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Relação entre estado nutricional e enfermidades em crianças atendidas no Hospital Infantil Edith Gama Ramos.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO BIO-EEDICO

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102

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RELAÇÃO ENTRE ESTADO NUTRICIONAL E ERFERMIDADES El CRÍAHÇAS

- AEERDIDAS NO HOSPITAL INFANTIL EDITH GAIA RAMOS

IVÀLDETI VIEIRA DOS PRAZERES _

PÀULIHA MARIA FIGUEIREDO

RODOLFO JOAO RAMOS

Medicina

Departamento Materno-Infantil

(2)

2

1 - RESUMO

Os auteres fazem uma análise do estada nutricional de 1.014

crianças que prseuraram o atendimento médiee ne Hospital Infantil

Edith Gama Ramos, num periøde de 15 dias. Cemparando os dades ob-

tidas na pesquisa ao padrão de Sente André ( classe IV ), verifi-

caram uma percentagem de 40,3% de desnutrides. Desse total, 20,7%

apresentaram, também, altura inferior à ideal. Relacionande as

queixas que metivaram a consulta ao esàado nutrieienal, eenstata-

ram que heuve um predomínio de infecções resgiratórias em

desn-

(3)

3

pv

2 - INTRODUÇAO

A constatação dos graves transtornos nutricionais decorren-

tes de alimentação deficiente vem despertando, nos últimos anos,

a atenção de autoridades ligadas à Saude Pública, com especial

ênfase nos países ditos " em desenvolvimento ", onde a magnitude

do problema transcende à análise mais pessimista.

Con efeito, as graves alterações que a desnutrição proteioo~

calórica determina no individuo isoladamente, vão repercutir, a

longo prazo, sobre sua produtividade e o progresso de seu país.Ela

age, não apenas como fator imediato, determinante do aumento. da

morbidade e mortalidade na infância, mas como elemento importante

na limitação do potencial humano, acarretando, pelos danos irre-

paráveis que promove em toda economia do individuo ( física, men-

tal e psicologicamente ), dificuldades importantes, as vezes in-

transponíveis, a conquista de um padrão sáctceeecnñmico mais elevado.

A procura de soluções efetivas e imediatas do problema por pa;

te dos países mais pobres, deve ser iniciada pele estabelecimento

de uma realidade

nmérica,

palpável, substituindo a realidade sub-

jetiva,ditada pela impressão da impossibilidade de alimentação ade-

quada na prevalência de baixas rendas.

A aceitação dos critérios de Gomez na avaliação do estado

n-

tricional da relevância e autenticidade ao estudo dessa condição

através de dados antropométricos. Desse método nos valemos para o

nosso estudo, que teve por objetivos principais determinar a exis-

tência de desvios nutricionais em nossas crianças, quantificá-los

e correlacioná-los ao estado patológica.

Evidentemente, o estudo da condição nutricional de uma popula-

ção infantil que procura o atendimento médico na vigência de uma

enfermidade não nos permite uma visão exata da sua condição habitu-

al. Por outro lado, considerando-se que pacientes inadequadamente

nutridos quantitativa ou qualitativamente são mais susceptíveis de

desvios patologicos por uma resistência diminuída, esse dado já é,

por si só, suficiente para sugerir alguma deficiência, mesmo em cri- anças dentro dos limites da normalidade pela avaliação antropométri-

ea, nas quais já se manifestam alterações bioquínicas e imunolágioas. Sendo os desnntridos indivíduos com vulnerabilidade aumentada

(4)

4

às infecções, julgamos, também, importante demonstrar essa intera-

ção por maio oe valores numéricos.

Pretendemos com esse estudo, apresentar um esboço da condição

nutricional infantil vigente em nosso meio, esperando que a domoqg

tração de problemas existentes nesse campo possa servir como sub- sídio para a sua solução.

(5)

5

3.- MATERIÂL E KETODOS

Estudamos 1.014 crianças de zero a 12 anos, precedentes da '

micro-regiao da Grande Florianópolis, atendidas no Hospital In-

fantil Edith Gama Ramos no periodo de 19 a 15 de maio de 1978,

no horário de I3 as 18 e 19 as 23h, exceto aos domingos.

No período diurno o HIEGR oferece atendimento ambulatorial

e de emergência.Nossa amostra foi constituída por crianças ateu,

didas nos diversos setores em atividade, fato que deve ser leva-

do em consideração na análise dos resultados.

Empregamos 5 indicadores no estudo da amostra: idade, sexo,

raça, procedência e categoria social.

Consignamos a idade em anos e meses, considerando os meses

equivalentes a 30 dias.

A procedência obedeceu à orientação do IPEF ( Instituto de

Planejanento Urbano de Florianópolis Í, que subdivide a micro-

regiäo da Grande Florianópolis nas seguintes zonas:

a. Área do Aglomerado Urbano de Florianópolis :

a.l- Zona Urbana - compreende a área oonurbada de Floriano~

polis, definida como " área de urbanização contínua ao longo da

faixa litorânea “. E formada por:

- Distrito sede de Florianopolis ( centro e bairros próximos:

Bom Abrigo, Canto, Capoeiras, Cariano, Córrego Grande, Costeira do Pirajuuaé, Coqueiros, Estreito, Itacorobi, Itaguaçu, Prainha, Pan- tanal, Trindade, eto.).

- Distritos sede e Barreiros em São José.

- Distrito sede de Biguaçu.

- Distrito sede de Palhoça.

a.2- Zona Rural - constituída por:

- Interior da Ilha de Santa Catarina ( distritos de Ratones,

Ribeirão da Ilha, São Joao do Rio Vermelho, Santo Antonio de Lis- boa, Pântano do Sul, Lagoa da Conceição, Canasvieiras ).

- Interior do municipio de São José.

- Interior do municipio de Biguaçu.

- Interior do municipio de Palhoça.

(6)

6

Ramos.

b. Demais

mnicípios

componentes da micro-região, a sabor:

Angelina, Anitápolis, Canelinha, Garopaba, Leoberto Leal, Major

Gercino, Nova Trento, Paulo Lopes, Rancho Queimado, São Bonifá~

cio, São Joäo Batista e Tijucas.

A categoria social visou estabelecer um parametro para ava-

liação grosseira da condição social do paciente e observou à se- guinte classificação:

l. Indigentes - pacientes sem vinculo com instituições de

previdência.

2. Previdenciários - pacientes vinculados a orgãos de pre-

vidëncia.

3. Particulares - pacientes que custeiam suas despesas de

assistência médica.

A avaliação clinica para estabelecimento de uma hipótese diag

nostica por aparelhos e sistemas realizou-se mediante uma anamnese

dirigida onde se valorizou a queixa principal e sintomas concomi-

tantes. '

~

Como parametros para avaliaçao antropométrica, utilizamos as

medidas de peso, estatura e perímetro cefálico, complementados por

pesquisa de edema clínico.

O peso foi determinado em gramas, empregando-se para a sua op tenção balanças ARJA de até lãkg e até l50kg, sem uso anterior, pre

viamente aferidas por funcionários do Instituto Nacional de Pesos

e Medidas de Florianopolis e taradas diariamente. A balança de até

15k; foi regulada em zero contendo uma fralda como forro e foi ut; lizada para a pesagem de recém-nascidos e lactentes que não se man

tinham de pé sem apoio. As crianças do sexo masculino e idade supg

rior a_2 anos foram pesadas portando cueca; as do sexo feminino

dessa mesma faixa etária, portando calcinha e as de menos de 2 anos

de ambos os sexos, foram pesadas despidas.

A estatura foi obtida com os pacientes descalços, empregando-

se na medição antropëmetro horizontal com esquadra ( para crian-

ças até ll0cm ) e antropômetro vertical conjugado à balança ( pa-

ra crianças acima desta medida ). Os dados foram consignados em

centimetros.

O perímetro cefálico foi medido com fita métrica de lona, de

fabricação alemã, circundando o crânio através de uma linha que pas

sa pela protuberânoia occipital e pela região mais proeminente da fronte, conforme Marcondes ( 10 ).

A presença de edema foi pesquisada através de compressao di-

gital em regiões sacra e peri-maleolar, considerando-se positivo

quando houve formação de fovea.

(7)

7

apresentados através de gráficos e tabelas. As medidas de peso e

estatura foram comparadas ao peso ideal teórico e estatura obti-

dos por Marcondes ( 10 ) em seu " Estudo Antropométrico de Crianp

ças Brasileiras de Zero s Doze anos ", Classe IV de Santo André.

Como padrão de referência para análise do perímetro cefálico ado-

nz

tamos o padrao de Harvard ( até 3 anos de idade ), apresentada por

Nelson ( 19 ).

Foi adotada a definição de marcondes para os seguintes ternos:

-"Eutrofiaz é o termo que caracteriza a nutrição normal do or- ganismo e que se traduz por um perfeito estado nutricional e por uma boa vitalidade.

~

- Desnutriçao: é a distrofia por carência calórico-proteica.Pg

de ser considerada como um estado crãnico de carência calorico-pro

teica no qual o organismo apresenta desaceleração, interrupção ou

inwolução da evolução normal de seus parâmetros bioqaímieos, fun»

cionais e anatomicos, podendo a involução levá-los aos padrões do

recémfnascido nos três setores."

A classificação da desnutrição seguiu os critérios de Gomez:

- "Desnutrição de 19 grau: déficit de peso de 10,1 a 25,0% - Deszzmtriçäo ao 22 grau: déficit de peso ao 25,1 a 4o,o%

- Desnatrição do 32 grau: déficit de peso acima de 40,0%.“

Na impossibilidade do obter a definição de obesidade, consi-

deramos como obesa a criança com superavit de 15% ou mais, além

do peso ideal teórico segundo o padrão de Santo André, classe IV.

Bem nutridos foi um termo adotado para enquadrar obesos e eutrófi-

cos em oposiçao a desnutridos, que deve ser destacado, embora se saiba que a obesidade é uma distrofia por excesso.

(8)
(9)

1 w

ITÍÊ "MW Sl TH HUN

Tabela I - Distribuiçãe àa amastra

aegana

a idaàe,

sexe e raça

1; ¶ ; = ‹›~fi= ._Ba_hxancaa__

Sexa

V

TOTAL

Iâade Íam. Esse. Feu. Kasa.

O 3a 3 6a 6 9a 9 12a

~

TOTAL 37 37 2 275 6 81 8 450 499 26 20 B 11 2 À 3 1 3 576 195 153 90 1014

(10)

JI!! Wlli SD Íll. flflll

Gráfica I - Procedêncía de 1.014 crlanças aten-

didas na HI Bäith Gama Hamas , no

períodø de 19 a 15 de maio de 1978

79%-%

á

15 ,6?'Ê-- 5 z4“Í'¿... Outras

mnicípies

Rural Urbana

(11)

Gráfica II - Categoria secial de 1.014 crianças

atendidas na HI Edith Gana Ramos ,

no periedo de 19 a 15 de male 1978 Previdenc .. I 931435 Indigentee; I 4'37° Parti culaxd 1 ' 7% r -| | f IIIC-¡Hill! SC- |ll HIM

(12)

I

Gfáficø III - Estado ntricional de 1.014 criam»

ças atendidas na HI Edith G. Ramos

Obases

Í'

=›He.~: sia Eutróficoa D I D III D II I s1Í1

Z

76 =fÊ›*aó

A555

¬}

Ng *M r__ __ A má;-mu: sc» rumm

(13)

INE-IPMII SI- III. Hull

Tabela II - Estada mztricienal ao 1.014 crianças aten-

didas no HI Eãith Gana Ramos, sugando 8 Eu RO

~l

Obusos Eutróficoa

Desmtridøø

'letal

Ot-_|3a

Bilôa

6*

9a

9_|l2a

345 91 55 27 182 90 85 52 576 195 153 90 TOTAL 519 409 1014

(14)

269

_

eso

_

217 __ 192 _.. 45 41

I

Gráfice V - Estado nutricienal de 1.014 crianças

atendidas na HI Edith Gama Ramos, eg

ganda o sexo --ii š-&-_- .' -'». '.'." ¬z z-..' , .' . ...z --_ .. , _ z . .- í-_. ›..‹. 20" .-. ,‹.. --=.ír2š:~ U0 .›° z. ~. E-1 =_. »'.~'› ',~.. -'.. , › u _.,-. [° - v vz- _›,z * .~... ¢ .I, › ... .‹ , `..°._.. z › .'~ .~z " ' .°.-. -.- z z. z '. .'. '~.'- . ". -'. ' ¬ --..z '. ~ '‹" -, - ~ f ` .'.z'› .,. ', z . _... ›.,\._› ' _-, . U' .~, ' I'u¡o° . '° ' . ' ".‹‹'- ..-- , . ..`_.. _ . ., .

Obesos Desnutridøs Eutrófleøs

Feninino

E

híasculine

(15)

Gráfica VII - Estado nutricional segundo a raça,

-

482 ¬ 376 -'19 ze I 5 z . 0: ¢.¢z nf nz |'_ '

_41

Q ¡- 4 *4. + ,¡_¡3'_._+f‹|_4-0-_” ‹f,_',4,¿¢‹' v-|›v+›*`:.* * 4,., 4-o*.a-‹-*""› ¿."‹*' f ú °4""o Ó ¿,10~¿. ¿,§*..*4_'-Ó'|¡,fJ-¢*¡_O,.f¡.|. .'."~ JI OAF em 1.014 crianças atendidas no HI

Edith Gana Ramos

Brancas Não brancos

Bum-ófizoz

52] Desnutricles

U

Obesas

(16)

Gráfico VI - Estade nutrieieual de 1 014

eman-

ças atendidas na HI Edith Gama Ra-

mas, segunda a.

categoma

aeeial

H -'.'~ . tu- -'- .-:' . .':.'-'.'..'- - '- 'v -' ~. - -1 .; :._~ z¡_ 3,: ; _°‹,'_2 .'.',. ._'¡_' Oo 5°o0°' ° °°° °0 °°go°° oo øoaogozoo .°°°°°° 0 aboooo ou OQQ 0° 009 °°°:.o°o°° |°°°°0°°O O°°°O QQÓ 00° ,Q 00° Q OQU- °°Õ°° O o 0 ° Q. oo,°‹›‹›

09°C

0% QQOQQOI o 99 ‹›°ø , °",`..' ¡O O Prcviâenc . Obeaes Eutróíicas

E

Desmltridos lI'|II'|PI\I$ Si' 'll [NN Infligsntaa Partleulares

(17)

Gráfica IV ‹› Estade :mtriciønal de 1.014

cn-

anças atendidas no HI Edith Gana

Hamas, segunda a proceàêniia

I às _ oi + If' 4' *' ‹ â +*+" ' .:-'-'.'-'-šiêír v + * 4 -.°-':.'.2-:vz-'--.°.-'z 'Y _* ' . . . ... .-gn,-' _ «H 1” " '-§".Z§'§"..--1-:-'-'~ + + +1 2.-1-3-2'-.=§-.:'z'-`=_-Ii' - + + + .= -- . ":'.~z.- ' - 'f* -n ¬~*`~ .*'-.'â=.°'--=-:z'.-' Aê* ›. -. là- + I * 46* ,-iv, 4' f " Z'.'-.-'Í'.¡.'-1' ' «z " ‹' * " '‹ ` 4 *4' '_ " 'ͧ'.'.'_'I pf* :W 4' b <\'. Çyç C' tr* * 4-* gif? yr" :H lr *W À- “LÍ 'V 'H' 4* * Í (Í. ›z'*:4'+:*1

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U

Eutrófleos

Obesøa

É

Dcamtrídea

(18)

Tabela III - Diagnóstico sindrëmico e queixas um 1014 crianças atendidas no HI Edita Gana Ramos

segunúo o estado ntricional

Estado nutricional Bem nuträäos Desnutridos

Queixas-Diagnástico , R9 , % *U9 7% Doenças infeooiosas 335 cardiopatias 2 cenvulsiâ 4 Fluxo vaginal 4 Obstipação 5 Anorexia 11 Verminose 2 Escabiose 14 Odinofagia 24 Lesões orais 10 Queiiaduras 2 Crise asmatiferms 19 Ieterieia 2 Desidratação 5 Coqueluohe 9 Varicela 4 Parotiãite 3 Ferimentos 8 Ortopedia 20 Traumatismos 48 Puericultura 34 Outras 30 56,3 o,3 o,õ o,õ 0,8 1,5 0,3 2,3 4,0 1,6 0,3 1 3,1 0,3 0,8 1,5 0,6 0,5 1,3 3,3 25,0 5,7 5,0 229 2 l 4 8 10 15 6 5 ll 7 9 4 1 8 15 47 12 35 53, 0,4 0,2 0,8 1,8 2,3 3,4 1,3 1,1 2,5 1» 2,0 0,9 0,2 J-'ö 3,4 10, 2,7 TOTAL 595 190,0 429 100,

CBS. - O termo bem nntridos engloba eutrófieos e obesos

(19)

Tabela IV - Doenças infecciosas em 1014 crianças atendiãas na HI Edith Gama Ramos, qg gunde 0 estado nutriciønal

Eataãø ntricienal Ban

ntridas

Dcsatridos

infecciosas H! 95 R9 % Dcençaa Eítaãø gripal Gaatroenxerite aguda Infeeçae urinária Otite

Infecções resp. baixa

Piedelflite Cønjuntivite 8 48 79 16 12 159 16 5 7.9 13,0 2,6 1,9 25,2 2,6 0,8 28 67 9 5 117 9 3 6,8 16,3 2,2 1,2 28,6 2,2 0,7 TOTAL 335 54,6 229 55,0

OBS. - Bem nutridas abrange: eutróflcus 6 ebesosI

(20)

Gráfico VIII - Incidência de infecções respiratárias

e gastra-intestinais rolaeiønadas an

fu

total de infecçäes, seg. ø est. nutrg

‹ . 51

_

-: :.'.'.:: 47 , 41. šrlz'-_-'z'=1z:|_ z z .'›..'z _ .'o 1' ,.^~z.ø_n '.;:_'.-.:'_ -.,, ¬. _... 29 ,

2_

§ÍIÍ'Í'.1íÉ; .':. I '_:_°;. ,.'.' .-' H - -°. U'° 2 ` . ,,__ 3 I 5-› .::_'‹;z.;? '.:",°¿§z_ ' H.. . ^- O 3 . 1010. _. .. .- -..› ..._;~.f .; 'vu -.:'.'1z§.¡'. .. ..-,_.-z. -Q ,. ., z . z, '--...I z-....:_ ,w -z o -.o . . . . :-.-::1 › '¡...' .-.| :;,°f'. x-Ê '-,-.-.HP \ ..z.-..-. - _.. :-- ... . . i O° O n'¡..n Iv: '. -_.|_ ;. sI'.'¡"*~'.› . ~_..\› ._ ._ .-_ 1_._ . .. H, ,,...._,_, L Desmtrides

E

Eutráfieos

Gráfica IX -› Total de infecções respiratórias e

síndremo diarreiea na amostra, se- gunda a estaáe matrieienal

`Í`*..-. 28,6- 16 ,'3_ -' ~.°:.°.-.: 13 ._ \ I _ .; ¡ zú .I . :¡ -: z.=z.-.'-'52 .=\...

Inf. resp. Sind. di

E

Eutrófieoa

Desmatridoa

INC-¡PII! SC' Ill HITI

¡.\ v

I

(21)

21

nz

5 - COEENTÁRIOS E CONCLUSOES

Com nossa pesquisa constatamos que o äospital Infantil Edith

Gama Ramos atende a uma população infantil heterogêneo, provenienf

te, principalmente, da zona urbana da Grande Florianópolis. A aná-

lise dessa região mostra-nos uma variedade muito grande de padrões

socio-economicos onde se mesclam famílias de grande e médio poder

aquisitivo, favelados e trabalhadores não qualificados. Na zona

rural predominam os pescadores. Estes dados preliminares são impor-

tantes para a avaliação dos resultados obtidos.

E também importante observar que, sendo a amostra estudada cone

tituída de crianças atendidas na emergência e nos consultórios ( aos

quais expressivo número de mães dirigiu-se ao atendimento de pueri- cultura), poderá ter ocorrido alguma alteração nos resultados. Ape-

sar disso, eles não deixam de ser significativos, pois representam

a condição nutricional de uma parcela importante da população.

A incidência de 40,3% de desnutridos ns amostra estudada, quando

analisada nos diversos indicadores isoladamente, espelha o que re-

ferimos acima.

Verificamos na população rural uma maior incidência de desnutri-

ção em relação à zona urbana, fato esse explicado pela baixa condi-

ção socio-econômica de seus habitantes.

No sexo feminino, observamos um ligeiro aumento no número de desnutridos, concordando com a literatura.

Em relação a categoria social, ocorreu uma porcentagem de 60%

de desnutridos entre os indigentes, o que é plenamente justificado

pela alimentação inadequada e precárias condiçoes de saneamento des-

sas populações.

Merece atençao especial a elevação progressiva do número de des

nntridos proporcionalmente ao aumento da idade. Assim, de zero a

3 anos observamos uma incidência de 31,5% de desnutridos; de 3 a 6

anos, essa cifra elevou-se para 46,1%; de 6 a 9 anos, subiu para

55% e de 9 a 12 anos atingiu o importante indice de 57,7%. Na lite-

ratura encontramos que, na maioria das populaçšes a incidência de

desnutrição atinge o seu grau maior em crianças de l a 4 anos. Se-

gundo JELLIFFE ;(7), a faixa etária de la 3 anos é an mais perigosa pois, nas regiões mais ycbres, nessa época, a criança estará sendo

(22)

_ 22

alimentada predominantemente com carboidratos, com baixo aporte

proteico e exposta a infecções de repetição que contribuirão para

aumentar o grau de desnutrição e de mortalidade. Para JELLIFFE, ul-

trapassado esse periodo critico, a criança de mais de 3 anos adqui-

riria uma maior resistência as infecçães e teria oportunidade de uma

alimentação mais variada, facilitando a sua recuperação gradual e

lenta, embora possa persistir com déficit pondo-estatural por um pe- riodo maior. MARCONDES ( 9 }, considera que o prejuizo pondo-estatu-

ral máximo é observado dos 3 aos 4 anos. Nossos resultados estao em

desacordo com tais assertivas.

A predominância de infecçëes na amostra ( 53,6% ) às custas,

principa1mente,de infecçöes respiratórias ( correspondendo a 47,4%

do total de infecções dos eutroficos e 51% do total das infecções

em desnutridos ), deveu-se às condiçoes climatéricas em que se de-

senvolveu a pesquisa pois habitualmente há um aumento de infecções

respiratórias no outono-inverno.

Constatamos uma incidência maior de infecçoes nos desnutridos,

fato que vem confirmar os dados de literatura existentes. Quando se sabe que, por trás de una deficiência pondo-estatural crista incon

tável número de alterações bioquínicas e funcionais a nivel celular,

compreende-se facilmente porque o organismo do desnutrido encontra-

se a mercê dos agentes externos que porventura venham a agredi-lo. E,

embora em MARCONDES ( 9 ) afirme-se que há predominância de infecção

das vias digestivas entre os desnutridos, em nossa amostra tal não ocorreu devido à interferência de fatores ambientais. .

A condição nutricional das crianças examinadas está um pouco

abaixo dos dados obtidos em estudo do estado nutritivo de crianças

menores de cinco anos no distrito de São Paulo em l968~l969 apresenp

tado em Marcondes, cuja fonte foi a Investigação Interamericana de

Mortalidade na Infância, porém em nossa amostra a incidência maior

de desnutrição verificou-se nas faixas etárias mais elevadas, suge-

rindo uma equivalência nas idades mais baixas. A proporção entre dos

ntridos

graves, moderados e leves também corrobora os dados daquele trabalho.

(23)

23

6 - SUMMARY

l ,

À _ `

Relationfpetween nutritional state and deseaeee in children

attended at Hospital Infantil Edith Gama Ramos.

The authors make an analysis of the nutritional state on 1014

children whQ9looked for medical attendance at HI Edith Gana Ramos

within a period of 15 days. In comparing the date obtained in the

research at the Santo André

Ç cless IV ) pattern, they've found a

percentage of 40.3% of malnutritioned ones. Of this population

with ponderal deficit, 20.7% have presented lower height than the4~n&z(

iüeal. In connecting the complaints which motivated the consultation

with the nutritional state, they've verified that there was a pre-

ponderanee of respiratory infection in eutrofics and malnutritioned

(24)

24

7 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TCC UFSC PE 0102 Ex.l N-Chaim TCC UFSC PE 0102

Autor: Prazeres, Ivaldeti

Título: Relação entre estado nmricional

Ex,l UFSC BSCCSM

Referências

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