UM
SISTEMA DE
INFORMAÇOES
PARA CONTROLE
E
ACO
MPANHAMENTO
DA
MANUTENÇÃO
DE
UMA
MALHA
RODOVIARIA
.Aí
E~
E
._S-
E
í-E
DE
í__--E
__í-í-__' ___--#51EE
-*__-J _í-í-íí
~E
gífl
___._í 04209813 z VI ' I .l IUNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção
AA A
UM
MoDE|.o
TEÓR|co
PARA EsTRuTuRAçAopEf
u|v|
s|sTEMA DE
|NFoRMAçoEs
PARA coNTRoLE
E
AcoMPANHAMENTo
DA
MANuTENçÃo
DE
UMA
MALHA
RoDov|ÁR|A
AJúlio
Pacheco
Monteiro Neto
~
Dissertação apresentada'
ao Programa de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de
Produção da
Universidade Federal
de
Santa
Catarina
como
requisito parcialpara
obtenção
do
títulode
Mestre
em
Engenharia
de Produção
Orientador: Prof.
Oscar
CiroLópez
Vaca
Florianópolis
AJúlio
Pacheco
Monteiro
Neto
~UM MoDELo
TEÓR|co
PARA EsTRuTuRAçAo
DE
UM
~s|sTEMA|:›E
|N|=oRMAçÕEs
PARA
coNTRo|.E
E
oAcoMPANHAMENTo
DA
MANUTENÇÃO
DE
UMA
MALHA
~
RoDov|ÁR|A
E
Esta dissertação
foijulgada
e
aprovada
para a
obtenção do
título
de Mestre
em
Engenharia
de
Produção
no
'
A
Programa de Pós-Graduação
'em
-Engenharia
de
Produção
da
Universidade
Federal
de
Santa
Catarina'
Florianópolis,
7
de
fevereiro
de
2002
EBANCAE
^ -ADORA
fl/
flflv'
=
'vw
1 iroLópez
Vaca, Dr.Orientador
iu
A
Deus, que tanto nos dá e aquem
tão pouco retribuímosv
|
À
minha querida esposa Marinês,que
tãobem
iluminameus
diasAos
meus
filhos, Gustavo Henrique eAndré
Ricardoque
embora
dificultando minha concentração alegram edão
razão à minha vidaV
Agradecimentos .
Ao
professor Dr. Oscar CiroLópez
Vaca, por sua ajuda eprofissionalismo apresentado durante as aulas e orientações.
Aos
professoresdo
curso de pós-graduação, por seus competentesexemplos e amizade. `
À
Vanderléia L. S. Schmidt pela simpatia, eficiência, paciência econstante boa vontade no trato
com
as pessoas.Aos
dirigentesdo
Departamentode
Estradasde
Rodagem
do Paranáque
permitiram eme
apoiaram nesta empreitada.Aos
engenheiros e colegas de trabalho Farhat, Milton, Ricardo, Celso eFaraco, dentre tantos outros, que muito
me
ajudaram cobrindo minhasausências, ouvindo minhas lamentações ou colaborando nas questões técnicas
que
este trabalho envolveu.Ao
meu
pai, Júlio e a minhasempre
lembrada mãe, Walderez, quecom
tanto
amor
me
educaram,sempre
me
incentivando através dassementes
daleitura e
do
conhecimento.E
a todos os amigos e colegas que, cadaum
à sua forma,me
ajudaram, incentivaram oume
suportaram neste periodo.:
0
1
Escutar sempre, pensar sempre, aprender sempre:
eiso
que
é viver.SUMÃRIO
LISTA
DE FIGURAS
... ... ..ixLISTA
DE
QUADROS
... ..xLISTA
DE
SIGLAS
... ..xiiRESUMO
... ..xivABSTRACT
... ..xv 1INTRODUÇÃO
... _. 1.1 Justificativa ... _. 1.2 Objetivos ... .. 1.2.1 Objetivo Geral ... .. 1.2.2 Objetivos Específicos ... .. 1.3 Estruturado
Estudo ... .. 1.4 Limitações da Pesquisa ... ._ ~ r2
A MANUTENÇAO
RODOVIARIA
... ..7 2.1 Conceitos Básicos ... .. 82.2
A
Importância daManutenção
deuma
Malha Rodoviária ... _. ll 2.3A
Degradação do
Nível de Sen/iço das Rodovias ... ._ 12 2.4A
Gerênciade
Pavimentos ... ..Í ... .. 152.5 Avaliação da Malha Rodoviária ... .. 16
2.6 Critérios para Escolha e Definição da
Base
deDados
... .. 202.7
O
Usuário. o Técnico Rodoviário e o Gerente deuma
Malha Rodoviária ... .. 242.8 Custos Envolvidos na
Manutenção
Rodoviária ... .. 272.9 Sistemas Atualmente Disponíveis ... _. 29 2.9.1
A
Situação atual no Departamentode
Estradas deRodagem
... .. 29do Paraná ... ._ 29 2.9.2 Sistema de Gerenciamento Físico de Rodovias -
GEFIR
... .. 322.9.3 Sistema de Gerência Rodoviária -
SGR
... .. 332.10 Considerações finais sobre o capítulo ... .. 34
3
A
|N|=oR|v|AçAo
... ..:›.s 3.1A
Sociedade e a lnformação ... .. 353.1.1 Tecnologia da Informação ... .. 36
3.1.2 Dados, informações e
Conhecimento
... .. 393.2 Sistemas
de
lnformação ... .. 423.2.1 Evolução e o Histórico dos Sistemas
de
Informação ... ._ 46 3.2.2 Classificação dos Sistemas de lnformação ... .. 493.2.3 Sistemas de lnformação no contexto
do
'Processo Decisório ... .. 553.2.4 Data
Warehouse
... .. 573.3 Considerações finais sobre o capitulo ... .. 65
4
O
MODELO
PROPOSTO
... ..664.1
O
projeto do DataWarehouse
... .. 664.1.1 Planejamento do projeto ... .. 67
4.1.2 Administração do projeto ... .. 68
1.3 Definição dos requisitos do negócio ... .. 69
1.4
Modelagem
dimensional ... .. 724.1.7 Outras atividades do ciclo de vida do Data Warehouse...._ ... ._ 83
4.2
O
Sistema de informações Proposto ... ... .. 834.3 Estrutura do Sistema de informações Proposto. ... ..-. ... .[84
4.4
O
Banco de Dados
... .. 864.5
Dados de
Entrada ... .. 874.6 Saídas
do
Sistema Proposto ... .. 884.6.1 Relatórios eletrônicos ... .. 88
4.6.2 Relatórios impressos ... ._ 89 4.6.3 Relatórios gráficos ... .. 90
4.7 Procedimentos Operacionais
de
Campo
... _. 91 4.8 Considerações finais sobre o capitulo... ... .. 925
coNc|_usÕEs
E
RECOMENDAÇÕES
... ...9;›.ANEXOS
... ..103Anexo
I ... .. 104Anexo
ll ... .. 106Anexo
lli ... ... ..1l1Anexo
IV ... .,- .... _. 119 iFigura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura 1-
2-
3-
4-
5-
6-
7..3-
9-
10-
11-
12-
13'-LISTA
DE FIGURAS
Comparação
entre o estado da estrada e os efeitos dadegradaçao para o Órgão rodoviário e os usuários ... .. Hierarquia dos Sistemas de Informação ... ._ Interação da informação
com
o processo decisório ... ..integração de negócios, sistemas
de
informação etecnologia da informação ... _.
Relação entre a base operacional
do
sistema de origem, aárea de estagiamento e o Presentation Server ... ..
O
ciclode
projetodo
DataWarehouse
... ..Diagrama “estrela” da
manutenção
deuma
malharodoviária ... ..
Representação esquemática do Data
Warehouse
proposto Representação esquemática do sistema de informações proposto ... ., ... ..Representação esquemática da situação dos trechos
rodoviários, conforme seu estado geral ... ..
Representação esquemática de
um
viaduto ... ..Representação esquemática de
uma
interseção em- nível V.Representação esquemática de
um
trecho rodoviáriocom
Quadro
1 -Quadro
2 - 3 _4
_Quadro
Quadro
Quadro
5 -5-
7-
Quadro
Quadro
Quadro
8 -Quadro
9 -Quadro
10 -Quadro
11 -Quadro
12 -Quadro
13 -Quadro
14 -Quadro
15 -Quadro
16 -Quadro
17 -Quadro
18 -Quadro
19 -Quadro
20 -Composição
de carga transportada, transportede
passageiros e investimentos por
modo
de
transporte ... _.Estado de conservação das rodovias no Brasil ... ..
Extensão da malha rodoviária nacional, porjurisdição ... ..
Comparativo entre o conceito qualitativo e o conceito
quantitativo ... ..
Elementos considerados na avaliação rodoviária
segundo
oDER/PR(1999)
... ... ._ Níveisde
qualidade das informações ... ... .. Variáveis necessárias àicriaçãode
um
banco dedados de
um
sistema de gerênciade
pavimentos ... ..Envolvidos
com
a qualidadedo
pavimento e suasexpectativas ... ..
Comparativo entre os pontos fortes e fracos dos gerentes, técnicos e usuários
de
uma
malha rodoviária ... ..A
dupla potencialidade da TI sobre a organ¡zação...Fases
para implementação eficazde
uma
TI ... ..Evolução nos sistemas de informação ... ..
Evolução dos SI e do conceito de informação ... ..
Tipos
de
sistemasde
informação ... ..Comparação
entre Relational DataBase
Management
System
otimizado paraOLTP
e DataWarehouse
... ..Comparação
entrealgumas
-características dos
Operational Data Sstore e dos Data
Warehouse
... ..Informações imprescindíveis aos sistemas
de
informações ..Notas e conceitos
de
avaliação dos elementos rodoviários _. Priorização das questões aserem
utilizadas no DataWarehouse
... ..Identificação das
dimensões
.de acordocom
cada questãoproposta e sua necessidade
acumulada do
banco dedados
Quadro
21 - Padrão de cores utilizado na caracterização da situação dos trechos rodoviários ... ... ..Quadro
22 -Acompanhamento
do
tráfego por trecho rodoviário ... ..Quadro 23
- Situação de conservação das rodovias sob jurisdiçãodo
DER/PR
... ... ..Quadro 24
- Situação dos gastoscom
conservação das rodovias sob-
jurisdição do
DER/PR
... ._LISTA
DE
SIGLAS
AASHO
ABCP
ABDER
ANEOR
ASHTO
BD
BIDBIRD
CEPAL
CICPD
CRM
DASD
DER
DER/PR
DNER
DOLAP
DW
GEIPOT
HDM
IIIHOLAP
IPR IQLMIT
MOLAP
MT
OAE
ODS
OLAP
= American Association of State
Highway
Officials = Associação Brasileira de Cimento Portland= Associação dos Departamentos de Estradas
de
Rodagem
= Associação Nacional deEmpresas de Obras
Rodoviárias = American Association of StateHighway
and TransportationOfficials
=
Banco de Dados
=
Banco
inter-Americano de Desenvolvimento=
Banco
Inter-Americanode
Reconstruçãoe
Desenvolvimento =Comissão Econômica
para América Latina, Caribe- Nações
Unidas V
= Centro de Informações
I
= Centro de Processamento de
Dados
= Client Relationship
Management
= DirectAccess
Storage Device= Departamento
de
Estradas deRodagem
= Departamento de Estradas de
Rodagem
do Paraná = Departamento Nacionalde
Estradas deRodagem
= Desktop
OLAP
z=_Data
Warehouse
=
Empresa
Brasileirade
Planejamento de Transportes=
Highway
Design and Maintenance Model, version III= Hybrid
OLAP
= Instituto
de
Pesquisas Rodoviárias= Information QuaIity_Level
= Massachusetts Institute of Technology
= Multidimensional
OLAP
= Ministério dos Transportes =Obra de
Arte Especial -= Operation Data Store
OLTP
PC
RDBMS
ROLAP
SAD
SGDB
SGP
SISIG
TITRRL
= On-Line Transaction Processing
= Personal
Computer
= Relational Data
Base
Management
System
= RelationalOLAP
= Sistemas de Apoio à Decisão
= Sistema
de
Gerenciamentode Banco de
Dados
= Sistema de Gerenciamentode
Pavimentos .= Sistemas de Informações
= Sistemas de Informações Gerenciais = Tecnologia da informação .
_
= Transport and
Road
Research Laboratory'Resumo
MONTEIRO
Neto, J. P.Um
Modelo
de Sistema de Informações
paraControle e
Acompanhamento
da
Manutenção
de
uma
Malha
Rodoviária.Florianópolis, SC, 2001. 130 f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia deProdução).
Programa
dePós-Graduação
em
Engenharia de Produção,Universidade Federal
de
Santa Catarina.Este trabalho
tem
como
proposta sugerirum
sistema de informações a serutilizado pelos tomadores de decisão
do
Departamento de Estradasde
Rodagem
do
Paraná,em
suas tarefas referentes ao gerenciamento da extensa malha rodoviária sob jurisdição diretado
Estado. Para' tanto, avaliou-se asituação atual da informatização deste Órgão rodoviário, os sistemas atualmente
em
uso e osem
implantação ou melhorias, assimcomo
a basede
dados
disponivel.Do
pontode
vista técnico operacional, identificou-se osdados
necessários às tarefasde
gerenciamento da malha, as questõesque
seriam úteis
serem
respondidascom
o usodo
sistema atualmas
que não
sãodiretamente disponibilizadas na forma requerida pelos usuários tomadores
de
decisão. identificou-se
também
aquelas informaçõesque
só seriam disponíveis atravésdo
cruzamento dedados
com
o usode
um
Data Warehouse.Como
formade
avaliação da situação dos elementoscomponentes
dos trechosrodoviários utilizou-se a metodologia dos procedimentos atualmente
em
uso, noDER/PR, embora
considere-seque
esta deva ser futuramente melhoradaincluindo as maiores exigências dos usuários das rodovias e as novas capacidades tecnológicas disponíveis.
Comparando
as necessidades dosusuários
do
sistema e dosdados
disponíveis, identificou-se as novas entradasnecessárias para complementar a base
de dados
a ser_ utilizada tanto pelosistema
de
informaçãocomo
um
todo, quanto pelo Data Warehouse.A
abordagem
adotada é predominantemente qualitativa, possuindouma
perspectiva
de
corte transversal.A
população alvo é composta pelos dirigentese
demais
tomadoresde
decisãodo
DER/PR.
Os
dados
primários foram coletados atravésde
entrevistas não estruturadas e posteriormente foi aplicadoum
questionário para priorização das informações aserem
oferecidas pelo sistema.Os
dados
foram tratados de forma qualitativa.Com
base nestasavaliações propõe-se
um
sistemade
informação contendoum
DataWarehouse
que
atenda às necessidades dos usuários tomadores de decisão e sugere-se aampla
utilizaçãode
apresentações gráficas, devido principalmente à facilidadede uso e capacidade
de
síntese de grandevolume
de dados.Palavras-chave: Sistemas de Informação. Sistemas de Apoio à Decisão.
XV
ABSTRACT
MONTEIRO
Neto, J. P.Um
Modelo
de Sistema de Informações
paraControle e
Acompanhamento
da
Manutenção
de
uma
Malha
Rodoviária.Florianópolis, SC, 2001. 130 f. Dissertação (Mestrado
em
Engenharia deProdução).
Programa
dePós-Graduação
em
Engenhariade
Produção,Universidade Federal de Santa Catarina.
The
aim of this work is to suggest a information system to be used by thedecision
makers
of the Department of Highways of Paraná State, in its referringtasks to the
management
of the extensive highway network under directjurisdiction of the State. For so much-, firstly the current situation of
informatization of this highway
agency
was
evaluated, the'systemsnow
in useand in implantation or improvements, as well as the available database.
By
theoperational technical point of view
was
identified the necessary data to the tasks administration of the mesh, the subjects that would be useful they beanswered
with the use of the current system but that are not directly available inthe form requested by the decision makers, and also those information that
would be only available through the crossing of data with the use of a Data
Warehouse.
As
form of evaluation of the situation of thecomponent
elementsof the road spaces
was
used the methodology of the proceduresnow
in use byDER/PR,
althoughwas
consider that this should be improved in the future withthe inclusion of the users' of the highways largest
demands
and thenew
technological capacitiesnow
available.Comparing
the users' of the system needs and of the available data,where
identified thenew
necessary inputs tocomplement
the base of data to be used somuch
by the information system asa whole, .as for the Data
Warehouse.
The
adopted approach is mainlyqualitative, possessing a perspective of traverse court.
The
population objectiveis
composed
by the leaders and other decisionmakers
ofDER/PR. The
primarydata
were
collected through not structured interviews and later on aquestionnaire
was
applied for prioritization of the information to be offered bythe system.
The
data were been in a qualitative way. With base in theseevaluations
was
proposed a information system contending a DataWarehouse
that assists to the decisionmakers
needsand
suggests a wide use of graphicpresentations
owed
mainly by the use easiness and the capacity of synthesis of greatvolume
of data.Word-keys: Information Systems. Decision Support Systems. Highways.
1iNTRoDuçAo
Rápidas
mudanças
atingiram a sociedade etambém
suas relaçoespolíticas e econômicas.
Novos
paradigmas substituem aqueles já consagradospor séculos
de
evolução.A
competitividade tornou-se acirrada pela .aberturados mercados.
Os
valores vigentes estãosendo
rapidamente alterados.Novos
conceitos foram definidos e os horizontes desta nova era iniciaram
um
processo
de
expansão que tem
como
efeito as grandesmudanças
que hoje sepresenciam. _
O
grande desafio atual, a competitividade, reflete o grau dessasmudanças.
O
poder estatalcompete
com
asempresas
privadasonde
anteriormente havia o monopólio.
E
mesmo
onde
ainda a reservade mercado
persiste, o Estado sofre o processo
de comparação
com
a conseqüenteexigência de
uma
clientela cada vez mais informada e crítica.Vive-se
num
mundo
em
que
o valordado
à informação já é maiorque
oatribuído à produção.
Um
mundo
demudanças
rápidas e tão diferentede
tudoque existiu antes quanto a era industrial foi diferente da era agrícola
que
aprecedeu.
Um
mundo
tão diferenteque
nãopode
mais ser definidocomo
resultado de
uma
evolução, sópode
ser descritocomo
conseqüênciade
uma
revolução. Estemundo,
agoracom
novas regras, novos tipos de organização, novos desafios para a administração, vê-se na transiçãode
uma
economiaindustrial para
uma
economia de
informação.A
informação, maisdo
que a terraou o capital, torna-se a força motriz na criação
de
riquezas e prosperidade.Numa
economia
de informação, a sobrevivência das organizaçõesbaseia-se
em
sua capacidadede
adquirir, tratar, interpretar e utilizarainformação
de
forma eficaz.As
organizaçõesque
Iiderarem essa competiçãoserão as grandes vencedoras do futuro.
2
Neste sentido, este trabalho possui
como
inspiração, o fatoque
osÓrgãos gestores dos transportes públicos ou privados
podem,
valendo-se deum
Sistemade
Informações, manter controle sobre a situação deuma
malha
viária, tanto noque
se refere aos meios para conservá-la quanto ao controlede
seus custos,
sem
nunca
perder o dominio sobre amanutenção
do patrimônio rodoviárioem um
nível de sen/iço, preestabelecido e condizentecom
os anseios da sociedade.‹
1.1 Justificativa
O
ministro dos Transportes, Eliseu Padilha,numa
palestra proferida naEscola
do
Estado Maior da Aeronáutica e na Escola Superiorde
Guerra, no Riode Janeiro,
em
agostode
2000,afirmava que somente
para amanutenção
erestauração de 10.176
km
(quase 1/6 da extensão total necessitandorecuperação) das rodovias federais iria gastar
US$
650
milhões. Considerandoa extensão total
da malha
rodoviária federal e sua situação lastimável, deduz-se
que
estevolume
de dinheiro não será suficiente para colocar toda a malhaem
condições ideaisuma
vezque
osUSS
6.387,58 por quilômetro de estrada,seriam suficientes
apenas
para quatro anosde
manutenção,mas
não paraatender às necessidades de restauração de aproximadamente
64%,
ou seja,94.797
km
da malha rodoviária pavimentada nacional,segundo
ABCP,
2000.Faz-se urgente a necessidade de melhorar a qualidade dos investimentos, já
que os recursos são extremamente escassos.
Apresente
pesquisa justifica-se pelo fato deque
o Paraná, o Brasil e omundo
vêm
sofrendoum
rápido processode
busca de novas formas de reduzircustos e
aumentar
a eficiência dos processos de controle emanutenção
rodoviária. Soluções
como
a terceirizaçãoandam
pare
passocom
a melhoriaambos
buscar o melhorque
seus esforçospodem
produzir afim
de
semanterem
competitivos.O
Brasil possui atualmente, de acordo o Departamento Nacionalde
Estradas
de
Rodagem
-DNER,
um
patrimônio rodoviárioque
alcança 148.120km
de
estradas pavimentadas e 1.501.339km
de estradas não pavimentadas.Segundo dados
históricos aproximados, disponibilizados peloDER/PR,
necessita-se algo por voltade
US$
1.500/km/ano para amanutenção
damalha
rodoviária pavimentada.Temos
entãouma
necessidade anualde
US$
222.180.000
somente
para amanutenção
rotineiradas
rodovias pavimentadas.Portanto,
uma
vezque
a sociedadetem
de pagarum
preço muito altopara manter as condições mínimas de transporte,
que
o faça eficazmente,com
segurança, conforto e a
um
custo minimo. Para tanto, é necessárioque
osgerentes deste patrimônio
tenham
pleno conhecimento sobre suas condições,informes precisos sobre os custos, intervenções, tráfego e principalmente
dados que
os auxiliam sobre o exatomomento
de intervenção.A
atual conjuntura de competitividade imposta pela globalização dosmercados
exige análise cada vez mais apurada das formasde
produção ecomercialização existentes e novos instrumentos de análise. Desta forma
novos enfoques
podem
edevem
ser propostos.1.2
Objetivos
1.2.1 Objetivo
Geral
O
objetivo geral desta pesquisa é proporum
modelo
para a implementação deum
Sistema de Informaçõescomo
instrumentono aumento
de
competitividade e da eficiênciade
-novos processosde
controle e4
manutenção de
uma
malha rodoviária, utilizando a informaçãocomo
uma
ferramenta estratégica
de
planejamento eacompanhamento.
1.2.2
Objetivos Específicos
Os
objetivos específicos do trabalho são os seguintes:a) Identificar quais os
dados
e informações disponíveis no ambiente atual damanutenção
rodoviária, dentro doDER/PR;
b) Determinar quais são as informações relevantes aos serviços
de
acompanhamento
e gerenciamento deuma
malha rodoviária;c) Identificar a metodologia utilizada na avaliação dos trechos rodoviários.
Assim, o resultado esperado
com
esta pesquisa é contribuir noaprofundamento dos estudos teórico-metodológicos da parca literatura
existente sobre o tema.
H
1.3
Estrutura
do
Estudo
Estruturalmente, este trabalho será
composto
por cinco capítulos.O
primeiro
contém
esta introduçãoque
apresenta o problema, a justificativa, osobjetivos geral e específicos, a relevância e esta estrutura do estudo.
`
O
segundo
capitulo consiste no resultado do estudo da base teórico- conceitual,onde
serão estudados os temas: a sociedade e a informaçãocom
abordagem
na tecnologia da informação e os conceitos de dados, informações e conhecimento; os sistemas de informaçãocom
seu histórico, classificação doEm
seguida, o terceiro capítulo estuda amanutenção
rodoviáriaonde
serão analisados alguns conceitos básicos, o nível de serviço das rodovias, a avaliação da malha rodoviária e os usuários desta malha.
O
quarto capítulo apresentará os resultados da pesquisacom
adescrição, análise e interpretação dos dados, sugerindo
um
sistemade
informações. E, por fim, o quinto capitulo trará as conclusões e
recomendações.
Para a estruturação e organização
do
estudo será utilizada a“Metodologia de Pesquisa e Elaboração
de
Dissertação", elaborada pelaUniversidade Federal
de
Santa Catarina,Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia de Produção, Laboratório de Ensino à Distância. ç
~
1.4
Limitaçoes da Pesquisa
As
limitaçõesque
envolveram a pesquisa devem-.se principalmente àinexistência
de
softwares similares ao proposto ou literatura que abrangesse otema de
uma
forma mais ampla.Os
softwares e literatura encontradosobjetivam a utilização operacional ou tática das informações, e
não
asinformações
de cunho
estratégico.Outro problema que não permitiu maior aprofundamento no estudo dos
dados, foi o fato
que
os sistemaslem operação ou implantação noDER/PR,
que
possuem
relaçãocom
o sistema proposto, pertencem auma
empresa
contratada para a terceirização dos serviços de informática.
A
população desta pesquisa foi definida como'constituida por 166
›
responderam
ao questionário final. Acreditamosque
apequena
participaçãonão invalida o estudo, pois
como
sugereINMON
(1997), deve-se fazerum
protótipo e submetê-Io à apreciação dos usuários. Durante o período de testes
2
A
MANuTENçÃo
RoDoviÁR|A
Ao
contrário doque
se possa imaginar as atividadesde manutenção
deuma
rodovia iniciam-se imediatamente após a sua construção,quando
elaainda é nova e
em
bom
estado e vai existir atéque
sua vida útilchegue
ao fim,exigindo assim, restauração ou reconstrução.
PADULA
eFELEX
(2000) afirmamque
uma
boa rodoviadeve
oferecersen/iços que: _ A
0
Atendam
àsensação
de conforto e segurança dosque
a usam;0 Satisfaçam às expectativas de conforto
em
viagem; _0
Atendam
normas
e especificações para construção e manutenção;o
Atendam
a requisitos fixados pela sociedade;0
Tenham
custos de operação emanutenção
compatíveis.As
condições acima listadas serão atendidasem
sua totalidadeapenas
até a entrega da rodovia ao tráfego, e isto se a construção for perfeita.
A
partirde
então, sob efeitodo
tempo, tráfego, agentes ambientais, dentre outros, arodovia sofrerá
uma
progressiva deterioração de sua qualidade, tanto mais rapidamente quanto mais agressivo o meio se apresentar.A
respeito dos pavimentos,LIMA
eRODRIGUES
(2000) afirmamque
constata-se a» necessidade da intervençãoem
hora oportuna,uma
vezque
os pavimentoscomeçam
a se deteriorar a partir do primeiro dia útil.Sua
estrutura não é perene e independentedeeventuais
falhas de projeto e construçãotorna-se inevitável promover sua reabilitação.
A
nãomanutenção
dospavimentos gera
um
aumento
significativo nas despesas das atividadesque
visam promover ao pavimento condições de serventia adequada.
0
Para o usuário e para o Órgão rodoviário o pavimento é o elemento mais
8
por exemplo. Por esta razão
daremos
uma
atenção especial a ele.Também
analisaremos
apenas
oschamados
pavimentos flexíveis, aquelesque
secomportam
como
um
elemento elástico, sofrendocom
otempo
deformaçõesplásticas e sujeitos à fadiga.
`
Os
pavimentos rígidos,embora
reconhecidamentede
Ótima qualidade ecompetitivos
também
no fator custo, não serao aqui analisados devido ao fatoque
seu uso é, infelizmente, ainda incipiente no país.De
qualquer forma,com
pequenas
adaptações, o presente estudotambém
pode
aplicar-se apavimentos
que
utilizem estemétodo
construtivo. V2.1
Conceitos Básicos
A
definição usual adotada por vários autores etambém
peloDepartamento Nacional
de
Estradas deRodagem
é aque
dizque
(BRASIL,1998a: 17): “conservação é
um
amplo conjuntode
atividades destinadas aassegurar
um
transporte seguro,econômico
e confortávelem
uma
rodovia ourede de rodovias".
-'
Uma
das finalidades primordiais damanutençao
é evitar,ao
máximo
possível, a perda desnecessária do capital já investido, mediante
aproteção
física da estrutura básica e da superfície da rodovia.
A
manutenção
deve evitara deterioração precoce dos pavimentos e, por conseguinte, a necessidade de
serviços
de
restauração ou reconstrução.HAAS
eHUDSON
(1996) apudFELEX
eMELO
afirmam que, para quecumpram
sua finalidade, os pavimentos deverão satisfazer a necessidadede
Segundo
oDNER
(BRASIL. a, 1998, p.17), os serviços realizados relativamente à conservação de rodovias são os transcritos a seguir:Conservação
Corretiva Rotineira: operaçõesque
normalmente sãoexecutadas
uma
ou mais vezes a cadaano
eque
tem
o objetivo de repararou sanar
um
defeito. Constituem-se exemplos de atividades demanutenção
rotineira nos pavimentos os reparos localizados ou
remendos
de defeitos napista ou no acostamento e a selagem de trincas.
Manutenção
Preventiva Periódica: operações que normalmente são executadasuma
vez a cada dois ou cinco anos eque tem
o intuito de evitaro surgimento ou agravamento dos defeitos, preservar as características
superficiais, a integridade estrutural e, conseqüentemente, a serventia da
rodovia.
As
atividades preventivas relacionadascom
o pavimento sãochamadas
de
recuperações superficiais ou recargas.Recuperações
Superficiais (Recargas): atividadesde manutenção
periódicaem
rodovias pavimentadas,onde
se procura restabeleceralgumas
características
do
pavimento,sem
se constituirem um
acréscimo dacapacidade estrutural. Fundamentalmente, destinam-se a impermeabilizar
revestimentos abertos e/ou fissurados, preservar a durabilidade
do
revestimento asfáltico, prevenir o desenvolvimento prematuro de trincas e
recuperar a rugosidade dos revestimentos desgastados.
As
recargasnormalmente se aplicam
quando
o pavimento ainda estáem
bom
estado,não tendo
chegado
sequer ao estado regular.Algumas
técnicasde
recuperação superficial são as resselagens (capa selante, lama asfáltica e
tratamentos superficiais) e o recapeamento esbelto
com
mistura asfáltica(máximo de
4,0 cm).A
reciclagem superficialtambém
pode
ser incluídacomo
uma
atividadede
renovação do revestimento.Os
objetivos sãobasicamente preservar a qualidade de rolamento e assegurar a integridade
estrutural da rodovia por mais
um
periodode tempo
Restauração: é o conjunto de operações destinadas, fundamentalmente, a
aumentar a capacidade estrutural
do
pavimento. Procelssa-se normalmente10
complementadas
por outrascamadas
que
deverão conferir ao pavimento oaporte
de
capacidade estrutural necessário e restabelecer suascaracteristicas originais.
Na
maioria das vezes esta operação corresponde ao reparo seletivo,que pode
envolver aremoção
localizada da estruturado
pavimento, o reperfilamento e o reforço
do
pavimento,além de
eventuaismelhorias da drenagem. Dentro de
um
esquema
sadiode
conservação, arestauração deveria ser
apenas
ocasionalmente necessária, restringindo-seà recuperação de pontos defeituosos.
Reforço
do
Pavimento: a expressão "reforço" se aplica para designaruma
atividade específica de restauração
que
implica na -sobreposiçao deuma
ou
maiscamadas
asfálticas, as quais responderãoI
pelo
aumento
da capacidade estrutural e ainda pela correçãode
deficiências superficiais existentes.O
reforço estrutural do pavimento deverá ser concebidoquando
as operações corretivas de
menor
vulto já não sefizerem
suficientes paraconter o processo evolutivo e inexorável
de
degradaçãodo
pavimento.Reconstrução: é a renovação completa da estrutura
do
pavimento.Pode
envolver a
remoção
parcial ou total da estrutura existente e substituição pormateriais novos (processo tradicional) 'ou ainda o aproveitamento do material antigo através
de
processos de reciclagem a frio ou a quente.O
objetivo desta atividade é remediar as conseqüências provocadas pelo
descuido prolongado e se realiza nos casos
em
que
a restauração já não émais possível. _
Conservação de
Emergência,que
é o conjuntode
operaçõesde
conservação realizadas
com
o objetivo de corrigir defeitos surgidos demodo
repentino, ocasionando restrições ao tráfego e/ou sérios riscos aos usuários(BRASlL.b,1982).2.2
A
Importância
da
Manutenção
de
uma
Malha
Rodoviária
Conforme
ilustra oQuadro
1,62.40%
da carga transportada,96.03%
dospassageiros e
50,55%
da riqueza do país circularam por nossas rodovias noano
de 1998. Isto nos permite deduzirque
a distribuição modal dos transportesbrasileira não é a ideal, e
que
mesmo
com
toda a importânciaque
o transporterodoviário possui no Brasil ele nao é considerado
como
merece, já queapenas
29%
da malha encontra-seem
estado demanutenção
consideradobom
ou excelente ( verQuadro
2)Quadro
1 -Composição
de
carga transportada, transportede
passageirose investimentos por
modo
de
transporte.ton/km
MODO
CARGA
PASSAGEIROS
R$
%
Pas/km%
X
1000%
Aéreo
2.195,00 0,31 21.902 2,52 588.777 16,87 Aquaviário 90.444,00 12,75 - - 498.392 14,28 Dutoviário 31 .429.00 4,43 7.224 0,83 167.543 4,80 Ferroviário 141.239,00 19,91 5.443 0,63 471.481 13,51 Rodoviário 444.079,00 62,60* 835.163 96,03 1.764.431 50,55 Total 709.386,00 100,00 869.732 100,00 3.490.624 100,00Fonte:
GEIPOT.
Anuário Estatístico dos Transportesde
1998.Quadro
2 -Estado de
Manutenção
das Rodovias
no
BRASIL
s|TuAçÃo
*PERCENTUAL
PÉss|Mo
7%
REGULAR
32 °/0MAU
25%
BOM
17 °/‹›EXCELENTE
12%
EM OBRAS
7 °/o Fonte:ABCP
(2000)12
No
Quadro
3, a seguir, pode-se verificarque
o país possuium
patrimônio rodoviário
que
alcança 148.120km
de estradas pavimentadas e1.501.339
km
de
estradas não pavimentadas, considerando-se o totalde
estradas sob jurisdição dos governos municipais, estaduais e federais. Deste
total
apenas 29%,
ou seja, 42.955km
não precisam maisdo que manutenção
rotineira.Quadro
3 -Extensão da malha
rodoviária nacional, porjurisdiçãoFEDERAIS
51.370I
78,5 14.046
ESTADUAIS
81.881 42,5 110.924 57,5 192.805 11,7MUNICIPAIS
14.869 1,1 1.376.369 98,9 1.391.238 84,3RODOVIAS PAVIMENTADAS
NÃO
PAVIMENTADAS
TOTAL
21,5 65.416 4,0
TOTAL
148.120J
9,0 1.501.339 91,0 1.649.459 100,0Fonte:
BRASlL.c
(2000).A
seguir estudaremos osdados que
são normalmente utilizados pelos técnicosem
manutenção
rodoviáriaem
suas tarefas.2.3
A
Degradação
do
Nívelde
Serviço
das Rodovias
Segundo
SCHLIESSLER
et al (1992), a evolução da degradaçãode
uma
rodovia
de
pavimento flexível, senenhuma
intervenção for efetuada ao longodo tempo,
segue de
maneira geral oque
está mostrado na Figura 5, a seguir.Por ela identifica-se quatro fases da deterioração do pavimento flexivel,
que
não é muito diferente da situação apresentada porrodovias não pavimentadas
ou
com
pavimentos rígidos.A
primeira, a fase A,que
acontece durante a construção.As
demais ocorrem depois da rodovia estar aberta ao tráfego.A
seguir apresenta-se oque
acontece nestas _fases da vida das estradas:Figura 1 -
Comparação
entreoestado
da
estrada eos
efeitosda
~
degradaçao
parao órgão
rodoviário eos
usuáriosEfe 'tos para os usuários Custo de ope oçóo d ve cu os
Reforços ooiunlooos \Recupero‹ Reoonslruir
_ 05 suor ›.. 'T' 200% ~~ ê'fs,=êri;l¡ê§ “=== _-=z1ii!==;l1=:==!¡z-rzz=zz==ê:‹|ir=z=.zz--¬‹z¬z
`
iz 4Opções menos ótimos
4-
Pofrico ótimo-›
Opções menos Ótimasos para
o
orgão rodov'ár'o o est odo e etuod Órgoo odovo o Po o e etuo etc ço Á-ilelorços odonludos Reçrpeq Rewmm _ ` , _ ! r,z OS ~: 3(X)% ¡ãÍi‹êEsf=fi= r -- ll ` ' '_ =aI°rlsi_1-,=;; “_ É ~‹- ,=zê;r.,, ›=;z,
â
izzlíê I \- - =z==!.|z,=.-"-' lzzzz ;|:*¡›i|=z.z¡azÊ¿z!z.z¬ |.zz.zzzz.z,,,_,,;,_. l Efe Gostos n pe o i CCII00°/›gos1o poa poilico ótimo _
`:'.
excebnle fm”
bgm Desgoste lento 9 pouco visível
Foze Ci _f99U¡Ú Eiaøo crítica no vida ou rodovia
meu
I
É
' '
J
FaseD
;¢_e C Deterloroçèo lotar
Deiefi Ncçàc oc elãodo e ÍTKIU mnc memo ect Estodo do est odo Fos
o12s4õó7e
91011l2131z11õló1rla192o2122232425 ,Anos desde o conclusoo do estrodo
Fonte:
Adaptado de
SCHLIESSLER,
1992.Fase
A
-
Construção: Esta fase termina no dia de sua inauguração,quando
se considera
que
os fatores de desgastecomo
tempo, clima e tráfegocomeçam
a atuar sobre o pavimento. Relegando qualquer problemade
projeto ou construtivo, pode-se considerarque
a rodovia termina esta faseem
bom
estado.Fase
B -
Deterioração lenta e pouco visível:Nos
primeiros anosde
vidaexiste
uma
deterioração muito lenta e pouco visível do pavimento. Ocorre14
I
atividades de
manutenção
necessárias são geralmente de conservaçãocorretiva rotineira e preventiva periódica, principalmente na
drenagem
e nacapa.
Envolvem pouco
esforço,tempo
e custo. .0
Fase
C
-
Deterioração acelerada e trincamento: Neste ponto, a rodovia sob“
efeito
da
fadiga estrutural, principalmente,começa
a apresentar mostrasde
deterioração acelerada. Primeiramente, na fase C1, ainda invisível aos
usuários,
mas
já bastante importante ao pavimento.Em
seguida, na fase C2, os defeitos já são bastante visíveis, e defeito visívelé sinal,de
maneirageral, de estrutura seriamente comprometida. Esta fase é bastante rápida,
dura
em
geralde
dois a cinco anos.É
a fase critica p,ara a rodovia, se ascorretas intervenções foram executadas, a relação custo/benefício das
intervenções será maximizada, tanto sob o ponto de vista dos usuários
quanto
do
Órgão rodoviário.1
0
Fase
D
-
Deterioração total: Nesta fase, o usuárioque
já sentia odesconforto, sente
também
o prejuizo financeiro e o perigode
uma
rodoviaesburacada. Apresentam-se sérias deformações longitudinais e
transversais.
A
estrutura do pavimento está irremediavelmente prejudicadacabendo apenas
a reconstrução,mesmo
que
parcial da rodovia.O
custopara torná-la
novamente
em
bom
estadopode
chegar a80%
do
custo daconstrução de
uma
rodovia novaem
condições similares.Pelo gráfico superior da Figura 1 pode-se deduzir
que
para o usuário os custosde
operação dos veículospodem
triplicar caso se deixede
recuperar a rodovia naépoca
adequada. Qualquer intervenção anterior à fase critica definida pela política ótima não traránenhum
benefício ao usuário e, no entantoo Órgão rodoviário terá
um
custo adicionalque pode
alcançar200%
do valor daintervenção no
momento
ideal, oque
acontece principalmente pelos custosfinanceiros envolvidos, conforme mostra o gráfico central da figura. Se,
contudo, as atividades de recuperação forem postergadas os custos para a
correção dos problemas sofrem
um
rápido incrementopodendo
chegar a maisde
300%
daquele apresentado na melhor situação. ' IÉ
importante notar que a fase B, aquelaem
que
a rodovia estáem
bom
estado, suamanutenção
será eventual e barata, correspondendo aum
período razoavelmente longo.A
partir da fase C,onde temos
um
periodo crítico,época
ideal para as atividades
de
recuperação das estradas, a degradação torna-sebastante rápida e os custos envolvidos na recuperação e operação
aumentam
bastante e o conforto e segurança
do
usuário torna-se muito abaixodo
desejável.
2.4
A
Gerência
de Pavimentos
A
vida útil da rodovia é projetada para determinadonúmero de
anoscom
basenuma
previsão de tráfego,sendo que
ao término deste prazo, amanutenção
não será mais suficiente para manter as boas condiçõesde
conforto e segurança para o usuário, e os custos envolvidosem
suamanutenção
e operação chegarão aum
limiteque
exlgirãouma
intervençãomais drástica, e cara.
A
esta intervenção, no final da vida útil da rodovia, dá-se onome
de restauração, seapenas houve
intervenções na estrutura dopavimento,
sem
alterar outras características técnicas. Define-secomo
melhoramentos àquelas intervenções
que
além de recompor o estado inicialda
via,também
alteram características já existentes.A
escolha domomento
propício ao inicio dos trabalhos de correção dosdefeitos
do
pavimento deve ser definida pelosmétodos
de gerênciade
pavimento,que
podem
auxiliartambém
na escolhado
tipo e na intensidade daintervençao mais econômica. t
HAAS
et al (1994) definem esta gerência de pavimentoscomo
sendoum
conjunto
de
conceitos,métodos
e processos para orientar ações, planejar,projetar, construir, manter, avaliar, e pesquisar sobre pavimentos
onde
seu, 16
de critérios para decisões que dirijam a produção
de
programas paraconstrução,
manutenção
e reabilitaçãode
pavimentoscom
omáximo
retornode recursos aplicados, sobre estes
componentes de
rodovias.Segundo
SOUZA
(1992),métodos
utilizados na gerênciade
pavimentos,como
oHDM
Ill,Highway
Design and Maintenance Model, software doBanco
Mundial e o da Teoria Probabilística, proposto pelo
GEIPOT, Empresa
Brasileira
de
Planejamento de Transportes, prestam-se a dar aos tomadores dedecisão a hora oportuna e a forma
de
atuar sobre o pavimento.Mas
devido àgrande quantidade
de
energia e dinheiro necessária ã coleta de dados,restringe-se seu uso
como
métodos de
acompanhamento
constante dasituação
de
uma
malha rodoviária.X I
I I
2.5
Avaliaçao
da Malha
Rodoviaria
As
avaliações da malha rodoviáriapodem
ser consideradas de--duasmaneiras diferentes, as avaliações subjetivas e as avaliações objetivas:
o Avaliações subjetivas:
têm
como
resultados informações qualitativasque
nos
dão
uma
boa idéiaapenas
sobre as impressões qualitativas egeralmente globais
do
trecho a ser avaliado. São, geralmente, tarefas maisrápidas, baratas, e não requerem instrumentos especiais.
Há
contudo o problemade
reprodução dos resultados vistoque
dependem
das opiniõesdos avaliadores. _
4 Avaliações objetivas: fornecem
como
resultado informações quantitativas,numéricas sobre o item avaliado.
São
geralmente de levantamento mais demorado, mais caras, requerendo muitas vezes equipamentos especiaispara sua execução. Geralmente os resultados são melhor reproduzíveis e
resultam
em
informações sobre áreas restritas.Enquanto as avaliações subjetivas fornecem boas informações para o gerenciamento da malha rodoviária, as avaliações objetivas
tendem
a seprestar mais
como
subsídio aos projetos e gerenciamento da malha viária,onde
necessita-sede
informações muito mais aprofundadas. Assim,como
ointuito deste trabalho é a elaboração
de
uma
basede dados
para administraçãoda malha rodoviária, e devido principalmente aos altos custos e esforços
necessários, optou-se tanto quanto possível, pelos
métodos
subjetivosde
~avaliaçao dos parâmetros
que
nos são mais interessantes. Por outro lado,sempre que
avaliações objetivas estiverem disponíveis, ouque
por outromotivo se justifiquem, serão estas avaliações as utilizadas.
DOMINGUES
eOLIVEIRA
(1998) afirmamque
a partir de levantamentosde
campo
é possível verificar a condição atual das rodovias, ecom
levantamentos regulares pode-se
acompanhar
seudesempenho
armazenando-
os
em
banco de
dados, muito úteis na gerência dos pavimentos. .As
avaliações das características superficiaisde
pavimentos, no Brasil,atendem
as seguintes normas:0 Avaliações Subjetivas:
DNER-PRO
07/78 - Avaliação Subjetiva daSuperfície de Pavimento
'
0 Avaliações Objetivas:
DNER-PRO
O8/78 - Avaliação Objetivada
Superfíciede Pavimentos Flexíveis e Semi-Rígidos e
DNER-ES
128/83 -Levantamento da Condição de Superfície de
Segmentos Testemunha de
Rodovias
de
Pavimentos Semi-Rígidos para Gerênciade
Pavimentos aNível
de
Rede
Os
primeiros estudos que resultaramem
modelosque expressavam
asrelações entre os custos
de
construção,manutenção
e operação rodoviáriaforam produzidos no
MIT
(Massachussets Institute of Technology),em
1968 emais tarde entre 1971 e 1975 o
TRRL
(Transportand
Road
Research Laboratory), do Quênia aprimorou o modelo.Novos
estudos foram realizados, is
O
pavimentosempre
foi o elemento deuma
rodovia mais estudado, eonde
mais se procurou encontrar modelosque
representassem sua realidade.Como
meiode
representar a qualidade deum
pavimentoCAREY
e IRICK(1960) introduziram o conceito
de
present sen/iceability, ou serventiaem
português. Definiam esta serventia
como
sendo
o “potencial deum
segmento
de pavimento
de
servir ao trafego de automóveis,caminhões
e iônibusque
alitrafegam
em
alta velocidade" oque
na época, anos 50, era 80 km/hora.Estadefinição possui validade
apenas
para o presente, nunca para o futuro ou passado.É
um
processo subjetivo e sua quantificação é feita através de notasdadas
por pessoas treinadascom
base no conforto fornecido pelodeslocamento
em
determinado trechode
pavimento._
A
AASHO
define
a forma demedir a serventia através de notas
dadas
por pessoas treinadas para tal. Hoje o Brasil se utiliza desta forma
de
trabalhar através daDNER-PROO7/78,
norma do
DNER.
JáVASCONCELOS
et al.(1994), definem serventia
como
a habilidadede
um
trecho de pavimentoacomodar
um
tráfego oferecendo segurança e conforto. Relatam ainda sobre oPSI, present sen/iceability index, ou índice atual de serventia,
que
é calculadoconsiderando características fisicas do pavimento, sendo, portanto,
um
método
objetivocom
características similares ao valor atual de serventia.A
seguir encontra-se oQuadro
4onde
identifica-se a relação entre osconceitos qualitativos e quantitativos de auscultação da degradação superficial
dos pavimentos. .
'
HEYN
et al. (1993)com
basenum
sistema elaborado a partir de 1982,através
de
um
acordo doBanco
Mundial e o Estadodo
Paraná,chamado
SAM
(Sistemade
Apoio a Manutenção), definemque
os principais serviços rotineirosa
serem
executadosem
uma
rodovia são:o Pista: tapa buraco,
remendo
profundo e selagemde
trincas;0 Limpeza: roçada, capina, limpeza
de
sarjetas, limpezade
valetas e limpeza de bueiros;o Segurança: recomposição de sinalização vertical, recomposição de guarda-
corpo, recomposição
de
defensas, renovaçãode
sinalização horizontal;o Outros: recomposição de sarjetas, recomposição de bueiros, recomposição
de
aterros,remoção de
barreiras, execuçãode
bueiros, execuçãode
sarjetas, etc..
Quadro
4
-Comparativo
entre a avaliaçãono
conceito qualitativo eo
conceito quantitativo
Conceito Qualitativo _ Conceito
Numérico
Conceito
C
PSI
-
Present S'erviceabiIity IndexExcelente 5
-
4Bom
4
-
3Regular 3
-
2Mau
2-
1Péssimo
1-
OFonte:
VASCONCELOS
et al. (1994)Embora
a pista seja ocomponente
mais importante da rodovia, outroselementos
também
acompõem
edevem
ser avaliados.,De toda a basede
dados
manipulada pelos engenheiros e técnicos envolvidoscom
amanutenção
da malha, foram considerados relevantes os seguintes grupos de elementos
do
cadastro rodoviário
segundo
oDER/PR
em
seu Manual de ProcedimentosBásicos para Supervisão das Atividades de Conservação das Rodovias, 1999,
conforme se encontra no
Quadro
5 a seguir:`
Cada
grupa acimapode
ser utilizadosob-uma
forma mais oumenos
detalhada, conforme as tarefas a
serem
elaboradas. Contudo,de
forma geral,quanto mais pormenorizada for a base de dados, maior o conjunto de
informações
que
teremos para tomar nossas decisõese maior será o custo e otempo
necessário para obtê-las.r 20
Quadro
5 -Elementos considerados na
avaliação rodoviáriasegundo
o
DER/PR
(1999)Elemento
Conteúdo
Pavimento Pavimento flexível ou Semi-rigido
Canteiro e faixas de`Domínio Separador, plataforma e áreas laterais de
rodovias e de marginais, trevos, acessos, entroncamentos e retornos.
Obras
de arte especiais Superestrutura,drenagem
e infra-estruturaDispositivos de proteção e
Segurança
Barreiras e defensas
Sinalização de rodovias e
de
marginais, trevos, acessos, entroncamentos e retornos.Sinalização horizontal '
Dispositivos Auxiliares Sinalização vertical E
Drenagem
e obras de artecorrente Bueiros Dissipadores
de
energia Galerias Sarjetas Valetas Pavimentode
marginais, trevos,acessos, entroncamentos e
retornos.
Pavimento flexível ou semi-rígido
Fonte:
DER/PR
(1999)1
2.6 Critérios
para
Escolha
e Definição
da
Base
de
Dados
Para a administração efetiva das informações rodoviárias são requeridos
objetivos
bem
definidos e informações apropriadas e atualizadas,de
forma aorientarmos a nossa coleta de
dados
com
a qualidade e quantidadenecessária.
A
qualidadeda
informaçãopode
variarde
acordocom
o fim aque
se destina,
aumentando
em
intensidademas
diminuindo na extensão dacobertura analisada,
obedecendo
à seguinte seqüência: planejamento,O
Quadro
6 a seguir, apresentauma
classificaçãodo
que
foichamado
por
PATERSON
eSCULLION
(1990)de
IQL (Information Quality Level) ouÍndice
de
Qualidade da Informação.Quadro
6 - Níveisde
qualidadedas informações
Nível de
qualidade Descrição Aplicação Coleta de Dados da
Informação
sumária
IQL-I Muito detalhada e compreensiva 0600 Pesquisa Operações Projetos avançados Diagnósticos Ç
Curta para extensões limitadas ou
amostras isoladas usando equipamentos especializados;
lentos exceto para automação
avançada. IQL-II Detalhada O O O Preparação (projetos) Programação avançada Planejamento avançado
Extensões limitadas utilizando métodos semi-automáticos; ou completa cobertura usando automação avançada de alta
velocidade. IQL-III Detalhes resumidos e categorização dos valores O O O Programação Planejamento Projeto básico
Amostra completa usando alta
velocidade, métodos semi-
automáticos de baixa precisão; ou
amostras a baixa velocidade; ou
processadas com origem
em
outros dados.lQL-I\/ Muito resumida O
O O Estatística Projeto de rodovias baixo volume tráfego Planejamento programação simple de de B S
Métodos manuais ou semi-
automáticos, processados ou
estimados.
Fonte 3
PATERSON
eSCULLION,
(1990).`
Entende-se aqui por planejamento,
como
sendo
aquelas decisõesestratégicas necessárias para a elaboração de planos de longo prazo (maiores do
que
cinco anos).Programação
inclui as decisõesde
caráter tático,executada sobre as decisões
tomadas
pelo planejamento e envolvem a disponibilização dos recursos, materiais,humanos
e monetáriosde
acordocom
o anteriormente estipulado e que
possuem
um
horizonte de validade de até trêsanos.
A
preparação é a tarefa de dar condições,com
baseem um
grau decerteza bastante alto, para que a operação possa ser levada a cabo (incluem
os projetos, as planilhas de custos, as ordens
de
serviço, etc.).A
operação damalha
rodoviária por fim, é a execução no campo, dos serviços necessários,seu
acompanhamento,
medição, etc..22
Os
serviços de planejamento se utilizam do IQL IV,menos
pormenorizado e
com
dados
menos
aprofundados, portanto mais baratos ede
obtenção mais rápida, a programação faz uso
do
IQL IV ou IQL III, apreparação usa os níveis Ill e ll do IQL, e por fim os serviços
de
operaçãofazem
usode
informações mais aprofundadas, caras edemoradas
na suacoleta, disponíveis nos niveis II e l
do
IQL.'
'
WORLD
BANK.a
defende que, paraum
efetivo gerenciamento da malha rodoviária, existe a necessidadede
dar-se condições físicasde
acesso àsituação atual da malha rodoviária, segurança, nível
de
serviço, eficiêncianaoperação da malha e principalmente capacidade
de
pre'dizer os efeitos dosatos das políticas a
serem
implementadas.Dizem
também
que
paraum
bom
gerenciamento são necessários objetivos muito
bem
definidos edados
apropriados e atualizados, além
do
que, osdados
necessários às decisõesdo
gerenciamento
devem
possuir característicasque
permitam:0 Determinação da condição Ótima das rodovias e as estratégias e necessidades para alcança-la;
o
Acesso
às condições atuais das rodovias e dasOAE;
0 Definição dos níveis
adequados de
investimento;0 Priorização
da
demanda
de capital e dos investimentos na manutenção;0 Simulação dos efeitos de cada investimento nas futuras condições e na performance
do
sistema rodoviário;o Estimação dos custos dos investimentos;
0
Acompanhamento
dos gastos.Para
PATERSON
eSCULLION
(1990), os seguintes critériosdevem
serconsiderados
quando
da seleção dos dados: .0 Relevância:
apenas
osdados que
possuam
influência diretacom
as saídasdesejáveis
do
sistemadevem
ser armazenados.Dados
desejáveis,interessantes ou possivelmente úteis
devem
ser omitidosem
favor doque
éreconhecidamente importante. `
'