n t o .

T a m b e m , e m r a z a o d a n e c e s s i d a d e de previsao orgamentaria, terao dotagao orgamentaria para p a g a m e n t o no a n o seguinte, s o m e n t e , os precatorios a p r e s e n t a d o s ate 1° de julho.

6 Excegao: art. 604, § 2 ° , CPC.

7 "A norma consubstanciada no art. 100 da Carta Politica traduz urn dos mais expressivos

postulados realizadores do principio da igualdade, pois busca conferir, na concregao do seu alcance, efetividade a exigencia constitucional de

tratamento isonomico dos credores do Estado. (STF, ADI 584-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22/05/92).

(29)

28 Note-se que ate m e s m o os creditos alimentares d e v e m ser p a g o s c o n f o r m e u m a o r d e m cronologica, entretanto, d e s v i n c u l a d o s d o s creditos c o m u n s . Inclusive, o S u p r e m o Tribunal Federal pacificou a q u e s t a o , t o r n a n d o a materia s u m u l a d a :

SilMULA 655: A excegao prevista no art. 100, caput, da Constituicao. em favor dos creditos de natureza alimenticia. nac dispensa a expedicao de precatorio, limitando-se a isenta-los da observancia da ordem cronologica dos precatorios decorrentes de condenagoes de outra natureza.

H a v e n d o a q u e b r a d a ordem de preferencia p o d e o credor manejar pedido d e " s e q u e s t r o "9 d a s q u a n t i a s n e c e s s a r i a s a satisfagao do s e u credito, perante o Presidente do Tribunal c o m p e t e n t e , c o m e s p e q u e no art. 731 do C P C .

2.4.3 Atualizagao d o s precatorios

S e g u n d o o art. 100, § 1°, d a Constituigao Federal vigente os precatorios judiciarios serao atualizados m o n e t a r i a m e n t e por o c a s i a o de seu p a g a m e n t o .

Essa r e g u l a m e n t a g a o consiste e m inovagao e foi introduzida pela E m e n d a Constitucional n.° 30, r e s o l v e n d o o antigo p r o b l e m a da perda de valor e c o n o m i c o

"Sequestro de rendas publicas legitimamente efetivado - Medida constritiva extraordinaria justificada, no caso, pela inversao da ordem de precedencia de apresentagao e de pagamento de determinado precatorio - Irrelevancia de a preterigao da ordem cronologica, que indevidamente beneficiou credor mais recente, decorrer da celebragao, por este, de acordo mais favoravel ao Poder Publico - Necessidade de a ordem de precedencia ser rigidamente respeitada pelo Poder Publico -Sequestrabilidade, na hipotese de inobservancia dessa ordem cronologica, dos valores indevidamente pagos ou, ate mesmo, das proprias rendas publicas (...)." (STF, Rcl 2.143-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 06/06/03)

9 Na realidade estamos diante de arresto, haja vista que nao ha objeto em tomo do qual se litiga, mas apreensao de valor suficiente a satisfagao do credito do credor.

(30)

29 dos precatorios, haja vista q u e os creditos e r a m a t u a l i z a d o s s o m e n t e ate o dia 1° de j u l h o e pago no ano seguinte.

A r a k e n de Assis (2002, p. 881) c o n c o r d a n d o c o m a m o d i f i c a c a o introduzida, a c r e s c e n t a , ainda, q u e "E h o r a de por cobro a tais n o r m a s b e n e v o l e n t e s q u e , a o inves de o p r o t e g e r e m , e s t i m u l a m o i n a d i m p l e m e n t o e criam a odiosa i m u n i d a d e da Administracao".

2.4.4 S u s p e n s a o do p a g a m e n t o dos precatorios por mais de dois a n o s

Pelo texto da Constituicao d a Republica, a s u s p e n s a o , por dois a n o s c o n s e c u t i v o s , do p a g a m e n t o da divida f u n d a d a , dentre a qual se inclui os precatorios, autoriza a intervencao federal nos E s t a d o s (art. 34, V, "a", C F / 8 8 ) e a intervencao estadual nos M u n i c i p i o s (art. 35, I, CF/88).

Infelizmente o texto c o n s t i t u t i o n a l , n e s s a materia, tern se m o s t r a d o letra morta.

O S u p r e m o Tribunal Federal reiteradamente v e m indeferindo p e d i d o s de intervencao, s o b o a r g u m e n t o d a a u s e n c i a d e dolo, o u seja, o S T F tern c o m p r e e n d i d o que o Estado nao p a g a e m r a z a o de dificuldades financeiras, q u e n a o ha a intengao do inadimplemento. A s s i m , s o b a rubrica da relacao de

precedencia condicionada entre principios constitucionais concorrentes™ a

S u p r e m a Corte tern c o n s i d e r a d o q u e a A d m i n i s t r a c a o Publica possui o b r i g a c o e s diversas de identica hierarquia. A s s i m , n e c e s s a r i o se faz garantir eficacia a outras n o r m a s constitucionais, c o m o , por e x e m p l o , a continuidade de p r e s t a c a o d e

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30 servicos publicos. A intervencao, c o m o m e d i d a e x t r e m a , d e v e a t e n d e r a m a x i m a da proporcionalidade.

Na pratica, e m b a s a d a e m a r g u m e n t o v a g o e impreciso, e s v a z i o u - s e o o r d e n a m e n t o j u r i d i c o de m e i o s de efetivar os creditos perante a F a z e n d a Publica.

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C A P I T U L O 3 C R E D I T O S D E P E Q U E N O V A L O R

3.1 Conceito

C o n f o r m e visto, a e x e c u c a o contra a F a z e n d a Publica e tradicionalmente regulada pelos arts. 7 3 0 e 731 d o C P C e o debito s u b m e t i d o ao p a g a m e n t o atraves de precatorio.

N a o obstante, c o m as alteragoes introduzidas pelas E m e n d a s Constitucionais d e n.° 3 0 e 37, o s creditos contra a F a z e n d a d o s E s t a d o s e do Distrito Federal ate q u a r e n t a salarios m i n i m o s e e m f a c e d a F a z e n d a Municipal de ate trinta salarios m i n i m o s1, ate a edigao das leis definidoras pelos entes da

Federagao, sao c o n s i d e r a d o s creditos de p e q u e n o valor e n a o e s t a o mais

sujeitos a precatorios.

Por sua vez, a U n i a o definiu n a Lei n.° 10.259/02 os creditos de ate s e s s e n t a salarios m i n i m o s c o m o d e p e q u e n o valor. Inclusive, o C o n s e l h o Justica Federal editou a R e s o l u c a o C J F n.° 306, de 2 8 . 0 2 . 2 0 0 3 , que instituiu urn manual

de procedimentos para apresentagao e pagamento de precatorios e requisigoes de pequeno valor (RPV).

3.2 P r o c e d i m e n t o

E s q u e c e u o legislador, todavia, de regular o p r o c e d i m e n t o p a r a a c o b r a n c a d e s s e s creditos constitucionalmente classificados c o m o de p e q u e n o valor.

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32 Deste m o d o , diante d a lacuna o b s e r v a d a na legislacao q u a n t o ao p r o c e d i m e n t o a ser a d o t a d o , d e v e m o s n o s utilizar do primeiro m o d o de integragao do direito, ou seja, a analogia, c o n f o r m e d e t e r m i n a o art. 4 ° da Lei de Introducao a o C o d i g o Civil.

No o r d e n a m e n t o j u r i d i c o patrio, as c h a m a d a s requisigoes de p e q u e n o valor, de f o r m a generica, foram r e g u l a d a s a p e n a s pela Lei n.° 10.259/02 (Lei d o s J u i z a d o s Especiais Federals), e x p r e s s a m e n t e :

Art. 17. Tratando-se de obrigagao de pagar quantia certa, apos o transito em julgado da decisao, o pagamento sera efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega da requisigao, por ordem do Juiz, a autoridade citada para a causa, na agenda mais proxima da Caixa Economica Federal ou do Banco do Brasil, independentemente de precatorio.

[...]

§ 2° Desatendida a requisigao judicial, o Juiz determinara o sequestro do numerario suficiente ao cumprimento da decisao. [...]

§ 4° Se o valor da execugao ultrapassar o estabelecido no § 1o, o pagamento far-se-a, sempre, por meio do precatorio, sendo facultado a parte exequente a renuncia ao credito do valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatorio, da forma la prevista.

A legislagao transcrita d e v e ser aplicada n a s e x e c u g o e s contra a F a z e n d a Municipal e Estadual, a p e n a s no q u e couber, ou seja, n a q u i l o q u e nao esta r e g u l a m e n t a d o .

A C F / 8 8 , e m s e u art. 100, § 3.° d i s p e n s a aos creditos de p e q u e n o valor a p e n a s a expedigao de precatorios, d e s t e m o d o , a Lei d o s J u i z a d o s Federals d e v e ser utilizada a p e n a s para atender a este m a n d a m e n t o constitucional. Em decorrencia disso, p e r m a n e c e a obrigatoriedade de citar a F a z e n d a Estadual e Municipal para opor e m b a r g o s , no p r a z o legal, nos termos do art. 730, caput, do CPC.

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33 N a o o p o s t o s os e m b a r g o s , rejeitados liminarmente ou j u l g a d o s i m p r o c e d e n t e s definitivamente d e v e r a ser requisitado a F a z e n d a Publica o p a g a m e n t o do debito, e m s e s s e n t a dias, sem e x p e d i c a o de precatorio, sob pena de b l o q u e i o d a s quantias n e c e s s a r i a s ao a d i m p l e m e n t o .

H a v e n d o o bloqueio (arresto) os valores serao liberados atraves de simples alvara judicial, i n d e p e n d e n t e de r e q u e r i m e n t o da parte interessada.

0 legislador, a c e r t a d a m e n t e , b u s c o u evitar m a n o b r a s para c o n f i g u r a c a o de q u a l q u e r credito c o m o de p e q u e n o valor, razao pela qual o credito nao pode ser

fracionado para se configurar c o m o credito de p e q u e n o valor2. Em contrapartida, permitiu a renuncia3 aos creditos e x c e d e n t e s por parte do credor, para que eles se e n q u a d r e m na definicao de creditos de p e q u e n o valor.

2 Art. 100, §4°, CF/88.

(35)

C A P i T U L O 4 E X T I N Q A O DA E X E C U Q A O

A e x e c u g a o contra a F a z e n d a Publica, pela f o r m a tradicional ou pelo p r o c e d i m e n t o d o s creditos de p e q u e n o valor, materialmente, c h e g a ao fim c o m a satisfagao do credito do e x e q u e n t e . A p e s a r disso, a relagao processual exige uma sentenga para c h e g a r ao fim (art. 162, § 1° c/c art. 794, C P C ) , e x p r e s s a m e n t e :

Art. 162. Os atos do juiz consistirao em sentengas, decisoes interlocutorias e despachos.

§ 1° Sentenga e o ato pelo qual o juiz poe termo ao processo, decidindo ou nao o merito da causa.

[...]

Art. 794. Extingue-se a execucao quando: I - o devedor satisfaz a obrigagao;

II - o devedor obtem, por transagao ou por qualquer outro meio, a remissao total da divida;

III - o credor renunciar ao credito.

P o d e m o s questionar a falta de praticidade desta regra, c o n t u d o , pelo atual C o d i g o de P r o c e s s o Civil, e x p e d i d a a solicitagao d e requisigao de precatorio, d e v e m os a u t o s principals hibernar e n q u a n t o os precatorios sao c u m p r i d o s .

O b s e r v e - s e que na execugao contra a F a z e n d a Publica tradicional nao h a c o n d e n a g a o e m h o n o r a r i o s de a d v o g a d o , haja vista que ela nao possui outra opgao, pois d e v e s e m p r e pagar atraves de precatorio.

Por outro lado, no p r o c e d i m e n t o d o s creditos de p e q u e n o valor se a F a z e n d a Publica nao adimplir seu debito no prazo a n o t a d o (sessenta dias), d e v e r a ser c o n d e n a d a e m honorarios, c o n s i d e r a n d o - s e que existe a possibilidade de pagar e m p r a z o razoavel, s e m a n e c e s s i d a d e de determinagao de bloqueio.

(36)

C O N S I D E R A Q O E S FINAIS

0 objetivo a qual este trabalho se p r o p o s foi alcangado.

Foi feita a sistematizagao d o sistema atual de cobranga contra a F a z e n d a Publica, c o m e n f r e n t a m e n t o d a s principals q u e s t o e s q u e afligem o s o p e r a d o r e s do direito, condigao indispensavel a boa utilizagao do instituto.

Nao obstante, o p r o c e s s o de e x e c u g a o contra a F a z e n d a Publica necessita de u m a a m p l a reforma, se desejar cumprir sua m i s s a o de efetivar as decisoes contra as p e s s o a s j u r i d i c a s de direito publico.

A p e s a r d e s s a constatagao, n e m m e s m o o s mais otimistas a p o s t a m n e s s a possibilidade. Pelo contrario, c a d a v e z m a i s se tern estabelecido barreiras protetoras ao redor do Estado, t r a n s f o r m a n d o - o no maior inadimplente da nossa s o c i e d a d e .

O unico passo na diregao certa q u e o b s e r v a m o s nos ultimos a n o s foi a criagao dos creditos de p e q u e n o valor, a p e s a r do e q u i v o c o de transferido as u n i d a d e s federativas a possibilidade de regular, s e m restrigoes, a sua definigao.

A s o c i e d a d e brasileira, n o s proximos anos, d e v e rediscutir a f o r m a pela qual o Estado d e v e pagar s e u s debitos. Inclusive, c o m o f o r m a de redistribuir a riqueza no p a i s , tao centralizada nas m a o s d o s e n t e s publicos.

(37)

R E F E R E N C E S

A S S I S , A r a k e n de. Manual do processo de execugao. 8. e d . rev. atual. a m p l . Sao Paulo: Editora Revista d o s Tribunals, 2002.

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processo civil. 5. e d . rev. atual. e a m p l . Sao Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

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processo civil. 5. e d . rev. atual. e a m p l . S a o Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

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Lei 1 0 . 2 5 9 / 0 1 . Constituigao federal, codigo civil e codigo de processo

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. Superior Tribunal de Justica. R E S P n. 0 5 1 0 1 7 1 . Rel. Min. Luiz Fux. D J U 2 9 . 0 9 . 2 0 0 3 . p. 0 0 1 6 7 .

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. S u p r e m o T r i b u n a l Federal. A D I n. ° 584. Rel. Min. Celso de Mello. DJU 2 2 . 0 5 . 1 9 9 2 . p. 0 0 0 1 6 1 .

(38)

37

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. Supremo Tribunal Federal. Rcl-AgR n. ° 2143. Rel. Min. Celso de Mello. DJU 06.06.2003. p. 00030.

Supremo Tribunal Federal. Sumula 655. Constituigao federal, codigo civil

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Referências

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