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ProjectoEducativo

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Academic year: 2021

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NOVOS DESAFIOS –

UM PROJECTO EM CONSOLIDAÇÃO

“A caminho da Qualidade”

ÍNDICE

1. Nota Introdutória

2. Enquadramento Legal

3. A Escola que queremos

4. As grandes finalidades: desafios / potencialidades

5. Caracterização do Agrupamento

6. Metas / Objectivos

7. Metodologias / Estratégias

8. Avaliação

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

UM PROJECTO É UM CAMINHO….

«Todas as mudanças começam com uma visão e uma decisão de agir» David Bornstein

Um projecto começa por ser uma ideia, mais ou menos abrangente que define e retra-ta aquilo que se pretende atingir e o caminho que se quer percorrer até lá chegar. Este é o caminho que o Agrupamento de Escolas Maria Alberta Menéres pretende fazer. Todos teremos que caminhar juntos e identificarmo-nos com o seu percurso, as suas paragens para descansar e reflectir e, aprender com todo esse processo. Se for preciso, também poderemos recalcular a orientação, de acordo com a evolução da realidade em que nos inserimos, o contexto cultural, social e económico que entretanto se defi-nir ao nosso redor.

Este projecto será aquilo que todos nós quisermos. Deve anunciar à partida a visão da Escola que queremos e partilhar a missão que nos impulsiona para a sua concretiza-ção.

Este caminho não começa agora. Há 10 anos que teve início a sua 1ª etapa. Está na hora de recalcular o caminho. Para isso há que reflectir sobre a nossa identidade, as finalidades e os desafios a enfrentar e as metas e objectivos que nos propomos atingir.

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Possuímos uma identidade muito própria, que muito cedo se definiu com a escolha da nossa patrona – a escritora Maria Alberta Menéres. Quisemos identificar-nos com alguém que pela sua acção, vida e obra estivesse bem viva e presente entre nós. Somos um Agrupamento que iconograficamente se identifica com uma mulher, mãe, professora e escritora. Encerra em si tudo o que de mais importante podemos ter na vida: a origem, a família, a inserção na sociedade através da escola e o conhecimento, simbolicamente associado à escrita e ao livro.

As diferenças e a heterogeneidade que nos caracterizam, os constrangimentos e a von-tade persistente em os ultrapassar, são a nossa riqueza e a nossa imagem de marca. Não há dificuldade que nos desanime nem contratempo que nos faça desistir de inves-tir nos projectos de vida que temos entre mãos, os nossos alunos.

Com alegria, muito trabalho e colaboração, ano após ano edificámos uma Escola que se materializa num conceito para nós fundamental, uma escola de todos e para todos (César, 2003, p. 119).

No nosso agrupamento vive-se a inclusão a tempo inteiro. Procuramos proporcionar oportunidades iguais, respeitando os ritmos, as características, as potencialidades e os gostos de cada um.

Por isso, este projecto educativo do Agrupamento de Escolas Maria Alberta Menéres é o documento que define o caminho a percorrer por todos os elementos da sua comu-nidade educativa. Ao longo da viagem que nos propomos realizar faremos muitas esco-lhas e estas, no seu conjunto, constituirão um percurso criativo, crítico e diferenciado, porque as possibilidades são sempre imensas e adequadas aos objectivos e circunstân-cias.

Ao longo deste caminho pretendemos projectar e construir muitas pontes, com quem nos possa ajudar a concretizar a missão a que nos propomos – fazer chegar no conhe-cimento e na vida, tão longe quanto o possível, cada um dos nossos alunos.

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2. ENQUADRAMENTO LEGAL

Nos normativos legais em vigor, um projecto educativo é um “documento que consa-gra a orientação educativa da escola, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de quatro anos, no qual se explicitam os princípios de acção, as finalidades, as metas e as metodologias e estratégias, segundo as quais a escola se propõe cumprir a sua função educativa”.

O presente projecto educativo pretende ser um documento funcional, que todos pos-sam consultar como guião orientador da acção educativa a desenvolver, de fácil con-sulta e operacionalização. Por isso todas as referências legais subjacentes à sua cons-trução, reportam-se especificamente para a seguinte legislação, além da demais com-plementar associada:

 Lei de Bases do Sistema Educativo - Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro

 Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril

 Lei n.º 3/2009

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3. A ESCOLA QUE QUEREMOS

«Nós somos o que fazemos. A excelência, então, não é um acto mas um hábito»

Aristóteles

1. Construir um Agrupamento projectado para o futuro, promovendo a qualidade de ensino, com vista ao sucesso educativo;

2. Promover princípios e valores de cidadania, democracia e inclusão;

3. Fomentar a cooperação entre os diversos sectores da comunidade educativa com vista à educação dos alunos;

4. Apoiar e promover a formação do pessoal docente e não docente;

5. Promover uma relação mais sólida e colaborante entre a escola e a família;

6. Garantir uma verdadeira integração / inclusão, realizando as modificações neces-sárias para que os espaços do Agrupamento se tornem livres de barreiras arqui-tectónicas;

7. Estabelecer protocolos e parcerias com entidades e instituições de modo a favore-cer o desenvolvimento de quaisquer projectos internos, independentemente da sua natureza;

8. Promover uma consciência ecológica partindo do respeito por si próprio, pelo ambiente próximo e vivido pelo aluno para problemáticas, desafios sociais e uni-versais.

9. Promover a valorização e o embelezamento de forma a dignificar todos os espaços escolares;

10. Valorizar o património cultural, arquitectónico e ambiente local, como factor de motivação e reconhecimento.

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12. Criar um clima de estabilidade e confiança no presente que propicie à concretiza-ção de um projecto direccionado para o futuro;

13. Dar a conhecer este desafio a toda a comunidade escolar, procurando envolvê-la e induzir a sua participação activa de modo a torná-lo uma realidade;

14. Demonstrar disponibilidade de diálogo, ouvindo e interagindo com todos os inter-venientes da comunidade escolar, numa perspectiva de cooperação e crescimento conjunto;

15. Analisar e avaliar situações, estudando possibilidades e alternativas, tomando decisões viáveis e atempadas; assumir a responsabilidade pela divulgação ade-quada e implementação dessas decisões;

16. Transmitir informação pertinente e em tempo oportuno, de forma verbal ou escri-ta e de modo claro;

17. Demonstrar uma preocupação constante em concretizar os objectivos com determinação e rigor e fazer uma avaliação dos resultados da sua concretização; 18. Gerir todos os recursos disponíveis de forma eficiente;

19. Propor, incentivar e desenvolver acções adequadas de forma a garantir a eficácia e a eficiência do Agrupamento;

20. Definir estratégias propícias ao exercício de uma autonomia responsável em dife-rentes áreas;

21. Criar e desenvolver novas ideias ou acrescentar valor às desenvolvidas por outros;

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4. AS GRANDES FINALIDADES: desafios / potencialidades

Espaços Escolares

Neste campo, o principal objectivo é a manutenção e conservação dos edifícios escola-res e espaços ajardinados, quer através de projectos pedagógicos, quer através de sen-sibilização dos alunos para a sua preservação, quer com outras intervenções oportunas e pontuais.

Continuamos a aguardar a recuperação completa do Pavilhão Gimno – Desportivo, bem como da vedação, além da pintura exterior do edifício principal. A situação em que se encontram estas construções escolares atrasou todo o processo de transferên-cia ao nível do parque escolar do agrupamento para a alçada da Câmara Municipal de Sintra, a qual tem sido um parceiro precioso na obtenção mais rápida das obras em falta. Contudo, não houve até à data qualquer informação concreta sobre a data de início das obras.

Enquanto tal não acontece, cumpre-nos futuramente zelar pela sua eficaz manuten-ção, não permitindo a sua degradação por uso indevido e desenvolvendo estratégias de preservação para as situações de manutenção normal.

No que respeita aos espaços exteriores envolventes, carecem de intervenções diferen-ciadas de embelezamento e ajardinamento de algumas zonas, promovendo sempre que possível a reciclagem, de forma a que se tornem mais atractivos.

O papel do programa Eco – Escolas e a colaboração das demais estruturas pedagógicas do agrupamento têm-se revelado fundamentais para concretizar as intervenções necessárias.

Plano Tecnológico

O Plano Tecnológico assume-se como uma estratégia e uma prioridade das políticas públicas para promover o desenvolvimento e reforçar a competitividade do país, baseando-se em três eixos: Conhecimento; Tecnologia; Inovação.

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Na sequência destas políticas governamentais, o PTE pretende tornar a escola num espaço de interactividade e de partilha de conhecimento sem barreiras, certificará as competências TIC de professores, alunos e funcionários e preparará as nossas crianças e jovens para a sociedade do conhecimento.

Há muito que o agrupamento começou a apostar no investimento em equipamentos informáticos adquirindo 2 quadros interactivos e candidatando-se a um projecto do qual obteve 24 portáteis. Por acreditarmos que a aquisição de melhores competências em TIC prepara melhor os nossos alunos para os desafios que se lhes colocam ao nível curricular e interdisciplinar, o agrupamento definiu como opção de escola no 7º e 8º anos de escolaridade, há uns anos a esta parte, a disciplina de ITIC. Quando transitam para o 9º ano, a sua preparação é mais elevada e permite consolidar e avançar no conhecimento tecnológico.

Recentemente foi alargada e renovada a sala de trabalho dos Directores de Turma, dotando-a de mais computadores com ligação à internet e que constituem uma boa área de trabalho. A rede wireless funciona há dois anos em todo o edifício principal da escola sede, abrangendo todas as salas de aula.

Contudo, ao dotar as escolas com um vasto conjunto de equipamentos, o PTE preten-de:

 Garantir o acesso à internet em todas as salas de aula e em todos os espaços escolares;

 Informatizar a gestão escolar;

 Aumentar a velocidade de acesso das escolas à internet de banda larga;

 Dotar de quadros interactivos, computadores com ligação à internet, impresso-ras e videoprojectores, reforçando o equipamento em sala de aula;

 Generalizar o uso de cartão electrónico aumentando a eficiência e segurança nas escolas (na escola sede já existe há quatro anos);

 Dotar as escolas de sistemas de alarme e de videovigilância para aumentar a segurança dos equipamentos nas escolas.

Neste contexto, o agrupamento foi recentemente dotado de vídeo - projectores e quadros interactivos, que dotaram todas as salas de aula do equipamento necessário.

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Estes equipamentos permitirão diversificar as estratégias de ensino, o que se traduzirá em níveis de maior sucesso na aprendizagem.

Dotar de melhores condições / ampliar a unidade de ensino estruturado

A unidade de ensino estruturado foi criada para funcionar com seis alunos do espectro do autismo e actualmente integra 10 alunos. Apesar de esta iniciativa ter sido muito bem recebida pela DRELVT, os recursos materiais e humanos foram organizados intei-ramente pelo agrupamento usando a imaginação e o engenho de todos os intervenien-tes.

No próximo ano lectivo o agrupamento irá receber mais 32 alunos fora da sua área de influência, pelo que não será ainda possível ampliar a unidade de ensino estruturado, apesar de estar prevista a entrada de mais dois alunos com uma problemática no espectro do autismo. Outros Encarregados de Educação procuram o agrupamento na esperança de conseguirem vaga para os seus educandos, uma vez que na zona não há outra oferta para este nível de ensino.

Se as novas escolas previstas para o concelho entrarem em funcionamento em 2011/12, será então possível conceder um novo espaço, dando resposta à inclusão tão necessária a estas crianças, resolvendo o problema de muitas famílias do nosso meio envolvente.

Apesar da falta de Assistentes Operacionais, foi possível deslocar duas funcionárias para acompanhamento das crianças mais dependentes em algumas das suas rotinas diárias.

A falta de formação específica nesta área, não foi um constrangimento compromete-dor da eficácia do seu trabalho uma vez que as suas competências pessoais (sua sensi-bilidade e disponisensi-bilidade emocional para aprender) permitiram a sua plena adequa-ção a este serviço. Contudo, assim que for possível, seria de toda a utilidade propor-cionar formação especializada.

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Insucesso escolar

Educar as crianças e os jovens é tarefa da família, da escola, mas também da sociedade no seu todo. Pelo peso que representa no futuro de cada país ou comunidade, a socie-dade em geral tem uma forte responsabilisocie-dade na Educação das crianças e dos jovens. Dada a complexidade de problemáticas em torno das crianças, as respostas que se exigem deverão ser cada vez mais interdisciplinares, holísticas, diversificadas e de cariz local, pelo que só uma resposta de trabalho em equipa poderá, com sucesso, ser a mais eficaz em cada caso.

Assim se percebe que, embora assacando à família e à escola as primeiras e principais responsabilidades no processo educativo, só com o apoio de outras valências se podem ultrapassar, em definitivo, algumas situações que obstam à obtenção de suces-so escolar. Falamos primordialmente das áreas da saúde e do apoio suces-social. A globaliza-ção demonstra hoje claramente que o trabalho, seja em que área for e obviamente também na educação, é tão mais válido quanto maior for a sua capacidade de expan-são em rede. Daí que faça todo o sentido incorporar no órgão máximo decisor do Agrupamento, o Conselho Geral, instituições que fazem parte desta rede, como é o caso da Câmara Municipal, do Centro de Saúde e da CPCJ de Sintra.

Dentro das medidas que o agrupamento pode determinar para combate ao insucesso e abandono escolares encontra-se a definição de alguns critérios organizacionais que visam atenuar sobressaltos e diminuir dificuldades no processo de ensino -aprendizagem. De entre estas, destaca-se o critério da continuidade pedagógica nos 3 ciclos de ensino em detrimento de outros critérios de cariz meramente administrativo. Uma outra medida consiste numa aposta mais ousada na articulação entre ciclos de ensino, que não espartilhe conhecimentos mas sim que os reúna em torno de um tronco comum significante para os alunos. Esta é uma linha de trabalho futura muito desafiante mas imprescindível para a mudança que se pretende operar e que se traduz em: medidas de continuidade de métodos de trabalho entre ciclos; o evitar de reten-ções sucessivas que colocam, num futuro próximo, outros problemas de adaptação de alunos de diferentes faixas etárias; a aposta no trabalho colaborativo / cooperativo entre professores; implementação de estratégias de diferenciação pedagógica para

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alunos com diferentes ritmos de aprendizagem, apoio individualizado em situações que o justifiquem, projectos que visem o desenvolvimento de competências de transi-ção para a vida activa, entre outras.

O conhecimento profundo da realidade que constitui o ponto de partida é um elemen-to fulcral para o sucesso da implementação das estratégias atrás mencionadas. Por este motivo, o trabalho realizado no âmbito da avaliação interna do agrupamento é imprescindível para que se continuem a conhecer as dificuldades e as fragilidades em que é preciso investir. Saber, quantitativamente e em profundidade, de onde se vem ajuda em muito a determinar qual o caminho a percorrer, pelo que a aposta na conti-nuidade deste trabalho é uma aposta no diagnóstico sério e na análise realista dos resultados que se obtêm em cada ano a que se deve juntar uma reflexão conjunta das causas que os determinaram.

Encaminhamento profissional e para cursos pré-profissionalizantes.

“E se eu fosse padeiro?

Não, que o forno queima muito. E se eu fosse pedreiro?

Não, que é ofício muito duro! E se eu fosse marinheiro? Não, que tenho medo do mar…”

Lengalenga in “Mais um pouco e bas-ta”, Lina Schwartz

Os encaminhamentos têm como objectivo encontrar respostas adequadas ao perfil de determinados alunos. Assim sendo, o processo desencadeia-se anualmente respeitan-do etapas:

1º - Diagnosticar todos os alunos com um perfil de:

 Desmotivação prolongada pela escola

 Comportamentos desadequados

 Indícios de abandono escolar (sala de aula)

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 Falta de pré-requisitos e competências académicas

 Situação social de risco, perigo ou pré – delinquência

 Interesse, talento ou motivação para determinadas áreas profissionais

 Programas de orientação vocacional para despistar e encaminhar alunos, após o 9º ano.

2º - Informação, esclarecimentos aos alunos e pais das respostas mais adequadas a cada caso:

 Reunião anual com os Encarregados de Educação dos alunos que estão nesta opção

 Esclarecimento acerca das várias possibilidades

 Esclarecimento da adequabilidade de determinada situação a cada aluno

 Procedimentos a adoptar para entrevista / inscrição ou matrícula em cada uma das respostas.

3º - Contacto e acompanhamento dos alunos

 Marcação das entrevistas

 Preenchimento de inscrições e matrículas

 Envio de relatório e processo do aluno

Absentismo / Abandono Escolar

Segundo os números oficiais, em Portugal todos os anos saem do sistema educativo de 15 a 17 mil alunos sem completarem o ensino básico. Perante este cenário que tem consequências negativas para o desenvolvimento do país, é fundamental mobilizar esforços para inverter esta situação. Todas as recentes alterações legislativas apontam para que a retenção de um aluno seja encarada como o último recurso, depois de esgotadas todas as actividades que tenham como objectivo a sua recuperação.

É fundamental optimizar as condições de aprendizagem dos alunos do ensino básico de forma a evitar a saída precoce do sistema educativo.

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Neste sentido foram definidas estratégias conducentes à optimização das condições de aprendizagem, destacando-se em termos organizacionais, a elaboração de planos de recuperação, de desenvolvimento e de acompanhamento dos alunos. Desta forma poderá ser introduzido, atempadamente, o recurso a pedagogia diferenciada na sala de aula, programas de tutória para apoio ao desenvolvimento de estratégias de estudo e aulas de recuperação.

Acompanhando estas medidas, define-se como fundamental o constante envolvimen-to da família como forma de potenciar os benefícios decorrentes das medidas aponta-das. O contacto permanente entre o Director de Turma e o Encarregado de Educação é o garante de um esforço conjunto para diminuir o absentismo e o precoce abandono escolar.

Indisciplina

«A ordem é a base sobre a qual repousa a beleza» Pearl Buck

O número de casos de indisciplina aumentou consideravelmente no presente ano lec-tivo, constituindo um problema que muito preocupa toda a comunidade escolar. A indisciplina ocorre essencialmente na escola sede e reflecte-se na intimidação dos mais velhos para com os mais novos, tentando a extorsão de alimentos junto ao bufe-te, uma vez que não há circulação de dinheiro, dada a utilização de cartão magnético. Também a fila do almoço é um ponto de atrito, havendo alunos que não respeitam as prioridades e tentam passar à frente. A área dos cacifos também requer muita atenção e vigilância. As entradas e saídas do recinto escolar exigem grande controlo, dado que por vezes os alunos sem autorização de saída, procuram ludibriar a atenção dos fun-cionários da portaria ou simplesmente saltam a vedação escolar, colocando-se a si próprios em perigo.

O contexto escolar está sujeito, como qualquer outra vivência, a um conjunto de nor-mas e regras, consignadas no Regulamento Interno do Agrupamento. Estas nornor-mas devem ser cumpridas e feitas cumprir, de modo a que se possa conviver de uma forma

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Há um conjunto de valores e princípios que devem nortear e balizar as relações dentro da escola, os quais não podem deixar de ser estimulados, controlados e vigiados den-tro das regras do bom senso.

O professor é um agente de câmbio social. Neste sentido a autoridade é inerente ao acto de educar e formar cidadãos responsáveis e deve ser exercida com competência e respeito pelos direitos colectivos, desenvolvendo estratégias para uma educação igua-litária e transformadora.

Como forma de resolver a maior parte de situações de indisciplina no recinto escolar, dentro e fora da sala de aula, foi criado um Gabinete de Apoio ao Aluno e ao Professor que funciona num espaço próprio, com uma equipa de professores organizados no seio de um Projecto elaborado por um professor do agrupamento.

Neste espaço, os alunos são conduzidos a uma reflexão sobre os seus comportamen-tos, tentando assim despistar as causas que estão na origem de tais comportamencomportamen-tos, impeditivos do bom funcionamento da actividade lectiva e de um percurso de sucesso educativo para o próprio aluno.

A interacção do GAAP com os professores e Directores de Turma, bem como, com os serviços de Apoio Educativo tem-se revelado fundamental para prevenir situações de indisciplina como também para resolver eficazmente as que ocorrem diariamente.

Carência Económica

Desde a abertura da escola sede em 1999, que o número de alunos carenciados foi sempre bastante elevado, rondando 1/3 da população escolar.

Contudo nos últimos anos, o número de casos problemáticos aumentou consideravel-mente, havendo necessidade de reforçar a prestação de alimentos ao pequeno-almoço e lanche a um grande número de alunos, aos quais se detectou situações de fome não declarada, mas detectada no dia a dia, ora pelos professores ora pelos Assistentes Operacionais.

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Formação do pessoal docente e não docente

A Escola, concebida como uma organização que ensina, mas que também aprende, deve proporcionar, a todos os seus intervenientes, os conhecimentos e instrumentos necessários que lhes permitam acompanhar e dar resposta aos constantes desafios, à mudança contínua, permitindo alcançar a inovação educacional.

O envolvimento directo de todos os interessados na reflexão sobre esta matéria é essencial para a construção de um Plano de Formação do Agrupamento que contribua para uma valorização contínua do pessoal docente e não docente.

Auto – Avaliação

No ano lectivo 2007/08 iniciou-se um projecto de auto-avaliação, tendo vindo a ser implementados procedimentos mais sistematizados. Para conduzir o processo foi constituída uma equipa que frequentou formação externa sobre a temática. Foi defini-do um modelo de auto-avaliação da escola, tendefini-do-se recolhidefini-do dadefini-dos de opinião à comunidade escolar, através de questionário, sobre as áreas prioritárias a avaliar. Tem sido notória a motivação e envolvimento dos docentes para esta tarefa, de forma a conhecer os pontos fortes e fracos do desempenho do Agrupamento.

Sendo a auto-avaliação um processo que contribui para melhor conhecer a escola, permitindo através de planos de melhoria alcançar um maior desenvolvimento, é decerto a melhor estratégia para garantir a qualidade do ensino, consolidar a autono-mia do Agrupamento e responsabilizar os seus intervenientes.

Articulação vertical e horizontal

A articulação deverá continuar a ser uma prioridade. A cooperação no seio do Agru-pamento, não só com vista a assegurar a continuidade pedagógica, mas também no sentido de começar desde logo a construir um plano de convivência eficaz tanto entre ciclos como dentro de cada ciclo.

É muito importante, para a eficaz organização curricular, que se continue a fomentar a articulação vertical e horizontal dos currículos escolares e ocultos entre escolas, bem

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como a articulação com a equipa da educação especial, dando-lhe amplitude e uma aplicabilidade sustentável, no sentido de valorizar as áreas fortes dos alunos1 e pro-porcionar uma aprendizagem cooperativa e inclusiva.

Falta de Assistentes Operacionais

Com o aumento de alunos em permanência na escola, em situação de sobrelotação, a necessidade de vigilância é cada vez maior, de forma a evitar a proliferação de casos de indisciplina nas áreas mais críticas das duas escolas.

Só com o profundo empenho dos funcionários em exercício, a sua total dedicação que muitas vezes ultrapassa o seu horário de trabalho, tem sido possível manter espaços e edifícios em bom estado, limpos e adequados à frequência e prática lectiva, bem como ao bem estar dos alunos nos seus tempos de descanso e lazer.

Para que todos os serviços prestados à comunidade possam funcionar com a qualidade necessária, foram introduzidos temporariamente quatro contratos de emprego – inserção para Assistente Operacional, deforma a por um lado combater o desemprego de longa duração e proporcionar às escolas um meio suplementar de satisfazer as necessidades de recursos humanos nesta área.

1 Não só curricularmente com a avaliação académica (quantitativa) atribuída no final de cada ano lectivo,

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com-5. Caracterização do Agrupamento

“Não é possível qualquer intervenção, minimamente fundamentada do ponto de vis-ta científico, se não conhecermos com objectividade a realidade em que pretende-mos intervir.”

Estrela, A. (1994, pg.21)

Agrupamento

A tipologia da escola e o seu enquadramento geográfico e sócio económico são indica-dores fundamentais para a compreensão das dinâmicas psicossociais existentes, cujo conhecimento é fundamental para planificar e definir uma estratégia de actuação no agrupamento.

Para uma melhor caracterização da escola foram recolhidas informações a partir de um levantamento documental de diversos registos (Projecto Educativo; Actas de Assembleia de Escola, Conselho Pedagógico, Conselho de Docentes; Relatório de Ava-liação Externa; entre outros).

Este agrupamento de escolas foi criado no ano lectivo 2004/2005, por iniciativa con-junta das duas escolas que o compõem, ou seja, a EB 1 e a EB 2,3. Esta decisão, sendo consensual, resultou de um forte espírito de colaboração que já existia entre as duas unidades educativas, pois a actual escola sede recebia os alunos do 4º ano da escola do 1º ciclo, desde 1999, ano em que iniciou a sua actividade.

Caracterização do Meio

O meio socio-económico em que este agrupamento está inserido, tem as característi-cas comuns às áreas circundantes das grandes cidades, o que se traduz em núcleos familiares pequenos, com uma crescente tendência para a existência de famílias mono parentais e em que a maioria dos pais e encarregados de educação trabalha fora da freguesia, ou mesmo do concelho.

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Deste modo, o tempo sem vigilância parental aumenta, assim como, o tempo que os alunos permanecem na escola, pois a partir do 5º ano, os pais ficam com poucas opções de ocupação dos tempos livres, quer em termos da oferta disponível, quer em termos financeiros.

Também a capacidade dos pais ajudarem e acompanharem os filhos na execução dos trabalhos de casa ou na organização do tempo de estudo, diminui cada vez mais, pois a disponibilidade para tal não existe e o tempo de viver o espaço e o ambiente da família é cada vez menor. Alguns pais trabalham por turnos e são demasiado comuns as situa-ções em que há um verdadeiro desfasamento entre os tempos de vida em comum no seio da família e consequentemente, no supervisionamento das actividades escolares.

Distância e localização

As duas escolas distam entre si cerca de 2 Km e ambas se situam na mesma freguesia. Possuem uma localização central, com bons acessos e uma rede de transportes razoá-veis, constituída por autocarros e comboio.

A escola sede beneficia ainda da proximidade de uma Biblioteca Municipal e da Casa da Juventude (ambas a cerca de 50 m), o que permite uma estreita colaboração e a concretização de actividades de enriquecimento cultural para os alunos.

Dimensão e condições físicas das escolas do Agrupamento

A escola EB 1, foi criada em 1966. Conta actualmente com 13 turmas, sendo 3 do 1º ano, 2 do 2º, 4 do 3º e 4 do 4º ano. Dada a situação de sobrelotação da rede escolar no concelho, a escola do 1º ciclo funciona em regime duplo no 3º e 4º ano, possuindo dois edifícios em alvenaria e ainda um pré-fabricado com duas salas2. No edifício mais recente existem duas salas de aula e uma sala polivalente para a prática de educação física.

2 No edifício principal existem 7 salas de aula, uma cozinha, um refeitório e uma biblioteca

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escola-A escola tem pouco espaço de lazer e de recreio coberto, tendo sido introduzido no ano anterior um espaço com ajardinamento. Possui ainda uma portaria, sendo o aces-so efectuado com recuraces-so a um portão eléctrico com comando interior.

A EB 2,3 iniciou a sua actividade em 1999/2000 e é uma escola com uma tipologia T24. Contudo, foram efectuadas duas intervenções na sua estrutura de origem, dispondo actualmente apenas de 10 salas de aula normais, 2 salas de seminário, 2 laboratórios de CN, 1 de FQ, 2 salas para a área tecnológica, 2 salas de EV, 1 sala de música, a uni-dade de ensino estruturado, sala de alunos e bufete, cozinha e refeitório. Existe, igualmente, um Centro de Recursos bem apetrechado, com elevada procura por parte dos alunos, uma vez que além dos recursos disponíveis, concretizam-se ao longo de cada ano lectivo, diversificadas actividades lúdicas e culturais que enriquecem e dina-mizam este centro.

Além do edifício principal, existe ainda o polidesportivo, composto por um ginásio e um pavilhão desportivo, apoiados pelo campo de jogos exteriores, bem como por um bloco de balneários exteriores. Existe uma portaria que funciona com o auxílio de car-tão electrónico e é vigiada por auxiliares de acção educativa.

Apesar de gradualmente se ter reduzido o número de turmas com que se iniciou a actividade lectiva na escola, continua a registar-se um excedente de turmas e, nalguns casos, do número de alunos por turma. Tal situação dificulta a elaboração de horários. A situação de sobrelotação no concelho atingiu, no presente ano, uma situação de limite em extremo, de tal modo, tendo sido instaladas 2 salas no espaço exterior da escola, diminuindo assim o espaço de recreio e aumentando consideravelmente o número de turmas e alunos na escola, com todas as consequências que em termos de organização interna tal acarreta3.

No exterior não existe qualquer espaço coberto que permita aos alunos usufruir do recreio em tempo de chuva, o que tendo em consideração o clima de Sintra, permite concluir que na totalidade do Outono, Inverno e parte da Primavera, os mais de 700

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redu-alunos acotovelam-se nos corredores e átrios interiores, favorecendo um clima propí-cio ao desentendimento entre alunos, dado o reduzido espaço de circulação.

No passado ano lectivo fez-se um investimento na modernização do equipamento didáctico, adquirindo-se dois quadros interactivos e criou-se uma sala/laboratório de matemática, tentando desta forma corresponder às solicitações do corpo docente e às reais necessidades de inovar e melhorar práticas e resultados.

Caracterização da População Discente

“(…) todas as vidas são diferentes, cada qual tem a sua partitura.”

A família e o envolvimento parental no percurso escolar dos alunos é um factor de considerável importância para o sucesso educativo.

A maioria das famílias dos alunos deste agrupamento pertence a um nível sócio-económico médio-baixo, havendo um número significativo de alunos no limiar da pobreza. Também se verifica que os alunos deste agrupamento apresentam uma forte diversidade linguística, cultural e étnica. Este factor contribui por um lado, para o enri-quecimento da vivência social no espaço escolar, fomentando oportunidades de pro-moção da tolerância e respeito pela diferença. Por outro lado, coloca alguns desafios à organização escolar, de forma a promover a integração plena de todos os alunos, pois não sendo tarefa fácil corresponder a diferentes ritmos e interesses, obriga à constan-te redefinição de estratégias quer de organização escolar quer dos Projectos Curricula-res de Turma.

Para dar resposta à crescente procura das famílias com alunos com necessidades edu-cativas especiais, criou-se uma unidade de ensino estruturado, com capacidade para 6 alunos com problemáticas no espectro do autismo, mas que na realidade funciona com 9 alunos. Pretende-se a inclusão gradual destes alunos no espaço turma, respei-tando contudo os seus ritmos de aprendizagem e simultaneamente preparar a sua transição para a vida activa.

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Alunos estrangeiros

Dados 2008/09

1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo

37 55 34

Em Portugal, ao longo dos anos, tem vindo a crescer e a disseminar-se o número de jovens provenientes dos mais variados lugares do mundo, que quando chegam às nos-sas escolas se debatem com dificuldades de domínio da língua portuguesa e de inte-gração num novo sistema de ensino e num currículo diferente.

No nosso agrupamento, nos últimos anos, também se revelou um significativo aumen-to de alunos provenientes de países estrangeiros, principalmente dos PALOP, Brasil, China e de países de Leste.

As características destes alunos são bastante diferentes, mas de uma forma geral apre-sentam as seguintes necessidades:

Linguísticas – desconhecimento total ou parcial da língua portuguesa

Curriculares – diferenças de currículo entre o país de origem e o de acolhimento Integração - diferenças sociais e culturais entre o país de origem e o de acolhimen-to.

De referir que a vinda destes alunos se processa em qualquer altura do ano, o que difi-culta ainda mais a sua plena integração e a conclusão com sucesso do ano lectivo em curso.

Face a estas necessidades, o agrupamento tem tido sempre a preocupação de disponi-bilizar todos os meios para facilitar a integração destes alunos. A nível social, e anali-sando desde logo a situação económica da família, que normalmente é precária, são fornecidos os livros necessários e o material mais urgente, bem como as refeições. A nível pedagógico, é feita uma avaliação diagnóstica nas diferentes áreas curriculares,

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de forma a proporcionar o Apoio Pedagógico Acrescido necessário e equivalente às dificuldades detectadas.

Alunos com SASE - 2009/2010

Dados 2009/2010

1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo

123 216 154

O número de alunos carenciados tem vindo a aumentar, sendo cada vez maior o número de casos que se detectam na escola, sem que a família procure auxílio junto do gabinete do ASE. São normalmente os Directores de Turma, professores e os AAE que detectam situações anómalas, normalmente situações de fome que afectam a concentração nas aulas e o rendimento escolar. Por vezes as crianças ficam mal dispos-tas pela manhã, com sintomatologia de dores abdominais, que passam, assim que são ingeridos alimentos.

Sempre que tais situações são detectadas, é necessário proceder a averiguações cui-dadosas, de forma a não ferir susceptibilidades e a resolver definitivamente os pro-blemas das crianças e das famílias. Todo o processo é tratado sigilosamente e algumas das famílias que nunca recorreram aos serviços do ASE, porque se encontravam em situações económicas mais favoráveis, são informadas dos seus direitos e da melhor forma de resolverem os problemas que agora têm de enfrentar, pelo menos, no que respeita à situação escolar dos seus filhos.

Todos estes problemas se reflectem no aproveitamento e no comportamento dos alu-nos, sendo por isso uma prioridade de grande relevância, a resolução atempada destas situações.

(23)

Alunos com NEE

Dados 2008/09

1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo

18 77 45

De acordo com a classificação internacional de funcionalidade (CIF) podemos conside-rar que o agrupamento tem cerca de 13% de alunos com necessidades educativas especiais (NEE) de carácter permanente ou prolongado (disfunções cognitivas senso-riais, motoras ou emocionais).

Para além destes alunos, há um número significativo de casos (aproximadamente 30%) que não estando abrangidos pelo Decreto - lei 3 / 2008 do ensino especial, necessitam também de respostas educativas diferenciadas.

É uma franja de alunos vítimas de abuso, negligência, destruturação familiar ou pobre-za extrema que não lhes confere os pré-requisitos mínimos para desenvolver um per-curso escolar conducente a um sucesso de vida.

Estes alunos precisam de uma resposta diferenciada ao nível:

 Percurso curricular

 Adequação das aprendizagens à sua realidade

 Acompanhamento médico, psicológico e/ou pedopsiquiátrico

 Terapias específicas (fala e/ou ocupacionais)

 Acompanhamento e formação parental

 Encaminhamento tecnico-profissional

(24)

Não Docentes

O Agrupamento possui 39 funcionários não docentes, sendo 31 Assistentes Operacio-nais e 8 dos Serviços de Administração Escolar.

O número de AOs é ainda manifestamente insuficiente para as necessidades do Agru-pamento se tivermos em conta a faixa etária dos alunos, que necessitam de maior supervisão nos diferentes espaços escolares, de forma a prevenir potenciais situações de conflito e indisciplina.

Verifica-se ainda a necessidade de apostar em mais e melhor formação, que capacite estes funcionários para os diferentes e complexos desafios que enfrentam diariamen-te.

Caracterização dos Docentes do Agrupamento

Indicadores relativos aos Docentes do Agrupamento (ano lectivo 2008/09)

Docentes Quadro de Escola

Quadro de Zona

Pedagógica Contratados Total

1º Ciclo 13 2 4 19

2º e 3º Ciclo 59 4 26 89

Total 72 6 30 108

Tabela 1: Indicadores relativos à situação dos docentes do agrupamento

Os indicadores relativos à caracterização do corpo docente sugerem-nos pistas impor-tantes para fazer uma análise sistémica mais completa e aprofundada.

Estes dados são uma das pedras basilares na organização do plano de actividades, definição de estratégias, atribuição de competências e níveis de decisão.

É de salientar ainda que, nestes resultados, há um total de 6 professores de Educação Especial e 2 de Educação Moral Religiosa e Católica que, devido à sua especificidade

(25)

poderão exercer as funções em qualquer uma das escolas do agrupamento, respon-dendo assim às necessidades encontradas e aos projectos desenvolvidos.

Se observarmos estes dados facilmente podemos considerar um elevado número de docentes pertencentes ao Quadro de Escola (QE) num total de 60. No entanto, esta realidade reflecte sobretudo o elevado número ao nível do 2º e 3º ciclo. No primeiro ciclo a maioria dos professores distribui-se entre de Quadro de Zona Pedagógica (QZP), e o QE.

Cerca de 68% dos docentes do 1º ciclo pertence ao quadro de escola, sendo a faixa etária média de 37 anos e a média da experiência profissional situa-se nos 14 anos de serviço.

Quanto ao 2º e 3ºciclos, 67% dos Docentes são QE, mas destes apenas cerca de meta-de são do quadro meta-desta escola, não tendo os restantes ainda vínculo meta-definitivo.

A média da experiência profissional situa-se nos 15 anos de serviço e a média de ida-des centra-se nos 41 anos.

No 2º e 3º ciclo há um número significativo de professores contratados (26) relativa-mente aos do 1º ciclo. Estes indicadores reflectem uma maior estabilidade relativa do corpo docente no 1º ciclo.

Pais e Encarregados de Educação

Na escola sede formou-se logo no primeiro ano a Associação de Pais e Encarregados de Educação. Também na escola Piloto (1º ciclo) a Associação de Pais se assumiu desde cedo como uma estrutura organizada e interventiva.

É de realçar o excelente relacionamento e nível de cooperação das Associações de Pais com os órgãos do agrupamento, sobretudo com a Direcção Executiva. Os pais têm proposto a dinamização de actividades no seio das Escolas que representam, numa lógica de melhorar os respectivos espaços físicos e criar um ambiente mais aprazível.

(26)

6. METAS / OBJECTIVOS

OBJECTIVOS METAS

INDICADORES DE MEDIDA/ INDICADORES DE SUCESSO Promover situações de

aprendiza-gem que conduzam à interiorização de valores pessoais e universais.

Participar nas actividades promovidas pelas disciplinas, ACND, com destaque para Formação Cívica, dentro e fora da escola.

1. Atitudes e comportamentos dos alunos. 2. Registos de ocorrências.

Desenvolver actividades que promo-vam um saber estar na vida respon-sável, com qualidade.

1. Promover a formação de docentes para o desenvol-vimento de projectos no âmbito destas actividades. 2. Criar estruturas de apoio para promover e

desen-volver as diversas actividades.

3. Criar actividades de enriquecimento curricular (clu-bes, oficinas) direccionadas para as áreas das expressões artísticas, desportivas, de comunicação (expressão dramática, pintura, jornalismo, jogos, desportos…) e de ligação ao meio e à natureza. 4. Direccionar para estas actividades os alunos que

apresentem dificuldades de inserção na comunida-de escolar e local.

5. Desenvolver competências pessoais e sociais.

1. Aprovação, em conselho pedagógico, de projec-tos de formação de docentes.

2. Aprovação dos projectos de clubes e outros pro-postos com vista ao desenvolvimento e concreti-zação destas actividades.

3. Registo dos níveis de participação dos alunos nas actividades propostas.

4. Observação e registo de atitudes e comporta-mentos.

5. Relatórios das actividades. 6. Questionários.

Combater o abandono escolar dos alunos do Agrupamento.

Reduzir a taxa de abandono escolar para valores infe-riores a 0,25%, procurando efectuar uma gestão curri-cular adaptada às potencialidades dos alunos.

Número total de alunos abrangidos pela escolarida-de obrigatória, que ao longo do ano lectivo, abando-nou a escola e não se inscreveu em nenhum sistema de educação/formação.

Eu e os Outros

Eu e os Outros

Eu e os Espaços

(27)

Melhorar os resultados escolares em disciplinas com menor taxa de apro-veitamento.

1. Melhorar a taxa de sucesso em 0,25% .

2. Aproximar o intervalo entre os resultados da ava-liação interna e externa.

1. Níveis alcançados no 3.º período iguais ou supe-riores a 3.

2. A progressão dos resultados escolares.

Proceder à reapreciação dos critérios de avaliação das disciplinas/ depar-tamentos do agrupamento

Construir um documento unificador com a definição dos critérios de avaliação das aprendizagens dos alunos até ao final do 3º período para vigorar no ano lectivo seguinte.

1. Aprovação do documento final pelo conselho pedagógico.

2. Resultados obtidos.

3. Estudo comparativo dos resultados. Monitorizar as práticas do

Agrupa-mento tendo em vista a melhoria do sucesso escolar e educativo

(Avaliação Interna)

1. Identificar, com base nos dados obtidos, as priori-dades, objectivos e metas para o ano lectivo seguinte.

2. Elaborar, no Conselho Pedagógico, um conjunto de sugestões e recomendações, a fim de reajustar os planos de apoio, recuperação, acompanhamen-to e desenvolvimenacompanhamen-to dos alunos e as estratégias de ensino e aprendizagem em resultado das recomendações anteriores.

1. Apreciar os relatórios elaborados pela equipa de avaliação interna do agrupamento.

2. Apreciar trimestralmente os resultados escolares dos alunos.

Identificar necessidades de formação de professores

1. Aprovar anualmente o plano de formação do pes-soal docente e não docente.

2. Promover a participação dos professores nas acções consideradas prioritárias.

3. Partilhar experiências.

1. Concretização das acções nos prazos definidos. 2. Balanço das experiências decorrentes das acções

de formação.

Aprofundar a ligação entre a escola, os pais/EE e o meio social, cultural e económico.

1. Desenvolver actividades que levem a um maior envolvimento da comunidade educativa.

1. Aprovação das propostas no Conselho Pedagógi-co e no Conselho Geral.

2. Realização das acções no tempo previsto. 3. Estatísticas de adesão às actividades. 4. Registo de opiniões. Eu e o Conhecimento Eu e o Conhecimento Eu e o Conhecimento Eu e o Conhecimento Eu e os Outros Eu e os Espaços

(28)

Promover a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais.

1. Elaborar um plano de formação para professores, encarregados de educação e funcionários. 2. Articular com serviços da comunidade educativa. 3. Sugerir alternativas curriculares e/ou pré

profis-sionais.

1. Aprovação do plano em conselho pedagógico. 2. Estabelecimento de parcerias e protocolos com

instituições aprovados em conselho pedagógico. 3. Aprovação em conselho pedagógico de projectos

educativos de percursos alternativos, diferentes ofertas curriculares e/ou pré profissionais.

Oferecer serviço especializado de apoio educativo.

1. Elaborar um plano de acção para o GAAP, tutorias e mentorias, orientação vocacional, psicologia, terapia da fala e ocupacional, psicomotricidade e educação especial.

1. Aprovação em conselho pedagógico do plano de actividades destes serviços e o correspondente relatório final.

Valorizar a BE/CRE no seu papel nuclear de organização pedagógica nas vertentes de apoio ao currículo, às literacias, com destaque para a literacia de informação, e às activi-dades culturais.

1. Elaborar um plano de acção que contemple as seguintes domínios: gestão da BE; apoio ao desen-volvimento curricular; leitura e literacias e projec-tos e parcerias com a comunidade.

2. Dotar os utilizadores de competências que lhe permitam fazer um tratamento adequado da informação, em diversos suportes.

1. Aprovação do plano de acção e planos anuais de actividades em Conselho Pedagógico.

2. Planificações das actividades e respectivos rela-tórios.

3. Tratamento informatizado de todos os documen-tos.

4. Divulgação dos recursos existentes, em local e suportes adequados.

5. Planeamento de sessões de formação. 6. Trabalhos dos alunos.

7. Relatórios de auto-avaliação.

Reforçar as aprendizagens e, conse-quentemente, os resultados em Matemática, com a implementação do PAM

1. Elaborar o Plano da Matemática com várias estra-tégias que permitam proporcionar experiências de aprendizagens diversificadas aos alunos.

2. Melhorar o desempenho dos alunos ao nível da resolução de problemas, raciocínio e comunicação matemática.

1. Aprovação do Plano da Matemática em sede do órgão pedagógico.

2. Realização de balanços sistemáticos do trabalho desenvolvido no âmbito do projecto e dos resul-tados dos alunos, face às medidas e estratégias adoptadas e reajustá-las, se necessário.

Eu e os Outros Eu e os Espaços Eu e os Outros Eu e os Outros Eu e os Espaços Eu e o Conhecimento Eu e o Conhecimento Eu e os Outros

(29)

Iniciar, ainda em fase experimental, o Novo Programa de Matemática

1. Realizar um trabalho conjunto quer na partilha de materiais pedagógicos quer na preparação da acti-vidade lectiva.

2. Desenvolver novas metodologias de trabalho e práticas lectivas, no sentido de melhor concretizar as orientações curriculares do novo programa.

1. Aprovação da candidatura do Agrupamento em sede do órgão pedagógico.

2. Cumprimento do protocolo assinado com o Ministério da Educação.

3. Realização de balanços sistemáticos do trabalho desenvolvido no âmbito do projecto e dos resul-tados dos alunos face às medidas e estratégias adoptadas e reajustá-las, se necessário. Reforçar as aprendizagens de LP ao

nível do 1º e 2º ciclos, a fim de supe-rar as dificuldades evidenciadas por todos os alunos, em especial os oriundos dos PALOP

Melhorar significativamente os níveis de proficiência na língua materna.

1. Os resultados escolares da disciplina de LP. 2. A participação em concursos internos ou

exter-nos ao agrupamento relacionados com a Língua Portuguesa.

Implementar projectos no âmbito do Plano Nacional de Leitura.

Envolver todas as áreas curriculares disciplinares e não disciplinares num projecto de promoção da leitura, em vários suportes, que mobilize a comunidade educativa e consubstancie os objectivos essenciais do PNL.

1. Planificação de actividades e aprovação em Con-selho Pedagógico.

2. Relatórios das actividades. 3. Número de participantes.

4. Registo de opiniões dos participantes.

Reforçar a representação da associa-ção de pais e garantir a defesa dos interesses da comunidade.

1. Participar activamente nas estruturas de coorde-nação pedagógica.

2. Colaborar nos projectos e iniciativas educativas. 3. Dar resposta a algumas necessidades sentidas pelo

agrupamento.

Participação no Conselho Pedagógico, Assem-bleia de Escola, Conselhos disciplinares e em todas as actividades de ligação à comunidade. Eu e o Conhecimento Eu e o Conhecimento Eu e os Outros Eu e os Outros Eu e o Conhecimento Eu e os Outros Eu e os Outros

(30)

Desenvolver actividades desportivas no âmbito da participação no des-porto escolar e no Projecto de Escola de Referência.

Promover hábitos de vida saudável e alcançar uma modificação comportamental, para formas mais asser-tivas de ser e estar, através da prática desportiva orga-nizada no maior número possível de alunos.

1. Número de participantes.

2. Sustentabilidade e consolidação dos projectos. 3. Número de alunos potencialmente em risco de

abandono escolar que integram e se mantêm nos projectos.

4. Resultados alcançados nas diversas competições interna e externamente.

Promover com qualidade o desen-volvimento das AEC, na Escola do 1º ciclo

Implementar as AEC de acordo com os recursos físicos existentes na escola.

Generalizar o ensino do Inglês em todos os anos de escolaridade.

1. Nível de frequência dos alunos nas AEC. 2. Horário de ocupação.

Projectos de intervenção na comu-nidade.

1. Promover os valores sociais de solidariedade, par-tilha e ajuda ao próximo.

2. Desenvolver iniciativas de cooperação com insti-tuições.

1. Aprovação dos projectos em Conselho Peda-gógico.

2. Planificação das actividades e relatórios das mesmas.

Participar em projectos nacionais e internacionais de cooperação e desenvolvimento pessoal e profis-sional.

Aumentar os níveis de participação do corpo docente e discente em iniciativas que promovam a internacionali-zação e a multiculturalidade

1. Aprovação em Conselho pedagógico das postas de participação dos docentes em pro-jectos internacionais.

2. Documentos informativos dos projectos. 3. Elaboração de relatórios de participação neste

tipo de actividades. Eu e os Outros Eu e os Espaços Eu e os Outros Eu e o Conhecimento Eu e os Outros Eu e os Espaços Eu e os Outros Eu e os Espaços

(31)

7. METODOLOGIAS / ESTRATÉGIAS

Com vista à consecução dos objectivos e metas mencionados no quadro acima, importa realçar as metodologias e estratégias que nos propomos desenvolver, embora todas elas estejam, de uma forma mais exaustiva e pormenorizada, con-substanciadas no PCA e no PAA.

1. Organização dos horários, de modo a viabilizar a melhoria do desempenho, dos apoios e das actividades de enriquecimento;

2. Envolvimento e co-responsabilização de todos os actores educativos na vida escolar

3. Desenvolvimento de acções de promoção do sucesso escolar especialmente nas disciplinas de Matemática (PAM)

4. Aproveitamento mais eficaz das competências/ capacidades/ motivações indi-viduais, estimulando o espírito crítico, a criatividade e o sentido de responsabi-lidade, designadamente, em iniciativas ou actividades geridas pelos interve-nientes

5. Incentivo à articulação curricular de âmbito vertical e horizontal, bem como da coordenação pedagógica

6. Implementação de estratégias no sentido da ocupação plena dos tempos esco-lares dos alunos (clubes, ateliers, oficinas temáticas)

7. Combate ao abandono escolar, intervindo junto dos pais e respectivas institui-ções de encaminhamento educacional/profissional

8. Diversificação da oferta de “Percursos Diferenciados de Ensino” (PCA)

9. Desenvolvimento de acções de prevenção do consumo de substâncias lícitas e ilícitas (PES)

10. Garantia da igualdade de oportunidades (Clubes, SASE, Visitas de Estudo, BE, …)

(32)

12. Apoio aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter perma-nente, criando modelos de ensino-aprendizagem estimulantes e pedagogica-mente adequados, que promovam a sua integração na comunidade educativa e o seu sentimento de realização, bem como a sua formação para a vida activa (Medidas de Regime Educativo Especial)

13. Desenvolvimento, nos alunos, de hábitos de vida saudáveis (Desporto Escolar, PES …)

14. Valorização do mérito e do desempenho (Entrega de diplomas de quadros de mérito e de valor, prémios poesia, outros concursos)

15. Dinamização de iniciativas de estimulação e aprofundamento das aprendiza-gens (Clubes, visitas de estudo, participação em projectos de âmbito local, regional, nacional e internacional

16. Elaboração de estudos comparativos dos resultados alcançados no final de cada ano lectivo

8. AVALIAÇÃO

A fim de se realizar a avaliação sistemática deste Projecto Educativo ao longo dos qua-tro anos da sua execução, cabe ao Conselho Geral acompanhar e avaliar o nível de desenvolvimento e de concretização do mesmo, emitindo um parecer anual, ouvido o Conselho Pedagógico. Este, por sua vez, fará a análise com base em:

1. Actas dos Conselhos de Turma, de Departamento, de Conselho de Docentes, de Conselho Pedagógico, dos Serviços de Psicologia, entre outras;

2. Relatórios de projectos e actividades;

3. Relatórios de comissões diversas: Equipa de Avaliação Interna, GAAP, UEE, entre outras que se possam vir a constituir;

(33)

Ao longo do tempo serão, naturalmente, criados, nomeadamente pela Equipa de Ava-liação Interna, dispositivos de acompanhamento e avaAva-liação do seu desenvolvimento, que permitirão fazer os reajustes necessários face às dificuldades encontradas na sua verdadeira operacionalização.

Assim, e através da construção de instrumentos de registo proceder-se-á, periodica-mente, à avaliação dos resultados alcançados, medidos através da autoavaliação dos diferentes intervenientes no palco educativo e da avaliação interna do Agrupamento.

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